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BRASIL - PORTUGAL 16 UE fEVE REIRO OE 1905 N .'' 146 l.._t.z.h _..., ... Monumcn10 sim pie$ e tocante ao fallccldo Marq ucs Loureiro, erigido no jardim d;a Cordoaria, no Porto. e executado pelo talentoso cscu1ptor T dxcira Lopes

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BRASIL- PORTUGAL

16 UE fEVEREIRO OE 1905 N.'' 146

l.._t.z.h _..., ...

Monumcn10 sim pie$ e tocante ao fallccldo Marq ucs Loureiro, erigido no jardim d;a Cordoaria, no Porto. e executado pelo talentoso cscu1ptor T dxcira Lopes

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18 BRASIL- PORTUGAL

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No intuito de dar, em reaumo, a historia do lodo o exerclLO porLuguez, começou o llratd l 'ortt1 ai, ha poueoa mezea a. publicar nota& de organl•a9lo do afgune regimenioe, bom como aapectos doa reapeoUvoa quarteis, e gt"upoa doe or. oit.oa actu111.es. MercG da amabllld&de dJS comma.nda.n1.oa

d'oaoa corpoa, que lhe l-Gm rornooldo olo1nont.os, soube a&ir·eo bom d& empreza, que maJ uomeç.ou. A Jlevlsta aproveita. o en11ejo parn. a1rt.docor aoa seus collaboradoroa 1n1ht.1rea, e d' boje logar au ro· gímenLO do art.Uha.r1a l 1 o ant1;o JUgi"'~"'º de ArlilJ.an'a clã C6rlr.

Data a aua organl••çlo do U d• a1Jtfl de 1762, incorPorando-" n'olle •artoe elementos diapenoe. entre oe quaoe o troro M 11rttlA.t1· no 00 at......Ja., que rora. cre.ado em ttl71 por D- Pedro ll. A eur. l' r1· melra. a6de foi S. Julilo da. Barra. Na 1ua origem contava 2 bata· lh~a do 12companbias,& IJO ho· mona cada uma, ou sejam 1:1140. O 8ou primeiro commando.nto rol Fredorlc:o Jacob do Wolnhol•, do <lucado do llolat<>in.

O regimento era. d&1únado a. gua.n1ocer n'-u• prineipalmeni.e . Com a reforma do oxeretto, no a.noo aeau1nte, pelo conde do L1p· po, um doe batalb6eo J>&ollOU a conaUtufr o 2.• regimento da a r· mada , o o outro foi transformado em regimento de art.ilbaria, com o otrootl•o do 720 homena.

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dindO·&o abt por •arloa parquoe, bateria.a .. etc. Em lU paeeou a tuer µa.no dt. di•1olo dv çenLro, ltO-DdO o ae·u norno aniJao 1u\>atJ. tuJdo pelo êe rtgi•No de ortalAofWI "• 1.

g•dlfticilaega1rpueoa paa.o a vida do regimento,quecoo1t.an· temente en. fragmentado em peqaenoe dest.a.cament.Ot pa ... at&.en· der a eet'YiQOs vanadoa e em pOnt.oa diat.aotba una doe outro&. No eorn~ da guerra penin1ular o regimento aquart.ellou·•o na Cruz doa Qua.tn> Ca.minhoe. Com t>arto ao &eu pessoal (Ormar1llR•IO ctn· tà.o 1 baterias do 1.rt.llhari11 volanto que entra.ram na Ca1'npanh1, e uma brigada de mont.1nha quo oaLevo na ba.t.ia.lhn. do llue11.co. na do htortag,m, o mais Ln.rdo nl\8 do Ntvo, o 1°oloel\-,eorn1nandlldl\ 11010 ca.plt.ã.o COtLa o S11va, dopole vJecondo de Ovar. commandP.nto uo· ral do arul~atia. o ministro d• guerra..

AJ6m das: brigadas vohulLOfJ rotnecfdas pelo reghnento, ha.tla. oa· palbt.doa pe.Ja prO•lncia cont..!ogeote1t import.a.ntes, cltjo1 eor•lç.oe d1ffteil aeraa enumerar o'eat.a curta resenha. Bm Abrantee ha•1a, e1n 1810, 2 .0 bomena: em Narra. em 1811, 200 homena. Durante eM& longa toe.ta " lou•orea nu ordena do dia põem Wm em re· lt'fO O yãJor O oe lctniçoe do recimento.

Bm 181.t os regiment.oe do artilharia sotrreram UrTi& reforma ri· dlcal, modilc.a..ndo por completo a orga.01aaçào do conde do Lltiue.

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8'\0 graodee U tradiÇÕH do valontla do regimento, que aom. pro fracclonado e espa.fbn.do por ua•lo• do guerra.. mn1Li.e v6zc• ont..rou om combate com OfJ cor· sarlo• o nae colon1a.e E1n 171·1 rol uma grande parte do regi· mo.nt.0 para o Rio Gra.ndo Que cnllo noa ora disputado pel08 hotpaoboe1.

Bm 1782 dootacou ouLt& força pai'& Cabinda, a ftm de erigir um (Orte • combater oe protoe que

Na pu1d1. em marcha para render a guard1

aMOlaYAm a regilo. Ooia annM df'pOU• uma parl~ do rf'glmenlO 12&7 bomena) incorporaram·M ' expedsç.lo manticna. quo o go•emo portuauea, o napolitano, hoepanhol o m•lt.e1 accordAram en•lar conc.ra Argel Os art..llheiroe portuguezoa obraram prodiglolf do va· lor, o de tiant.a gloria se cobriram que oe offloi1tes foram promovido• a.o J)Ol!ILO lmmodiato, e os íurriela, 111argontoa B cadet.e.s roc.eberarn oe g-.lõ63 do 2- t.enent•• 11). llm 1703 port<> do regimento lol lneor· porado na oxpodíQlo mUit..a.r quo Port.ug1.1 enviou a Heapanh1., on· t.lo om guerra. com a França.

Em 1801, por oec&Siio da. desut.ro" campanb&. o regimenl.o partlu para Abran\.oo pa.ra ••!untar ao exerclU> do Alem...,jo, dM·

Bm 1814 nova reorganllt1çlo do e.xereito marcou aos re(imentos 10 compaolliiu eo1n o etr«L•YO do 1:132 homens. .

Artilharia 1 concorreu c.orn cootJnge.nles psr• :.\8 •arlae expW1· çüea ' America. tae.8 como a da campanha de ~fonlevldeu e a do Brull contra os aeporall•t•o. Naexpediçào • MOQ1'mblquo om ll\24 I~ um d&&Lr.camento da 1u·Lllhtt.rla l.

At-oado. 1. guerra otvU, o roghnonto f:legt1iu o ru, rUdo do O. MI · guol. 'foltaado ont.ão 1t. tomar o seu nome primât1vo do rog:lmant.o do arLllharl:L da cOrte.

Slo da ne....;w. do 1·:~rt:1to e drt .AnNaÜil a8 aeguint.ea Unhas que lrt1t1AÇrevemo• de tuna lnLeirc.8 .. 1\0lG noticia hisiorlca, firma.da peloa

an. Maximiliano d'Az.evedo o Tei· xeira Bot.elbo. Hlldt.re• oíOefaea de artilharia :

• As peraegu1ÇÕM po\IUou, 11mptoma sempre e•idenlo do uremediavel deeadenc.ia., nlo fal· t.avam. Quem deuo m0&lrae do nlo aer atracto ao governo do D. Miguel, era julgado em confie· lho de guerra e lnovltavalmonto condemnado a. severa pona..

Ao meemo t.em1>0, como con· sequencia. nat.ural d'elft& de11or· dem, os brioa ma.ro.J1.e1 o a ln•· t.rucçlo declina't'am aenalvelmen· to. V íorçam•nto da barra do Tojo pela esquadra do a.tmlrantA Roua· tio, em julho de 1831, 6 uma p,a.. gina negra DA h{atorla do teg:i· me.nlo que tanto enaltecera as enu trad1çVes em Badajoa, Ciu· dado Rodrigo, Viclorta o outro• logaresl onde as armu port.uguo· zaa, allla.daa dae brltanntc1e1 to· lhoram os maia vlcejantos louros da guori:a pcnlnaolar.

txtrdclo de fogo. - Rac;ti1lcando * poatarla

P1u1sou·•o uslm ºª"º l rletio \.êStemunho da noftBA dccadon· eia. Ao melo d.ln. do ll do julho de 1831, a esquadra rrancosa, compost.a do 6 naua. 8 rragat.aa. 2 co"et.aa e 2 brigue., fuodeada na bahfa de CNc&M, comeq.ou a let&ntar" Cerro o •proou f. barra do Te.jo, q,ue alcançou pelu duu

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4\11till2aria 1].º 1- (~FLljJO de O f.f.i Ciét CS

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Dll esquor<lu pnr.1 11 direita, I.• plo110:"-C1111il1i11 l'e</11~·1 . -C1111itriti1.~•1·irP• llr11•1ru. - C1111il1io 1'i1/1•ri11 110• S•111'11" - 1frljtir l t•i/11 (/11 (:r«ça. - l'c1w11l1• C:trn/1t'rf. - C1J1·011rl r.11mr•: t111 C11At11, ro .. u11111ul1t1tlr tio 1•rglutm1to. -C1111itâo P•u-rcim. - Tenente-Coronel lloclm. - Cupilli11 11./1111..xftri{t• U11wMN1. - 1frrj1w Pe1•cilvi 1/(1 Silrn. - Capitiío .Y1rzt11'<•ll1. - Ctl/ilflitt .Vel'ul('.<. - C1111il<i11 l'11rr11//10 ''":Sl/1•11. - C11p//1i•1 V111c11neeflQ8.

2.• plooo: - C11pi/1io Peuoa. -Tenente Gt1rci11. - TMl!lúe l'11U('j11 Jt111·q11r•. - llferu 'pica.tfol' CQrr~i11. - Te111m/1• lfttmilrttr N11t11. - T~nm1le meclirtJ Fl911rim. - T1•11ente rctrrl1111rio Bnrro1. - Te11e11/e cltt 111/mi11i1lrnr•711 militar Corte:. - T•11r11/e Jo'roe•. - TeMnte Ct·11:. - T('nente l'i/111 W""· - l/(1·rr• Senna. - Tener1te C/10'111t. - Tenente .llfom"' - 11/áei Sog11eirri. - Ufert·• &1rro•.

1Clltbé B•nolielj.

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BRASIL-PORTUGAL

Durante a in1LrucçãG dos- recrutas. - Doscan90 geral

dl tard~ indo n" rrant.n a nllu choro a&ífalrl1t d :\S re.1t.antes ombarcl\.• oOea em linha, quo oa dola brigues c.omboi~vam. A esse Lompo, jt\ o destacament.o do reghnento qoe., eoh o commo.ndo do o.a.pitào Ant.o ojo Nicolau de rttourà St4-ek1er-, e!ltava nit tnrrn tfA S . . lnliiln, gnll-mn. cera a. sua artilha.ria. o rompera o rogo sobre a esqua.dra, c:iue não tar­dou 11. re3pondor. dl8pa~ndo cad3. ombaroaçào urna har.u1n. :t medida qao as dUl'orent..es bat.eriae d11 lor· La1oza. so lhe depar11va.m. DeS . . Ju. litlo fizeram-lhe 137 Liros; d'out.ros rort.oa, Teju aoima1 egualmcnt.c çuamêCldo~ por destacamonlot do mesmo COTpo. tambem n.artilharfn. não ficou ioactJ'la,masossold8dOa do antigo rog:imonto do rnn.rlnha, 0$ ínmosos artilhoiros da guerra de seis annots. l.\lnd11 enlào na me· Jnoria do t.c>do&, ni\o cana.aram com ossouet.lrosomonordamno narro· ta Inimiga quelrl foi, em aingradura triumph1J.I, aprieiono.r em rrentodo f.1lsboa os nossos navios de guer-ra., que nào ousaram resist..ir. ~

A pouco e pouco roi·sc dosmo. P 11 raHaa.ntlo e dP.:sfazendo o reg1mon-t.o1 quo a vi~toria das tropa.e llb&· raos açabou de desorganlsar de t.odo ; e o decreto quo o extln· gttlu {2J, veio :i.pcnas logalie.ar um fa.clo coosummado, poui d'eUe já nada restava. realmente.

