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bibliotéca Pública.NE3TA
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Vista panorâmica da barragem do rio Itajaíoeste. Foi projetada e executada pel.: 17°
Distrito de Portos, Rios e Canais,dêste Estado.
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
��
Atualidades-: Publicação Mensal
Propriedade - Direção - Redaçãoe Gerência:
E_ I. K U E H N EAvenida Mauró Ramos, 301Florianópolis - Santa Catarina
Redatôres e Colaboradores varias- o x 0-
Assinaturas:Anual Cr 12,00Numero avulso Cr.S 1,00
- x -
An únciosde acôrdo com a Tabela de preços
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«ATUALIDADES,. acolherá deboa vontade todos os originais.não se responsabtlisando, porém,pelos conceitos emitidos em ar
tigos etc. assinados05 originais - mesmo os não
publicados - ficarão em poder daRedação.
- x -
". Os nos Ias correspondentes no
',{interior do Estado, estão autorí� ,
zados a receber importancias de..assinaturas e a contratar anún
.-
IIOS conforme autorização em
poder dos mesmos.
LutaMundial�. contra a fome
Washington - (S. I. H.) - Parao povo dos Estados Unidos
_
em-
• penhado no que o PresidenteTruman chamou de -guerramun
i,.. dia! contra a fome», tal significaque irá comer menos carne e COQ'l
Iiif' prar m nor quantidade de- ali,
�
••mentes. O objetivo da nação nor-
• te-americana é con eguir alimentos para socorrer 50 milhões depessoas em uma dieta diaria de2000 calorias. ou duâs vezes;aquele numero, numa media -'de1 000 calorias.Em resultado ao recente apelo
do Presidente Truman, a naçãoreduzirá o seu consumo de ce
reais, carne, gorduras, oleos e ou
tros géneros alimentícios, afim deque maiores quantidades de alImentos possam ser exportadospara os paizes devastados pelagu�rra, na Europa e na Asia. O
r Presidente prometeu mesmo re,
começar Q racionamento. si talse fizer necessario, para impedira fome entre os milhões de pessoas dos países aliados ou liber·tados.
Ao mesmo tempo, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos anunciou que o su
primento alimentar da nação para 1946 «dificilmente poderá sa
tisfazer a todas as necessidadesdo país". A produção de açucare de manteiga será baixa em todo o ano' e a população civil terá menos carne, menos cereais, emenos produtos pecuarios em
1946 O consumo de leite liquido terá também de ser reduzido.A nação está preparada para
aceitar esse -raclonamento-. comum elevado senso de responsabilidade e determinação. O anti
go governador de Minnesota e Iider do Partido Republicano, Harold E. Stassen, falou por todoo povo quando disse: «A urgenela humanitaria de enviar uma
parte de nossa produção e denossas mercadorias, para o povodo resto do mundo, é tão viva
que dispensa qualquer ponderação".Para se-em satistetras todas as
necessidades decorrentés da ex
portação, o Presidente ordenou-
um aumento na extração de farinha de trigo e redução no uso
do trigo, na produção de cervejae alcool. A primeira ordem significa que porção maior de cadabushel será empregada no fabrico de farinha de trigo. Consequentemente o pão americanoserá mais escuro, porém maisnutritivo, porque os elementos
agora utilisados em seu fabricocontém proteinas, ferro, vitaminaB e thiarnina.Apesar de ter que apertar .0
cinto, o povo americano, segundo calculos do Departamento de
Agricultura, consumirá per capit.aquantidade igualou maior de alt-"fmentes, do que em qualquer ano
• d guerra. O consumo de car�e,'peixe, leite evaporado, qU�I}O,creme, oucinho, frutas beneficiadas e leguÓles será maior, porpessoa, aó que'êrn 1945. As perspectivas são plenamente tavoraveis no tocante aos produtos de
granja, frutas citricas e frutas en
latadas.Durante ano de 1946, a-dieta
dos americanos será de cerca de3.000 calorias por dia.
_.
