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ARAN – São poucas as empresas que cumprem 100 anos de actividade. Qual o segredo da Garagem Lopes?

Octávio Soares – O “segre-do” residiu em não delapidar o nome e a imagem que a Gara-gem Lopes foi conquistando ao longo dos anos. A família Lopes ganhou ao longo de quatro ge-rações um respeito e uma con-fiança dos clientes que o grupo SLN, quando comprou a em-presa, em 2000, fez questão de manter.

ARAN – A empresa repre-senta a Ford no distrito de Viseu. Quantas unidades venderam em 2009?

OS – Vendemos 300 unida-des novas.

ARAN – Qual a meta para 2010?

OS – Para este ano prevemos vender 360 unidades.

ARAN – Como se sobre-vive no mercado automóvel actual?

OS – Sobrevive-se com difi-culdade. Os concessionários só têm obrigações. O nosso negó-cio é permanentemente prejudi-cado pela legislação que só nos fiscaliza a nós, concessionários de marca. Temos que dar for-mação aos colaboradores, temos responsabilidades ambientais com resíduos, somos cobradores de impostos. E como lutamos contra oficinas de “vão de esca-da”, hipermercados que vendem óleos e baterias sem responsabi-

lidades?

ARAN – Desde quando é a Garagem Lopes associada da ARAN?

OS – Somos associados desde 1942.

ARAN – Qual o papel da ARAN na ajuda às empresas do sector e à Garagem Lopes em particular?

OS – A ARAN tem sido a “voz da revolta” do sector. Tem tido um papel fundamental na denúncia dos nossos problemas.

ARAN – Depois de um sé-culo de existência, a empre-sa vai manter-se mais 100 anos?

OS – Continuamos a traba-lhar para isso.

ARAN – Em relação à ge-

neralidade do mercado auto-móvel português, que análi-se faz do primeiro semestre de 2010?

OS – O crescimento nas vendas de automóveis é irreal. De facto, sendo 2009 um ano atípico, parece-nos que as com-parações devem ser feitas tendo em conta o ano de 2008. A re-cuperação dos ligeiros está ligada às compras das rent-a-car que, como se sabe, em 2009 não tive-ram expressão.

ARAN – O que pode acon-tecer até ao fim de 2010?

OS – Até ao final do ano pre-vemos uma diminuição de ven-das com o fim dos negócios de rent-a-car. A indústria irá tender para acompanhar a realidade económica do país, que, como se sabe, não é brilhante. Resta-nos sobreviver.

Octávio Soares, administrador-executivo, sublinha confiança do mercado na empresa

Garagem Lopes cumpre centenário

IIIsexta-feira, 23 Julho de 2010

Negócio automóvel

continua mal1. O negócio automóvel em Portugal

continua em mau estado e não há gran-des sinais de melhorias, não sendo de prever uma recuperação digna desse nome antes de 2013. Importa dar esta explicação, sobretudo depois das notícias vindas a público na comunicação social portuguesa ao longo das últimas sema-nas, uma relativa à descida dos preços dos automóveis nas Europa e outra sobre as vendas de automóveis no nosso país no primeiro semestre de 2010.

Em relação à primeira, há que subli-nhar que uma leitura menos atenta pode levar a uma percepção diferente do que é a realidade. É que o estudo refere-se ao valor líquido pago pelos clientes, ou seja, inclui, entre outros factores, os in-centivos à renovação de frotas dados por vários países e, no caso de Portugal, a baixa do IVA de 21 para 20% (entretan-to recuperada já neste mês). Tudo isso é equacionado no estudo. Ora, se os arti-gos não forem lidos e devidamente con-textualizados, podem ser tiradas ilações erradas.

No que se refere ao crescimento das vendas no nosso país no primeiro se-mestre, poderá, também aqui, haver alguma procura de espectacularidade e não conteúdo. Quando um mercado, qualquer que seja, como batem no fun-do, em 2009, é muito fácil haver me-lhorias. É importante comparar o que é comparável, pelo que o paralelo tem que ser feito, no mínimo, com 2008. E se o fizermos, concluímos que 2010 está abaixo de 2008. Contudo, não é isso que a comunicação social tem aventado.

Quem viu, ouviu ou leu notícias so-bre estes dois temas pode pensar que o sector está bem e recomenda-se, pois os automóveis baixam de preço e vendem-se cada vez mais. Provavelmente, alguns dos governantes, ao ouvirem essas notí-cias, perguntam-se porque é que têm de dar ouvidos à ARAN.

2. Foi publicada, em Diário da Repú-blica, no passado dia 7 de Julho, uma portaria que cria o incentivo de cinco mil euros à compra de veículos eléctricos. Segundo o diploma, vai deixar “progres-sivamente de se apoiar com recursos públicos a compra de automóveis con-vencionais”.

Embora na ARAN sejamos favoráveis a todas as tecnologias que promovam a eficiência ambiental, tememos que o Governo esteja a ter nesta lei uma for-ma de, progressivamente, diminuir os incentivos ao sector automóvel. Porque quantos automóveis eléctricos, a preços e com autonomia adequados ao utiliza-dor-médio português, se vão vender nos próximos anos?

Se a razão é a necessidade de auste-ridade orçamental, creio que seria prefe-rível – e como português eu entenderia essa posição – que o Governo apelasse às pessoas para moderarem o tipo de consumo, através dos incentivos.

Até porque, por exemplo, um modelo do segmento B tem as mesmas condi-ções de habitabilidade e tecnologia do que um do segmento C tinha há poucos anos. Isso acontece em todos os segmen-tos. De facto, os incentivos deveriam ser repensados pelo Governo, numa pers-pectiva nacional e não só na perspectiva do sector automóvel.

edItorIaL

António teixeirA LopesPresidente da direcção da ARAN

Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo AutomóvelDirector: António Teixeira Lopes Redacção: Aquiles Pinto, Bárbara Coutinho, Fátima Neto, João Lopes, Maria Manuel Lopes, Nelly Valkanova, Nuno Santos e Tânia Mota Arranjo Gráfico e Paginação: Célia César, Fernando Pinheiro, Flávia Leitão Propriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida Econó-mica Contactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 Porto Tel. 225 091 053 • Fax: 225 090 646 • [email protected] • www. aran.pt Periodicidade mensal Distribuição gratuita aos associados da ARAN

Ficha técnica

Octávio Soares refere que o segredo da longevidade da Garagem Lopes foi “não delapidar o nome e a imagem” conquistada ao longo dos anos.

A Garagem Lopes foi fun-dada em 1910, tendo ini-ciado a sua actividade como uma empresa de aluguer de veículos motorizados, que veio a tornar-se, no ano de 1924, o primeiro concessio-nário autorizado da Ford em Portugal. Em 1937, a empre-sa conta com um capital de 300 contos. Em 1959, sofre um novo impulso, passando para novas e maiores insta-lações. Em 1962, aumen-taram o capital para 1800 contos. Em 1993, o capital social foi aumentado para 90 mil contos.

A mudança dos stands de exposição para as actuais instalações representou o fi-nal de um ciclo iniciado nos finais dos anos 70. Ficou a empresa reunida debaixo do mesmo tecto, possibilitando uma melhor supervisão e co-ordenação dos trabalhos e, consequentemente, a oferta de serviços de melhor qua-lidade aos seus clientes. Em 2000, a Garagem Lopes foi adquirida pelo grupo SLN através da sua sub-holding para o sector automóvel.

de rent-a-car a concessIonárIo

Ford

A Garagem Lopes está a assinalar 100 anos de existência em 2010. O administrador-executivo da empresa, Octávio Soares, explica, em entrevista, que não é sobreviver no mercado automóvel actual e que o segredo para a longevidade da empresa é a confiança do mercado. “O “segredo” residiu em não delapidar o nome e a imagem que a Garagem Lopes foi conquistando ao longo dos anos. A família Lopes ganhou ao longo de quatro gerações um respeito e uma confiança dos clientes que o grupo SLN, quando comprou a empresa, em 2000, fez questão de manter”, explica aquele responsável pela empresa de Viseu, que representa a Ford desde 1924 e é associada da ARAN desde 1942.

À esquerda, as primeiras instalações da empresa. À direita, o actual espaço da Garagem Lopes.

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Em Junho

Vendas automóveis europeias caem pelo terceiro mês consecutivo

As vendas de automóveis tor-naram a registar uma quebra em Junho, na União Europeia, pelo terceiro mês consecutivo. Desta vez, a descida foi de 6,9%, com 1 341 092 unidades registadas. No primeiro semestre, as ven-das aumentaram apenas 0,2%, face a igual período do ano passado. Todavia, se se tomar como comparação o exercício de 2008, então o decréscimo foi superior a 10%, facto que está a preocupar os construtores e agentes de mercado.

Quanto ao mês de Junho, acentuou a tendência de baixa no mercado automóvel euro-peu. Com a agravante que a Alemanha (-32,3%), a Itália (-19,1%) e a França (-1,3%) foram os principais mercados a apresentarem os níveis de matri-culações mais baixos, de acordo com a Associação de Constru-tores Europeus Automóveis (ACEA). O Reino Unido (com mais 10,8%) e a Espanha (25,6%) atingiram as maiores taxas de crescimento. A queda mais acentuada verificou-se na Eslováquia (-40,6%), enquanto

o maior aumento teve lugar na Irlanda (75,8%).

Já em termos acumulados, fo-ram registados 7 285 487 veícu-los novos, mais 0,2% do que no ano anterior. Tendo em conta os principais mercados, apenas a Alemanha registou uma con-tracção (-28,7%), enquanto a Itália (2,9%), a França (5,4%), o Reino Unido (19,9%) e a Es-panha (39,5%) apresentaram crescimentos. A quebra mais acentuada teve lugar na Hun-gria (-43,8%), sendo que cou-be a Portugal (mais 57,7%) o crescimento mais significativo, durante os seis primeiros meses do ano.

Da análise destes números pode-se concluir que se come-çam a fazer sentir cada vez mais os efeitos do levantamento dos apoios estatais à aquisição de veículos novos. O facto de se tratar do terceiro mês consecu-tivo de descida é revelador que a tendência de descida já é uma realidade. Espera-se agora que a recuperação económica se torne efectiva, de modo a aumentar a confiança dos consumidores.

Marca cresce em 13 países, incluindo Portugal

Chevrolet aumenta quota no mercado europeu A Chevrolet Europa comercia-

lizou 232 417 automóveis entre Janeiro e Junho de 2010, um

acréscimo de 8%, ou 16 410 uni-dades, face ao período homólogo do ano passado, em que a marca

da General Motors vendeu 216 016 unidades. A quota da marca no mercado europeu cresceu 0,14 pontos percentuais, para 2,4%, em resultado dos aumentos veri-ficados em 13 países europeus.

A Chevrolet obteve um de-sempenho especialmente posi-tivo em vários países do Sul da Europa, nomeadamente em Por-tugal, Espanha, França, Grécia e Turquia. na Dinamarca, Suécia, Suíça e Bélgica registaram-se também aumentos de vendas na casa dos dois ou três dígitos. Na Rússia, onde o mercado co-meça lentamente a recuperar, a Chevrolet manteve a sua posição como primeira marca estrangei-ra, com uma quota de mercado estabilizada nos 6,5%.

Com a nova proposta para o segmento A, o Spark, a Chevrolet conseguiu aumentar a sua quota de 5,7 para 7%, não obstante o

ligeiro declínio das vendas deste segmento na Europa. A Chevro-let é agora a quarta marca em termos de ranking do segmento, com vendas que atingiram 50 127 unidades. Também o Cru-ze manteve o bom desempenho, continuando em diversos países na primeira posição do segmen-to compacto de quatro portas, de que é exemplo em Portugal e em Espanha.

O presidente da Chevrolet Eu-ropa, Wayne Brannon, referiu que “cada vez mais” os clientes do continente conhecem a gama da marca, que, segundo aquele responsável, “combina um de-sign muito atractivo com preço justo”. “Em 2011, iremos lançar sete novos modelos e num futu-ro muito próximo passaremos a cobrir mais de metade dos seg-mentos de mercado existentes na Europa”, adianta Brannon.

Crescimento de 87,5% em Portugal

Em Portugal, a Chevrolet cres-ceu 87,5% face ao primeiro se-mestre de 2009, com um total de 3070 veículos comercializados até final de Junho, o que lhe permitiu atingir uma quota de 2,66% dos automóveis ligeiros de passageiros (mais 0,42 pontos percentuais).

A exemplo do resto da Europa, para este crescimento contribuiu o Spark. Entre Fevereiro, mês em que chegou ao nosso mercado, e Junho vendeu 979 unidades. O Cruze foi outro factor para o crescimento. O modelo lidera o subsegmento, com 743 unidades vendidas no primeiro semestre. A marca realça ainda no merca-do nacional o Captiva e o Aveo, este último “sustentado de forma significativa” pela versão Bi-Fuel (gasolina e GPL).

