16
W BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSE Janeiro de 2014 - Ano VI - nº 11 - Mês de referência: Novembro de 2013

BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

W

BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSE

Janeiro de 2014 - Ano VI - nº 11 - Mês de referência: Novembro de 2013

Page 2: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

O Boletim de Conjuntura Econômica Flumin-ense é uma publicação mensal da Coordenado-ria de Políticas Econômicas (COPE)

Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro - CEPERJCentro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas - CEEPSite: www.ceperj.rj.gov.brE-mail: [email protected].: 21 2334-7318 / 7319

Page 3: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Apresentação 02

Desempenho por setor 03

Indústria 05

Comércio 06

Serviços 07

Agropecuária 08

Sumário

Emprego 09

Arrecadação do ICMS 10

Comentários Finais 13

Destaque mensal 12

Page 4: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Boletim de Conjuntura Econômica Fluminense

Expediente

Fundação Centro Estadual de Estatísticas,Pesquisas e Formação de Servidores Públicosdo Rio de Janeiro - CEPERJ

PresidenteMaurício Carlos Araújo Ribeiro

Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas - CEEP

Diretora Monica Simioni

Coordenadoria de Políticas Econômicas - COPE

Equipe Técnica ResponsávelAna Cristina Xavier AndradeArmando de Souza Filho ( Coordenador)Fernando Augusto Mansor de Mattos (consultoria)Rodrigo Santos MartinsSeráfita Azeredo Ávila

Assessoria de Comunicação e EditoraçãoCarol Graciosa

Projeto gráfico e DiagramaçãoPaloma Oliveira

APRESENTAÇÃO

Este Boletim de Conjuntura Econômica Fluminense, elaborado pela Fundação CEPERJ tem por objetivo acompanhar mensalmente a economia do Estado do Rio de Janeiro, fornecendo subsídios para a sociedade, voltadas de forma geral, e, em especial, para gestores públicos na elaboração de políticas públicas direciona-das para o planejamento do desenvolvimento do es-tado.

Os indicadores aqui apresentados refletem, de fato, um acompanhamento da economia fluminense, den-tro das limitações impostas pela indisponibilidade de algumas informações relevantes, por questões de sigilo estatístico.

Os dados analisados referem-se às Indústrias Extra-tiva, de Transformação, de Construção Civil, Comércio, Serviços e Agricultura - que contribuem para o cálculo da taxa de variação do Produto Interno Bruto - e são complementados com os do Mercado de Trabalho, do Comércio Exterior, além da arrecadação do ICMS. Os setores examinados, em termos de PIB e de emprego, representam 65% da economia do estado.

Para a elaboração deste documento foram utiliza-

das as pesquisas do IBGE (Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, Pesquisa Mensal de Comércio, Pesqui-sa Mensal de Serviços, Pesquisa Mensal de Emprego); do Ministério do Trabalho e Emprego (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados); do Ministério da Fazenda; da Secretaria de Comércio Exterior – SECEX; da Secretaria de Estado de Fazenda (Arrecadação Men-sal de ICMS); do Sindicato Nacional da Indústria do Ci-mento SNIC; e da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – FIRJAN.

Page 5: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Janeiro de 2014 - Ano VI - Número 11

3

Os dados referentes a novembro de 2013 revelam uma ex-pansão pouca expressiva da atividade industrial, como um todo. Os dados mostrados nesta edição exibem uma queda generalizada, que atinge não apenas as atividades extrativas como também o agregado “indústria de transformação”. A queda pode ser expressa tanto em comparação com o mês imediatamente anterior (outubro de 2013) como também com o mês homólogo do ano de 2012. Ademais, essa redu-ção da atividade industrial mostra-se bastante abrangente e generalizada em termos setoriais, notadamente quando se leva em conta um horizonte temporal mais amplo, como na comparação com o mesmo mês no ano passado.

A magnitude desta queda e a instabilidade que estas ati-vidades vinham demonstrando desde, pelo menos, meados do ano explicam a redução do faturamento e das horas tra-balhadas, tomando-se o mês de novembro de 2013 em re-lação a outubro de 2013 e também de novembro de 2013 contra o mesmo mês no ano anterior.

