Upload
halien
View
222
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
BRONZEAMENTO: UMA VISÃO CRÍTICA
Josyane Willain Rocha Pereira¹, Simone de Almeida Cosmo de Santis².
1 Acadêmica do Curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR); 2 Ma. Profª. Adjunta da Universidade Tuiuti do Paraná. Endereço para correspondência: Josyane Willain Rocha Pereira, outrasideias [email protected]. Resumo : a pele desempenha uma importante função de proteção contra patógenos, radiação ultravioleta (UV), variação de temperatura e desidratação. A pigmentação da pele é regulada por fatores genéticos, ambientais e endócrinos que modulam a quantidade, o tipo e a distribuição de melanina na pele, pelos e olhos e é também a principal proteção do organismo contra a radiação ultravioleta, porém, a pigmentação ocorre após um estímulo nos melanócitos que produzem a melanina. O objetivo desse artigo é demonstrar através de uma revisão bibliográfica os efeitos causados pela radiação ultravioleta e as consequências causadas pelo não uso de protetor solar. O bronzeamento da pele por exposição à luz solar ocorre primeiramente por causa do escurecimento da melanina preexistente e a aceleração da transferência de melanina para os queratinócitos. Sendo o bronzeado um referencial de beleza, sabe-se que o sol faz bem, é de onde se tira a energia e vigor, mas sem causar danos à pele. Conforme levantamentos bibliográficos, o excesso de sol pode causar danos irreversíveis, como o cancêr de pele e o fotoenvelhecimento com formação de manchas e rugas. Para um bronzeamento saúdavel existe sim a possibilidade de se bronzear sem queimar a pele, levando em consideração as instruções repassadas pelos médicos ou Tecnólogos em Estética. Palavras chave: Bronzeamento, Fotoprotetor, Carcinoma. Abstract: the skin plays an important role as protection against pathogens, ultraviolet (UV) radiation, temperature variation and dehydration. The skin pigmentation is regulated by genetic, environmental and endocrine factors, which modulate the amount, type, and distribution of melanin in the skin, hair and eyes and is also the main body protection against the ultraviolet radiation. However, pigmentation occurs after a stimulus in melanocytes, which produce melanin. The aim of this article is to demonstrate - through a literature review - the effects caused by ultraviolet radiation and the consequences caused by not wearing sunscreen. The tanning of the skin by exposure to sunlight occurs primarily by the darkening of the existing melanin and the acceleration of the melanin transfer to the keratinocytes. Being the sun tan a beauty standard, it is known that the sun is good for the health, that it is where people take their energy and strength from, but without causing damage to the skin. Surveys from the literature show that the excess of sun can cause irreversible damage, such as skin cancer and photoaging with formation of blemishes and wrinkles. For a healthy tanning there is, in fact, the possibility to get tanned without burning the skin, taking into consideration the instructions given by Physicians or Aesthetics Technologists. Keywords: Tanning, Sunscreen, Carcinoma.
2
INTRODUÇÃO A radiação solar, em contato com a pele, penetra profundamente e
desencadeia reações imediatas como as queimaduras solares, as fotoalergias
(alergias desencadeadas pela luz solar) e o bronzeamento (LEME, 2013).
Monteiro (2012) sintetiza que o bronzeamento nada mais é que a produção e
oxidação da melanina num processo lento, que ocorre após várias exposições
solares. Por esse motivo, a pele deve ser protegida dos efeitos nocivos da radiação
(UV), até que o bronzeamento se desenvolva e atue como proteção natural da pele.
O banho de sol é a atividade mais relacionada a ocorrência de queimaduras
solares graves e esse recurso é adotado para bronzear a pele. Áreas que recebem
maior dose de RUV são as mais freqüentes de queimaduras, e cuja observação há
maior incidência de melanoma (SOUZA, et.al. 2004).
Segundo Worthington (2011), dados epidemiológicos asseguram que a
exposição solar (bronzeamento) é a causa da maioria dos carcinomas. No Brasil, o
câncer de pele mais freqüente é o melanoma, que corresponde 25% de todos os
tumores. O clima tropical, as praias, a idéia de beleza associada ao bronzeamento,
favorecem a exposição excessiva a radiação solar. O grupo de risco para o câncer
melanoma é de pessoas com pele clara que tem dificuldade para se bronzear e com
exposição solar excessiva.
A incidência do melanoma cutâneo (câncer de pele) apresentou um grande
crescimento, sendo que a radiação ultravioleta é considerada a responsável pelo
aumento da doença (SOUZA, et. al., 2004).
Ao longo da vida, com as exposições repetidas ao sol, as radiações UV
acabam exercendo efeito sobre a pele de forma cumulativa, provocando danos ao
DNA celular, alterações no colágeno e elastina, e distúrbios na pigmentação
(FERREIRA et. al., 2011).
O objetivo desse artigo é demonstrar os efeitos causados pelas radiações
ultravioletas e as conseqüências causadas pelo não uso de protetor solar ou
qualquer outro tipo de proteção contra os raios ultravioletas.
3
Pele
A pele sendo um sistema epitelial tem como principal função isolar as
estruturas internas dos efeitos do ambiente externo. A principal diferença entre a
pele e os sistemas epiteliais é que a pele está exposta a um ambiente externo
extremamente agressivo, e os demais sistemas epiteliais estão protegidos da
radiação solar e intempéries. A pele pode ser encarada como uma fronteira
mediadora entre o organismo e o ambiente (HARRIS, 2003).
Segundo Tomas (2011), a pele desempenha uma importante função de
proteção contra patógenos, radiação ultravioleta (UV), variação de temperatura e
desidratação e é também considerada como um mediador das terminações
nervosas.
Considera-se a pele um dos sistemas mais importantes de defesa do
organismo, que possui uma barreira física com funções metabólicas e imunológicas,
com o objetivo de ativar as células de defesas que estão presentes na derme e
epiderme (PINTO et. al., 2011).
A composição química da pele é definida em: Água que representa 70% (a
hipoderme é a mais hidratada); Sais Minerais que compreendem em metais como
sódio, potássio, magnésio, ferro, e outros sais; Protídeos que representam 27,5%
dos constituintes químicos da pele como os aminoácidos (tirosina, cistina, valina,
etc.), e as proteínas (colágeno, elastina, queratina, ácido hialurônico, melanina, etc.),
enzimas e hormônios; Lipídeos que são constituídos de colesterol, ácidos graxos,
triglicerídeos, prostaglandinas, entre outros; Glicídios que compreendem em glicose,
glicogênio, protídeos e lipídeos (HERNANDEZ et.al. 1999).