Rede Alfa abre nova loja em CorroiosA Rede Alfa volta a alargar o número de lojas, sendo já

10 o total de espaços. A décima loja Rede Alfa está situ-ada em Corroios – no parque industrial de Santa Marta do Pinhal – e pertence ao parceiro da Rede José Cotrim Reis, Lda.

Aberta desde o dia 1 de Julho, esta loja é uma aposta no desenvolvimento da margem sul e nas oficinas a laborar na zona. José Cotrim Reis, gerente e proprietário da empre-sa, afirma: “Ao abrirmos esta loja temos como principal objectivo uma presença mais efectiva na margem sul, um mercado que, apesar da crise, se tem mostrado atractivo e esperamos que, após a recuperação económica do país, de-

monstre o seu verdadeiro potencial ao nível da repintura”.Em tudo igual às outras duas lojas do parceiro José Co-

trim Reis, Lda., a loja de Corroios conta com um espaço de atendimento ao público e com um armazém de apoio, tendo de momento uma consultora comercial afecta ao balcão.

Após a visita às novas instalações da José Cotrim Reis, Lda., Luís Santos, administrador da Impoeste e mentor da Rede Alfa, afirma: “Estamos muito entusiasmados com a expansão da Rede Alfa, significa que os esforços feitos es-tão a dar os seus frutos, e esperamos sinceramente o maior sucesso para a nova loja, nós tudo faremos nesse sentido”.

sexta-feira, 23 Julho de 2010IV

A Rede Alfa já tem 10 lojas.

O Spark (na fotoa) e o Cruze impulsionaram as vendas da marca.

Países Janeiro – Junho 2010

Janeiro – Junho2009

Variação %2010-2009

Áustria 166 675 166 016 2,2Bélgica 320 2003 273 205 17,2Bulgária 7 299 12 852 -43,2República Checa 89 026 79 228 12,4Dinamarca 72 711 54 782 32,7Estónia 3 896 5 036 -22,6Finlândia 62 444 62 088 19,9França 1 212 436 1 149 981 5,4Alemanha 1 468 791 2 059 405 -28,7Grécia 98 531 113 950 -13,5Hungria 22 355 39 778 -43,8Irlanda 87 846 46 715 45,2Itália 1 163 602 1 130 734 2,9Letónia 2 048 2 468 -17Lituânia 3 277 3 844 -15,6Luxemburgo 29 677 26 472 12,1Holanda 270 503 221 202 22,3Polónia 158 258 168 840 -6,3Portugal 115 258 73 100 57,7Roménia 36 636 62 657 -41,5Eslováquia 27 710 41 298 -32,9Eslovénia 32 403 29 446 10Espanha 604 161 433 073 39,5Suécia 138 079 102 794 34,3Reino Unido 1 108 662 924 955 19,9UE 7 285 487 7 273 959 0,2Fonte: ACEA

Portugal Com maIor CresCImento na unIão euroPeIa

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Vendas da marca cresceram 68,7% no primeiro semestre

Peugeot subiu ao segundo lugar do ranking nacional de ligeirosA Peugeot foi a segunda marca mais ven-

dida no ranking nacional de automóveis ligeiros (passageiros e comerciais) no primeiro semestre do ano, com 11 819 viaturas vendidas, uma subida de 68,7%, superior aos 51,3% do mercado. A marca francesa, que no semestre anterior tinha sido a terceira marca mais vendida, fechou os primeiros seis meses de 2010 com uma quota acumulada de 8,6%.

O mercado de ligeiros de passageiros, o mais representativo, com 9332 unidades vendidas, foi também o mais dinâmico para a marca, com o volume de vendas a

aumentar 92,3% face ao primeiro semestre de 2009, bastante acima da globalidade do mercado, que subiu 57,7%.

Os maiores contribuintes para esta performance da Peugeot Portugal foram o “crossover” 3008 e o monovolume do segmento C 5008. Este último foi lança-do em Janeiro e assumiu logo, segundo a marca, a liderança do segmento, posição que mantém desde então, com uma quo-ta de mercado a rondar os 21,5% e 776 automóveis vendidos no semestre. Já o 3008, lançado em Maio do ano passado, conseguiu na primeira metade do ano um

volume de vendas de 1155 unidades, o que lhe permitiu consolidar-se como o segundo ‘crossover’ mais vendido no país (atrás do Nissan Qashqai), com uma quo-ta de mercado de 23% no segmento.

A estes dois modelos de conquista há que acrescentar o 206+, que neste semestre vendeu 1098 unidades. Realce ainda para o 207 e o 308 que aumentaram as vendas em 77% e 29%, respectivamente no mes-mo período. Assim, nos segmentos com maior peso no mercado nacional, a gama 207 totalizou 3383 unidades comercializa-das (representa 36,3% do “mix” Peugeot),

enquanto que o 308 ascendeu às 2100 uni-dades (22,5% do “mix”).

Relativamente aos comerciais ligeiros, a Peugeot consolidou a terceira posição no mercado, com uma quota de 11,3%, cor-respondente a 2 487 veículos comerciais vendidos no semestre. Esta performance equivale ao aumento de 15,5% nas ven-das.

Neste capítulo, o maior destaque vai para o furgão Partner, cujo volume de ven-das cresceu 28% para 1071 matrículas. O modelo continua no “top” três dos peque-nos furgões em Portugal.

Vsexta-feira, 23 Julho de 2010

Junho foi um mês de excepção

Antecipação do IVA faz disparar vendas de ligeiros de passageirosAs vendas de ligeiros de passageiros re-

gistaram um crescimento de 62,5%, em Junho, face a igual período do

ano passado, para 26 029 unidades coloca-das. Apesar deste aumento, os operadores de mercado continuam preocupados e não esperam melhorias nos próximos meses. O aumento não pode ser comparado com o exercício passado, um dos piores de sempre da indústria automóvel. Se se tomar como comparação o ano de 2008, então a reali-dade é muito diferente.

O forte aumento de Junho ter-se-á, em parte, ficado a dever-se à antecipação do agravamento da taxa de IVA. Os veículos automóveis passaram a ficar mais caros. As preocupações do sector tendem a acentu-ar-se nos próximos tempos. É possível que se mantenham taxas de crescimento ele-

vadas, relativamente ao ano passado, mas não serão suficientes para introduzirem alguma calma. Portugal continua a de-frontar-se com uma carga fiscal excessiva e com as recentes alterações fiscais haverá dificuldades acrescidas para os consumi-dores. Como tal, o pessimismo continua a prevalecer neste sector de actividade eco-nómica.

Por marcas e em termos acumulados, a Renault reforçou a sua quota de mercado em três pontos percentuais, para 13,2%, perto de cinco pontos à frente da VW, que se posiciona na segunda posição do ranking das dez marcas mais vendidas. Todavia, é curioso verificar que a Opel e a Peugeot (ver texto à parte relativo à marca do leão) aceleraram muito as suas vendas em Junho, em valor muito superior ao da Renault. A Peugeot está a aproximar-se

rapidamente da VW, o mesmo sucedendo com a Opel. Todas as principais marcas tiveram variações positivas nos seis pri-meiros meses.

Como já é normal nestas situações, as marcas de topo de gama têm motivos para estarem satisfeitas. A título de exemplo, no primeiro semestre, a Jaguar aumentou as vendas em quase 60%, para 156 uni-dades, enquanto a Porsche cresceu 52%, para 192 veículos matriculados. Também a Mercedes continua a revelar um bom de-sempenho, com um crescimento de quase 40%, o equivalente a 4 643 unidades, no período em análise. Diferente é a situação da Ferrari, agora a registar uma quebra, o que também se entende pelo facto de ser um automóvel para um público mui-to restrito. Já a Lamborghini duplicou as vendas, para quatro veículos.

A primeira metade de 2010 foi o melhor semestre de vendas da história da Peugeot a nível mundial. No ano em que celebra o bicentenário, a marca francesa vendeu de Janeiro a Junho 1,093 milhões de unidades, mais 16,7% do que no período homólogo de 2009 e acima dos 13% do crescimento do mercado automóvel mundial.

Graças a esta excelente performance, a Peugeot consolida a sua posição de primeira marca automóvel francesa no mundo, com uma quota de mercado mundial de 3,1%. A Peugeot registou uma franca progressão das suas vendas na Europa dos 30 (mais 15,7%) pelo quarto semestre consecutivo. Na Europa dos 30 (passageiros e comerciais ligeiros), a quota de mercado aumenta 0,6 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre de 2009, atingindo 7,8%.

A parte das vendas realizadas fora da Europa atingiu 42%, uma subida de um ponto relativamente a igual período do ano passado e de três pontos face ao exercício comple-to de 2009. As vendas cresceram nos mercados prioritários, 10,3% na América Latina e 32,7% na China. Em contrapartida, as vendas na Rússia, apesar de terem descido no primeiro trimestre num mercado em forte queda, voltaram a subir no segundo trimestre (mais 40,6%).

Marca teVe o Melhor seMestre de seMpre a níVel Mundial

MarcasUnidades Variação % no mercado

2010 2009 % 2010 2009

Renault 15 249 7 695 98,2 13,2 10,5

VW 9 688 6 529 48,4 8,4 8,9

Peugeot 9 332 4 853 92,3 8,1 8,6

Opel 8 273 4 210 96,5 7,2 5,8

Ford 8 233 6 172 33,4 7,1 8,4

Seat 6 673 4 236 57,5 5,8 6,5

Citroen 6 591 4 768 38,2 5,7 6,5

Fiat 5 912 3 959 49,3 5,1 5,4

Toyota 5 838 3 956 47,6 5 5,4

BMW 5 003 3 702 35,1 4,3 5

Fonte: ACAP

renault reforça posição de liderança (Janeiro a Junho)

Por marcas e em termos acumulados, a Renault (na foto, o Mégane) reforçou a sua quota de mercado em três pontos percentuais, para 13,2%.

O 5008 liderou o segmento, com 776 automóveis vendidos no semestre.

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sexta-feira, 23 Julho de 2010VI

Mazda cumpre 90º aniversário este ano

Tecnologia sobre rodas

A Mazda Motor Corporation celebra este ano o seu 90º Aniversário e destaca as tecnologias que inventou. Desde o motor rotativo ao hidrogénio, passando pelas novas tec-nologias stop/start, até à procura pela diminuição de peso, foram várias as áreas em que a marca japonesa se destacou ao longo de quase um século de existência.

Aquela que a Mazda qualifica como uma cultura “basea-da na engenharia de inovação” é uma característica que os media e os clientes têm recompensado ao longo dos anos. Desde 1955, a Mazda ganhou um total de 1131 prémios, com mais de metade deles atribuídos nos últimos oito anos, ou seja, desde a introdução da gama Zoom-Zoom em 2002. Destaque para o facto de, desde 2002, mais de um terço desses prémios (249) serem de primeiro ou se-gundo lugar nos concursos de Carro do Ano, por todo o mundo.

Motor rotativo em realce

Comecemos, justamente, pelo motor rotativo. Nada po-dia ser mais verdadeiro que o alemão Felix Wankel ou Keni-chi Yamamoto da Mazda. Wankel, que nunca tirou a carta de condução nem foi para universidade, sonhou construir um motor alternativo com uma câmara de combustão plana com um fino disco a rodar no seu interior. Kenichi Yamamoto, da Mazda, ficou tão impressionado com esse conceito que a empresa comprou a sua patente em 1961. O primeiro motor Wankel que chegou a Hiroshima, no entanto, vibrava tanto que arranhou as paredes internas da câmara do rotor, uma fraqueza que Yamamoto-San e os seus engenheiros aperfeiçoaram com melhores vedantes e tecnologias de lubrificação. Na sua primeira versão de pro-dução (montado no Cosmo Sport de 1967), o motor de duplo rotor da Mazda tinha caixas toroidais com rotores de forma triangular num eixo centrado. O espaço entre a borda do rotor e as paredes do bloco foi utilizado para a admissão, ignição/compressão e escape. O motor era suave e muito rotativo porque a pressão produzida girava direc-tamente o eixo e não precisava de ser convertido num mo-vimento giratório por bielas como num motor de pistões. Esta tecnologia acabaria por se tornar no propulsor de quase 2 milhões de veículos Mazda, incluindo vencedores no Mundial de Ralis, o Mazda 787B que venceu Le Mans em 1991 e o actual motor rotativo RENESIS do RX-8.

Quase 30 anos depois de ter comprado a patente de Fe-lix Wankel, a Mazda teve um novo patamar de desenvolvi-mento. É que quando, em 1990, os engenheiros da Ma-zda tentaram utilizar pela primeira vez o hidrogénio como combustível num motor rotativo, tiveram uma agradável surpresa. Neste combustível, a tecnologia de pistões rotati-

vos da Mazda tem várias vantagens em relação aos motores de pistões convencionais. A mistura hidrogénio/ar é mais completa porque a mistura é mais forte e o processo de admissão é maior. O excesso de combustão também não é um problema, porque a câmara de entrada do motor ro-tativo está separada da câmara de combustão e mantém-se mais frias, e não existem válvulas de admissão e de esca-pe para aquecer. Ao longo dos últimos 20 anos, a Mazda desenvolveu o motor rotativo a hidrogénio até ao estado de produção e está a ser actualmente, comercializado no Japão e na Europa nos modelos RX-8 Hydrogen RE e Ma-zda5 Hydrogen RE Hybrid.

