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entrevista
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Teoria e tcnica na entrevistae nos grupos
Ensino Superior Bureau Juridico
Nesta obra! Bleger aborda! do ponto
de vista terico e tcnico! dois temas
fundamentais da psicologia.
Sobre o primeiro! a entrevista
psicolgica! feita uma apresentao
de indicaes prticas para sua
realizao! um ensaio de
categorizao e um estudo dos
aspectos psicolgicos da entrevista.
Sobre os grupos! o segundotema! o
autor estuda os grupos operativos no
ensino! O problema do grupo nas
instituies e como instituio e!
finalmente! a administrao das
tcnicas nos planos de preveno ou!
em outros termos! a estratgia com
grupos.
Jos BlegerTEMAS DEPSICOLOGIA
Traduo RITA MARIA M. DE MORAESReviso LUS LORENZO RIVERA
CAPAProjeto grfico Alexandre Marlins Fontes
Kalia Harumi TerasakaIlustrao Rex Design
Martins FontesSo Paulo 2003
EnsinoSuperior8ureauJ~kl;c
Ttulooriginal:
TEMAS
DEPSIC
OLOGA
(ENTREVISTAS
YGRUPOS)
Copyright
byEdiciones
Nueva
VisinSAlC
,Buenos
Aires,1979
Copyright
1980,
LivrariaMarfins
FontesEditora
Ltda.,So
Paulo,para
apresente
edio.
1"edio
abrilde1980
7tiragem
abrilde1995
2edio
maio
de1998
3tiragemoutubro
de2003
Reviso
datraduo
LuisLoremo
RiveraReviso
grficaRosngela
Ramos
daSilva
Produogrfica
Geraldo
AlvesPaginaolFotolitos
Studio3Desenvolvimento
EditorialCapa
AlexandreMartins
FontesKatia
HarumiTerasaka
Aentrevista
psicolgicaSeu
emprego
nodiagnstico
enainvestigao
Ensaiodecategorizao
daentrevista
49Grupos
operativosnoensino
59Ogrupo
comoinstituio
eogrupo
nasinstituies
101Adm
inistraodastcnicas
edosconhecim
entosdegrupo
123Dados
InternacionaisdeCatalogao
naPnblieao
(CIP)
(Cmara
Brasileira
doLivro,
8P,Brasil)
Bleger,
JosTem
asdepsicologia:
entrevistaegrupos
IJosBleger
;traduoRita
Maria
M.deMaraes
;revisoLuis
LorenzoRivera.
-2i!ed.
-So
Paulo:Martins
Fontes,1998.
-(Pscologia
epedagogia)
ndicespara
catlogosistem
tico:1.Psicologia
150
Todososdireitos
destaedio
reservados
LivrariaMarfins
FontesEditora
Ltda.Rua
Conselheiro
Ramalho.
330/34001325-000
SoPaulo
SPBrasil
Tel.(lI)
3241.3677Fax
(lI)3105.6867
e-mail:
.brhltp://w
ww.martinsfontes.com
.br
Aentrevista
psicolgicaSeu
emprego
nodiagnstico
enainvestigao
Publicadopelo
Departam
entodePsicologia
daFaculdade
deFilosofia
eLetras.
Universidade
deBuenos
Aires,
1964.
Aentrevista
um
instrumento
fundamental
dom-
todoclnico
e,portanto,
umatcnica
deinvestigao
cientficaem
psicologia.Comotcnica
temseus
pr-prios
procedimentos
ouregras
empricas
comosquais
nosseamplia
eseverifica
comotambm
,aomesm
otempo,
seaplica
oconhecim
entocientfico.
Comove-
remos,essa
duplaface
datcnica
temespecial
gravita-o
nocaso
daentrevista
porque,entre
outrasrazes,
identificaoufaz
coexistirnopsiclogo
asfunes
deinvestigador
edeprofissional,
jque
atcnica
opon-
todeinterao
entreacincia
easnecessidades
prti-cas;
assimque
aentrevista
alcanaaaplicao
deco-
nhecimentos
cientficose,ao
mesm
otempo,obtm
oupossibilita
levaravidadiria
doserhum
anoaonveldo
conhecimento
edaelaborao
cientfica.Etudo
issoemumprocesso
ininterruptodeinterao.
Aentrevista
um
instrumento
muito
difundidoe
devemosdelim
itaroseu
alcance,tantocom
ooenqua-
2Tem
asdepsicologiaAentrevistapsicolgica
3
dramento
dapresente
exposio.Aentrevista
podeter
emseus
mltiplos
usosumagrande
variedadedeobje-
tivos,comonocaso
dojornalista,
chefedeempresa,di-
retordeescola,professor,juiz
etc.Aquinos
interessaa
entrevistapsicolgica,
entendidacom
oaquela
naqual
sebuscamobjetivospsicolgicos
(investigao,diagns-tico,terapia,
etc.).Dessa
maneira,
nossoobjetivo
ficalimitado
aoestudo
daentrevista
psicolgica,no
so-mente
paraassinalar
algumasdas
regrasprticas
quepossibilitam
seuemprego
eficazecorreto,
comotam-
bmpara
desenvolveremcerta
medida
oestudo
psico-lgico
daentrevistapsicolgica.N
essesentido,boa
par-tedoque
sedesenvolver
aquipode
serutilizado
ouaplicado
emtodo
tipodeentrevista,
porqueem
todaselas
intervminevitavelm
entefatores
oudinam
ismos
psicolgicos.Aentrevista
psicolgica,dessa
maneira,
derivasua
denominao
exclusivamente
deseusobjeti-
vosoufinalidades,
talcomojassinalei.
Naconsiderao
daentrevistapsicolgica
comotc-
nica,inclumosdois
aspectos:umodas
regrasouin-
dicaesprticas
desua
execuo,eooutro
apsico-
logiadaentrevista
psicolgica,que
fundamenta
aspri-meiras.Em
outrosterm
os,inclum
osatcnica
eateo-
riadatcnica
daentrevista
psicolgica.Circunscrita
dessamaneira,
aentrevista
psicolgi-caoinstrum
entofundam
entaldetrabalho
nosom
en-tepara
opsiclogo,
comotambm
paraoutros
profis-sionais
(psiquiatra,assistentesocial,socilogo,etc.).
Aentrevista
podeserdedois
tiposfundam
entais:aberta
efechada.N
asegunda
asperguntasjesto
pre-vistas,assim
comoaordem
eamaneira
deform
ul-Ias,eoentrevistador
nopode
alterarnenhum
adestas
dis-posies.
Naentrevista
aberta,pelocontrrio,
oentre-
vistadortem
amplaliberdade
paraasperguntas
oupara
suasintervenes,
permitindo-se
todaaflexibilidade
necessriaemcada
casoparticular.A
entrevistafecha-
da,na
realidade,umquestionrio
quepassa
aterum
arelao
estreitacom
aentrevista,na
medida
emque
uma
manipulao
decertos
princpioseregras
facilitaepos-
sibilitaaaplicao
doquestionrio.
Contudo,
aentrevista
abertano
secaracteriza
es-sencialm
entepela
liberdadedecolocar
perguntas,por-
que,comoverem
osmaisadiante,o
fundamento
daen-
trevistapsicolgica
noconsiste
emperguntar,nem
nopropsito
derecolher
dadosdahistria
doentrevistado.
Embora
osfundam
entossejam
apresentadosum
poucomaisadiante,devem
osdesdej
sublinharque
aliberda-
dedoentrevistador,no
casodaentrevista
aberta,residenum
aflexibilidade
suficientepara
permitir,
namedida
dopossvel,
queoentrevistado
configureocam
poda
entrevistasegundo
suaestrutura
psicolgicaparticular,
ou-dito
deoutra
maneira
-que
ocam
podaentrevista
seconfigure,
omxim
opossvel,
pelasvariveis
quedependem
dapersonalidade
doentrevistado.
Considerada
dessamaneira,
aentrevista
abertapossibilita
umainvestigao
maisampla
eprofunda
dapersonalidade
doentrevistado,
embora
aentrevista
fe-
4----------------Temas
depsicologia
chadaperm
itaumamelhor
comparao
sistemtica
dedados,
almdeoutras
vantagensprprias
detodo
mto-
dopadronizado.Deoutro
pontodevista,
considerandoonm
erode
participantes,distingue-se
aentrevista
emindividual
egrupal,
segundosejam
umoumais
osentrevistadores
e/ouosentrevistados.
Arealidade
que,
emtodos
oscasos,
aentrevista
sem
preum
fenmeno
grupal,jque
mesm
ocom
aparticipao
deum
sentrevistado
suarelao
comoentrevistador
deveser
consideradaem
funodapsicologia
edadinm
icadegrupo.
Pode-sediferenciar
tambm
asentrevistas
segundoobeneficirio
doresultado;
assim,podem
osdistinguir:
a)aentrevista
queserealiza
embeneficio
doentrevistado
-que
ocaso
daconsulta
psicolgicaoupsiquitrica;
b)a
entrevistacujo
objetivoapesquisa,
naqual
importam
osresultados
cientficos;c)aentrevista
queserealiza
paraum
terceiro(um
ainstituio).
Cada
umadelas
im-
plicavariveis
distintasaserem
levadasem
conta,jque
modificam
ouatuam
sobreaatitude
doentrevistador
as-.
'SIm
comodoentrevistado,
esobre
ocam
pototal
daen-
trevista.Umadiferena
fundamental
que,
excetuandooprim
eirotipo
deentrevista,
osdois
outrosrequerem
queoentrevistador
desperteinteresse
eparticipao,
que"motive"
oentrevistado.
Tantoomtodo
clnicocom
oatcnica
daentrevis-
taprocedem
docam
podamedicina,
pormaprtica
m-
dicainclui
procedimentos
semelhantes
quesem
dvidano
devemser
confundidoscom
aentrevista
psicolgi-ca,nem
superpostosaela.
