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Ano XI - Edição 125 - Fevereiro / 2014 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia - todo 1° domingo de cada mês. Hora - das 15:00 às 17:00 r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição - à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação. pág.13 O Pensamento de Léon Denis: Dever e Liberdade pág.10 Mensagem Mediúnica: Bezerra pág.8 Artigo: Boneca de Crochê pág.17 Suplemento Infantojuvenil: O Remédio pág.15 Personalidade Espírita: Francisco Antônio Bastos pág.12 Yvonne A. Pereira: Mensagem de Esperança Mensagem Mediúnica: Irmão Inácio pág.3 pág.5 Revista Espírita: A Comuna de Koenigsfeld pág.6 Reforma Íntima: Contigo Mesmo pág.9 Do Outro Lado da Vida: Suicídio e Obsessão Nesta Edição : Editorial FAMÍLIA – BASE DA EDUCAÇÃO Prezado leitor N esta edição apresentamos algumas reflexões dos bons Espíritos que sempre se preocupam com o nosso progresso espiritual, mostrando-nos o caminho da Luz, evidenciando a necessidade da Educação do Espírito. Em sua mensagem, Deolindo Amorim vem ressaltar a importância da educação moral, que deve se constituir num dos principais objetivos da construção familiar. A sociedade necessita de pais e mães cientes de suas reais responsabilidades frente aos filhos. "Lembrai-vos de que a cada pai e mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?" ¹. A família é a base da educação."O relaxamento dos laços de família seria a recru- descência do egoísmo" ². É na família que o Espírito reencarnante deverá encontrar subsídios para reorientar sua caminhada em direção a Deus. Um dos alicerces da segurança familiar é a prece em família e "o Culto do Evan- gelho no Lar é tão necessário quanto o pão que se tem à mesa". ³ Finalizamos com uma palavra amiga: amem seus filhos e confiem no amparo de Jesus. E lembrem-se de que o amor promove a paz. Que Deus abençoe nossa família. (¹) O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, XIV, 9. (²) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775. (³) Irmão José (veja texto de reflexão nesta edição, seção "A F amília na Visão Espírita").

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncioirmaoclarencio.org.br/pdf/clareando/Fev_2014.pdf · Eles semeiam na Terra o que colherão na ... diante de meu Pai que está

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Ano XI - Edição 125 - Fevereiro / 2014

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia - todo 1° domingo de cada mês.Hora - das 15:00 às 17:00

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição - à noite.Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação.

pág.13

O Pensamento de Léon Denis:Dever e Liberdade

pág.10

Mensagem Mediúnica:Bezerrapág.8

Artigo:Boneca de Crochê

pág.17Suplemento Infantojuvenil:O Remédio

pág.15

Personalidade Espírita:Francisco Antônio Bastos

pág.12

Yvonne A. Pereira:Mensagem de Esperança

Mensagem Mediúnica:Irmão Ináciopág.3

pág.5Revista Espírita:A Comuna de Koenigsfeld

pág.6Reforma Íntima:Contigo Mesmo

pág.9Do Outro Lado da Vida:Suicídio e Obsessão

Nesta Edição :

Editorial

Família – Base da educaçãoPrezado leitor

Nesta edição apresentamos algumas reflexões dos bons Espíritos que sempre se preocupam com o nosso progresso espiritual, mostrando-nos o caminho da Luz, evidenciando a necessidade da Educação do Espírito.

Em sua mensagem, Deolindo Amorim vem ressaltar a importância da educação moral, que deve se constituir num dos principais objetivos da construção familiar. A sociedade necessita de pais e mães cientes de suas reais responsabilidades frente aos filhos. "Lembrai-vos de que a cada pai e mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?" ¹.

A família é a base da educação."O relaxamento dos laços de família seria a recru-descência do egoísmo" ². É na família que o Espírito reencarnante deverá encontrar subsídios para reorientar sua caminhada em direção a Deus.

Um dos alicerces da segurança familiar é a prece em família e "o Culto do Evan-gelho no Lar é tão necessário quanto o pão que se tem à mesa". ³

Finalizamos com uma palavra amiga: amem seus filhos e confiem no amparo de Jesus. E lembrem-se de que o amor promove a paz.

Que Deus abençoe nossa família.

(¹) O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, XIV, 9.(²) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775.(³) Irmão José (veja texto de reflexão nesta edição, seção "A Família na Visão Espírita").

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Clareando as ideias com Kardec

c o r a g e m d a F é

A coragem das opiniões próprias sempre foi tida em grande estima entre os homens, porque há mérito em afrontar os perigos, as perseguições, as contradições e até os simples sarcasmos, aos quais se expõe, quase sempre, aquele que não teme proclamar aber-tamente ideias que não são as de toda gente. Aqui, como em tudo, o merecimento é proporcionado às circunstâncias e à importância do resultado. Há sempre fraqueza em recuar alguém diante das consequências que lhe acarreta a sua opinião e em renegá-la; mas, há casos em que isso constitui covardia tão grande, quanto fugir no momento do combate. Jesus profliga essa covardia, do ponto de vista especial da sua doutrina, dizendo que, se alguém se envergonhar de suas palavras, desse também ele se envergonhará; que renegará aquele que o haja renegado; que reconhecerá, perante o Pai que está nos céus, aquele que o confessar diante dos homens. Por outras palavras: aqueles que se houverem arreceado de se confessarem discípulos da verdade não são dignos de se verem admitidos no reino da verdade. Perderão as vantagens da fé que alimentem, porque se trata de uma fé egoísta que eles guardam para si, ocultando-a para que não lhes traga prejuízo neste mundo, ao passo que aqueles que, pondo a verdade acima de seus interesses materiais, a proclamam abertamente, trabalham pelo seu próprio futuro e pelo dos outros.

Assim será com os adeptos do Espiritismo. Pois que a doutrina que professam mais não é do que o desenvolvimento e a aplicação da do Evangelho, também a eles se dirigem as palavras do Cristo. Eles semeiam na Terra o que colherão na vida espiritual. Colherão lá os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza.Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXIV, itens 13 a 16, Editora FEB.

Aquele que me confessar e me reconhecer diante dos homens, eu também o reconhecerei e confessarei diante de meu Pai que está nos céus; - e aquele que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. - (S. Mateus, cap. X, vv. 32 e 33.)

Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do Homem também dele se envergonhará, quando vier na sua glória e na de seu Pai e dos santos anjos. (S. Lucas, capítulo IX, v. 26.)

Que definição se pode dar da moral?“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem

quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”

Como se pode distinguir o bem do mal?“O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei

de Deus. Fazer o mal é infringi-la.”

Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal?“Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu inteligência para distinguir um do outro.”

Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?

“Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.”

A regra do bem e do mal, que se poderia chamar de reciprocidade ou de solidariedade, é inaplicável ao proceder pessoal do homem para consigo mesmo. Achará ele, na lei natural, a regra desse proceder e um guia seguro?

“Quando comeis em excesso, verificais que isso vos faz mal. Pois bem, é Deus quem vos dá a medida daquilo de que necessitais. Quando excedeis dessa medida, sois punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades. Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo sofrimento. Se atendesse sempre à voz que lhe diz - basta, evitaria a maior parte dos males, cuja culpa lança à Natureza.”

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 629 a 633, Editora FEB.

o B e m e o m a l

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 3

Mensagem Mediúnica

LocaL: centro espírita irmão cLarêncio

Encontros EspíritasEm Fevereiro

6° encontro espírita sobre a Vida e obra de YVonne pereira

tema - YVonne e a discipLina no trabaLho do bem e no trabaLho mediúnico propriamente dito.dia - 16 / 03 /2014hora - 8:30 às 13:00

16° encontro espírita sobre "a Gênese"tema - Fundamentos da reVeLação espírita

dia - 02 / 02 /2014hora - 8:30 às 13:00

"Qual é, meus amigos, esse bálsamo poderoso, que possui tanta virtude, esse bálsamo que se aplica sobre todas as chagas do coração e consegue curá-las? É o amor, é a caridade! Se tiverdes esse fogo divino, o que podereis temer?" (E.S.E., cap. VIII item 19).

N as rogativas endereçadas a Jesus, na maioria das vezes nos dirigimos a Ele nos momentos das dores, das lutas e das dificuldades.

Sem dúvida que as nossas preces serão sempre ouvidas e, dentro das Leis Divinas, receberemos as respostas, o socorro, o amparo adequado aos nossos méritos e necessidades.

Mas, também aprendamos com Ele e, nesses momentos em que rogarmos, pensando unicamente nas nossas necessidades, lembremos, também, de solicitar o amparo, o socorro, a sua assistência amorosa para com todos aqueles que no mundo também passam por suas dores, aflições, lutas e dificuldades.

Se rogamos o perdão para as nossas faltas, aprendamos nesse momento o valor de perdoarmos aqueles que nos devem, aqueles que nos perseguem.

Se rogamos as bênçãos da paz aos nossos espíritos, aos nossos corações atormentados, aprendamos a nos trabalhar para sermos, conforme as Suas orientações, os pacificadores no mundo.

São tantas lições, tantos ensinamentos que nos convidam cada dia a nos tornarmos um homem de bem, que aquele que se identifica com as suas lições, ao mesmo tempo, estará em plena sintonia com as Leis de Deus.

Aprendamos, pois, com Ele, o Mestre da luz e da paz; recordemos mais uma vez a Sua vinda, a importância da sua presença entre nós há tantos séculos.

