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1
III JORN
ADA DE EDUC
AÇÃO
E TECNOLO
GIA
2
Educação para a Participação Social com as Tecnologias
27 DE AGO
STO DE 2015
Auditório – Instituto de Estudos da Linguagem – IEL
UNIVER
SIDAD
E ESTADU
AL DE C
AMPIN
AS
3
VINCULAÇÃO INSTITUCIO
NAL:
Grupo de P
esquisa (UN
ICA
MP
/CN
Pq): Elang
ORG
ANIZADORES:
Cláudia H
ilsdorf Rocha (D
LA/U
NIC
AM
P)
Denise B
értoli Braga (DLA
/UN
ICA
MP
)
Raquel R
odrigues Caldas (C
EL/U
NIC
AM
P)
A
POIO
________________________
4
Caderno de R
esumos
Organização
Eliane Fernandes A
zzari, Natasha G
uimarães K
onopczyk M
aluf Farhat e Luciana Vasconcelos M
achado.
CA
DERN
O DE R
ESUM
OS
5 PR
OD
UÇ
ÃO
DE AR
TE: EXPRESSÕ
ES CO
M
TECN
OLO
GIA
Autora: Danielle Torres dos Santos
Colégio M
unicipal Rui B
arbosa
Resum
o: Trabalhar com audiovisual é um
a forma de am
pliar a com
unicação. Através deste trabalho podem
os alcançar os jovens
com
uma
linguagem
mais
dinâmica,
prática e
moderna.
As
imagens
encantam
o m
undo dos
jovens e
adultos, fornecendo
um
grande aliado
para práticas
educativas. Os avanços das redes de com
partilhamento e
sites de publicação de vídeos proporcionam um
a divulgação m
undial dos trabalhos com audiovisual realizados tam
bém na
educação. O objetivo foi desenvolver um
trabalho com arte e
tecnologia através
do audiovisual,
onde os
alunos experim
entassem,
criassem
e com
partilhassem
conhecimentos e novos olhares. Segundo Ferreira (2008), o
conceito de
arte está
mudando
com
a entrada
dos com
putadores em todos os cam
pos. Atualm
ente as novas tecnologias possibilitam
trabalhar para além do com
putador pessoal, praticam
ente a tecnologia acompanha o indivíduo
em um
smartphone. Film
ar é uma das experiências m
ais envolventes tanto para as crianças com
o para os adultos. Os
alunos podem ser incentivados a produzir dentro de um
a determ
inada m
atéria, ou
dentro de
um
trabalho interdisciplinar,
(MO
RA
N,
2009). A
m
etodologia envolve
escolha ou criação da história, roteirização, filmagem
, edição e apresentação na unidade escolar. Para am
pliar a autonomia
dos alunos, eles recebem orientações presenciais de planos
de tela,
som,
iluminação
e edição
no Laboratório
de Tecnologia
Educacional da
escola e
virtuais através
de
6 aplicativos
de sm
artphones. O
s resultados
obtidos foram
desde
melhor
socialização, am
adurecimento
emocional,
autonomia nas produções, am
pliação de conhecimento, uso
produtivo e
pedagógico dos
recursos tecnológicos
a participações
e prem
iações em
festivais
nacionais e
internacionais. Considerando os resultados, foi percebido que
essa prática pedagógica resultou no interesse por novas produções que envolvessem
mais disciplinas, novos assuntos
sociais e interesse por futura profissionalização na área de audiovisual.
Palavras-chave: Arte; E
ducação; Tecnologia.