ESCASSEZ E AÇUCARWashington - (S.l H ) - Segun
do uma análise efetuada pelo Departamento da Agricultura dosEstados Unido, os estoques mundiais de açúcar no corrente ano
se situarão em varios milhões de,toneladas abaixo das necessídades. 'Em consequencia da escassez desse produto, espera-se cue
o racionamento nos Est dos Uni-••
dos seja mantido Jurante rnuitc s
meses.
\ Rev e'a mais a análise que a
produção de açu ar em Cuba e
Porto Rico nã» excederá a cifrade 300.000 toneladas nos primeiros meses do corrente ano. Tráta-se. pois, da mais baixa produção, desde que, com a guerra,iniciou-se a sít.iação de escassezde açucar,
CARVÃO PARA A EUROPAWashington - (S LH) - Apesar
da escassez de combustivel nosEstados Unidos, continuam a serfeitos embarques de carvão paraa Europa, afim de cobrir a deficiencia de cerca de 40.000 toneladas de um total de 8 milhõesque deveria ser entregue a paises europeus e-n '1945, segundorevelou uma nota do Departamento do Interior.O Secretario do Interior, Sr.
lckes, declarou que está sendoinstalado nas minas europeias o
equipamento necessario para a
restauração da produção normalde carvão. Expressou, ademais,sua esperança de que a produçãoeuropeia de carvão seja suficiente para suprir todas as necessidades da Europa no proximo inverno
1•.1
LUTA CONTRA A IGNORANelA E INTOLERANCIA
Washington - (S LH.) - O General Dwrght D. Eisenhower declarou que os Estados Unidosdevem continuar fortes «até queo mundo esteja apto a repudiara força como meio de resoluçãode problemas internacionais».O Chefe do Estado Maior Nor-
"te-Americano fez tal declaraçãodurante a graduação de 35 veteranos invanuos, que completaram um curso de seis meses em
• uma Universidade Americana,para se tornarem instrutores daDisabled American Veterans (Veteranos Invalidos Americanos)Continuando, o Ge-neral Eisen
hower disse, que se/comprometiaa trabalhar «para auxiliar a eliminar da terra a ignorancia, a
intolerancia, a estupidez, queconduziram algumas nações aouso agressivo' da fôrça e a �ausar sofrimento a tanta gente,»
A seguir, declarou que os E, -
tados Unidos devem trabalhar emcc njunto com os paizes que vêmnossos movimentos cem suspeita.e com aqueles, dos quais nosmostrârnr s n ceioscs de SUas irtenções. Devemos sentir-r os H
guros, pois o medo demasiado- perturbará nosso julgamento e.
exter 'imente, reduzirá nc ssa mfluencla à Iutllidade-.
..
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
Realisações do D. N. P. R. C., emSanta CatarinaReportagem de ZEDAR PERFEITO DA SILVA
Esta segunda reportagem dasrealisações do Departamento Nacional de Portos. RIOs e Canais.em Santa Catarina, versa sôbrea
. barra.gem móvel de agulhas doRIO ltajaf oeste e a navegaçãofi uvial de 'Taió a Rio po Sul.
Recentemente, estivemos na
qu la ·zona, para conhecer «inloco> as suas necessidades detransporte e apreciar a barragemJn?ve.1 de agulhas já construídaaJJ, como no-Ia mostram os clichés que ilustram este trabalho.Antes qe rn "is nada desejamos
agradecer a maneira atenciosacom que o s&, Alberto de Alencastr Encarregado das obras,nos écebeu e como QS comerciantes e índustriais da cidade doRio dó Sul vieram de encontro à
'":iciativa de «Atualidades», prestigiando-a com anúncios e nos su
gerindo soluções práticas para omaior aproveitamento das comu
nicações do vale do Itajaí, ver
d.adeira terra da promissão pelaiqueza e pela fertilidade.Por que achou o dr. Thiers de
Lemos Fleming de estudar o rioItajaí oeste e tornar návegável otrecho entre vila d Taió e Riodo Sul? Esse ilustre téc rco,procedendo aos estudos da barrae do r ôrto de Itajaí, concluiu queo mesmo precisaria servir ti todoo vale do mesmo nome. Paraisso, tazia-se mister, pelo menos)estender os trifnbs da Estrada de
-_\
evantamento dos cavaletes articulados deferro para limpeza.
