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Professor: Daniel Moura Gerenciamento de Resíduos Sólidos através da Logística Reversa: um foco sobre a reforma de pneus no Brasil

Cadeia inversa dos pneus

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Professor: Daniel Moura

Gerenciamento de Resíduos Sólidos através da Logística

Reversa: um foco sobre a reforma de pneus no Brasil

Introdução

Sociedade moderna(Indústrias)

Resíduos sólidos urbanos

POLUIÇÃO

POLUIÇÃOEngenhariasFatores de Produção

Desenvolvimento Sustentável

A Logística Inversa (LI) é definida como sendo o processo de planejamento, implementação e controle eficiente de matérias-primas, materiais em processo, produtos acabados e informações relacionadas do ponto de consumo para o ponto de origem, para atender às necessidades de recuperação de valor e/ou obter a deposição correta/controlada. (ROGERS e TIBBEN-LEMBKE, 1999).

Logística Inversa: conceito e relevância

O objetivo da LI é reutilizar os produtos advindos do consumidor final em um novo consumo e/ou reaproveitamento, e sua principal atividade consiste no recolhimento, recuperação, reprocessamento e redistribuição de produtos. (FREIRES, 2007).

Segundo Lima (1995), o RSU pode ser definido como todo e qualquer resíduo que resulte das atividades diárias do homem na sociedade.

Campbell (1991): “resíduos são sempre descritos como uma fonte potencial de matéria-prima para alguém, no local errado e no tempo errado”.

O que é Resíduo Sólido Urbano (RSU)?

O pneu consiste basicamente de uma carcaça, que forma seu esqueleto, e da banda de rodagem, que é composta de borracha, e por essa razão, em muitos casos, pode ser renovada. (BEUKERING e JANSSEN, 2001);

O resíduo sólido: pneu

800 milhões de unidades/ano; 40 milhões/ano produzidos no Brasil. 50% dessa produção é descartada nesse período (FIEP, 2001);

De acordo com a Associação Nacional da Indústria de Pneus (ANIP), estima-se que existam 900 milhões de pneus velhos espalhados pelo país. (FREIRES, 2007).

O resíduo sólido: pneu

Minimização de resíduos sólidos

Quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos Gerados e Coletados em 2007. Fonte: ABELPRE (2007).

MINIMIZAÇÃO DOS RSU

- Fonte

-Quantidade

- ToxicidadeBens envolvidos com as suas características e funções originais.

Visando o mesmo ou um diferente uso para o qual foi originalmente concebido

Foco sobre a reforma de pneus no Brasil

Partes componentes de um pneu

De acordo com a Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), o Brasil ocupa o 2o lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus, perdendo apenas para os Estados Unidos, o que lhe confere uma posição vantajosa e competitiva junto a vários países na luta pela conservação ambiental.

Processo de reforma de pneus

Processo de reforma de pneus.

O fluxo de pneus usados e inservíveis no Brasil

Geração e destino de pneus. Fonte: IPT (2004).

26,5%

26,7%

* 22 milhões de unidades46,8% são pneus usados que podem retornar ao mercado.

A cadeia de reciclagem de pneus inservíveis no Brasil

Cadeia de pneus inservíveis. Fonte: IPT (2004).

Siqueira (2005):◦ Movimentou US$ 3 bilhões em 2004 e respondeu por

mais de 100 mil empregos (40 mil diretos e 60 mil indiretos);

◦ A matriz do setor, que conta com quase 1.600 empresas, está dividida da seguinte forma: 43% são pequenas empresas, com produção de até 500 pneus/mês; 34% são médias empresas, com mais de 1.000 pneus/mês e 23% são grandes empresas, com fabricação de mais de 1.500 unidades/mês.

Números da reforma de pneus no Brasil

Dados da ABR (2007) revelam:◦ a) 1.557 empresas geram serviços agregados, totalizando

cerca de 5.000 microempresas;◦ b) O pneu reformado possui rendimento quilométrico

semelhante ao novo, com custo 70% menor;◦ c) Reforma-se, em média, 2 vezes cada pneu, gerando 3

vidas para cada carcaça;◦ d) O pneu reformado proporciona uma redução de 57%

no custo/km;◦ e) A reforma repõe no mercado mais de 9 milhões de

pneus da linha caminhão/ônibus, enquanto a indústria de pneus novos repõe 5 milhões;

f) Economia de 57 litros de petróleo por pneu reformado na linha caminhão/ônibus, e 17 litros na linha automóvel (no Brasil, este valor representa 550 milhões de litros de economia de petróleo por ano);

g) Não é uma atividade poluidora, e seus resíduos sólidos são reciclados por outras atividades: dos pneus diagonais, 20% são destinados a fornos de cimenteiras, e 80% vão para solados e percintas; 80% dos pneus radiais vão para fornos de cimenteiras, enquanto 20% são empregados nos solados e percintas; já o pó de raspa é agregado a mistura e composições de borracha para artefatos e asfalto ecológico;

h) A atividade gera mais de 205.000 postos de trabalho (divididos entre reformadoras, fornecedoras, borracharias e vendedores);

i) Faturamento do setor: R$ 4 bilhões/ano (reforma de pneus, matéria-prima e equipamentos);

O pneu-resíduo representa um problema global, com potencial crescimento e efeito cumulativo;

Além das reformas, os pneus usados podem ter outras utilizações, tais como: na indústria de asfalto, em forma de pó; nas cimenteiras, como combustível e aditivo para cimento; muro solo-pneu; recifes artificiais; artesanato; indústria de calçados.

Econômico: recursos naturais, economia de capital e forte papel social e ambiental.

Considerações finais