7
ENSIN
O E APR
END
IZAGEM
DE LÍN
GU
A ALEM
à E O
BJETO
S DE APR
END
IZAGEM
Autora: Cibele C
ecilio de Faria Rozenfeld U
NE
SP
Resum
o: A grande relevância de se (re)pensar os processos
educacionais na sociedade contemporânea é hoje destacada
por estudiosos e também
uma discussão bastante recorrente
na mídia. E
xistem, atualm
ente, diversas possibilidades para a aprendizagem
de conteúdos distintos por meio do uso do
computador. O
s Objetos de Aprendizagem
(OA
s) vem sendo
investigado como um
a forma interessante para a inclusão de
recursos digitais em processos educacionais. O
s OA
s foram
definidos e descritos primeiram
ente por Wiley (2000) com
o entidades digitais veiculadas pela internet, que podem
ser usadas e reutilizadas inúm
eras vezes em contextos m
últiplos de ensino e aprendizagem
. O presente trabalho tem
como
objetivo discutir
uma
pesquisa com
foco
em
Objetos
de A
prendizagem destinados à aprendizagem
de alemão com
o língua estrangeira. A investigação tem
como sustentação
teórica os estudos que versam sobre a im
portância do uso de recursos tecnológicos no ensino de línguas estrangeiras (cf. P
aiva, 2001,2008; Leffa, 2005; Braga, 2013, entre outros)
sobre os Recursos E
ducacionais Abertos (M
üller, 2012) e os O
bjetos de Aprendizagem (Leffa, 2006; M
aciel e Backes,
2013; Wiley, 2000; entre outros). Partindo do questionam
ento acerca
da existência
de O
As
na rede
para o
ensino e
aprendizagem
de alem
ão, desenvolveu-se
uma
pesquisa qualitativa, de natureza exploratória, na qual se analisou diferentes repositórios nacionais e internacionais de O
As,
verificando a existência e as características de tais materiais
8 para o ensino e aprendizagem
de alemão com
o LE. O
s resultados apontam
para uma lacuna nas pesquisas sobre
essa temática e para um
a carência de OA
s na rede voltados para o ensino e aprendizagem
de alemão. Foi possível,
assim, concluir, que é necessário haver m
aior número de
pesquisas com tal enfoque e que sejam
incluídos OA
s em
repositórios voltados
para o
ensino e
aprendizagem
de alem
ão como LE
.
Palavras-chave: Objetos de A
prendizagem; E
nsino de A
lemão; E
nsino de Línguas Estrangeiras M
ediado por Tecnologias D
igitais.
9
DESAFIO
S DA APR
OPR
IAÇAO
TEC
NO
LÓG
ICA N
A ESCO
LA: FOR
MAÇ
ÃO
C
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ADA E O
USO
DA TIC
NA
ESCO
LA PÚB
LICA
Autoras: Valeria Sueli R
eis U
NIC
AM
P
Ligia Capobianco
US
P
Resum
o: A
utilização
das Tecnologias
de Inform
ação e
Com
unicação (TIC
s) nas
Escolas
Públicas B
rasileiras depende da infraestrutura (hardw
are, software), bem
como de
capacitação adequada
para facilitar
as experiências
educacionais de alunos e professores. A questão que norteou este estudo foi: Q
uais as barreiras para apropriação e uso da tecnologia nas escolas? O
estudo foi realizado por meio de
levantamento das referências bibliográficas, experiências e
pesquisas sobre tecnologia na educação e formação docente.
O levantam
ento permitiu relacionar os principais aspectos e
desafios que dificultam e influenciam
o uso e apropriação dos recursos
tecnológicos considerando-se,
principalmente,
a educação form
al nas escolas da rede pública de ensino. D
entre os
aspectos e
desafios levantados
na pesquisa
evidencia-se: I.(Des) m
otivação dos professores e processos de capacitação top dow
n (Cuban, 2001); II. A
usência de oportunidades de reflexão com
partilhada (Cope &
Kalantziz, 2006),
(Pacheco e
Flores, 1999);
III.Falta de
tempo dos
professores para
atividades, hora-aula
e extra-aula;
IV.
Capacitação descontextualizada do conteúdo e do currículo
trabalhado pelo professor. (Beline e Salvi, 2007); V
. Ausência
ou deficiência
de infraestrutura
tecnológica (conexão
a internet,
máquinas:
Micro,
lousa, laptop,
etc.). (B
auer &
Kenton, 2005); V
I. Falta de comprom
etimento das esferas de
decisão e poder na unidade escolar, e falta de apoio a iniciativas isoladas do professor (C
ruciani, 2009), (Valente e
Alm
eida, 1997), (Penteado, 2004), (S
ancho, 2006); VII.Falta de suporte técnico m
ulti/interdisciplinar e de especialista de
10 inform
ática educacional na escola. (Alves, 2012), (M
iranda e R
ezende, 2006); VIII.
Heterogeneidade no conhecim
ento dos
recursos tecnológicos
entre os
professores; IX.D
escontinuidade das
experiências/projetos (S
orj, 2008).
Destaca-se a necessidade de form
ação continuada em TIC
s, infraestrutura e suporte dos recursos tecnológicos. S
ugere-se determ
inar novos estudos e promover debates com
alunos e professores sobre o uso das TIC
s para facilitar as aplicações e
processos de
ensino e
aprendizagem.
É
importante
considerar a
importância
do professor
e do
processo form
ativo. O
uso
das TIC
s na
Escola
depende do
comprom
etimento das esferas de decisão e poder na unidade
escolar.
Palavras-chave: TIC; E
scola; Tecnologia na Educação;
Formação docente.