Fototipos cutâneo
A classificação de Fitzpatrick é a mais usada para descrever o fototipo
cutâneo. O fototipo cutâneo do indivíduo depende da reação química da pele de
cada indivíduo quando exposta á luz solar. Essa classificação é baseada na
resposta da pele com formação de eritema ocasionado pela radiação ultravioleta
(UV). Em relação à discromia, indivíduos com a pele mais clara apresentam uma
maior possibilidade de hipopigmentação e em menor grau, a hiperpigmentação. Os
indivíduos de pele mais escura apresentam grande possibilidade de apresentarem
manchas hiperpigmentadas, só que apresentam menor grau de envelhecimento
cutâneo. Conforme tabela de classificação de Fitzpatrick:
4
Fonte: Pinto et. al., 2011.
Melanina
Para Hernandez et. al. (1999), além de determinar a cor da pele, a melanina
tem outras funções importantes como: filtrar os raios UV, proteger o núcleo celular e
neutralizar os radicais livres.
A pigmentação da pele é regulada por fatores genéticos, ambientais e
endócrinos que modulam a quantidade, o tipo e a distribuição de melanina na pele,
pelos e olhos. A melanina encontra-se na junção da derme com a epiderme ou entre
os queratinócitos na camada basal da epiderme (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2008),
a pigmentação da pele é a principal proteção do organismo contra a radiação UV,
porém, a pigmentação ocorre após um estímulo nos melanócitos que produzem a
melanina (GUIRRO E GUIRRO E GUIRRO, 2004).
A diferença da cor da pele do branco por mais bronzeada que esteja e da
pele negra é causada pelo volume dos melanossomos (corpúsculos intracelulares
que armazenam a melanina). Na pele branca, mesmo com uma forte melanogênese,
não se obtêm nada além de uma quantidade limitada de pigmento geneticamente
predeterminada, que não atinge todas as camadas da epiderme. A pele negra
conserva uma grande concentração de melanina em todas as camadas da epiderme
5
(da camada basal até a córnea). Após a exposição solar a pele bronzeia-se devido à
oxidação da melanina já formada e distribuída na epiderme (COSTA, 2013).
No mesmo momento ocorre a estimulação dos melanócitos, produzindo
nova melanina por ação de foto-oxidação. Após alguns dias de exposição, a nova
melanina é formada e é então transferida da camada basal para os queratinócitos
para ser distribuída pelas camadas epidérmicas até a camada córnea onde
desempenha seu papel fotoprotetor (BARROS, 2014).
A melanina também pode ser considerada como fotoprotetora por causa de
suas propriedades absorventes da radiação (UV), e também pela sua capacidade de
captar radicais livres formados pela ação da radiação devido à sua estrutura
polimérica (JUCHEM et. al., 1998).
Síntese de melanina
A melanina é sintetizada nos melanócitos com a participação da enzima
tirosinase. Devido à ação dessa enzima, o aminoácido tirosina é transformado
primeiramente em 3,4-diidroxifenilalanina (dopa). A tirosinase também age sobre a
dopa produzindo dopa-quinona que após várias transformações se transforma em
melanina. A tirosinase é sintetizada nos polirribossomos introduzidos na cisterna do
retículo endoplasmático rugoso e acumulada em vesículas formadas no aparelho de
Golgi. São nessas vesículas (melanossomos) que se inicia a síntese de melanina.
Logo após essa primeira etapa ocorre o desaparecimento da tirosinase constituindo
os grânulos de melanina e esses grânulos por meios de prolongamentos dos
melanócitos, são transferidos para os queratinócitos que funcionam como depósito
de melanina (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2008).
O bronzeamento da pele por exposição à luz solar ocorre primeiramente
devido ao escurecimento da melanina preexistente e da aceleração da transferência
de melanina para os queratinócitos (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2008).
Existem dois tipos de melanina: a eumelanina (pigmento preto ou castanho) e
a feomelanina (pigmento vermelho ou amarelo). É a combinação destes dois tipos
de pigmento que define o fototipo do indivíduo (MIOT et. al. 2009).
O melanossoma cheio de melanina é movimentado desde o corpo da célula
até as extremidades dendríticas que penetram na camada espinhosa e estes são
transferidos para os queratinócitos. É esta transferência que permite que a pele
6
tenha pigmentação, constituindo-se a principal proteção do DNA celular contra a
radiação ultravioleta (MIOT et. al., 2009).
A melanina é eliminada através do sistema natural de descamação e
renovação da pele. A primeira a apresentar esses sinais de ‘degradação’ é a pele do
rosto pois é a região onde há um empobrecimento da lubrificação e hidratação
natural que podem ser repostos pelos produtos que contenham filtros solares e
vitamina E que é um excelente antioxidante neutralizador dos radicais livres (LEME,
2013).
Radiação Ultravioleta (Raios UV)
No dia a dia as pessoas ficam expostas a radiação UV proveniente da principal
fonte natural que é o Sol e também a fontes artificiais como as lâmpadas. Algumas
pessoas são expostas à radiação solar durante longas horas do dia por causa de
suas ocupações profissionais e outras ficam expostas por lazer ou mesmo somente
com a finalidade de se bronzear. Vários são os danos biológicos causados pela
radiação UV como: queimaduras, queratose actínia, carcinoma espinocelular,
carcinoma basocelular, melanoma maligno, fotossensibilidade, alteração do
colágeno e elastina, imunossupressão local e sistêmica, reações fotoalérgicas,
melanogênese e reações fototóxicas (OKUNO E VILELA, 2005)
A exposição solar causa vários efeitos na pele como eritema, queimaduras,
fotossensibilidade e alterações imunes. A longo prazo, os efeitos cumulativos da
radiação UV podem resultar em envelhecimento precoce por dano actínio e
carcinogênese. As lesões histológicas decorrentes da exposição solar são
irreversíveis embora possam ser amenizadas com tratamentos tópicos específicos
(WORTHINGTON, 2011).