Aconsulta
consistenasolicitao
daassistncia
tc-nica
ouprofissional,
quepode
serprestada
ousatisfeita
deform
asdiversas,
umadas
quaispode
seraentrevis-
ta.Consulta
nosinnim
odeentrevista;
estaltim
a
apenasum
dosprocedim
entosdeque
otcnico
oupro-
fissional,psiclogo
oumdico,
dispepara
atendera
umaconsulta.Em
segundolugar,
aentrevista
noumaanam
ne-se.Esta
implica
umacom
pilaodedados
preestabele-cidos,
detalamplitude
edetalhe,
queperm
itaobter
uma
sntesetanto
dasituao
presentecom
odahistria
deum
indivduo,desua
doenaedesua
sade.Embora
umaboa
anamnese
sefaa
combase
nautilizao
cor-reta
dosprincpios
queregem
aentrevista,
estaltim
a,sem
dvida,algo
muito
diferente.Naanam
neseapreo-
cupaoeafinalidade
residemnacom
pilaodeda-
dos,eopaciente
ficareduzido
aum
mediador
entresua
enfermidade,
suavida
eseus
dadospor
umlado,
eo
mdico
poroutro.
Seopaciente
nofornece
informa-
es,elas
devemser"extradas"
dele.Masalm
dosda-
dosque
omdico
previucom
onecessrios,
todacontri-
buiodopaciente
considerada
comoumaperturba-
_6Temas
depsicologia
odaanam
nese,freqentem
entetolerada
porcorte-
sia,pormconsiderada
comosuprflua
oudesnecess-
ria.No
sopoucas
asocasies
emque
aanam
nese
feitapor
razesestatsticas
oupara
cumprir
obrigaesregulam
entaresdeumainstituio;
nessescasos
ficaem
mos
depessoal
auxiliar.Diferentem
entedaconsulta
edaanam
nese,aentre-
vistapsicolgica
objetivaoestudo
eautilizao
docom
-portam
entototal
doindivduo
emtodo
ocurso
darela-
oestabelecida
comotcnico,
duranteotempoem
queessa
relaodurar.
Naprtica
mdica
extrem
amente
tillevarem
con-taeutilizar
osconhecim
entosdatcnica
daentrevista
etudo
oque
serefere
relao
interpessoal.Umaparte
dotempodeumaconsulta
deveserempregada
comoentre-
vistaeaoutra
paracom
pletaraindagao
ouosdados
necessriospara
aanarnnese,
pormno
existemrazes
paraque
elasetransform
eemum
"interrogatrio".Aentrevista
psicolgicaumarelao,
comcarac-
tersticasparticulares,
queseestabelece
entreduas
oumais
pessoas.Oespecfico
ouparticular
dessarelao
resideem
queum
dosintegrantes
um
tcnicodapsi-
cologia,que
deveatuar
nessepapel,
eooutro
-ouos
outros-necessita
desua
intervenotcnica.
Porm-
eisso
um
pontofundam
ental-,otcnico
nosutili-
zaaentrevista
paraaplicar
seusconhecim
entospsico-
lgicosnoentrevistado,
comotambm
essaaplicao
seproduz
precisamente
atravsdeseu
prpriocom
por-tamento
nodecorrer
daentrevista.
Aentrevista
psicol-
gicaento
umarelao
entreduas
oumais
pessoasem
queestas
intervmcom
otais.
Parasublinhar
oaspecto
fundamental
daentrevista
poder-se-iadizer,
deoutra
maneira,
queela
consisteem
umarelao
humana
naqual
umdos
integrantesdeve
procurarsaber
oque
estacontecendo
edeve
atuarsegundo
esseconhecim
ento.A
realizaodos
objetivospossveis
daentrevista
(inves-tigao,
diagnstico,orientao,
etc.)depende
dessesa-
beredaatuao
deacordo
comesse
saber.Dessa
teoriadaentrevista
originam-se
algumasorien-
taespara
suarealizao.
Aregra
bsicajno
consisteem
obterdados
completos
davida
totaldeumapessoa,
masem
obterdados
completos
deseu
comportam
entototal
nodecorrer
daentrevista.
Essecom
portamento
to-talinclui
oque
recolheremos
aplicandonossa
funode
escutar,pormtambm
nossafuno
devivenciar
eobser-
var,detalmaneira
queficam
includasastrs
reasdo
comportam
entodoentrevistado.
Ateoria
daentrevista
foienorm
emente
influencia-dapor
conhecimentos
provenientesdapsicanlise,
daGestalt,da
topologiaedobehaviorism
o.Ainda
queno
possamos
selecionarespecificam
enteacontribuio
decada
umdeles,
convmassinalar
sumariam
enteque
apsicanlise
influencioucom
oconhecim
entodadim
en-so
inconscientedocom
portamento,
datransferncia
econtratransferncia,
daresistncia
erepresso,
dapro-
jeoeintrojeo,
etc.AGestaltreforou
acom
preen-so
daentrevista
comoum
todonoqual
oentrevistador
um
deseus
integrantes,considerando
ocom
portamen-
todeste
comoum
doselem
entosdatotalidade.
Atopo-
logialevou
adelinear
ereconhecer
ocam
popsicolgico
esuas
leis,assim
comooenfoque
situaciona1.Obeha-
viorismoinfluenciou
comaimportncia
daobservao
docom
portamento.
Tudoisso
conduziupossibilidade
derealizar
aentrevista
emcondies
metodolgicas
mais
restritas,convertendo-a
eminstrum
entocientfico
noqual
a"arte
daentrevista"
foireduzidaem
funodeumasis-
tematizao
dasvariveis,
eesta
sistematizao
quepossibilita
ummaior
rigorem
suaaplicao
eem
seusresultados.
Pode-seensinar
eaprender
arealizar
entre-vistas
semque
setenha
dedepender
deum
domouvirtu-
deimponderve1.
Oestudo
cientficodaentrevista
(apes-
quisadoinstrum
ento)tem
reduzidosua
proporodearte
eincrem
entadosua
operacionalidadeeutilizao
como
tcnicacientfica.
Ainvestigao
cientficadoinstrum
entotem
feitocom
queaentrevista
incorporealgum
asdas
exignciasdomtodo
experimental;
mastambm
fazcom
quea
entrevistapsicolgica,
emgeral,
constituaum
procedi-mento
deobservao
emcondies
controladasou,pe-
lomenos,
emcondies
conhecidas.Dessa
maneira
a,entrevista
podeser
considerada,em
certamedida,
damesm
aform
aque
otubo
deensaio
paraoqum
ico,se-
gundoumacom
paraofeliz
deYoung.
Dessa
teoriadatcnica
daentrevista
(quecontinua-
remosdesenvolvendo)
dependemasregras
prticasou
empricas;
estaanica
formaracional
decom
preen-d-Ias,
aprend-Ias,aplic-Ias
eenriquec-Ias.
Oempenho
emdiferenciar
aentrevista
daanam
ne-seprovm
dointeresse
emconstituir
umcam
pocom
ca-ractersticas
definidas,ideais
paraainvestigao
daper-
sonalidade.Comonaanam
nese,temos,
naentrevista,
umcam
poconfigurado,
ecom
issoquerem
osdizer
queentre
osparticipantes
seestrutura
umarelao
daqual
dependetudo
quenela
acontece.Adiferena
bsica,neste
sentido,entre
entrevistaequalquer
outrotipo
derelao
interpes-soal(com
oaanam
nese)que
aregra
fundamental
daen-
trevistasob
esteaspecto
procurar
fazercom
queocam
-poseja
configuradoespecialm
ente(eem
seumaior
grau)pelas
variveisque
dependemdoentrevistado.
Apesar
detodo
emergente
sersem
presituacional
ou,dito
emoutras
palavras,provir
deum
campo,
dize-mosque
naentrevista
talcam
poest
determinado,
pre-dom
inantemente,
pelasmodalidades
dapersonalidade
doentrevistado.
Deoutra
forma,poder-se-ia
dizerque
oentrevistador
controlaaentrevista,
pormquem
adirige
oentrevistado.
Arelao
entreambos
delimita
edeterm
inaocam
podaentrevista
etudo
oque
nelaacontece,
porm,oentrevistador
deveperm
itirque
ocam
podarelao
interpessoalseja
predominantem
enteestabelecido
econfigurado
peloentrevistado.
Todoserhum
anotem
suapersonalidade
sistemati-
zadaem
umasrie
depautas
ouem
umconjunto
oure-
pertriodepossibilidades,
eso
estasque
esperamos
queatuem
ouseexteriorizem
duranteaentrevista.
As-
sim,pois,
aentrevista
funcionacom
oumasituao
emque
seobserva
partedavida
dopaciente,
quesedesen-
volveem
relaoans
ediante
dens.
Nenhum
asituao
podeconseguir
aemergncia
datotalidade
dorepertrio
decondutas
deumapessoa
e,portanto,
nenhumaentrevista
podeesgotar
apersonali-
dadedopaciente,
massom
enteum
segmento
dela.Aen-
trevistano
podesubstituir
nemexcluir
outrosprocedi-
mentos
deinvestigao
dapersonalidade,
pormeles
tambm
nopodem
prescindirdaentrevista.
Demodo
es-pecfico,
aentrevista
nopode
supriroconhecim
entoea
investigaodecarter
muito
mais
extensoeprofundo
queseobtm
,por
exemplo,
emum
tratamento
psicanalti-co,o
qual,nodecorrer
deum
tempoprolongado,
permite
aemergncia
eamanifestao
dosncleos
esegm
entosmaisdiferentes
dapersonalidade.
Paraobter
ocam
poparticular
deentrevista
quedes-
crevi,devemoscontar
comum
enquadramento
rgido,queconsiste
emtransform
arum
conjuntodevariveis
emconstantes.
Dentro
desteenquadram
ento,incluem
-seno
apenasaatitude
tcnicaeopapel
doentrevistador
talcom
oassinalei,
comotambm
osobjetivos,
olugar
eo
tempo
daentrevista.
