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_______________________________________Biologia Essentia, Sobral, vol. 14, n° 2, p. 33-51, dez. 2012/maio 2013 FLORA DE UMA ÁREA DE CAATINGA NO DISTRITO DE ARACATIAÇU, SOBRAL, CEARÁ, BRASIL Rosalia Castro Duarte 1 Maria da Conceição Castro Duarte 2 Elnatan Bezerra de Souza 3 RESUMO A microbacia do rio Aracatiaçu é considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como uma área prioritária para conservação da caatinga e insuficientemente conhecida, requerendo, dessa forma, investigações científi- cas. Visando ao conhecimento da flora local, foi realizado o levantamento de uma área de caatinga no entorno do açude Aracatiaçu, o qual pertence a esta microbacia, localizado no distrito de Aracatiaçu, município de Sobral, Ceará. Para a pesquisa foram realizadas coletas de material botânico entre setembro de 2010 e março de 2012. Foram registradas 55 espécies, distribuídas em 47 gêneros e 25 famílias. Das famílias listadas para o presente estudo, em núme- ro representativo de indivíduos, destacam-se: Fabaceae, com 11 espécies (20%), Malvaceae, com seis espécies (11%), Asteraceae, com cinco espécies (9,1%), Rubiaceae e Convolvulaceae, com três espécies cada (5,4% para cada família), as quais, juntas, corresponderam à metade das espécies coletadas (50,9%). Os dados obtidos apresentaram similaridades com outras áreas de caatinga do semiárido. Palavras-chave: Levantamento. Flora. Semiárido. 1 Discente do curso de bacharelado em Biologia. Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. Email: [email protected]. 2 Técnica Ambiental pelo Centro de Ensino Tecnológico-CENTEC e pedagoga pela Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. E-mail: [email protected]. 3 Universidade Estadual Vale do Acaraú, Coordenação de Biologia. Avenida da Universidade 850, Betânia, Sobral, Ceará, Brasil, 62.040-370. E-mail: [email protected]

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_______________________________________Biologia

Essentia, Sobral, vol. 14, n° 2, p. 33-51, dez. 2012/maio 2013

FLORA DE UMA ÁREA DE CAATINGA NO DISTRITO DE ARACATIAÇU, SOBRAL, CEARÁ,

BRASIL

Rosalia Castro Duarte1 Maria da Conceição Castro Duarte2

Elnatan Bezerra de Souza3

RESUMO – A microbacia do rio Aracatiaçu é considerada pelo Ministério do Meio Ambiente como uma área prioritária para conservação da caatinga e insuficientemente conhecida, requerendo, dessa forma, investigações científi-cas. Visando ao conhecimento da flora local, foi realizado o levantamento de uma área de caatinga no entorno do açude Aracatiaçu, o qual pertence a esta microbacia, localizado no distrito de Aracatiaçu, município de Sobral, Ceará. Para a pesquisa foram realizadas coletas de material botânico entre setembro de 2010 e março de 2012. Foram registradas 55 espécies, distribuídas em 47 gêneros e 25 famílias. Das famílias listadas para o presente estudo, em núme-ro representativo de indivíduos, destacam-se: Fabaceae, com 11 espécies (20%), Malvaceae, com seis espécies (11%), Asteraceae, com cinco espécies (9,1%), Rubiaceae e Convolvulaceae, com três espécies cada (5,4% para cada família), as quais, juntas, corresponderam à metade das espécies coletadas (50,9%). Os dados obtidos apresentaram similaridades com outras áreas de caatinga do semiárido. Palavras-chave: Levantamento. Flora. Semiárido.

1 Discente do curso de bacharelado em Biologia. Universidade Estadual Vale do

Acaraú-UVA. Email: [email protected]. 2 Técnica Ambiental pelo Centro de Ensino Tecnológico-CENTEC e pedagoga pela

Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. E-mail: [email protected]. 3 Universidade Estadual Vale do Acaraú, Coordenação de Biologia. Avenida da

Universidade 850, Betânia, Sobral, Ceará, Brasil, 62.040-370. E-mail: [email protected]

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1 INTRODUÇÃO As caatingas caracterizam-se, em geral, como sendo uma flo-

resta de porte baixo, abrangendo principalmente árvores e arbustos, apresentando, dentre outras adaptações, espinhos e microfilia, com a presença de plantas suculentas e um estrato herbáceo efêmero, presen-te somente durante a estação chuvosa (GIULIETTI; CONCEIÇÃO; QUEIROZ, 2006; CARDOSO; QUEIROZ, 2007).