Na construção civil, os dados disponíveis tradicionalmente utilizados neste Boletim são um pouco defasados em relação aos indicadores da indústria de transformação. Os dados dispo-níveis para avaliar a atividade da construção revelam que, em agosto de 2013, comparando-se ao mês imediatamente ante-rior, houve acréscimo na atividade produtiva. Deve-se, porém, acompanhar esses dados com mais atenção nas próximas edi-ções do Boletim, para avaliar se a recuperação que o setor pa-rece estar exibindo tem, de fato, bases estáveis. A importância da construção civil reside especialmente no fato de que estas atividades geram uma quantidade considerável de postos de trabalho e uma eventual perda de dinamismo das mesmas cer-tamente teria efeitos nefastos sobre o mercado laboral.

1Queda na atividade industrial fluminense expõe bases frágeis

Menos mal que as atividades do comércio varejista man-tiveram certo dinamismo, tendo inclusive superado a média nacional no mês em tela. Desta maneira, os reflexos da perda de dinamismo industrial, para o mercado de trabalho como um todo, foram atenuadas pela expansão do comércio. Não se deve olvidar, entretanto, que o crescimento das vendas no comércio no final de 2013 teve menos dinamismo do que havia exibido no ano de 2012.

Os serviços, sem embargo, tiveram comportamento nega-tivo no mês de novembro, o que pode redundar, em breve, em aumento do nível do desemprego na região metropolita-na do estado (onde o desemprego é medido mensalmente pela PME, do IBGE).

Tendo em vista o comportamento mencionado da ativi-dade produtiva como um todo, acima analisado, o mercado de trabalho exibiu, em novembro de 2013, um dinamismo menos significativo do que havia exibido em anos anteriores, de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de 75,5 mil postos de trabalho for-mais, contra quase 125 mil no mesmo período de 2012; ou seja, o ritmo de crescimento das ocupações formais foi cerca de 40% menor em 2013 do que em período equivalente de 2012. E isso se deu por causa de perda de ritmo de criação de postos de trabalho em quase todas as atividades, destacan-do-se, especialmente, as atividades industriais (pelos dados proporcionais). Ou seja, o mercado de trabalho do Estado do Rio de Janeiro, não só teve menos dinamismo em termos de geração de postos formais de trabalho, como também a qualidade média dos postos gerados foi menor do que havia sido em período análogo do ano anterior.

Page 6: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Boletim de Conjuntura Econômica Fluminense

4

DESEMPENHO POR SETOR (em novembro de 2013)

Page 7: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Janeiro de 2014 - Ano VI - Número 11

Desempenho mensal da Economia Fluminense – Novembro de 2013

2.1- Indústria Extrativa, de Transformação e da Construção Civil

2Em novembro, a produção industrial do Rio de Janeiro

medida pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, com ajuste sazonal, registrou acréscimo de 0,2% em relação ao mês de outubro. Na comparação com igual mês do ano anterior (no-vembro de 2012), observou-se uma redução de 3,1% na indús-tria geral, diminuição de 2,8% na indústria de transformação e recuo de 4,3% na extrativa (petróleo/gás).

Ainda comparando com novembro de 2012, a contribui-

ção positiva mais importante veio da atividade farmacêutica (39,3%), impulsionada, em grande parte, pelo aumento na fabricação de medicamentos. Com resultados negativos, no período destaca-se o setor edição, impressão e reprodução de gravações (-23,6%), bebidas (-15,8%) e de metalurgia básica (-10,0%), pressionados, sobretudo, pela menor fabricação de CDs no primeiro ramo; de refrigerantes, cervejas e chope, no segundo; e de vergalhões e bobinas a frio de aços ao carbono, no último.

Por sua vez, os indicadores da FIRJAN mostraram, ainda neste mês de novembro em relação ao mês anterior, diminui-ção de 8,5% no faturamento real e recuo de 0,7% nas horas trabalhadas. Quanto à utilização da capacidade instalada, o re-sultado de novembro de 2013 foi de 81,6%, inferior à do mês de outubro (82,5%).

Em relação à indústria da construção civil, medida indireta-mente através do consumo de cimento, em agosto de 2013, último dado disponibilizado pelo Sindicato Nacional da In-dústria do Cimento, houve acréscimo de 5,6% em relação ao mês anterior e crescimento de 4,9% no acumulado de janeiro a agosto de 2013. Com relação ao mesmo mês do ano anterior ocorreu um aumento de 4,7%.