Oenquadram
entofunciona
como
umaespcie
depadronizao
dasituao
estmulo
queoferecem
osaoentrevistador;
comisso
nopretendem
osque
estasituao
deixedeatuar
comoestm
ulopara
ele,masque
deixedeoscilar
comovarivel
paraoentrevista-
dor.Seoenquadram
entosemodifica
(porexem
plo,por-
queaentrevista
serealiza
emum
localdiferente),esta
mo-
dificaodeve
serconsiderada
comoumavarivel
su-jeita
aobservao,
tantocom
oooentrevistado.
Cada
entrevistatem
umcontexto
definido(conjunto
decons-
tantesevariveis)
emfuno
doqual
ocorremosemer-
gentes,que
stm
sentidoem
funodetalcontexto!.
Ocam
podaentrevista
tambm
nofixo
esim
din-mico,
oque
significaque
eleest
sujeitoaumaperm
a-nente
mudana
eque
aobservao
sedeve
estenderdo
campoespecfico
existenteemcada
momento
continui-
dadeesentido
destasmudanas.
Narealidade
poder-se-iadizer
queaobservao
dacontinuidade
edacontigidade
dasmudanas
oque
permite
completar
aobservao
einferir
aestrutura
eosentido
decada
campo;
responden-doaesta
modalidade
doprocesso
real,deve-se
dizerque
ocam
podaentrevista
cobreasua
totalidade,embora
"ca-da"
campono
sejaseno
ummomento
dessecam
poto-
taledasua
dinmica
(Gestaltung)2.Umasistem
atizaoque
permite
oestudo
detalhadodaentrevista
comocam
poconsiste
emcentrar
oestudo
sobre:a)oentrevistador,
incluindosua
atitude,sua
dis-sociao
instrumental,
contratransferncia,identificao
etc.;b)oentrevistado,
incluindo-seaqui
transferncia,estruturas
decom
portamento,
traosdecarter,
ansie-dades,
defesasetc.;
c)arelao
interpessoal,naqual
se
1.Contexto
ouenquadram
entoforam
estudadosemJ.Eleger,
"Psi-coan1isis
deienquadre
psicoanaltico",emSimbiosis
eambigedad,
Pai-ds,
Buenos
Aires,
1967.2.G
estaltung:processo
deform
aodeGestalten.
incluiainterao
entreosparticipantes,
oprocesso
decom
unicao(projeo,
introjeo,identificao
etc.),oproblem
ada
ansiedade,etc.
Embora
nopretenda
aprofundaraqui
cadaum
dosfenm
enosassinalados,
porqueisso
abarcaria,em
grandeparte,
quasetoda
apsicologia
epsicopatologia,
estesaspectos
estoinclu-
dosnas
consideraesque
seseguem
.
vidaatual
quemantero,
entresi,relao
decom
plemen-
taooudecontradio.
Aslacunas,
dissociaesecontradies
queindi-
queilevam
algunspesquisadores
aconsiderar
aentre-
vistacom
oinstrum
entono
muito
confivel.Sem
dvi-da,nesses
casos,oinstrum
entono
fazmais
querefletir
oque
correspondeacaractersticas
doobjeto
deestudo.
Asdissociaes
econtradies
queobservam
oscorres-
pondemadissociaes
econtradies
daprpria
perso-nalidade
e,aorefleti-Ias,
aentrevista
permite-nos
tra-balhar
comelas;
seelas
serotrabalhadas
ouno,
irde-
penderdaintensidade
daangstia
quesepode
provocaredatolerncia
doentrevistado
aessa
angstia.Igual-
mente,
osconflitos
trazidospelo
entrevistadopodem
noser
osconflitos
fundamentais,
assimcom
oasmotiva-
esque
alegaso,
geralmente,
racionalizaes.Asimulao
perdeovalor
quetem
naanam
neseco-
mofator
deperturbao,
jque
naentrevista
asimula-
odeve
serconsiderada
comoumaparte
dissociadada
personalidadeque
oentrevistado
noreconhece
total-mente
comosua.
Podeacontecer
queomesm
oentre-
vistadoroudiferentes
entrevistadoresrecolham
,em
mo-
mentos
diferentes,partes
distintaseainda
contraditriasdamesm
apersonalidade.
Osdados
nodevem
serava-
liadosem
funodecerto
ouerrado,
mascom
ograus
oufenm
enosdedissociao
dapersonalidade.
Umasi-
tuaotpica,
eem
certamedida
inversaque
comento,
adoentrevistado
quetem
rigidamente
organizadasua
histriaeseu
esquemadevida
presente,com
omeio
de
Umadiferena
fundamental
entreentrevista
eanam
-nese,
noque
dizrespeito
teoria
dapersonalidade
e
teoriadatcnica,
resideem
que,naanam
nese,trabalha-
secom
asuposio
deque
opaciente
conhecesua
vidaeest
capacitado,portanto,
parafornecer
dadossobre
ela,enquanto
ahiptese
daentrevista
que
cadaserhu-
mano
temorganizada
umahistria
desua
vidaeum
es-quem
adeseu
presente,edesta
histriaedeste
esquema
temos
dededuzir
oque
eleno
sabe.Em
segundolu-
gar,aquilo
queno
nospode
darcom
oconhecim
entoexplcito,
nosoferecido
ouemerge
atravsdoseu
com-
portamento
no-verbal;eeste
ltimopode
informarso-
bresua
histriaouseu
presenteem
grausmuito
vari-veis
decoincidncia
oucontradio
comoque
expressademodo
verbaleconsciente.
Poroutro
ladoalm
disso,
,em
diferentesentrevistas,
oentrevistado
podeoferecer-
nosdiferentes
histriasoudiferentes
esquemas
desua
defesacontra
apenetrao
doentrevistador
eaoseu
pr-prio
contatocom
reasdeconflito
desua
situaoreal
edesua
personalidade;esse
tipodeentrevistado
repeteamesm
ahistria
estereotipadaem
diferentesentrevistas,
sejacom
omesm
ooucom
diferentesentrevistadores.
Quando
vriosintegrantes
deum
grupoouinstituio
(emfamlia,
escola,fbrica,
etc.)so
entrevistados,essas
divergnciasecontradies
somuito
mais
freqentese
notriaseconstituem
dadosmuito
importantes
sobreco-
mocada
umdeseus
membros
organiza,numamesm
area-
lidade,um
campopsicolgico
quelhe
especfico.
Ato-
talidadenos
dum
ndicefiel
docarter
dogrupo
ouda
instituio,desuas
tensesouconflitos,
tantocom
ode
suaorganizao
particularedinm
icapsicolgica.
Detudo
oque
foiexposto,deduz-se
facilmente
quea
tcnicaesua
teoriaesto
estreitamente
entrelaadascom
ateoria
dapersonalidade
comaqual
setrabalha;
ograu
deinterao
queum
entrevistadorcapaz
deconseguir
entreelas
domodelo
desua
operacionalidadecom
oinvestiga-
dor.Aentrevista
noconsiste
em"aplicar"
instrues,mas
eminvestigar
apersonalidade
doentrevistado,
aomesm
otempoque
nossasteorias
einstrumentos
detrabalho.
Nascincias
danatureza,
segundooponto
devista
tradicional,aobservao
cientficaobjetiva,
nosenti-
dodeque
oobservador
registraoque
ocorre,osfen-
menos
queso
externoseindependentes
dele,com
abs-trao
ouexcluso
totaldesuas
impresses,
sensaes,sentim
entosedetodo
estadosubjetivo;
umregistro
detaltipo
oque
permite
averificao
doobservado
porterceiros
quepodem
reconstruirascondies
daobser-
vao.No
interessa,agora,
discutiravalidade
desteesquem
aque
jsemostrou
estreitoeingnuo
tambm
paraasmesm
ascincias
naturais.Interessa-m
e,em
com-
pensao,observar
quenaentrevista
oentrevistador
parte
docam
po,quer
dizer,em
certamedida
condicionaosfenm
enosque
elemesm
ovai
registrar.Coloca-se,
ento,aquesto
davalidade
dosdados
assimobtidos.
Talsummum
deobjetividade
nainvestigao
nose
cumpre
emnenhum
outrocam
pocientfico,
emenos
ain-daem
psicologia,naqual
oobjeto
deestudo
ohom
em.
Emcom
pensao,amxim
aobjetividade
spode
seralcanada
quandoseincorpora
osujeito
observadorco-
moumadas
variveisdocam
po.Seoobservador
estcondicionando
ofenm
enoque
observa,pode-se
objetarque,
nestecaso,
noestam
osestudando
ofenm
enotalcom
oele,m
assim
emrela-
ocom
anossa
presena,e,assim
,jno
sefaz
uma
observaoem
condiesnaturais.
Aisso
sepode
responder,demodo
global,dizendo
queesse
tipodeobjeo
novlido,
porquesebaseia
emumaquantidade
depressuposies
incorretas.Veja-
mosalgum
asdessas
pressuposies.
oque
sequer
dizercom
aexpresso
"observaoem
condiesnaturais"?
Certam
ente,refere-se
aumaobserva-
orealizada
nasmesm
ascondies
emque
sedreal-
mente
ofenm
eno.Asconsideraes
ontolgicassuper-
pem-se
sdetipo
gnosiolgico;nas
primeiras
admite-se
aexistncia
deum
mundo
objetivo,que
existepor
si,inde-pendentem
entedeque
oconheam
osouno.
Jnas
se-gundas
somosns
queconhecem
os,epor
issotemosde
nosincluir
necessariamente
noprocesso
doconhecim
ento,talcom
oocorre
narealidade.
Estasegunda
afirmao
noinvalida
denenhum
amaneira
aprim
eira,porqueambas
sereferem
acoisas
diferentes:uma,existncia
dosfenm
e-nos,e
outra,aoconhecim
entoque
delesseobtm
.Mas,
almdisso,
ascondies
naturaisdaconduta
humana
soascondies
humanas
...Todaconduta
sedsem
prenum
contextodevnculos
erelaes
huma-
nas,eaentrevista
noumadistoro
daspretendidas
condiesnaturais
esim
ocontrrio:
aentrevista
a
situao"natural"
emque
sedofenm
enoque,
preci-sam
ente,nos
interessaestudar:
ofenm
enopsicolgi-
co.Desta
maneira
oenfoque
ontolgicoegnosiolgico
coincidemeso
amesm
acoisa.