Para Araújo e Souza (2008), as radiações que atingem a superfície da Terra são
responsáveis pelo aparecimento de cânceres cutâneos que afetam vários indivíduos,
cuja frequência tem aumentado nos últimos anos. Os raios solares danificam o DNA
e o material genético, oxidam os lipídeos e produzem perigosos radicais livres,
causam inflamação, rompem a comunicação celular, modificam a expressão dos
genes em resposta ao estresse e enfraquecem a resposta imune da pele e ainda
são causadores de queimaduras, envelhecimento precoce além do câncer de pele.
A exposição aos raios UV pode causar fotossensibilidade que pode ser definida
como um processo no qual o indivíduo tem uma reação à radiação que é induzida
7
por substâncias fotossensibilizantes ocasionando a fotodermatose, ainda podendo
agravar doenças como vitiligo e herpes simples. Os agentes fotossensibilizantes
causam reações de fototoxicidade (reação cutânea sem base imunológica causada
por eritema inicial; esse tipo de reação pode ser causado por frutas como limão,
bergamota, figo, etc...) e fotoalergias (reatividade cutânea que envolve o sistema
imune, o quadro clínico pode ser: eritema, edema, urticária) (WORTHINGTHON,
2011).
A radiação solar é o principal fator de risco para o surgimento do câncer de
pele. A exposição solar persistente é o que mais contribui para a ocorrência de
alterações clínicas e histológicas na epiderme (SGARBI et. al., 2007). Conforme
Monteiro (2010), os efeitos da radiação UV na pele, além do fotoenvelhecimento,
podem levar ao surgimento de eritema e câncer. Essas radiações são responsáveis
por 80% dos sinais que surgem no envelhecimento.
Efeitos benéficos da radiação UV
A radiação solar é essencial para a vida, pois causa bem estar, ilumina,
aquece e participa da fotossíntese e da síntese de vitamina D. É usada também na
medicina tradicional como na fototerapia, fotoquimioterapia, terapia fotodinâmica e
laser-terapia (OKUNO E VILELA, 2005).
Vitamina D Uma adequada exposição solar é fundamental para a produção de vitamina D
na pele sendo esta substância importante para um esqueleto de boa qualidade. A
vitamina pode ser sintetizada na pele, sob catalisação dos raios solares,
principalmente dos raios ultravioletas UVB (MENDONZA e WHITE, 2007).
Para Boneti (2013), a maior parte de vitamina D é proveniente da síntese
cutânea, fazendo uma adequada exposição à radiação ultravioleta B (UVB). Apenas
20% das necessidades corporais são supridas pela alimentação e por esse motivo
torna essa vitamina diferente de outras vitaminas que são adquiridas através da
dieta.
A vitamina D pode ser encontrada em alimentos e suplementos como óleo
de fígado de peixe, salmão, bacalhau, sardinha, atum e gema de ovos. Os níveis
séricos de vitamina D são influenciados por vários fatores: como envelhecimento,
clima, latitude, hiperpigmentação cutânea, exposição solar, alimentação e uso de
8
bloqueadores solares e outros (BONETI e FAGUNDES, 2013).
A vitamina D aumenta a absorção de cálcio pelo trato-gastrointestinal e
exerce efeitos importantes sobre a deposição e reabsorção óssea. Ela também
precisa ser convertida por sucessivas reações na pele, fígado e rins para que isso
ocorra (WORTHINGTON, 2011).
Segundo Castro (2011), a vitamina D é reguladora do metabolismo do cálcio
e da saúde óssea. As evidências sugerem que a 1,25(oh) 2D module diretamente
cerca de 3% do genoma humano como o crescimento, diferenciação e apoptose
celular, regulação dos sistema imunológico, cardiovascular e musculoesquelético e
no metabolismo da insulina.
Tipos de radiação ultravioleta
Raios UVA
Correspondem a mais de 90% da radiação solar e possuem maior
comprimento de onda e baixa quantidade de energia UV, causando pigmentação a
pele. Seus principais efeitos são: o ressecamento e o envelhecimento precoce
(COSTA, 2009).
Para Worthington (2011), a radiação UVA está compreendida entre 320 a
400nm e tem um maior poder de penetração, afetando a derme e alterando sua
vascularização e fibras colágenas. Causam pigmentação cutânea direta,
desencadeiam fotossensibilidade e potencializam os efeitos da radiação UVB.
Os raios UVA incidem o dia inteiro causando o aparecimento de dermatoses
e erupções de pele, alcançam o DNA celular afetando a produção das proteínas no
momento da mitose. Os raios UVA são conhecidos pelos médicos como “os
assassinos silenciosos” por serem os principais responsáveis pelo surgimento de
rugas (MONTEIRO, 2010).
De acordo com Bologh et. al. (2010), a radiação UVA causa o
envelhecimento precoce da pele. Sua penetração chega à derme afetando
negativamente a elasticidade natural da pele e agravando a fotodermatose como o
lupo erimatoso e a erupção polimorfa solar. Provoca também a redução na
quantidade de células de Langerhans e aumento na quantidade de células
inflamatórias presentes na derme.
A radiação UVA atinge a Terra e a pele durante todas as horas do dia
porque não é absorvida por nenhum dos constituintes atmosféricos. As radiações
9
UVA atravessam parte dos vidros comuns. Dependendo da espessura da pele,
podem atingir a epiderme e a torna perigosa tanto quanto a UVB. Para causar
queimadura com radiação UVA precisa-se de 1.000 vezes mais energia do que com
a radiação UVB (KHURY e BORGES, 2011).
Radiações UVB
Para Araújo e Souza (2008), as radiações UVB, mesmo tendo um menor
comprimento de onda de ( 280 a 320nm) em relação à UVA, são as mais
energéticas e tem menor poder de penetração na derme, mas são intensamente
absorvidas pela epiderme. Por causa de sua alta energia, são responsáveis pelos
danos agudos e crônicos causados na pele como manchas, queimaduras,
descamação e câncer de pele.
A radiação UVB é um potente carcinógeno que provoca danos ao DNA
diretamente ou através da formação de radicais livres. Causa pigmentação profunda,
ressecamento, envelhecimento precoce e câncer de pele. A radiação UVB embora
possa gerar também radicais livres tem como principal mecanismo de ação a
interação direta com o DNA causando a sua destruição (SGARBI et. al, 2007).
A radiação UVB prevalece entre 10:00 e às 16:00 horas e causa danos
instantâneos pois começa a atuar imediatamente após o indivíduo sair ao ar livre.
