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ÍNDICE
1. ENQUADRAMENTO ........................................................................................................ 3
2. CONCEITOS .................................................................................................................... 3
3. O E‐LEARNING NA U.PORTO: PASSADO E PRESENTE ....................................................... 4
3.1. b‐Learning ......................................................................................................................... 4 3.2. e‐Learning .......................................................................................................................... 6 3.3. Recursos materiais para o e‐learning .............................................................................. 10 3.4. Recursos humanos para apoiar o e‐learning ................................................................... 12 4. ANÁLISE SWOT............................................................................................................. 13
4.1. Forças .............................................................................................................................. 13 4.2. Fraquezas ........................................................................................................................ 13 4.3. Oportunidades ................................................................................................................ 14 4.4. Ameaças .......................................................................................................................... 14 5. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO A DISTÂNCIA NA U.PORTO ............... 15
5.1. b‐Learning ....................................................................................................................... 16 5.2. e‐Learning ........................................................................................................................ 17 5.3. MOOC .............................................................................................................................. 19
ANEXO I ............................................................................................................................... 22
ANEXO II .............................................................................................................................. 24
3
1. ENQUADRAMENTO
Após a consolidação do e‐learning na U.Porto, na sua vertente de complementaridade ao
ensino tradicional, importa perspetivar linhas estratégicas para o seu desenvolvimento, nesta e
eventualmente também noutras vertentes, tendo em consideração o posicionamento
estratégico da Universidade do Porto e as suas competências e capacidades internas neste
domínio.
Neste documento apresentam‐se contributos para a definição de uma estratégia para a
educação a distância na U.Porto, incluindo algumas linhas de ação.
Começa‐se por uma breve introdução sobre o que foi até ao momento o e‐learning na U.Porto,
após o que se apresenta uma análise SWOT para esta área e se termina com um conjunto de
propostas de ação para o futuro. Antes porém importa caracterizar as diferentes vertentes de
educação a distância a ter em consideração.
2. CONCEITOS
A terminologia “educação a distância” incorpora vários conceitos distintos. No que importa
atualmente à U.Porto, a “educação a distância” refere‐se à educação mediada por tecnologias
da Internet e em particular da Web. Relativamente a esta, interessa distinguir, em particular,
os conceitos de e‐learning, b‐learning e MOOC.
Apresentam‐se em seguida as definições utilizadas neste documento para estes conceitos.
e‐learning: ensino apoiado pela disponibilização de recursos e pela realização de atividades
através da Internet, numa perspetiva totalmente a distância, excetuando, eventualmente, a(s)
componente(s) de avaliação.
b‐learning: ensino apoiado pela disponibilização de recursos e pela realização de atividades
através da Internet, numa perspetiva de complementaridade ao ensino tradicional.
MOOC (Massive Open Online Courses): ensino apoiado pela disponibilização de recursos e
pela realização de atividades através da Web, numa perspetiva totalmente a distância, aberto
e dirigido a um número muito elevado de estudantes. O primeiro curso com a designação de
MOOC foi oferecido em 2008. Os primeiros MOOC apresentavam uma abordagem
construtivista (cMOOC), substancialmente distinta da abordagem behaviorista utilizada pelos
MOOC que se generalizaram a partir de 2012 (xMOOC).
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3. O E‐LEARNING NA U.PORTO: PASSADO E PRESENTE
A Universidade do Porto foi pioneira na utilização do e‐learning em Portugal, a par com a
Universidade de Aveiro e a Universidade do Minho. Na U.Porto há uma experiência de mais de
15 anos no domínio da utilização das novas tecnologias na educação, em particular no que se
refere ao b‐learning. De facto, a iniciativa para a criação de um gabinete (GAEDIST) para apoiar
a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação, tanto do ponto
de vista técnico como do ponto de vista pedagógico, data de 1998.
O GATIUP, Gabinete de Apoio para as Novas Tecnologias na Educação da Universidade do
Porto, surge em 2003, como evolução do GAEDIST.
3.1. b‐Learning
Em 2003 já existiam diversas iniciativas na Universidade de produção de conteúdos online.
Estas iniciativas tinham um cariz essencialmente individual, resultando do entusiasmo de
alguns professores. Tal como noutras universidades, designadamente internacionais, este tipo
de iniciativas dificilmente escalava, mesmo ao nível dos departamentos.
A estratégia que então se seguiu para promover a utilização das TIC na educação foi procurar
tirar partido da inovação já existente (bottom‐up) e, através de uma política top‐down, criar a
escala desejada. Almejava‐se, por esta via, contribuir positivamente para a qualidade do
processo pedagógico e para o melhor desempenho dos estudantes e dos ciclos de estudo.
Deu‐se assim início, em 2003, a um projeto a que chamou e‐LearningUP, que visava
incrementar a utilização do b‐learning na Universidade de uma forma sistemática e
sustentada. O projeto durou 5 anos, partindo de uma meta de cerca de 30 unidades
curriculares a apresentar pela 1ª vez conteúdos de aprendizagem na Web em cada ano letivo,
meta esta que cresceu, logo de seguida, para 50 e 100 unidades curriculares.
A partir de 2008/2009, a utilização do b‐learning na U.Porto tornou‐se uma prática transversal
nas várias faculdades e muito mais amplamente utilizada. O projeto tinha ganho a escala que
se pretendia e deixou de ser encarado como um projeto, passando o b‐learning a fazer parte
integrante da prática pedagógica na U.Porto.