11
DESEN
VOLVIM
ENTO
DA D
ISCIPLIN
A TEC
NO
LOG
IA E EDU
CAÇ
ÃO
Autor(a): S
uéllen Rodolfo M
artinelli C
olégio Objetivo Itapetininga
Resumo: A Sociedade do C
onhecimento e da Inform
ação vive profundas transform
ações sociais e tecnológicas (PIRES, 2009).
Essas mudanças afetaram
também
a área educacional, pois as Tecnologias de Inform
ação e Com
unicação (TIC) possuem
papel im
portante no processo de ensino-aprendizagem dos
alunos, por
possibilitar práticas
pedagógicas m
ais enriquecedoras. (M
ARTIN
ELLI; FERR
AZ JUN
IOR
, 2013). Esse conceito alia-se a um
a tendência iniciada nos EUA, que é a
importância do ensino da program
ação de computadores para
crianças e jovens. As crianças já nascem "digitais", sabendo
utilizar os dispositivos eletrônicos com desenvoltura, todavia,
isso não é suficiente (CH
AN, 2014). R
esnick (2013) afirma que
saber programar é tão im
portante quanto a aprender a ler ou escrever,
pois ajuda
as crianças
a organizarem
ideias
coerentes, além de pensarem
de forma crítica e criativa. D
iante disso, o C
olégio Objetivo Itapetininga acrescentou em
sua grade curricular a disciplina Tecnologia e Educação, que tem
como
objetivo o ensino da programação para crianças, para m
elhorar o raciocínio lógico, o senso crítico e criativo dos alunos, através de atividades ligadas à m
atemática e ciência da com
putação. A disciplina atende o ensino fundam
ental, e em cada ano o aluno
aprende um conteúdo diferente relacionado à proposta central
da matéria. N
esse primeiro ano de aplicação da m
atéria, o 2º e 3º ano usam
a plataforma Kiduca que é baseada em
conceitos de gam
ificação para reforço no aprendizado através de games
educacionais. O
4º
e 5º
ano utilizam
o
Code.org
para o
aprendizado de lógica de programação. O
6º ano desenvolve jogos e anim
ações pelo software Scratch, e os alunos do 7º e 8º
ano aprendem
robótica
educacional com
os
kits Atto
Educacional e os softwares S4A e Ardublock. C
omo resultados
12 prelim
inares, no primeiro sem
estre de 2015 realizou-se uma
análise comparativa em
relação ao mesm
o período de 2014, com
as classes de 8º ano, para analisar o desempenho dos
alunos na disciplina de matem
ática, com o intuito de avaliar se a
aplicação da matéria produziu m
elhora no aproveitamento dos
alunos, no qual se constatou uma evolução na m
édia dos estudantes de 13,11%
.
Palavras-chave: Tecnologias; Educação; P
rogramação.
13
TEMAS EM
CONEXÃ
O: AN
ALISAND
O
PRO
CESSO
S DE ESTAB
ILIZAÇÃ
O E D
E M
UD
ANÇ
A EM U
M PR
OG
RAM
A TELEVISIVO
Autora: Anna C
hristina Bentes da S
ilva R
afaela Defendi M
ariano A
na Cecília A
lmeida Accetturi
UN
ICA
MP
Resum
o: Em
nossa
apresentação, temos
como
principal objetivo apresentar nossas análises acerca da configuração tem
ática do programa televisivo C
onexões Urbanas, que se
propõe a ser e é visto como um
tipo de “TV ação” ou ainda
“TV
mobilização”.
Para atingir
os objetivos
propostos, descrevem
os os
processos de
centração da
significação (B
akhtin, 1986) no contexto de cada episódio do programa no
período de sete anos de sua exibição (2008 a 2015). Nossas
análises mostram
que o programa privilegia determ
inadas tem
áticas: “P
rojetos S
ociais/ON
Gs”,
“Questões
sociais”, “Instituições” (de segurança pública e outras), “Indivíduos”, “G
rupos sociais”, “Lugares de tensão social”. Em
suas três prim
eiras temporadas, o program
a dedicou a maior parte de
seus episódios
a apresentar
projetos sociais
e O
NG
s, construindo, assim
, sua identidade a partir de uma agenda
temática
de inclusão
social. E
sse projeto
temático
do program
a, principalm
ente em
suas
primeiras
temporadas,
parece conferir
a ele
a identidade
objetivada por
seus idealizadores,
a saber,
a de
um
programa
jornalístico televisivo
que dá
visibilidade tanto
a ações
sociais que
minim
izem
a desigualdade
social quanto
a ações
empreendedoras,
conferindo-lhes legitim
idade. N
esse sentido,
o program
a pode
ser considerado
como
uma
inovação na grade do jornalismo televisivo, especialm
ente por sua contínua tem
atização de atores e/ou ações sociais que estão à m
argem, enfocando transform
ações sociais bem-
sucedidas promovidas por esses atores e/ou ações sociais e
legitimando tem
áticas (conteúdos e pontos de vista que os organizam
) sistem
aticamente
deslegitimadas
pela grande
mídia
(Bourdieu,
1997; Falcone,
2008). N
o entanto,
o
14 program
a também
se revela tradicional quando organiza a tem
ática “Instituições
de segurança
pública” predom
inantemente a partir do ponto de vista oficial (do
Estado).