Não duvidemos de que Ele é o verdadeiro Pastor a nos guiar pelos caminhos da evolução e, ao nos dirigirmos a Ele, o reconheçamos como realmente o Mestre que é capaz de nos ajudar e nos redimir diante das Leis de Deus.

Aprendamos, pois, com Ele, manso, pacífico, aquele que veio exemplificar e vivenciar as Leis de Deus entre nós.

Que a Sua paz, pois, nos visite a alma nessa noite; que essa paz permaneça em nossos corações pelos próximos dias; que essa paz também nos ajude a convivermos melhor uns com os outros.

Graças a Deus.

o irmão inácio

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 18 de dezembro de 2013).

24° encontro espírita sobre medicina espirituaL(Somente para médiunS)seção :técnica de passes

dia - 23 / 02 /2014hora - 8:30 às 13:00

Em Março

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 4

Espiritismo na

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Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

c ó d i g o P e n a l d a V i d a F u t u r a ( 2 ª P a r t e ) Toda falta cometida, todo mal reali-zado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for em urna existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si. Aquele que se quita numa existência não terá necessidade de pagar segunda vez.O Espírito sofre, quer no mundo cor-poral, quer no espiritual, a consequência das suas imperfeições. As misérias, as vi-cissitudes padecidas na vida corpórea, são oriundas das nossas imperfeições, são ex-piações de faltas cometidas na presente ou em precedentes existências. Pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida cor-pórea, pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anterior existência, e das imperfeições que as originaram.A expiação varia segundo a natureza e gravidade da falta, podendo, portan-to, a mesma falta determinar expiações diversas, conforme as circunstâncias, atenuantes ou agravantes, em que for cometida.Não há regra absoluta nem uniforme quanto à natureza e duração do castigo: – a única lei geral é que toda falta terá punição, e terá recompensa todo ato me-ritório, segundo o seu valor.A duração do castigo depende da me-lhoria do Espírito culpado. Nenhuma condenação por tempo determinado lhe é prescrita. O que Deus exige por termo de sofrimentos é um melhora-mento sério, efetivo, sincero, de volta

ao bem. Deste modo o Espírito é sem-pre o árbitro da própria sorte, podendo prolongar os sofrimentos pela pertiná-cia no mal, ou suavizá-los e anulá-los pela prática do bem. Uma condena-ção por tempo predeterminado teria o duplo inconveniente de continuar o martírio do Espírito renegado, ou de libertá-lo do sofrimento quando ainda permanecesse no mal. Ora, Deus, que é justo, só pune o mal enquanto existe, e deixa de o punir quando não existe mais (1); por outra, o mal moral, sendo por si mesmo causa de sofrimento, fará este durar enquanto subsistir aquele, ou diminuirá de intensidade à medida que ele decresça.Dependendo da melhoria do Espírito a duração do castigo, o culpado que ja-mais melhorasse sofreria sempre, e, para ele, a pena seria eterna.Uma condição inerente à inferiorida-de dos Espíritos é não lobrigarem o ter-mo da provação, acreditando-a eterna, como eterno lhes parece deva ser um tal castigo. (2)

(1) Vede cap. VI, nº 25, citação de Ezequiel.

(2) Perpétuo é sinônimo de eterno. Diz-se o limite das neves perpétuas; o eterno gelo.Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, capítulo VIII, itens 9º ao 15º, Editora FEB.obs.: a 1ª parte consta da edição de noVembro de 2013.

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 5

Félicité Robert de Lamennais

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Revista Espírita -Artigos

a comuna de KoenigsFeld,mundo Futuro em miniatura"A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio."(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V, Item 14)

Lê-se no Galneur de Colmar :

A comuna de Koenigsfeld, perto de Villingen, na Floresta Negra, conta cerca de 400 habitantes

e forma um estado modelo em miniatura. Há cinquenta anos, data da existência dessa comuna, jamais aconteceu a um habitante qualquer se envolver com a polícia; nunca houve casos de delitos ou de crimes; du-rante cinquenta anos jamais houve hasta pública ou nasceu um filho natural. Nunca foi aberto um processo nessa comuna. Tam-bém ali não se encontram mendigos.

Tendo sido lida na Sociedade de Paris, esta interessante nota deu motivo à seguinte comunicação espontânea:

"É belo ver a virtude num centro restrito e pobre; lá todos se conhecem, todos se veem e a caridade é simples e grande. Não é o exemplo mais impressionante da solidariedade univer-sal essa pequena comuna? Não é em menor escala o que um dia será o resultado da ver-dadeira caridade, quando esta for praticada por todos os homens? Tudo está aí, espíritas: a caridade, a tolerância. Entre vós, a não ser o socorro ao infortúnio, que é praticado, as re-lações inteligentes, isentas de inveja, de ciúme e de dureza, o são sempre." Lamennais (Mé-dium: Sr. A. Didier)

Qual a causa da maior parte dos males da Terra, senão o contato incessante dos homens maus e perversos? O egoísmo mata a benevo-lência, a condescendência, a indulgência, o devotamento, a afeição desinteressada e todas as qualidades que fazem o encanto e a segu-rança das relações sociais. Numa sociedade de egoístas não há segurança para ninguém, porque cada um, apenas buscando o próprio interesse, sacrifica sem escrúpulo o do vizinho.

Muitas criaturas se julgam perfeitamente honestas, porque incapazes de assassinar e de roubar nas estradas; mas será que aquele que, por cupidez e severidade, causa a ruína de um indivíduo e o impele ao suicídio, reduzindo toda uma família à miséria, ao desespero, não é pior que um assassino e um ladrão? Assassina em fogo brando; e porque a lei não o conde-na e os semelhantes aplaudem sua maneira de agir e sua habilidade, crê-se isento de censuras e marcha de fronte erguida!

Assim os homens estão sempre desconfiados uns dos outros; sua vida é uma ansiedade per-pétua; se não temem o ferro, nem o veneno,

são alvo das chicanas, da inveja, do ciúme, da calúnia, numa palavra, do assassinato moral.Que seria preciso fazer para cessar esse esta-do de coisas? Praticar a caridade. Tudo está aí, como diz Lamennais.

A comuna de Koenigsfeld oferece-nos em miniatura o que será o mundo quando for regenerado. O que é possível em pequena escala sê-lo-á em grande? Duvidar disto seria negar o progresso.

Dia virá em que os homens, vencidos pelos males gerados pelo egoísmo, compreenderão que seguem caminho errado, e quer Deus que eles o aprendam à própria custa, porque lhes deu o livre-arbítrio. O excesso do mal lhes fará sentir a necessidade do bem e eles se voltarão para este lado, como para a úni-ca âncora de salvação.

Quem os levará a isto? A fé séria no futuro, e não a crença no nada depois da morte; a confiança num Deus bom e misericordioso, e não o temor dos suplícios eternos. Tudo está submetido à lei do progresso; os mun-dos também progridem, física e moralmente; mas se a transformação da Humanidade deve esperar o resultado da melhora individual, se nenhuma causa vier acelerar essa transforma-ção, quantos séculos, quantos milhares de anos não serão ainda precisos?

Tendo a Terra chegado a uma de suas fa-ses progressivas basta não mais permitir aos

Espíritos atrasados de aqui reencarnarem, de modo que, à medida que se forem extin-guindo, Espíritos mais adiantados venham tomar o lugar dos que partem, para que em uma ou duas gerações o caráter geral da Humanidade seja mudado.

Suponhamos, pois, que em vez de Espíri-tos egoístas, a Humanidade seja, num dado tempo, formada de Espíritos imbuídos de sentimentos de caridade: em vez de buscarem prejudicar-se, eles se ajudarão mutuamente, viverão felizes e em paz. Não mais ambição de povo a povo e, portanto, não mais guerras; não mais soberanos governando a seu bel-prazer, a justiça em vez do arbítrio, portanto não mais revoluções; não mais os fortes es-magando ou explorando o fraco; equidade voluntária em todas as transações, portanto não mais querelas e chicanas. Tal será o esta-do do mundo depois de sua transformação. De um mundo de expiação e de provas, de um lugar de exílio para os Espíritos im-perfeitos, tornar-se-á um mundo feliz, um local de repouso para os Espíritos bons; de um mundo de punição, será um mundo de recompensa.

A comuna de Koenigsfeld compõe-se in-contestavelmente de Espíritos adiantados, ao menos moralmente, se não cientificamente, e que praticam entre si a lei de caridade e de amor ao próximo; esses Espíritos se reúnem por simpatia nesse recanto bendito da Terra para aí viver em paz, esperando que o possam fazer em toda a sua superfície. Suponhamos que alguns Espíritos trapalhões, egoístas e maus aí venham encarnar-se; em breve semearão a perturbação e a confusão; ver-se-ia restabelecerem-se, como alhures, as querelas, os processos, os delitos e os crimes.

Assim seria o estado da Terra, depois de sua transformação, se Deus a abrisse ao acesso dos Espíritos maus. Progredindo a Terra, aí estariam deslocados e por isso irão expiar seu endurecimento e burilar sua educação moral em mundos menos adiantados.

Fonte: Revista Espírita, julho, 1865.

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 6

Reforma Íntima

".. O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqui-lidade do vosso próximo; termina no limite que não gostaríeis de ver ultrapassado em re-lação a vós mesmos..."( O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 17, item 7).