Para o sucesso alcançado contribuíram a realização anual do Workshop de e‐Learning da
U.Porto, o Prémio de Excelência em e‐Learning da U.Porto e o apoio prestado aos docentes,
não só na utilização das TIC na educação mas também, no arranque do projeto e‐LearningUP,
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através de recursos materiais (portáteis, câmaras vídeo, scâneres, câmaras fotográficas,
software, etc.) que se distribuíram junto das diferentes faculdades com docentes a participar
no projeto, o que foi possível graças ao apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian,
com a qual se celebrou um protocolo de cooperação para esta área.
Desde o ano 2003 que a unidade de Novas Tecnologias na Educação organizou o Workshop
e‐Learning U.Porto. Este evento, dirigido a docentes e estudantes, visou criar um momento de
partilha de práticas pedagógicas e discussão de ideias relevantes sobre o e‐learning na
Universidade, tendo‐se constituído como um dos elementos fundamentais de disseminação e
de networking institucional na U.Porto para esta área, permitindo designadamente melhor
identificar linhas de atuação para o melhoramento contínuo do suporte aos professores e
estudantes. Neste workshop os professores apresentavam publicamente os resultados
alcançados com a utilização do b‐learning em unidades curriculares da U.Porto, dando‐se a
conhecer os mais bem‐sucedidos exemplos da sua aplicação na Universidade. Estes eram
geralmente os candidatos ao Prémio de Excelência em e‐Learning da U.Porto. O Workshop
e‐Learning U.Porto teve 8 edições relativas aos anos letivos entre 2003/04 e 2010/11. A partir
do ano de 2012 este workshop transformou‐se no Workshop Anual de Inovação e Partilha
Pedagógica da U.Porto sob a responsabilidade do Júri do Prémio de Excelência em e‐Learning
da U.Porto.
Em 2004 a U.Porto instituiu o Prémio de Excelência em e‐Learning. Este prémio, no valor de
5.000,00 €, atribuído anualmente, visava estimular as boas práticas e reconhecer a utilização
das TIC no processo de formação nos ciclos de estudo e cursos da U.Porto. Teve 7 edições,
distinguindo 12 professores:
2004/2005: Pedro Moreira (FCNAUP) /Jaime Villate (FEUP)
2005/2006: Paula Andrade e Patrícia Valentão (FFUP) / Paulo Vasconcelos (FEP)
2006/2007: Fernando Remião (FFUP)
2007/2008: Maria Amélia Ferreira (FMUP) / Jorge Oliveira (FFUP)
2008/2009: Isabel Ferreira (FFUP) / André Moreira (FMUP)
2009/2010: Pablo Payo (ICBAS)
2010/2011: Daniel Moura (FMUP)
O Prémio de Excelência em e‐Learning da U.Porto foi substituído pelo Prémio de Excelência
Pedagógica da Universidade do Porto a partir do ano 2012.
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Tanto a transformação do Workshop e‐Learning U.Porto no Workshop Anual de Inovação e
Partilha Pedagógica da U.Porto como a substituição do Prémio de Excelência em e‐Learning da
U.Porto pelo Prémio de Excelência Pedagógica da Universidade do Porto foram consequência
de recomendações do grupo de trabalho sobre o ensino a distância criado no contexto do
CCMEUP, o Conselho Coordenador do Modelo Educativo da U.Porto, reconhecendo‐se
também aqui a crescente endogeneização do b‐learning na prática pedagógica na
Universidade.
Nesta vertente do ensino a distância, o plano estratégico da U.Porto para o quadriénio
2011‐2015 refere a meta de 50% de UC com conteúdos online (b‐learning).
No ano letivo de 2013/14 o número de UC com conteúdos online no Moodle U.Porto
apresenta‐se na Figura 1.
Fig. 1 N.º de UC online no Moodle U.Porto no ano letivo 2013/14, em 2014‐03‐13
Esta figura mostra que há ainda um longo caminho a percorrer para se atingir a meta de 50%
apontada no Plano Estratégico da Universidade.
3.2. e‐Learning
A oferta de cursos em regime de e‐learning tem sido pontual na U.Porto.
Em 2006 a unidade de Novas Tecnologias na Educação procurou incentivar e apoiar a criação
de cursos de formação contínua em regime de e‐learning, tendo como ponto de partida
módulos de unidades curriculares envolvidas no projecto e‐LearningUP. No relatório das suas
atividades em 2006, esta unidade refere o apoio aos cursos de formação contínua em regime
de e‐learning “O Acesso à Informação por Assuntos – a Indexação” e “Protecção Integrada da
Vinha”. Mais refere o apoio à componente online dos cursos de formação contínua de:
“Alimentação, Nutrição e Gastronomia”, “Culinária Saudável para Obesos”, “Culinária Saudável
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Vegetariana”, “Nutrição e Saúde Cardiovascular”, “Actualização em Antropometria e
Composição Corporal”, “Alimentação em Geriatria: o Estado da Arte”, “Sistemas de Gestão da
Qualidade Alimentar”, “Produtos Destinados ao Controlo de Peso” e “HACCP na Restauração”.
Em 2007, realizaram‐se dois cursos de educação contínua em regime online, designadamente
os dois preparados no ano anterior:
“O Acesso à Informação por Assuntos – a Indexação”,
https://sigarra.up.pt/flup/pt/G_FORMACAO.detalhe_accao?p_id=3205&p_plano_id=3010
“Protecção Integrada da Vinha”,
https://sigarra.up.pt/up/pt/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=3677
Contactaram‐se também cerca de 10 docentes de várias faculdades no sentido de avaliar o
interesse na criação de cursos de educação contínua em regime de e‐learning. Destes, vários
manifestaram interesse em áreas tão diversas como Engenharia Aquática, Imunologia,
Culinária e Nutrição, Economia Regional e Urbana. Todavia, os únicos a serem lecionados, em
2008, foram os cursos:
“Execução da Segurança na Construção”,
https://sigarra.up.pt/reitoria/en/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=610
“Actualização contínua em Fiscalidade”,
https://sigarra.up.pt/up/pt/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=6312
Para além destes, a própria unidade de Novas Tecnologias na Educação procurou oferecer
pequenos módulos de formação a distância.