Por fim
, o
programa,
nas últim
as tem
poradas, com
eça a dar mais destaque a trajetórias individuais de
celebridades, globais
e políticos,
ofuscando a
anterior pluralidade de atores e ações sociais. Tal m
udança temática
revela o processo de reformatação do program
a, que implica
a emergência de um
a identidade híbrida ligada à sua antiga agenda tem
ática de inclusão social e também
à agenda tem
ática do
jornalismo
televisivo m
ais tradicional,
caracterizada pela ofuscação da pluralidade de atores sociais. E
ssa atual identidade híbrida do programa é que perm
ite sua estabilização na grade do C
anal Multishow
.
Palavras-chave: Tema, P
rograma televisivo, C
onexões U
rbanas.
15
O EM
POD
ERAM
ENTO
DA C
RIAN
ÇA N
A LEITU
RA D
E LIVRO
S-APLICATIVO
S D
IGITAIS
.
Autora: A
line Frederico U
niversidade de Cam
bridge
Resum
o: Livros-aplicativos são um novo form
ato de livro digital disponível para dispositivos m
óveis que acrescenta som
, movim
ento e interatividade à tradicional combinação de
texto e
imagem
característica
do livro
ilustrado. E
specialmente no que tange à possibilidade de interação com
a narrativa, o livro-aplicativo proporciona ao pequeno leitor novas form
as de participação e empoderam
ento que podem
promover
o desenvolvim
ento de
capacidades básicas
do letram
ento digital. Esse projeto pretende analisar com
o Lukas, de 4 anos, responde ao livro-aplicativo The M
onster at The E
nd of This Book [O M
onstro No Final D
este Livro] (STO
NE
; S
MO
LLIN, 2011), m
ostrando as diversas maneiras com
o ele interage
com
a narrativa, alternando
entre m
omentos
de cooperação e de resistência ao universo apresentado na estória. E
sse projeto assume um
a perspectiva sociocultural da construção de sentido e é guiada pelas lentes da sem
iótica social m
ultimodal (K
RE
SS
, 2010; KR
ESS
; VA
N LEE
UW
EN,
2006; V
AN
LE
EU
WE
N,
2005), em
que
“o significado
é considerado com
o sendo realizado na conexão iterativa entre o potencial de significado de um
artefato material sem
iótico, o potencial sem
iótico do contexto social e cultural em que se
encontra, e os recursos, intenções e conhecimentos que os
indivíduos trazem para esse encontro.” (JEW
ITT, 2013, p. 251). N
esse estudo de caso qualitativo, a coleta de dados envolveu observações e film
agem da criança e da m
ãe lendo juntos o livro-aplicativo usando um
iPad. A análise envolveu
uma leitura detalhada tanto do livro quanto das respostas da
criança, através de um enquadram
ento teórico baseado nas m
etafunções dos textos propostas por Halliday (1975). O
s resultados m
ostram com
o um texto interativo de qualidade
16 não só pode levar o leitor a participar ativam
ente como
coautor, entendendo a importância da sua participação na
construção dos textos digitais, mas tam
bém lhe estim
ula a desenvolver um
olhar crítico sobre o universo representado na história, habilidades essenciais que as crianças devem
desenvolver para no futuro atuarem
como cidadãos pelo uso
das tecnologias digitais e móveis. E
sse caso sugere que livros-aplicativos podem
ser uma ferram
enta importante no
desenvolvimento do letram
ento digital em crianças em
idade pré-escolar.
Palavras-chave: Livro-aplicativo; Letramento digital;
Sem
iótica social multim
odal.
17 R
EPRESEN
TAÇÕ
ES DO
AUTO
AO ALTER
EM
UM
BLO
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E UM
A ESCO
LA TEREN
A E A C
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STITUIÇ
ÃO
DE N
OVO
S TER
RITÓ
RIO
S IND
ÍGEN
AS
Autora: A
na Alice dos P
assos Gargioni
UN
ICA
MP
Resum
o: O
advento
da pós-m
odernidade, m
arcado pela
facilidade de
acesso à
informação
por m
eio das
novas tecnologias
e do
culto às
diversidades, traz
à baila
a discussão a respeito da igualdade e da diferença. N
este trabalho,
analisamos
a constituição
de novos
territórios indígenas a partir da problem
atização das representações desdobradas na escrit(ur)a do professor indígena no blog intitulado Terena D
igital (http://terenadigital.blogspot.com.br).