Causam danos ao sistema imunológico e à pele; esse fato acontece porque a
energia solar é absorvida por moléculas expostas. Tais radiações causam danos
como queimaduras, eritema, imunossupressão, edemas e inflamações elevando a
concentração de mastócitos e linfócitos na epiderme.
Os raios UVB e os raios UVA causam o aparecimento do melanoma cutâneo
sendo este o câncer de pele mais grave e o menos frequente. Portanto os raios UVA
modificam as células e os UVB diminuem a atividade do sistema imunológico
fazendo com que ocorra a formação do tumor (MONTEIRO, 2010).
Proteção natural da pele contra a radiação solar
Segundo Guirro e Guirro (2004), existem três sistemas de proteção da pele
contra a radiação solar: a camada córnea, o suor e a melanina (que tem papel
predominante na proteção cutânea). O primeiro é a epiderme que sofre um
espessamento com a função de absorver a maior parte dos raios UV, principalmente
os raios UVB impedindo que os raios atinjam as camadas mais profundas da pele,
10
onde causariam efeitos danosos e irreversíveis. O segundo é o suor, o ácido
urocânico, porém, a proteção oferecida por esse ácido é transitória. O terceiro
mecanismo e o mais importante é a melanina pigmento responsável pela coloração
da pele e possui ação fotoprotetora.
Existem também outros tipos de proteção, que segundo Worthington (2011)
é feita através da proteção natural de sombras, roupas e chapéus. As roupas são o
meio mais simples e prático de se proteger. As janelas de vidro também bloqueiam
virtualmente toda radiação UVB e pelo menos a metade dos raios UVA. Os olhos
devem ser protegidos com óculos de sol que contenham 100% de proteção contra
UVA e UVB. Em dias nublados os guarda-sóis tendem a proporcionar proteção
moderada pois reduzem a radiação UV em apenas 20 a 40%.
Bronzeamento
Segundo Souza et. al. (2004) pelo seu levantamento histórico, no início do
século XX, a pele bronzeada era associada à classe social inferior, pois eram essas
pessoas que realizavam atividades braçais, agricultura e outros. A partir dos anos
20, o bronzeado ganhou um padrão estético desejável tornando-se sinal de riqueza
em pessoas que realizavam atividades de lazer ao ar livre, onde os banhos de sol se
tornaram frequentes com vestuários em tamanho menor (roupas para banho de mar)
expondo o corpo como pernas, braços, peito e costas.
O comportamento das pessoas em relação ao bronzeado foi e é alimentado
pelo fato de que a pele bronzeada traz melhoria na aparência e que o bronzeamento
traz um aspecto saudável. O bronzeamento prévio previne os efeitos indesejáveis de
futuras exposições ao sol (SOUZA et. al., 2004).
Sendo o bronzeado um referencial da beleza sabe-se que o sol faz bem e é
dele que se tira a energia e o vigor sem causar danos à pele. Porém, conforme
levantamentos bibliográficos, o excesso de sol pode causar danos irreversíveis como
câncer de pele e ao fotoenvelhecimento com formação de manchas e rugas
(BORELLI, S/D).
Já para Lemes (2013), a luz solar ajuda na prevenção da osteoporose, auxilia
no tratamento de algumas doenças como psoríase, eczema, raquitismo, e ajuda
também a enfrentar o estresse. Porém, sol em excesso pode causar queimaduras,
envelhecimento precoce, formação de manchas, rugas, eclosão de herpes,
11
instalação e/ou agravamento de lúpus eritematoso. Com a exposição contínua e
exagerada pode levar a câncer de pele
.
Envelhecimento Cutâneo
Conforme Medina et. al. (2011) e Bagatin (2008), o envelhecimento cutâneo é
ocasionado na maioria dos casos por fatores naturais e ambientais como: poluição,
cigarro, instabilidade climática e principalmente pelas radiações ultravioletas (RUV),
ou pela genética.
O DNA é continuamente danificado por fatores nocivos ambientais e pelo
metabolismo oxidativo interno, a capacidade de reparação desses danos vai
diminuindo com o passar da idade. Se não reparado adequadamente, o dano
acumulativo ao DNA interfere na divisão e funções celulares, levando a falhas
homeostáticas, assim como desencadeia mutações nas células em divisão e,
eventualmente, o aparecimento do câncer (BAGATIN, 2008).
Os primeiros sinais de envelhecimento da pele são a diminuição de
elasticidade e a perda da água que neste caso faz com que se aumente a
rugosidade e a perda da maciez (HARRIS, 2003).
Bagatin (2008) cita que o envelhecimento cutâneo é dividido em: intrínseco
ou cronológico e extrínseco ou fotoenvelhecimento, este é relacionado diretamente à
exposição solar crônica e descontrolada. Clinicamente, conforme Bagatin (2008) no
envelhecimento intrínseco, o envelhecimento é natural, comum a todas as pessoas,
relacionado a fatores genéticos, cumulativo, caracterizado por atrofia da pele e rugas
finas, por afetar principalmente as fibras elásticas dérmicas, levando à elastose da
derme reticular.
Já para BATISTELA ET. AL., (2007) o envelhecimento intrínseco da pele
resulta em atrofia e o fotoenvelhecimento em hipertrofia. No fotoenvelhecimento ou
envelhecimento extrínseco irá depender da relação entre o fototipo e a exposição à
radiação solar, com elastose na derme reticular superficial; é também cumulativo,
mas pode ser evitado; caracteriza- se por rugas profundas, pele espessada,
amarelada, seca, melanoses, telangiectasias, queratoses actínicas e maior
ocorrência de câncer de pele; corresponde a 85% das rugas presentes na pele
envelhecida.
Segundo MAIO, 2011 o envelhecimento da pele é dado pela desorganização
das fibrilas de colágeno e redução de elastina. Evidências mostram redução do nível
12
de elastina e há também a diminuição no número de fibroblastos que fabricam essas
proteínas.
A exposição repetida ao sol causa dano dérmico acumulativo que resulta nas
rugas características da pele fotoenvelhecida (BAGATIN, 2008).