A tecnologia do presente, a “olhar” para o futuro

Outra tecnologia importante para a Mazda é muito re-cente. Referimo-nos ao motor 2.0 DIDI a gasolina com o sistema stop/start i-Stop. A nova geração do monovolume 5, que vai chegar depois do Verão, já vai disponibilizar o conjunto. Os técnicos da marca japonesa sabiam que se conseguissem parar um motor térmico deixando os pistões entre os ciclos de compressão e expansão na posição correc-ta, conseguiriam voltar a colocá-lo em funcionamento ape-nas com a ajuda da ignição. Mas, para o fazer, o combustível teria de ser injectado directamente na câmara de combustão. Foi assim que nasceu a tecnologia de injecção directa Mazda e o i-Stop, um sistema de paragem e arranque do motor, que desliga o motor ao ralenti (poupando combustível) e posiciona os pistões de forma ideal usando um avançado sistema de controlo do motor. Quando o condutor pressio-na novamente o pedal de embraiagem, a gasolina é injectada directamente na câmara correcta e o motor reinicia-se sem problemas em apenas 0,35 segundos, cerca de duas vezes mais rápido que os sistemas convencionais.

Também do presente são o catalisador Mazda de nano-tecnologia e um novo filtro de partículas para motores die-

sel (DPF), ambos já utilizados na actual gama da marca. Os metais preciosos são incorporados na superfície cerâ-mica do catalisador e estes reagem com os gases de exaus-tão para catalisar as suas toxinas. A altas temperaturas, as moléculas dos metais preciosos podem aglutinar-se, o que reduz a sua capacidade de limpar os gases de escape. Para compensar, devem ser utilizadas grandes quantidades de metais preciosos. Há alguns anos, os engenheiros da Ma-zda usaram nanotecnologia única com sucesso, embutindo as partículas de metais preciosos individualmente numa base de cerâmica para que estas não se juntem. São neces-sários menos 70% de metais preciosos para fazer o novo catalisador da Mazda e não há nenhuma quebra no seu desempenho. Para os seus motores diesel, a Mazda criou um DPF com uma estrutura base de cerâmica que permite que as moléculas de oxigénio embutidas se libertem para queimar as partículas do gasóleo. Isso melhora a eficiência do DPF, requer menos combustível e reduz a frequência de regeneração do filtro.

A actual estratégia da Mazda, tal como a de toda a indús-tria automóvel, passa por reduzir o peso dos seus modelos para, assim, baixar consumos e emissões. Para reduzir a componente do peso, os engenheiros precisaram de simu-lar como seria a reacção sobre stress a este factor, tendo a Mazda criado um novo software de computador para isso. Foi desenvolvida uma nova tecnologia de ferramentas para adicionar novos pontos de solda em novos locais da carro-çaria. Foram desenvolvidos com avançadas tecnologias de fundição novos aços de grande tensão para tornar a carro-çaria e a suspensão mais forte e mais leve. Os engenheiros introduziram ímanes de neodímio ainda mais leves para os altifalantes. Ao voltar ao básico, a Mazda afirma ter-se tornado num dos primeiros construtores a produzir uma nova geração de automóveis, todos eles mais leves, fortes e mais eficientes em consumos e mais amigos do ambiente do que os seus antecessores.

A Mazda Motor de Portugal juntou cerca de quatrocentas pessoas para festejar os 90 anos da marca. O even-to, realizado no fim de Junho, em Muge, reuniu a equipa da filial portu-guesa da marca e as equipas da rede de concessionários.

A iniciativa teve como base nove actividades – alusivas a outros tan-tos momentos marcantes na história do construtor - em que cada uma das equipas, formadas por elementos das concessões, foi pontuada. A entrega de cada dos participantes a cada um dos jogos e animação criada em tor-no das actividades fizeram com que este fosse um verdadeiro dia de fes-ta, onde não faltaram competições de matraquilhos e ténis de mesa e ainda – como não podia deixar de ser – co-drives nas Mazda BT-50 do Desafio ELF/Mazda.

ConCessIonárIos porTugueses

já fesTejArAM AnIVersárIo

Em ano de 90º aniversário, a filial portu-guesa da Mazda está a festejar a data com o lançamento de uma série especial do 2. Uma lista de equipamento mais recheada sublinha

o espírito “zoom-zoom” da marca japonesa.Com motor 1.3 a gasolina com 75 cv, aco-

plado a uma caixa de cinco velocidades, o Ma-zda 2 90th Anniversary é proposto por 15 084

euros. Em termos de equipamento, o modelo tem jantes de liga leve de 16 polegadas (com pneus 195/45), faróis de nevoeiro, spoiler no tejadilho e puxadores das portas na cor da car-

roçaria, e espelhos exteriores na cor da carroçaria e rebatíveis elec-tricamente. Esta versão está dis-ponível em três cores: Alumínio, Pérola e Preto Metalizado.

No habitáculo, o Mazda2 “90th Anniversary” oferece volante re-vestido a pele com aplicação cromada, computador de bordo, alavanca da caixa de velocidades em pele com aplicação cromada, mostradores com iluminação ac-tiva, vidros eléctricos à frente e atrás (automático para o condu-tor), fecho central de portas com comando, ar condicionado manu-al, auto-rádio com leitor de CD e

MP3 e entrada auxiliar de áudio para leitores de MP3, controlos do rádio no volante, airba-gs frontais, laterais e de cortina e puxadores das portas em alumínio escovado.

edIção espeCIAl porTuguesA do MAzdA 2 AssInAlA 90 Anos

O Mazda 3 conquistou o primeiro lugar no segmento C no mais recen-te estudo de satisfação do cliente da consultora JD Power. No maior es-tudo feito ao mercado automóvel da Alemanha, o modelo japonês obteve 85,6% em termos de satisfação dos proprietários. A satisfação do cliente entre os proprietários de automóveis na Alemanha foi calculada segundo as respostas dadas em quatro cate-gorias de perguntas: qualidade/con-fiança, sedução do veículo, manu-tenção e custos de utilização. Todas as categorias têm o mesmo peso e juntas formam o coeficiente de sa-tisfação do cliente JD Power.

Na tabela que reflecte a satisfação do cliente a nível individual das mar-cas de automóveis, a Mazda obteve uma media de 83,1%. Isto traduz-se no quarto lugar numa lista de 25 marcas, superando a média global de 81,3 %.

jd power dIsTIngue MAzdA 3

Ao longo dos 90 anos de existência da Mazda, que se assinalam em 2010, foram várias as tecnologias desenvolvidas pela marca japonesa. Destaque, entre outras, para o motor rotativo.

O motor rotativo é uma das grandes inovações da Mazda. No Japão a marca já comercializa versões a hidrogénio do motor.

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VIIsexta-feira, 23 Julho de 2010

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Economia, da inovação E dEsEnvolvimEnto

• Decreto-Lei n.º 66/2010 de 11 de Ju-nhoEstabelece o procedimento aplicável à extin-ção das tarifas reguladas de venda de gás na-tural a clientes finais, com consumos anuais superiores a 10 000 m3, e procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 30/2006, de 15 de Fevereiro, e à segunda alteração ao Decre-to-Lei n.º 140/2006, de 26 de Julho

• Portaria n.º 312-A/2010 de 11 de Ju-nhoEstabelece as regras de formação dos preços dos medicamentos, da sua alteração e ainda da sua revisão anual

transportEs E comunicaçõEs

• Portaria n.º 314-A/2010 14 de JunhoEstabelece os termos e as condições a que obedece o tratamento das bases de dados ob-tidos mediante a identificação ou a detecção electrónica de veículos através do dispositivo electrónico de matrícula

• Decreto-Lei n.º 67-A/2010 de 14 de JunhoProcede à identificação dos lanços e dos su-blanços de auto-estrada isentos e dos que fi-cam sujeitos ao regime de cobrança de taxas de portagem aos utilizadores e fixa a data a partir da qual se inicia a cobrança das refe-ridas taxas

• Portaria n.º 314-B/2010 de 14 de Ju-nhoDefine o modo de utilização do dispositivo electrónico de matrícula para efeitos de co-brança electrónica de portagens

• Decreto-Lei n.º 86-A/2010 de 15 de JulhoAprova o Regulamento Relativo a Determina-dos Elementos e Características dos Veículos a Motor de Duas e Três Rodas, transpõe a Directiva n.º 2009/108/CE, da Comissão, de

17 de Agosto, e revoga o Decreto-Lei n.º 267-B/2000, de 20 de Outubro

Finanças

• Lei n.º 11/2010 de 15 de JunhoIntroduz uma nova taxa de IRS (no valor de 45 %) para sujeitos passivos ou agregados familiares que obtenham rendimentos anuais superiores a (euro) 150 000

• Decreto-Lei n.º 71/2010 18 de JunhoAprova o regime jurídico dos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários sob a forma societária e dos fundos de inves-timento imobiliário sob a forma societária

• Decreto-Lei n.º 72-A/2010 de 18 de JunhoEstabelece as normas de execução do Orça-mento do Estado para 2010

• Decreto-Lei n.º 73/2010 de 21 de Ju-nhoNo uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 130.º da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril, aprova o Código dos Impostos Es-peciais de Consumo, transpondo a Directiva n.º 2008/118/CE, do Conselho, de 16 de De-zembro

• Portaria n.º 363/2010 23 de JunhoRegulamenta a certificação prévia dos pro-gramas informáticos de facturação do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas

• Lei n.º 12-A/2010 de 30 de JunhoAprova um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que visam refor-çar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pública previstos no Programa de Estabilidade e Cres-cimento (PEC)

• Portaria n.º 467/2010 de 07 de JulhoDefine o custo de aquisição ou o valor de re-avaliação das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas

• Portaria n.º 468/2010 de 07 de JulhoEstabelece os termos em que são concedidos os incentivos financeiros à aquisição de veícu-los novos exclusivamente eléctricos previstos no artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 39/2010, de 26 de Abril

trabalho E solidariEdadE social

• Decreto-Lei n.º 70/2010 de 16 de Ju-nhoEstabelece as regras para a determinação da condição de recursos a ter em conta na atribuição e manutenção das prestações do subsistema de protecção familiar e do sub-sistema de solidariedade, bem como para a atribuição de outros apoios sociais públicos, e procede às alterações na atribuição do ren-dimento social de inserção, tomando medidas para aumentar a possibilidade de inserção dos seus beneficiários, procedendo à primeira al-teração ao Decreto-Lei n.º 164/99, de 13 de Maio, à segunda alteração à Lei n.º 13/2003, de 21 de Maio, à quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 176/2003, de 2 de Agosto, à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 283/2003, de 8 de Novembro, e à primeira alteração ao De-creto-Lei n.º 91/2009, de 9 de Abril

• Decreto-Lei n.º 72/2010 de 18 de Ju-nhoEstabelece medidas para reforçar a empre-gabilidade dos beneficiários de prestações de desemprego e o combate à fraude, pro-cedendo à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de Novembro, e à quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 124/84, de 18 de Abril

• Decreto-Lei n.º 77/2010 de 24 de Ju-nhoRegula a eliminação de vários regimes tem-porários, no âmbito da concretização de me-didas adicionais do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 2010-2013

• Resolução da Assembleia Legislati-va da Região Autónoma dos Açores n.º 9/2010/A de 08 de JulhoResolve criar a comissão eventual para anali-

sar a aplicação do rendimento social de inser-ção nos Açores

• Resolução da Assembleia da Repú-blica n.º 64/2010 de 09 de JulhoIniciativas Emprego 2009 e 2010

• Portaria n.º 492/2010 de 13 de JulhoDetermina a extensão das alterações do con-trato colectivo entre a ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e a FECTRANS - Federa-ção dos Sindicatos de Transportes Rodoviá-rios e Comunicações

• Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 7/2010 de 09 de JulhoA retribuição mensal prevista no n.º 7 da cláu-sula 74.ª do contrato colectivo de trabalho celebrado entre a ANTRAM - Associação Na-cional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias e a FESTRU - Federação dos Sin-dicatos de Transportes Rodoviários Urbanos, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 9, de 8 de Março de 1980, e no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 16, de 29 de Abril de 1982, tendo como base mínima de cálculo o valor equivalente a duas horas extraordinárias, é devida em relação a todos os dias do mês do calendário

administração intErna E da Justiça

• Portaria n.º 500/2010 de 15 de JulhoAutoriza os serviços do Instituto dos Regis-tos e do Notariado nas lojas do cidadão onde não se encontre representado o governo civil competente em razão do território a receber requerimentos tendentes à concessão do pas-saporte electrónico português e a proceder à recolha dos dados pessoais dos respectivos requerentes

luto nacional

• Decreto n.º 10-A/2010 de 21 de Ju-nho Declara luto nacional pelo falecimento de José Saramago

S íntese Legislativa

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Através do Decreto-Lei n.º 39/2010, de 26 de Abril, procurou o Governo criar condições para atingir três objectivos cen-trais no âmbito da sua política de mobili-dade eléctrica: 1) incentivar a aquisição e utilização de veículos eléctricos; 2) garantir que o carregamento de baterias de veículos eléctricos se realiza através de uma rede de carregamento integrada, de forma cómoda e eficaz, e 3) consagrar um regime de uni-versalidade e equidade no acesso aos servi-ços de mobilidade eléctrica. De molde a incentivar o cumprimento do primeiro da-queles objectivos, criou esse decreto-lei dois subsídios à aquisição de veículos exclusiva-mente eléctricos: um no valor de J 5000, respeitante à aquisição, por particulares, de veículos automóveis eléctricos novos, e ou-tro, com aquele acumulável, no valor de J 1500, no caso de haver simultaneamente abate de veículo automóvel de combustão interna.