Tal rol o flm do velho regimen· to que partilhara por mult:o8 11.n­nos os revezes o a rortuna. da ma· rinho. o que na guerra. da Peninsu· la., reCelt.o por mão vigorosa, tan toa o tão •aUosoe serviços preatou. evidenciando mata uma. vez que, sempre quo á frente do exeroito oat.evn a Entclltgencia. o a tenacida­de n11 exeoução dos planos. o 801-da.do portuguêz correspondeu ple· niunonté t\O que d'ello..ee exigia_

li ft~tl'l ltlv.tMl~uoc,s ~ t ... it11r i m l1' m1tiu• 11 111i11ji1l uN d 11, laJ1C1f1•I• l!lmt1u-11eil'S!t ~111p rllj(llJn• n'ttll.t exliolli~•ãu, 1· t)ne l'~ittr. 11() ) hHeu •J11 f.•~11.1 ~ª''"'·

~t i H.1te tTcc-r• 'lo ê ile 1$ • • julhn 1le lir.14 e~ro; pttl.tieiulu u• o n:l1•m do ili~ n.• ..'36 1!0 11 cl'a~o§IO 1~11i11lf:. X'elle 10 d~1erml1M>n t jU\l . ,,. novot rt!ghn•uto1 h ... 1 f) '! f6n•m formml~ d1,. l1at11lhOO.- d'1utilb"n• " •• 1, 1. • 3, fl11ti<1 UÍ•­t1t11'4• oo oxettii...• d+ D. 1•.,..rro •:rrn, pol•• q11f!m •u11pol4!'.r 11011 o \'eU10 r(l$(i· mr n10 1u:th1" t(l, (l\ljt'41W do ocl'i•l"l "11tt1iic1, 1erviu d,. e.~ 11n tlol>\' o> t nJJlmf'ntu u • 1. •l'c-n•I• provi'm •> •e•tu•I

Chttonica

Doiui grandes descoberL~s 11e Hzeram esta quin· zena - a da sepultura do atra(_tema de San t.l\rem ;\ que o eapinU.> do üarroti.. deu rc· levo n·uma da.s .auas obras t.11eatraes, e a vo· taç.ão dos republi~anos em 1~i1:1bo~. A quo

:,. progoiça. elcitoritl dos pa.rLidos conservo.dores vem de ha muito dando teatce. Será bem a sepu1· tura. do celebre rorroiro o revotuclonario, a que Sô cnconlrou r-gorn. n' uttUL.!S cxca.vaQ{I08 reltM no Carmo, e scrA bem a tr11duc~o da. vont11de popu· lar o quo SRin hB tfi111e da. urna nas íregaezia$ da c~pil!\.i?

Dois pontioa do 1nt.errog1çào que carecem de ter re.epo&UL. Para. explicar a. primeira. Vil& teeua· cita.r-ee uma lenda.: porque razilo na.o se evocitrá outira para. documeot.a.r a segunda? Seja. como ror o que ó díscotivel é qae a votação republicana. por maior que possa. ser. repreaünta o sentir da

nação. Não ee allija.m os monarohicos. n~~ se enthuala.tJmêm O$ radicaes, porque essa votaçâ.o por mais n1t1dtL que o11:i t.raduzhuso a vont..ade popu1a.r, fica mnit.o áquem do que era. preciso para. aba­lar um thl'onn, mui,,,especialment.e Quando eito repre&eoL" tradf· ções gloriosas, preaa.s:á...)hhctorin. do nosso pagaado e á pr'O!Jperi· da.de ilo noa"o íuLuro ..

Raç5.o d'aguo ãa moare.s

O crescer lent.o, mas fiTme, do namoro do eloit.ores republican0f5 representa apenaQ o desleixo com que em Portugal se tratam a.$ queetôe& mafs "erta,1,, O serviço do recenseamento é uma perfeita. 11\stlmft.. comprovada e inconléftLavel. Não ha muitos annos a oh ró· nica Levo do mudar do casa, uma coisa. vuJgttr eobrot.udo na vid& de Ll11botL onde a maior p11.rt.e da gente não pensa. senão andar com .. ti' mobllla CM costatt. Outros e iníolhr.menle mailJ Mr-ios fo·

r.(tm os moth,os d'esae d'm"'agcmtnl

ln.&U'Uc93o de rccruLt'I· - Transpott11ndn Apfittelbo• das maatet pàt" ' tu·rG-e:1di1.çâo

dentro do mesmo bairro mas em rre· guozias dift'o.rentcs. Não t.ardou a ap· parecer o nome do ehronist.a collecta· do com a. devida contribuição pela renda da. casa nova, mas o quo nào apporeceu ali! agora, e jil " vào qu•· tro annos foi e:sso mesmo nome no reconfle• ment.o politico. Oesappt're· ceu dll l\ntlga rregu.ezia. mà.os dei· taram-o ao cestio doe papeis como coisa. lnutn e . não o íncluiram ntl nova. A chro·nica., alíRclnb& da gem· ma, não penaou n'iaao e quando quis fazer 11so de um diroito que a dquiriu pela idade, pela posiçào eocial1 e aln· da. mala polo contribuição que pag•, debalde procurou em varias rregue· zias o seu nome, sem o encontrar. Em compenseção encontrou outro quo nem morava na fregu02ia1 nem deci· ma J)fll88.V~

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BRASii, - PORTUGAL 21

Muito• out.<roe oxemJ)IOS B& poderiam apontar, como o d 'e•o li· lu•Lre e.1-Mtl•WI, antiao minls~ro, O<lf\Mlheiro do 8'1Wldo otrooll'o que aendo runcclonano pubhco. ~ndo banca de adtogado. e r08i· d1ndo om 1,laboa. n.lo catA. recenseado nem pela 1ua repartJçlo, nem pt-IO eea oecnptorlo, nem pela soa casa..

!m eompenaaçlo o partido republicano nlo con~a. o mate o~ curo adept.o quo nào figure no recenseamento, mu1ta1 •01et até sem ter edado nem ca~oria~ nem qualquer coodiC(lào leaat O re.· crutament.0 ro\t.o no ultimo anno roi dos maiores e doe mal.e •alio· aos e conta·ee até que do&ejando o partido repubtie.ano razer re· censear •arlOIJ c.ldadl\oe, o que sempre d~ um& certa deapeaa., e.e a.provelt4ra do offoreclmento generoso de nm partido embr1lo quo anda rormando ae l!IUU boat..ea, para cumpr'ir todas u dl1poelQ0011 legao•. Ignora mo• eo a hiato ri• 6 vorldlca. Em ~o o CAeo ha a ro· gletar um (R.Cto curioso, o ó que, tendo o chore d ease novo gruvo clecla.rAdo havor rocanceado dois mil cid&dã.oit, rol oxnota.monto esso numero quo augmontou :agora a volaçào republlonna om r_ji•· bb.

Aíflgura-eo-nos um erro a. oxclusilo pro1iositada do doputad os republicanos no parlamont.o. E es110 erro. nos u1Umoa tomvoe, par· tiu - mand• a verdade con!eOMl·o-do pror,rlo choro do grupo que tem agora a amabilidade de !&Zer lnc1u r no recensea mento maia dola mil etolt..oree. At'4! e.ntà.o, e ha muit.oa annoa. vfnham it camara um, doue 011 t.res republica.nos, e a monarchia nunca. se eentlu rerida nom oom os ataques que esses senhort1 lhe ft1eram

1 n•rn com o otrolto prod11&ido no pw peloa dlBcu..- que •lloa pro­nunciaram E coisa inleresunt.6: nunca o partido repub!lcano as te• e mal1 rraco, do que qu~ndo eetan. repre.sent..ado no parla· mcnto. ·

A pohtlca é um 1pc>r1 no qllal, como sue.cede em todo. oe •por11, un.1 enlram por poelçlo e outroe por interesse. Ha. moita cen te que 1Je enthueiuma com u corridas de ea•a1los. maa ha tamhom muita gente que u &dora e u cultiva como um slmploa Joe:o de a.iar. Apoet.a·ao no jokfy a.z111 o branco como te apo8lll no 17 A roleta aoe pequeno• na banca. franceza. no valeto ao 1nontc. O mea1n~ auooed& co1n o• oxorclcios nauticoa, com o /rH>i INtll, conl1 a equítaçllo a Cl\Qll d.H perdizes e t\ caça aos oleitorea. P.mquanto, den~ro di\ eala do 1>n.rla.monto. os campos politicoa RO ox.tromam. e os radfcaea borra.1n contra l\ pcssimil admlnli\traçAo 1>uhlloa, cll (drn. OSJ rovotuelonarlo11 f!oguom com interesae oa debates, llmlta.n· do se a aporeiar.noa 11. milo no Chí&.do, a. bloquear polaa mezae do Martinho o , razcr ditos na. llavaneza., revolucionarioe boie pot· soa.e, o dollc:ado1 quo andam c'.le chapeu alto multo malR lueiroeo do que o noeso, tA3om bella eobreca.sae& ptet.a., rroquenlam S. Carloa e nuuca ee osqueeem de ra&.e-1'.' chacota doe Pobre:" correloglon11r101 quo ae 01rror1m na demolioJ.o doa costumee eoclaes o polltfeoa que ellee nunca chegam a. demolir. Se t.eem Lllento e rundo aclon· uRco ou HLLOrarlo alo bona ora.dores.. como o tora m Con1igllerl Pe­dro90 por e xemplo· ee conhecem as qoesi.õea de admln11traçlo e se tee1n experi&ncla da w1da e dos cursos. slo oradoree e.etloe maa fina. como Rlfaa Oarcla ; ao Je•am a penas para o parlamento oe pon"°" do '°" credo, elo apenaa •il!>plts plllra4ore. como o lom •Ido o maior parto d'elloa.

A •tmoephera parlamentar 6 di•ersa de tod11 as outra.e. A pro-

r.ria. rhetorica. para razcr effeito, precisa de aer artlttlca, de e.e mpõr peJ .. (6rma B e1La, coitadinha., a.nda. multo depreciada., quer

nas pala•ra1 quer nu coisa.a. O arredondar daa phr&&e8 paA80ll ll &er uma lnutHidado como o datt rort!lolas, e d'ahl o pouco ou no· nhnm eaao quo j& hoje ae liga ao que se diz e ao qno ao í••· ..

Nt\o é por cert.o n. prese-oç& do dois ou tre:a republloanoe no parlamento que atreota o regimon. Multo peor do que oa dl8<lursoo d'eseoa oradoro.s, lho razom por certo os ar~lgoa llcenoioaos da eon · forancla. 03 a.tiaquoe lnjuat-Os o violentos dos Jorn&ol!I quo cfrOu· Iam dB mi\o e1n mdo, o elo avidamente procurados J)Or •odoe, a ro· goa o lroyanoa, quo nllo pong1un nem aequor em doi.tlnguir o quo ha do verdado e do exagerado n'esaea ata.quoa. No parlamcnt.o respondem lh61, o por vezea com a.spere%L.

TraT&·to dlecaaalo, e d'ella, se nlo aae 1 luz, como ee diz na pbraso rhetorlca, mottra•&O muiw •&zell a •Mdkdo. Em todo o ca.ao ha combate, ou•em-30 aa parta no processo, e o pubUco pódo fazer o 1eu Juiso. Alem do que palt.Yru lo•&·•• o t ento at.6 moamo ao Dlarlo du senõea.

Noe artiao• de joroaea nlô euccede o meamo. Quem oe ta_ a mafor parte daa •e1ea. n1o "Yae procurar os outroe. e d 'ahf mufr.. vea o fuer-ee julso ertâdo de muitas coisas e de moita.a peeeou.