Em 2009, manteve‐se o curso “Execução da Segurança na Construção” e, de novo, a unidade
de Novas Tecnologias na Educação procurou oferecer módulos de formação online:
Elaboração de guiões de animação
E‐Learning – o e‐book como objecto de aprendizagem
E‐Learning avançado ‐ Criação de actividades pedagógicas no Moodle
Estratégias de utilização de portefólios
Iniciação ao E‐Learning ‐ criação de um curso on‐line no Moodle
Treino básico em testes de escolha múltipla
Destacam‐se também dois cursos da FCUP que aparecem referidos como sendo oferecidos em
regime online no Catálogo da Formação Contínua da U.Porto:
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E‐learning no Ensino da Química
Geometria Analítica ‐ História e Métodos
Em 2010, seis novos cursos de educação contínua passaram a estar disponíveis online:
Virtualização da Docência ‐ Estratégias e Modelos
Actualização de Professores de Português Língua Estrangeira
Estruturação e criação de Recursos no Moodle (Inicial)
Criação de Actividades Pedagógicas no Moodle (Avançado)
Páginas Web ‐ Boas Práticas
Acessibilidade na Sala de Aula
O curso “Actualização de Professores de Português Língua Estrangeira” foi acreditado pelo
Conselho Científico‐Pedagógico da Formação Contínua do Ministério da Educação.
Com mais de 50% da respetiva carga horária lecionada online, funcionaram também em 2010
os cursos:
Treino Básico em Testes de Escolha Múltipla
Língua Portuguesa para Estudantes ERASMUS (Nível I)
Língua Portuguesa para Estudantes ERASMUS (Nível II)
Em 2011 a formação online não sofreu alterações de relevo. Regista‐se a realização duas ações
de carácter técnico por parte da unidade de Novas Tecnologias na Educação, em articulação
com o Serviço de Apoio ao Estudante com Deficiência da U.Porto:
Acessibilidade na Sala de Aula: Conceitos e Regras Básicas
Conteúdos Digitais em Formato DAISY
Em 2012 destacam‐se as ações promovidas pela unidade de Formação e Organização
Académica no âmbito do Plano de Formação Pedagógica e Tecnológica para Docentes da
U.Porto, lecionadas em regime online em mais de 50% da respetiva carga horária.
Também se destaca a seleção do serviço de e‐learning da U.Porto pelo Gabinete de Avaliação
Educacional (GAVE) para a realização de formação em regime online. O GAVE, enquanto
gabinete responsável pelo acompanhamento do processo de classificação de provas de
Exames Nacionais e pela formação nesta área, reconhecendo a importância de que se reveste
a formação de formadores, nomeadamente em ensino a distância, pretendeu dar resposta a
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esta necessidade de formação, para dotar os seus formadores dos recursos, das técnicas e das
ferramentas indispensáveis ao seu trabalho. O GAVE reconheceu que a equipa de apoio à
plataforma Moodle da U.Porto podia garantir com qualidade técnica e pedagógica a formação
dos seus formadores, bem como dar o apoio e o acompanhamento a estes formadores
durante a transmissão da formação aos professores classificadores que integram a BPC (Bolsa
de Professores Classificadores). Neste enquadramento estabeleceu uma cooperação com a
Universidade do Porto para oferecer formação específica nesta área, para docentes dos vários
ciclos de ensino, através da sua plataforma Moodle, garantindo uma utilização segura,
permanente e com elevado nível de qualidade. A Universidade do Porto, através da unidade
de Novas Tecnologias na Educação, ofereceu um curso de formação de “Treino online em
Moodle e técnicas de tutoria” para 300 formadores do GAVE. Numa fase seguinte, estes 300
formandos foram eles próprios formadores dos professores classificadores dos exames
nacionais, num total de 6000 inscritos e 300 ações de formação a decorrer em simultâneo no
Moodle U.Porto. A formação de “Treino online em Moodle e técnicas de tutoria” teve ainda
uma edição extra que decorreu entre 19 e 29 de novembro, que envolveu 39 formandos e 30
horas de formação.
Salienta‐se que o curso “Treino Online em Moodle e Técnicas de Tutoria” está acreditado pelo
Conselho Científico‐Pedagógico da Formação Contínua do Ministério da Educação.
Em 2013, também com mais de 50% da respetiva carga horária em regime de e‐learning,
destaca‐se o curso:
Treino básico em testes com perguntas de escolha múltipla
O Catálogo de Formação Contínua da Universidade do Porto para o ano letivo de 2013/2014
(https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1005816) não apresenta
qualquer referência a cursos em regime de e‐learning.
Distintivo é o caso do Curso de Especialização em Saúde Geriátrica, da FMUP, que é oferecido
simultaneamente nos regimes presencial e online,
https://sigarra.up.pt/fmup/pt/cur_geral.cur_view?pv_ano_lectivo=2013&pv_origem=CUR&pv
_tipo_cur_sigla=E&pv_curso_id=2421.