Ferr Santa Catarina até o pôrtode Itajaí e tornar navegável o
trecho de.setenta quilómetros quesepar os dois pontos já men
cionados.
tenta quilómetros, entre a cidadede Rio do Sul e a vila de Taió.É um afluente do ltajaí-Assú.Para tornar navegável esse
trecho, procedeu-se a um estudoárduo e laborioso. Exigiu grandesoma de trabalho de cálculo em
escritório, numerosos desenhosde diagrama das descargas dágua e perfís instantâneos; estesobtidos pela leitura das réguashidrométricas distribuidas na ex
tensão a canalizar e relacionadascom o nivelamento de precisão.Antes, fôra feito o levantamen
to topográfico do rio em secções,sondagens hidrográficas, nivelamento de precisão e desenho dasplantas em todo o trecho nave
gável. Depois, estudou-se a partehidrométrica, que compreende amedida das descargas dágua dorio, diariamente, feito durante todo um ano, afim de que ficassem conhecidas as suas características indispensáveis à elaboração do projeto de canalisaçãopor meio de barragens móveis e
eclusas.
Uma vez conhecida a curvado
regime das descargas dágua do
rio, foi possivel elaborar o proje ó õe sua canalização. Sem o
conhecimento de tais elementosfundamentais não se poderia es
tabelecer a altura mais couve-.
-
'.
BARRAGEM MÓVEL D
AG'U�HASo rio Ítajaí oeste tem uma ex
tensão navegável de cerca de se-
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
iicnte para se levantar o nível
rágua do rio, o que significa o
alado que a barragem móvel.ierrnitirá oferecer às embarca-
;ôes que navegarão no períododa estiagemDepois disso, projetou-se e exe
cutou-se a primeira barragemmóvel de agulhas na AméricaLatina. construida no legar chamado Razo do Weller, que ficaà jusante da Barra do Trombu
do, última estação da Estrada deFerro Santa Catarina.Por que uma barragem mó
vel? Se se construisse uma re
presa, não seria uma obra maisduradoura e mais econômica?
Não; porque no período dascheias haveria forçosamenteinundações que, entre outros males,ainda poria em perigo de 'vidaas populações ribeirinhas. Ao
passo que, com a barragem mó
vel, logo que se aproxima a en
chente, ela é desmontada e a
àgua descerá sem encontrar obstaculos.A barragem móvel de agulhas
do Itajai oeste, já construida, foiprojetada para ser encomendada
.