Poder-se-insistir,
ainda,em
queaentrevista
notem
validadedeinstrum
entocientfico
porqueasmani-
festaesdo
objetoque
estudamos
dependem,nesse
caso,darelao
queseestabelea
comoentrevistador,
eportanto
todososfenm
enosque
aparecemesto
con-dicionados
poressa
relao.Esse
tipodeobjeo
derivadeumaconcepo
metafisica
domundo:
osupor
queca-
daobjeto
temqualidades
quedependem
desua
naturezainterna
prpriaeque
determinadas
relaesmodificam
ousubvertem
essapureza
ontolgicaouessas
qualida-des
naturais.Ocerto
que
asqualidades
detodo
objetoso
sempre
relacionais;derivam
dascondies
erela-
esnas
quaisseacha
cadaobjeto
emcada
momento.
Cada
situaohum
anasem
preoriginal
enica,
portantoaentrevista
tambm
o,porm
issono
regesom
enteosfenm
enoshum
anoscom
otambm
osfe-
nmenos
danatureza:
coisaque
Herclito
jsabia.
Essaoriginalidade
decada
acontecimento
noimpede
oes-
tabelecimento
deconstantes
gerais,quer
dizer,das
con-dies
queserepetem
commais
freqncia.Oindivi-
dualno
excluiogeral,
nemapossibilidade
deintrodu-
ziraabstrao
ecategorias
deanlise.
.I~s?
seop~
aum
.narcisismosubjacente
aocam
poc~ent1fIco
dapSIcologIa:
cadaser
humano
consideraa
SImesm
ocom
oum
serdistinto
enico,
resultadode
umadiferena
particular(de
Deus,
dodestino
oudana-
tureza).Oserhum
anodescobre
paulatinamente,
ecom
assombro,
quetem
asmesm
asvsceras
queseus
seme-
lhantes,assim
comodescobre
(ouresiste
adescobrir)
quesua
vidapessoal
setece
sobreum
fundocom
uma
todososseres
humanos.
Nocaso
daentrevista
issono
.'
VIgora
apenaspara
onarcisism
odoentrevistado
como
tambm
paraodoentrevistador,
quetambm
deveas-
sumirasua
condiohum
anaeno
sesentir
acimado
entrevistadoouem
situaoprivilegiada
diantedele.
Eisso,
quefcil
dizer,no
nada
fcilrealizar.
Umacerta
concepoaristocrtica
oumonopolista
dacincia
temfeito
suporque
ainvestigao
tarefa
deeleitos
queesto
acimaoualm
dosfatos
cotidianose
comuns.
Assim
,aentrevista
,nesta
concepo,um
instrumento
ouumatcnica
da"prtica"
comaqual
sepretende
diagnosticar,isto
,aplicarconhecim
entoscien-
tficosque,
emsimesm
os,so
provenientesdeoutras
fontes:ainvestigao
cientfica.Ocerto
que
nohpossibilidade
deumaentrevis-
tacorreta
efrutfera
seno
seincluir
ainvestigao.
Emoutros
termos,
aentrevista
um
campo
detrabalho
noqual
seinvestiga
aconduta
eapersonalidade
deseres
humanos.
Queisto
serealize
ouno,
coisa
quejno
dependedoinstrum
ento,domesm
omodo
comono
in-validam
osouduvidam
osdomtodo
experimental
pelofato
deque
uminvestigador
possautilizar
olaboratrio
semseater
sexigncias
domtodo
experimental.
Uma
utilizaocorreta
daentrevista
integranamesm
apes-
soaenomesm
oato
oprofissional
eopesquisador.
Achave
fundamental
daentrevista
estnainvestiga-
oque
serealiza
duranteoseu
transcurso.Asobser-
vaesso
sempre
registradasem
funodehipteses
queoobservador
vaiemitindo.
Esclareamos
melhor
oque
sequer
dizercom
isso.Afirm
a-se,geralm
entede
maneira
muito
formal,
queainvestigao
constadeeta-
pasntidas
esucessivas
queseescalonam
,umaaps
aoutra,
naseguinte
ordem:prim
eirointervm
aobserva-
o,depois
ahiptese
eposteriorm
enteaverificao.
Ocerto,
contudo,que
aobservao
serealiza
sempre
emfuno
decertos
pressupostoseque,
quandoestes
soconscientes
eutilizados
comotais,
aobservao
seenriquece.
Assim
,aform
adeobservar
bemirform
u-lando
hiptesesenquanto
seobserva,
edurante
aentre-
vistaverificar
eretificarashipteses
nomomento
mesm
oem
queocorrem
emfuno
dasobservaes
subseqen-tes,
quepor
suavez
seenriquecem
comashipteses
prvias.Observar,
pensareimaginar
coincidemtotal-
mente
eform
amparte
deum
senico
processodial-
tico.Quem
noutiliza
asua
fantasiapoder
serumbom
verificadordedados,
pormnunca
uminvestigador.
Emtodas
asaes
humanas,
deve-sepensar
sobreo
queseest
fazendoe,quando
issoacontece
sistematica-
mente
emum
campo
detrabalho
definido,subm
etendo-severificao
oque
sepensou,
estsendo
realizadaumainvestigao.
Otrabalho
profissionaldopsiclogo,
dopsiquiatra
edomdico
somente
adquiresua
realen-
vergaduraetranscendncia
quandonele
coincideainves-
tigaoeatarefa
profissional,porque
estasso
asuni-
dadesdeumaprxis
queresguarda
dadesum
anizaoa
tarefamais
humana:
compreender
eajudar
outrosseres
humanos.
Indagaoeatuao,
teoriaeprtica,
devemser
manejadas
comomomentos
inseparveis,form
an-doparte
deum
sprocesso.
Com
freqncia,alega-se
faltadetempopara
realizarentrevistas
exaustivas(ou
corretas).Aconselho
reali-zar
bempelo
menos
umaentrevista,
peridicaeregular-
_2_0Temas
depsicologia
vista,oentrevistador
observacom
oeatravs
doque
oentrevistado
condiciona,sem
osaber,
efeitosdos
quaiselemesm
osequeixa
ouvtim
a.Interessam
particular-mente
osmomentos
demudana
nacom
unicaoeas
situaesetemasante
osquais
ocorrem,assim
como
asinibies,
interceptaesebloqueios.
Ruesch
estabeleceuumaclassificao
dapersona-
lidadebaseada
nossistem
aspredom
inantesque
cadaindivduo
peemjogo
nacom
unicao.Porm
,otipo
decom
unicaono
importante
ape-nas
poroferecer
dadosdeobservao
diretaque,
inclu-sive,
podemserregistrados,
masporque
ofenm
eno-chave
detoda
arelao
interpessoal,que,
porsua
vez,pode
sermanipulado
peloentrevistador
e,assim
,gra-
duarouorientar
aentrevista.
mente:
descobrir-se-,rapidam
ente,com
otil
noter
tempoecom
ofcilracionalizar
enegarasdificuldades.
Entrevistadoreentrevistado
formam
umgrupo,
ouseja,um
conjuntoouumatotalidade,
naqual
osintegran-
tesesto
inter-relacionadoseem
queaconduta
deambos
interdependente.
Diferencia-se
deoutros
grupospelo
fatodeque
umdeseus
integrantesassum
eum
papeles-
pecficoetende
acum
prirdeterm
inadosobjetivos.
Ainterdependncia
eainter-relao,
ocondicio-
namento
recprocodesuas
respectivascondutas,
reali-zam
-seatravs
doprocesso
dacom
unicao,entenden-
do-sepor
issoofato
deque
aconduta
deum
(conscien-teouno)
atua(de
formaintencional
ouno)
como
estmulo
paraaconduta
dooutro,
quepor
suavez
rea-tua
comoestm
ulopara
asmanifestaes
doprim
eiro.Nesse
processo,apalavra
temum
papeldeenorm
egra-
vitao,noentanto
tambm
acom
unicaopr-verbal
intervmativam
ente:atitudes,
timbre
etonalidade
afe-tiva
davoz
etc.Otipo
decom
unicaoque
seestabelece
alta-
mente
significativodapersonalidade
doentrevistado,
especialmente
docarter
desuas
relaesinterpessoais,
ouseja,
damodalidade
doseu
relacionamento
comseus
semelhantes.
Nesse
processoque
seproduz
naentre-
Narelao
queseestabelece
naentrevista,
deve-secontar
comdois
fenmenos
altamente
significativos:a
transfernciaeacontratransferncia.
Aprim
eirarefere-se
atualizao,
naentrevista,
desentim
entos,atitudes
econ-
dutasinconscientes,
porparte
doentrevistado,
quecorres-
pondemamodelos
queeste
estabeleceunocurso
dode-
senvolvimento,
especialmente
narelao
interpessoalcom
seumeio
familiar.D
istingue-seatransferncia
negativada
positiva,porm
ambas
coexistemsem
pre,embora
com
umpredom
niorelativo,
estveloualternante,
deumaso-
breaoutra.Integram
aparteirracional
ouinconsciente
daconduta
econstituem
aspectosno
controladospelo
pa-ciente.
Umaoutra
noosimilar
acentua,natransfern-
cia,asatitudes
afetivasque
oentrevistado
vivenciaou
atualizaem
relaoaoentrevistador.
Aobservao
des-ses
fenmenos
coloca-nosem
contatocom
aspectosda
condutaedapersonalidade
doentrevistado
queno
seincluem
entreoselem
entosque
elepode
referiroutrazer
voluntriaouconscientem
ente,masque
acrescentamuma
dimenso
importante
aoconhecim
entodaestrutura
desua
personalidadeeaocarter
deseus
conflitos.Natransferncia
oentrevistado
atribuipapis
aoen-
trevistadorecom
porta-seem
funodeles.