Como decifrar o dever? De que maneira observar o dever ín-timo impresso na consciência,

diante de tantos deveres sociais, profis-sionais e afetivos que muitas vezes nos impõem caminhos divergentes?

Efetivamente, nasceste e cresceste apenas para ser único no mundo. Em lugar algum existe alguém igual a tua maneira de ser; portanto, não podes perder de vista essa verdade, para encontrar o dever que te compete diante da vida. Teu primordial compromisso é contigo mesmo, e tua ta-refa mais importante na Terra, para a qual és o único preparado, é desenvolver tua in-dividualidade no transcorrer de tua longa jornada evolutiva.

A preocupação com os deveres alheios provoca teu distanciamento das próprias responsabilidades, pois não concretizas teus ideais nem deixas que os outros cumpram com suas funções. Não nos referimos aqui à ajuda real, que é sempre importante, mas à intromissão nas competências do próxi-mo, impedindo-o de adquirir autonomia e vida própria. Assumir deveres dos outros é sabotar os relacionamentos que poderiam ser prósperos e duradouros.

Por não compreenderes bem teu in-terior, é que te comparas aos outros, esquecendo-te de que nenhum de nós

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?"Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo".(L.E, Allan Kardec, questão 919)

“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”. Carl Gustav Jung (Entrevista e Encontros; Editora Cultrix).

c o n t i g o m e s m oestá predestinado a receber, ao mesmo tempo, os mesmos ensinamentos e a fazer as mesmas coisas, pois existem inúmeras formas de viver e de evoluir.

Lembra-te de que deves importar-te somente com a tua maneira de ser. Não podemos nos esquecer de que aquele que se compara com os outros acaba se sentindo elevado ou rebaixado. Nunca se dá o devido valor e nunca se conhece verdadeiramente.

Teus empenhos íntimos deverão ser voltados apenas para tua pessoa, e nunca deverás tentar acomodar pontos de vista diversos, porque, além de te perderes, não ajustarás os limites onde começa a ameaça à tua felicidade, ou à felicidade do teu próximo.

Muitos acreditam que seus deveres são corrigir e reprimir as atitudes alheias. Vivem em constantes flutuações exis-tenciais por não saberem esperar o fluxo da vida agir naturalmente. Asseveram sempre que suas obrigações são em "nome da salvação" e, dessa forma, con-trolam as coisas ou as forçam acontecer, quando e como querem. Dizem: "Faze-mos isso porque só estamos tentando ajudar". Forçam eventos, escrevem roteiros, fazem o que for necessário para garantir que os atores e as cenas tenham o desempenho e o desenlace que determinaram e acreditam, insistentemente, que seu dever é salvar al-mas, não percebendo que só podem salvar a si próprios.

Nosso dever é redescobrir o que é ver-dadeiro para nós e não esconder nossos sentimentos de qualquer pessoa ou de

nós mesmos, mas sim ter liberdade e segurança em nossas relações pessoais, para decidirmos seguir na direção que escolhemos. Não "devemos" ser o que nossos pais ou a sociedade querem nos impor ou definir como melhor. Precisa-mos compreender que nossos objetivos e finalidades de vida têm valor unicamente para nós; os dos outros, particularmente para eles.

Obrigação pode ser conceituada como sendo o que deveríamos fazer para agra-dar as pessoas, ou para nos enquadrar no que elas esperam de nós; já o dever é um processo de auscultar a nós mesmos, des-cortinando nossa estrada interior, para, logo após, materializá-la num processo lento e constante.

Ao decifrarmos nosso real dever, uma sensação de autorrealização toma conta de nossa atmosfera espiritual, e passamos a apreciar os verdadeiros e fundamentais valores da vida, associados a um prazer inexplicável. Lembremo-nos da afirma-ção do espírito Lázaro em "O Evangelho Segundo o Espiritismo": "— O dever é a obrigação moral, diante de si mesmo pri-meiro, e dos outros em seguida'."(1)

hammed

(1) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capí-tulo XVII, Item 7.

Fonte: Renovando Atitudes, psicografia de Francis-co do Espírito Santo Neto, Editora Boa Nova.

"Ainda que sejas interpelado pelo maior malfeitor do mundo, deves guardar uma atitude agradável e digna para informar ou esclarecer. Saber responder é virtude do quadro da sabedoria celestial. Em favor de ti mesmo, não olvides o melhor modo de atender a cada um. " (Lição 77)"Transformemos nossas misérias em lições. Identifiquemos o monturo que a própria ignorância amontoou em torno de nós mesmos, convertamo-nos em adubo de nossa 'terra íntima' e teremos dado razoável solução ao problema de nossos males." (Lição 121) Fonte: Pão Nosso.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 7

Mensagem de Finados

Orientação SeguraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita. Sugestão do mês:nas Fronteiras da Loucura

espírito: manoeL p. de miranda

psicoGraFia: diVaLdo pereira Franco

editora Feb

P reciso falar com muito cuidado, porque, senão, a ansiedade vai me fazer falar de forma atropelada.Nunca pensei, quando encarnado, que eu teria essa oportunidade. Eu tinha muita curiosidade para ver como esse negócio funcionava; e olha que eu fui médium de incorporação dos trabalhos de atendimento aos sofredores! Mas eu

ficava pensando: como funciona esse mecanismo?Nesse período, após a desencarnação, que para muitos, acredito eu, foi uma surpresa, e nos primeiros momentos confesso,

foi um susto, havia projetos e planos que tiveram que ser deixados de lado, porque pertenciam à experiência terrena e, graças a Deus, a presença não só do protetor espiritual e guia, mas de muitos, muitos amigos trabalhadores, não só da Casa, já que pelo coração, me vinculei ao Léon Denis e ao Clarêncio.

A cada momento se acercavam de mim esses espíritos amigos, procurando me dar uma força para que eu não me tumultuasse muito, num estágio natural de perturbação daquele que deixa para traz um corpo e a experiência, nessa mesma existência.

Um dos primeiros conselhos que eu recebi foi que eu precisava ser menos agitado, menos ansioso e aprender a controlar os meus pensamentos e as minhas emoções, porque levei algum tempo para me desvincular dos trabalhos na Casa, dos corações que aqui ficaram, dos problemas familiares, que tantas preocupações me deram, mas, enfim, não era possível que eu fosse pagar o mico de não me lembrar das lições e dos estudos, já que também eu falei muito em torno dessas mesmas lições.

Chamaram minha atenção; preciso realmente me corrigir, mas, hoje aqui estou, não para falar de uma experiência tão pes-soal, porque sei que cada um vai passar por isso, isso realmente é muito íntimo e pessoal, mas para dizer a vocês como é bom — como é bom, não foi bom, mas, sim, bom — a amizade, o carinho, a compreensão de tantos corações amigos; vocês não imaginam a repercussão na alma de quem parte, quando uma lembrança positiva, uma prece sincera chega até nós, o quanto isso também nos sustenta, nos fortalece.

Mas o nosso tempo se esgotou; já estão fazendo o sinal de que preciso parar de falar e eu quando começo a falar , todos lembram que era uma metralhadora, falando, falando, falando, não dava tempo de o outro dizer alguma coisa; mas já estou também me melhorando nesse aspecto, estou aprendendo a ouvir também.

Portanto, o meu abraço. Eu tenho que dizer a vocês que sinto saudades ainda, mas não é uma saudade que dói, que inco-moda, porque, acima de tudo, ela está assentada nas boas lembranças que guardo de todos vocês.

Que o bom Deus, esse Deus de infinita misericórdia, sustente todos os médiuns aqui reunidos para que possam perseverar, nunca desistir, mesmo nas provas mais difíceis e dolorosas que tenham que atravessar na vida. Vale a pena suportar, vale a pena perseverar, vale a pena insistir.

O abraço do fundo do meu coração a todos aqui presentes,henrique

Um grande abraço, um grande abraço, a todos.(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto no CEIC, em 03 de novembro de 2013, na reunião em comemoração pelo Dia de Finados)

“(...) Para libertar-se dos receios da morte, é necessário poder analisá-la sob o seu verdadeiro ponto de vista, isto é, haver penetrado, pelo pensamento, no mundo espiritual e dele fazer uma ideia tão exata quanto possível, o que indica no espírito encarnado certo desenvolvimento e certa capacidade para se desligar da matéria.” (Allan Kardec, O Céu e o Inferno, cap. 2, item 4.).

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 8

Mensagem MediúnicaCursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / No Mundo Maior).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Pro-blema do Ser e do Destino).

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Desobsessão, André Luiz,F.C.Xavier.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Pro-blema do Ser e do Destino).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 15:00 às 16:30Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

aos descuidados da saúde

N ão custa lembrar aos irmãos terrenos o que estão fazendo por aí.

Tudo tem seu planejamento anterior e deve ser seguido da melhor maneira pos-sível, obedecendo aos preceitos adrede combinados.

O que acontece normalmente é que, com o esquecimento do passado e do combinado, acabam deixando de lado muita coisa previamente acertada.

Se têm um corpo, logicamente é porque é necessário que lhe sirva de vestimenta para o desempenho das tarefas que lhes cabem realizar.

Ah, como é nobre essa vestimenta! Mas acontece que dão muito pouco valor a ela.

É fator de evolução que se trabalhe muito no bem, concordam?

Mas como fazer se não derem o devido valor ao corpo?

A saúde vem de dentro de cada um, mas poucos se cuidam a contento.