n estrangeiro. A segunda Gran
o
de Guerra impossibilitou o pla" no. O dr. Thiers de Lemos Fle
ming, que além de engenheirocapaz é psicólogo, achou q ue poderia realizar o grande eventocom a prata de casa. Para issodeu ao sr. Archimedes MonguiIhott, mestre das oficinas do 170'Dlstrito de Portos, Rios e Canais,
em Florianopolis. a tarefa ele exe
cutar quase todas as peças jáplanejadas para a barragem.Archimedes Monguilhort e os
nossos oper írios estiveram à al
tura do emoreendimento e ôa
confiança ci� chefe. Aproveitando a sucata, foram fundidas as
seguintes partes mecânicas: - cra
podinas pua a fixação dos ca
valetes de ferro articulados; sôbre os cavaletes foram executa
das as peças da passarela, comose vê em um dos clichés desta
reportagem; e as ferramentas para as agulhas, que constam de
alça e corchete. E foram aindafeitos os cavaletes articulados de
ferro perfil U.Além disso, ainda estão em
execução:Um guincho com dois moto
res, sendo um elétrico e outro a
óleo Diesel, para que, falhando
um, o outro esteja à mão. Esse
guincho, que aciona um cabo aé
reo, destina-se à retirada das
agulhas e ainda deitará ou levantará os cavaletes em caso de es
tiagens ou enchentes.Um aparelho de alarme auto
mátieo que indicará a variaçãodo nível do rio, dando aviso pormeio de uma sirene e de lâm
padas de côr. Outrossim, faráfuncionar também automática
mente, no momento preciso, os
motores do guincho.Uma rede de aço para apa
nhar não só as toras de madeira que por acaso sejam arrasta-
das para a b .r tbé>ll, Colmo deteros ferritos e galhos de árvore
que são lançados, por descuido,pelas populações marginais.A barragem móvel do ltajaí
oeste, como se vê pelas ilustra
ções. foi fechada, para atenderaos inúmeros pedidos, durante a
última estiagem, permitindo a na
vegação de um (fecho de pertode trinta quilómetros, para em
barcações não catando mais de
2,0 métros. Foi uma concessãofeita contra a técnica do servi
ço, somente para minorar aquelapremente situação. O dr. Thiersde Lemos Fleming previra quea primeira enchente bastante prejudicaria a conclusão das obras,mormente porque ainda não se
havia procedido ao enrocamento
das margens da barragem e nãose contava com o guincho paralevantar as agulhas e deitar os
cavaletes
O:.JTRA BARRAGEM MÓVEL
E UMA ECLUSA
Se, com a primeira barragemmóvel de agulhas, se conseguiuum trecho navegável de trinta
quilómetros, lógico que nos faltam quarenta quilómetros paratornar todo o trajeto navegàveJ.Assim, os estudos realizados jáestabeleceram o ponto onde deverá ser construída a segundabarragem móvel.Por que não será easa de agu-
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
lhas, como a primeira? Porquea primeira, além de mais econômica! fica aquém do pontoterminal da estação da Estrada de Ferro. Por isso mesmo, sem necessidade de passagem de embarcações. Ao passoque a segunda suá justamentelocalizada quase no centro, entre Rio do Sul e Taió, por onde não só passarão as embarcações COI1,O as toras de madeira.A segunda barragem móvel
forçosamente será de cilindro oude setor, associada a uma peque ...
na eclusa para dar passagem àsembarcações. Também está prevista uma escada para a passegem das toras e outra para a dospeixes, pois o rio é piscoso.. Os novos projetos já foram encaminhados para aprovação aosr. Diretor Geral do Departamento Nacional de Portos, Rios eCanais e pedidas as verbas parao início dos trabalhos.
Só quem conhece a nossa or
ganização burocrática, avaliará asdificuldades COIll que são conseguidos verbas para êsse ou aquele empreendimento. Habitualmente, os planos dos nossos especialistas ficam esquecidos e perdem a melhor oportunidade derealização. Entretanto, o dr.Thiers de Lemos Fleming, contando com a boa vontade dos altos dirigentes do Departamento
Vista da passarela rr ontada sõbre a
barragem móvel.
Nacional de Portos. Rios e C,,·nais, tem conseguido pequenasverbas anuais para prosseguirnos trabalhos que se executamno rio ltajai oeste.
Mesmo dessa maneira, as dotações de 'Verbas são, às vezes,quase trrísórtas. Basta saber quepara realisações tão custosas como a navegação do rio Itsjal
oeste, o dr. Thiers de LemosFleming cori'ou, no exercício de1944. com a importância de apenas Cr$ 220.COO,OO.
CONCLUSÃO
Conversar do C( m o dr Thiersde Lemos Fleming. r.põs o noss o
regresso, ficame s cientes de quea sua díspos.câo. é rara ultimaro mais c êdo possivel as cbras
Barragem Móvel no razo do Weller.Vista tomada de montante para [ustante e
depois ampliada.