'Yo1tando, por6m, du di•~ a que se entregou, a ch ronlca tem a. ace<1ntuar aqui qual dete aer, no seu ente.nder, o procedi· mento doa coneerv1doree1 o maia ainda doa runcclonar101 pnb11ooe que tonh•m de lnt.orvlr n•OMO eerviço: - a revisão geral. cuida da e conseiencio~a. de todo o recenseamento politieo. O m~t n&o 6 grAndo o a •oLaçlo republican a comparada 1os algarl&moe annun· '' 11Ldos d. urn" pol"a uutraa trea racÇÕes mona.rchlcae (luo A dfapu· laram, d relativamon1.o Insignificante. Pode dlzor·80 motuno quo nom um 86 ret1ub1fc.1no reeonsoado deixou de ir tl urna .. $1' o oon. tirario ao dlr& doe coneervado:rea. Poucos lá toram, oelJ808 n1osmoe, - trielo Ó oonroeeal·O - foro.m m11.itl pliril fozer favor a OSLO .Ou 4quo11o, do quo llara deflnlr principios ou para defondor rcglmcna .

•• •

Quando H c1ut'r affirtür alguma eoua., eb&ma-N Rmpra Dtu.1o para tesltwnunh1. - JKM"ttUtt nune• no. contradiz..

Ec.uA1111T9 D A. ICWlllA..111&.

Cas i a 110

D ude que a arte de curar deixou de aer exclu• i•a dOK prewife· gfados que ham nO!S astroe e nA palma da mào, para ee tra ns· lormar n·uma aciencia regular o methoJ1c:a. aquelles-~ue u impuze:ra.m o mi•Ler de amparar a humanidade e.nrerma perderam o aprumo do pe880u 1a1radu que priVUl"fmcom

os deoaea e com oe podero& eobrenaturaea. par• serem ma.ia ho· mene que os demais homens, nnloa rorma tio nào •6 lhes preacru·

Dr. C11Hlano Novos

tare1n ae de.seqoilibrioa conto pr&vcnlrom u immcnaais ma.zellas d:. rnalfadada t'ISJM!Cie.

A1guna. por4'm, mantém inalt.eravel cuo aapecto de inspirados b ou•,,.ntam a tradiçlo eom o HU feitio concentrado, myaurioeo e rigido

Receitam como aJchlmlet.aa, a u.1eutt.am como rnagicoe n'um ee· rcmoniA.1 tetrico. e diagnoatioam oomo vldent~. ruga e&Tada. na t.ett&. olhos postos no tocto por ondo do'°m andar os e$pirltoo e•ocadoa o.a'-ª" locubracõea do 111110.,

O dr. Cuaia no N .... 6 o mod•lo doe medi- modornoa. l'or­mado em Coimbra e b.charelado lambem om pbiloeophla. com pio tou mutlõ C41dõ o seu CDl'IO 6 multo tedo lambem compnlbendeu que o primeiro al•o qae. a olJar•ac;lo do c11nlco de•o Yisar á o es­pírito do doente, motl•o porqoo a reputaçlo de Cuaiano Ne•ee se 1.ccentuou e e.:xpand1u d'uma maneira pouco •ulgar em Lisboa..

?.tola. hor·a de visila do U luetrado eh nico •a.lo pelo maia aa1utar cordeai. Cheio de etiiplrito o de bom humor, a aua con• ert1açlo facll o Insinuante dispõe om eeu ra.vor o d08Bnuvl&. o cerebro dos que ao sobresaltom eom • approxlmaçào d'um 1nedlco.

Oe aeue tr&balhoe bacLorJologlaoe no L<iborotorio tlt Hygit.tte l>ae· t<n.rla1n para envaidecer quem nào foeso do 81 proprio tão avoStsO a louvores.

Como medico do Disponoarlo AnLI luboroulo•o nào menoa l.4m onaltec.ldo o seu nome., e.obre o qual nl.o a6 recae o r·e.conbeci ment.o da eua numoroaa cllentella maa a eonsldoraçà.o doa seu• collegaa que tiveram longo cnaoJo do a.pr&cil1r a e eua.s extiraord1· n&riu f1culda.des no rel•t.orfo dae .. Da.tu p«"' <• t:rfitçifo , ,,. Prwttfga' ávma Ui pM«!ltwa da priM<ira i11fntttl4t" apresent.ldas no ult.ioto congreaeo da Liga Nacional contra a tuberculoee.

O. teus coneid&dioa do Lamego pediram 10 go•erno que apr<­eenl&ase a sua candidatura por aquella ch-cu1o.

Dada • origem honrou d•eou eocolha, o nO• O depul.ado pod• en•aidecer-se de ter aid°" caao raro! provhe~· ~• "ua terra..

Um chalet DO MODt• EltorU

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CLUB PORTUGUEZ

Ciub Poru,1gue1.

T 01n bi"'tcraphla, t.em hlaloria eiLO c:lub, dot1 n1aia anllgos, dl e mais eloga.nt.e• de Llaboa..

Ae. gr••uraa da• auu ealas e pblnot.es. aue hoje Uln•tmm ª' pagrnas d'osu. RetlflliU, dlo a me·

d1d1 ao laxo. do conforto e da arte, que C&f'•ct.erlum oata 1n1talla(lo. \'tn1a.de1ra.mente rnodern"

E l\oje que eet.Ao em mod11 thea lroa # çJubs. que vlerrtm isubst1tuh 18 r~nlões o aa soiri~• do out.ro tem­po, ni'io é do mal• c<>n .. Qrar • lgum o.paço, em um11. publlca~ào artistica.. para põt em rele•O o quo temos de bom e d& recommend••ol1 on sejam oe ulaes doa pac;oa rt•Mt ou o.a apo. aentoa earacterlallcow de om 1ab10 ou de um a.rtleta. ou u p.lenaa de um maseo. ou u dependenc:iaa de um 11na.t.0rlo. ou u 111.laa do um olub.

De rest.o. pouooe como o Club 1'or1.uguez, t-oom dlroltio • eitt.a con­sagração ta.nto pela IU& hiflLOria an­tiga eomo pola eua l111't.a1laçlo mo de ma.

A soa origem. quo tal' cerca de melo IM!COIO dt.tanle de n6-, tem o sou qu6 d.e original e de p1UOtt:$CO, Aaaignal•·• a existenc.ia de am cão. Mndo n&ee88ario ex phear que não 6 um elo no mau Mni.1do Hgorado, maa um elo authent.1001 de carne e 08'10.

Exl&Llu om tempos a Academia Phllarmoniea Luaita.nal qua toí, nlo o pae por aer feminina, mas a màe do Clob Porto•u••· Um d .. eocl .. d'MSA academia, Candido Maia, •i$i· ta•a·& se.mpre acompanhado de um cl4 reopeita• el NAo M apurou bem M 0 c14 res durante uma du .,,._;...., qualquar aeLO prohlbfdo. O que .., ea.h8 á qno, Algnn11 eocloe ao oppu.ze..

ram á conUnuaçào das visJta.s caninas, quo e88l\ opposiç.'\o abriu conlticto, creou d1aldenolu, e eate:ti., ot mah•laa, fizeram gtemio Á

Club PorLuguoa .\alo '~ jcHtl«r

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pa.rt4 o creara.m pomposament.e o Club Poc-tugue?. que se installou na travoesa do Santa Justa, na casa quo ó hoje o Rotei Francfort.

A acl\demia não deu o braço a. lorcor, mas, om vo~ do Ir vivendo, fo1 vegetando durant.e alguns annos até que em 1871, Ceitas as pa.zea, so fun­diu com o Club Portoguez. Esae con­sorcio foi celebra.do com restaf!I rijas, organiaadas por commiBsõClS do quo faziam parto &0cioa (Hn evidencia como Francisco Albert.o d'Olivein1., Moita e Vasconcello&, Vlcen1.e Cae· t.ano M•cioiro., Ricardo José de Sã o outros.

Pouco depois o c1ub muda.v'1." fiOll séde para o pa.laeio BarcelllnhofS, na rua Nova do Almada, onde durante ~~ Mnoa Bé O<lfüwrvõU álé (jue ho cerca de sois mez.ea itO via forçado a mudar do r&&idencia.

Todavia t) fJ.Hd11ut c1101t m(llhet~r tst bon, porque a nova. eéde. na r-ua do S. ll.Oquo, fica sendo um exemplo do que pddo o goat-o, o brio. e a vont.a· áo. O que lho falta em exlenoílo ga· nhou-o em rfqueza o commod.idn.do.

A direcçi'to act.ual, composta dos ers. visconde do Rio Sado, qo& 6 o presidente. e cujo retrato ppbliCtt· mos. rtdeConso Gomos, Francisco San· doira, Francisco Pastor, o JO<l.qnim Di?.arro, t.omou a peilo razer &<:onse· guir que o Cl ub Port.uguez se impu. zesse pelos req:uintoa modernos da elegancla e do confortabl~. que d istin · gue1n os grandes club• europeQ-e.

Do quo 6 a ineiallaçào do Club

BRASIL- PORT UGAL

Club Portugue~ - Sola tlt 'log<>

Clab Portu.9aez -Bibliotl1<M

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BRASIL-PORTUGAL

Visconde do Rio Sado Jt1U ' "b.atiftllO t1M a1J<li~ttcio.s <k J.• ;n$1a11cta dt L i idJ<N1

rortugoe-z dão uma p&llidn. idéa a.s gravaras que hoje public&mo&. mas a but.ante ainda. aulm para ae ap11ocio.r o gos't.o que presidiu ás docota.çõoa o mobillarloe e para ae relinitarem aquellos que in· t.elHgentement.e parpetu.llm t.IJ tradlçõea do olab. on>rort:t.ndo na eua vida antiga. a.s ma.is mo<lernas inuovaçõoa.

Joaquim Antooio Simõe1 T no l"igg~iru fl.a l-

0

01. e.1n 1.6 cio rt"l",..i:ro do IOQj

Jlm•n11/J11/J#I, ""!>Offtlll l l, ' ' 1lro1 1•id11 (•JI M11• 11Jc'wf'10. ~" '" 1•/(Jk/flr -'N ,q 111(N1te11/0, •1'u1tta ~.1íd~•ti;1 "" ttrn'I ;( .. 00 •u11tdx, 11ti tl11l11i .. .-1'1!l"d Jb dri:rr, '""' u~ •tiu .,,..,.. {or-l 10VJ .~1c>«llttdn. F. •ltÚ'tl-lllt•, '"";' do qu~ '""~ .. .a tl'ltdCf'áo dr .,,,. tll.fflrl~,. Í.IHNllU;.Nlfld(} e" dl NNl(l ('l'Y"U Cl/JjtlJll('t't(c1t ff1111 crr<lillu rOOjj.l/('êld~. tl llHNA c1bctl.11thw, 1'91 />Otl t19al, li<> Jintdl e ltlM" "ºUóf; du..1í,JC)1: ti.o (/llr11J11nr, L'OOi-f11•Jtl. d(l luto u f'l(ludro P""" P•tWI~ ri'~/,. tirlwtiio l;!J'fll'merifo. (JrtHUl.t'. ~;., •• pld e ,;1111lf!•to. cujo QIJnJ cJ« t rv.btd/u; ,. de iM1ftlll!]11neiJt l'tlff! •C'I" t'QJt1lJ1rmdn J10I' kt,; grruV> tJ i1/11A/ft1 põe/a. fl J)UI" M r fi1i<1 r,oMe d« •l/fJtfHtrl1s., '' 11Jf'~ '> "1Jrt11íl­f'(}rlrl!J'fl"• Q(0;1t/lf11tAl1 rm t-'piriln "'.-1111 l1Qro 11r>t1~,..