Ao longo da extensão do bioma, há uma grande variação na vegetação, variação essa observada tanto do ponto de vista fisionômi-co, quanto do ponto de vista florístico e de aspectos morfofuncionais. Essa diversidade de tipos vegetacionais corresponde primariamente às grandes unidades geomorfológicas e, secundariamente, à variação na intensidade do déficit hídrico, à topografia e às condições físicas e químicas do solo em escala local (ANDRADE-LIMA, 1981; GIULI-ETTI; CONCEIÇÃO; QUEIROZ, 2006).

Variações de situações ambientais como a disponibilidade hí-drica e de nutrientes permitem o surgimento de uma flora muito di-versificada, com pelo menos 5.000 espécies de fanerógamas, e fisio-nomias que vão dos lajedões descobertos, passando pelos campos de herbáceas até as matas densas (SAMPAIO, 2010).

O bioma das caatingas é, provavelmente, o menos estudado em relação à flora e à fauna, e é um dos que têm sofrido maior degra-dação, pelo uso desordenado e predatório nos últimos 400 anos (A-RAÚJO, 2007). A caatinga, como uma formação vegetal altamente ameaçada, foi envolvida pela ideia da improdutividade, segundo a qual seria uma fonte menor de recursos naturais (ALBUQUERQUE; AN-DRADE, 2002).

Entretanto, estudos constataram que a caatinga é um bioma único, pois apesar de estar localizado em área de clima semiárido, a-presenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismos (MARACAJÁ et al., 2003). De fato, estudos constataram que as caatingas, no seu sentido mais restrito, teriam 1.512 espécies de fanerógamas com, no mínimo, 318 endêmicas (SAMPAIO, 2010).

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Maracajá et al. (2003) destacaram que, para execução de proje-tos de conservação, é necessário que se conheça o ecossistema onde se vai atuar, suas limitações e sua capacidade de recuperação, e para tanto se devem conhecer as composições florística e faunística, tanto em termos qualitativos como quantitativos, bem como as dependências entre seus componentes.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2004), a bacia do rio Aracatiaçu, município de Sobral, está entre as 900 áreas prioritá-rias para a conservação, a utilização e a repartição de benefícios da biodiversidade brasileira, em especial do bioma caatinga, e está classifi-cada como uma área insuficientemente conhecida, mas de provável interesse biológico.

Sendo assim, objetivou-se com este estudo realizar o levanta-mento florístico em uma área de vegetação de caatinga no distrito de Aracatiaçu, município de Sobral, Ceará, além de obter dados que con-tribuam para o conhecimento da flora da região, tendo em vista a es-cassez de trabalhos para a mesma e a sua importância para a preserva-ção do bioma caatinga.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O distrito de Aracatiaçu, município de Sobral, está situado na

depressão sertaneja, sob influência do clima semiárido, apresentando, assim, irregularidades de chuva características da região semiárida do Nordeste e predominando vegetação de caatinga arbustiva. A região abrange a parte norte da microbacia do rio Aracatiaçu (Figura 1), a qual possui uma área de 3.055 km2, fazendo parte da região hidrográfi-ca litorânea do estado do Ceará (GONÇALVES; NOGUEIRA, 2007).

O levantamento florístico consistiu de coletas de material botânico de ervas, subarbustos, arbustos e trepadeiras, em uma área no entorno do açude Aracatiaçu, no período de setembro de 2010 a março de 2012, compreendendo, assim, épocas chuvosas, bem como de estiagem. Para o estudo, foram coletadas amostras em estado reprodutivo, com flor ou fruto.

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Figura 1- Mapa de localização da área de estudo no estado do Ceará

(Fonte: GONÇALVES; NOGUEIRA, 2007).