No mundo moderno, todos estão muito preocupados com afazeres e pecúnia.

Vamos prestar mais atenção aos conse-lhos médicos, psicológicos, espirituais.

Não é para deixar de lado o dinheiro, mas devem lembrar-se de que é meio, e não um fim em si mesmo.

Façam uma análise e verifiquem como estão levando o seu dia a dia, e irão ver que, na maior parte das vezes, estão num com-portamento totalmente equivocado.

Não se alimentam devidamente, não usam os líquidos devidos, e não repousam como devem fazer.

Lembrem-se, por exemplo, de que seu corpo é composto, na maior parte, de água que, não reposta, causa traumas no organismo.

Os alimentos corretos completam a ener-gia necessária à manutenção das células, as usinas que geram a energia da vida.

Não olvidem também o corpo espiritu-al, através do grande alimento que são as preces, nos momentos certos.

Através da prece analisem como fica a fé, se não se reforça e renova a cada dia.

Deem a devida importância à família, ninho de amor que na certa cada um, pelo menos teoricamente, constituiu.

Abandonem os maus pensamentos, pois arruínam, também, nossos corpos, seja o físico ou os quintessenciados.

Não deem vazão à ira, ao rancor, ao desdém, ao desprezo, pois, assim plan-tando, poderão colher mais tarde.

Usem o perdão como caixa de ressonân-cia do amor.

Cuidem e deem amparo às crianças e aos idosos, pois não terão nada a perder.

Guardem sempre na mente que é um privilégio estarem reencarnados nesse pla-neta, que é realmente uma escola, com direito a recuperação, e tudo o mais.

Considerem-se aprendizes da benevolên-cia, da paciência, da bondade, da caridade, que se praticadas somam muitos pontos ao caminho da evolução.

Guardem mais um recado a respeito do invólucro carnal: se não for devida-mente cuidado, alimentado com muita energia, seja espiritual ou material, po-derão não chegar ao fim de mais essa jornada, para a qual estão aqui nesse momento.

Cuidem do corpo como a joia mais rara que possuem!

Que a paz esteja sempre com todos.bezerra

Psicografia: Marcello Côrtes,em 04/03/13.

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 9

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Do Outro Lado da Vida

Amigos:

H á duas palavras com significa-ção muito diferente na Terra e na Vida Espiritual. Uma delas é

"consciência", a outra é "responsabilidade".No plano físico, muitas vezes consegui-

mos sufocar a primeira e iludir a segunda temporariamente, mas, no campo das Ver-dades Eternas, não será possível adormecer ou enganar uma e outra. A consciência revela-nos tais quais somos, seja onde for, e a responsabilidade marca-nos a fronte com os nossos merecimentos, culpas ou compromissos. Enquanto desfrutais o aprendizado na experiência humana, acautelai-vos na conceituação dessas duas forças, porque o pensamento é a energia coagulante de nossas aspira-ções e desejos. Por isso, não fugiremos aos resultados da própria ação. Fala-vos humilde companheira que ainda sofre, depois de aflitiva tragédia no suicídio, alguém que conhece de perto a respon-sabilidade na queda a que se arrojou, infeliz. O pensamento delituoso é assim como um fruto apodrecido que coloca-mos na casa de nossa mente.

De instante a instante, a corrupção se dilata e atraímos em nosso desfa-vor todos aqueles elementos que se afinam com a nossa invigilância e que se sentem garantidos por nossa incú-ria, presidindo-nos a perturbação que fatalmente nos arrasta a grande perda. Obsidiada fui eu, é verdade.

Jovem caprichosa, contrariada em meus impulsos afetivos, acariciei a ideia da fuga, menoscabando todos os favores que a Providência Divina me concedera à estrada primaveril. Acalentei a ideia do suicídio com volúpia e, com isso, através dela, fortaleci as ligações deplo-ráveis com os desafetos de meu passa-do, que falava mais alto no presente. Esqueci-me dos generosos progenitores, a quem devia ternura; dos familiares, junto dos quais me empenhara em abençoadas dívidas de serviço; olvidei meus amigos, cuja simpatia poderia tomar por valioso escudo em minha justa defesa, e desviei-me do campo de sagradas obrigações,

s u i c í d i o e o B s e s s ã oContinuando, quanto possível, a série de estudos da mente desencarnada, em posição de sofrimento, além do sepulcro, na noite de 15 de março de 1956 nossos benfeitores espirituais trouxeram à comunicação a jovem Hilda (Espírito), suicida em reajuste, que nos ofertou interessantes apontamentos em torno da sua situação.

ignorando deliberadamente que elas, representavam os instrumentos de mi-nha restauração espiritual. Refletia no suicídio com a expectação de quem se encaminhava para uma porta liberta-dora, tentando, inutilmente, fugir de mim mesma. E, nesse passo desacerta-do, todas as cadeias do meu pretérito se reconstituíram, religando-me às trevas interiores, até que numa noite de supre-mo infortúnio empunhei a taça fatídica que me liquidaria a existência na carne. Refiro-me a essa hora terrível e inolvi-dável, para fortalecer em vosso espírito a responsabilidade do pensamento cria-do, alimentado, e vivido...

No momento cruel, um raio de luz clareou-me por dentro!... Eu não de-veria morrer, assim, comecei a pensar. Cabia-me guardar nos ombros, por tí-tulo de glória, a cruz que o Senhor me confiara!... Imensa repugnância pela de-serção, de súbito, iluminou-me a alma; entretanto, na penumbra ao quarto, rostos sinistros se materializaram de leve e braços hirsutos me rodearam. Vozes inesquecíveis e cavernosas infundiram-me estranho pavor, exclamando: – "É preciso beber." A bênção do socorro ce-leste fora como que abafada por todas as correntes de treva que eu mesma nutri-ra. Debalde minha mão trêmula ansiou desfazer-se do líquido fatal. Esvaíram-se-me as forças. Senti-me desequilibra-da e, embora sustentasse a consciência do meu gesto, sorvi, quase sem querer, a poção com que meu corpo se rendeu ao sepulcro.

Em verdade, eu era obsidiada... Sofria a perseguição de adversários, residen-tes na sombra, mas perseguição que eu mesma sustentei com a minha desídia e ociosidade mental. Corporificara, imprevidente, todas as forças que, na extrema hora, me facilitaram a queda. Conservando a ideia lamentável, acabei lamentando a minha própria ruína. Em razão disso, padeci, depois do túmulo, todas as humilhações que podem rebai-xar a mulher indefesa... Agora, que se

me refazem as energias, recebi a graça de acordar nos amigos encarnados a noção de "responsabilidade" e "consci-ência", no campo das imagens que nós mesmos criamos e alimentamos, serviço esse a que me consagrei, até que novo estágio entre os homens me imponha à recapitulação total da prova em que vim a desfalecer.

É por essa razão que terminamos as nos-sas frases despretensiosas, lembrando a vós outros que o pensamento deplorável, na vida intima, é assim como o detrito que guardamos irrefletidamente em nosso tem-plo doméstico. Se somos atenciosos para com a higiene exterior, usando desinfetan-tes e instrumento de limpeza, assegurando a saúde e a tranquilidade, movimentemos também o trabalho, a bondade e o estudo, contra a dominação do pensamento infe-liz, logo que o pensamento infeliz se esboce levemente na tela de nossos desejos imani-festos. Cumpramos nossas obrigações, visitemos o amigo enfermo, atendamos à criança desventurada, procuremos a execução de nossas tarefas, busquemos o convívio do livro nobre, tentemos a conversação robusta e edificante, refu-giemos-nos no santuário da prece e de-votemos- nos à felicidade do próximo, instalando-nos sob a tutela do bem e agindo sempre contra o pensamento in-sensato, porque, através dele, a obsessão se insinua, a perseguição se materializa, e, quando acordamos, diante da própria responsabilidade, muitas vezes a nossa consciência chora tarde demais.

hiLda

Fonte: Vozes do Grande Além, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 39, Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 10

Reunião de Trabalhadores do CEIC

FeVereiro - dia 21 / 6ª Feirahorário - 19:00LocaL - Centro Espírita Irmão Clarêncioestudo - O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

Atenção!

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

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Yvonne A. PereiraProcure a Secretaria de Cursos

para informações

Yvonne Pereira - uma Seareira de Jesus

me n s a g e m d a es P e r a n ç aQueridos irmãos.

Que Jesus em sua infinita misericórdia e bondade abençoe os nossos corações.

Que possamos analisar as considerações que serão formuladas com muita tranqui-lidade encarando com muita singeleza tudo aquilo que nos será passado.

Quem vos fala, queridos irmãos, é uma irmã de todos vocês, que vivenciou as be-nesses, os benefícios que a Doutrina Espírita pode proporcionar a um coração. Junto a muitos trabalhadores desta Casa, fui eu a escalada para estar aqui junto a vocês, na noite de hoje, trazendo algumas simples considerações que, esperamos em Jesus, possam estimulá-los, fortalecê-los, nesta proposta da vivência do Evangelho Redivivo da Doutrina dos Espíritos.

E ao longo da minha trajetória, por mui-tos já conhecida, os momentos que me trouxeram mais alegria, mais refrigério, mais encorajamento, diante das agruras vivenciadas, foram exatamente momen-tos como estes, momentos de intercâmbio com a Luz, momentos de atividade junto à Casa Espírita. E, através destas oportunidades, consegui forças necessárias para trilhar a minha existência com determinação, com esperança, com certeza de um porvir melhor.