Emoutros
termos,
transferesituaes
emodelos
paraumarealida-
depresente
edesconhecida,
etende
aconfigur-Ia
co-mosituao
jconhecida,
repetitiva.Com
atransferncia
oentrevistado
forneceaspec-
tosirracionais
ouimaturos
desua
personalidade,seu
graudedependncia,
suaonipotncia
eseu
pensamen-
tomgico.
neles
queoentrevistador
poderdescobrir
aquiloque
oentrevistado
esperadele,
suafantasia
daentrevista,
suafantasia
deajuda,
ouseja,
oque
acreditaque
ser
ajudadoeestar
so,includas
asfantasias
pa-tolgicas
decura,
queso,
commuita
freqncia,aspi-
raesneurticas.
Poder-se-igualm
entedespistar
outrofator
importante,
queodaresistncia
entrevista
ouodeser
ajudadooucurado,
eainteno
desatisfazer
desejosfrustrados
dedependncia
oudeproteo.
Nacontratransferncia
incluem-se
todososfen-
menos
queaparecem
noentrevistador
comoemergen-
tesdocam
popsicolgico
queseconfigura
naentrevis-
ta:so
asrespostas
doentrevistador
smanifestaes
doentrevistado,
oefeito
quetm
sobreeles.
Dependem
emalto
graudahistria
pessoaldoentrevistador,
porm,
seelas
aparecemouseatualizam
emum
dadomomento
daentrevista
porque
nessemomento
existemfatores
queagem
paraque
issoacontea.
Durante
muito
tempo
foramconsiderados
comoelem
entosperturbadores
daentrevista,
pormprogressivam
entereconheceu-se
queso
indefectveiseiniludveis
emseu
aparecimento,
eo
entrevistadordeve
tambm
registr-Ioscom
oemergen-
tesdasituao
presenteedas
reaesque
oentrevista-
doprovoca.
Portanto,observao
naentrevista
acres-centa-se
tambm
aauto-observao.
Acontratransferncia
noconstitui
umapercepo,
emsentido
rigorosooulimitado
doterm
o,massim
umindcio
degrande
significaoevalor
paraorientar
oentrevistador
noestudo
querealiza.
Noentanto,
no
defcil
manejo
erequer
umaboa
preparao,experin-
ciaeum
altograu
deequilbrio
mental,
paraque
possaserutilizada
comalgum
avalidade
eeficincia.
Transfernciaecontratransferncia
sofenm
enosque
aparecemem
todarelao
interpessoale,por
issomesm
o,tambm
ocorremnaentrevista.
Adiferena
que
naentrevista
devemserutilizados
comoinstrum
en-tos
tcnicosdeobservao
ecom
preenso.Ainterao
transferncia-contratransfernciapode
tambm
serestu-
25Aentrevista
psicolgica~
dadacom
oumaatribuio
depapis
porparte
doentre-
vistadoeumapercepo
delespor
partedoentrevista-
dor.Se,
porexem
plo,aatitude
doentrevistado
irritae
provocarejeio
noentrevistador,
eledeve
procurares-
tudareobservar
suareao
comoefeito
docom
porta-mento
doentrevistado,
paraajud-Io
acorrigir
aquelaconduta
decujos
resultadosele
mesm
opode
queixar-,
.se(por
exemplo,
deque
notem
amigos
edeque
mn-
gumgosta
dele).Seoentrevistador
nofor
capazde
objetivareestudar
suareao,
oureagir
comirritao
erejeio
(assumindo
opapel
projetado),indicar
quea
manipulao
quefaz
dacontratransferncia
estpertur-
badaeque,portanto,
estsesaindo
malna
entrevista.
Aansiedade
constituium
indicadordodesenvolvi-
mento
deumaentrevista
edeve
seratentam
enteacom
pa-nhada
peloentrevistador,
tantoaque
seproduz
neleco-
moaque
aparecenoentrevistado.
Deve-se
estaratento
nosom
enteaoseu
aparecimento
comotambm
aoseu
grauouintensidade,
porque,embora
dentrodedeterm
i-nados
limites
aansiedade
sejaum
agentemotor
dare-
laointerpessoal,
podeperturb-Ia
totalmente
efugir
completam
enteaocontrole
seultrapassar
certonvel.
Porisso
olimite
detolerncia
ansiedade
deveserperm
a-,
nentemente
detectado.Seentrevistado
eentrevistador
defrontaremcom
umasituao
desconhecidaante
aqual
aindano
estabilizaramlinhas
reacionaisadequadas,
eessa
situaono
organizadaimplicar
certadesorgani-
zaodapersonalidade
decada
umdos
participantes,tal
desorganizaoaansiedade.
Oentrevistado
solicitaajuda
tcnicaouprofissio-
nalquando
senteansiedade
ousevperturbado
porme-
canismos
defensivosdiante
dela.Durante
aentrevista
tantosua
ansiedadecom
oseus
mecanism
osdedefesa
podemaum
entar,porque
odesconhecido
queenfrenta
nosom
enteasituao
externanova,
mastambm
operigo
daquiloque
desconheceem
suaprpria
perso-nalidade.
Seesses
fatoresno
seapresentam
,faz
partedafuno
doentrevistador
motivar
oentrevistado,
con-seguir
queapaream
emumacerta
medida
naentrevis-
ta.Em
algunscasos,
aansiedade
acha-sedelegada
ouprojetada
emoutra
pessoa,que
quem
solicitaaentre-
vistaemanifesta
interesseem
queela
serealize.
Aansiedade
doentrevistador
um
dosfatores
mais
dificeisdemanipular,
porqueomotor
dointeresse
nainvestigao
edointeresse
empenetrar
nodesconheci-
do.Toda
investigaoimplica
apresena
deansiedade
diantedodesconhecido,
eoinvestigador
devetercapa-
cidadepara
toler-Iaepoder
instrumentaliz-Ia,
semo
quesefecha
apossibilidade
deumainvestigao
eficaz;isso
ocorretambm
quandooinvestigador
sevopri-
mido
pelaansiedade
ourecorre
amecanism
osdedefe-
saante
ela(racionalizao,
formalism
o,etc.).
queoobjeto
quedeve
estudaroutro
serhum
anodetal
,maneira
que,aoexam
inaravida
dosdem
ais,seacha
di-retam
enteimplicada
areviso
eoexam
edesua
prpriavida,
desua
personalidade,conflitos
efrustraes.
Avida
eavocao
depsiclogo,
demdico
edepsi-
quiatramerecem
umestudo
detalhadoque
noempreen-
dereiagora;
quero,porm
,lembrar
queso
ostcnicos
encarregadosprofissionalm
entedeestar
todososdias
emcontato
estreitoedireto
comosubm
undodadoena,
dosconflitos,
dadestruio
edamorte.
Foinecessrio
recorrersimulao
edissociao
paraodesenvolvi-
mento
eexerccio
dapsicologia
edamedicina:
ocupar-sedeseres
humanos
comoseno
ofossem
.Otreina-
mento
domdico,
inconscienteedefensivam
entetende,
aisto,
aoiniciar
todaaprendizagem
pelocontato
como
cadver.Quando
queremos
nosocupar
dadoena
emseres
humanos
consideradoscom
otal,
nossasansieda-
desaum
entam,mas,
aomesm
otempo,
precisamos
prdelado
obloqueio
easdefesas.
Portudo
istoapsicolo-
giadem
oroutanto
parasedesenvolver
einfiltrar-se
namedicina
enapsiquiatria.
Issoseria
paradoxalseno
considerssemos
osprocessos
defensivos;porm
,o
mdico,
cujaprofisso
tratar
doentes,quem
,propor-
cionalmente,
mais
escotomiza
ounega
suasprprias
doenasouasdeseus
familiares.
Empsiquiatria,
emmedicina
psicossomtica
eem
psicologia,tudo
istoj
nopossvel;
ocontato
diretocom
sereshum
anosco-,
motais,
colocaotcnico
diantedasua
prpriavida,
suaprpria
sadeoudoena,
seusprprios
conflitosefrus-
Diante
daansiedade
doentrevistado,
nosedeve
re-correr
anenhum
procedimento
queadissim
uleourepri-
ma,com
ooapoio
diretoouoconselho.
Aansiedade
so-mente
devesertrabalhada
quandosecom
preendeosfa-
torespelos
quaisela
apareceequando
seatua
segundoessa
compreenso.
Seoque
predomina
soosmecanis-
mosdedefesa
diantedela,
atarefa
doentrevistador
"desarm
ar"em
certamedida
estasdefesas
paraque
apa-rea
certograu
deansiedade,
oque
serum
indicadorda
possibilidadedeatualizao
dosconflitos.
Todaessa
ma-
nipulaotcnica
daansiedade
deveser
feitatendo-se
sempre
emconta
apersonalidade
doentrevistado
e,so-bretudo,
obeneficio
quepara
elepode
significaramobi-
lizaodaansiedade,
detalform
aque,m
esmodiante
desituaes
muito
claras,no
sedeve
serativo
seisso
sig-nificar
oprimiroentrevistado
comconflitos
queno
po-der
tolerar.Isso
correspondeaum
aspectomuito
dificil:ododenom
inadotiming
daentrevista,
queotempo
prpriooupessoal
doentrevistado
-que
dependedo
grauetipo
deorganizao
desua
personalidade-para
enfrentarseus
conflitosepara
resolv-Ios.
Oinstrum
entodetrabalho
doentrevistador
ele
mesm
o,sua
prpriapersonalidade,
queparticipa
inevi-tavelm
entedarelao
interpessoal,com
aagravante
de
traes.Caso
eleno
consigagraduar
esteimpacto,
suatarefa
torna-seimpossvel:
outem
muita
ansiedadee,
ento,no
podeatuar,
oubloqueia
aansiedade
esua
tarefaestril.