No final de janeiro de 2014 a Secretaria de Estado do Ensino Superior (SEES) promoveu a
constituição de um “grupo de reflexão para uma estratégia nacional de E‐learning”, tendo em
vista a discussão de possíveis estratégias nacionais de afirmação do ensino a distância baseado
10
na rede. Designadamente, este grupo deverá debruçar‐se sobre a disponibilidade e interesse
das universidades para construir uma iniciativa conjunta de ensino pela Internet que poderá
reforçar a aprendizagem de estudantes convencionais e de estudantes residentes em Portugal
e no estrangeiro. Seria também uma montra internacional do ensino superior público
português. A Universidade do Porto integrou este grupo, tendo participado da primeira e única
reunião realizada até à data, no passado dia 5 de fevereiro. Nesta reunião acordou‐se dar
conhecimento à SEES da oferta em regime de e‐learning de cada instituição. A informação da
U.Porto, que realizou um levantamento interno, via CCMEUP, em todas as suas faculdades, foi
enviada à SEES em 2014‐02‐21 e apresenta‐se no Anexo I, deste documento.
A título de conclusão, no que se refere ao e‐learning na U.Porto, embora os contactos de
estudantes nacionais e internacionais que procuram cursos oferecidos em regime de
e‐learning seja crescente, a baixa motivação dos professores e a falta de incentivos específicos
para promover o aparecimento deste tipo de oferta não têm permitido atingir resultados
significativos. Todavia, o plano estratégico da U.Porto para o quadriénio 2011‐2015 aponta o
objetivo de aumentar a oferta de formação pós‐graduada online não conferente de grau e
creditada.
3.3. Recursos materiais para o e‐learning
A Universidade do Porto dispõe de excelentes condições materiais para a oferta de cursos
online. Em primeiro lugar, possui uma rede de comunicações de elevado desempenho, quer
internamente, quer na ligação à Rede Nacional de Ciência Tecnologia e Sociedade (RCTS). Os
equipamentos que suportam esta ligação, atualmente à velocidade de 10 Gigabit/s, têm
capacidade para suportar velocidades mais elevadas.
Também as capacidades de computação, armazenamento (servidores e storage) e alojamento
em centros de dados são suficientes, não existindo limitações que possam colocar em causa a
oferta de educação a distância.
Existem boas condições para a gravação de aulas através do serviço EDUCAST,
https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1000433. Por outro lado, para
gravações de elevada qualidade, existem recursos na TVU que podem ser utilizados. A
comparação já efetuada entre os recursos existentes na TVU e os existentes no Center for
Digital Education da École Polytechnique Fédérale de Lausanne mostra que a TVU dispõe das
condições técnicas necessárias, por exemplo, para a produção de MOOC.
11
No que se refere ao EDUCAST, existem atualmente dois kits na U.Porto para assegurar este
serviço. A generalizar‐se a gravação de aulas com recurso ao EDUCAST, será necessário investir
num maior número destes kits, cujo custo unitário é da ordem de 3.000,00 € + IVA. Será
também conveniente assegurar localmente a capacidade de acolhimento deste serviço na
U.Porto, no que se refere ao software e servidores, caso o mesmo possa vir a ser
descontinuado pela FCCN/FCT. A FCCN/FCT mantém um acordo com a sua homóloga Suíça,
Switch, para a oferta deste serviço na rede portuguesa. Existe também um acordo entre a
FCCN/FCT e a U.Porto para garantir a formação inicial e o serviço de suporte técnico às equipas
locais EDUCAST nas instituições de ensino superior nacionais.
A U.Porto dispõe também de capacidades locais de videoconferência e de telepresença, que
poderão ser utilizadas no contexto da educação a distância. Todavia, a sala de
videoconferência de maior capacidade (30 pessoas) e versatilidade, situada na reitoria (sala
434) já tem 9 anos e carece de atualização. Também o período de garantia da sala de
telepresença termina em 2013, o que implicará, daqui em diante, um investimento para a
U.Porto para a sua manutenção e atualização. Não é previsível que a FCCN/FCT venha a
suportar os respetivos custos.
Relativamente a software, a generalidade do software necessário é do domínio público ou já
existem condições para a sua utilização na U.Porto. Foram várias as plataformas para a gestão
de conteúdos de aprendizagem (LMS) que se utilizaram na U.Porto, de 1998 até ao presente,
nomeadamente o WebCT, o Luvit e o Moodle. A partir do ano letivo 2009/10, a U.Porto passou
a disponibilizar apenas o Moodle. O Moodle (Modular Object‐Orientated Dynamic Learning
Environment) é uma plataforma aberta, desenvolvida e mantida à custa de um esforço
colaborativo de uma das maiores equipas técnicas open source do mundo
(https://moodle.org/). É também um dos ambientes de gestão de aprendizagem mais
populares (https://moodle.org/stats/). Em 2013/14 integraram‐se as várias plataformas de
e‐learning Moodle existentes na U.Porto numa só plataforma. O Moodle U.Porto passou a ser
utilizado por todas as entidades constitutivas da Universidade.
A U.Porto tem procurado integrar com o Moodle outras aplicações com interesse para os
professores que incorporam as TIC nas suas estratégias pedagógicas. São exemplo, a
plataforma Turnitin, para ajuda na deteção de plágio, o Respondus, questionários e
ferramentas de autoteste, algumas componentes da suite Google Apps, entre muitas outras.
Está presentemente em curso a avaliação da versão 2.6 do Moodle, que já incorporará, em
particular as Google Apps, a aplicação de e‐portefólios Mahara e o CertificatesWall profile.
Importa destacar que o próprio Moodle inclui um conjunto alagado de ferramentas que pelas
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suas características trazem uma mais‐valia para o ensino a distância, como por exemplo os
chats e os fóruns de discussão.
Ainda no domínio do software, vale a pena salientar o licenciamento a nível nacional, em 2013,
pela FCCN/FCT, do software Adobe Connect. Este software permite criar um ambiente de
colaboração Web sofisticado, suportando a realização de sessões síncronas ou o visionamento
posterior das mesmas, integrando com ferramentas de e‐learning como o Moodle. Este
software já é utilizado na FMUP, nomeadamente no Curso de Especialização em Saúde
Geriátrica.