Ora, aquele Decreto-Lei citado, reme-teu para portaria a operacionalização de tais incentivos, vindo agora a Portaria n.º 468/2010, de 07 de Julho, proceder em conformidade.

Assim, a portaria referida, no artigo 1º, estabelece os termos em que são concedidos os incentivos financeiros à aquisição de veí-culos novos exclusivamente eléctricos.

Os incentivos financeiros previstos são concedidos exclusivamente na aquisição dos veículos novos exclusivamente eléctri-cos comercializados no território nacional que, cumulativamente:

Constem da lista de elegibilidade técnica e que:

a) Tenham um preço de venda ao públi-co, incluindo as respectivas baterias, inferior a J 50 000, incluindo impostos;

b) Sejam adquiridos para uso não comer-cial e por pessoa singular, considerando -se também como tal os adquiridos a crédito com reserva de propriedade, em locação financeira e em aluguer de longa duração, desde que nestes dois últimos casos os res-pectivos contratos tenham uma duração superior a um ano e neles conste a opção de compra dos veículos.

A lista de elegibilidade técnica das viatu-ras, é elaborada e mantida permanentemen-te actualizada pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P. (IMTT, I. P.), e dela constam os modelos de veículos homologados exclusivamente eléctricos co-mercializados no território nacional que, cumulativamente:

a) Sejam da categoria M1 (veículos con-cebidos para o transporte de passageiros com oito lugares sentados no máximo, para além do lugar do condutor);

b) Sejam de propulsão exclusivamente eléctrica e abastecidos exclusivamente de forma exterior por energia eléctrica;

c) Disponham de baterias com uma auto-nomia total mínima de 120 km, de acordo com a indicação fornecida pelo respectivo fabricante, em complemento à homolo-gação do veículo, devidamente certificada de acordo com o Regulamento n.º 101 da UNECE ou por método equivalente.

A citada lista de elegibilidade técnica, está permanentemente disponível para consulta do público através dos sítios na Internet da Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC), da Mobi.E – Mobilidade Eléc-trica (Mobi.E), e do IMTT, I. P. (respecti-vamente, http://www.dgaiec.min -financas.pt/pt, http://www.mobi -e.pt e http://www.imtt.pt).

Relevante ainda o facto de a concessão de incentivos ser limitada a um veículo por pessoa singular, bem como o facto de os incentivos não poderem ser concedidos quando o adquirente do veículo tenha dei-xado de efectuar o pagamento de qualquer imposto sobre o rendimento, a despesa ou o património ou das contribuições relativas ao sistema da segurança social.

A concessão dos incentivos é requerida à Direcção Geral das Alfândegas e dos Im-

postos Especiais sobre o Consumo, atra-vés do operador registado ou do operador reconhecido responsável pela venda do veículo.

A presente portaria estabelece ainda uma penalização, para os casos em que o adqui-rente do veículo a quem foi concedido o incentivo assuma um dos seguintes com-portamentos, que se passam a citar, situação em que fica constituído no dever de repor integral, imediata e incondicionalmente o incentivo:

1) Se, posteriormente, se verificar que não estavam reunidos no momento da sua atribuição todos os requisitos legais e regu-lamentares para o efeito respeitantes ao veí-culo ou ao adquirente;

2) Se nos dois anos subsequentes à sua concessão o veículo for objecto de uso co-mercial ou utilizado em benefício de uma pessoa colectiva;

3) Se nos dois anos subsequentes à sua concessão o veículo for vendido a uma pes-soa singular que lhe dê um uso comercial ou a uma pessoa colectiva;

4) Se o veículo, por força de modificações na sua concepção ou construção, deixar de satisfazer os requisitos supra mencionados.

Todas estas consequências, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal em que possa incorrer.

Operacionalização da concessão dos benefícios fiscais para a concessão de viaturas eléctricas

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sexta-feira, ��� ������ �e ������� ������ �e ����VIII

Tanto o senhorio como o arren-datário estão obrigados a cumprir todas as cláusulas previstas no con-trato de arrendamento celebrado entre as partes, assim como as regras impostas pelo Novo Regime do Ar-rendamento Urbano.

Estabelece o novo regime do ar-rendamento urbano que são obriga-ções do senhorio:

• Entregar ao locatário a coisa lo-cada – a entrega do imóvel pode ser material ou simbólica, sendo esta última a mais comum, com a entre-ga das chaves.

• Assegurar lhe o gozo desta para os fins a que a coisa se destina, pois o principal direito do arrendatário é o gozo do imóvel arrendado.

Quanto ao arrendatária tem como obrigação:

• Pagar a renda ou aluguer;• Facultar ao locador o exame da

coisa locada, esta obrigação destina-se a permitir ao senhorio controlar o bom estado do imóvel e eventualmen-te suprir deficiências ou exigir respon-sabilidades pelos danos causados.

• Não aplicar a coisa a fim diver-so daquele a que se destina, sendo permitido ao locatário usar o imóvel arrendado para quaisquer fins lícitos e dentro da função normal da coisa de igual natureza, salvo estipulação contratual.

• Não fazer dela uma utilização

imprudente, cabe ao arrendatário um dever de manutenção do imóvel no mesmo estado em que foi rece-bido, uma vez que o arrendamento não deve implicar para o senhorio qualquer deterioração do mesmo.

• Tolerar as reparações urgentes, bem como quaisquer obras ordena-das por autoridade pública;

• Não proporcionar a outrem o gozo total ou parcial da coisa por meio de cessão onerosa ou gratuita da sua posição jurídica, soblocação ou comodato, excepto se a lei o per-mitir ou o locador o autorizar; É vedado ao arrendatário proceder a transmissão do gozo da coisa a ou-trem.

• Comunicar ao locador, dentro de 15 dias, a cedência do gozo da coisa por algum dos referido títulos, quando permitida ou autorizada;

• Avisar imediatamente o locador, sempre que tenha conhecimento de vícios na coisa, ou saiba que a ame-aça algum perigo ou que terceiros se arrogam direitos em relação a ela, desde que o facto seja ignorado pelo locador; Assim, existe um dever de custódia mínimo da coisa, concre-tizado na imposição de um aviso ao senhorio, sempre que o arrendatário venha a ter conhecimento dos riscos no imóvel.

• Restituir a coisa locada findo o contrato.

Obrigações do senhorio e do arrendatário

Iniciativas desenvolvidas pela aRan

Ao longo do mês de Junho e início do mês de Julho, a Aran desenvolveu e irá desenvolver várias iniciativas em benefício dos associados.

OficinasA ARAN continua a insistir, junto

do Instituto de Seguros de Portugal, solicitando esclarecimentos sobre o comportamento e conduta, no nosso entender “abusivo”, da parte de algu-mas companhias de seguros.

Além disso, na sequência da cele-bração dos protocolos de cooperação com o Grupo Caixa Seguros e com a Tranquilidade, a ARAN tem vindo a colocar algumas situações de conflito a estas últimas companhias, sendo que, em boa parte dos casos, os problemas têm sido desbloqueados.

RebocadoresA ARAN voltou a insistir, junto das

entidades competentes, por uma solu-ção, que é urgente e emergente, e que respeita ao enquadramento legal dos tempos de condução e repouso, visto que, há já dois anos que o assunto se encontra pendente, e sem a atenção que merece e lhe deveria ser devida.

Desde logo, a ARAN não entende

o entendimento da inspecção do “tra-balho”, ou seja, da ACT, porquanto, esta advoga a necessidade de os con-dutores dos veículos pronto-socorro circularem, em certas circunstâncias, utilizando o aparelho de controlo e ainda o livrete individual de controlo, entendendo que o tacógrafo não subs-titui o livrete.

Desta forma, e ainda por outros motivos, entende a ARAN serem es-senciais alterações legislativas, nomea-damente ao Decreto-Lei nº 237/2007 e à Portaria nº 983/2007, de 27 de Agosto, pois a actividade de assistên-cia rodoviária, necessita de uma rápida resposta.

CarroçariasA ARAN diligenciou, junto das au-

toridades competentes, no sentido de averiguar da conformidade da aquisi-ção de autocarros, realizada através de concurso público, na medida em que, a referida aquisição poderá em nada beneficiar os construtores nacionais de autocarros.

Comércio automóvelA ARAN tem vindo a analisar uma

certa tendência sensacionalista dos

“media”, no que respeita às notícias que têm vindo a ser divulgadas rela-tivamente aos números das vendas de automóveis, tendência com a qual, ali-ás, não concorda.

Assim, entende a ARAN que as no-tícias divulgadas, em especial, no que se refere ao crescimento das vendas no nosso país, no primeiro semestre de 2010, poderão ser uma forma de procu-ra de espectacularidade e não conteúdo. Quando um mercado, qualquer que seja, bate no fundo, como em 2009, é muito fácil haver melhorias. É impor-tante comparar o que é comparável, pelo que o paralelo tem que ser feito, no mínimo, com 2008. E se o fizermos, concluímos que 2010 está abaixo de 2008. Contudo, não é isso que a comu-nicação social tem aventado.

Nas diversas análises que realiza, a ARAN tem por diversas vezes chama-do a atenção para esse facto e para a necessidade de as comparações serem realizadas face ao ano de 2008, no mí-nimo.

** A ARAN chama a atenção para a subida do IVA, cuja taxa, a partir do dia 1 de Julho, subiu 1%.

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Em conformidade com o disposto na alí-nea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Co-lectivas (IRC), aprovado pelo Decreto �Lei n.º 442 -B/88, de 30 de Novembro, na redacção dada pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de Abril, não são aceites como gastos, para efeitos fis-cais, as depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindo os veículos eléctricos, na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor de reavaliação exce-dente ao montante a definir por portaria.

Assim, vem agora a Portaria n.º 467/2010, de 7 de Julho de 2010, estabelecer e fixar os montantes e limites das depreciações dos ve-ículos ligeiros de passageiros ou mistos, para efeitos de gastos.

Por meio da presente portaria, introduz-se uma diferenciação no relevo fiscal dos gastos suportados com a aquisição de veículos favo-recendo o recurso, por parte das empresas, à utilização de automóveis movidos exclusi-vamente a energia eléctrica, por comparação com a utilização de automóveis convencio-nais, sempre atendendo ao necessário gradu-alismo que a evolução do mercado e a activi-

dade das empresas exigem.De acordo com o artigo 1º, n.º 1, da citada

Portaria, as viaturas ligeiras de passageiros ou mistas adquiridas no período de tributação iniciado em 1 de Janeiro de 2010, ou após essa data, o montante a que se refere a alínea e) do n.º 1 do artigo 34.º do Código do IRC é fixado em J 40 000.

Por sua vez, para as viaturas adquiridas, e cujo período de tributação se inicie em 1 de Janeiro de 2011, ou após essa data, os mon-tantes passam a ser os seguintes:

a) J 45 000 relativamente a veículos movi-dos exclusivamente a energia eléctrica;

b) J 30 000 relativamente às restantes via-turas que não sejam movidas exclusivamente a energia eléctrica.

Entretanto, para as viaturas adquiridas nos períodos de tributação que se iniciem em 01 de Janeiro de 2012, ou após essa data, o montante passará a ser o seguinte:

a) J 50 000 relativamente a veículos movi-dos exclusivamente a energia eléctrica;

b) J 25 000 relativamente às restantes via-turas que não são movidas exclusivamente a energia eléctrica.

Montantes elegíveis para efeito de depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, consoante sejam ou não movidas exclusivamente a energia eléctrica

O ARRENDAMENTO URBANO

O arrendamento urbano constitui uma espécie de contrato de locação. Nos termos da lei civil “loca-ção é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a proporcionar a outra o gozo temporário de uma coisa, mediante retribuição”.

Assim, o contrato de arrendamento caracteriza-se por uma específica prestação de proporcionar a outrem o gozo de uma coisa mediante uma contra-partida pecuniária para essa obrigação. É também característica deste tipo de contratos o carácter tem-porário.

A locação desempenha uma importante função económica, pois permite ao titular de direitos de gozo sobre determinada coisa, o senhorio, obter um rendimento, isto é, o valor da renda.