As coletas foram realizadas de acordo com métodos usuais

(MORI; SILVA; LISBOA, 1989). Os espécimes foram acondicionados em sacos plásticos, prensados e submetidos à secagem em uma estufa de lâmpadas por um período de 24 a 72 horas. As amostras de flores e frutos foram acondicionadas em frascos com álcool 70%, para estudo minucioso dos caracteres morfológicos, auxiliando assim no processo de identificação em laboratório.

A identificação do material se deu através da literatura especializada e chaves analíticas (SOUZA; LORENZI, 2008; LO-RENZI, 2008), por comparação com outros materiais previamente incorporados no Herbário Professor Francisco José de Abreu Matos (HUVA) e por consultas a especialistas. O processo foi conduzido

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com o uso do microscópio estereoscópio, nas instalações do Laboratório de Biologia Vegetal e do HUVA, pertencentes ao curso de Biologia da UVA. A grafia dos nomes científicos e autoria das espécies estão de acordo com Forzza et al. (2012). Em seguida, as coleções foram submetidas às técnicas usuais de herborização e depois depositadas junto ao acervo do HUVA.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a área de estudo, foram registradas 55 espécies, distribuí-

das em 47 gêneros e 25 famílias de angiospermas (Tabela 1). Das famílias listadas para o presente estudo, em número

representativo de indivíduos, destacam-se: Fabaceae, com 11 espécies (20%), Malvaceae, com seis espécies (11%), Asteraceae, com cinco espécies (9,1%), Rubiaceae e Convolvulaceae, com três espécies cada (5,4% para cada família) (Gráfico 1). Juntas, essas famílias corresponderam à metade das espécies coletadas (50, 9%).

Gráfico 1 - Percentagem das famílias mais representativas coletadas no

entorno do açude Aracatiaçu, Sobral, Ceará.

Fonte: Pesquisa de campo

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Entre os indivíduos coletados, houve predomínio do estrato herbáceo (56,4%), seguido do subarbustivo (25,4%) e arbustivo (3,7%) (Gráfico 2). As trepadeiras corresponderam a 14,5% das amostras. A riqueza de espécies herbáceas em áreas de caatingas típicas foi consta-tada por autores como Sampaio (2010); contudo a composição do estrato herbáceo do bioma caatinga ainda é insuficientemente conhe-cida (ARAÚJO, 2009).

Gráfico 2 - Distribuição dos hábitos entre as espécies coletadas no entorno

do açude Aracatiaçu, Sobral, Ceará.

Fonte: Pesquisa de campo

As espécies herbáceas estão bem representadas entre as famí-lias das Fabaceae, Malvaceae e Asteraceae. Para o estrato subarbustivo, as famílias Fabaceae e Rubiaceae foram as que tiveram o maior núme-ro de espécies. As espécies trepadeiras estão presentes entre as famílias Fabaceae, Cucurbitaceae e Sapindaceae. O componente arbustivo é representado pelas espécies Ipomoea carnea (Convolvulaceae) e Lippia alba (Verbenaceae) (Tabela 1).

Comparando os resultados obtidos no presente estudo com os de outros trabalhos realizados na caatinga, verifica-se que essas famí-

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lias são confirmadas entre as mais representativas, variando apenas a ordem de algumas delas. Giulietti, Conceição e Queiroz (2006), em um levantamento geral realizado para a caatinga, apresentaram as Fabaceae (Leguminosae) como sendo a família mais rica, com 278 espécies registradas. As Malvaceae aparecem como a 19ª família mais representativa (22 espécies); Asteraceae como a 12ª (35 espécies), Convolvulaceae como a 2ª maior família (103 espécies) e Rubiaceae aparece como a 11ª família mais representativa (41 espécies). Fabaceae correspondeu à família com maior número de espécies também para trabalhos nas caatingas dos estados de Sergipe (FERRAZ, 2009) e da Bahia (DIAS; KILL, 2008).

Souza (2009), em estudo realizado na microbacia do açude Jatobá, em um fragmento da caatinga paraibana, também constatou a grande representatividade da família Fabaceae, que apresentou o maior número de espécies coletadas. Segundo Cardoso e Queiroz (2007), esta família, dentre outras, é muito importante por representar a maior parte da diversidade florística da caatinga.