Onde se verifica a menor capacidade de resposta da U.Porto em termos de recursos materiais
para a educação a distância é nas condições para a realização de testes e exames online. De
facto, não existem salas suficientes em número, capacidade e condições técnicas para a
realização deste tipo de exames. A educação a distância não tem necessariamente de incluir
uma avaliação mediada por computador mas, cada vez mais, as condições para a realização de
testes e exames online são solicitadas pelos professores da U.Porto no contexto do b‐learning.
É interessante referir que são atualmente residuais dificuldades de acesso ou de utilização das
tecnologias na U.Porto. A análise do projeto e‐LearningUP publicada na tese de doutoramento
“O Currículo e a Prática Pedagógica com recurso ao b‐Learning no Ensino Superior” da
estudante Angelica Monteiro da FPCEUP, em 2011, mostra que já no final do projeto, em 2008,
o acesso dos estudantes à Internet a partir de casa é generalizado (> 92%) e a facilidade de
acesso elevada (> 96%). Também os conhecimentos para a utilização das TIC não constituem
óbice e os estudantes consideram que acedem facilmente aos materiais online de apoio à
aprendizagem e que estes são uma boa ajuda ao seu desempenho na unidade curricular.
3.4. Recursos humanos para apoiar o e‐learning
Na sequência da integração das várias plataformas de e‐learning da U.Porto numa só
plataforma, o Moodle U.Porto, as equipas técnicas que apoiam o e‐learning na Universidade
passaram também a trabalhar conjuntamente, contando à data com 10 técnicos seniores
especializados nesta área.
Estes técnicos não só conhecem bem a plataforma Moodle como estão aptos a apoiar outras
plataformas e aplicações e a produzirem conteúdos multimédia para a educação a distância.
São múltiplos os exemplos de produção de animações, vídeos, simulações, dinamização de
fóruns e chats, desenvolvimento de portefólios digitais, e‐books, apoio à criação de
13
questionários/testes online, designadamente com recurso a CAT (Computer Adaptative
Testing), apoio à gravação e difusão de aulas, à utilização de ferramentas de webconference,
produção de conteúdos acessíveis para estudantes com necessidades especiais, apoio à
utilização de ferramentas da Web 2.0 (Google Apps, Facebook, LinkedIN, etc.), entre outros.
A publicação eduTIC, que esta equipa criou na Web, é uma boa fonte de informação para o
conhecimento das competências e capacidades existentes, http://elearning.up.pt/edutic/.
Salienta‐se a continuada e forte participação de elementos desta equipa em projetos
internacionais, alguns dos quais tem coordenado, e em eventos nacionais e internacionais,
onde frequentemente apresenta comunicações e submete artigos, nomeadamente em
coautoria com professores da U.Porto. Estas atividades têm permitido à equipa manter‐se
permanentemente atualizada relativamente às plataformas e ferramentas de apoio ao
e‐learning e às boas práticas neste domínio.
4. ANÁLISE SWOT
Uma análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que se enfrentam numa
determinada área é fundamental para perspetivar uma linha de atuação futura.
Considerando as quatro classes tradicionais de uma matriz SWOT, procurou‐se proporcionar
uma visão das principais determinantes estratégicas para o e‐learning.
4.1. Forças
Reconhecimento da U.Porto como instituição de ensino superior de referência;
Qualidade do corpo docente;
Experiência de 15 anos na utilização das TIC na educação;
Qualidade das infraestruturas técnicas de suporte;
Existência de uma equipa de técnicos seniores especializados em e‐learning;
Número de professores que já utilizam as TIC num contexto pedagógico;
Investigação e capacidade de inovação neste domínio.
4.2. Fraquezas
Inexistência de uma estratégia para o e‐learning na U.Porto;
Dificuldades de articulação entre os intervenientes neste domínio;
Baixo reconhecimento do e‐learning na prática pedagógica;
14
Receio de menor qualidade no ensino a distância;
Dificuldades de creditação do ensino a distância;
Resistência de adaptação à mudança.
4.3. Oportunidades
Reflexo nas instituições de ensino superior da crise económico‐financeira, com
consequentes cortes nas verbas provenientes do OE;
Tendência decrescente no número de candidatos “tradicionais” ao ensino superior;
Endogeneização das TIC nas atividades profissionais e sociais;
Recetividade dos estudantes para a utilização das TIC na aprendizagem;
Processo de ensino/aprendizagem centrado no estudante;
Incremento da multidisciplinaridade;
Aumento da competitividade nas instituições de ensino superior;
Aumento da procura de formação de ensino superior em países lusófonos e latino‐
americanos;
Procura crescente de educação a distância;
Visibilidade da educação a distância junto dos órgãos de gestão criada pelos MOOC;
Ausência de uma referência nacional ou internacional em língua portuguesa na área do
e‐learning.
4.4. Ameaças
Resistência à aposta no e‐learning por parte dos órgãos de gestão;
Insuficiência de condições (motivação, tempo, reconhecimento, …) para os professores
investirem no e‐learning;
Desarticulação entre serviços de suporte;
Falta de estratégia coletiva;
Sistema de qualidade da U. Porto insuficientemente consolidado;
Oferta limitada de atividades de formação em parceria com Universidades de renome;
Perda de pessoal docente altamente qualificado, atraído pelas condições oferecidas em
universidades de prestígio;
Captação de técnicos especializados por entidades externas;
Forte concorrência de outras universidades situadas em grandes economias emergentes,
detentoras de condições privilegiadas em termos de centralidade, custos e capital
humano, principalmente ao nível do segundo e terceiro ciclos
15
5. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO A DISTÂNCIA NA
U.PORTO
Tendo em conta a situação atual na U.Porto no que se refere à utilização do ensino a distância,
nas suas diferentes vertentes, as suas principais determinantes estratégicas e a Visão da
Universidade,
“A U.PORTO será uma universidade de investigação, considerada uma referência nacional e
internacional pela excelência das suas atividades, capaz de atrair estudantes, em particular de segundo
e terceiro ciclos, docentes e investigadores de grande qualidade de todo o mundo e de realizar parcerias
estratégicas com universidades de excelência, encontrando‐se, em 2020, entre as 100 melhores
universidades a nível mundial.”