Nasua
atuao,oentrevistador
deveestar
dissocia-do:em
parte,atuar
comumaidentificao
projetivacom
oentrevistado
e,emparte,
permanecer
foradesta
iden-tificao,
observandoecontrolando
oque
ocorre,dema-
neiraagraduar
oimpacto
emocional
eadesorganizao
ansiosa.Nesse
sentido,seria
necessriodesenvolver
es-tudos
tantosobre
apsicologia
eapsicopatologia
dopsi-
quiatraedopsiclogo,
comosobre
oproblem
adesua
formao
profissionaledeseu
equilbriomental.
Essadissociao
comque
oentrevistador
trabalha,
porsua
vez,funcionaloudinm
ica,nosentido
deque
pro-jeo
eintrojeo
devematuar
permanentem
ente,edeve
sersuficientem
enteplstica
ou"porosa"
paraque
possaperm
anecernos
limites
deumaatitude
profissionaLEm
suatarefa,
opsiclogo
podeoscilar
facilmente
entreaan-
siedadeeobloqueio,
semque
istoaperturbe,
desdeque
possaresolver
ambos
namedida
emque
surjam.
Naentrevista,
apassagem
donorm
alaopatolgico
acontecedemodo
imperceptvel.
Umamdissociao,
comansiedade
intensaeperm
anente,leva
opsiclogo
adesenvolver
condutasfbicas
ouobsessivas
anteosen-
trevistados,evitando
asentrevistas
ouinterpondo
instru-mentos
etestes
paraevitar
ocontato
pessoaleaansieda-
deconseqente.
Aclssica
afliodomdico,
quetanto
seemprega
nastira,
umaperm
anentefuga
fbicaaos
doentes.Por
outrolado,
adefesa
obsessivamanifesta-se
ementrevistas
estereotipadasnas
quaistudo
regrado
eprevisto,
naelaborao
rotineiradehistrias
clnicas,ouseja,o
instrumento
detrabalho,
aentrevista,
transfor-ma-se
numritual.
Portrs
dissoest
obloqueio,
quefaz
comque
sempre
apliqueediga
amesm
acoisa,sem
preve-
jaamesm
acoisa,
apliqueoque
sabeesinta-se
seguro.Apressa
emfazer
diagnsticoseacom
pulsoaempre-
gardrogas
sooutros
doselem
entosdesta
fugaedeste
ritualdomdico
diantedodoente.
Nisso
sedesenvolve
aalienao
dopsiclogo
edopsiquiatra
eaalienao
dopaciente,
etoda
aestrutura
hospitalaredesanatrio
passaateroefeito
deum
fatoralienante
amais.
Outro
perigoodaprojeo
dosprprios
conflitosdotera-
peutasobre
oentrevistado
eumacerta
compulso
acen-
trarseu
interesse,sua
investigaoouaencontrar
per-turbaes
justamente
naesfera
naqual
negaque
tenhaperturbaes.
Arigidez
eaprojeo
levamaencontrar
somente
oque
sebusca
esenecessita,
eacondicionar
oque
seencontra
tantocom
ooque
noseencontra.
Um
exemplo
muito
ilustrativodetudo
isto,masbastante
co-mum,ocaso
deum
jovemmdico
queiniciava
seutreinam
entoem
psiquiatriaeque,presenciando
umaen-
trevistaeodiagnstico
deum
casodefobia,
disseque
noera
isso,queopaciente
notinha
nemfobia
nemdoena,
porqueeletambm
atinha.
Senum
dadomomento
aprojeo
comque
otcni-
coatua
muito
intensa,pode
aparecerumareao
f-bica
noprprio
campo
detrabalho.
Pelocontrrio,
se
forexcessivam
ente,bloqueada,
haverumaalienao
eno
seentender
oque
ocorre.Diferentes
tiposdepessoas
podemprovocar
reaescontratransferenciais
tpicasnoentrevistador,
eeste
de-ve,
continuamente,
poderobserv-Ias
eresolv-Ias
parapoder
utiliz-Iascom
oinform
aoeinstrum
entoduran-
teaentrevista.Pode-se,
deoutra
maneira,
descreveresta
dissociaodizendo
queoentrevistador
temdedesem
penharospa-
pisque
lheso
fomentados
peloentrevistado,
massem
assumi-Ios
totalmente.
Se,porexem
plo,sentirrejeio,
as-sum
iropapel
seriamostrar
eatuar
arejeio,
rejeitandoefetivam
enteoentrevistado,
sejaverbalm
enteoucom
aatitude
oudequalquer
outramaneira;
desempenhar
opa-
pelsignifica
perceberarejeio,
compreend-Ia,
encon-trar
oselem
entosque
amotivam
,asmotivaes
doen-
trevistadopara
queisso
aconteaeutilizar
todaesta
infor-mao,
queagora
possui,para
esclareceroproblem
aou
provocarsua
modificao
noentrevistado.
Quanto
mais
psicopataforoentrevistado,
maior
apossibilidade
deque
oentrevistador
assumaerepresente
ospapis.Assum
iro
papelimplicar
aruptura
doenquadram
entodaentrevis-
ta.Fastio,cansao,
sono,irritao,
bloqueio,com
paixo,carinho,
rejeio,seduo
etc.so
indcioscontratrans-
ferenciaisque
oentrevistador
deveperceber
comotais
medida
queseproduzem
,eter
deresolv-Ios
anali-sando-os
consigomesm
oem
funodapersonalidade
doentrevistado,
dasua
prpria,docontexto
edomomen-
toem
queaparecem
nacom
unicao.
opsiquiatra
insegurooupouco
experienteno
sa-ber
oque
fazercom
todosestes
dados,epara
noficar
vexadorecorrer,
comfreqncia,
receita,
interpondoentre
eleeseu
pacienteosmedicam
entos;nestas
condi-es
afarm
acologiatorna-se
umfator
alienanteporque
fomenta
amagia
nopaciente
enomdico
eosdissocia
novamente
deseus
respectivosconflitos.
Algo
muito
se-melhante
oque
opsiclogo
fazfreqentem
entecom
ostestes.
Paracom
bateristo
importante
-emesm
oim-
prescindvel-que
opsiquiatra
epsiclogono
trabalhemisolados,
queform
em,pelo
menos,
gruposdeestudo
edediscusso
nosquais
otrabalho
queserealiza
sejare-
visto;para
cairnaestereotipia
nohclim
amelhor
doque
odoisolam
entoprofissional,
porqueoisolam
entoacaba
encobrindoasdificuldades
comaonipotncia.
Examinar
ascontingncias
deumaentrevista
signi-ficaria
simplesm
entepassar
emrevista
todaapsicolo-
gia,psiquiatriaepsicopatologia,
porisso
smereferirei
aquiaalgum
assituaes
tpicasnocam
podapsicologia
clnicae,em
especial,quelas
quehabitualm
enteno
soconsideradas
e,noentanto,
somuito
importantes.
Demodo
geral,para
queumapessoa
procureuma
entrevista,necessrio
quetenha
chegadoaumacerta
preocupaoouinsight
deque
algono
estbem
,deque
algomudou
ousemodificou,
ouento
percebasuas
pr-prias
ansiedadesoutemores.
Essesltim
ospodem
serto
intensosouintolerveis
quepoder
recorrer,naen-
trevista,aumanegao
eresistncia
sistemtica,
demo-
doque
seassegurre
logicamente
deque
noest
acon-tecendo
nada,conseguindo
fazercom
queotcnico
noperceba
nadaanorm
alnela.
Emalgum
lugarjsedefi-
niuodoente
comotoda
pessoaque
solicitaumaconsul-
ta;fazendo-se
abstraodeque
taldefinio
carecede
valorreal,
sem
dvidacerto
queoentrevistador
deveaceitar
essecritrio,
aindaque
somente
comoincentivo
paraquestionar
detalhadamente
oque
estpor
trsdas
re-presses
enegaesouescotom
izaesdoentrevistado.
Schilderclassificou
emcinco
grupososindivduos
queprocuram
omdico,
ouporque
estosofrendo
oufa-
zendoosoutros
sofrer;so
eles:a)osque
acorrempor
problemascorporais;
b)porproblem
asmentais;
c)porfal-
tadexito;
d)pordificuldades
navida
diria;e)por
quei-xas
deoutras
pessoas.Seguindo,
poroutro
lado,adiviso
deE.Pichon-
Riviere
dasreas
daconduta,
podemos
considerartrs
grupos,conform
eopredom
niodeinibies,
sintomas,
queixasouprotestos
recaiamais
sobrearea
damente,
docorpo
oudomundo
exterior.Opaciente
podeapre-
sentarqueixas,
lamentaes
ouacusaes;
noprim
eirocaso
predomina
aansiedade
depressiva,enquanto
nose-
gundo,aansiedade
paranide.Esses
agrupamentos
notendem
adiferenciar
osdoentes
orgnicosdos
doentesmentais,
nemasdoenas
orgnicasdas
funcionaisoupsicogenticas.
Aplicam
-seatodos
ostipos
deentrevistados
queprocuram
umes-
pecialistaetendem
mais
aumaorientao
sobreaper-
sonalidadedosujeito,
pelaform
acom
queprocura
re-duzir
suastenses,
aliviarouresolver
seusconflitos.
Podemos
reconheceredistinguir
entreoentrevista-
doque
vemconsultar
eoque
trazido
ouaquele
aquem
"mandaram
".Nessas
atitudesjtemosum
ndicedeim-
portncia,embora
estejalonge
desersistem
ticooupa-
tognomnico.
Aquele
quevem
temum
certoinsight
oupercepo
dasua
doenaecorresponde
aopaciente
neu-rtico,
enquantoopsictico
trazido.
Aquele
queno
temmotivos
paravir,m
asvem
porqueomandaram
,cor-
respondepsicopatia:
oque
fazooutro
atuaredelega
aosoutros
suaspreocupaes
emal-estares.
Temos,
entreoutros,
ocaso
daqueleque
vemcon-
sultarpor
umfamiliar.
Nesse
caso,realizam
osaentre-
vistacom
oque
vem,indagando
sobresua
personalida-deeconduta.
Com
isso,jpassam
osdoentrevistado
aogrupo
familiar.