Buscam
os identificar as múltiplas vozes que perpassam
suas subjetividades, descrevendo as projeções que fazem
de si e do outro e fundam
entam o espaço blog e a E
scola enquanto locais de agenciam
ento e representatividade indígena. Utili!
zamos
as concepções
de Foucault
(1992), E
ckert-Hoff
e C
oraci! ni (2010) no que diz respeito ao processo de escrita de si; Lévy (2005), B
audrillard (2005) e Coracini (2011) sobre
a escrita do/no ambiente virtual; e discussões acerca da
democratização da inform
ação na internet por meio dos blogs
(FLOR
IAN
I; M
OR
IGI,
2006; P
ALAC
IOS,
2006). N
essas condições,
partimos
da interpretação
de postagens
de professores Terena, situados na região de M
iranda – MS,
nesse blog, à luz dos postulados franceses da Análise do
Discurso (A
D) e do m
étodo arqueogenealógico foucaultiano (2007). N
essa escrit(ur)a de si, transformando a inform
ação e o
conhecimento
em
mecanism
os de
empoderam
ento de
sujeitos infames (FO
UC
AU
LT, 2003), identificamos um
sujeito m
ultifacetado, descentrado,
que deixa
escapar traços
18 identitários de um
outro de si indígena, mítico e tam
bém
escolarizado, e
imprim
e efeitos
do outro
branco, cujas
representações se dão pelas imagens das instituições. O
cenário globalizado que envolveu esta pesquisa funde novas re! lações sociais, políticas, culturais e econôm
icas por meio
da informática. O
s efeitos desencadeados na discursividade apontaram
à constituição desses novos territórios indígenas: a E
scola e o espaço blog. Desse m
odo, notamos que o
ambiente escolar Terena vem
se desenvolvendo como um
local de autodeterm
inação e organização social, intelectual, política e étnica, ao passo que o am
biente blog possibilita a contradição de discursos hegem
ônicos, a visibilidade e a em
ergência da voz dessa comunidade indígena, efeitos de
poder e de resistência.
Palavras-chave: Representação discursiva; P
rofessor Terena; B
log.
19 APR
END
IZAGEM
MÓ
VEL E POR
TUG
UÊS
CO
MO
LÍNG
UA ESTR
ANG
EIRA: U
M
ESTUD
O EXPLO
RATÓ
RIO
DO
PERFIL D
E U
SUÁ
RIO
S E APLICATIVO
S
Autora: N
atasha Guim
arães Konopczyk Maluf Farhat U
NIC
AM
P
Resum
o: Marcado por bases qualitativas e interpretativistas,
este trabalho,
de cunho
exploratório, teve
como
objetivo central analisar aplicativos m
óveis para a aprendizagem de
Português com
o língua estrangeira (PLE
), em articulação ao
perfil de usuários diante do uso dos aplicativos Babbel e
Rosetta S
tone, visando identificar possíveis lacunas entre o perfil desse usuário e proposta de conteúdos dos aplicativos. A
s teorizações
sobre aprendizagem
m
óvel (S
HA
RP
LES
, 2011, entre outros) e as teorias que em
basam a ideia de m
ulti (C
OP
E;
KALA
NTZIS
, 2000;
RO
JO
2009; 2010)
e novos
letramentos (B
AK
ER
et al, 2010), entre eles, os letramentos
digitais (LAN
KS
HE
AR
; KN
OBLE
, 2008) e críticos (LUK
E, 201!
4), serviram com
o aporte teórico-analítico para este trabalho. O
contexto
base da
pesquisa delim
itou-se pelas
especificidades da
pós-graduação em
um
a instituição
de ensino superior do interior paulista, em
sua interface com m
-learning (aprendizagem
móvel) e a aprendizagem
de PLE em
contexto
universitário. O
s participantes
da pesquisa
são estudantes
estrangeiros de
pós-graduação de
uma
universidade estadual do interior do estado de São Paulo. A
geração de dados foi realizada por meio de questionários
digitais sem
i-estruturados (lim
esurvey), interações
entre pesquisadora e participantes em
um grupo fechado e secreto
da rede social Facebook e entrevistas via Skype. O
s dados foram
gerados ao longo do segundo semestre de 2014 e
primeiro
semestre
de 2015.