Quem vos fala, queridos irmãos, sou eu Yvonne. Yvonne que, como muitos sabem, vivenciou experiências amargas na traje-tória, e encontrou na Doutrina dos Espí-ritos o sustentáculo capaz de auxiliar-me na minha existência. O fruto dos estudos, o fruto dos trabalhos, junto aos irmãos do caminho, me proporcionaram a redenção de minh’alma. A redenção de minha’alma, queridos irmãos, isto a Doutrina Espírita proporcionou.

Em alguns momentos da minha existên-cia, eu trazia em meu coração dores, tristezas, desânimo, muitas vezes. Mas, através do in-tercâmbio com o Plano Maior, através do contato com os enfermos, através das pre-ces realizadas, eu conseguia viajar e sentir a misericórdia de Deus banhando o meu coração. E é por isso que talvez tenha sido a escolhida para vir ter com vocês, na noite de hoje, para dizer que tudo aquilo que hoje foi referido acerca do estudo, acerca de tudo que o Senhor Jesus pode nos proporcionar é a pura e total expressão da realidade.

Como foi bom poder usufruir dessas benes-ses. Como é importante, ainda hoje, poder participar, compartilhar dessas vibrações ame-nas, amorosas, estimulantes, encorajantes, que a Doutrina dos Espíritos, o Consolador prometido por Jesus, proporciona a cada um de nós. E as minhas considerações singelas, sem maiores pretensões, na noite de hoje, é

para que todos continuemos firmes nesta proposta, queridos irmãos, para que todos nós arregacemos as mangas, com felicidade, com alegria, com a satisfação da certeza de que somos imortais, da certeza de que o Pai nos ama a todos indistintamente. Na certe-za de que podemos, gradativamente, galgar degraus rumo ao processo de redenção que aguarda cada um de nós, Espíritos compro-metidos com a Lei, mas já no esforço de nos vencermos, já no esforço de buscarmos a concretização dos ideais propostos para to-dos nós, o propósito de seguirmos rumo à felicidade que aguarda a todos, incondicio-nalmente.

Então, meus queridos irmãos, neste dia tão especial para este espaço de amor, neste espaço que foi erguido objetivando atender a esta comunidade tão sedenta de refrigério para as suas almas, nesta comunidade ne-cessitada de paz para os corações que nela residem, para que todos se sintam envol-vidos pela luz e que caminhem, estudando estes ensinamentos. Caminhem de maneira resoluta, determinada, consciente de que o amparo sempre se faz aos corações que se encontram no esforço de galgarem de-graus na escala ascensional que se encontra ao alcance de todos aqueles que com boa vontade buscam a vivência do Evangelho Redivivo.

Dores? Lutas? Desencantos? Fazem parte deste processo pedagógico que todos nós necessitamos para que saibamos valorizar a vida, para que saibamos aproveitar a vida, para que saibamos valorizar a cada momento que se descortina diante de nós.

Que, nesta noite memorável para os nos-sos corações, possamos lançar um "Hosana nas Alturas", um agradecimento ao Alto por ter nos concedido a dádiva de ter esse espa-ço para refazermos as nossas energias. Temos este espaço para revigorarmos as nossas forças e caminharmos com Jesus rumo ao porvir de alegrias imemoráveis que aguardam a cada um de nós.

Queridos irmãos, que Jesus, em sua infini-ta misericórdia, balsamize os nossos corações, traga a cada um de nós o alento, a esperança, a coragem para seguirmos, sem esmorecimento, rumo ao porvir de alegria que aguarda a cada um de nós.

Que Jesus nos abençoe, queridos irmãos. Muita paz a cada coração aqui presente!sua irmã YVonne.(Mensagem psicofônica recebida pela médium Edna Cândida, em 20/10/2005, no Núcleo Espí-rita Antonio de Aquino, RJ).

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 11

Educação — Senda de Luz

continua na páG.12

e d u c a ç ã o m o r a l n e c e s s á r i a (1)

O que vem acontecendo com as famílias modernas?Por que um grau de desagrega-

ção, cada vez maior, vem tomando conta, em relação a valores morais?

Por que as drogas vêm tomando con-ta dos jovens, cada vez mais em crise existencial?

Devo confessar que é uma longa nar-ração a discorrer, para que se chegue a um consenso, que deverá mexer com os brios dos componentes do seio familiar.

Começando do início, vamos rebus-car as origens de grandes mudanças, destacadamente pleiteadas à época pela juventude europeia, quando rei-vindicavam maior grau de liberdade, notadamente no que se relacionava ao sexo feminino.

A opressão que mantinha as mulheres sob a dependência masculina, mais di-retamente ligada ao controle da criação dos filhos, as transformava em quase escravas.

O homem funcionava praticamente como um reprodutor, não se sentindo responsável na participação de afazeres domésticos, deixando-o, assim, livre para agir, conforme sua consciência e seu caráter o orientasse.

Vale lembrar que as famílias, à época, geravam, de maneira bem mais tranqui-la, uma quantidade de filhos bastante considerável.

Com justa razão, então, começaram elas, tomando parte em manifestações reivindicatórias, fazer valer direitos, até então inimagináveis para o contexto so-cial vigente.

E as reivindicações foram, gradativa-mente, tomando maior vulto, no sentido de que a liberdade de conduta feminina fosse se tornado uma realidade, a ponto de os direitos confrontarem-se com os masculinos.

A par disso, muitos movimentos aconteceram, com lideranças femininas criando forças para chegarem ao que convencionaram chamar de movimen-tos das "feministas" propondo soluções, nem sempre muito convencionais, para aquilo que pretendiam alcançar.

Concomitantemente, como resulta-do de pesquisas científicas, surge o que seria o grande ponto de mudança no comportamento sexual da mulher: a

pílula anticoncepcional, o que, de certa maneira, começou a torná-la um pouco mais dona do seu nariz, pois agora seria possível exercer melhor controle a res-peito de sua ovulação.

E, mais uma vez, vem o sexo comandar, como sempre foi desde que o mundo é mundo, o comportamento relacional en-tre casais, de um modo geral, mas, agora, gerando um afrouxamento na valorização do que antes era tido como "virgindade".

Isso trouxe o que, com muita proprie-dade, passou a chamar-se de "liberdade sexual", trazendo a reboque consequên-cias que fizeram com que pais e mães tivessem que rever toda a conceituação de sua escala de valores, a esse respeito, trazida de criações tradicionais antigas.

Na certa, balançou a estrutura familiar, incentivando a rebeldia de filhos e filhas, pois a falsa sensação de liberdade fez com que muitos se afastassem de seus lares, a pretexto de viverem "suas vidas".

E não para por aí o embrolho das rei-vindicações, não. Sob a impulsão das "feministas" o sexo dito "frágil" foi mais adiante, querendo agora igualdade total aos direitos disponíveis para os homens, o que, em princípio, seria uma transforma-ção bastante radical.

Aos poucos, contudo, foram as "meni-nas" ganhando terreno nesse sentido de conquista, cuja meta mais importante era chegar ao mercado de trabalho, até então predominantemente masculino.

E chegaram lá, não sem muito esforço, não sem a discriminação e concorrência deles, mas chegaram, sabendo-se muito bem que a igualdade almejada ainda está longe de acontecer, mas lá estão elas ocu-pando cargos, que antes somente eram preenchidos por eles.

Esse sintético retrospecto, com muita omissão de pormenores, destina-se a chegar ao ponto de interesse principal deste texto: a educação moral necessária, que demanda uma urgência deveras preocupante.

Como quero falar de família, o gran-de destaque foi à parte sexual, tendo em mente que o ponto de união entre os casais objetiva, primordialmente, esse tema, secundado pela orientação de te-rem filhos.

A coroação da vida de um casal unido, em princípio por se amarem, sempre foi a de criarem filhos, o que, na atualidade,

se caracteriza pelo "planejamento" de os deixarem reencarnar em menor número, face às dificuldades diante da problemá-tica imposta pelos entraves do convívio numa sociedade em transformação ra-dical, mas certamente necessária.

Neste ponto, começo a abordar o tema em pauta, mostrando como se tem visto as relações no dia a dia dos casais que se repartem entre o lar, o trabalho e a sociedade, enfocando, em primeiro plano, aquela que deveria ser o esteio maior do convívio familiar, criando uma boa estrutura educacional de base, face ao esperado comportamento de relação entre pais e filhos.

Contudo, verificamos que o "calcanhar de Aquiles" das relações familiares passou a ser aquele em que a fêmea do casal pre-cisa trabalhar, diante da necessidade de complementar o orçamento doméstico, tomando-lhe boa parte do tempo em que deveria dar maior assistência no lar, conduzindo a prole dentro dos padrões em que os cuidados indispensáveis, com apoio maior no amor e no carinho, deve-riam estar no topo da prioridade de sua agenda.

Como consequência, o que se vê são crianças "abandonadas" aos cuidados de terceiros, no caso aqui inomináveis, mas terceiros, ressalvados os cuidados dispensa-dos pelos avós, mas ressaltando, por outro lado, que a doçura demasiada conduz ao relaxamento da energia a ser aplicada na devida educação de cada um.