considera‐se ser estratégico para a Universidade do Porto posicionar‐se como referência na
oferta pós‐graduada de ensino a distância, com os seguintes objetivos principais:
Atrair bons estudantes de segundo e terceiro ciclos;
Realizar parcerias estratégicas com universidades de referência;
Melhorar o desempenho dos estudantes;
Melhorar o desempenho dos ciclos de estudo e cursos;
Incrementar a ligação às entidades empregadoras e à comunidade empresarial;
Aumentar a visibilidade da U.Porto a nível nacional e internacional;
Constituir uma oferta de qualidade de educação a distância em língua portuguesa;
Gerar receitas próprias.
O investimento na vertente de e‐learning não deve significar uma menor atenção
relativamente à utilização das TIC para acrescentarem valor ao ensino presencial. De facto, a
utilização sistemática do b‐learning pode contribuir ativamente para o aumento da qualidade
do ensino e da aprendizagem dos estudantes, potenciando uma aprendizagem centrada no
estudante e um ambiente cooperativo entre os estudantes e os seus professores. Este
ambiente poderá proporcionar novos modelos de ensino, designadamente com menor carga
horária letiva. Por exemplo, numa abordagem do tipo JiTT (Just in Time Teaching), os
estudantes antes de assistirem às aulas têm que desenvolver atividades prévias ‐ como a
leitura de artigos, de partes de livros ou de outros documentos e, cada vez mais, de vídeos,
cursos open source ou de outros recursos multimédia ‐, complementadas com atividades
específicas nos ambientes de gestão de aprendizagem online. Os resultados atingidos nas
atividades online permitem aos professores percecionarem melhor as dificuldades dos
16
estudantes e direcionarem as aulas para ajudarem a resolvê‐las, por exemplo, constituindo
grupos de estudantes para debaterem determinados tópicos com posterior apresentação e
debate das conclusões em sala de aula.
Procurar‐se‐á, pois, elencar um conjunto de iniciativas abrangentes para o desenvolvimento da
educação a distância na U.Porto, em várias das suas vertentes.
5.1. b‐Learning
Na vertente b‐learning, as principais iniciativas que se identificaram referem‐se ao incremento
do reconhecimento institucional da importância da utilização das TIC no ensino tradicional, ao
aumento da divulgação em cada faculdade de bons exemplos de utilização das TIC na
educação e ao reforço de alguns recursos de apoio.
Aumentar o reconhecimento institucional do b‐learning.
Dando maior relevo a questões relativas ao b‐learning no inquérito pedagógico da
U.Porto;
Divulgando mais frequentemente e de forma mais incisiva notícias sobre a
utilização de b‐learning nas práticas pedagógicas, por exemplo, com a publicação
de entrevistas a professores e a estudantes e de notícias na newsletter da U.Porto
e com uma maior dinâmica de destaques no SIGARRA da U.Porto;
Dando maior ênfase à utilização do b‐learning no Prémio de Excelência Pedagógica
da U.Porto, designadamente na sua apresentação:
https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1010576;
Promovendo apresentações sobre a utilização do b‐learning/e‐learning na
educação na Workshop Anual de Inovação e Partilha Pedagógica da U.Porto;
Fomentando a inclusão na avaliação dos docentes de indicadores que respeitem à
utilização do b‐learning;
Promovendo a indicação do workload de atividades de b‐learning nas
componentes de ocupação da ficha da unidade curricular;
Promovendo a divulgação interna de análises anuais sobre a utilização do
b‐learning na U.Porto.
Aumentar a divulgação do b‐learning nas faculdades.
Fazendo no âmbito do CCMEUP uma análise da perceção dos professores, em cada
faculdade, sobre a utilização do b‐learning e sobre a realização de testes e exames
online, com o objetivo de identificar constrangimentos e formas de os ultrapassar;
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Desenhando, em articulação com o CCMEUP, um conjunto de ações locais de
divulgação do b‐learning e criando melhores condições locais para a realização de
testes e exames online.
Melhorar recursos de apoio.
Criar um repositório de conteúdos pedagógicos abertos, para fomentar a partilha
de conteúdos de aprendizagem e incrementar o reconhecimento da U.Porto nesta
área, designadamente no contexto da estratégia “Opening up Education” da CE
(http://ec.europa.eu/education/news/doc/openingcom_en.pdf);
Promover, no âmbito de reuniões com os órgãos de gestão, a criação de um
conjunto de salas nas faculdades devidamente preparadas para a realização de
exames online. Estas salas poderão constituir‐se também como um recurso a
disponibilizar a instituições externas interessadas.
5.2. e‐Learning
Relativamente à vertente e‐learning, as iniciativas a desenvolver visam, em primeiro lugar, a
criação de oferta de formação contínua online. À medida que esta oferta é criada sugerem‐se
iniciativas para promover a sua atratividade junto de estudantes nacionais e internacionais.
Aumentar a oferta de cursos online no catálogo de formação contínua da U.Porto.