\\\
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
o RolO ntis o HUOIbde Campos
Não é fácil situar a posiçãoIustórica de Humberto de Cam
pos no panorama da literaturabrasileira. O que se pode dizer
com segurança é que êle não foimoderno nem antigo. Antes, inclina-se mais para os antigos quepara os modernos, principalmen-te se atentarmos para o feitio da
sua linguagem, portadora de um
equilíbrio e de uma elegância queraramente se encontram nm es
critor modernista. A razão dissoestá em que Humberto de Carn-
.
p os, ernb ,ra tenha formado o•
seu espirito no alvorecer do Sé- �.
culo XX, era. intelectualmente, .'
u n produto do século passado ��:�Pertenceu a êsse grupo de escri--�;itores que desenvolveram a suaj",cultura e o seu �ôst() artisticovnuma época de indecisâó nos domínios das letras, époéa'q",e me
deia entre os anos de 1914 a
1922 Salvo uma ou outra� ma
nifestação isolada do modernis-mo Brasileiro. o' que se registrounesse inte,rregno de
-
oito anos, ,
foi uma como que' aturação daorivesariã 'p'arnasiana e do mis- .:
tLcism 10'005 simbolistas. Satüra:"
çáQ�ap'enas , fião -reação A' .reà-·.
ão' próp' llmente di a, só se ve.
Ificaria .ern . .1922. Fõi;. por ISSO,uma: epoc:aincaracterística "nas letra.s brasileiras,. distinguindo-seapenas"pela sua feição eclética,o e�de"" resfo não deixa de ser
�;:..- .• '=-.... •
.�"!" .
fJ#t', .•
que �pern1itirão fornar na egãvelo'.trecho entre vila do Taió e a
Cid de -<1e -. '0 dO' Sul, carreandodt� úm: rQQ<1i.f e �nômíco para o
port.,.. tle� 1l.ai�1i ma grande ri
queza, que depois será distribuí-
da';p�10 pafs.· .
�futufamente, as 'popula oes
dessa."zolla abençoarão Oi. nomes
do sr ..!.�K�rt Hosang e do dr.Thi rs""de"Lemos Fleming. O pnmeir:ôt: porquê fa.l o precussor dana
. etra.$�o ce 'se rio. O segundo.>,por p anela-la e executa-lafrutuosamente...
•. i\ld.a!jdaâes" ente- e feliz porJ ..var a bom termo .esta . egundar portagem, que é r.elac{ona diretamente com -o -íuturo duma
itgi!ó incontestavefmen e riquí -
slma. E anuncia. C(1)1 -prazer,'aos seus 'leitores que a ;pró'dm,a.versará sõbre o por o e a barra
de ltajai, • ..' 'l.
•
� .
uma tendência natural dos espíritos qUI não conseguem imporse por um forte traço de originalidade. Por isso mesmo os
escritores que predominaram nes
sa época, não constituem própriamente uma geração, porquelhes falta a personalidade do
grupo dentro das caracterlsticas
pessoais, ou seja êsse -Iacies
que é. por assim dizer. a car
teira. de identidade de odos os
espíritos fortemente marcados porum. determinado padrão literário.É o que se podia chamar a «gé
,
nération absente-. para empregarmos a expressão com queThíbaudet procurou definir o
.�. �r�po de escritores franceses
aparecido em 1914. Geração que# deixou êsse vasió essa lacunapode-se dizer, de' oito anos na
nossa história literária, uma es
pécie de zona de ninguem, ondejá se divisavam, porém, nos longes do hõrízonte, os sinais prenunciadores de uma nova alvorada para a, inteligência.A geração que nos veio do úl
timo quartel do Século XIX, iluminada e glorificada pelas nomesde Machado de Assis; de Joaquim Nabuco, de Aluisio de Azevedo. de Albedo de Oliveira, deOlavo Bilac e de tantos outrosluminares que sofreram os influxos das correntes naturalista na
prosa e parnasiana na poesia,e SI geração chegara ao seu es
tado de senectude espiritual, eucerrando o ciclo de uma dasmais luminosas e fecunda" atividades literárias registradas no
Brasil. Humberto de Campos,porém, embora pertencendo àquela época a que me referi, não
ficou inteiramente fora da zona
de influência dos padrões aindadominantes nesse «fin de siêcle>,por isso que a sua emoção es
tética, a sua cultura humanísta,as suas tendências literárias, emsuma, nos revelam um espíritovinculado mais à geração queagonizava que propriamente àcorrente moderna.