O funeral de Alfredo Serrano

PiJU«!Jcrn do pralito

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BRASIL-PORTIJGAL

MOÇAMBI~UE ecortada. em muitos reconca•o• do varladaa dimen$õea, orl•· doa una por praia de arafa branca o outro. de asperos recl· reado coral, mu1tae "ez.ee eorroldoa lnlerlorment.e em oaver· nas por onde o mar 1nruma ruldo1ament.e espad:1.nando em oe1>nmm. branca pelo" lntcnttlolo", dlaoorre proxlmamentie a o

longo do morid1nno a costa do dhttrictio do MoQambique na. Afrion Oriental porc.ugueia.

A11 aguaa muno tranBpareontea e llmpldae atravessadas pelo• arJentea ralo$ solares. deuc:am entrever l~ e1n baixo buzios e COr\· cbu de f4r1nu caprh~hos», e1trella• marinha.a de cores "'"ª'· e Horeacenciu cora.linaferas & mil.dreponcu phant.Utiçq. cardu mu do peíxu miudinhos e um ou outro •oras e atre•ido tuba.rio

Moçam.biqoa - r;,H)"i ir"''""'' .,,,,,,,.,, do dv""-> n~gro que •em Lra;çoe1ro Jirocurar • au& presa á babuje da. p:a1a.. e que lança. imprew1~tamon"6 no formo.JO BCE:oarío um3 nota alnt"lr•

Eaea.e •aau teem a cGr vorde ee uro no\ grandes fondoa e verde cl11.ro noe loaaroe mala aparcelado•. o quo n11 approx•maçào da t..erra. indica quM1 sempre com grAoêlo n1t.ldex o~ canlloa navega9eie

Ao fundo d• 11m dos recono&vol do qua oatllmoa falando, vcrn a1tbocn.r o rio alnho do Mussuril; o atravoaRAdn. pota p;s.Tte do fdra •11m diroCQllo approxfmadamonte do Nordoa~o para Sudoeste, está n ha do ~10Q"-mbiquo1 que nào e.boga a ter tlolflJ l:llometros do oxton·

Sàl) •obro un• 251'> metros na soa ma.for largura

1 Iler.a lihll, onde está h• quat.rocentoo annoa estAbele<:ída a capl

u. dos nosaoe dominios n'•quell• P'rr..e do continente, repre.i!ent.a ~. Plpel do um ns.turaJ quebramàr, e forma entro ella e a babla do .. u~urO, o porto interior Bito porto tem duu entradas: a do S1.1l muito obatroida junto i ponta da ilha. o tontomaodo a ron.aleaa de S J..ourenQO, e a do norte que puaa. muito perto da grando e m:.ge1tot.a fon..1.le.za de S Sebull&o, uma. du me.lborea do noaso ult.ramir. E' e1n..o. a anica. barra prallc.avel a.ctoalmente.

Por fóra. ~a ilha o df1ata.ndo ao ai.é llfl dua.e poquen•a ilhas ex . teriorot do S. Thiago e. S. Jorge, ou e.lo Sona o Goa como m•is •ul· ~armento eào conhecidas, na BCJ;cunda das quaes eo orguo um bom •rol, ••tá o porto exterior da Moçnmblquo, ondo lanç•m ferro oe

n .. o~ mult.o grande-.

IA btlhlll do quo nnAeetamosoccupando6doH1nh.11.daexterlormente

PO a ponta. do Sa.ncul ao Sul o pela da Cabaceira ao Norte, as qua.ee

dtlcam

11 POUCO ma.la ou menos no a11nhament.o determinado pelo eixo

a ba t.lo 1':l04Jambiqoo mu avançando um pouco além d'ello Por 1oa •ea a_ ponta de Saneul rorma o começo de outra- pro·

fu~~a • mn1to maus import.anlo re1nt.rancla., que M abN na arande e vcll• bahl• do Nocambo ao Sul, que é om doe melhores portos da coeta, • um •-lleoui abrigo.

A ponl<l d• Cab~l'&. eriçad.a de a11ulhu negras de rocbu de t<'ra1 a cera.ada de atraques ma.l• ou n1eno1' ftor d'&J'!&, conat.ltue o lnn1i.e mor1Jional de outra. babla. denomina.da. d.a Conducia, ao

fundo dt. qual nm deeagaar o rio S1nlude que ouce nu faldaa da magoo~ o conspiçaa moot.anha da r.tosa.

A urra comprebendld• conl,. u bahiu de Maço.mblque e da Conducia 6 tulgarmenui conhocld• pelo nome generlco do penln· aula da. Cabaceira, e n'eUa. ae topa1n varioe logt.rejoa com 01 nomM do Muuuril. tJapêta, Saua Sãu•, Choca, Mura.ngulo, CabaceJra grande o Cabaceira. pequena ou dos Mouros qaui no seu exlremo NurtO·Orlent.a.1.

No Mussuril existo om pnlnolo com bella egreja, edlHoado pelo anLlgo governador geral Ballhuar ~lanool Percur·a do J_jago o lo· gado como a.panagio aoe eeus euccossoroa, com a condíc&o do colo· IJrarem annualmente a 8 do do&ombro a resta de Nossa $eobora da Concolçào orago da egreja Se alfum governador deixar de cumprir e ... obrigação, a. posse do pa la mo. egreja e jardins que deacem em aucalco até ao mar, puaa p.a.ra a Santa Cua. da Mf-Mricordla.

Conhecemos a.inda ha qua.rent.a e trinta annoa mesmo, algumu outras opulenta& e • prultel• resldonclaa campeotres no wu .. urll tau como a de Bernardino Antonlo da Sdta Gomea, Joa6 Zeferino Xavier Alves. Adolfo Joio Pinto de Ahgalhiet em Nameripo, llltt.­t.oao1 .Joaquim da Cunha Trtivanoa 6 mult.os outros que ha muit.o cmprehcnderam a et.ema vlagern l

Na. Ca.bicoi.ra Grande t.oom os governa.dores gora.os out.ra bella casa para &OU logradouro, comprada ha pouco ma.ié de vJnto anniolJ, por aor reputa.da mult.o pouco aa.udavel a de Musauril. Pertenceu uAlilA ca•a anuga.mont.o a.o \!Olho e orudlt.o Jndiano Jotd Vicente da Gama. que rol o(ftç1al maior da aecret.aria do governo o que publl· cou durante alguns annoa um curioso a-Lmaoacb:1 repoeit.orlo de notlciu loeaes e lnformáçô•• hl1t.or1cu int.ereaaan~hudmu FAt.I. ea1.a cua m•gniftc.ament.e ai t.uada em frente d.a cid&de o da bar ra do port.o, perto de um dot fa roee •ermelho. do enfiamento, em lo aar la•ado de ares, Mndo um apratitel rerrrgerio cercado de rron· dOIOI artoredos..

l)o paJa.c.10 da. Cabaceira ao do Nuasaril •lo O kilomet.roa ao longo de uma. bonita eetrada chamada da-a mangueiru, que da•• serventia a vut.a.a e outr'ora opulent.a• propriedades ruallc11 doe t6nhore1 de lltõÇamblqu6. u qu•<• Jt•ém hoje quui t.odu em rui· nas, rnas mosLrando a1nd11 ev ldonteit vestig1os da grande aba&tança dof' tempos da. escravatura.

A penlnsula da Cabt\eoirA d plttnn. ou do muilc tonuo ro1ovo tCm um 0\1 onLro pont.o, cortada om certos elUos por h1ngun.s ondo 11.a 1nart<111 viva.a 1150 o.aprahun li. \!Ontade no proa.mar. lJm dos pontoa elevados maia nota veis é o promontorlo dt\ Choca. conslltuldo l)Or terras argUoea.s •ermelbae, prowa•elment~ íerreu, e que a•ança sobre a. babla da Conducla como uma conhecença inconfundJ tel para quem vem do Norte. Toda a penineula é •estida de tuto1 pahnarea. boaquu do Wlhaa1mu mangueira.a, cajtttiroe, tamarln· deoroa, acaClu de ftoreo ful8U"'ºtta tennelbu. figueiras doa lb· nlanee (tlc.ua ind:lcuaJ com a1 tuu n.it.ea a.d•e.ntlcias rormando co.. lumn1t.1s.. palmeiru l1ratu collo•aea_ baobabs do troncos diaCor· me• (adanaonia. digitada) conhoc1doe no p.ata por mola.robelra, oaf6 o out.roe variadl88lm0t arbu'tt.01 do menos nobre porte, a.nanf'zee. mand1oca 1 et.e. et.o.

No promontorio da Choca a.til pii-tor.esca.mente assento 4 l!IOm· hrl\ da bellaa arvorea, umA reeidenoll\ senhorial o nobre quo por· •oneeu ao f>lleeldo brigadeiro C•ndldo da Oo$ta S<>oreo, que po08ou dopol• a .. u• filhos Jolo o Pedro. e que hoje per1oenco oo li lho d'eate ultimo, chamado t•mbern Candldo como seu avõ.

Conhecemos essa bella vlvond• na posoe do laUecído Joiio S..a· ree. tlo hospitaleiro o ag1aalhador para quem ha trinta annoa o procura•• n'aquella 1aa lttx.uoe.a e conrort.a.v·e1 propriedade e naa da Ct.bacelra oo d& cidade dt Moçambique. Oa olllclaoo lngleaeo doe na•iOS do cruseiro principalmente, conheciam bem a trMtfelo· na1 bi.1arria do "Velho fldata;o moçambic.no.

Da cua da Choca o panorama que se deacon.ina 6 manvilhoeo! a.o Nort.e a Uha da Quitangonha com o seu denso mangai • erdene· gro, por delraz d a qual 1e ab•e o porto Volh1co, quo foi conhecido oaconderijo de pangaios negreiro•· um pouco ' eaquerda a ilhe. do Sombreiro, e a bahiaeinha da Chicomn.: ht mala para a esquerda. ao fundo do Poonw, l Conducla, e o pequeno logare)o de l'uou nl· culo ~ 11 dlreit.a. a Ilha. doe Sot.o l")11ue corn u auas eftgufaa o o.&ra· ctctl.6lleae movingea ou ca•11t\r1nae, e o horizeioto martt.lmo 6em limite•. Podia-.., P""""' longo tempo em extasi d1anle de tào grnn­dloeo eeenarlo.

N•el8oa •ntigC8 tempGe do. telha e larga hospít..lldado doa pro pdetarios de Moçambique. paMA•am ae dias delicioSO& na Choca, na Cabaceira, na Ma~ta. no Nu.uurll. em ~•moripe. em Ampapa e quando aoa domingos lamoa deiLar uma cl íóra omalegre pata•· e.ada de oito ou du amigoe- l.&'1ª'ª so de Moçambique loao de madruçada pela freaca. •m uma bo• emban:açt.o. Lrlpolada por Pl'O· t.oi lu11dJoa; ecomo1dolabut.ard01enfunadoshi.e ia em direoç.lo ao cont.-inent.e e ali ao enoonLra••m macbilu com robuwt.oe carrega.· dores que nos le•1L•am ao 1>onw do destino. Como tudo IAO IC hl va.o Ra.udos&meni.e b& t.e.nws annoe, o para nonca. mala • olt.arf

···Nó ·ci; ;,;,~'hó ·a'~ C~b~éói;. ·p~r~ ·~ ·chôê~: ~· ~·n'.i • Q~~·r·tÕ· i~lvô~ ·i<iê. lllstancl•, topua-M 11m rormost1Bimo exemplar de sympthl• vege­tal - podo pa.asar a e xpreull.o - que veen reproduzido ern umll <fae nouaa gr.tvuru e que era. notabUiasilno. Um mageatoto fit11.1 , ,.. dlct11 cro8COu ao lado do e.&t.lpe de uma palmeira bra•a de ••anta ja.daa dimensões. abraçaodo·a . eat.reita.ndo·& com oa eeua ramoe, e circundando a em amplexo rratemal muit.o ulta.ordínarlo.