Não quero aqui punir, nem crucificar a mulher por ter que levar a efeito um trabalho fora de casa, mas sim alertar para o fato de que se isso implica não dar a devida atenção à criação daqueles entes pelos quais se tornou responsável, ao assumi-los pela reencarnação, como fruto de uma relação sexual, algo deve estar muito errado, no que se refere à omissão e falta de dedicação.

Sempre é bom lembrar que quando alguém reencarna em uma determinada família não é por acaso, e sim fruto de um planejamento no plano espiritual, com envolvimento do próprio casal, participação e muito apoio de espí-ritos orientadores, e isso não poderá ser deixado de lado, muito menos ser esquecido.

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 12

Educação — Senda de Luz

O Pensamento de Léon Denis

e d u c a ç ã o m o r a l n e c e s s á r i a (1) ( c o n t . p á g . 1 1 )

A Doutrina Espírita assinala muito bem que pais e mães são os respon-sáveis pelo apoio incondicional à

educação de seus filhos, no mais amplo sentido da palavra, e assim responsabiliza, com grande ênfase, as mães pela falta de assistência, que, porventura, não estejam dedicando aos seus tutelados.

Até agora venho dando maior destaque ao comportamento materno, mas há que lembrar que os pais são tão responsáveis quanto as mães, ressalvando-se as atribui-ções específicas de cada um, sendo notório que os pais devem colaborar no dia a dia da criação, participando de tarefas em que se podem aplicar bem mais, tornando a vida do casal bem mais evoluída.

As energias trocadas pelos pares do casal devem ser aquelas em que o amor, a dedi-cação, o esforço para fazer de cada ser um cidadão de bem, considerando o amor, o respeito e a atenção ao próximo como a grande motivação de suas vidas.

Encontra-se na evangelização espírita um grande apoio na educação moral dos seres inteligentes, disponibilizando um roteiro disciplinar de conduta, diante dos

irmãos na carne, que, em sendo apli-cado, criará cidadãos empenhados com a evolução do mundo, e não so-mente com sua individualidade.

Não é à toa que temos visto tanta droga tomar conta de uma juventu-de, que se vem conduzindo sem a mínima noção de valores essenciais à própria vida.

A falta de arcabouço moral e espiritu-al, que deveria começar dentro de seus lares, tem conduzido a que se espelhem naqueles que se apresentam como ídolos, na realidade só de fachada, somando-se a isso a falta de crença em um Deus que a tudo vê e a tudo provê, tirando-lhes a es-cada do crescimento individual, criando cidadãos de mentes e corações vazios.

Vamos pensar seriamente em que na juventude sempre estará a esperança de um mundo melhor, mas sem base moral, sem base espiritual e religiosa, sem base no amor ao próximo e à fa-mília, não iremos nunca atingir esse desiderato.

Injetem em cada cabecinha sob a sua responsabilidade uma religião

sólida, preferencialmente através da Doutrina Espírita, que tem na cren-ça na reencarnação a explicação e solidificação sobre o porquê da vida, consequentemente da morte, sobre o porquê de estarmos juntos em uma família, em uma sociedade, em um país, no mundo, no universo.

A crença na reencarnação faz com que se enxergue o mundo, consequente-mente seus habitantes, como próximos que devem ser amados, como afirma a mensagem do Cristo: "amar o próximo com a si mesmo" !

Não deixem que aqueles que estive-rem junto aos seus cuidados percam a oportunidade de aproveitar mais uma reencarnação, para evoluírem juntos, somando forças para atingirmos a evo-lução global!

deoLindo amorim

Mensagem recebida pelo médium Marcello Côrtes, iniciada em 29/09/13 e concluída em 30/09/13.

Qual o homem que, nas horas de silêncio e recolhimento, já deixou de interrogar a Natureza e o seu

próprio coração, pedindo-lhes o segredo das coisas, o porquê da vida, a razão de ser do Universo? Onde está esse que não tem procurado conhecer os seus destinos, er-guer o véu da morte, saber se Deus é uma ficção ou uma realidade? Não há ser hu-mano, por mais indiferente que seja, que não tenha enfrentado algumas vezes com esses grandes problemas. A dificuldade de resolvê-los, a incoerência e multiplicidade das teorias que daí se derivam, as deplorá-veis consequências que decorrem da maior parte dos sistemas conhecidos, todo esse conjunto confuso, fatigando o espírito humano, o tem atirado à indiferença e ao cepticismo.

d e V e r e l i B e r d a d eEntretanto, o homem tem necessida-

de de saber; precisa do esclarecimento, da esperança que consola, da certeza que guia e sustém. Também tem os meios de conhecer, a possibilidade de ver a verdade desprender-se das trevas e inundá-lo com sua luz benéfica. Para isso, deve afastar-se dos sistemas pre-concebidos, perscrutar-se a si próprio, escutar essa voz interior que fala a todos e que os sofismas não podem deturpar: a voz da razão, a voz da consciência.

Assim fiz eu. Muito tempo refleti; meditei sobre os problemas da vida e da morte; com perseverança son-dei esses abismos profundos. Dirigi à Eterna Sabedoria uma ardente invo-cação e Ela me atendeu, como atende a todo espírito animado do amor do

bem. Provas evidentes, fatos de observa-ção direta vieram confirmar as deduções do meu pensamento, oferecer as minhas convicções uma base sólida, inabalável. Depois de duvidar, acreditei; depois de ter negado, vi. E a paz, a confiança, a força moral desceram sobre mim. Eis os bens que, na sinceridade do meu coração, desejoso de ser útil aos meus semelhantes, venho oferecer aos que sofrem e desesperam.

Jamais a necessidade da luz fez sentir-se de um modo mais imperioso. Uma transformação imensa se opera no seio das sociedades humanas.

continua na páG.14

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 13

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Personalidade Espírita

Francisco antônio Bastos: oPerosidade, esPírito de sacriFício e PerseVerança no Bem

N ascido em São Paulo, no dia 6 de janeiro de 1850 e desencarnado no dia 19 de agosto de 1929, com a

idade de 79 anos.Muito jovem dedicou-se aos trabalhos

altruísticos ao lado da grande missionária anáLia Franco, fazendo as escritas fiscais de mais de 70 obras assistenciais por ela fun-dadas no Estado de São Paulo, abrangendo Escolas Maternais, Escolas Elementares, Al-bergues Noturnos, Colônia Regeneradora, vinte e três lares para crianças abandonadas e um Patronato Agrícola.

A convivência de anáLia Franco e Francisco antônio bastos no trabalho cristão e espírita da assistência social era tão antigo que, no ano de 1906, apesar de ambos terem mais de 50 anos de idade, resolveram casar-se, unindo assim os seus esforços para que a obra não viesse a so-frer solução de continuidade.

No decurso da 1ª Guerra Mundial profun-da crise avassalou as instituições mantidas pelo casal, devido aos cortes nas subvenções oficiais e outros auxílios recebidos da população. Essa situação de emergência fez com que o casal promovesse extensa excursão artística pe-las cidades do interior do Estado, levando a "Banda Musical Feminina Regente Feijó", composta por suas educandas e por um gru-po dramático formado pelas participantes da "Colônia Regeneradora D. Romualdo". Deste modo foram conseguidos os recursos ne-cessários para a manutenção daquelas ins-tituições: duzentos e trinta contos de réis, pequena fortuna naquela época.

anáLia Franco, que após o seu consórcio acrescentou ao seu nome o sobrenome Bas-tos, imortalizou-se como figura máxima de mulher dedicada e bondosa, conseguindo projetar seu nome em todo o Brasil, dado o seu trabalho infatigável e entrecortado de idealismo. Francisco antônio bastos foi o seu assessor mais dedicado, desde os primórdios do seu trabalho, apagando-se na humildade e dando os mais vivos testemu-nhos na singular prova de amor espiritual, que o ligava àquela renomada seareira.

Após a desencarnação de anáLia, ocorrida no dia 13 de janeiro de 1919, como prova de sua dedicação e afeto, fundou o "Asilo de Órfãos Anália Franco", na cidade minei-ra de Juiz de Fora, fato ocorrido em junho desse mesmo ano, tudo com o objetivo de perseverar na difusão dos benefícios que sua esposa se acostumara a realizar e dos quais o

seu magnânimo coração era vasto celeiro.Na cidade de Juiz de Fora sofreu a incom-

preensão da população. Encontrou na cidade a mais tenaz resistência, pois dada a sua con-dição de espírita, esbarrou com a intolerancia religiosa ali prevalecente. O povo somente aca-tava solicitações feitas pela religião majoritária. Batalhador infatigável, sofreu toda a sorte de perseguições, inspiradas pelo pároco da igreja local, vendo-se finalmente na dura contingên-cia de transferir a sede da instituição para o Rio de Janeiro, onde se instalou em maio de 1922, no bairro do Méier.

Com a ajuda de um grupo dedicado de auxiliares, conseguiu receber o apoio irres-trito de muitos, e sem qualquer espírito de hegemonia, elevou a simpática instituição a uma situação bastante privilegiada.

Com o decorrer do tempo conseguiu adquirir bela e acolhedora casa na Rua da Figueira, hoje Avenida Marechal Rondon, no bairro do Rocha, onde a instituição se consolidou de forma definitiva.

É digno de registro que a fundação do Lar dos Órfãos em Juiz de Fora, como salutar exemplo de desprendimento desse grande apóstolo da caridade, deve-se inteiramen-te ao montepio legado por sua esposa, na importância de dezesseis contos de réis que, num gesto liberal muito do seu feitio, doou à instituição, fazendo questão que essa doa-ção constasse de uma das atas de sua direto-ria, lavrada em fins de 1922.