Quando o movimento da "Semana da Arte Moderna" lavrou.em São Paulo, no ano de 192�,o atestado de óbito dessa geração, Humberto de Campos, conquanto ainda não houvesse al-cançado tõda a plenitude da sua
c rr .lra de e$c;.�itor. já possuía
rtoNEREU CORR�A
uma personalidade Iíterária formada e definida. E com elaatravessou, sereno) impassível e
incólume, todo o vendaval revo
lucionário, assistindo, por traz ��dos bastiões da sua arte, ao as- e"f
salto que os novos bárbaros, sob Jf
a ardente mas fugaz orientaçãode Graça Aranha, fizeram aos
templos de Atenas, destruindo,quebrando e incendiando os ve
lhos í olos dos seus santuários .•.O espírito do escritor não era
mais urna" cêra plastica e maleável, aguardando a imprimiduradefinitiva do seu carater literário. Este já se havia formadoe. a-pesar-da sua marcante originalidade, não ocultava os si-nais da sua fonte de origem. Defato, foi sob a influência da literatura clássica,antiga comomoder-na, que Humberto de Camposaformoseou o seu espírito e en
riqueceu a sua cultura. Com is-so não queremos dizer que êletenha sido um clássico, se tomarmos o termo na sua acepçãocomum, pois que, modernamen-te, já se lhe empresta UIR sen-tido mais liberal, quase que di-
.
zíamos. mais democrático. Nãofoi clássico e não pertenceu a
nenhuma escola. Não pertenceua nenhuma escola e ao mesmo
tempo pertenceu a tôdas elas ,
porque era um desses escritoressem fronteiras, que tanto vive.dentro como fora de tôdas asescolas. O escritor que não temcapacidade para respirar fora doclima em que nasceu, é um escritor morto. Para que sobreviva e satisfaça ao gôsto de tOtias as gerações é preciso que asua obra, embora elaborada sobos moldes de uma disciplina es
colar, esteja impregnada dêsseelemento que vive incondicionadamente, porque não tem limitação no tempo e no espaço: aArte. O verso pode pertencer aum determinado padrão literário.Mas a poes ia, Que dele se evoIa, é universal E a obra deHumberto de Campos é UMa elauma. obra de poeta. ReSistirá,por ISSO, a todos os climas, atodas as atmosferas presentes efuturas nos domínios da arte.
Errrbora o considere um escritor sem êsse «ar de Iamíltaa que me referi acima, como sã�� Iás quase, todas os escritores
.
'"
� <.
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
HOMENS E ALGASo Picapiu foi despejado, mais
a mulher: - a Clarinda - e ••dois filho s doentes: o Zéca e oBentinho.Um despê]o sem complicações:
o José Matos e o caixeiro entraram no rancho e botaram na ruao q�e lá existia: - a tarimba, ai •esteiras das c ...anças, dois banquinhos polidos pelo assento •os tarécos da cosinha: duas panelas de barro, as latinhas do aparado e o boião do café.Toda a manhã, sem ter para
onde ir, o Picapãu ficou ao tempo.Caíra o vento sul e as crean
ças, maltrapilhas, abrigaram-se dofrio, enrolando-se nas es eiras.
Só a Clarinda praguejava, choran ia aquela mal vadêza !Recolheu-os, pela tarde, o Tomé
Rainho, um pescador tão pobrecomo o Picapáu, tocado poraquela dôce e suave fraternidadedos simples.
o menos as creanças dormirão ao enchuto !