A exposição solar em excesso e periódica implica alterações definitivas na
quantidade e distribuição de melanina na pele, causando assim hiperpigmentação
cutânea. Que conforme Montagner e Costa (2009), quando a radiação ultravioleta
(UV) penetra na pele, em caso de radiação UVB é absorvida na epiderme e afeta os
queratinócitos, e em radiação UVA que penetra profundamente atingindo os
queratinócitos da epiderme e fibroblastos da derme. Porém, a exposição aos raios
UVA e UVB está relacionada a dois fatores do fotoenvelhecimento: a indução de
metaloproteinases da matriz (MMP) e mutação mitocondrial (MEDINA et. al., 2011).
Fotocarcinogênese
A radiação UV além de trazer alguns benefícios para a saúde, também podem
trazer alguns malefícios como o desenvolvimento de lesões malignas. Quando há
alterações no DNA, causadas pela radiação UV, que atingem os genes da
proliferação celular, como o supressor de tumor o TP53, leva a evolução da
fotocarcinôgene provocando anomalias na proteína 53. Além do DNA, há outro
cromóforo que está presente na epiderme, o ácido trans-urocânico, que sofre
mutações pela absorção da radiação UV. Associada à atividade imunossupressora,a
RUV afeta o sistema imune da epiderme, derme, linfonodos, sangue, baço e medula
óssea (PIERRONI DIAS, 2011).
Conforme Ricardo (2009), qualquer tipo de lesão causada pelos raios UV,
sempre dependerá do comprimento da onda. A UVB atua no DNA, e a UVA atua
através da geração de espécies reativas do oxigênio. As lesões causadas por UVB
são a formação de dímeros de pirimidina-ciclobutanos (CPD) e fotoprodutos 6-4
pirimidina-pirimidona que são as susceptíveis para mutações e lesões no DNA.
Porém, mutações em genes são capazes de conduzir à carcinogênese.
Existem 3 tipos de câncer de pele: o Carcinoma Basocelular que é o menos
grave e o mais freqüente, o Carcinoma Espínocelular que é o segundo tipo de
câncer mais comum e o Melanoma Maligno que é o mais perigoso de todos pois
pode ser fatal se não for tratado rapidamente e pode atingir outros órgãos como o
pulmão (tua saúde, 2014).
13
Carcinoma Basocelular
É o primeiro mais dominante entre os cânceres de pele, o carcinoma
basocelular surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda
da epiderme. È de baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção
precoce. Frequentemente encontrada em regiões mais expostas ao sol, como face,
orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Raramente, o carcinoma
basocelular se desenvolve em áreas não expostas (SBD, S/D).
Os carcinomas basocelulares em estágios iniciais são facilmente tratáveis,
com índices de cura próximos de 100%. Porém, quanto maior o crescimento do
tumor, mais extenso será o tratamento realizado. Esse tipo de câncer raramente se
espalha ou produz metástases nos órgãos vitais, mas pode danificar o tecido
adjacente, causando às vezes destruição e desfiguração consideráveis. Alguns são
mais agressivos do que outros (SKIN CANCER, 2010).
Carcinoma Espinocelular
É o segundo mais dominante entre os cânceres de pele (SBD,S/D), o
carcinoma espinocelular é mais agressivo localmente, gera metástases e são
facilmente curados com medidas terapêuticas (CARNEIRO et. al., 2012).
Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das
camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo,
embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro
cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões normalmente apresenta sinais de
dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade
(SBD, S/D).
Para Carneiro et. al. (2012), o principal fator de risco para o surgimento do
carcinoma espinocelular é a exposição à radiação ultravioleta, causando a mutação
no gene supressora de tumor TP53. Ocorrem na maioria dos casos, nas áreas da
cabeça e pescoço que são mais expostas pelo sol.
Melanoma Maligno
È considerado um dos cânceres de pele mais agressivos, mas quando
identificado em estágio inicial, possue grande chance de cura (FAURI ET.al., 2010),
e também possui o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade (SBD, S/D).
A causa, na maioria dos estudos, foi identificada como à exposição excessiva ao sol,
14
ou seja, à radiação UVA em horários de alta incidência por vários anos (FAURI et.
al., 2010).
Para Canto e Oliveira, 2007 o melanoma desenvolve-se como resultado de
anormalidades no processo genético do melanócito, em geral, tem aparência de uma
pinta que muda de cor, formato e tamanho e que pode sangrar (SBD, S/D). Essas
modificações levam à inibição do caminho natural de apoptose do melanócito, em
resposta ao dano do DNA (CANTO e OLIVEIRA, 2007).
Clinicamente, iniciam primeiro através de proliferações intraepiteliais, e são
classificados através do grau de crescimento horizontal ou de invasão dérmica,
possuindo então cinco níveis. Nível I: As lesões envolvem somente a epiderme; nível
II: Invasão da derme papilar, não atinge a papilar-reticular; nível III: a invasão
preenche e invade a derme papilar, não penetrando na derme reticular; nível IV:
invasão na derme reticular, e não no tecido subcutâneo; nível V: invasão do tecido
subcutâneo através da derme reticular. E o melanoma maligno se desenvolve em
três estágios: crescimento radial; crescimento vertical e doença metástica (CANTO e
OLIVEIRA, 2007; FAURI et. al., 2010).
O melanoma maligno cutâneo é um tumor curável, desde que reconhecido e
tratado antes que atinja os gânglios linfáticos e, principalmente, tenha metastatizado
para sítios viscerais (FERNANDES et. al., 2005). Quando identificado em estágios
iniciais, o melanoma esta presente somente na camada superficial da pele,
facilitando a sua remoção cirúrgica e a retirada do tumor (SBD, S/D).
Formas de Bronzeamento
Produtos cosméticos
Conforme Souza et. al. (2001), a escolha de produtos depende do objetivo
dos consumidores que desejem obter o bronzeado ideal, seja natural ou artificial. Os
produtos representam um apelo para a busca de um bronzeado perfeito, mas de
forma segura e eficiente, levando em consideração o processo natural da
pigmentação da pele. Existem produtos diferenciados como:
- Autobronzeadores: são formulações com o objetivo de colorir ou imitar o bronzeado
sem a necessidade de exposição á radiação solar. Atuam na camada superficial da
pele, camada exterior da epiderme (estrato córneo) por meio da diidroxiacetona e da
eritrulose. Ocorre um inconveniente quando a pigmentação mais escura é aplicada
em pequenas lesões, ou em regiões queratinizadas (joelhos e cotovelos) é
15
necessário nestes casos, utilizar esfoliantes antes da aplicação do autobronzeador
(SOUZA et. al., 2001).