Gomes, Rodal, e Melo (2006), em um levantamento realizado na Chapada de São José, Buíque, no estado de Pernambuco, verifica-ram que as Fabaceae estão entre as famílias mais representativas para a região. No mesmo trabalho, à semelhança dos resultados obtidos para o presente estudo, as Fabaceae também aparecem como importante componente entre as plantas trepadeiras. Por outro lado, as Malvaceae aparecem entre as famílias com maior número de indivíduos perten-centes ao estrato subarbustivo, contrastando com dados levantados para a presente pesquisa, em que a família é representada principal-mente por ervas. Essas variações quanto à composição dos estratos e envolvendo representantes diferentes da mesma família confirmam que a flora da caatinga é diversa e variável ao longo de sua área de ocorrência.

Silva, Araújo e Ferraz (2009), em estudo comparativo do com-ponente herbáceo de embasamentos sedimentar e cristalino realizado em áreas de caatinga de Petrolândia, estado de Pernambuco, observa-ram para a caatinga do cristalino (embasamento também encontrado na presente área de estudo) que as famílias Malvaceae e Rubiaceae estão entre as mais representativas. Em levantamento semelhante rea-lizado em Caruaru, Araújo et al. (2005) também destacaram a família

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Malvaceae como estando entre as mais representativas em número de indivíduos.

Em levantamento em uma área de transição entre brejo de alti-tude e caatinga no Vale do Pajeú, ainda para o mesmo estado, Ferraz et al. (1998) registraram as Rubiaceae e as Asteraceae dentre as famílias com maior riqueza de espécies.

A importância destas famílias, juntamente com as Fabaceae, também foi registrada para a região de Itaparica, em Pernambuco (RODAL; NASCIMENTO, 2002). Para o mesmo estudo, a maioria das espécies trepadeiras concentra-se entre as Fabaceae, coincidindo, assim, com os resultados obtidos para o presente estudo. A grande representatividade das Malvaceae, assim como das Convolvulaceae, também foi ressaltada por Araújo (2009) em levantamento para esta mesma região, porém em uma área às margens do rio São Francisco, entre os estados da Bahia e Pernambuco.

Maracajá et al. (2003) evidenciaram a ocorrência das Malvaceae em um ambiente preservado na Serra do Mel, estado do Rio Grande do Norte; a família, no entanto, não estava listada dentro das famílias mais representativas.

As famílias Malvaceae, Fabaceae e Rubiaceae também apare-cem em levantamento realizado por Lima et al. (2009), na Reserva Natural da Serra das Almas, estado do Ceará, uma área com formações vegetacionais de caatinga, carrasco e floresta estacional decídua. Da mesma forma como observado nos estudos já citados, as Fabaceae destacaram-se como sendo a família mais representativa; já as Rubia-ceae apareceram em quinto lugar.

Esses dados comparativos comentados acima comprovam que a composição florística pode variar significativamente entre as áreas de caatinga; contudo as Fabaceae são confirmadas como a família de maior riqueza de espécies.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A flora da caatinga do entorno do açude Aracatiaçu está repre-

sentada principalmente pelo componente herbáceo, correspondendo a 56,4% das espécies coletadas. A família Fabaceae representa o grupo

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com maior riqueza de espécies na área de estudo, totalizando 20% das espécies coletadas, seguida das Malvaceae, Asteraceae, Convolvulaceae e Rubiaceae. As espécies Waltheria operculata e Conocliniopsis prasiifolia, encontradas para a área de estudo, não se encontram citadas para a flora do Ceará, sendo novas ocorrências para o estado.

FLORA FROM A CAATINGA AREA IN DISTRICT OF ARACATIAÇU, SOBRAL, CEARÁ, BRASIL

ABSTRACT – The Microbasin of Aracatiaçu River is considered by the Ministry of the Environment as priority area to conservation of Caatinga and it is insufficiently known, requiring, this way, scientific investigations on the area. Aiming knowledge of local flora, a survey from a Caatinga area was realized around Aracatiaçu Dam, that belongs to Microbasin of Aracatiaçu, localized in Aracatiaçu District, Sobral County, Ceará. To this research, collection of botanical materials was realized between September from 2010 and March from 2012. In this study 55 species were registered distributed in 47 genera and 25 families. The richest families in number of species are: Fabaceae with 11 species (20%), Malvaceae with six species (11%), Asteraceae with five species (9,1%), Convolvulaceae and Rubiaceae with three species each one (5,4% for each family). These families comprising 50,9% of species found in local of study. The obtained data showed similarity with others Caatinga areas from semiarid. Key words: Survey. Flora. Semiarid.