Criando contrapartidas mais favoráveis para os professores na lecionação de
cursos online;
Criando um programa interno de financiamento anual competitivo para o
desenvolvimento de cursos de especialização creditados (ECTS) em regime de
e‐learning;
Criando um “conselho para o e‐learning” na Universidade, com competências para
avaliar e acompanhar a qualidade da oferta formativa online, que deverá emitir
pareceres para os órgãos competentes das faculdades e da Universidade;
Oferecendo aos professores da U.Porto formação (preferencialmente online)
especificamente desenhada para facilitar a criação de oferta formativa online de
qualidade;
Criando condições para a realização de inscrições online, incluindo formas de
pagamento também online, designadamente com recurso a cartão de crédito;
Promovendo ativamente a divulgação junto dos professores das iniciativas de
e‐learning da Universidade e dos resultados alcançados anualmente;
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Dando visibilidade institucional aos professores que mais se destacarem neste
domínio;
Criando objetivos SIADAP para os serviços de formação contínua para a oferta de
cursos online, definindo metas concretas, à semelhança do que se fez para o
b‐learning, em 2003.
Aumentar a frequência de antigos estudantes da U.Porto em cursos de especialização
online, reforçando a sua ligação à Universidade.
Desenhando uma campanha de divulgação específica junto dos antigos estudantes
da U.Porto da oferta formativa em regime online e de condições especiais que os
antigos estudantes podem usufruir para se inscreverem.
Incrementar a atratividade dos cursos de especialização online da U.Porto por parte de
estudantes em países lusófonos e latino‐americanos.
Desenhando uma campanha de divulgação específica para estudantes nestes
países, recorrendo designadamente ao acordo já existente com a AULA‐CAVILA e
eventualmente com a UnyLeya, mas assegurando que os conteúdos formativos
permaneçam no domínio up.pt, da U.Porto. A plataforma da Bolsa de Emprego da
U.Porto (integrada na rede internacional da Universia), poderá também facilitar
esta divulgação;
Dando destaque à oferta educativa online no portal da U.Porto. Na nova
apresentação deste portal, será importante manter uma gateway específica para a
oferta formativa online.
Realizar parcerias estratégicas com empresas para a oferta de formação online à medida.
Enfatizando a vertente online para este tipo de oferta formativa nos contactos que
já se mantêm ou que se venham a desenvolver para a formação profissional à
medida.
Realizar parcerias estratégicas com instituições de ensino superior de referência em países
de língua portuguesa, para a criação de um portal agregador da formação online oferecida
por cada uma das instituições (esta linha de atuação deverá articular‐se ou ser substituída
pela iniciativa entretanto promovida pela SEES).
Os conteúdos formativos poderão continuar a existir em cada instituição, se estas
assim o entenderem. O portal poderá também alojar diretamente conteúdos de
cursos que as instituições pretendam alojar diretamente no portal e conteúdos de
cursos em associação que se venham a criar em regime online.
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5.3. MOOC
O envolvimento da U.Porto na oferta de unidades de formação abertas e a distância através de
plataformas específicas, das quais as que suportam os MOOC são neste momento as de maior
impacto, tem interesse, para além da oferta formativa de cursos de formação em regime de
e‐learning, designadamente pelas seguintes razões:
Fortalecer a “marca” U.Porto na Formação;
Captar mais facilmente estudantes para a formação graduada, que poderiam não
considerar à partida a U.Porto na sua escolha inicial;
Dar mais visibilidade à U.Porto em iniciativas internacionais de acesso aberto a formação.
Uma tecnologia inovadora tem um percurso ao longo do tempo que passa por um crescimento
normalmente rápido, um pico de expectativas inflacionadas e um declínio dessas expectativas,
que pode evoluir para um posterior abandono ou aceitação dessa tecnologia. O Hype Cycle da
Gartner para os MOOC (ver Figura 2.) é característico deste comportamento. Presentemente,
não é clara a evolução dos MOOC no futuro e a “poeira” está ainda longe de assentar.
Tendo em consideração as razões acima expostas, não se defende a dispersão de iniciativas da
U.Porto neste domínio. Assim, a aposta em plataformas que não têm atualmente grande
impacto, como o iTunes U (http://itunes.stanford.edu/; http://ucv.uc.pt//ucv/media/uc‐entra‐
no‐itunesu) e outras congéneres, não se afigura de interesse. Parece mais compensador a
aposta numa plataforma internacional de grande visibilidade e a aposta numa plataforma para
a oferta de MOOC em língua portuguesa.
Relativamente à plataforma internacional, é indiscutível a grande visibilidade e impacto do
Coursera, https://www.coursera.org.
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Fig. 2 MOOC Hype Cycle (http://www.slideshare.net/navigateHighEd/the‐mooc‐hype‐cycle‐nov‐2012)
Sugerem‐se as seguintes iniciativas:
Criação anual e pelo menos duas UC online abertas (MOOC).
Seleção de UC a oferecer (PT ou UK) em áreas de grande procura e de oferta ainda
relativamente reduzida, onde a U.Porto tenha fortes competências. Por exemplo,
para 2014, “data analytics”, “cybersecurity” e “Português para estrangeiros”;
Continuação das negociações com o Coursera para aceitação da U.Porto como
universidade parceira, tendo como base as UC a oferecer numa primeira fase.
Considerar, logo à partida, a possibilidade de emissão de certificados com custos
associados;
Celebração de acordo com o Portal Universia para possibilitar a ampla utilização da
plataforma Miríada X pela U.Porto;
No primeiro ano, suporte de uma visita de estudo por parte dos professores das
UC selecionadas e de dois técnicos, da TVU e da unidade de Novas Tecnologias na
Educação, à Universidade Autónoma de Barcelona, onde já existem contactos,
para melhor conhecer o processo de criação de uma UC para oferta em formato
MOOC (a Universidade Autónoma de Barcelona já utiliza a plataforma Coursera);
21
Suporte da participação dos professores das UC selecionadas anualmente para
apresentação de resultados num evento de impacto internacional;
Negociação com as faculdades de origem dos professores das UC selecionadas
anualmente, para o reconhecimento do respetivo serviço docente.