- Fotoprotetores: Conforme Guirro e Guirro (2004), a eficácia dos filtros solares se dá
através do fator de proteção solar para cada tipo de pele. Ou seja, os filtros solares
são comésticos que tem a finalidade de bloquear e/ou filtrar os raios UV, evitando
assim danos diretos à pele. Quando a radiação incide sobre a pele, ela é absorvida
pelo filtro e outra parte é refletida pelo mesmo.
- Aceleradores: São estimulantes de melanina e que não oferecem proteção solar. O
bronzeado é adquirido com a mesma qualidade do bronzeado natural, só que de
forma mais rápida, devido á estimulação. A reação ocorre devido à presença da
tirosina nas fórmulas (SOUZA, 2004).
- Pós-exposição solar: São produtos com ativos antiinflamatórios (azuleno,
alfabisabolol), anti-radicais livres (flavonoides), cicatrizantes e elemento refrescante
com o objetivo de acalmar e diminuir a dor (inflamação) causada pela exposição
solar excessiva (SOUZA et. al., 2001).
- Camas de bronzeamento artificial: As camas de bronzeamento artificial estão
proibidas desde o final de 2011. Em julho de 2011, a IARC (Agência Internacional
para a Pesquisa sobre o Câncer), órgão vinculado à Organização Mundial de Saúde
(OMS), através de alguns estudos científicos, elevou o risco das cabines de
bronzeamento artificial para a causa concreta de tumores de pele. A IARC concluiu
que o uso delas antes dos 35 anos de idade aumenta em 75% o risco de melanoma,
o tipo mais perigoso de câncer de pele. Pois, os raios emitidos pelas câmaras de
bronzeamento artificial podem causar queimaduras, envelhecimento precoce da
cútis, com a formação de manchas, linhas de expressão, rugas e câncer de pele.
Reproduzindo os mesms efeitos causados pela luz natural (sol) (LEMES, 2013).
Porém, conforme Lemes (2013), muitas clínicas de estética do país
defenderam que as máquinas lançavam apenas radiação UVA e que estes não
causavam danos. Testes foram feitos e concluiu-se que as cabines não emitiam
somente UVA e sim, todas, lançavam UVB, considerados os raios que dão a cor
dourada à pele.
MATERIAL E MÉTODO
16
A pesquisa foi feita através dos artigos de várias revistas específicas que foram
selecionados através do banco de dados da Google no período de 1998 a 2014.
Foram selecionados através das palavras chaves como: “Pele”, “Radiação
Ultravioleta”, “Carcinoma”, “Bronzeamento”, “Melanoma Cutâneo e principalmente
“Câncer de Pele”.
DISCUSSÃO
Sendo o bronzeado um referencial de beleza, sabe-se que o sol faz bem e é
de onde se tira a energia e o vigor, mas sempre preocupado-se em não causar
danos à pele. Porém, conforme levantamentos bibliográficos, o excesso de sol pode
causar danos irreversíveis como o câncer de pele e ao fotoenvelhecimento com a
formação de manchas e rugas (BORELLI, S/D).
Conforme Lemes (2013), a luz solar ajuda na prevenção da osteoporose,
auxilia no tratamento de algumas doenças como psoríase, eczema, raquitismo e
ajuda também a enfrentar o estresse. Porém, sol em excesso pode causar
queimaduras, envelhecimento precoce, formação de manchas, rugas, eclosão de
herpes e instalação ou agravamento de lúpus eritematoso. Com a exposição
contínua e exagerada, pode-se levar ao câncer de pele.
Para Lemes (2013) o filtro solar tende variar de acordo com o tipo de pele e o
nível de exposição; cita que o fator 15 é suficiente para a maioria das pessoas, pois
filtra 94% da radiação ultravioleta. Já as pessoas de pele e olhos claros, cabelos
loiros ou ruivos devem utilizar fatores mais elevados.
O ideal é aplicar o protetor 30 minutos antes da exposição ao sol em todas as
áreas do corpo que estejam descobertas (BRAGHINI, 2011).
Em tempo onde há “ausência” do sol, mas há incidência da radiação
ultravioleta, devido à neblina quente e úmida, resultante de forte calor, é suficiente
para produzir queimaduras. Ou seja, o mormaço apenas mascara a falta de sol,
porém, nesse caso também é importante usar o protetor solar (LEMES, 2013).
Em relação às roupas, conforme Lemes (2013), o ideal é vestir roupas claras
e leves. As cores claras refletem a luz solar, diminuindo a absorção dela pela sua
pele. As feitas de algodão filtram melhor a radiação do que as de tecidos sintéticos.
Nos dias com muito sol, proteja-se ainda com boné ou chapéu de abas largas,
óculos escuros e camisa de manga longa.
17
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde a “Garota de Ipanema” com seu corpo dourado, até Gabriela com sua
cor de cravo e canela, o imaginário está repleto de moças bronzeadas. Não é
surpresa que as praias e piscinas fiquem repletas de pessoas em busca de um
corpo dourado no verão. No entanto conseguir um bronzeado bonito e saudável é
um processo que exige paciência e acima de tudo cautela, tomar sol é bom mas
exige muitos cuidados.
Levando em consideração os fatos de importância observados e relatados na
literatura pode-se concluir que existe uma íntima relação entre o Câncer de pele e a
Radiação Ultravioleta. De acordo com os levantamentos, o sol faz bem à saúde,
porém em excesso pode causar danos irreversíveis, como o câncer de pele e o
fotoenvelhecimento com formação de manchas e rugas.
O Tecnólogo em Estética junto ao Dermatologista podem tirar algumas
dúvidas sobre o modo correto de usar o protetor solar e também a maneira correta
de se bronzear sem causar nenhum (ou quase nenhum) dano à pele. Para um
bronzeado bonito e saudável o ideal é fazê-lo de forma gradual, em horários
corretos, evitando a exposição das 10h00min ás 16h00min. Utilizar protetor solar,
acima de FPS 30, aplicando meia hora antes da exposição solar e reaplicar a cada
duas horas. Usar o protetor mesmo em dias nublados já que os RUV atravessam as
nuvens com facilidade e a incidência dos raios UVA é constante, independente do
clima. Optar por filtros solares hidratantes e após o sol banhar-se com água morna e
aplicar um hidratante. Outro fator importante é a ingestão de líquidos durante e
depois da exposição solar e investir em alimentos ricos em vitamina C, já que são
antioxidantes, favorecendo a recuperação cutânea e a prevenção do
envelhecimento.