Os
resultados do
estudo evidenciaram
um caráter dem
asiadamente gram
aticalista e com
portamentalista em
relação à aprendizagem de um
a LE,
20 no que se refere aos aplicativos analisados, bem
como um
distanciam
ento entre as propostas desses aplicativos e as expectativas dos usuários-participantes do estudo. Em
tese, foi defendido neste trabalho que a aproxim
ação entre essas dim
ensões, a partir de teorias de aprendizagem m
óvel de bases socioculturais e críticas (S
HA
RP
LES, 2005; 2011) e
que respeitem as necessidades e características dos usuários
de aplicativos
destinados à
aprendizagem
de LE,
pode contribuir para um
processo de construção de conhecimento
mais efetivo e significativo.
Palavras-Chave:
Aprendizagem
m
óvel; Português
língua estrangeira; Letram
ento crítico;
21
DAS N
OVAS TEC
NO
LOG
IAS AO
LETRAM
ENTO
CR
ÍTICO
: A FOR
MAÇ
ÃO
DE
PRO
FESSOR
ES NO
CO
NTEXTO
DE
ENSIN
O-APR
END
IZAGEM
DE PLE
Autor: D
aniel dos Santos U
FRJ
Resum
o: O increm
ento do uso de novas tecnologias provoca reflexões sobre sua utilização no contexto de ensino de línguas estrangeiras, e, dado que algum
as ferramentas com
o sites, redes sociais e outras m
aterialidades podem integrar o
processo de ensino-aprendizagem, dependendo do perfil do
professor e/ou do estudante, pretende-se conhecer melhor o
grau de
proximidade,
tanto de
professores quanto
de estudantes, com
relação às novas tecnologias. Na busca por
compreender o papel dessas m
aterialidades no contexto de ensino de LE
e na formação docente, esta pesquisa envolve
uma
desierarquização dos
papéis dos
agentes e
o envolvim
ento em
práticas
de letram
ento, as
quais estão
sujeitos à
criação de
identidades, ideologias,
e valores
(MO
ITA LOP
ES
, Luiz Paulo, 2004). A partir disso, optou-se
por uma m
etodologia de pesquisa a ser empregada que
envolve a aplicação de entrevistas a um grupo de form
ação de
professores de
PLE
, e,
como
primeiro
passo desse
processo maior, foi aplicado um
questionário desenvolvido inicialm
ente, no qual os resultados deverão mostrar se o
processo de ensino-aprendizagem aliado ao uso das novas
tecnologias ocorre (ou não) de forma situada e significativa,
contribuindo, desse
modo,
para a
formação.
Assim
, instauram
-se como objetivos descrever a sala de aula de um
am
biente acadêmico e os lim
ites e caminhos pelos quais o
uso de novas tecnologias percorre ou já percorreu, e até m
esmo o “saber m
ediatizar” (BE
LLON
I, Maria Luiza, 1999)
dos agentes de ensino envolvidos. Sendo assim
, no propósito de estim
ular essa formação no que concerne ao P
ortuguês com
o Língua Estrangeira, e de influenciar o desenvolvim
ento de
uma
competência
comunicativa
no aprendiz,
pode-se
22 elucidar o desafio de sua continuidade, vista com
o condição necessária para alterações no m
odus operandi da sala de aula, e que só se torna possível através de um
a reflexão consciente dos agentes envolvidos. E
, finalmente, a fim
de que se instaure um
ambiente m
ais flexível, garantir essa faceta
no ensino,
no acesso,
na aprendizagem
e
na autonom
ia (MATTO
S, A
ndréa M. de A
lmeida; V
ALÉ
RIO
, Kátia M
odesto, 2010) do desenvolvimento na Língua P
ortuguesa torna-se im
prescindível aos parâmetros do letram
ento crítico.
Palavras-Chave: Letram
ento Crítico; E
nsino-Aprendizagem
; Tecnologias.
23 TEC
NO
LOG
IAS DIG
ITAIS, CO
LABO
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Autores: Jean C
arlos Ferreira dos Santos; M
arko Synésio A
lves Monteiro
UN
ICA
MP
Resum
o: O fenôm
eno da Ciência Aberta pode ser entendido
como um
proto-movim
ento que resulta das transformações
contemporâneas na esfera institucional da ciência trazida
pelas tecnologias
de inform
ação e
comunicação.
Esse
fenômeno com
preende diferentes práticas de realização da pesquisa científica baseadas essencialm
ente em um
a lógica de colaboração e no com
partilhamento online das etapas e
dos resultados de pesquisa com poucas ou sem
restrições de acesso
e utilização.
Tais práticas
são viabilizadas
por diferentes tecnologias digitais crescentem
ente incorporadas ao
trabalho acadêm
ico, com
o redes
sociais online,
ferramentas w
ikis, repositórios e bases de dados (MA
UR
ER
, 2003; C
AR
DO
SO
et al, 2012; DE
LFAN
TI, 2013; FEC
HE
R;
FRIE
SIK
E, 2014).