Além disso permite a quem não tem capacidade económica para adquirir determinado bem obter o gozo correspondente, mediante pagamento da ren-da, valor este inferior ao que custaria a aquisição do bem.

Permite-se deste modo o aproveitamento econó-mico de bens que, em lugar de ficarem inactivos pelo não aproveitamento destes pelo proprietário, são aplicados a satisfação de necessidades alheias.

Existem duas modalidades de locação: o arrenda-mento, quando recai sobre bem imóvel, e o aluguer, quando recai sobre bem móvel.

Quando ao arrendamento, este engloba várias modalidades, consoante se trate de prédio rústico ou urbano. O arrendamento urbano pode ser para fins habitacionais ou não habitacionais. Quanto ao arrendamento rústico, pode constituir arrendamen-to rural consoante o seu propósito seja a exploração agrícola ou pecuniária ou arrendamento florestal se o seu fim for a habitação florestal.

As normas legais relativas ao Contrato de Loca-ção estão previstas no artigo 1022º e seguintes do Código Civil.

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Qualificação inicial de condutoresPrazo adicional para obtenção CAM e da CQM

O Decreto-Lei n.º 126/2009, de 27 de Maio, estabelece o regime de qualificação inicial e de formação contínua de con-dutores de determinados veículos rodoviários de mercadorias e passageiros. Este regime aplica-se à actividade de condução exercida por pessoas titulares de carta de condução válida para veículos das categorias C e C+E e subcategorias C1 e C1+E e das categorias D e D+E e subcatego-rias D1+E.

Esse regime apresenta dois tipos de situações:

- Qualificação Inicial (comum ou acelerada);

- Formação ContinuaO acesso ao mercado de trabalho

para um motorista fica indexado à posse de carta de condução, do Cer-tificado de Aptidão para Motorista (CAM) e da Carta de Qualificação de Motoristas (CQM). De acordo com a alínea b) do art. 1.º do cita-do diploma, que ficam isentos da obrigação de qualificação inicial os motoristas os titulares de carta de condução das categorias C e C+E emitida até 9 de Setembro de 2009.

Em 21 de Outubro de 2009, o Conselho Directivo do IMTT deliberou conceder um prazo suplementar de 9 meses para cumprir a exigência de qualificação inicial.

Contudo, até à data, as entidades formadoras entretanto reconhecidas ainda não iniciaram a sua actividade formativa. Atendendo a este conjunto de factores, o Conselho Directivo do IMTT deliberou, no passado dia 2 de Junho, o seguinte:

1. Aos motoristas que, nos termos do Artigo 35.º do De-creto-Lei n.º 126/2009, de 27 de Maio, devam, a partir de 10

de Setembro de 2009, ser titulares do certificado de aptidão para motorista e da carta de qualificação de moto-rista, é concedido prazo suplementar até 31 de Dezembro de 2010 para a obtenção destes títulos;

2. A presente deliberação é aplicá-vel exclusivamente aos motoristas no exercício da actividade de condução no território nacional.

Relembra-se que esta qualificação é mais vasta do que aquela que é pro-porcionada pelo ensino para a obten-ção da carta de condução, na medida em que contempla um amplo con-junto de especialidades da condução dos motoristas abrangidos, versando

ainda sobre especificidades dos sectores do transporte rodo-viário em que esses motoristas desenvolvem a actividade. Este sistema de qualificação visa melhorar as condições de seguran-ça numa dupla perspectiva, incidindo quer sobre a segurança rodoviária quer sobre a segurança dos próprios motoristas.

“A ARAN já possui alvará de Entidade Formadora concedido pelo IMTT. Brevemente poderão encontrar a formação para qualificação de motoristas no plano de oferta formativa da ARAN.”

Novos modelos de comunicações e notificações em ShST

Novos modelos de comunicações e notificações foram aprova-dos e publicados em Maio no Diário da República.

O Código do Trabalho e diversa legislação específica obriga o empregador a efectuar Comunicações e Autorizações Obrigatórias. Das várias situações previstas na legislação, destacam-se:

- Autorização para o exercício das actividades de segurança e higiene no trabalho pelo empregador ou por trabalhador desig-nado; Dispensa de serviços internos de SHST; Comunicação da modalidade de organização dos serviços de SHST.

De acordo com o Decreto-Lei n.º 102/2009, de 10 de Setem-bro, a responsabilidade perante as situações descritas recai sobre o empregador.

A Portaria n.º 255/2010, de 5 de Maio, aprova o modelo de re-querimento de autorização de serviço comum, de serviço externo e de dispensa de serviço interno de segurança e saúde no trabalho, bem como o modelo de comunicação da modalidade de organiza-ção dos serviços de SHST.

Com a regulamentação do modelo constante e sua entrada em vigor, são revogados os anteriores modelos, nomeadamente o mo-delo 1360.

Comunicação da Modalidade de Organização dos Serviços.Na organização dos serviços de SHST, o empregador pode adop-

tar uma das seguintes modalidades: Serviços Internos; Serviços Interempresas; Serviços Externos.

O Decreto-Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, prevê várias disposições que podem obrigar a adoptar determinada modalida-de de serviços (ex.: obrigatoriedade de serviços internos), ou dis-pensá-los, em função de critérios como seja o número de trabalha-dores, distância entre estabelecimentos ou risco das actividades exercidas.

Após a empresa estabelecer e organizar os serviços de Seguran-ça, Higiene e Saúde no Trabalho, possui 30 dias para comunicar tal facto à entidade competente.

Atendendo ao disposto no artigo 4.º da Portaria n.º 255/2010, o modelo de requerimento será disponibilizado nos sítios electró-nicos da Autoridade para as Condições do Trabalho (www.act.gov.pt ), no que se refere ao domínio da segurança no trabalho, ou da Direcção Geral de Saúde (www.dgs.pt ), organismo competente do ministério responsável pela área da saúde.

O requerimento pode ser enviado por correio electrónico para o endereço “[email protected] ”, no que se refere ao domínio da segurança no trabalho, ou para o endereço “[email protected] “, no que se refere ao domínio da saúde no trabalho. Em alternativa, os mesmos podem ser entregue por correio postal ou presencialmente nos organismos.

Novo Decreto-Lei para a Mobilidade EléctricaFoi publicado no passado dia

26 de Abril o Decreto-Lei n.º 39/2010 do Ministério da Econo-mia, da Inovação e do Desenvol-vimento. Este Regulamento surge no seguimento do Programa para a Mobilidade Eléctrica em Portu-gal que tem como objectivo cen-tral a introdução e massificação da utilização do veículo eléctrico a nível nacional. Este objectivo poderá ser alcançado através da adopção de novos modelos para a mobilidade eléctrica que sejam sustentáveis do ponto de vista ambiental e que possam optimi-zar a utilização racional de energia eléctrica e aproveitar as vantagens da energia produzida a partir de fontes renováveis.

Com esta aposta pioneira na mobilidade eléctrica, o Governo visa igualmente criar novas opor-tunidades de negócio para a in-dústria nacional, bem como pro-mover a atracção de investimento estrangeiro nesta nova área.

Segundo o regulamento, a aposta na mobilidade eléctrica visa, simultaneamente, objectivos energéticos tais como a redução da dependência energética exter-na de combustíveis fósseis, objec-tivos ambientais com a redução da poluição atmosférica e das emissões de CO2 além da redu-ção dos níveis de ruído e objec-tivos económico-sociais baseados na redução da factura de mobili-dade das famílias e empresas que optem por esta solução alternativa de mobilidade.

Os três objectivos centrais des-

critos no Regulamento referem o incentivo à aquisição e utilização de veículos eléctricos, a comodi-dade e eficácia do carregamento de veículos eléctricos através de uma rede de carregamento inte-grada e a consagração de um regi-me de universalidade e equidade no acesso aos serviços de mobili-dade eléctrica.

O regulamento implementa a criação de uma rede piloto para a mobilidade eléctrica, que possui âmbito nacional e abrange 25 ci-dades. As previsões indicam que a implementação desta infra-estru-tura experimental de carregamen-to deverá incluir a instalação de 320 pontos de carregamento em 2010, atingindo os 1350 pontos de carregamento em 2011.

De referir, relativamente aos objectivos enumerados, a garan-tia que o carregamento de bate-rias de veículos eléctricos se re-aliza através de uma rede inte-grada de carrega-mento. Para esse efeito, é estabele-cido o enquadra-mento legal para a criação de uma rede nacional de pontos de carre-

gamento. Esta rede irá permitir que as pessoas possam carregar as baterias dos seus veículos em qualquer dos pontos de carrega-mento que ficarão disponíveis no País, necessitando para o efeito unicamente de um car-tão de carregamento contratado com qualquer comercializador de electricidade para a mobili-dade eléctrica, que pode, aliás, ser estabelecido em regime de pré-pagamento como forma de incentivar a adesão à rede.

No citado diploma é regulado o subsídio de J 5000, à aquisi-ção, por particulares, de veículos automóveis eléctricos, que pode-rá atingir os J 6500, no caso de haver simultaneamente abate de veículo automóvel de combustão interna, sujeito às condições actu-almente vigentes em matéria de abate de veículos.

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sexta-feira, 23 Julho de 2010X

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A ARAN – Associação Nacional do Ramo Au-tomóvel informa que se encontra disponível para se deslocar às instalações dos seus associados aos sá-bados e durante a semana em horário pós-laboral, desde que sejam forma-das pelo menos turmas de 10 formandos. As ac-ções podem também ser dadas nas instalações da ARAN.

Os principais cursos disponíveis são: Gestão Oficinal; Gestão Ambien-tal no Sector Automóvel; Implementação do Siste-ma de Gestão da Quali-dade ISO9001l; Imagem e Comunicação – Ma-rketing de Empresa; In-

glês (Inicial; Intermédio; Comercial); Estratégias de Vendas; Condução Defensiva, Económica e Ambiental; Atendimen-to de Excelência; Gestão do Tempo; Assertividade na Empresa; Gestão de Conflitos / Motivação Empresarial; Regras para o Exercício da Actividade de Pronto Socorro.

Os associados interes-sados devem contactar o Departamento de Recur-sos Humanos e Formação Profissional da ARAN, que colaborará na an-gariação de formandos, caso a empresa associada não tenha o número de colaboradores necessários para formar uma turma.

Formação à sua medida

Para profissionais do Sector da Repa-ração Automóvel que não possuem uma Certificação Profissional nas áreas da Me-cânica Automóvel, Mecatrónica Automó-vel e Reparação de Carroçaria, mas que pretendem obter certificação profissional na sua área e/ou (re)iniciar um percurso formativo adequado às suas necessidades de formação, o RVCC Profissional pode ser uma resposta, caso tenha adquirido saberes e competências profissionais atra-

vés da experiência de trabalho ou nou-tros contextos de vida, e as queiram ver Certificadas, através da atribuição de um Diploma Profissional.

A ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel vai reunir turmas de associados interessados em obter o RVCC Profissional em colaboração com o CNO – Centro Novas Oportunidades do CEPRA.

O processo desenvolve-se em sessões de

3 horas, realizadas em pequenos grupos, que funcionam uma vez por semana, em horário laboral ou pós-laboral, durante cerca de 3 meses, onde cada profissional poderá comprovar os seus conhecimen-tos/competências. As acções de formação serão gratuitas, de acordo com as necessi-dades do candidato, sempre que o mes-mo não possua todas as competências necessárias à certificação.

Oferecemos um serviço ajustado às

necessidades de cada empresa, podendo sempre que se justifique, realizar o proces-so nas respectivas instalações e em horário compatível com as suas necessidades.

Se estiver interessado, preencha o se-guinte formulário e envie para a ARAN por fax (22 5090646) ou mail ([email protected]), ao cuidado do Departamento de Recursos Humanos e Formação Pro-fissional da ARAN para posteriormente ser contactado.

Sistema Nacional de reconhecimento, Validação e Certificação de Competências Profissionais (rVCC Profissional) APOSTE EM SI! INSCREVA-SE NO RVCC Profissional!

F ormação ProfissionalPlaNo DE Formação

2010

Condições exigidas para a inscrição se considerar válida:Ficha de inscrição preenchida;Cheque do montante endossado à ARAN ou transferência bancária: NIB 0035 0442 0000

2848 930 69Cópias de B.I., Cartão de Contribuinte Local: Instalações da ARAN, sitas nas Rua Faria Guimarães, 631 4200-

291 Porto/Telf. 22 509 10 53/Fax. 22 509 06 46/E-mail: [email protected]

Designação Local Duração Datas Horário Valor

Gestão Ambiental no Sector Automóvel Porto 15 horas 5/6/7/8/9 de Abril 19-22h J65

Assertividade na Empresa Porto 15 horas 26/27/28/29/30 de Abril 19-22h J65

Como organizar uma campanha de e-mail marketing?