Para um bronzeamento saudável, existe sim a possibilidade de se bronzear
sem queimar a pele. É também importante ter em mente que o resultado do
bronzeamento natural e seguro só poderá ser percebido após alguns dias da
exposição solar. A pele precisa de um tempo para produzir melanina e liberá-la pelas
células. Por se tratar de um processo biológico, não há como apressá-lo sem riscos
à pele.
18
REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
ARAÚJO, T. S. de; SOUZA, S. O. de. Protetores solares e os efeitos da radiação ultravioleta . In: Scientia plena. V. 4, n. 11, 2008. Disponível em: <http://www.scientiaplena.org.br/sp/article/viewFile/721/374> Acesso em 25 mar. 2015. BAGATIN, Ediléia. Envelhecimento cutâneo e o papel dos cosmecêuticos . Boletim Dermatológico UNIFESP. Ano V, n. 17, jan./mar. 2008. Disponível em: < http://www2.unifesp.br/dderma/pdf/ed_17_envelhecimento_cutaneo.pdf> Acesso em 23 mar. 2015. BATISTELA, Mônica Antunes; CHORILLI, Marlus; LEONARDI, Gislaine Ricci. Abordagens no estudo do envelhecimento cutâneo em d iferentes etnias . Revista Brasileira de Farmacologia. n. 88, v. 2, p. 59-62, 2007. Disponível em: < http://www.rbfarma.org.br/files/PAG59a62_ABORDAGENS.pdf> Acesso em 23 mar. 2015. BARROS, Cleber. A verdade sobre o bronzeamento que as pessoas insist em em ignorar . Inovação Coméstica. Tendência e Inovação. Publicado em 17 nov. 2014. Disponível em: < http://www.cleberbarros.com.br/verdade-sobre-o-bronzeamento/#.VNko20_wtYc> Acesso em 18 nov. 2014. BORELLI, Shirlei S. Aproveitando o verão sem perder a beleza . Saúde na Internet. S/D. Disponível em: <http://www.saudenainternet.com.br/portal_saúde/aproveitando-o-verão-sem-perder-a-beleza.php/ Acesso em 21 nov. 2014 BONETI, Rochele da Silva; FAGUNDES, Renato Borges. Vitamina D e câncer . Revista da AMRIGS, Porto Alegre. V. 57, n. 1, jan./mar. 2013. Disponível em: < http://www.amrigs.com.br/revista/57-01/artigo_revisao.pdf> Acesso em 18 nov. 2014. BRAGHINI, Carlos. Dicas para tomar sol e a vitamina D . In: Beleza Orgânica. Publicado em 2011. Disponível em: < http://belezaorganica.blogspot.com.br/2011/12/dicas-para-tomar-sol-e-vitamina-d.html> Acesso em 20 nov. 2014. CANTO, Antonio Carlos Milano; OLIVEIRA, Jeferson. Melanoma cutâneo : doença curável? Revisão de literatura e apresentação de um organograma de investigação e tratamento. Revista da AMRIGS: Porto Alegre. N. 51, v. 4, p. 312-316, out./dez. 2007. Disponível em: <http://www.amrigs.com.br/revista/51-04/ar01.pdf> Acesso em 23 mar. 2015. CARNEIRO, Vinícius Figueiredo; FIGUEIREDO, Carolina Lamac; SOARES, Paula Grisolia Oliveira Netto; CARVALHO, Erlon de Ávila; FERREIRA, Karina Noman; FLÁVIO JÚNIOR, Walter Ferraz; MOREIRA, Reni Cecília Lopes; MIYATA, Seiji; CINTRA, Cássio Andrade. Carcinoma Espinocelular cutâneo bem diferenciado :apresentação atípica. Revista da Universidade Vale do Rio Verde. v.10, n. 2, 2012. Disponível em: <
19
http://revistas.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/718> Acesso em 19 nov. 2014. CASTRO, Luiz C. G. O sistema endocrinológico vitamina D . Arquivos Brasileiros Endocrinologia e Metabolismo: São Paulo. v. 55, n. 8, nov. 2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302011000800010> Acesso em 25 mar. 2015. COSTA, Marcia. Melasma : manchas escuras na pele do rosto. Orientação Médica Essencial. Publicado em 18 ago. 2013. Disponível em: < http://orientacaomedicaessencial.com.br/melasma-manchas-acastanhadas-no-rosto/> Acesso em 20 nov. 2014. COSTA, Nivea C. S. Expressão de mastócitos em queilite actínica e carc inoma epidermóide de lábio inferior . Dissertação de Mestrado. Unesp: São José dos Campos, 2009. Disponível em: <http://base.repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/95877/costa_ncs_me_sjc.pdf?sequence=1> Acesso em 21 nov. 2014. FAURI, Jorge Antonio Caleffi; DIEHL, Eduardo Schenini; CARTELL, André; BAKOS, Lúcio; EDELWEISS, Maria Isabel Albano. A proteína p16 e o melanoma cutâneo . Revista da AMRIGS. Publicação oficial da Associação Médica do Rio Grande do Sul. v. 54, n. 1, 81-91, jan./mar. 2010. Disponível em: <http://www.amrigs.com.br/revista/54-01/19-458_a_proteina_p16t.pdf> Acesso em 20 nov. 2014. FERNANDES, Nurimar C.; CALMON, Roberto; MACEIRA, Juan P.; CUZZI, Tullia; SILVA, Cesar S. Claudio da. Melanoma cutâneo : estudo prospectivo de 65 casos. Investigação Clínica, Epidemiológica, Laboratorial e Terapêutica. Anais Brasileira de Dermatologia. n. 80, v. 1, p. 25-34, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abd/v80n1/v80n01a04.pdf> Acesso em 23 mar. 2015. FERREIRA, Adrielly Michelly; COSTA, Mylena Cristina Dornellas. Utilização de antioxidantes no combate aos radicais livres causad ores de envelhecimento cutâneo .1º Simpósio Nacional de Iniciação Científica. Unifil, 03-07 out. 2011. Disponível em: < http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/1/420_619_publipg.pdf> Acesso em 20 nov. 2014. GUIRRO, Elaine C. O.; GUIRRO, Rinaldo R. J. Fisioterapia dermato-funcional : fundamentos, recursos, patologias. 3 ed. ver. ampl. Barueri, São Paulo: Manole, 2004. HERNANDEZ, Micheline; MERCIER-FRESNEL, Marie-Madeleine. Manual de cosmetologia . 3 ed. Livraria e editora Revinter. 1999. HARRIS, Maria Ines Nogueira de Camargo. Pele: estrutura, propriedades e envelhecimento. 3 ed. São Paulo: Senac, 2003. JUCHEM, Patricia Pretto; HOCHBERG, Julio; WINOGRON, Abraão; ARDENGHY, Marcos; ENGLISH, Robert. Riscos à saúde da radiação ultravioleta . Revista