Fonte: MTE / CAGED; SEF RJ; IBGE

Gráfico 1Taxa de Variação (%) dos setores analisados

Estado do Rio de Janeiro

5

Page 8: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Boletim de Conjuntura Econômica Fluminense

2.2 - Comércio Varejista e do Exterior

De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, o comércio varejista do Estado do Rio de Janeiro apresentou, em novembro de 2013, crescimento na comparação com o mês anterior (séries ajustadas sazonalmente), assinalando variação positiva de 1,8% no volume de vendas, superior ao do país que foi de 0,7 %. Nas demais comparações obtidas das séries sem ajustes, o comércio varejista fluminense obte-ve, em termos de volume de vendas, um acréscimo da ordem de 8,8% sobre o mês de novembro de 2012 e de 5,3% no acumulado do ano.

Segundo técnicos do setor, o resultado deve-se ao au-mento da renda média do trabalhador neste mês e as ofertas antecipadas do Natal.

Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, extraídas das séries sem ajustamento, cinco apresentaram crescimento no volume de vendas no mês de novembro: móveis e eletrodo-mésticos, 11,3%; outros artigos de uso pessoal, 11,0%; livros e jornais, 10,5%; tecidos, vestuário e calçados, 9,0%; combus-tíveis e lubrificantes, 3,2%. Nas demais atividades as taxas de variação foram negativas, a saber: equipamentos de infor-

Fonte: IBGE, PIM-PF,. Elaboração: Fundação Ceperj - CEEP

6

mática e comunicação (-8,9%); artigos farmacêuticos, (-6,3%) e supermercados, (-3,2%).

Com relação à comparação novembro-13/novembro-12 (série sem ajuste), apenas uma apresentou resultado negati-vo: equipamentos de informática e comunicação (-0,9%). As outras sete atividades do varejo pesquisadas apresentaram taxas de variação positiva no volume de vendas, conforme os registros a seguir: combustíveis e lubrificantes, 11,2%; hi-permercados e supermercados, 2,1%; tecido e vestuário, 3,3 %; móveis e eletrodomésticos, (6,6%) artigos farmacêuticos, 8,4 %; livros e jornais, 10,7% e outros artigos de uso pessoal e doméstico, 25,1%. As atividades de veículos e motos e de material de construção, que contemplam as estatísticas do comércio varejista ampliado, registraram as seguintes taxas: 16,6% e 1,8% respectivamente.

Quanto ao comércio exterior, a balança comercial do Es-tado do Rio de Janeiro apresentou um saldo positivo em no-vembro de 2013 de US$ 458 milhões. Contribuíram para este superávit as exportações dos produtos manufaturados.

Ind. Geral

Ind. Extrativa

Gráfico 2Índice de volume da Indústria

Estado do Rio de Janeiro - Nov 12 / Nov 13

Ind. Transformação

Page 9: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Janeiro de 2014 - Ano VI - Número 11

2.3 - Serviços

Conforme a Pesquisa Mensal de Serviço, elaborada pelo IBGE, o setor de serviços do Estado do Rio de Janeiro apresen-tou, em novembro de 2013, resultado negativo na compara-ção com o mês anterior, assinalando variação de (-0,48%) na receita nominal de serviços, enquanto o País registrou queda de 0,56%. Nas demais comparações o setor de serviços flumi-nense obteve, em termos de receita nominal, um acréscimo da ordem de 8,4% sobre o mês de novembro de 2012 e de 6,7% no acumulado do ano.

Das cinco atividades de serviços pesquisadas pelo IBGE, duas apresentaram crescimento na receita nominal de servi-ços no mês de novembro em relação ao mês anterior: servi-ços profissionais, administrativos e complementares (1,8%) e serviços de informação e comunicação (1,1%). Os setores de serviços que apresentaram taxa de variação negativa foram:

serviços prestados às famílias (1,2%); transportes e serviços auxiliares (-2,6%); e outros serviços (-3,4%).

No resultado de novembro 13/ novembro 12, quatro ati-vidades do setor apresentaram taxa de variação positiva na receita nominal de serviços, conforme relacionado a seguir: transportes e serviços auxiliares (10,9%); serviços de infor-mação e comunicação (10,0%); serviços prestados às famílias (9,6%) e serviços profissionais, administrativos e complemen-tares (7,4%). Neste período, o único setor que apresentou re-sultado negativo foi outros serviços (- 5,1%).