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Tabela 1 - Listagem das espécies coletadas no entorno do açude Aracatiaçu, Sobral, Ceará.

(Continua)

FAMÍLIA Espécies

Hábito Voucher Figura

ACANTHACEAE Ruellia asperula (Mart. & Nees) Lindau

Subarbusto

R.C. Duarte 19

-

AMARANTHACEAE Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze Amaranthus deflexus L.

Erva Subarbusto

R.C. Duarte 49 R.C. Duarte 28

-

ASTERACEAE Bidens pilosa L. Conocliniopsis prasiifolia (DC.) R.M. King & H. Rob. Eclipta alba Hassk. Lagascea mollis Cav. Pectis oligocephala (Gardner) Sch.Bip

Erva Subarbusto Erva Subarbusto Erva

R.C. Duarte 92 R.C. Duarte 26 R.C. Duarte 94 R.C. Duarte 40 R.C. Duarte 83

3A

3B,C 3D,E 3F,G

BRASSICACEAE Cleome spinosa Jacq.

Subarbusto

R.C. Duarte 29

-

BORAGINACEAE Heliotropium angiorpermum Murray Euploca lagoensis (Warm.) Diane & Hilger

Erva Erva

R.C. Duarte 93 R.C. Duarte 81

-

CONVOLVULACEAE Ipomoea carnea Jacq. Ipomoea nil (L.) Jacquemontia heterantha (Nees & Mart.) Hallier f.

Arbusto Trepadeira Erva

R.C. Duarte 21 R.C. Duarte 88 R.C. Duarte 74

3H,I

3J 3L,M

CUCURBITACEAE Luffa aegyptica Mill.

Trepadeira

R.C. Duarte 16

-

CYPERACEAE Cyperus surinamensis Rottb.

Erva

R.C. Duarte 30

-

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Biologia

Essentia, Sobral, vol. 14, n° 2, p. 33-51, dez. 2012/maio 2013 46

Tabela 1 - Listagem das espécies coletadas no entorno do açude Aracatiaçu, Sobral, Ceará.

(continuação)

FAMÍLIA Espécies

Hábito Voucher Figura

EUPHORBIACEAE Chamaesyce prostrata (Aiton) Small Dalechampia scandens L.

Erva Trepadeira

R.C. Duarte 78 R.C. Duarte 17

-

FABACEAE Aeschynomene filosa Mart. Ex Benth in Mart. Arachis kuhlmanii Krapov. & N.W. Gregory Canavalia dictyota Piper Centrosema brasilianum (L.) Benth. Centrosema pascuorum Mart. ex Benth. Indigofera blanchetiana Benth. Indigofera microcarpa Desv. Macroptilium lathyroides (L.) Urb. Senna occidentalis (L.) Link Stylosanthes scabra Vogel Vigna adenantha (G. Mey.) Maréchal, Mascherpa & Stainier

Erva Erva Trepadeira Trepadeira Trepadeira Erva Erva Subarbusto Subarbusto Erva Trepadeira

R.C. Duarte 52 R.C. Duarte 32

R.C. Duarte 85 R.C. Duarte 79 R.C. Duarte 80 R.C. Duarte 38 R.C. Duarte 90 R.C. Duarte 39 R.C. Duarte 08 R.C. Duarte 53 R.C. Duarte 10

4A, B

4C,D

4E,F 4G 4H 4I,J

4L,M 5A 5B 5C 5D

LAMIACEAE Marsypianthes chamaedrys (Vahl) Kutze.

Erva

R.C. Duarte 36

-

LOASACEAE Mentzelia aspera L.

