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DIÁRIODOGRANDEABC QUINTA-FEIRA,28DEABRILDE2011 ▼ ▼GASTRONOMIA crementadocommolhos. Experientenapreparação decordeiros,HectorHernan Mercguededicou18dos63 anosdeidadeàarte.Segun- doele,oidealéqueocordei- rotenhaapenasseismeses, faseemqueacarneémais ▼ Exóticaevariada.Assimé agastronomiadaPatagônia, ricaemcordeirosefrutosdo mar,sempreacompanhados porbatata.Normalmente,o legumeéservidointeiroeco- zido,mastambémpodevir naformadepurê,fritoouin- Cordeiro combatatas Hector Hernan KM
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NAVEGANDOFotos: Karla Machado
▼ Exótica e variada. Assim éa gastronomia da Patagônia,rica em cordeiros e frutos domar, sempre acompanhadospor batata. Normalmente, olegume é servido inteiro e co-zido, mas também pode virna forma de purê, frito ou in-
crementado com molhos.Experiente na preparação
de cordeiros, Hector HernanMercgue dedicou 18 dos 63anos de idade à arte. Segun-do ele, o ideal é que o cordei-ro tenha apenas seis meses,fase em que a carne é mais
macia e saborosa.Para temperar, nada mui-
to rebuscado. Bastam vina-gre, pimenta, alho em pó,menta e água. Já para sabo-rear, é preciso paciência: apartir do momento em que écolocada na brasa, a carne le-va cerca de três horas paraassar.
Nas fazendas de ovelhas,conhecidas na região comoestâncias, é comum reunir-se em volta da fogueira e es-perar pela comida ao som demúsica típica. Para beber,além dos excelentes vinhoschilenos, não pode faltar àmesa o tradicional piscosour, drinque local feito deaguardente de uva com li-mão, açúcar e gelo, batidosna coqueteleira. KM
NAVEGANDO
Lago reflete oglaciar Serrano
entre glaciares
Belezas encantam brasileiros
PATAGÔNIA
▼ “Conhecer a Patagônia eraum desejo antigo e aproveita-mos para viajar agora porqueainda não está tão frio”, diz aadministradora de empresasde São Paulo Roselina Metz-ner Guido, 38 anos, enquantonavega e se encanta com a pai-sagem que rodeia o rio Serra-no ao lado do marido, o tam-bém administrador NelsonGuido, 36.
O casal preferiu fazer umroteiro por conta própria emvez de contratar uma operado-ra de turismo e recomenda ainiciativa. “Gastamos US$640 com passagem de avião ereservamos pela internet ape-nas a hospedagem no hotelde Punta Arenas, as demaishospedagens fomos procuran-do quando chegamos aos dis-tritos”, detalha Nelson.
Em duas semanas, eles co-nheceram Santiago, PuntaArenas, Puerto Natales e Peri-to Moreno, que pertencem aotrecho chileno, e também oglaciar Perito Moreno, na Ar-gentina. “Embora a parte ar-gentina seja a mais conheci-da, em minha opinião a paisa-gem mais interessante está noChile. Além do Parque Torres
Del Paine, que é maravilhoso,a natureza aqui sofreu pou-quíssima interferência huma-na”, justifica Roselina.
Moradores de Belo Hori-zonte (MG), os namoradosMaria Teresa Corahara, 27, eMateus Brant, 26, ambos ad-vogados, ganharam a viagemde presente dos pais do jo-vem. Eles embarcaram emum cruzeiro que passou porUshuaia, na Argentina e foiaté Punta Arenas e declara-ram paixão pelo destino.
“Sempre ouvi falar da Patagô-nia Argentina, mas estouapaixonada pelo Chile. Temmuita natureza, é mais limpoe as pessoas são mais educa-das”, declara Teresa.
Tamanho foi o apreço pelodestino, que o casal resolveuesticar a viagem. “Meu sogropagou o cruzeiro, que duroutrês noites, e ao fim da via-gem viemos de Punta Arenasa Puerto Natales de ônibus pa-ra aproveitar um poucomais”, conta ela. KM
entre glaciares
Karla Machado
Enviada à Patagônia
“N avegar é preci-so”, já diziam osversos do portu-
guês Fernando Pessoa. Quan-to mais na Patagônia, que mepermita acrescentar o poeta.Isso porque a visão dos maisbelos glaciares, como o Bal-maceda e o Serrano, só é pos-sível por meio de excursãomarítima.
Ambos os glaciares ficamno Monte Balmaceda, dentrodo Bernardo O’Higgins, omaior parque nacional do Chi-le, que supera a Bélgica emextensão.
O barco com capacidadepara grupos de 70 pessoas saide Puerto Natales e avança pe-lo canal de Última Esperança,passando por colônias de lo-bos-marinhos e, dependendoda época, os visitantes sãopresenteados com a presençade golfinhos até chegarem aoMonte Balmaceda.
Com uma altitude de 2.035metros, o glaciar Balmacedapode ser usado para práticade trekking, montanhismo eescalada livre. Do outro ladodo monte está o glaciar Serra-no, do qual os turistas podemse aproximar via terrestre, nu-
ma caminhada de aproxima-damente 20 minutos, e con-templar uma lagoa formadapelo degelo e troços do des-prendimento do glaciar e quedurante o dia espelha as mon-tanhas ao seu redor.
Tal desprendimento é umprocesso natural, conformeexplica o guia turístico Mi-guel Muñoz, porém acelera-do nos últimos anos em ra-zão do aquecimento global.O gelo chega a ter uma corazul-turquesa, que contrastacom o verde da floresta, ca-paz hipnotizar os amantes danatureza.
Na pausa para o lanche,além de batatas e amendoins,é servido uísque com pedrasde gelo produzido há milhõesde anos. Em excursões queduram o dia inteiro, os visitan-tes retornam à embarcação epartem para almoço em umaestância, para depois voltar àcidade de Puerto Natales.
De botes zodiac, o passeiopode se estender pelo Rio Ser-rano. Para tanto, são cedidasroupas especiais, que ajudama combater o frio, e flutuam,caso haja algum incidente.
As excursões ocorrem dia-riamente, mas são suspen-sas entre os meses de abril eoutubro. ▲
Para todos os paladares
Roselinae NelsonGuido
HectorHernan
Cordeirocom batatas
▼ GASTRONOMIA
Trilha no ParqueBernardo O’Higgins
DIÁRIO DO GRANDE ABC QUINTA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2011
4 TURISMO ▼