Pola e'30 exemplar carioaiuimo, unico no genero, pelo menoe para a n083& jil não pequena ex penenc1a do mundo, ro1 mandado (teu.ar •bJ.ixo por um •andato Mm conteleneia oe.m goeto de MP'· ele algum.a e sem qualquer objecU• o util •iat.o que u pobroa ar·vo· roe nenhum m•I lho ruiam.

A OOOIJTO n& C.t.aT1&.llO.

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BRASIL- PORTUGAi.

Politica internacional

O a.nno de 1QJ.·• prtnclptou por uma serie de CrilU m1n11te· rlau. que ainda eont.inollm na maior pa.rt• dot JJA•&tl da Europa.. t•r1so hMpanhol~ crise rr,,nce1;a.1 cruse au1Lr1fl a, cr11t g:reea... crise romanl~ crise dlnamarquoa• e n'oatet

uh.lmoa dtu cri•• hungara.., &inda. nlo resolv1Ja.. toe1n 1tucceuita· 1nent.o oo:upa.dn a att.e-nçlo do!J qu_e por dever de ortlcfo alo obd· ga.dos a otorovor sohro polillca. Internacional Do t.oda11 oat.all cr1aea 1nlni1tarlaos a 1nci.i1 íntereaeantie indob1tavohnonto pelu eaueu. 9ue 11 1noL1varam e pelas consequencias que pddo t.or1 t1 o. rrn.nco1r.a. Soguo eo·lho om ort.1001 do importanola a hung11r1, n. qual dodloa­remoe umCl dae nouas proxlmas cbronica!J :

A queda do mfnhner10 Comt>es esta ta mais ou menos provi11t.m. 1 o aimplot1nonLo aurprehendeu por se ter reaha.1.do qu&al do impro· • iao, quando u dlfflculdadee do go,erno pareciam Tencldu por ai· gum tempo. Dt rotto a lenta mu const.anto dua.groga~lo do bl1i<. quo auit.ent&•a o mioi1ter10, n1o deixa'ª a e.tt.e reepelto nutrir 11· lui619. O gabinete eata•a condemn&do. Nada h•••• que oaal•a.ee. e a qu..UO dl. upion.a.gem no exere1to, qae lhe deu o aotpe de mi· Mrtcotdla foi apeou o pret.exto par• o demba.r De mal.e a tndlca· çlo fllra duplamente dada. com a eleiçlo do er. Ooumer para pre· a1donte da camara dos depat.a.dos. o com a derrota do ar. BrJ..on, o ca.ndldato rn1nl1Ler11.I para. a.que.Ue alto earao.

O que do facto moti•ou a queda. do go•erno elo ar. Combea foi a que1LA0 relfg1oa&. 8' eate hoje o granda ele.mento perturbador na poHt,ca trancoa1, e d'elle dependerá. ainda por muito toinpo, quul

M1u:lmo Gorki

llr•zt1 1•,..·J,'rf. "'IJ" 1~1 ,.;,1 "'nl!,,., '' '""'"lo """" '"'" '"''" '10 ""'"'' 11• .. , li1l11 dr11i,. l""'l''I'"•~. 1.,,.,,,, r1 ln 111•r,./Hrrint. ·"""''li(' toti11A1t" J,,1nf11 tlf' .,, , '"'""" 'HIJ 1;1f<tf1 1'11tl't11tlfY11t "'1wiu '"""'/i'lh/Jf'lrv,1 .,,,. t1Mi1thl',r11 11111lth 1l11ilti li,,.,,,,,~ ri /ltfl"'"'"' 'l'fllllN·IAr ,, .. ,,,.,,,1/n1, r l111t;h•t•tl' ~··i1lífNl(1t/1• 1111 ,.,,,,,,,,. l ••lf/111 f•/lff /j

111hrl"l1t ''" .1n 11~1w,1 f1•tqo1r11fr1rn ro.~ 1u1.-11~t111J;• "" rrilM11),-, 111,. f'•f1td111tlr1 t'.Tfl/tllffl>f, ,,H r.Jtfl'H'fl• q1~1tr'/ft /l/thlf, Jil'#<tllf(.H", /HJl''/>f,.Írr1, hof .. 1/Ã11!//lf'1 l!Jll'Hft/11 ''" ,,,.,,.,. it, 111 '/''" 1"J11 1 ~.t. l•pp01·,.,.,.. l'Atrr•·rt11.fo 1u·u,,.~ ,.,,, 1.,, ,..,,. '"'"''"'"' ;., ti tt11#•U 1lr1,m• '' ll'N >W''"''"' Urn1 •Jlt1.t11,.. Tl"lt•t!ldrr1 • ·

flu/11 11'11;.1 1f ,,1 .. ,.., .. 11 torrt'l14 lilltJ'Wrtt9 ,,,. " ''·'''"''' ;.,lf.t•, ,1,,,. i- 11.,.,,,,. "'t1tlr "''"' /rt••"'· ""''º 41"'" 1111trll~1~,,1u.,•1&1t 11 ... fJr/f'. , . ..,,,.,.,,.,1,..,, ... , ,..,-,.,1J,,r .,,. 1 ,.,..., ... ,.,.., .... ,.. ... , .. '" ,. ... t1J11fóJ .. '"'~·w. ,,,. ,,,. .. , fi••' ,,. •. ,., .. r,, ,,, ... ...,"'j"· r'" /;f/11•/•1 r /"'1'1 /nl..1/~1 'I"' u • ..., ,..,......,,.f_I 11tr11rr"'""' "' /"••lf•,..•,. (• .. (JJflA .... ,.1 .. ,_ t•~''' ,. 1:"'!' ,., \,;q n•l'lunt "'* . .., 'I'"' w ..... , ... ,..,..,,,,.,. /.w1 -"'- • ,.,, _,,. t'IMllJ r,.,.,.,.,,., . • ,,..,,.._ ... t'ilol .. .._ ,.""""' ..i '""' •' ..... la.t<J f'- l!it.'\;, ",.,... ... ,,....,, J,.,~,,,. • 1 .. .t .. 1,,,.. J1 ••~"'~ ", ,..,,. "..,...,_._,' ,, • l l!if f

Gorki, i.rab,llhondo

quo exclu11lyamento, a oeL.abllldado doR minialerlos. A questão CO· loni&J, a questão d .. s allianoaa, a queeLlo Hnanco1ra passaram a.o aegundo plano p•ra deixar em r6eo a magna queatão das reh•oõett do 88tado com a Egrej1', q_uõ" radtcatA CIA. c11mara qnertm desrla ji resolvida. mae ante cu.J31 dlfflcutdadee teta•._ hesitando o pro· prio preaidente do conaelho demlplonarlo, que nin~uem decerto accourd. de menos •••l"Q&do na• 1ou con•1~es anLi clericat• e• porque o problema 6 muito complexo e a 1ua eoloçào deptnde de mui toa ractorea. que eacapam 4 acdo da qualquer go•erno. por maia rijo que eUe tenha o patao Bm theorla nada ba mais be.Uo, e, pode moa a U dizei-o, maia facll. A celebre formula de Ca•our - li· b«a a.tua ;.,. libtto 4ttdo - apatxona ainda hoje um born numero de publlchstu e de tra.tadiatu de dfreli.o conatJtocional. que na &.epa· raçlo completa da Egreja • do Rolado •eem com jwita rulo a de Aejada harmonia entro o reino de Deu• e o dominio de Ce11r. Oe Estadoe Unido& da. Amerlc& cheaam me1mo quasi que 1. realie.ar este ideal.

Na. pratica, porém, e c.om a.ata unlca cucCtlpçlo talvez .. as [email protected] pusa.m.ae p.or modo difforcnte. O oxcmplo da Fra.noa é a oeito rea. 1>eito illucldatfvo. Bm pa.lz algum dn. Boropn. catll a. opinião pubh· e.a, ou polo menos uma gr:.ndo pl\rLO J'ollA., molhor preparada por un1a propn.g~nda continuadR. a µer&i&Lento para. a &epnraçào do.'\ doia poderes. E no entretnnLO, deedo que 11. que.atào passou do campo dt\ Lheoria abeLrncla. p:a.rn." Run. concret1eaeào n'um proje· c..to de lei, começartim a.s dlfflculdadcs o trio grandes Coram ellaa. que o governo teve que cahir por aa nào poder reeolver. &ta é :.. licçlo cfos raetos, 6 por tna1s que 10 lllment.e aemelhtt.nte resultado, não ba qoe fugir a.o entinamonto d'ellt.

Di886mo:a que em Ftaf)Ç3 o problema da aeparaçlo da Egreja o do F.atado era muito complexo. e 'ft.mo• dernonatral·<>.

Se po"eotora do tt11men ooncord1lario acLual podesa6 pauar. se para e simplesmente para o res:1men da ltberda.do com~1le.ta da •grela galir-ana, o cuo nlo am dlfRel1 e um almptes pro ect.o do leí era auffieiente para reeolwel-o. Slmllbant.e brusca trall8 çlo, po· rém, 6 no estado actual da Pra.nç.t. completamente impou1vel. Bm primeiro Jogar &uppriinir de um dia. para o outro o orçamento doa cultos era. ranç-.r n•uma mlfl.ona. corLa oa 1nl1bares de eeclesia.ati· coa, quo por t.odo o palz não Loem ou~ro melo de ganhar a axlaLên· cln, occaaion11ndo tal aur,pl'éesào uma. verdadeira. ,,,volt.A da fome, do conaequ_enoias dlfffoe e de 1>rovor, por fs:Ro quo ha.vJ& de &er ex· plortL<\11 pelos inlmigoa do 11.oiu1l ot1t.l\dO do cousae. Nào era. com offelto. uma medida piira rorlr aó1nont.o ª" 8ummldadefJ da Bgreja - bispos e ouLros altos dignltarlo1. Far·flO·hfa eobretudo sentir en· tre a massa dos pobres curas d'ehnaa a parochoa de •Ideia. que li cariam litteralment.e a n1endlgar. NAo admira. pela, que o .lt. Com· h .. •pea.a.r do seu radicalla1no tenha. heait1do ante a perspecti'a de ta violenchi. Mas a dlfflculdade da auppreselo immediata do o~ mento do. co.ttos letanta ainda outra questão dehcada.- a. que 1e refere á proprieda.do n• poMO du corporaçôel religioeaa e pOr ellaa administnda... E note.~t.e que nlo eo e.rata J' daa cc:u:.grepQ6es rrorrl1mente dilu, aob a alpda da ltl do falleefdo Walded; Rous-

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BRASIL- POHTUCAL

eeau o dos decretos de dissolução do er. Combea. mas de todas as ft\bríeu do egrojn.1'. eapella.a. &ttinotu 11rios. etc .• que teom a geron· ela de bens proprios. Ser·lhes·hi\o deixados 1ntantos esse-s bons ? Ser·lhoa·hlo summaria.mente conuac-.dos? Que otigom de complioa· çõea o dt)81Jrdens om qualquer dos ca$OBJ • .