Francisco antônio bastos era intimorato empreendedor de obras sociais, deixando entre-ver o seu espírito sonhador, arguto e realizador,

assessorando anáLia Franco na disseminação de numerosas obras assistenciais que passaram a constituir uma das mais monumentais reali-zações da época.

Contagiado pelo espírito de luta de sua companheira desencarnada, ele adquiriu a virtude de tudo vencer sem esmorecimento. Organizou numerosas instituições espíri-tas onde atuou como dirigente; editou duas revistas:"Nova Revelação" e "Natalício de Jesus", tornando-se o seu redator-chefe, órgãos esses que pertenciam à Colônia Regeneradora D. Ro-mualdo.

Sua incrível operosidade, espírito de sa-crifício, energia e perseverança no bem, traduziram-se em autênticas conquistas es-pirituais. Foi também dedicado trabalhador no campo da difusão doutrinária do Espiri-tismo, proferindo conferências e encetando tarefas de diversos matizes. Foi verdadeiro "pai" para as crianças abrigadas no "Anália Franco", as quais o estimavam e respeitavam sobremaneira, dispensando-lhe carinho e gratidão.

Seu regresso ao plano espiritual foi prece-dido de insidiosa enfermidade que o pren-deu ao leito por vários dias. O venerando velhinho de longas barbas e grande coração foi autêntico seguidor de Jesus Cristo, pois tudo o que fez ele, aprendeu a fazê-lo nas páginas dos Evangelhos, assim como os con-soladores ensinamentos que sabia espargir, ele os assimilou nas obras básicas da Dou-trina Espírita.Fonte:Os Grandes Vultos do Espiritismo.Autor:Paulo Alves Godoy.(Subsídios fornecidos por Antônio de Souza Lucena).

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 14

O Pensamento de Léon Denis

Reflexão

d e V e r e l i B e r d a d e ( c o n t . p á g . 12)

Depois de estarem submetidos du-rante uma longa série de séculos ao princípio de autoridade, os

povos aspiram cada vez mais à liberdade e querem dirigir-se por si próprios. Ao mesmo tempo em que as instituições políticas e sociais se modificam, os cul-tos são esquecidos. Existe nisso ainda uma das consequências da liberdade em sua aplicação às coisas do pensamento e da consciência. A liberdade, em todos os seus domínios, tende a substituir-se à coação e à autoridade, a guiar as nações para horizontes novos. O direito de al-guns se tornou o direito de todos; mas, para que o direito soberano seja confor-me com a justiça e produza seus frutos, é necessário que o conhecimento das leis morais venha regular o seu exercício. Para que a liberdade seja fecunda, para que ofereça às obras humanas uma base segura e duradoura, deve ser aureolada pela luz, pela sabedoria, pela verdade. A liberdade, para homens ignorantes e viciosos, não será como arma poderosa entre as mãos de uma criança? A arma, nesse caso, volta-se muitas vezes contra aquele que a traz, e o fere.

Princípios ensinados pelos Espíritos desencarnados, em muito melhores condições do que nós para discernir a verdade — são os seguintes:

Existência de Deus: inteligência diretriz, alma do Universo, unidade suprema onde vão terminar e harmo-nizar-se todas as relações, foco imenso das perfeições, donde se irradiam e se espalham no infinito todas as potências morais: Justiça, Sabedoria, Amor!Imortalidade da Alma: essência

espiritual, que encerra no estado de germe todas as faculdades, todas as po-tências; é destinada a desenvolver estas pelos seus trabalhos, encarnando em mundos materiais, elevando-se por vi-das sucessivas e inumeráveis, de degraus em degraus, desde as formas inferiores e rudimentares, até a perfeição na pleni-tude da existência.Comunicação entre os vivos e os

mortos: ação recíproca de uns sobre os outros; permanência das relações entre ambos os mundos; solidariedade sobre todos os seres, idênticos em ori-gem e nos fins, diferentes somente em sua situação transitória; uns, no estado de Espírito, livres no espaço, outros re-vestidos dum invólucro perecível, mas passando alternadamente dum estado a outro, não sendo a morte mais que um tempo de repouso entre duas existências terrestres.Progresso infinito; Justiça eterna,

sanção moral; a alma, livre em seus

atos e responsável, edifica por si mes-ma o seu futuro; conforme seu estado moral, os fluidos grosseiros ou sutis que compõem seu perispírito e que atrai a si pelos seus hábitos e tendências, es-ses fluidos, submetidos à lei universal de atração e gravidade, a arrastam para essas esferas inferiores, para esses mun-dos de dor onde ela sofre, expia, resgata o passado, ou então a levam para esses planetas felizes onde a matéria tem me-nos império, onde reina a harmonia, a bem-aventurança; a alma, na sua vida superior e perfeita, colabora com Deus, forma os mundos, dirige suas evoluções, vela pelo progresso das Humanidades e pelo cumprimento das leis eternas.

Tais são os ensinos que o Espiritismo experimental nos traz. Não são outros senão os do Cristianismo primitivo, desprendidos das formas materiais do culto, despojados dos dogmas, das fal-sas interpretações, dos erros com que os homens velaram e desfiguraram a filo-sofia do Cristo.

Léon denis

Fonte: "O Porquê da Vida", Editora FEB.

"Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem, porque as que se veem são temporais e as que se não veem são eternas." Paulo. II Corintios, 4:18

e n t r e o B e r ç o e o t ú m u l o

A flor que vemos passa breve, mas o perfume que nos escapa enriquece

a economia do mundo.O monumento que nos deslumbra

sofrerá insultos do tempo, contudo, o ideal invisível que o inspirou brilha, eterno, na alma do artista.

A Acrópole de Atenas, admirada por milhões de olhos, vai desaparecendo, pouco a pouco, entretanto, a cultura grega que a produziu é imortal na glória terrestre.

A cruz que o povo impôs ao Cristo era um instrumento de tortura visto por todos,

mas o espírito do Senhor, que ninguém vê, é um sol crescendo cada vez mais na passagem dos séculos.

Não te apegues demasiado à carne transitória.

Amanhã, a infância e a mocidade do corpo serão madureza e velhice da forma.

A terra que hoje reténs será no futuro inevitavelmente dividida. Adornos de que te orgulhas presentemente serão pó e cinza. O dinheiro que agora te serve passará depois a mãos diferentes das tuas.

Usa aquilo que vês, para entesourar o que ainda não podes ver.

Entre o berço e o túmulo, o homem detém o usufruto da terra, com o fim de aperfeiçoar-se.

Não te agarres, pois, à enganosa cas-ca dos seres e das coisas. Aprendendo e lutando, trabalhando e servindo com humildade e paciência na construção do bem, acumularás na tua alma as riquezas da vida eterna.

emmanueL

Fonte: Fonte Viva, lição 168, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 15

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Artigo

B o n e c a d e c r o c h ê

Não sei de quem é a história, mas achei muitíssimo interessante para refletirmos em torno de situações

relacionadas ao casamento.Um casal vivia junto há mais de sessenta anos.

Muitos problemas superados, muitos obstáculos vencidos, uma vida a dois vitoriosa. Um deter-minado dia, como acontece na vida de qualquer pessoa, a senhora adoeceu. O marido ficou pre-ocupado e chamou o médico, desses que ainda vão a casa para consultar. Depois de detalhado exame, o facultativo chamou o senhor e comu-nicou que a vida da sua esposa estava no final, infelizmente.

Durante todo esse tempo de casado ele guardava uma caixa de sapatos em cima do guarda-roupa com a ordem expressa de que a mesma jamais fosse aberta. O preço da desobediência a essa ordem seria o fim do casamento. Ele resistira até aquele mo-mento doloroso em que a notícia anunciava a morte da companheira. Não vendo mais justificativa para que o segredo não fosse violado, apanhou a caixa, abriu-a e dentro dela encontrou duas bonecas de crochê e uma quantia de cem mil reais!

Com muito jeitinho, antecipando atenção e carinho para a companheira, o senhor per-guntou a ela o que significava aquelas duas bonecas de crochê.

A senhora sentindo que a partida não tarda-va, deliberou contar o segredo mantido a sete chaves durante os mais de sessenta anos de casamento. Dessa forma, ela explicou ao ma-rido choroso que sua avó, enquanto ela ainda era solteira, aconselhou-a que em todas as ve-zes que tivesse motivos sérios de briga com o marido que a levasse à vontade de se separar, fizesse uma boneca de crochê.

O senhor ficou deslumbrado! Todos aqueles anos e ela só fizera duas bonecas de crochê?! Ele era um homem vitorioso com toda a certeza, afinal que casal só discute seriamente apenas duas vezes? (...)

Entretanto, lembrou-se também que na-quela caixa proibida, havia a quantia mui-to grande de cem mil reais! Eram pobres e aquela soma em dinheiro era considerável.

Mais uma qualidade de sua querida mu-lher! Ela conseguira ajuntar, mercê de suas economias, tal quantia em dinheiro! Que mulher maravilhosa! Eles representavam sem dúvida nenhuma, um modelo para os casais de hoje em dia e do futuro. Desejo-so de elogiar a esposa por mais essa virtude, perguntou a ela como havia conseguido jun-tar cem mil reais!