Criação de uma oferta de MOOC em língua portuguesa, eventualmente em parceria com
instituições conceituadas de ensino superior em países de língua portuguesa.
Divulgar a oferta formativa em regime a distância na plataforma da CE, OpenupED,
http://www.openuped.eu/ (neste momento existe apenas um curso em português na
plataforma OpenupED oferecido pela Universidade Aberta);
Divulgar a oferta formativa em regime a distância e em língua Portuguesa no portal
AULA‐CAVILA (http://www.cavila.org/aula).
Relativamente a plataformas a utilizar para a oferta de MOOC sugerem‐se pelo menos duas
plataformas. Para a oferta em língua portuguesa a plataforma Miríada X apresenta‐se neste
momento como a mais apropriada, embora uma plataforma nacional que venha a ser criada
possa vir a ter maior interesse. Para MOOC em língua anglo‐saxónica a plataforma Coursera
poderá gerar um maior impacto internacional. Adicionalmente será de ponderar a utilização
de uma plataforma gerida pela U.Porto. Existe software do domínio público e capacidade
técnica interna na instituição para o desenvolvimento e manutenção de uma plataforma
própria. Salienta‐se que a comunidade Moodle está a desenvolver componentes para facilitar
a criação e gestão de MOOC neste sistema. Também, por exemplo, a plataforma edX, criada
pelo Massachusetts Institute of Technology e a Universidade de Harvard, foi disponibilizada de
forma livre através da OpenEdX (http://code.edx.org/).
Não sendo ainda claro o caminho que tomarão os MOOC é aconselhável manter uma atenção
especial a esta vertente do ensino a distância, alinhando a estratégia da U.Porto em
conformidade com a evolução que se vier a verificar. Por exemplo, a participação na
plataforma VEDUCA (http://www.veduca.com.br/) poderá revelar‐se uma mais‐valia.
A Universidade do Porto tem vantagem em acelerar a sua oferta de MOOC. Outras instituições
de ensino superior nacionais apresentam já ofertas a este nível, como mostra o levantamento
recente realizado pela unidade de e‐learning da U.Porto e que se apresenta no Anexo II.
Por último, face às competências já existentes na U.Porto e à importância desta área para a
Universidade sugere‐se o reforço da investigação neste domínio, designadamente através do
Laboratório para a Inovação em Media da U.Porto (MIL ‐ Media Inovation Labs).
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Regime Duração Créditos N. Máx. Estudantes
Coordenador Faculdade Ano de funcionamento
100% online 3 semanas
1,0 ECTS 12 Prof.ª Doutora Ana Aguiar Faculdade de Ciências 2007
100% online 6 semanas
12 Prof.ª Doutora Fernanda Ribeiro Faculdade de Letras 2007
100% online 4 semanas
1,5 ECTS 20 Prof. Doutor Alfredo Soeiro Faculdade de Engenharia
2008
100% online 35 2009
100% online Professora Doutora Alexandra Lopes Faculdade de Letras 2013
Presencial&Distância 1 ano 35 ECTS 30 (a distância)
Prof.º Doutor Ovídio Costa Faculdade de Medicina 2013/14
76% online 25 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
65% online 20 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
100% online 20 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
100% online 20 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
100% online 20 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
100% online 12 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
100% online 25 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
100% online 20 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
100% online 15 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
100% online 15 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
100% online 15 horas n/a 25 Unidade de Novas Tecnologias na Educação Reitoria 2014
Designação Endereço Faculdade
Curso de apoio à utilização da plataforma Moodle U.Porto
http://openeducationeuropa.eu/pt/course/curso‐de‐apoio‐utiliza‐o‐da‐plataforma‐moodle‐uporto http://moodle.up.pt/course/view.php?id=23
Reitoria
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MOOCs em IES em Portugal
IES URL Plataforma Promotor Cursos
Universidade Aberta
http://imooc.uab.pt/cursos Moodle / ELGG iMOOC “Alterações Climáticas: o contexto das experiências de vida” ( piloto)
Instituto Politécnico de Leiria
http://ead3.ipleiria.pt/ Moodle Unidade de Ensino a Distância
Construção e partilha de mapas mentais
Conhecer as WCAG 2,0 ‐ Diretrizes de acessibilidade para conteúdos web Como evitar o plágio
Produção e partilha de vídeos em contexto educativo Estruturar um curso no Moodle
Agenda exames: português
Agenda exames: Física e Química
Agenda exames: Biologia e Geologia
Agenda exames: Matemática A
Apresentações Criativas com o Prezi
Universidade de Coimbra
http://www.ed.uc.pt/educ/curso?id=40 Moodle Unidade de Ensino a Distância
Escrita Criativa ‐ "A outra tradição"
Escola Superior de Educação de Santarém
http://eraizes.ipsantarem.pt/ Moodle Gabinete do elearning http://moocbyjoomla.danielalouraco.com/index.php/pt
/ Joomla Mooc_Joomla
http://cveportfolio2013.wordpress.com/ Wordpress Mooc_ecurriport
http://augmentedreality2012.wordpress.com/ Wordpress Mooc_Realidade aumentada
http://fablabdaeses.wordpress.com/ Wordpress Mooc_Fab Lab da ESES
http://socialnetworksmooc.wordpress.com/ Wordpress Mooc_Redes sociais
Ministério da Educação e Ciência
http://etwinning.mooc.dge.mec.pt/ Moodle Serviço de Apoio Nacional do eTwinning (NSS), integrado na Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas, da Direção‐Geral de Educação
MOOC eTwinning