No acumulado do ano (janeiro-novembro), os destaques ficaram por conta dos serviços prestados às famílias (8,2%) e serviços de Informação e comunicação (7,8%).

Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal do Comércio

Gráfico 3Índice de Volume do Comércio Varejista

Brasil e Estado do Rio de Janeiro - Nov 12 / Nov 13

7

Brasil

Rio de Janeiro

Page 10: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Boletim de Conjuntura Econômica Fluminense

2.4 - Agropecuária

O levantamento da safra estadual de cereais e leguminosas, no mês de novembro de 2013, realizado pela Coordenação das Estatísticas Agropecuárias do Rio de Janeiro do IBGE, estima uma produção da ordem de 19.737 toneladas, inferior em 17,2% à obtida em 2012 (23.838 toneladas). No que se refere à área es-timada a ser colhida, houve uma redução de 14,8% frente à área colhida de grãos em 2012, situando-se em 9.597 hectares. Deste total, 883 hectares foram ocupados com arroz, 3.076 hectares ocupados com feijão, e 5.608 hectares ocupados com milho.

Nas estimativas de novembro em relação à safra de 2012 pode-se observar que, dentre os doze produtos analisados,

três apresentam variação positiva da produção em relação ao ano anterior: laranja (10,2%), café (7,1), feijão 1ª safra (1,4%). Com variação negativa: arroz em casca (-38,0%), abacaxi (-9,3%), banana (-2,3%), cana de açúcar (-12,7%), coco-da-baía (-1,2%), feijão 2ª safra (-17,3%), mandioca (-27,0%), milho 1ª safra (-11,3%), e tomate (-7,0%). Na variação absoluta o desta-que negativo ficou com a cana-de-açúcar com uma produção inferior a 2012 em 725.903 toneladas, e o destaque positivo com a laranja, com 5.566 toneladas.

8

Gráfico 4Índice da receita nominal de serviços

Brasil e Estado do Rio de Janeiro - Nov 12 / Nov 13

Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Serviço

Rio de Janeiro

Brasil

Page 11: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Janeiro de 2014 - Ano VI - Número 11

¹ Total de pessoas desocupadas dividido pela População Economicamente Ativa - PEA (População entre 15 e 65 anos que estão trabalhando ou procurando emprego).

2.5 - Emprego

Em novembro de 2013, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ocorreu um au-mento de 0,46% no nível de emprego em relação ao estoque de trabalhadores assalariados no Estado do Rio de Janeiro. Fo-ram criados 16.985 postos de trabalho. Tal crescimento deveu-se, principalmente, ao saldo positivo do setor de comércio (14.301 postos).

PME

Ao se analisar o emprego no mês de novembro, medido pela Pesquisa Mensal de Emprego - PME, observa-se que a taxa de desocupação¹ na Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi de 3,8%, ficando abaixo da média nacional (4,6%). As demais

regiões metropolitanas da Região Sudeste apresentaram as se-guintes taxas de desemprego: Região Metropolitana de Belo Horizonte, 3,9%, e Região Metropolitana de São Paulo, 4,7%.

Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a taxa de deso-cupação em novembro de 2013 (3,8%) foi inferior à de outu-bro de 2013 (4,1%) e a de novembro do ano anterior (4,1%). A população ocupada, com aproximadamente 5.509 mil pes-soas, decresceu 0,7% no mês e 1,9% em relação a novembro de 2012. Por sua vez, o rendimento médio real da população ocupada foi estimado em R$ 2.141,30 no mês de novembro de 2013, crescendo 4,1% em relação ao mês anterior e aumentan-do 6,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

9

Page 12: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Boletim de Conjuntura Econômica Fluminense

Tabela 2Taxa de crescimento real dos principais arrecadadores de ICMS da Região Sudeste

Período Rio de Janeiro (%) São Paulo(%) Minas Gerais (%)Acumulado (jan-set 13/jan-set 12) 13,4 13,0 11,2out 13/out 12 23,1 7,4 17,4out 13/set 13 -0,1 -5,0 3,5

10

2.6 - Arrecadação do ICMS

O Estado do Rio de Janeiro, dentre os principais estados ar-recadadores de ICMS da Região Sudeste, em outubro de 2013, apresentou boa performance no acumulado do ano, com crescimento real de 13,4% contra 12,3% do acumulado até setembro. Já São Paulo e Minas gerais registraram expansão

de 13,0% e 11,2%, respectivamente, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Fazenda. No comparativo de outubro de 2013 em relação ao mesmo mês do ano ante-rior, o Rio de Janeiro mostrou melhor desempenho (23,1%), conforme dados apresentados a seguir.