As práticas
de C
iência A
berta vêm
colocando em
discussão os sistemas proprietários na ciência
e m
odificando aspectos
tradicionais da
prática científica,
como
os m
odos restritos
de disponibilização
e de
compartilham
ento da
informação,
para práticas
centradas tam
bém na publicação em
meios de acesso público e gratuito
e no trabalho colaborativo através das infraestruturas digitais (D
ELFA
NTI, 2013; ALB
AG
LI et al, 2014). Dado esse contexto,
a partir do estudo da proposta e das práticas de Ciência
Aberta, o objetivo deste trabalho é discutir os significados
atribuídos no
meio
acadêmico
a essas
formas
contemporâneas
de produção
do conhecim
ento e
compreender
como
elas são
incorporadas no
trabalho científico. P
arte-se de um estudo etnográfico realizado junto
ao C
entro de
Pesquisa, Inovação
e D
ifusão em
N
euromatem
ática (Neurom
at), sediado na Universidade de
São
Paulo
(USP
). E
ste trabalho
constitui as
primeiras
24 reflexões
resultantes das
aproximações
com
o cam
po, centrando-se na com
preensão dos projetos e das práticas do N
euromat identificadas pelos pesquisadores com
o Ciência
Aberta. O
estudo realizado até aqui tem apontado para um
entusiasm
o em torno da utilização de ferram
entas e princípios abertos
na prática
científica entre
os pesquisadores,
principalmente
por parte
daqueles com
m
ais tem
po de
carreira. P
or outro
lado, outros
pesquisadores jovens
mostram
-se reticentes
em
adotar algum
as das
práticas estim
uladas pela
coordenação do
Neurom
at, com
o disponibilização de dados de pesquisa em
banco de dados de acesso público, em
razão dos diferentes aspectos técnicos, econôm
icos e éticos implicadas nessa prática.
Palavras-chave: Ciência A
berta; Prática científica; E
tnografia.
25
EDU
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OS
Autora: Jéssica Vasconcelos D
orta U
NIC
AM
P
Resum
o: A
inserção das
tecnologias digitais
móveis
no ensino/aprendizagem
de
línguas ainda
pede estudo
e pesquisa. A
credita-se que seja importante para os estudos da
linguagem e seu papel na educação, investigar a relevância
do uso
dessas tecnologias
nas práticas
pedagógicas, principalm
ente, no que diz respeito à educação de grupos m
inoritários, como é o caso dos surdos. D
essa forma, o
projeto de
pesquisa aqui
delineado tem
com
o objetivo
investigar, a
partir dos
conceitos de
Pedagogia
dos M
ultiletramentos
(Grupo
de N
ova Londres,
1996), M
obile Learning
(Pachler
et al.,
2010) e
Aprendizagem
U
bíqua (S
antaella, 2013), como a apropriação das tecnologias digitais
móveis (tais com
o: smartphone, notebooks, tablets e outras
afins) pode
(ou não)
contribuir para
o processo
de aprendizagem
do português escrito como segunda língua por
um grupo de jovens surdos. O
projeto se situa dentro do paradigm
a qualitativo, etnográfico e participativo de pesquisa e
o contexto
gerador de
dados são
os atendim
entos pedagógicos sem
anais com foco em
escrita e leitura em
português, oferecidos
a crianças
e adolescentes
surdos, realizados em
um program
a bilíngue de apoio escolar. As
primeiras observações m
ostram que os dispositivos m
óveis nos espaços educativos são trazidos pelas m
ãos dos próprios alunos um
a vez que estes fazem parte de um
a geração digital que evidencia que as novas tecnologias não estão m
ais confinadas a um
espaço e a um tem
po determinado. A
lém
disso, esses dispositivos
apresentam
recursos interativos,
colaborativos e multim
odais aos quais os alunos recorrem
quando precisam buscar inform
ações. Em
se tratando de uma
pesquisa em andam
ento, a hipótese aqui levantada é de que
26 essas tecnologias engendram
processos discursivos e de socialização que podem
favorecer a agência e processos (autorais) de produção de discurso e sentidos que, quando preocupados com
a consciência democrática e a criatividade,
de m
odo situado,
podem
favorecer o
processo de
aprendizagem do português pelos surdos.