Subarbusto

R.C. Duarte 87

-

LYTHRACEAE Cuphea campestris (Mart.) Koehne

Erva

R.C. Duarte 35

-

MALVACEAE Melochia pyramidata L. Pavonia cancellata (L.) Cav. Sida galheirensis Ulbr. Sida santaremnensis H. Monteiro. Waltheria indica L. Waltheria operculata Rose

Erva Subarbusto Subarbusto Erva Erva Erva

R.C. Duarte 25 R.C. Duarte 13 R.C. Duarte 12 R.C. Duarte 24 R.C. Duarte 20 R.C. Duarte 23

5E 5F 5G -

5H 5I

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Tabela 1 - Listagem das espécies coletadas no entorno do açude Aracatiaçu, Sobral, Ceará.

(Conclusão)

FAMÍLIA Espécies

Hábito Voucher Figura

NYCTAGINACEAE Boerhavia difusa L

Erva

R.C. Duarte 84

-

OXALIDACEAE Oxalis corniculata L. Oxalis divaricata Mart. ex Zucc.

Erva Erva

R.C. Duarte 76 R.C. Duarte 34

-

PLANTAGINACEAE Angelonia biflora Benth. Stemodia maritima L.

Erva Erva

R.C. Duarte 18 R.C. Duarte 54

-

POLYGALACEAE Polygala violaceae Aubl.

Erva

R.C. Duarte 33

-

PORTULACACEAE Portulaca oleracea L. Portulaca pilosa L.

Erva Erva

R.C. Duarte 31 R.C. Duarte 77

-

RUBIACEAE Borreria spinosa (L.) Cham. & Schltdl. Borreria scabiosoides Cham. & Schltdt. Diodella apiculata (Willd.ex Roem. & Schult.) Delprete

Subarbusto Subarbusto Erva

R.C. Duarte 50 R.C. Duarte 37 R.C. Duarte 51

5J 5L 5M

SAPINDACEAE Cardiospermum halicacabum L.

Trepadeira

R.C. Duarte 41

-

SCROPHULARIACEAE Capraria biflora L.

Subarbusto

R.C. Duarte 42

-

SOLANACEAE Physalis angulata L. Solanum americanum Mill.

Erva Erva

R.C. Duarte 07 R.C. Duarte 91

-

TURNERACEAE Turnera subulata Sm.

Subarbusto

R.C. Duarte 11

-

VERBENACEAE Lippia alba (Mill.) N.E.Br.

Arbusto

R.C. Duarte 89

-

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Figura 2 – Aspectos da paisagem do entorno do açude Aracatiaçu, Sobral, Ceará

A

B

C

D

E

F

(A-F) – Vários pontos de coleta no entorno do açude Aracatiaçu, no Município de Sobral, Ceará. (Fonte: Duarte, R.C.).

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Figura 3 – Espécies coletadas na flora do entorno do açude Aracatiaçu, Sobral, Ceará

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

L

M

(A - G: Asteraceae). A. Bidens pilosa. B,C. Eclipta alba. D,E. Lagascea mollis. F,G. Pectis oligocephala; (H - M: Convolvulaceae). H, I. Ipomoea carnea. J. Ipomoea nil. L,M. Jacquemontia heterantha. (Fonte: Duarte, R.C.)

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Figura 4 – Espécies coletadas na flora do entorno do açude Aracatiaçu, Sobral, Ceará

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

L

M

(A - M: Fabaceae). A, B. Aeschynomene filosa. C, D. Arachis kuhlmanii. E-F. Canavalia dictyota. G. Centrosema brasilianum. H. Centrosema pascuorum .I - J. Indigofera blanchetiana. L-M. Indigofera microcarpa. (Fonte: Duarte, R.C.)

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Figura 5 – Espécies coletadas na flora do entorno do açude Aracatiaçu, Sobral, Ceará

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

L

M

(A - G: Fabaceae.) A. Macroptilium lathyroides. B. Senna occidentalis. C. Stylosanthes scabra. D. Vigna adenantha; (E – I: Malvaceae). E. Melochia pyramidata. F. Pavonia cancellata. G. Sida galheirensis. H. Waltheria indica. I. Waltheria operculata; (J - M: Rubiaceae.) J. Borreria scabiosoides. L. Borreria spinosa . M. Diodella apiculata. (Fonte: Duarte, R.C.)