Porto 9 horas 10/11/12 de Maio 19-22h J40

Atendimento de Excelência Porto 15 horas 24/25/26/27/31 de Maio 19-22h J65

Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO9001

Porto 15horas 14/15/16/17/18 de Junho 19-22h J65

Imagem e Comunicação – Marketing de Empresa

Porto 15 horas 28/29/30 de Junho e 1/ 2 de Julho

19-22h J65

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Porto 21 horas 6/7/8/9/10/13/14 de Setembro

19- 22h J95

Inglês Comercial Porto 15 horas 27/28/29/30 de Setembro e 1 de Outubro

19-22h J65

Gestão de Conflitos / Motivação Empre-sarial

Porto 21 horas 20/21/22/25/26/27/28de Outubro

19-22h J95

Estratégias de Vendas Porto 12 horas 8/9/10/11 de Novembro 19-22h J55

Condução Defensiva, Económica e Ambiental

Porto 15 horas 15/16/17/18/19 de Novembro

19-22h 65J

Gestão do Tempo Porto 15 horas 22/23/24/25/26 de Novembro

19-22h 65J

Obrigatoriedade Anual da Formação Profissional

FORMULÁRIO DE INTERESSE EM INTEGRAR O RVCC PRO

Nº. Associado:

Empresa:

Morada:

Telef.: Fax:

Mail:

Pessoa a contactar:

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Refere o director de marketing da marca em Portugal, Guilherme Castro

“Mitsubishi i-MiEV é um primeiro passo para a generalização dos veículos eléctricos”

Vida Económica – Que balanço faz a Mitsubishi Motors de Portugal do pri-meiro semestre de 2010, em que a marca cresceu 13,5% [a média dos li-geiros foi de 51,3%]?

Guilherme Castro – O primeiro semestre do ano foi atípico, acima de tudo na com-paração com 2009, que foi um ano com grande quebra no mercado automóvel. O balanço da primeira metade deste ano para a Mitsubishi é, apesar de tudo, positivo. O crescimento é inferior ao do mercado, mas importa perceber que o mercado foi influenciado no primeiro semestre pelas rent-a-car, em que a Mitsubishi não tem a presença que outras marcas têm. Portanto, para nós o balanço é positivo, estamos ain-da assim a um nível superior a 2008, em que o mercado estava estabilizado. Con-seguimos manter as nossas posições nos principais segmentos em que estamos e até ganhamos quota de mercado nas “pick-up” e na classe da Canter. Outro motivo para o balanço positivo do semestre é o facto de ter culminado com o lançamento o ASX, um modelo importante para a marca e que neste momento regista muita procura.

VE – Qual a perspectiva do segundo semestre, tendo em conta, justamente, a chegada desse modelo?

GC – Olhando para o mercado, não é fácil fazer perspectivas para o segundo semestre do ano. A primeira metade de 2010 acabou por exceder as expectativas de todas as marcas e o mês de Junho foi particularmente forte, também por algu-ma antecipação, fruto do aumento do IVA que aconteceu no dia 1 de Julho. O que vai acontecer entre Julho e Dezembro é quase uma incógnita. De qualquer modo, não é expectável que o mercado continue a crescer ao mesmo ritmo, até porque a segunda metade de 2009 foi mais forte do que a primeira, podendo até cair face ao ano passado. No que se refere à Mitsu-bishi, porque o lançamento do ASX é forte e está a ter boa receptividade do mercado, estamos à espera de um segundo semestre semelhante ao do ano passado.

VE – No fim do ano, vai chegar a Por-tugal o veículo eléctrico i-MiEV. O mo-delo está a contribuir para a imagem da marca em Portugal?

GC – É evidente que a aposta da Mitsu-bishi nos veículos eléctricos, que já tem al-guns anos, se reflecte, neste momento, aci-ma de tudo apenas em termos de imagem de marca, uma vez que as vendas ainda não arrancaram na Europa. O lançamento do Mitsubishi i-MiEV, que vai acontecer no fim do ano, é um primeiro passo para a generalização dos veículos eléctricos, o que ainda vai demorar algum tempo. É muito importante ter, finalmente, um carro eléc-

trico com condições de utilização que vão satisfazer os clientes. Mas temos que perce-ber que é um processo que demora, até que o preço destes veículos sejam competitivos, recordando que todas as propostas já co-nhecidas prevêem uma utilização urbana, já que a autonomia real é pouco superior a 100 km. Vai, portanto, ser um processo lento, embora tenhamos a certeza de que será uma tecnologia importante dentro de dois ou três anos.

VE – Dois ou três anos, que é o prazo para o preço, segundo os cálculos da Mitsubishi, em que o preço será com-petitivo face aos motores a combustão?

GC – O “target” da Mitsubishi é que o modelo no Japão custe cerca de 15 mil euros em 2014. O mercado tem que res-ponder positivamente para que isso acon-teça e nós estamos apostados em que isso aconteça.

VE – Tendo em conta o envolvimento do Governo nos veículos eléctricos, com a rede Mobi-E e os incentivos à compra, esse processo de generalização pode ser mais rápido em Portugal do que noutros países?

GC – Portugal está a desenvolver o Mobi-E, que se foca, acima de tudo, em infra-estruturas e, nesse aspecto, acho que poderemos estar um passo à frente da maio-ria dos países europeus e sermos pioneiros. Em termos de incentivos, estes já estão pre-vistos na maior parte dos países europeus – em alguns casos são maiores e em outros menores. De qualquer modo, o incentivo está limitado a cinco mil unidades e não há apoio directo previsto para as empresas. Nos primeiros meses, os impulsionadores dos carros eléctricos vão ser empresas, so-bretudo porque em Portugal não há poder de compra para adquirir um segundo ou terceiro carro por 30 mil euros. Portanto, o envolvimento do Governo português é importante, mas os incentivos não são os mais ambiciosos da Europa.

VE – Segundo o Governo, ao longo dos próximos anos, os incentivos ao abate de viaturas em fim de vida serão, ten-dencialmente, apenas dados em caso de compra de automóvel eléctrico. Tendo em conta que os construtores referem a electricidade como uma das várias soluções de futuro, mas não a única, a opção do Governo não deixa de fora outras opções eficientes em termos energéticos?

GC – É evidente que vai deixar de fora outras opções, pois a lei é bastante clara. Mas essa é uma orientação do Governo que, claramente, pretende focar as atenções no veículo eléctrico. O automóvel eléctrico será uma das soluções e não a solução, pelo

menos nos próximos 10 anos. Vai conviver com os híbridos, com carros de combustão interna mais eficientes, vai permitir diver-sificar a fontes energéticas, mas não vai ser a solução universal, como o automóvel de combustão interna o foi durante um sécu-lo.

VE – Voltando ao presente e ao mer-cado português, as medidas de auste-ridade em vigor desde o início do mês são mais um motivo para não prever o mesmo crescimento do mercado no se-gundo semestre de 2010?

GC – A medida com maior impacto é o aumento do IVA, que terá levado a algu-mas antecipações de compra. Além disso, todo o ambiente económico e de confiança dos consumidores leva-me a prever para a generalidade do mercado nacional que os clientes se vão retrair no segundo semestre. Até porque esse é um período em que há menos compras de rent-a-car, pelo que o impacto das vendas de retalho é maior.

VE – O mercado automóvel está a de-crescer há 10 anos. Para as redes de

retalho é fácil gerir esta volatilidade do mercado?

GC – As redes de retalho foram forma-tadas para vender um número fixo de uni-dades e quando o mercado cai como caiu, principalmente, nos últimos três anos, é evidente que se ressentem. Agora, as redes foram-se adaptando para tentar responder a um mercado que é, claramente, mais pe-queno do que já foi e que não se espera que venha a crescer muito no futuro.

VE – No caso da Mitsubishi, a rede sofreu muito, já em 2001, com a mu-dança da fiscalidade para os todo-o-terreno. Isso serviu de preparação para esta quebra de mercado?

GC – A rede de Mitsubishi e a Mitsubishi Motors de Portugal tiveram de se preparar em antecipação para condições diferentes do mercado. Penso que isso nos deu a gran-de vantagem de estarmos melhor prepara-dos para a mudança – e mais flexíveis para esta – do que outras marcas. A rede neste momento é saudável, não há casos dramá-ticos, muito embora seja verdade que vive sempre no limite da rentabilidade.

O lançamento, no fim do ano, do Mitsubishi i-MiEV, um dos primeiros automóveis eléctricos a chegar a Portugal, vai ser, de acordo com o director de marketing da filial nacional da marca, “um primeiro passo para a generalização” da tecnologia. Em entrevista à “Vida Económica”, Guilherme Castro defende que esse vai ser “um processo lento”, mas sublinha que os carros eléctricos serão importantes a médio prazo. Um acelerador para a generalização da tecnologia vai ser o preço dos modelos. “O ‘target’ da Mitsubishi é que o modelo no Japão custe cerca de 15 mil euros em 2014”, prevê o director de marketing da Mitsubishi Motors Portugal.

Guilherme Castro adianta que o ASX, o mais recente SUV da Mitsubishi,”regista muita procura”.

O Mitsubishi ASX, um SUV do segmen-to C, já está em Portugal. Posicionado en-tre a gama de automóveis de passageiros e os puros 4x4 da marca, este novo “cros-sover” vem integrar um subsegmento com cada vez mais modelos (de dois em 2005 para 12 a 15 esperados este ano) e, cla-ro, mais volume (de 104 mil unidades em 2005 para as 458 mil esperadas este ano).

Com 4,295 m de comprimento e 442

litros de capacidade na bagageira, o modelo tem motor 1.8 diesel com 150 cv, a que se vai juntar, em Setembro, um 1.6 a gasolina com 117 cv de potência. O motor turbo-diesel deverá, porém, ser responsável pelo grosso das vendas do SUV, cujos preços do motor já em comercialização variam entre 28 032 euros e 31

823 euros, com tracção à frente, e os 34 536 e os 36 300 euros, com tracção in-tegral.

Os objectivos da marca para o modelo são ambiciosos, de acordo com Guilherme de Castro. “ A Mitsubishi Motors Portugal pretende vender ao longo do ano primeiro ano completo de comercialização do ASX cerca de 1200 unidades, ou seja, cerca de 100 unidades por mês”, revela o en-trevistado.

ASX chegou com objectivoS AmbicioSoS

Xisexta-feira, 23 Julho de 2010

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Preços dos automóveis na Europa baixaram em 2009A Comissão Europeia revelou que os preços dos automóveis na Europa baixaram em 2009. Este facto, que resulta da comparação dos preços em cada país, tem como causas principais a política de descontos das marcas e da política de incentivos à compra dos países.

O último relatório da Co-missão Europeia sobre os pre-ços dos veículos automóveis na União Europeia (UE) revela que em 2009 os preços baixaram li-geiramente, em termos reais. O facto de os preços dos veículos automóveis terem permanecido relativamente estáveis em 2009 deve-se em muito aos regimes de incentivos à compra de ve-ículos novos adoptados num grande número de países para atenuar o impacto da recessão económica.

O índice de preços da UE para os veículos automóveis (que reflecte os preços nominais pagos pelos consumidores, in-cluindo descontos, IVA e encar-gos de registo) aumentou 1,1%, face a um aumento de 1,7% dos preços globais no consumidor, o que se traduziu numa descida dos preços efectivos dos veículos automóveis de 0,6%.

Em 2009, os preços efectivos dos veículos automóveis para os consumidores, expressos nas respectivas moedas, registaram

uma descida em 24 dos 27 Estados-membros. Nos Países Baixos mantiveram-se estáveis, tendo aumentado no Reino Unido (+ 7,7 %) e na Suécia (+ 2,7 %). Contudo, deve recor-dar-se que os compradores de veículos automóveis nestes dois

últimos países beneficiaram em 2008 de uma baixa extraordi-nária de preços (de -9,7 % e -5%, respectivamente), ou seja, em termos globais, a situação continua a ser mais favorável actualmente do que no início de 2008. No Reino Unido, a evolução dos preços reflecte igualmente o termo da dimi-nuição temporária do IVA, em Janeiro de 2010.

A queda dos preços efectivos foi particularmente marcada na Eslovénia (-13,4%), Lituânia (11,1%), Eslováquia (-11,0%), Roménia (-10,1%), República Checa (-9,4%), Malta (-9,2%) e Bulgária (-9,1%). Em Portugal, a descida indicada pela Comis-são é, também, elevada (-6,7%). De notar que esta comparação da UE é feita com os preços do respectivo mercado, o que sig-nifica que, no nosso país, apesar da referida descida, os automó-veis continuam a ser dos mais

caros da Europa, fruto da eleva-da carga fiscal lusa.

O facto de, em 2009, a maio-ria dos novos Estados-membros terem sido mais fortemente atingidos pela recessão do que a UE em geral pode ter contri-buído para estas diminuições dos preços. Entre os grandes mercados, os preços efectivos diminuíram especialmente em Espanha (-4,7%), enquanto a Itália, a Alemanha e a França registaram descidas mais mo-deradas (-1,1%, -1% e -0,6% respectivamente).

Em termos gerais, a queda dos preços efectivos dos veícu-los automóveis em toda a UE vem, uma vez mais, confirmar a tendência favorável a longo prazo dos preços para os con-sumidores, consequência do excesso de capacidade de pro-dução global e da intensa con-corrência entre fabricantes de veículos automóveis.