20
Brasileira de Cirurgia Plástica. v. 13, n. 2, abr./mai./jun. 1998, p. 31-60. Disponível em: < http://www.rbcp.org.br/detalhe_artigo.asp?id=238> Acesso em 19 nov. 2014. JUNQUEIRA, Luis C.; CARNEIRO, José. Histologia básica . 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, p. 362-363. KHURY, Emiro; BORGES, Edna. Protetores solares . In: Moreira Jr. Especial Dermatologia e Cosmiatria. N.4, v. 68, out. 2011. Disponível em: < http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4846> Acesso em 18 nov. 2014. LEME, Conceição. Quer se bronzear de forma saudável ? A doutora Soraia Aracele dá todas as dicas. Blog da Saúde, 2013. Disponível em: < http://www.viomundo.com.br/blog-da-saude/saude/quer-se-bronzear-de-forma-saudavel-a-doutora-soraia-aracele-da-todas-as-dicas.html> Acesso em 18 nov. 2014. MAIO, Mauricio de.; MAGRI, Ivy. Tratado de Medicina Estética . 1 ed. São Paulo: Roca, 2011. MEDINA, Gracieli; BEZ, Maiara Ramos; PIAZZA, Fátima Cecília Poleto. Fotoenvelhecimento : Cuidados com o colo e as mãos. SIABIB. Universidade do Vale do Itajaí: Balneário Camboriú, 2011. Disponível em: < http://siaibib01.univali.br/pergamum/biblioteca/index.php> Acesso em 20 nov. 2014. MENDONZA, Luz E. T.; WHITE, John H. Defesas celulares e a vitamina do Sol . Duetto: Scientific American Brasil. Ed. 67, dez. 2007. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/defesas_celulares_e_a_vitamina_do_sol_imprimir.html> Acesso em 23 mar. 2015. MIOT, Luciane Donida Bartoli; MIOT, Hélio Amante; SILVA, Márcia Guimarães da; MARQUES, Mariângela Esther Alencar. Fisiopatologia do melasma . An. Bras. Dermatol. vol.84 no.6 Rio de Janeiro Nov./Dec. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000600008> Acesso em 09 fev. 2015. MONTAGNER, Suelen; COSTA, Adilson. Bases biomoleculares do fotoenvelhecimento . Anais Brasileiro de Dermatologia. Scielo. n. 3, v. 84, 2009, p. 263-269. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abd/v84n3/v84n03a08.pdf> Acesso em 19 nov. 2014. MONTEIRO, Erica de O. Filtros solares e fotoproteção . Grupo editorial Moreira Junior. RBM, out. 2010. Especial dermatologia e cosmética. Disponível em: < http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4451> Acesso em 25 mar. 2015. MONTEIRO, Erica de O. Revisão pele morena : laser e tecnologia correlata. Grupo editorial Moreira Junior. RBM, out. 2012. Especial dermatologia e cosmética. Disponível em: <www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5234> Acesso em 13 nov. 2014.
21
PIERRONI DIAS, Renata Helena Ferreira Caramez. Análise do fenômeno da imunotolerância na fotocarcinogênese em lábio . São Paulo, 2011. Dissertação de Mestrado em Odontologia. USP, 2011. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23141/tde-06032012-165809/pt-br.php> Acesso em 13 nov. 2014. PINTO, Sabrina B.; LOBATO, Christiane A.; BORJA, Paulo R. Classificação de tipos de pele através do questionário de Baumann . 2001. RICARDO, Patricia Leite de Godoi Adachi. Proteínas e polimorfismo de genes de reparo de DNA na fotocarcinogênese em lábio . São Paulo, 2009. Tese em Doutorado em Odontologia. USP, 2009. Disponível em: < www.teses.usp.br/teses/.../23/.../PatriciaLeitedeGodoiAdachiRicardo.pdf> Acesso em 19 nov. 2014. SBD. Câncer de pele . Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia.S/D. Disponível em: < http://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/> Acesso em 23 mar. 2015. SGARBI, Flávia Celina; CARMO, Elaine Dias do; ROSA, Luiz Eduardo Blumer. Radiação ultravioleta e carcinogênese . Rev. Ciencias Médicas: Campinas. V. 16, n. 4 a 6, jun./dez. 2007, p. 245-250. Disponível em: < http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=496096&indexSearch=ID> Acesso em 15 mar. 2015. SOUZA, Sonia R P de. Tendência temporal da mortalidade por melanoma cutâneo no Estado de São Paulo , 1979-1998 [tese de doutorado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 2001. Disponível em: < http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=300588&indexSearch=ID> Acesso em 18 nov. 2014. SOUZA, Sonia R P de; FISCHER, Frida M; SOUZA, José M P de. Bronzeamento e risco de melanoma cutâneo : revisão da literatura. Rev. Saúde Pública. v. 38, n.4. São Paulo, ago. 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000400018> Acesso em 18 nov. 2014. SKIN CANCER. Carcinoma basocelular . Skin Cancer Org., 2010. Disponível em: < http://www.skincancer.org/pt-PT/basal-cell-carcinoma> Acesso em 23 mar. 2015. TOMA, Leny. Aspectos moleculares da pele . 1 ed. 2001, p. 30. Tua saúde. Tipos de câncer de pele /02/04/2015. Doutora Aleksana Viana. Disponível em <www.tuasaude.com/tipos-de-cancer-de-pele/> Acesso em 04/04/2015 ás 16:45 hrs WORTHINGTON, Audrey Katherine; MAIO, Mauricio de. Tratado de medicina estética . 2 ed., v. 1, 2011.