E ela, com um sorriso matreiro nos lábios, confessou:

— Ah! O dinheiro? Os cem mil reais?— Sim, minha velha. Como você conseguiu

juntar tanto dinheiro, meu amor?— Esse dinheiro, meu velho, é fruto da

venda das bonecas de crochê que fiz duran-te a nossa vida de casados...

Podemos refletir então que a única lei que sanciona o casamento aos olhos de Deus é a lei do amor! O casamento que não se ali-cerça nessa lei é passível de dissolubilidade. Nesses casamentos, o amor é confundido com paixão. O sexo com afeição legítima. O único sentimento que resiste à ferrugem das lutas, dos problemas, dos atritos, das discussões, dos desentendimentos, dos de-sencontros, é o amor.

Quando não existe o amor, esse encontro es-tará fadado a ser um doloroso desencontro. O Evangelho segundo o Espiritismo no capítulo XXII, item 3, dispõe que nem a lei civil, nem os compromissos que ela faz contrair, podem suprir a lei do amor se esta lei não preside a união; disso resulta que, frequentemente, o que se une à força, se separa por si mesmo.

Joanna de Ângelis nos ensina no livro Após a Tempestade, que "evidentemente, que, tal solução é sempre meritória, para evitar atitu-des mais infelizes que culminam em agravamento de conduta para os implicados na trama dos re-ajustamentos de que não se evadirão. Voltarão a encontra-se, sem dúvida, quiçá em posição menos afortunada oportunamente".

Para que se evite mal maior entre os ca-sais que estão em graves desentendimentos porque o amor não presidiu a sua união, o divórcio é a saída, que faz opção pelo mal menor. Muitos casais atingem tal grau de desrespeito recíproco perante si e perante os filhos que o divórcio passa a ser um curativo temporário nesse relacionamento. Entretan-to, todo e qualquer compromisso assumido e não acabado, exige do aluno o retorno à lição que ele tem necessidade. É a Lei.

Joanna de Ângelis aconselha para que o divórcio não se concretize:

"Se te encontras na difícil conjuntura de uma decisão que implique em problema para teus filhos, para e medita. Necessitam de ti, mas, também do outro membro-base da família.

Não te precipites, através de soluções que, às vezes, complicam as situações.

Dá tempo a que a outra parte desperte, concedendo-lhe a ensancha para o reajusta-mento.

De tua parte permanece a posto.Não sejas tu quem tome a decisão.A humildade e a perseverança no dever conse-

guem modificar comportamentos, reacendendo a chama do entendimento e do amor, momen-taneamente apagada.

Não te apegues ao outro, porém até a consu-mação da desgraça.

Se alguém não mais deseja, espontaneamente,

seguir contigo, não te transforme em algema ou prisão.

Tem paciência e confia em Deus.Quando se modifica uma circunstância ou

muda uma situação, não infiras disso que a vida e a felicidade se acabaram.

Prossegue animado de que aquilo que hoje não tens será fortuna amanhã em tua vida.

Se estiveres a sós e não dispuseres de forças, concede-te outra oportunidade, que enobrecerás pelo amor e pela dedicação.

Se te encontrares ao lado de um cônjuge difícil, ama-o, assim mesmo, sem deserção, fazendo dele a alma amiga com quem estás incurso pelo pre-térito, para a construção de um porvir ditoso que a ambos dará a paz, facultando, desse modo, a outros Espíritos que se revincularão pela carne, a ocasião excelente para a redenção.

Cada ser ruma pela rota que melhor lhe apraz e vive conforme lhe convém. Estará, porém, onde quer que vá, sob o clima que merece".

É melhor encher muitas e muitas caixas de bonecas de crochê do que encher a cons-ciência de uma dívida à qual retornaremos porque ninguém, absolutamente ninguém, deixará esse planeta de provas e expiações, enquanto dever perante a Lei, um único centavo que seja.

Então, mãos nas agulhas da tolerância; de-senrolar o novelo de lã da paciência; tecer as tramas do perdão para confeccionar inúmeras, tantas quantas forem necessárias bonecas de crochê.

marLi abinader

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 16

A Família na Visão Espírita

Dia : 09 / 02 / 2014 - 16 horasCulto no Lar de Percília W. Machado

Atividades Doutrinárias

Curso de Atualização para todos os Médiuns

FeVereiro : dia 21 / Sexta-Feirahorário : 16 horasLocaL : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

Atenção!

Curso : A Família na Visão EspíritaDia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.estudo aberto a todos os interessados.

Fevereiro:Dia 04 - Noivado: fplanejamento da vida a dois; maturidade física, psicoló-gica e espiritual.Dia 11 - Casamento: visão espírita, fins essenciais, direitos e deveres, as-pecto físico, responsabilidade.Dia 18 - Casamento: preço da felici-dade conjugal, o lar é mais importante que a casa, aspectos jurídicos.Dia 25 - Casamento: afetividade entre os cônjuges, almas gêmeas, liberdade conjugal, diálogo, amor e companhei-rismo.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

o r a ç ã o e m F a m í l i a

A oração em família é um hábito que necessita ser cultivado.Quem se recolhe para orar modifica a sua disposição mental e foge à sintonia com as trevas.

A prece em conjunto no recanto doméstico saneia a sua atmosfera psíquica, facilitando a aproximação dos Espíritos Benfeitores.

O cuLto do eVanGeLho no Lar é tão necessário quanto o pão que se tem à mesa.Pelo menos uma vez por semana, a família deve reunir-se para orar, sem que

ninguém se prevaleça dos instantes de prece para tentar converter a quem quer que seja à sua crença religiosa.

A oração, depois da caridade, é o mais ecumênico dos atos de fé.A prece em família é uma terapia espiritual em grupo.Nem que te sintas sozinho no ideal, não deixes de promover a tua discreta reunião

familiar de oração.Quando os teus acreditarem na sinceridade de tuas convicções, eles orarão contigo.Não desanimes da prece, para que a tua fé não se fragilize.irmão José

Fonte: Teu Lar, Psicografia: Carlos A. Baccelli.Editora Didier.

Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?"Uma recrudescência do egoísmo". (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Questão 775)

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

"Cumprir a palavra do Mestre em nós é o programa divino. Sem a execução desse plano de salvação, os demais serviços sob nossa responsabilidade constituirão sublimada literatura, muita admiração e respeito do campo inferior do mundo, mas nunca a realização necessária." (Lição 165)

"Examina os assuntos e as atitudes que a tua presença desperta nos outros. Com atenção, descobrirás a qualidade de tua sombra e, se te encontras interessado em aquisição de valores iluminativos com Jesus, será fácil descobrires as próprias deficiências e corrigi-las." (Lição 172)

Fonte: Pão Nosso.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

Clareando / Ano XI / Edição 125 / Fevereiro . 2014 - Pág . 17

Suplemento Infantojuvenil

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :recadoS do além

Autoras: Cecília Rocha e Clara AraújoEditora FEB

O RemédiO

D entre todos os garotos da vizinhança, Juquinha era o mais levado.Cheio de energia, estava sempre inventando algo para fazer.Quando não estava no telhado da casa, arriscando-se a cair e quebrar

o pescoço, ele estava em cima do muro do vizinho mexendo com as pessoas que passavam na rua.

Gostava também de apanhar, às escondidas, frutos no pomar do senhor José. De outras vezes, ele subia nas árvores arrancando dali ninhos de pobres aves indefesas, destruindo-os depois, pelo simples prazer de destruir.

Os garotos da rua o temiam e muitos não brincavam com ele para evitar brigas e encrencas.

A mãe de Juquinha dava-lhe sempre bons conselhos, mas ele ria e saía de perto sem lhe atender aos apelos.

Dona Joana tentava fazer com que Juquinha se interessasse em mudar de vida e explicava-lhe que não devia agir de maneira maldosa, causando confusão e inimizades.

Quando era dia do Evangelho no Lar, dona Joana procurava atrair Juquinha para a reunião singela, ciente de que as preces e leituras das passagens evangélicas poderiam auxiliar poderosamente na mudança de atitudes do filho, mas... qual nada!

Juquinha alegava obrigações inadiáveis e fugia ao convívio carinhoso da família.Triste, dona Joana elevava o pensamento em prece e, com o coração repleto de emoção, suplicava a ajuda de Jesus. Não

desejava que seu filho persistisse no mal e temia, com justa razão, que com o passar do tempo, ele se tornasse cada vez pior.Sabia que, se não conseguisse incutir nele ideias sadias de amor, trabalho, devotamento, respeito, piedade etc.,

enquanto ainda era um garoto, depois seria mais difícil.E atendendo às súplicas do seu coração generoso, a resposta do Alto não se fez esperar.Certo dia, enquanto fugia do proprietário de uma chácara aonde fora roubar frutas, Juquinha caiu do muro,

fraturando um osso da perna.Como consequência, ele, que nunca parava em casa e estava sempre inventando alguma arte, foi obrigado a permanecer

preso a uma cadeira de rodas sem poder caminhar por quarenta dias.E, quando Juquinha reclamava da inatividade forçada, dona Joana respondia-lhe com um sorriso:— Tenha paciência, meu filho. Este foi o remédio que Deus encontrou para que você pudesse dar um novo rumo

à sua vida e repensar suas atitudes.dar um novo rumo à sua vida e repensar suas atitudes.E, com um suspiro aliviado, completava satisfeita:— Podia ser pior.

tia céLia

Fonte: Revista O Consolador, nº 52, abril/2008. (www.oconsolador.com.br)