Mas suppondo que t.0dait estas diífieulda.de.s do ordem mi\ter1al eo resolv1l'm s;u.isractoria.mentie pelo reglmen de independencia absolut.ll o d~ s.cpara çflo completa d04 doa& 1>oderei'I, sem ioterven· çAo algu1na um sobro o ou1.ro1 segnradó 11 Cormula ca,ondanft.1 po· derit\ a republicl\ êontJ.Ontlr no eeu aeto1 tr:.balha.ndo em absoluta li· herdade, uuta. Bgrt,,a hoat.11, nà.o 111ó1nonu:> alhndA a lodos os inhnt­g:os das instiituiçõe11 vigente&, m:\8 ollti proprill dirigindo·OIJ como o chefe confessa.do d'osaa crutrada. reaecionarla.? O regímen político que tal tolerasse decrot.a.rla, por um:.. Jnoxplicavel cegueira. a eua. propria morto. Por coo.aequencia, mo1uno com a separação da .Egreja. e do Estado este ultimo nà.o prescinde do tott direito de inspecção, de HscllHaacAo e de repro8$ào ovent.ua.I, uào muito logico, diga.·ae em a.bono da. verdade. ma~ muito neeesaal'io dAda a triste incom· palibllida.de existente em Françll cntr6 a. aooieda<le o-ivU e o eapl· rito ralig-ioso. Mu é este o cn1cial poínt da. queatã.01 como diriam 0$

Os doi.1 gtt;nd .. -s eacaiptoros ru111so1, Tol5toi o Gorki

lngle•ea. Tilo racil 6 decre~r o regímen da separoção absoluta e to1npletl', como ó diffic.ll orga.nisa;r um ~yanoma do relsçi6ets ootro. os dois poderes, ficando u1n nom1.na.l inenlo livre, m~s reso_rv~ndo pnra. ei o outro sobre cllo um d1re1to do Jntervençao. Foi n e&ta. dilflculd1de que tropeçou o gabfnet.e Combes. E' n'esta dificuldade ta1nbom qae hn. de tropeçar o gabineto ílouvier quo lho sucee· deu,

Se o quoatilo d• separação da Egrejo e do Bstado se complica no interior com um11 questão pollt..lca,_que domini.. toda ::i vida. e todll " orientação .do'S partido&. no exterior CO!f1pUcl\·80 com o problemo da inlluê'nêia da Fra.nQ-"" o do seu predomuuu moral enlro os povos do Ori.ante, como por tnnls de uma vez n'Q.Stas revfstM tomos ac· centuado.

B' 11blJo, quo, por cunee:ssã.o da. S:rnta S6 o por uma longa pra· xe ob$!J:rvad& quasi que aom int.ctropção, \)tlrtenco á Franca o pro· tnctorado dos catholicos do Extrem°' Oriente •. e~pec1almente da Chin1 onde ellea allo ma.is numerosos. Eeto d1re1t..o, multo seme-· lbant.9 ao padroado portuguez n11 lndi:i, embora. de diff'13renlo orl· gom o e.xtien&ào ropreaent.a do mesmo modo que p11rtt nó&, uma unportant.e influência. da. nação quo o posaue, aobretudo tJO eata 6 como a .Frnnç:l uma. gm1\do po1,.enci&. Nu. China., princ1pahnontc,

ond~ u quefJtôes de propaganda religiosa so comprchendem tanto ª· m1ndo eotno questões poUtlCAA e onde quai:J1 sompre o mia· ~1on1rfo 6 a:. guarda-avanç.1da. d11 intervenç..\o do 0-.•cldente pela tnt.rlga ou pelaa ar1na.a, a raculdade de tse poder apresentn:r a.ntoa.s populações o os govornoi. provinciaea como o do(enaor de todos os c1u1holico8, e at~ '?ªª~ºem certo~ c.·utos de t odos oa christãoa. re· p1·esenta. um pr1vilcg10 de nlta vaha, que tas mais poderos•a naçôe3 da Earop!'- so a.prn~a.rlam " comprar por bom prtço. Comprohen· d~·se1 pois. como o OAtaa cfrcum•tancJas a.lguna dos ma.is onthu· s1Mt1cos defensores d:L aoparação em tho~H·f3 hoel11am }Jer11.nt.a a situação oepecial, que a. FrAnç:i.. m1~ntem no Bxt.remo Oriente. Por· tenee 11 eat.e numero o 11r. Oelca&s6, quo sempre foi arra11t.ado con .. tra sua. von la de para todas 11.g medidu extremas do miniaterio Co1nbas, tendentes a· prep3rar e a. tornar enevitavel a. denuncia d& COJ.1COrda.ta.. So~retudo ae patente.ou bem a sua repugnnncia. crn se gu1r o ex·presulonte do conselho nos netos, que determina:rarn ~ ruptura. u.orn o Vat.len.no, qae o minislro doa ne.gociok ox tra.ngel­ros fez todo -o possivel até:\ ultima hora. por ovit..r.

A quostào, J>Orém, da separaçiio da. Egrej3 e do E:Stado ror fl'l!l. is quo o novo presidente do conAelho, o sr. Rouvier lho ciu8ara. tin\e• pôr as medldu do ordem sooia1 e financeira, con.;o a dn. ca.ixa. dae: nposonutçGos o a do imposto do rendin1cnto

1 6 a 9ue estó. no pri·

111e1ro via.no, o quo continuar:l por muito tempo sunda a absorver :\. att~nç:&o do ministerio, quer ello o deseje oa ni\o, AB cou&I.\$ che· garam a tal pont:o, quo uma &ol11çào ltnmedin.t.o. (1r1põO·fJ.e 1:10 go· vcrno o :l camllr~ egunhnent~. t\1lte~ da eubida de Combf" pod1n 1>cnAAr 150 rrn ndd111r a denuncia da concordata, não obsta n1 e n. lei d6 \Vl\ldeck Housae.~u sobre os conçrcga.çôe~ Boje. depois do Ludo o que ee t.em p8..88ado, qualquer tentativa n'tl!te Bentido M rá per· feitamente inuLil e cuat..arti l.\ vid11 ao minietorio. E qual será a atti· c.udo rlo er. Houv1er a. cate respeito ? Nào ao e:ibe ainda ao çerto por isso que t10bro o aasumpto nA.o ha atüa~ortt a.cto algum orficial1

quo estal>eleQ11. a orientA.ção do gabinete o lhe prenda n te8J)()naa~ bilicl:tde. Pea.,,oaln1ent.e ó contrario 4 sopa.ração o sr. DeleaE1~6 e o proprio pretudcnto do conselho não lho á mult.o afTecto DemAi~ a constítuiçiio do netual governo. a.lgni11ciando a rupLura com o 11ar· e.ido R-Ot:tllh&Lll e J)OrLa.nto o ffm da allionoi com o grupa de que J;.uréa~ é- o chefe. parece reprC'.l.Péntnr Beni\.o umn t.'Ollt·face na qpe,, t..io rehglo1u1., pé lo rnenos. accentuada tendencia para ll accnlmaeào Maa t\.erá alrnllhllnte. acc..'llmaçào r>o&.1:1ivel? NAo noe p~rt"ce. Se O hlo"~ ae d1saolvou pata. o fim do continuar a tustcnLnr o mini&Wr1o Combea, póde amanhã reconstituir·Sê, aSndt\ quo s"ja. t.emporaria· monte, pata expulsar do poder os ministros qne pretendam tran­efglr com Rom:i. ACUgura. so·nos mesmo extremament..e perlgoao parn qualquer governo, com a. raotu11.I cOn3lltuieào da.e.amara e com o estado dA opinuln on maioria. do pai~. querer govern&r contrn o partido 30C:hatistti . E' demt\ei:.do t..ardOi p1trll romJ'ler uma. ;n.JHa.nç.a que daL~ d:t eon3tltu1çào do ministllrlo \\'3ldeck Rousseau. Se ô 1:1r. Houv1er o tentai' p1trcco nos que lhe eustfl.rá. a cxil!tencia.

C0Ns10Lu-:ro PKD"ROR-o.

Uwa e11taLUd de Gladslooc

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Cartas de Lisboa

O •1•JJ<U{11e amorlc.iino, 1he t'4>1mo1x>l1ttui. 11ulJllc~ no itou numero de ouLufJro, um artigo_usignado pelo &r ChaLHold-T•ylor o lnutu la.do. galantflmen~. IA.bota t.Ae /••r; Li.J,;o,a o lldlo!

SàO a.a impru'!IÕM do am bon1em ama•tl e do um homem do eaplnto, quo •ia J.l•boa do con•é• de um ~1r:A1 de reoreio e a atra ve:s11ou rapidamente na carruag~m do mlnatttro doa &alado•·Uuidos.

Evldent.cmonto. uma mnior permanenoi11 om l.11t1boa mOdHicario., do maneira s.ens1•ol, CM& lmpreNàa cyclor11mlu. do. cor o luz, do radloeoe upect.oa panoramt<:OC. que o viajante Jeyou da capital Lisboa flca. aendo Mm pro betla. (aJtC.ta,dora e 1nolt1datel para quem pela prunolra. vez a tau do t0mbadllho do urn n.a.•10, n1 claridade do •manhocor, no rottplondor do 1neio d1" ou n1 ph1\nla1una.gorl11. dojf poentes. Para. º"""· o preat.lgio nunc1• 1nais e1npallidoca Na memort• dos na•egadorea flc.a ~1n11re. cuu10 um panora.tna or1en· u.J. eau cidade dAI d""°°htn.•• • da• con1tU"ta", ornam,.11t:iid1 do pa.tmturu. y1branto do a1nus. com a aoa torro Je Bete1n 't..e1r3 d'a gua. o branco palaclo da Ajttda. n'u1na em1nflnc::1a.. e ao l@nge, deco· mndo o h('11·~•ontA, nA 1no1nhoa do Mon1:1anto. cu)aa vélaa brnneaa evo~ catn u cruzes mllit.arOH do Alaltll.

Quando o sr. ooneelbeiro Fcnthlni te:nha co1nplet.ado • reat.au· raçlo da S4 e u grande• t0rrta quadradu, recuperando u suu freat.aa romanícs1 ... wrUem com ui pru~tadot coruch6u~ LlabOa. ler6. mal• uma belleaa para o olhl\r, uma no•• joia com que o amor dos a.rtlltlll!I ll anreit.ou

Viet.11 do Tejo. coro os geul!I 1unphlthaatro1 COlt1dd11a, a copula. rendilhada do• .leroormos. o caiiacet.e. do marmore da t1a1U1ca da Betrella. u muralh•• e t)3 bi1taõrt1 do ca..tello de S. Jorse. a pe aada m..>lle do pantheon real. a an:ana e a ••tatua do Ttrteiro do Paço, tS quo LilfAN1, ft Pobre. 80 trl\nstorm:l nt. /_,i.Jbot1. a lltlld.

Quando moU1a11t tal '"'«>ra~ do• cournQa.dot, dos t.ransaLla.nticos, dos yodo11, 1>"88aselro• • Lrip11la.W .. oào lnv1dl los e oonqulat>.do• pela ma1nlileenc11. d'eue ancor&d1Jun> vut1 .. 1mo. que H alar11a o upraia n•um mar. or~ azul ora teNe. de..Jo ••terra• •ermelhae do &rrc1ro at& ll Hhota. do Monujo, d6!5Je a c&-"li•ria branc.a de Al· deia Oallega. que ao longe parece um bando de gaivota!! n:i areia, at.é ;'\ Povotl de' S1t.nL'\ lrin e VIII!\ l;1rnn a do X•rA

O aJmlrant.G lidekford-des onde.nte d 01Mo Jord Beokrord, quo uma tocreta mla'llO 1~•ht1c:i trouxa a Porlofll por du11 teiu, ao 6odar o aecalo XY111 e que d'11111 partiu tio encanta lo e tlo ena morado- aempro que •em G t.11h >• naff e..q11,Jra4 ''"Inala.terra, mand1. 11u~11~ndor r1or um 1n1o1tantu aa manobras, p3rn q11" ot oftl·

'

Ciaes o a rnannhago1u µo&aam encher os olhoa com o eBJ•Octiacula d'eaaa mar&vllha 4'1. natureza..

Em todo o ortigo do ar. Chalfltld Taylor eM& primeira lmpreo· do 6 a que perd.ara, empolgante o •••• .. enTOltendo com os seus ralo• rnagicoa todo• OI out.ros upect.oe & lmpreuÕM µoaterio ree. E' a.inda ao Tejo quo o cscriptor vrta bo1:101r a. lrnagem do noe.ao c.aracter. Antes mt.e1no de deijemhl'rca.r1 ello vorlfica a no•11a. dea h.nUbanca c111n _a l:fo•panha. e, 1nai1ju.eio que lurd l'tra\\•lef. a quem Chamfvrd atlnbue • phrue deitp~11vel e 1n1rau.: - .,,,.,.. o •• huJ"tM1">1 o fHe tlt ltfllf ""- hoal t fko o pvr1t1guu. - o ar. Chalfield Taylor u .. enLa n"Ulll de6n1çàu *°" portt1gut'" ttlo """ª tt•r<• or· 9ullt0111 e d•'9"ª' COJJ• Ci1N1t:ltri•tiro1 tot<1lmtntc du:tr1a-1 ''º' ltNJ ciãai· nltot,.. t•1 TAo d1ffero11t.c1, t01no otuJa mesmo 1'ejo, Que o vllljaoto 'tira correr, barulhento o estrello, debaixo d• vontf) de Toledo, e vi· nha en. ontrar em Ll•Loa tranaforii.ado n'um e.tatua.no!