Gráfico 5Taxa de Desocupação por Região Metropolitana e Total das Áreas PME. (%)

Nov 12 / Nov 13

SPTotal

RJBH

Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego, IBGE. Elaboração: Fundação Ceperj - CEEP

Fonte: Minifaz/Cotepe

Page 13: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Janeiro de 2014 - Ano VI - Número 11

O recolhimento de ICMS de novembro de 2013 totalizou R$ 2.797,8 milhões em valores nominais e os resultados menos favoráveis foram encontrados na taxa mensal nominal (0,6%) e na real (0,005%), relativas ao mês anterior, onde nesta última só o comércio apresentou variação positiva (10,0%), a indústria retraiu 4,8% e os serviços caíram 0,7%. Melhores resultados fo-ram encontrados na taxa mensal real relativa a novembro de 2012, tendo crescido 10,5%, com destaque para o comércio (34,9%) e a indústria (0,4%). Já os serviços sofreram retração (-0,3%). Em relação ao acumulado do ano, o crescimento real total foi de 7,0%, com expansão do comércio (18,9%) e da in-dústria (4,0%) e queda nos serviços (-2,5%). O setor de comér-cio foi o único que apresentou crescimento significativo nos três resultados analisados, segundo dados da Secretaria de Estado de Fazenda.

Na arrecadação de ICMS das atividades econômicas, em novembro de 2013, em relação ao mês anterior, dois dos prin-

cipais setores mostraram variação negativa: refino de petró-leo retraiu 70,5%, perdendo 5,4 p.p. de participação (passou de 7,6% para 2,2%) e informação e comunicação, com redu-ção de 7,0%, também perdeu participação (1,0 p.p.). Já ele-tricidade cresceu 11,4%, e ganhou 1,4 p.p. Nos demais seto-res industriais os que tiveram variação positiva listadas pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, foram: alimentos (75,8%); informática e eletrônicos (36,9%); celulose e papel (14,4%); bebidas (7,2%) e têxtil (6,2%). Já no que se refere à variação negativa destacaram-se: produtos farma-cêuticos (-16,4%); químicos (-10,1%); e metalurgia (-3,6%). No comércio varejista, o principal segmento hipermercados e su-permercados apresentou crescimento de 4,1%. Nos demais segmentos comerciais cabe ressaltar o recuo de combustíveis (-20,1%), tecidos (-0,2%), bem como a expansão do setor de livros, jornais, revistas e papelaria (65,9%) e de artigos farma-cêuticos, médicos e perfumaria (8,2%).

11

Page 14: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Boletim de Conjuntura Econômica Fluminense

Valores constantes a preços de nov / 13

Gráfico 6Arrecadação Mensal de ICMS

Estado do Rio de Janeiro - Nov 12/ Nov 13

IndústriaComércio

Serviços

Agricultura

Milh

ões

Total

2.7 - DESTAQUE MENSAL - Evolução do mercado de trabalho fluminense

O Rio de Janeiro criou 63.679 postos de trabalho com car-teira assinada em 2013, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O número apesar de positivo apresenta uma queda de 40% em relação aos 105.653 empregos gerados em 2012 e é também o pior resultado dos últimos oito anos. O resultado também é inferior ao alcançado em 2009 que, mesmo com as consequências da crise econô-mica mundial, teve saldo de 88.875 empregos criados.

O menor dinamismo do mercado de trabalho parece posi-tivamente correlacionado com a diminuição do desemprego aberto na capital fluminense. O ano de 2013 apresenta a menor taxa média de desemprego aberto dos últimos 10 anos, um dado muito positivo e que indica que a diminuição no saldo de admissões se deve, pelo menos em parte, à escas-sez de mão de obra.

Fonte: SEF. Elaboração: Fundação Ceperj - CEEP

12

Fonte: MET/CAGED Elaboração: Fundação Ceperj - CEEP

Page 15: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Janeiro de 2014 - Ano VI - Número 11

Comentários FinaisA perda de dinamismo da Indústria representa o fato mais

preocupante e sobre o qual deveriam repousar as principais preocupações dos responsáveis pela elaboração de políticas públicas e de políticas de desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.