Caso
oentrevistado
sejaprecedido
porum
informante,
deve-secom
unicaraeste
queoque
eledisser
sobreopaciente
ser-Ihe-com
unicado,dizendo
issoantes
queele
dqualquer
informao.
Istotender
a"lim
parocam
po"earom
percom
divisesmuito
dif-ceis
detrabalhar
posteriormente.
Aquele
quevem
consulta
sem
preum
emergente
dosconflitos
grupaisdafamlia;
diferenciamos,
almdisso,
entreoque
vemseoque
vemacom
panhado,que
representamgrupos
familiares
diferentes.
35Aentrevista
psicolgica~~~~~~~~~~~~~-
oque
vemsozinho
orepresentante
deum
grupofamiliar
esquizide,em
queacom
unicaoentre
seusmembros
muito
precria:vivem
dispersosousepara-
dos,com
umgrau
acentuadodebloqueio
afetivo.Com
freqncia,diante
destes,otcnico
tendeaperguntar-
secom
quempode
falar,ouaquem
informar.
Outro
gru-pofamiliar,
decarter
opostoaeste,
aquele
noqual
comparecem
vriosmembros
consulta,
eotcnico
temnecessidade
deperguntar
quemoentrevistado
oupor
quemeles
vm;ogrupo
epileptide,viscoso
ouagluti-
nado,noqual
humafalta
oudficit
napersonificao
deseus
membros,
comum
altograu
desimbiose
ouin-
terdependncia.Assim
comonocaso
anteriorodoente
estisolado
eabandonado,
nestecaso
eleest
excessiva-mente
rodeadopor
umcuidado
exageradoouasfixiante.
Essesdois
tipospolares
podemser
encontradosem
suasform
asextrem
as,ouem
formasmenos
caracteri-zadas,
oumistas.
Outro
tipooque
vemacom
panhadopor
umapessoa,
familiar
ouamigo;
ocaso
dofbico
quenecessita
doacom
panhante.Ocaso
doscasais
cujosintegrantes
seculpam
mutuam
entedeneurose,
infide-lidade,
etc.outra
situaonaqual,
comoem
todasas
anteriores,aentrevista
serealiza
comtodos
osque
vie-ram,procedendo-se
comocom
umgrupo
diagnsticoque
-com
overem
os-sem
pre,em
parte,teraputico;
nesse,otcnico
atuacom
oobservador
participante,in-
tervindoem
momentos
detenso,
ouquando
acom
uni-cao
interrom
pida,oupara
assinalarentrecruzam
en-tosprojetivos.
Nosgrupos
quevm
consulta,
opsiclogo
notem
porque
aceitarocritrio
dafamlia
sobrequem
o
doente,masdeve
atuarconsiderando
todososseus
mem-
broscom
oimplicados
eogrupo
comodoente.
Nesse
caso,oestudo
dointerjogo
depapis
edadinm
icado
gruposo
oselem
entosque
servirodeorientao
parafazer
comque
todoogrupo
obtenhaum
insightdasi-
tuao.Oequilbrio
dadoena
emum
grupofamiliar
degrande
importncia.
Porexem
plo,em
umcasal
emque
umfbico
eooutro
seuacom
panhante,quando
oprim
eiroapresenta
melhora
ousecura,
apareceafobia
nosegundo.
Oacom
panhantedofbico
ento,tam
bm,
umfbico,
contudodistribuem
ospapis
entreocasal.
Emoutras
ocasies,afamlia
saparece
quandoo
tratamento
deum
pacientejest
adiantadoeele
me-
lhorououest
emvias
defaz-Io;
anorm
alizaodo
pacientefaz
comque
atenso
dogrupo
familiar
jno
se"descarregue"
mais
atravsdele,
eaparece
entoo
desequilbrioouadoena
nogrupo
familiar.
Tudoisso
explicaemgrande
parteum
fenmeno
comoqual
sedeve
contarnafamlia
deum
doente:aculpa,
elemento
quedeve
serdevidamente
levadoem
contapara
valoriz-Ioetrabalh-Io
adequadamente.
muito
mais
claranocaso
dadoena
mental
emcrianas
ouem
defi-cientes
intelectuais.Isso
serelaciona
tambm
comofen-
meno
quefoicham
ado"acriana
errada",em
queospais
trazemconsulta
ofilho
mais
sadioe,depois
deseasse-
guraremdeque
otcnico
noosculpa
nemacusa,podem
falarouconsultar
sobreofilho
maisdoente.
_3_6Temas
depsicologia37
Aentrevista
psicolgica_
Aqui,
eem
relaoatodos
estesfenm
enos,apsico-
logiagrupal
-seu
conhecimento
esua
utilizao-tem
umaimportncia
fundamental,
nosom
entepara
asentre-
vistasdiagnsticas
eteraputicas,
mastambm
paraava-
liarascurasoudecidir
sobreaalta
deumaintem
ao,etc.
escom
erciaisoudeamizade,
nempretender
outrobe-
neficiodaentrevista
queno
sejamosseus
honorrioseoseu
interessecientfico
ouprofissional.
Tampouco
aentrevista
deveserutilizada
comoumagratificao
nar-cisista
naqual
serepresenta
omgico
comumade-
monstrao
deonipotncia.
Acuriosidade
develimitar-
seaonecessrio
paraobeneficio
doentrevistado.
Tudooque
sintaouviva
comoreao
contratransferencialde-
veser
consideradocom
oum
dadodaentrevista,
nose
devendoresponder
nematuar
diantedarejeio,
dari-
validadeoudainveja
doentrevistado.
Apetulncia
ouaatitude
arroganteouagressiva
doentrevistado
node-
vemser
"domadas"
nemsubjugadas;
nosetrata
nemdetriunfar
nemdeimpor-se
aoentrevistado.
Oque
noscom
peteaveriguar
aque
sedevem
,com
ofuncionam
equais
osefeitos
queacarretam
paraoentrevistado.
Esseltim
otem
direito,embora
tomemos
notadisso,
afazer
uso,por
exemplo,
desua
repressoousua
descon-fiana.
Com
muitssim
afreqncia,
ograu
derepres-
sodoentrevistado
dependemuito
dograu
derepresso
doentrevistador
emrelao
adeterm
inadostemas(se-
xualidade,inveja
etc.).Quando
fazemos
umainterven-
ocom
perguntas,elas
devemserdiretas
esem
subter-fgios,
semsegundas
intenes,adequadas
situao
eaograu
detolerncia
doego
doentrevistado.
Aabertura
daentrevista
tambm
nodeve
seram-
bgua,recorrendo-se
afrases
geraisoudeduplo
sentido.Aentrevista
devecom
earpor
ondecom
earoentrevis-
tado.Deve-se
terem
contaoquanto
podetersido
custo-
Insistiem
queocam
podaentrevista
deveser
con-figurado
fundamentalm
entepelas
variveisdaperso-
nalidadedoentrevistado.
Issoimplica
queaquilo
queo
entrevistadoroferece
deveser
suficientemente
amb-
guopara
permitir
omaior
engajamento
dapersonalidade
doentrevistado.Embora
tudoisso
sejacerto,
existeentretanto
uma
readelim
itadaem
queaambigidade
nodeve
existir,ou,
aocontrrio,
cujoslimites
devemsermantidos
e,svezes,
defendidospelo
entrevistador;ela
abrangetodos
osfatores
queintervm
noenquadram
entodaentrevis-
ta:tempo,
lugarepapel
tcnicodoprofissional.
Otem-
porefere-se
aum
horrioeum
limitenaextenso
daen-
trevista;oespao
abarcaoquadro
ouoterreno
ambiental
noqual
serealiza
aentrevista.
Opapel
tcnicoimplica
que,em
nenhumcaso,
oentrevistador
deveperm
itirque
sejaapresentado
comoum
amigo
numencontro
fortuito.Oentrevistador
tambm
nodeve
entrarcom
suasrea-
esnem
comorelato
desua
vida,nem
entrarem
reia-
38Tem
asdepsicologiaAentrevistapsicolgica
39
sopara
eledecidir-se
avirentrevista
eoque
podesig-
nificarcom
ohum
ilhaoemenosprezo.
Oentrevistado
deveserrecebido
cordialmente,
pormno
efusivamen-
te;quando
temosinform
aessobre
oentrevistado
for-necidas
poroutra
pessoa,devem
osinform
-Io,assim
co-mo,conform
ejdissem
os,antecipar
aoinform
ante,no
comeo
daentrevista,
queesses
dadosque
sereferem
aterceiros
nosero
mantidos
emreserva.
Issotender
amanter
oenquadram
entoeaevitar
asdivises
esquizi-des
eaatuao
psicoptica,assim
comoaelim
inartudo
oque
possatravar
aespontaneidade
dotcnico,
queno
devetercom
promissos
contradosque
pesemnegativa-
mente
sobreaentrevista.
Adiscrio
doentrevistador
paracom
asinform
aesque
oentrevistado
forneceest
implcita
naentrevista,
esefor
fornecidoum
relatoso-
breela
aumainstituio,
oentrevistado
tambm
deveter
conhecimento
disso.Areserva
eosegredo
profis-sional
vigoramtambm
entreospacientes
psicticose
nomaterial
deentrevistas
comadolescentes
oucrian-
as;nesse
ltimocaso,
nonos
devemos
sentirautori-
zadosarelatar
aospais,
porexem
plo,detalhes
daentre-
vistacom
seusfilhos.
Osilncio
doentrevistado
ofantasm
adoentre-
vistadorprincipiante,
paraquem
essesilncio
podesig-
nificarum
fracassoouumadem
onstraodeimpercia.
Com
ummnim
odeexperincia,
noentanto,
nohen-
trevistasfracassadas;
seseobservar
bem,toda
entrevis-tafornece
informaes
importantes
sobreapersonali-
dadedoentrevistado.
necessrio
reconhecerosdife-
rentestipos
desilncio
(silncioparanide,
depressivo,fbico,
confusionaletc.)
etrabalhar
emfuno
desteco-
nhecimento.