Tendência de convergência dos preços

As diferenças de preços entre os Estados-membros, tal como expressas nas listas de preços dos fabricantes, diminuíram signifi-cativamente em 2009, com um desvio-padrão médio que baixou de 9,8% para 8,5% (-1,3%), ex-cepto na zona euro, onde regis-tou um ligeiro aumento, de 6% para 6,5% (+0,5%). Esta situação deve-se principalmente ao rápido aumento da procura de veículos de menores dimensões resultan-te das subvenções à renovação da frota bastante generosas em certos países.

Em geral, as diferenças de preços para os automóveis de passageiros permanecem moderadas. Com-parativamente, o indicador de dispersão em toda a UE para um cabaz de 16 produtos alimentares, que vão desde a manteiga ao pão branco, atingiu 34,4% em 2008.

Hyundai i20 com versão comercialO utilitário Hyundai i20 recebeu uma ver-

são comercial, vulgarmente conhecida de “dois lugares”. Baseado na versão de três portas, o i20@com, como o Entreposto VH baptizou o modelo, oferece uma bagageira com 720 litros, mais do que o Getz modelo que o i20 substitui na gama Hyundai. Também no interior o i20, que foi desenvolvido de raiz para o mercado eu-ropeu, é maior do que o Getz.

Em termos de motorização, o Hyundai i20@com utiliza o bloco 1.4 CRDi de 75 cv (e um binário de 220 Nm entre as 1750 e as 2350 rpm). Acoplado a uma caixa de cinco velocidades, este motor consome 4,4 litros de gasóleo aos 100 km (em ciclo misto) e emite 116 g/km de CO2 (também em cir-cuito combinado).

Proposto por 16 160 euros, o Hyundai i20@com oferece de série elementos como a direcção assistida electricamente, os vidros de comando eléctrico, o fecho central de portas com comando, o auto-rádio com lei-tor de CD e MP3 com comandos no volan-te, os airbags frontais, laterais e de cortina,

encostos de cabeça activos e ESP (controlo electrónico de estabilidade).

As jantes de ferro com tampões são de 14 polegadas, uma opção justificada pelo entre-posto “para maior facilidade de utilização e contenção de custos”. Entre os opcionais, aquele que promete ser mais procurado é o ar condicionado manual, com porta-luvas refrigerado. Este extra custa 720 euros.

sexta-feira, 23 Julho de 2010XII

Cilindrada (cc) 1396

Potência máxima (cv) 75

Binário máximo (Nm) 220

Velocidade máxima (km/h) 161

Acelerações 0-100 km/h (s) n.d

Consumo combinado (l/100 km) 4,4

Emissões (CO2) 116 g/km

Preço J 16 160

HyundaI I20@com

O índice de preços da UE para os automóveis teve uma descida efectiva de 0,6%.

Os valores das reparações, ao contrário do que sucedeu com os preços dos automóveis novos, aumentaram no ano passado, de acor-do com o estudo da Comissão Europeia. Com efeito, os preços das reparações e manutenção, assim como das peças sobressalentes, continuaram a aumentar em percentagens muito superiores à infla-ção (+1,5% e 0,7%, respectivamente, em termos reais).

O reforço da concorrência no mercado pós-venda é o principal ob-jectivo do novo enquadramento comunitário para o sector dos veícu-los automóveis no domínio do direito da concorrência, adoptado em Maio e em vigor desde o mês de Junho. As novas regras suprimiram o benefício da isenção por categoria para os fabricantes cuja quota nos mercados da reparação e manutenção excede 30% (a maioria, actualmente), facilitando o tratamento dos casos de recusa de pres-tação de informações técnicas a garagens independentes ou de abu-sos relativos às garantias.

Preço das reParações aumenTou

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Os veículos com grande eficiência ener-gética, como os híbridos ou os eléctricos, apenas são considerados como opção no momento da troca de carros se forem equi-valentes em outros aspectos aos automóveis tradicionais. A afirmação dos especialistas foi comprovada pelo mais recente estudo da consultora Accenture.

A análise revela, então, que seis em cada 10 consumidores são mais propensos a ad-quirir um veículo híbrido ou eléctrico se o modelo for superior em todos os aspectos ao seu correspondente a gasolina ou gasó-leo. A consultora avisa, por isso, que “não devem ser esquecidos outros factores que continuam a influenciar o consumidor”. “Verde”, prossegue a Accenture, “não é, por si só, suficiente”.

O estudo, elaborado com base em entre-vistas a mais de 1800 consumidores, indica ainda que o interesse em outras caracterís-ticas para além da eficiência energética está a aumentar, já que apenas 36% dos entre-vistados referiu o elevado preço dos com-bustíveis como uma razão para comprar um “automóvel verde”. Para além disso, os entrevistados que afirmaram já ter condu-zido um veículo eléctrico ou híbrido consi-deram a taxa de eficiência energética entre “muito boa a excelente”. Porém, a maioria classificaram apenas com “bom” atributos como a condução, a performance, o estilo e a manutenção.

A análise, que não tem dados sobre Por-tugal – França, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Canadá foram os países visados – indica que 42% dos entrevistados afirmou ter intenção de comprar um automóvel hí-brido ou eléctrico nos próximos dois anos. Em Itália essa intenção foi manifestada por 62%. De notar que a maioria (80%) mos-trou preferência pelos veículos híbridos, em detrimento dos eléctricos.

Resultados não surpreendem mar-cas

Os resultados do estudo da Accenture não surpreendem os operadores contacta-dos, em Portugal, pela “Vida Económica”. “Este estudo é revelador de como as per-cepções dos consumidores em relação aos automóveis não são estáticas e de como os processos de escolha e decisão no acto de compra fazem parte de um modelo dinâ-mico em constante evolução”, considera o responsável pela comunicação da Honda Motor de Portugal, Carlos Cerqueira.

A mesma fonte afirma que a marca japo-nesa “está consciente destas dificuldades, mas ao mesmo tempo acredita que estas podem apresentar-se como oportunidades para marcar a diferença face à concorrên-cia”. Cerqueira acrescenta, aliás, que “a marca está confiante que está no caminho certo”.

O porta-voz da marca indica, aliás, como exemplo o Honda CR-Z, o mais recente hí-brido da marca. “É o primeiro híbrido des-portivo e apresenta-se como uma proposta interessante para os clientes que valorizam o aspecto ambiental, mas não descuram a parte estética, a tecnologia, o conforto e as performances do mesmo”, explica Carlos Cerqueira, antes de informar que o CR-Z “está prestes a atingir as 100 unidades matriculadas”. A nossa fonte adianta que a Honda “não irá ficar por aqui”.

O director de comunicação do ramo português da Nissan Iberia, António Pe-

reira Joaquim, dá-nos uma resposta seme-lhante. “Desde que anunciámos o nosso programa de Mobilidade Emissões Zero. que afirmamos que, na opinião da Nissan um veículo eléctrico não poderá ter nenhu-ma penalização financeira para o consumi-dor, ou seja, que os veículos eléctricos da marca teriam de ter um preço de aquisição, após incentivos, equivalente a um veículo de combustíveis fósseis com nível de equi-pamento semelhante e que o custo de utili-zação deveria ser igual ou inferior ao desses veículos”, defende.

Pereira Joaquim dá o exemplo do preço do primeiro eléctrico da marca, previsto para o fim do ano. “Ao anunciarmos o pre-ço do Nissan Leaf para Portugal de 29 955 euros, onde se inclui o custo da bateria, es-tamos a propor um veículo com um nível de equipamento superior a qualquer outro veículo do segmento C por um preço que, por comparação, é pouco mais de mil euros acima das versões mais vendidas do Nissan Qashqai, por exemplo, e perfeitamente em linha com os veículos mais ecológicos do segmento C”, explica.

“Por outro lado, com custos de energia de cerca de 1,5 a quatro euros por 100 km (dependendo do tipo de energia utiliza-da para a carga e do tipo de condução), o Leaf tem uma clara vantagem económica para os seus concorrentes com motores a combustíveis fósseis ou mistos”, acrescenta a nossa fonte. “Esta visão da Nissan está assim corroborada pelo estudo apresenta-do”, sublinha o porta-voz da Nissan em Portugal.

O director de marketing da Mitsubishi Motors de Portugal, marca que vai lançar o eléctrico i-MiEV no nosso país no fim do ano, também está longe de ficar surpre-endido com os resultados do estudo. “Para lhe ser sincero, a conclusão do estudo é uma verdade de La Palice”, atira Guilher-me Castro.

Este responsável pela marca japonesa, diz ser “evidente que as pessoas são favoráveis a comprar produtos ambientalmente mais eficazes”, mas recorda que o preço que es-tão dispostos a pagar por isso tem limites. “Esse veículo tem que ser competitivo em termos de utilização e custo, apesar de ha-

ver uma margem extra que o consumidor esteja disposto a pagar”, explica.

Uma coisa é certa para Guilherme Cas-tro, “guiar um automóvel eléctrico é uma sensação única, é uma experiência mui-to diferente” de um carro convencional. “Acredito que, depois de terem essa experi-ência, a margem que os consumidores es-tão dispostos a pagar a mais pode crescer”, acrescenta.

Custos são essenciais no mercado empresarial

Nas frotas, além da ecologia, a poupança é um factor essencial, segundo nos adian-tou o vice-presidente da Associação de Le-asing, Factoring e Renting (ALF). “As em-presas, em geral, estarão dispostas a aderir a este novo segmento de viaturas e com a expansão e desenvolvimento da infra-es-trutura de abastecimento, nomeadamente para viaturas eléctricas, é natural que haja cada vez mais viaturas deste tipo nas frotas das empresas. Julgamos que factores como uma menor poluição e uma maior poupan-ça, sempre levando em conta a segurança e qualidade da viatura, contribuirão para um crescente interesse”, explica António Oli-veira Martins.

O dirigente da ALF recorda que a preo-cupação das gestoras de frota com a efici-ência energética não é de agora. “Nos úl-timos anos, tem-se notado uma crescente preocupação por parte da sociedade em geral com este assunto e naturalmente que este sentimento se repercute nas empresas. Convém realçar que as gestoras de frota já disponibilizam e aconselham os seus clien-tes sobre viaturas energeticamente mais eficientes e menos poluentes, conselhos es-ses solicitados até pelas próprias empresas, quer por ímpeto próprio, quer porque per-tencem a multinacionais que introduziram estratégias amigas do ambiente nas frotas do grupo a nível internacional”, defende António Oliveira Martins.

Aquiles [email protected]

XIIIsexta-feira, 23 Julho de 2010

Estudo da Accenture confirma que ser “verde” não chega

Automóveis ecológicos têm de oferecer mais do que bom ambiente

A Accenture sublinha que soluções e aplicações de entretenimento, segurança, manutenção, comerciais, comunicação e navegação, que permitem disponibilizar diversos serviços nos veículos, não serão apenas factores decisivos na escolha dos consumidores, mas desempenharão tam-bém um papel-chave no desenvolvimento de veículos mais eficientes ao nível do consumo de combustível.

“O nosso estudo sugere que, para além de os consumidores entenderem cada vez mais o valor de veículos alternativos, ainda pretendem adquirir modelos que representem uma nova fase na evolução

da indústria automóvel. Os vários serviços oferecidos pelo veículo vão desempenhar um papel fundamental nesta tendência dos consumidores do mercado automóvel e os fabricantes têm agora oportunidade de evoluir as suas capacidades, de modo a diferenciarem-se cada vez mais da con-corrência”, adianta o director-geral da área automóvel da Accenture, Luca Mentuccia. “Os fabricantes e fornecedores têm neces-sidade de criar parcerias estratégicas que conduzam ao desenvolvimento de factores diferenciadores, nomeadamente ao nível da segurança, protecção ambiental e en-tretenimento”, acrescenta Mentuccia.

ConsIdeRa Responsável pela áRea automóvel na aCCentuRe

“Serviços oferecidos pelo veículo vão desempenhar um papel fundamental”

O estudo da consultora vem confirmar o que os operadores já afirmavam.

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No sentido de diminuir a dependência dos combustíveis fósseis, os construtores automóveis estão em plena “corrida” por soluções com maior eficácia energética. Esta “prova” disputa-se em vários “circui-tos”, o desenvolvimento dos tradicionais motores de combustão (conseguem cada vez menos emissões de CO2), as células de combustível, os híbridos (motor a combus-tão junto a motor eléctricos) e os eléctricos são algumas dessas soluções.

Aliás, os construtores de automóveis são unânimes numa opinião: nas próximas décadas não vai existir uma solução que congregue a esmagadora maioria das pre-ferências, ao contrário do que sucedeu no passado, em que o diesel e a gasolina rei-naram. Com efeito, os especialistas apon-tam uma convivência minoritária entre as várias tecnologias disponíveis ao longo das décadas que se avizinham.