É fato que esse resultado não revela reflexos de decisões to-madas apenas no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, sendo certamente o setor cuja influência da política macroeconômi-ca é a mais marcante.

A despeito da longa lista de medidas que vêm sendo adota-das pelo governo federal, no âmbito dos Ministérios da Fazen-da e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, especialmente, a atividade industrial brasileira tem exibido muitas dificuldades em reagir à perda de dinamismo nos últimos anos. Não cabe aqui discutir longa e profunda-mente se os resultados teriam sido ainda piores caso essas políticas não tivessem sido adotadas. Muito provavelmente os efeitos poderiam ter sido ainda mais desfavoráveis e isso ge-raria a necessidade de uma análise mais profunda. Não cabe avaliar, tampouco, como e porque poderia ter havido outros resultados. Nem mesmo se as causas da perda de dinamismo industrial, no Brasil, não sejam exclusivas do país, mas genera-lizadas entre os demais países ditos de “renda média” (ou seja, nem desenvolvidos, mas tampouco subdesenvolvidos sem perspectivas de desenvolver-se), diante do cenário de agres-siva expansão das atividades industriais chinesas nos últimos anos.

O fato é que é preciso encontrar mecanismos para evitar a perda de empregos e renda na atividade industrial, e, pos-teriormente, criar mecanismos para redesenhar uma política industrial e de desenvolvimento para o país. Nesse sentido – conforme edições anteriores deste Boletim vêm alertando - o papel de certas atividades, como a produção de petróleo e de equipamentos para as atividades de extração de petróleo (notadamente do pré-sal), terá papel central no breve futuro, o que com certeza beneficiará as atividades industriais flumi-

13

Fonte: IBGE Elaboração: Fundação Ceperj - CEEP

nenses, dadas as caraterísticas da estrutura produtiva existen-te no estado.

O desafio das políticas implementadas no Estado do Rio de Janeiro, nos próximos anos, consistirá em criar condições de in-fraestrutura e de incentivos para que o crescimento da ativida-de extrativa do pré-sal seja capaz de gerar efeitos sobre outras atividades industriais instaladas no estado ou que venham a ser aqui instaladas. Desta forma, seria possível criar uma estrutura produtiva integrada e com maior articulação entre os núcleos produtivos existentes nas diversas regiões do estado.

O objetivo central destas políticas deveria ser superar a fal-ta de encadeamento entre as diversas atividades produtivas acopladas às principais atividades industriais existentes no estado, de tal forma que a retomada de dinamismo de certas atividades (e, mais uma vez, destacar-se-ia aqui as atividades do pré-sal) não se desdobrasse na criação de empregos e de renda para outros estados do país ou, pior ainda, em ativida-des de fora do país.

Por outro lado, a retomada esperada, já para os próximos meses, das atividades de construção civil, embora alvissareiras, não devem ser vistas como uma “compensação” a eventuais quedas de emprego e produção na indústria, pois nestas últi-mas o nível de remuneração e a capacidade de encadeamento com outras atividades são maiores do que na construção civil.

Por fim, deve-se lembrar que somente a retomada do cres-cimento econômico em bases mais sólidas e estáveis é que criará as condições favoráveis a uma manutenção do cresci-mento da renda per capita e, em especial, dos níveis reais do salário mínimo, nos anos vindouros. Fatos esses que certa-mente beneficiarão as atividades econômicas do estado, dado que o aumento do salário mínimo e dos rendimentos do tra-balho, em geral, tendem a refletir-se em aumento da deman-da por bens e serviços do setor terciário (comércio varejista e serviços, de todos os tipos), atividades que, de resto, são muito importantes no Estado do Rio de Janeiro.

Page 16: BOLETIM DE CONJUNTURA ECONÔMICA FLUMINENSEarquivos.proderj.rj.gov.br/sefaz_ceperj_imagens... · de tal forma que, entre janeiro e novembro de 2013, foram gerados apenas cerca de

Av. Carlos Peixoto, 54 - Botafogo - 5º andarCEP: 22290-090 Tel.: 2334-7320 / 7314

Dúvidas, críticas e sugestões:[email protected]

Boletim disponível em:www.ceperj.rj.gov.br