Seosilncio
totalno
omelhor
naentrevista
(doponto
devista
doentrevistador),
tampouco
oacatarse
intensa(do
pontodevista
doentrevistado).
Com
freqn-ciaaquele
quefala
muito,
narealidade,
deixadedizer
omais
importante,
porquealinguagem
nosom
enteum
meio
detransm
itirinform
aomastambm
umpo-
derosomeio
paraevit-Ia.
Todosesses
so,certam
ente,dados
valiosos,que
devemser
consideradosevaloriza-
dos.A"descarga"
emocional
intensatambm
noo
melhor
deumaentrevista;
comisso
geralmente
oentre-
vistadoconsegue
depositarmaciam
entesobre
oentrevis-
tadorelogo
sedistancia
eentra
numarelao
persecut-riacom
oesta:
oconfessor
transforma-se
facilmente
emperseguidor.
Comotodo
oenquadram
ento,ofim
daentrevista
de-veserrespeitado.
Areao
separao
um
dadomui-
toimportante,
assimcom
oaavaliao
sobreoestado
doentrevistado
aopartir
edanossa
contratransfernciaem
relaoaele.
Entrevistasbem
realizadasconsom
emum
tempo
muito
grande,doqual,
comfreqncia,
nosedispe,
especialmente
eminstituies
(escolas,hospitais,
inds-trias
etc.).Nesses
casosomais
convenientereservar,
dotempo
disponvel,um
perodopara
realizarpelo
me-
nosumaentrevista
diriaem
condiestim
as.Isso
im-
pedirasestereotipias
notrabalho
easracionalizaes
_4_0Temas
depsicologiaAentrevista
psicolgica4_1
daevitao
fbica.Alm
disso,importante
reservar-seotempo
necessriopara
estudarasentrevistas
realiza-das,
emelhor
aindaseisso
forfeito
emgrupos
detraba-
lho.Opsiclogo
eopsiquiatra
nodevem
trabalhariso-
lados,porque
istofavorece
suaalienao
notrabalho.
Oprim
eirofator
teraputicosem
preacom
preensodoentrevistador,
quedeve
comunicar
algunselem
entosdessa
compreenso
quepossam
serteisaoentrevistado.
Naentrevista
diagnstica,segundo
nossaopinio,
deve-seinterpretar,
sobretudo,cada
vezque
acom
unicaotenda
ainterrom
per-seoudistorcer-se.
Outro
casomui-
tofreqente
emque
temosdeintervir
para
relacionaraquilo
queoprprio
entrevistadoesteve
comunicando.
Parainterpretar,
devemosguiar-nos
pelovolum
edean-
siedadeque
estamosresolvendo
epelo
volumedeansie-
dadeque
criamos,
tendo-seem
conta,tambm
,sesero
dadasoutras
oportunidadespara
queoentrevistado
pos-saresolver
ansiedadesque
vamosmobilizar.
Emtodos
oscasos,
devemosinterpretar
somente
combase
nosemer-
gentes,noque
realmente
estacontecendo
noaqui
eago-
radaentrevista.Umaindicao
fundamental
paraguiar
ainterpre-
taosem
preobeneficio
doentrevistado
eno
a"des-
carga"deumaansiedade
doentrevistador.
Alm
disso,sem
preque
seinterpreta,
deve-sesaber
queainterpre-
taoumahiptese
quedeve
serverificada
ouretifi-
cadanocam
podetrabalho
pelaresposta
quemobiliza-
mosoucondicionam
osaopr
emjogo
talhiptese.Con-
tudo,convm
queoentrevistador
principianteselimite
primeiro,
edurante
algumtempo,
acom
preenderoen-
trevistado,at
queadquira
experinciaeconhecim
entosuficientes
parautilizar
ainterpretao.
Oalcance
timo
deumaentrevista
odaentrevista
operativanaqual
seprocura
compreender
eesclarecer
umproblem
aouuma
Umaquesto
freqenteeimportante
adesaber
sese
deveinterpretar
nasentrevistas
realizadascom
finsdiag-
nsticos.Nesse
sentidoexistem
posiesmuito
variadas.Entre
elasseencontra,
porexem
plo,adeRogers,
queno
somente
nointerpreta,
comotampouco
pergunta,estim
u-lando
oentrevistado
aprosseguir
pormeio
dediferentes
tcnicas,com
o,por
exemplo,
repetirdeform
ainterrogati-
vaaltim
apalavra
doentrevistado
ouestim
ul-Io,com
umolhar,um
gestoouumaatitude,aprosseguir.
Aentrevista
sem
preumaexperincia
vitalmuito
importante
paraoentrevistado;
significa,com
muita
fre-qncia,
anica
possibilidadeque
temdefalar
omais
sinceramente
possveldesim
esmocom
algumque
noojulgue,
masque
ocom
preenda.Dessa
maneira,
aen-
trevistaatua
sempre
comoum
fatornorm
ativooude
aprendizagem,embora
noserecorra
anenhum
amedi-
daespecial
paraconseguir
isso.Em
outrosterm
os,aen-
trevistadiagnstica
sem
pre,eaomesm
otempo,
emparte,
teraputica.
_4_2Temas
depsicologia
situaoque
oentrevistado
trazcom
osendo
ocentro
oumotivo
daentrevista.
Nesse
sentido,freqentem
enteumaentrevista
temxito
quandoconsegue
esclarecerqual
overdadeiro
problemaque
estpor
trsdaquilo
quetrazido
demodo
manifesto.
Aconselho
aleitura
doartigo
deReik,
"Oabuso
dainterpretao",
eaterpresentes
pelomenos
duascoisas:
todainterpretao
foradecontexto
edetiming
uma
agresso,eparte
daform
odopsiclogo
consiste,tam-
bm,em
aprenderacalar.E,com
o"regra
deouro"
(se
queelas
existem),tanto
mais
necessriocalar-se
quan-tomaior
foracom
pulsopara
interpretar.
quizofrnico(diagnstico
psiquitrico),em
umapessoa
cominsuficincia
cardaca(diagnstico
mdico)
eper-
sonalidadeobsessiva
(diagnsticopsicolgico),
enten-dendo-se
queesse
exemplo
sserve
comotalpara
dife-renciar
ostrs
tiposdeinform
es,que
nemsem
prene-
cessariamente
ocorremjuntos.
Aordem
emque
seredige
uminform
eno
temnada
aver
comaordem
emque
foramrecolhidos
osdados
oucom
aordem
emque
foramsendo
feitasasdedues.
Oinform
epsicolgico
temcom
ofinalidade
conden-sarou
resumirconcluses
referentesaoobjeto
deestudo.
Inclumos
aquisom
enteoinform
eque
serefere
aoestu-
dodapersonalidade,
quepode
serempregado
emdiferen-
tescam
posdaatividade
psicolgica,eem
cadaum
delessedever
terem
contaeresponder
especificamente
aoobjetivo
comque
talestudoseefetuou.
Trata-se,poroutro
lado,apenasdeum
guiaeno
deform
ulriosapreencher.
Nocam
podamedicina,
porexem
plo,um
estudocom
pletoabrange
umtrplice
diagnsticoouum
trpli-ceinform
e:odiagnstico
mdico,
opsiquitrico
eopsi-
colgico.Pode
serocaso,
porexem
plo,deum
surtoes-
1)Dadospessoais:
nome,idade,
sexo,estado
civil,nacionalidade,
domiclio,
profissoouoficio.
2)Procedimentos
utilizados:entrevistas
(nmero
efreqncia,
tcnicautilizada,
"clima",
lugarem
queserealizaram
).Testes
(especificarosutili-
zados),jogo
dedesem
penhodepapis,
registrosobjetivos
(especificar)etc.
Questionrios
(espe-cificar).
Outros
procedimentos.
3)Motivos
doestudo:
porquem
foisolicitado
eobjetivos.
Atitude
doentrevistado
ereferncia
asuas
motivaes
conscientes.4)D
escriosinttica
dogrupo
familiar
edeou-
trosque
tiveramoutm
importncia
navida
doentrevistado.
Relaes
dogrupo
familiar
coma
comunidade:
statussocioeconm
ico,outras
re-laes.
Constituio,
dinmica
epapis,
comu-
nicaoetrocas
significativasdogrupo
fami-
liar.Sade,
acidentesedoenas
dogrupo
ede
seusmembros.
Mortes,
idadeeano
emque
ti-veram
lugar,causas.
Atitude
dafamlia
anteas
mudanas,
adoena
eodoente.
Possibilidadedeincluir
ogrupo
emalgum
adas
classificaesreconhecidas.
5)Problemtica
vital:relato
sucintodesua
vidae
conflitosatuais,
deseu
desenvolvimento,
aquisi-es,perdas,
mudanas,
temores,
aspiraes,ini-
biesedomodo
comoosenfrenta
ousuporta.
Diferenciar
aquiloque
afirm
adopelo
entrevis-tado
epor
outraspessoas
deseu
meio
daquiloque
inferido
pelopsiclogo.
Diferenciar
oque
seafirm
adaquilo
quesepostula
comoprovvel.
Quando
houveralgum
dadodevalor
muito
espe-cial,
especificaratcnica
atravsdaqual
seinfe-
riuoudetectou
essedado.Incluir
umaresenha
dassituaes
vitaismais
significativas(presentes
epassadas),
especialmente
aquelasque
assumem
ocarter
desituaes
conflitivase/ou
repetitivas.6)D
escriodepadres
deconduta,
diferencian-doospredom
inantesdos
acessrios.Mudanas
observadas.7)D
escriodetraos
decarter
edepersonali-
dade,incluindo
adinm
icapsicolgica
(ansieda-de,
defesas),citando
aorganizao
patogrfica(sehouver).
Incluirumaavaliao
dograu
dema-
turidadedapersonalidade.
Constituio
(citara
tipologiaempregada).
Caractersticas
emocio-
naiseintelectuais,
incluindo:manipulao
dalin-
guagem(lxica
esintxica
etc.),nveldeconcei-
tua