Algumas marcas estão a experimentar so-luções intermédias. É o caso da Toyota, que está a testar há já alguns anos o Prius híbri-do eléctrico Plug-in (PHEV, no acrónimo em inglês). São já cerca de 500 as unidades em teste em todo o mundo e continuam a aumentar (ver caixa sobre o alargamento à Alemanha). Na Europa, são 200 as uni-dades do Prius PHEV em teste, cinco das quais em Portugal (desde Maio). A versão de produção poderá chegar a Portugal no fim de 2012, sendo certo que, nos moldes actuais, não será abrangida pelo incentivo à

compra de automóveis eléctricos, pois não se move, em exclusivo, a electricidade.

Os cinco veículos vão permanecer no nosso país durante 36 meses, tendo três sido entregues a colaboradores da Galp Energia – parceiro da Toyota Caetano Por-tugal – com diferentes intervalos pendula-res (menos de 10 km, 10 a 20 km e 20 a 40 km). As restantes viaturas integram um plano de teste e de demonstração com vários parceiros e organizações. Foi, justa-mente, uma destas unidades que a “Vida Económica” teve oportunidade de testar.

Modo eléctrico baixa média de consumo

Face ao Prius Hybrid Synergy Drive, o Toyota Prius PHEV tem como grande di-ferença a possibilidade de carregamento das baterias de lítio (no modelo “normal” estão são de níquel) numa tomada eléctrica convencional. Esse processo demora hora e meia, ficando o modelo com uma auto-nomia de circulação exclusiva eléctrica de 20 km, se o veículo não ultrapassar os 100 km/h (e se use apenas o modelo Eco, já que no modo Power o sistema pode ter a neces-sidade de ligar o motor a gasolina).

No modo eléctrico, revela, como todos os eléctricos, uma suavidade que impres-siona e que muda o paradigma automóvel. O silêncio e a suavidade no arranque e na travagem elevam o conforto de condutor e

ocupantes para um nível superior.Uma vez esgotada a autonomia das bate-

rias, o modelo funciona como um híbrido até aquelas serem recarregadas. Este facto faz com que o modelo – a par de outros modelos que se avizinham, como Opel Ampera e o Chevrolet Volt – seja o ideal para os primeiros passos da electrificação automóvel. Uma opção equilibrada, por-tanto.

Isto porque o Prius PHEV apresenta uma autonomia igual à de qualquer mo-tor actual de combustão interna, não sen-do a autonomia uma limitação, como vai ser nos primeiros modelos exclusivamente eléctricos. Isto porque, nos primeiros anos de vendas destes modelos, nem todas as pessoas terão facilidade de carregar as ba-terias na rua – por muito acelerado que o crescimento da rede de carregamento vá ser – ou, pelo menos, fazê-lo de acordo com as necessidades.

Em relação ao carregamento em casa, assalta-nos uma questão. Tendo em conta que, numa fase inicial, os potenciais uti-lizadores destes automóveis serão urbanos, será fácil a resolução do problema de quem vive em apartamentos sem garagem ou, tendo-a, esta é apenas um lugar e, logo, não tem tomadas próprias? Uma questão prática que o tempo responderá se será um problema para a implantação da tecnolo-gia.

De volta ao Toyota Prius PHEV, finda a autonomia de 20 km (não tendo havido hipótese de recarregar as baterias), percor-remos mais 100 km. A média do computa-dor de bordo no fim do contacto indicava cinco litros aos 100 km, o que podemos considerar muito bom, tendo em conta que cerca de um terço do percurso foi feito a velocidades próximas de 150 km/h. Sim, tendo em conta que junta ao motor eléc-trico um bloco a gasolina 1.8 com 98 cv (perfazem 136 cv), o Prius é um verdadeiro automóvel.

Aquiles [email protected]

ToyoTa Prius PHEV Cilindrada 1798 cc

Potência 98 cv (combinada

136 cv)

Velocidade máx.

183 km/h (modo EV

100 km/h)

Combinado misto (l/100 km)

2,6 l/100 km

emissões Co2 (g/km)

59

Preço À venda em 2012

Ensaio – Toyota Prius PHEV

Equilíbrio energéticoJá em testes reais de estrada, o Toyota Prius com sistema híbrido eléctrico Plug-in revela-se uma opção equilibrada enquanto os automóveis exclusivamente eléctricos não ganharem autonomia suficiente para maiores distâncias e a rede de carregamento cresça até se conseguir “atestar” as baterias em qualquer localidade.

sexta-feira, 23 Julho de 2010XiV

A Alemanha juntou-se, no início do mês, ao grupo de países que, tal como Portu-gal, está a testar a mobilidade eléctrica do Toyota Prius PHEV. Naquele país, o progra-ma é da responsabilidade do principal ope-rador europeu de transportes ferroviários, o Deutsche Bahn que, em parceria com a marca japonesa, vai disponibilizar a op-ção de mobilidade eléctrica no seu serviço “car-sharing” de Berlim, contando para o efeito com 18 unidades do Prius PHEV.

Com estas viaturas a Deutsche Bahn completa, segundo o seu director-geral, Rolf Lübke, “a oferta na cadeia de trans-portes através de uma solução alternativa de mobilidade ecológica e de futuro”.

A demonstração decorre âmbito do projecto de investigação “Be-Mobility”, desenvolvido pelo Ministério dos Trans-portes alemão. O objectivo é desenvolver uma mobilidade sem CO2 no contexto urbano, juntamente com os parceiros Deutsche Bahn, Bosch, Contipark, DAI-Labor (Universidade técnica de Berlim), HaCON, Centro de Inovação para a Mobi-lidade e mudança da Sociedadee (InnoZ), RWE, SOLON, Vattenfall Europe e a rede de transportes de Berlin-Brandenburg. A rede de transportes da capital alemã dota, assim, os clientes de uma mobilidade completa e contribui para a redução de emissões na cidade.

TEsTEs ao ModElo alargaM-sE à alEManHa

A fábrica de Ovar da Toyota Caetano Portugal foi distinguida pela Toyota Mo-tor Corporation. A unidade portuguesa foi uma das 17, entre 51, fábricas do cons-trutor (e a única na Europa) instaladas fora do Japão a ser premiada com o Over-seas Plants Quality 2009.

O prémio atribuído à unidade de Ovar ganha especial destaque, dado tratar-se da primeira linha de produção Toyota a ter sido instalada na Europa, tendo cele-brado em Maio 39 anos de actividade. A

fábrica abastece Portugal e a Europa com os modelos Dyna e Optimo, para além de produzir o modelo comercial Hiace para o mercado nacional.

Desde o início da produção, em 1971, já produziu um acumulado de 290 mil veículos, dando actualmente emprego a 320 colaboradores. Já em 2009 esta uni-dade havia sido reconhecida pela Toyota, então no campo da eficiência ambiental, com o prémio internacional Global Eco Award.

QualidadE da fábrica dE oVar PrEMiada PEla ToyoTa

A Toyota iniciou a produção do novo Toyota Auris Hybrid Synergy Drive (HSD), marcando a história do mundo automóvel como o primeiro veículo “puro” híbrido produzido em território europeu. A uni-dade escolhida pela marca japonesa foi a de Burnaston, em Derbyshire, no Reino Unido.

O novo modelo vai ser comercializado em 32 países europeus, incluindo Portu-gal, onde está previsto chegar no início de Setembro, esperando a Toyota vender 30 mil unidades no continente durante um ano completo. O novo Auris híbrido, que junta um motor eléctrico ao bloco 1.8 a gasolina (como no Prius), proporciona um consumo de combustível de 3,8 litros aos 100 km e emissões de CO2 de 89 g/km.

O presidente da Toyota Motor Europa, Didier Leroy, realça a qualidade e o volu-

me das operações da unidade situada no Reino Unido. “Esta fábrica é uma peça fundamental para o negócio Toyota. Cons-truindo automóveis há quase 20 anos, a experiência acumulada dos membros da Toyota Motor United Kingdom continua a proporcionar qualidade, eficiência e fle-xibilidade necessárias para corresponder com as expectativas dos clientes Euro-peus. Um novo capítulo é iniciado aqui no Reino Unido, com a produção do pri-meiro veículo ‘puro’ híbrido na Europa”, declarou Leroy.

Inaugurada em 1992, a fábrica de Bur-naston foi a segunda unidade europeia da marca (a primeira foi a Toyota Caetano Portugal, em Ovar). O Toyota Auris HSD utiliza a mesma linha de produção do Au-ris a gasolina e diesel, juntamente com o Avensis.

Produção EuroPEia do auris Híbrido arrancou EM inglaTErra

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Ford “retoca” MondeoA Ford operou uma mudança de imagem

ao seu modelo do segmento D, o Mondeo. Com chegada prevista a Portugal para o fim do Verão, o modelo – a exemplo do que su-cedeu, há pouco tempo, com os monovo-lumes S-MAX e Galaxy – é o mais recente produto da marca da receber a evolução do Ford Kinetic Design.

A marca tem aspirações para o renovado modelo. “O Ford Mondeo é já um veícu-lo muito bem equipado, pelo que, com a introdução de significativas alterações em termos de design e, em particular, a extensa lista de novas tecnologias que agora recebe, não temos qualquer dúvida que o novo mo-delo reforçará a posição de modelo topo de gama Ford na Europa”, referiu o presiden-te da Ford Europa, John Fleming. “Este é o Mondeo melhor equipado, mais seguro,

mais amigo do ambiente e com melhor ní-vel de qualidade que lançámos até hoje e completa a renovação da nossa gama do seg-mento C/D em 2010”, acrescenta Fleming.

As principais alterações incluem novas e distintivas grelhas frontais, uma inferior de maior dimensão e formato trapezoidal, su-blinhada por uma superior mais pequena e estilizada e ainda o capot com novo perfil. Novos pára-choques à frente que incluem luzes diurnas de LED, farolins traseiros redesenhados que empregam igualmente tecnologia LED e tampa da bagageira re-tocada são outras das diferenças visíveis no modelo.

O interior foi igualmente revisto incor-porando uma consola central de novo de-senho, novo revestimento das portas com novos manípulos de abertura de portas per-

feitamente integrados e uma consola central superior que incorpora as luzes ambiente. Segundo a Ford, os novos revestimentos interiores “foram criteriosamente seleccio-nados de forma a incrementar a sensação de qualidade” do renovado Mondeo. O habi-táculo do modelo beneficia igualmente de novos conteúdos, tais como a introdução de luzes interiores LED e um novo sistema de navegação por satélite. Destaque ainda para a possibilidade de escolha de um novo siste-ma de som.

Novos motores diesel e gasolina

O lançamento do restyling ao Mondeo será, também, a primeira aplicação da versão de 240 cv de elevada performance do motor Ford EcoBoost a gasolina. A este juntar-se-

-á a actual versão do mesmo propulsor com 203 cv, lançado recentemente no Mondeo e nos monovolumes S-MAX e Galaxy.

Outra novidade em estreia no Mondeo é a introdução do motor 2.2 litros Ford Dura-torq TDCi, que foi objecto de uma profun-da revisão, debitando agora 200 cv, ou seja, mais 12% do que antes. Esta potência tor-na-o o motor Duratorq diesel mais potente até à data. A gama de motores do Mondeo TDCi inclui ainda o renovado bloco 2.0 litros Duratorq TDCi recentemente intro-duzido na actual gama Mondeo. Este mo-tor está disponível com 115, 140 e 163 cv, todos eles com emissões médias de CO2 de 139 g/km quando acoplados à caixa manual de seis velocidades, independentemente da versão carroçaria (quatro portas, cinco por-tas ou carrinha).

XVsexta-feira, 23 Julho de 2010

Skoda Octavia recebe motor 1.2 TSI

O Skoda Octavia já pode ser comprado com motor a gasolina 1.2 TSI com 105 cv. Embora seja um dos maio-res modelos do segmento C – a bagageira, por exemplo, tem uma capacidade de 560 litros – a marca checa anun-cia performances interessan-tes para o motor, que pode surgir equipado com caixa manual de seis velocidades ou automática DSG de sete marchas. A velocidade máxi-ma é de 192 km/h (191 na Break) e uma aceleração zero a 100 km/h de 10,8 segun-dos (10,9 na Break).

A SIVA recorda que a bai-xa cilindrada do motor é compensada pela adopção de um turbocompressor e uma injecção ultraprecisa de combustível de modo a con-seguir-se uma optimização dos níveis de performance e de eficiência de consumos. A adopção de um turbo au-menta significativamente os níveis de binário, nomeada-mente neste bloco a gasoli-na (175 Nm entre as 1550 e as 4100 rpm), enquanto a capacidade de força do motor surge em níveis de rotações muito mais baixos do que nos convencionais motores aspirados.

A propósito de consu-mos e emissões, a marca do grupo Volkswagen indica, para a berlina, 5,7 litros de consumo médio de gasolina aos 100 km e 134 g/km de CO2.

Quanto a preços, o Skoda Octavia 1.2 TSI com 105 cv tem preços a partir de 17 460 euros, na Limou-sine, e de 18 385 euros, na Break. Segundo a Skoda, O público-alvo desta versão é, prioritariamente, “o cliente que não realiza um número significativo de quilómetros anualmente”.

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