Palavras-chave: E
ducação de surdos; Tecnologias digitais m
óveis; Aprendizagem
móvel
27
RED
ES SOC
IAIS E PARTIC
IPAÇÃ
O
POLÍTIC
A: A EMER
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IND
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IA CU
LTUR
AL
Autora: Lenildes R
ibeiro da Silva
UN
B
Resum
o: Este trabalho advém
de uma pesquisa de pós-
doutorado, em andam
ento, sob o tema: R
edes Sociais e
Indústria Cultural, com
o objetivo de interrogar a utilização das redes
sociais buscando
alcançar seu
aspecto form
ativo, em
ancipador. Diante do crescim
ento acelerado do acesso das redes
sociais entre
os jovens,
pretende-se analisar
criticamente
a utilização
desse recurso
dentro e fora do âm
bito escolar, baseando-se em sua com
preensão como
recurso que vai além da sociabilidade, abrangendo tam
bém
uma form
ação ético-política. A m
etodologia empregada nesta
pesquisa parte da análise crítica do fenômeno das redes
sociais fundam
entada em
autores
frankfurtianos com
o A
dorno, H
orkheimer
e M
arcuse, em
suas
críticas à
massificação da cultura, à alienação social e m
anipulação do tem
po livre e da subjetividade na sociedade tecnológica. Para
estas reflexões, elege-se o problema central que se resum
e na seguinte questão: C
omo enfrentar o desafio do sucesso
das redes sociais entre os jovens utilizando-as como espaço
de formação, conscientização, debate e participação política?
A pesquisa traz a coleta e análise de iniciativas exitosas das
redes sociais em perfis, fãs pages, postagens de im
agens, vídeos,
comentários,
entre outras
que dem
onstram
a possibilidade de pensar as redes sociais com
o espaço de form
ação e emancipação. A
acessibilidade ao mundo virtual é
um processo com
o qual não se pode retroceder ou estancar e é sobre esta problem
ática que a pesquisa se debruça, ou seja, buscar um
sentido das redes sociais que extrapole os reclam
es da Indústria Cultural, abrangendo um
a formação
28 am
pla. Analogam
ente, Intenta-se, assim, buscar nas brechas
da Indústria Cultural, a constituição de novas possibilidades,
em que os jovens encontrem
espaços de discussões voltadas para questões éticas e políticas do nosso tem
po, essenciais a um
a educação emancipadora.
Palavras-chaves: Redes sociais, Indústria cultural,
Em
ancipação.
29
Aprendizagem colaborativa online: o
planejamento de atividades e o papel do D
esigner Instrucional
Autora: Fabrícia P
imenta U
NB
Resumo: E
ste trabalho trata da importância da experiência
pedagógica do Designer Instrucional (D
I) na elaboração de atividades colaborativas para cursos ofertados com
suporte na tecnologia digital. P
ode-se definir o Designer Instrucional
como
o profissional
responsável pelo
planejamento
e desenvolvim
ento de atividades pedagógicas em am
bientes virtuais. E
m essência, é ele quem
define quais ferramentas
serão utilizadas
nos cursos
via W
eb. São
apresentadas breves
linhas sobre
as abordagens
teórico-pedagógicas C
onstrutivista, Sociointeracionista e a abordagem
humanista
Freireana com a finalidade de dem
onstrar a importância da
utilização híbrida das potencialidades destes paradigmas de
aprendizagem no fazer laboral do D
I. Para explicar com
o o DI
projeta as situações didáticas, são mostradas as fases do
planejamento de um
curso virtual e os dois principais recursos utilizados para orientar a realização de tarefas que requerem
m
aior detalhamento. P
ara realizar este planejamento, o D
I pode
- e
deve -
lançar m
ão dos
recursos de
design instrucional para pensar estratégias e projetar as atividades de aprendizagem
que serão utilizadas ao longo da oferta do curso a fim
de que seja otimizado o desenvolvim
ento das habilidades e dos conhecim
entos definidos nos objetivos da aprendizagem
. O trabalho versa tam
bém sobre os fatores
sócio-afetivos no design de atividades colaborativas ofertadas em
cursos online. Ao propor atividades que envolvam trabalho
colaborativo, o DI tam
bém estará a estim
ular a criatividade, a interatividade
e a
afetividade entre
os alunos
e, conseqüentem
ente, promovendo o senso de responsabilidade
entre os discentes. Ao final do trabalho, é possível afirm
ar que o D
I experiente em práticas pedagógicas destaca-se em
30 relação aos dem
ais especialmente no que tange à prom
oção de práticas educacionais criativas e capazes de prom
over valores
como
o conhecim
ento crítico
e a
autonomia
do pensam
ento do corpo discente dentro de ambientes virtuais
de aprendizagem (A
VA
s), utilizando formatos pedagógicos
colaborativos. Palavras-chaves: A
prendizagem colaborativa; P
lanejamento
de Atividades; D
esign Instrucional.