A c1dM10. contemplada do barco que o condua a terra, recorda· lhe, pela 1ituação. Conatanlinopla, aob o meamo céo aaul, com a. 1ne-a1na pl•nlcio <!e verdes, n8 moama& aiyrtttc1 verdes dae pa.lmoi· ras. A predornin1.no.l1. do brtnoo na. polyohromill de Lisboa ainda pre~n.a maior verte.idade a esse 1onho oriental, que brt-to 10 disai· ~·· mal o tiaja.ote. deut.tento ao caract..er mounsco da velha ci· dado da1' conqui:s.i11. dopau com o. OllMJ"l(l1-ot electri1.:09. con.strui· do• am S. r..oui&. Com essa espectaculo ineeperado. a "'Jtnpllt.hia do Mr. Taylor exah.afto Todo &e t.tJ\.n&Hgura "º" ftOUIJ olho•. JA i.gota.1 as nu•• vlo parecer·lhe hmpaa, o p0vo a11"e•do ... , lo/ª' luxuo· au e •• i•ropnat ar1nas dos aQldado.,, aot 111eus olhoe ttnetol()jl, 'fio rebrilhar '"'e-:>.a """4art tt«Otl:.

Qi.le ~h•parida4e do op1n1lo com a de oolroe vfaja.ntea, que dH· crevemm a Lteboa. do º" pou~ e lenço. daa traqultanu o daa eejes, das v&rhlllU dOSC:lllfill" o dol!I yu.r;.it.oa elljoe; a. Lleboci. t..onobroett. e medieval da. Moorarla; 1 Lisboa napollta.na do Uairro alU>, com os seu.e en1h1ndeirament.011 de roupa branca. eeccaodo ao aol, o aeo chear.l de alrasema., oa ae.u gatoa •agabundo.. •• su•• portJnbu de cancell•. os eeu• r1rtgões melodloeos 1 8 como a hlo de auppor t.ranerormada., cit11i"ad1t.. oa que. aom nunca a terem viato a co· nhcccm polos S/.'dcllt1 fl/ l\>rtugur11ot L•fe. pelo celebre Yqy11gc t\. l 1t>r· lttgal. pela• nota.a humori'Jlicaa do viajante T\\•h1e I

Nlo ha. oa curta narrah't'a do 11r. Taylor. um 16 1'é•tl;lo d'eua velb• ç.1d1de mertd1onat e e.empN vlta. Oou•e um 1n1unttemque oUe a adl••nhou~ na. aua fe1çào Intima Pol quando, descendo a.a ea cadas do .'/(ldtt, camlnhondo pata olha., acordam no sou e1pirito re· rnini&eenclne do BoMphoro 1

Mu a •l&t.a. do11 amtn«i,.01electrlooa perturhou~o. no raoto. como ello meamo o afbrma. lulimando nlo t.er poJldo ••gaear a6s1nho, alguma• horas. relae ruu. em con•ltio com a multtdlo. •ondo •i· ter o povo.- qa1 6, como quem d11, Yendo tlter a cídado - o sr. Taylor nllu pa.ssou, cn1 l.isboa., da JJ1tl11. de vitiit:ae O s:eu artÍgo é um cu1nprlrnonto de gtHlttmnn. Ma.te ainda.. O sou arLlgo 6 u1n 1nadrl· gaJ!

A catri11gem. qne o foi bu.scar 10 Caea do 8odré. le•ou-o' lêg&· ç\o d.1-c PAtartO!J Onidoe. A primtlrl ca.u portus:utza tm que entra o Rr. Ta.ylvr é o ;>a.lacto do ar. marqutz da Poa E logo o 1r. Taylor

Costumei a.ewtejaao1. -C•n e91ado corti9.a

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l:IRASll.-PORTl'GAL 3,

fenerallel.. Ao 1ubir a ucada.ria magniflea de btt>nxe o aço. tornam.· aa-lho- ot1dcnt.oe o no4Mó cullO pelll belle2" e pela aleg.,nciit, ll noeSJL elevada comJ)rebenalo da Arle o do bom go11LO.

relaa janellu da ch2ocellaria.. Ltaboa apparoco-lho como urnir. cid.ad!' ftorld~. com a•cn1daa 1.ran1turmaJaa em jarfhnl\ bal.J.smtw.t, regado1 de ronties, cnriquodfdoa da cnonu1nonlo"

B 1nal ti•!ra uunpo pata admirar o ollo do ha..ile1 J'- o n1in1,. uo dl>d 8.:Jtadoe·U nl•loa o arrast4 para a o•t•çl.o do RQCIO, a a '" Lir :t chegada d t r11111 l111, quo rcgrc1',l\ do Scvtlhl\,

JJultio de 1>uuge1n, o ar Taylor repara na oolumnn.t' jonloa tio t.beatro de f), Maria, obier•a a ta hada 11Cenograph1~ Ja est.açio, com u •Wl3 J1t.nell111 m11.ouollnaa, At auafll JJ"Otll4 :u11bett. como um 1pparat.0so roclamo. o J' u1n ('lovaclor o aobo li vlnt.arorn1a, en~re " fumarad& da.e machinu. O 1r TarJor enoonU"• o elemento ofdui•I, o corpo d1plomat1co o a cõrtt".

1,1aboa paroçe t.or lho pro1>'4r,1do uni program11'll.\,co1no um!\ 1nu­lber ~•ttl~ occup1.da n•uma obr;\ de seJ11óçà.o As 1nulherea: 1•:i.re· com·lhe hod .. 1 B' necesario que o eejam alguma e>u a.. p1ra que t.odoa o& viajantes - oxeepçt\u d1' duqueai. de Abr•11tts o da prtn · cua R•tt.uil - recebam d'ollas a mesma imprcuin do encanLo o rorm01ura.

.Na. 8ll:l memoria tlo~m a reaplandecer i11nu1no1o"ã Olhos pretos. • elludo4oa e lOrnOl!I, com grande$ r1est.ana• sedo1u1s

M1• ji o combOIO u.-.e do tunel &l·ttl a•ança, aeauldo J>t!IO.S leU!J ajudante& de campo o nffi :lae~ <lrs ordens, o a tn'lptta-.. 11, que tau\ do Ol·r'OI, not.a-1 o sr. Taylul' COiTI 1101a phrAao ,·urL:., n'u1n irando poder de ayntheso, a qua 11.A.o falta o l1ofn hu1ror· 4 Afl'1'1•11• "'' ddn lt•po d~ rtp.irur q•~ ~ .. "' M11gato ft lt• o a..1«1• tlt •• 6oJm .,, IHra.110 - tt -f'fí!Jíll g ood /OIOM - dt tt/Jt hOJMt#t r-11j • triJbrilhOI e c1t1rftt1l" Ndo .f(J(j •Mito"'""°'' lft rtaltNtMte 11l!J•H•$ /f'NI • ('I

E t'I aior.-., quan1.hJ <1e:s.spv.ar..eo1n ao long-• •• e111ip~a-~u111 1•rO• cedidas pelMi b1 tõtlQres. quo o tr. TJylor acaricia. a ~peranç' de p1.>der c.arn1nht.r ti 80lta por t.1abo1l o IJ/11 k 111~ "''"'e t11lo oui u/ thc '"" '!I

COTIKJ'f Baldada esperança 1 o m1n11tro du.! Bita dos Unh.11.>.!f t (lllYl­t1ara p~r& um {ltf .. o·c10-cl: na le~QAo os hotipedea do y.r<A.i e al,i:titna.a r11.mllill8 clegllnlAHil do l ... isboa. Forçogo d açompanhal o OOYlllnOnte ao pala.c.10 da Awenida da J,iberdade.

Mas " hn,105 olhot pretos compensam dema·da:lo o..aa peque· n1nl\ contra.rloaade - e6&eA llndo11, 1uminoeoa. re1t1ce1t«M olhOtl pre· t.o1J. que o ar. Taylor vae anoontrllt ainrl1' nol't grClndo11 aalõee de baile de uma casa ducal. n•aquella nout-e •ne:smo

Retore·ao o 1r. Taylor ao ulurno ha•to orr-recidn pela 1r • ,Juq1ae1a da AvJI~ o em phra11cs tào 1.n1a.vo11t de g11lnnt.eio, que eu lrmbtoa.o ar. A1berto Uraa:a o doY&r imperio~ de fho mandar oaeu l11lhctode vt.sita, em nome de todo o l11•1ft~li/' pC>rtogue& ~

Os 1ninietros de Ratado o OK plonípotanc1flrlot1 oatentavam u 11uu gra.n-cruies. Bra rar11 A cui.ea. ondo nlo hrllbt.vll u1n" 1daca. do commenda A pur11ura ductuante de unJ bispo o a u1n1c.a e~r· l llt.Q de um cardeal nuetura vam•&O aos teettdOt91 de tulle du rapa-­rigu o U toilcae1 do vellado, de hn>cado o do tiodn. B' a cust.o caue-

Caparica

o sr- Ta1tor abr~ caminh~ por entre oa convidados. A cada paao o 1n1n1~tro dt>:t Esta.doa ( n1dJ:s ttt.3ca para um cum11rimento oÜ n.prC(t,IJllUlQAO. O ar. Taylor e:ttll pos1tfvament.o encanta.do '~ toda1 - 1bt.M •tr a•ntfís! (h•t ctf'datl~irw ho•ttHI di IOCit<lach ~o r~u '"gatllt•~. 1~rl•g,.,1t1! •• - exclamia. o sr T.aylor,quejit reparara em c1uo tl rcst1r /;,,,. t .. ,..,,, ~n·ludt. rir~ hoNtt• "°'' '9"'

Sorll parll c11tranha.r, doJ>ols d'hn.o. quo e. at. AlberLo Draga., com procuração de damu e cavalheiros. nlo Lenha ainda mandado o aeu cirlâo de visita t.o er. CbAtR"ild·T•ylorl

:ilaa o·o~t.• a.lt.ura graoio6a., hsonje1rl\, tnundana do it.rt.igo, lom­brt.·.O pon torad1-1nt'nte. o 1r Taylor do quo nada d'iato lem quo vêr oom I .. 1ebo3; mota•O pe1o qual me parec. que o ar. Alberto Braga Já. nlo devar4 mando.r lho o aeu bilhete 1

&m 1.0doa os JJ&fzea ha. Ua.i1eR, 1nini1t.roa de Betado o ra1iarigas que dan:um at6' mad~aa.d!\. Por toda a Boropa., oe alíaiat-oe • es­tom do mo~mo pann? 1na:lez, polo me11mo fiç:ur1no. a pedanttria 0 a. íort.u11~ humanas folt.~ Oittn. .obaervaç.A.o subtil o tardia. o ar. Tay. Jor deixa 09 ja11ot•1 e examina Lisboa, eum11r1ndo e&erupuloaa­~ente o eeu tie•er de ,escrlptor conaerencl«M.o, enumerando aa egre­JM, o r.umero do hi..lnta111.oe, lotando a mlnuclM. do uu inventario ao exlremo, bem a1nerlcano. de lnrormar os Jolt4ree do COimo~ 'ª"da fand:acAo de f.i~boa 1-or um hienoLO de Abrablo, na era llnt.e• de Christo! Po111 ttenhoret, 1 .. to a.1ndi. nd• n:\o ubiamotal

Sorht ruer lho lnj1.15liça, depol& do A(C:radeclda a sua benovolon. e•~ 1•ara comno&o. o Mg•r·lho um Wf:nto deli ·•do de observador c1uo "urprehendo e 1. dagrante o• aapectoe p1ttote8Cóe das cou~: A8dhn, quan11o ~o t etoro, por oxamplo, d cidada no•a.. Nunca •e i abo quando ee e•l4 na cidade ou tóra iJ'eUa obterva o 1r Taylor oom uma grande precado li:. aveo1da1 arborl"Ad•-. com horiactnt.H lar· l:tº"• 11110 d5.o a. im11roerio de !iO e1ua.r no ca1npo E co1t10 um ritor· Hrllu, a cada momento, o artigo enc.omlastico cii nt.a 81ona. do ct!o aaut. O brtJho du )tUJ, • •la,ndado •l.a OCr•e. K' a pr•m•lra 1.npre•· a:\o quo volta sempre, da c1d•de ergu1•h1. n•w euaa ••te collinu ~orno a Ro•n• doa CeBar~•. eoro:ul1s do cupulaa a ai 1noias º"JJrei~ LaDJo Oll m.atea. que fõram a 1ua 1loria., &"l.8i5t1ndoao cr11p0rd1M1,. dos n:ivio• de commerc.10, qae íõram a sua r'que~a Apesar da amabi­h{lado elo.a j1'notas o dl\ commodidR.de doo t/n:crlctn., o enthoafaemo do ar. Taylor a6 •lbro. em nol.u 1Jnc.cral!I quandu entoa o eea hynino a naturna OuLrs •e1. no con.-Ea do jl0('4l, ' hora da partida eob o ba.110 tu!lreo dA, ga1votait.. ro1u1.411. pf:llo sol poente, Lí.alMJll appÀrece­lhe cheia 110 'º""º'Lado a do gruça, rtadqu1rlndo o !!OU pre~Llgio eo~r.1110, R 1 entlo ' dt.ipetllda. C.Otno ' ehe:a.da. n~uma excit.11Cl0 do eulêvo. quo el1e" elego l•6bolf lhe F'cur- Liaboce, CI n .. lla!

1 • \,.. t-~ peocl1111;:;. .. ·1-h!ll• nl 111 lfw•t m.-~"·

• 1 lt!flll ., ,.. N' .... ,,,,,., 11•l ' "'"'' ,,..." . ....... ,. lo,A/lf •( ,,..,,., ,., ......... ,.

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BRASIL- PORTUGAL

TEI:EA TRO S •• · Au11•lli;1 - t;L•rfrne \\'leb~. Ml~·iv Jh>f'f.)'0•'•"-1 '~' fl't-' rtNl1111ptl•l1i.t (;f1H1111J11t 1t -t;nnr~ "'"nld• - '1' rtn.t•df' - l 'rlnf'lpf' H c • l - R uit tlBiol t ' ft11d .. 111 - C •tJJ jiO f!U d O"I ll l'll!l"f'IO•·

O Lheatro O. Amelfe lem o condã.o, nio ha duvido., d'lp(ltet l.1ieboa.. Ora. 'l°' apresenta. companhias eatrangeiru n'um;J. serie 1ntinclaveJ, orn, pela propria companhia porlugueza nos offeroc.-0 ai) prl1tti~1u dn lit.c.erat,,ura. dramnt.ica de todos

.os pa1zes, irnterca11a.das com as obrms notnveis dos escripLO· ru nac1onaes. Charlou.e \\ltebé, CL notl.'tve1 actria dina.rna.rqueza, rol s ultim& celebrida(lc que noa visitou, mas aindia d'est.;i. vez ae cum­priram u palavras do Ev;ingelho: 01' oltlmoe aeràCP os primeiros. B' cerLo que d'e-.st.• niio p0deremoR dizer, com relação ao valor ar· tlat.ioo. que seja• prtmefr:i nem a oltima., porquo 6 unica.

Enc.a.ro;am se n·eua toda a jovlL\lldado. toda a ga.Janteria, toda

IL arte do oxpdmir ldéae o tra.duiir eenLimento~ com uma origina· J.idado ineonrundivél, com uma graça. o um encanto, que logo a im­põem á noaaa admiração. Percorremos os nomes de toda.a as ceie· bridn.de.a romlntnaa que eonhecomo" e nenhuma encontramos que ee lho dorronle. porque com nenhum11. outra oll:t se conrundo. De· pois, reuno na. suai. indh1ifJuaUdl\do La.nt.u e tão diveraas aptidõea. porjitso qao canta, dano, , t.oca, raz mhnlca. adoravo1ment.e, que tP.ntu quQJidta.des são outros tantos l\ttrt.ct.i vos qao lho earactori· s1.m o merito. provocando·noa os applausos.. Bem rez, ropet.lmo11i a empreza do IJ. Ani1dit.1 em tornar conhecida do pu1>hco portu3ncz oat.n. ft6r do norte, est.a opulenta e delh:a da Qrganiaaçào do a.rusla, esLA mulher adora vel.

Mas, nào so Linha m apagado a Soda. na. aala do lhoatro os echos cl!l 6Qll voi llrgentlnn., quando ouLra celobtldado nos surge. umn celebridndo juvon~J. uma eroanca pn>diglo, dea.nt.ê da. qual todo o rkla11•~ á insigniflcB.nto o apoucado. sã.o pobres todos os qualifica· t.lvo"'. Mleclo Horzzowski é e88A ext.raordinarin. crea.nça. de. dez an· no.a. ou& a.dmir.evel rirtiu>1e do piano. que so mede pe1a oravolra dos moslres corusagradot11J que se lovanta ao nivel dos Rubiostein.dos Liszt. do todos os pianistas cuja fama. passou todas llS tront.elru..

Chega a n1Lo ae comprebender. e n. reconbecer~ee que nada ha mais verd11.delro que o inverosimil, chegn. a cau&ar "1tombr. o, que a t.echnlca maia modelar. a ma.Is a.ssombros-ll memoria, a intuição mo.is rl\ML, o senth:nent.o mais int.enso e a maiA prodfgio&a vlrt.uosi· dado eo n.cc.umolem n•uma creanoinba.. cuja iot..elUgencfa pareeo de· vor ser :lindll inclplenl.e, e oajas mãos pequenina.e nem ..a conceb., que poRSam a.bra.nr;or as teclas, e de31iaando sobre o pi11no, 11.rran· quem d'e11as sons t11wlnos. em que raltt e. alma d& Beet.bnvcn1 de 83.ok. de f'ader\\'Sk. do Shutt,,., como se t.odoe e11é8 vleaaem ali confiar ao tocha.do u íSua, inspfraÇÕéá rormidavel&, aa au11s ar· dantes pat~ões. ou as suaa dõrea tremenda.a. TodafJ cllas se refie· ct.am na. nlma. eleita d'esu cr&ança, queª" comprohonde wdss e a Lodas reprodai aob os seu.e dedos ;nra.nUs, qu.o à.rra.ncam todas as vibrações do sentir hu111ano.

Um bravo. um brafo prolongado, quente, ont.huaiaaLico, como o quo Mlocio Rorst.O'A'Bki arranca a todos os auditorios, om t.odos o.a paizes, 6 o qu& boje lbo levanta.moe aqui, omocionados ainda deanc.e du eo&s prodigfosa.s ra.ouldades. Bntre estu duae celebrldadee qu.o .honram os sou.a aeX"os, thoc101~ d .ra plttce, a ma.ia espirituosa, a ma.f.a inlcrcss:ant.a, A mal.a bella comedia qoe nos ullimos a._nnos Lém • P·

parecido lá a.pparocea tambem no tabla.do do mes·mo then.tro, ondo novidades e surpresas se sue.cedem n'um& vertJgem. 01 tru tuMlb~· pti.116'1, de Bisson e Turtque, 6 d'aqoellas que marc1t.m e~a.. Tem w.nto improvlslO, ta.nto espirita, que plenamente se juet.1fica. a col· la.bor11.ç.lo de dois na eu.& primorosa. factura. Pois a esaa torrente, a ee.ea cxhuberancia deu relevo ainda. o er. Mello Barreto no apu· rado da traducçilo. portuguaza dé lol, correcli&.$tma. G sobretudo rcliz no encontro da phraae -pottugu&za quo correapondonelo :1. ori­ginal d:l encanto a taa.lcc tL gracio&lssima comedi&.

Accresce que qu.ando julgavamos oxgotAda. a et~rna.bl/.lgut(ran · ceza sobre o dlvotcio o os divorciados, surge uma peça da. mesm• procedencla trat.a.ndo do mesmo assumpto, mas por uma rórma. nova. mais original que toda.& a9 outras., de um brilho de dil\1ogo, uma $ubtileza (jo argomonta.çào, um achai.do de situações, e -umii v•riedado do figuru, que fazem d'esta comedta rra'ncezfl, a noeso ver, uma obra prima. d• lit.t.er'a.tura do theatro. Aecrescenu-aa que lnte rveem no desempenho actores como Ausuut.o Rosa, Bra.zào, Alvos, Pinheiro, Cabral, e a ctrizos como r .. unihl', Adelina. Josepha, L3.ura C·ruz. Cecllfa Neves o outros a.rlist.as a.inda., e reconhecer· 8e·ha ti ju"tiç.11 doe appltlusos do pubJlco portuguez. que a.Jiaz imit.a o de Pari!J, ondooa Trctaftabapli&ta.& 1i.iveram o mais ruidoeo euccesso.

Oeu·noa o Gymnaalo uma co1neditl nova que 81,1.rbar4 Volckart escolheu par& a su;i fost.a. Carambt~ lhe chamou o er. Camara Li· ma, na reiiz o eapirituoaa. hnitaçilo do original que t.em sido o plat 1lu ;owr n'catae noites do Ci)·m·na~tlo; E' uma cltarge do graça abun· danLo, om que ha. penJonagene de ocn comlco frreals.isuvel como a. Jcsulna., no papel da doma.dora. o Barbara no do toureiro, e situa· çõos dB desopila.e todos oa figados. Umn. das orlg'inalido.des d'esta comedia·fa..rç.a ó eata.r a aeçAo do segundo acto presà. ti 11.cçlo dos ou· tl'01J dOifl, e nào aercm os mesmos os persono.gens que n'ollo entram.

Tem papeis imp:i:gaveie ealient.ando·so o de Joaq~im d'Almalda.. BlrbAFA, Juuin& Suti.a, nquelles que j~ eltnmos, Palmyra. Torres o ahid11 oultos.. E' excollent.o desempenho do Ooramba, em que éhtraram os melhores artistas do t.heatro, o om quo oa novos, Ale· grim, Laura. Ruth e Simõe;s Coelho, revelaram progcoaso9 o lambem cont.r1buiram par:i o exiLO alCD.nç.ado.

Nada de novo noa dà.o OIS outroí\ t.bc.at.ros n& quinzena decorrida. A gllU• borralhtil'fl e-ont1núa. a. miar lodaa as noit.es no Avenida. e o seu miar eha1n11 Lant.a genl..o, que o lhea.tro 6 pequeno para a conter, na. Trfndodo o no Prfncfpe R eal as Rovlstu trium· ph21ro, a& za.r·~uella& na Rua dos Condes põern uina. nota nova. viva, ea!uafn.nta ntis noites paentaa do r,.taboa, em O. M or fa o Nó e<po do ar . Lopes de !\lendonça e a A~'11/1a do ar. Jlyginio de Men· donça, mostram que n'nquello thea.tro nli.o é curto o é prospero o reinado dos Mendonçss., o finalsr.cntc no Colyscu dos R ecreios a vara magica de Ant0nio Sant.os continüa tl. descobrir toda.€\ oa dlae novidades e a. encher t.odaa as noites o vttsto e nrortunado circo.

JA\'ME VICTOR.

M-ademoiaelle St.en Gcyer. -· 11lotini8'a (0 J\ulJclitJ..· ele 1<11'01)