-:0:
icapáu não tem
da sua geração, eu direi que oseu espirita era de. um romântico. ROlltântico não à antiga, quesuspirava as suas paixões numa
linguagem amaneirada e piegas.-Mas um romântico pelo gostodas imagens ricas e incornpatáveis, pela exacerbação do sofrimento individual, pelo intimismode que está impregnada tôda aSua obra de arte, por 'êsse ca
r-ater, em suma. de artista, quefel da sua dôr um têrna literário..
Na sua obra, são comuns osrechos em que êle se reduz amais miserável dos homens, -aomais- infeliz. dos mortais! procurando mesmo subvalorizar tudoque produzia, como naquela passagem do seu «Diário ..
, erp que,refletindo sõbre a «inutilidade»da sua vida, diz que na a maisescreve que traga o sêlo da du�abilidade. «Nem um artigo, 0(1
:....lo
�', Imagem que tenha recebido inje-r: ção de tormol b'" ''''';" ,t. Cornn, complemento dêsse es-
S4.�.· -;.,
pirito-
omanttco, ternos o estilo� � �
�
>•
do elclitor, es ilo' q (te parece ter��,,: ..
..... gldo criado mesmo para como-r;.,��k .��.. s••
....
'-"� <..:-:-- ver, para comover e para ale-�-'",\,/' Vj grar, pois êl� tanto • enterne-1\.4:' -=::".\� cia, como nos alegrava com aque_�'
r
......� le <sabô misturado de riso e lá,.......2"IIiP:<..�.� ••, '. gli mas", tão pronunciado na sua
��':I:... �; obr da maturidade.
-
CIr )11) de um. ÇO[ trrnClavb!� Lun berro d� Campos)
Conheço-o há perto de vinteanos
Morou primeiro na Palhocinha ;depois foi bate'r na Serraria. onde teve a triça.Ultimamente ocupava o'rancho
do José Matos, numa nêsga deterras-de-marinha, na outra banda da ponta do T0I118z.Trabalhou na enxâda muito
tempo. Mas apareceram outrosjornaleiros, gente pobre, da Pinheira, que capinava por qualquerdinheiro.Arranjou um logarzinho de ri
mador no barco do Lulú Camácho.Sabia também consertar rêdes
e tarratas.Como era fórte, com pouco
passou à voga.Vida rija; nesses tempos na
sceu o Bentinho.O rêrno encurvou-o e endure
ceu-lhe as palmas das mãos;davam até para afiar uma faca,diziam.
Um dia cismou em comer
baiacús.- O de lixa não é venenoso.Adoeceu da barriga; até sangue
botava.E núnca mais se poude aguen
tar. Ficou magro; o Lulú Camácho arranjou outro remador.
- Tantos anos de rêmo! Eagóra que estou precisando!
- Os outros estão falando.E o Picapãu passou a viver do
acaso.A mulher saía aos sábados pa
ra a cidade, a esmolar: punhaum chale velho sobre os cabelosdespenteiados . . .
- Sempre era melhor do quefazer como a [oséía, crédo. quenão tinha vergonha de olhar paa os vizinhos . . .
'Trazia. então, algum dinheiroi pão para um. semana.
� Mas UM dia a Clarinda regres-sou tarde da noite, chorando: I� policia não queria. Ela, a Bazilia,rra Mariêta, o João ... todos pela rua! Que vergonha I A fOme
,.. nlo tem razões . . .
;,._, Picapáu correu todas as ven-
das. Mostravam-lhe a taboleta:
Publicamos, em primeira mie,esta magnifica pagina extraldadlivro do mesmo nome que ser"em breve, lançado por uma cataeditora do Rio de Janeiro. � lnautor o festejado homem de letras conterrâneo, Ir. dr. Othód'Eça.O livro é inspirado 80 'oldo
re de nossa. praias. O autor nlase deixa absorver na contempl...ção das belezas naturais. Hu......namente, sente as misérias •nossos praianos e as injustiçasociais.«Atualidades. confessa-se de...
vanecida com esta publícaeão, cjo autor tanto tem contribuiclopara o engrandecimento daI 1.tras eatarinenses.
«FIADO HOJE, NÃO; AMANHASIM.·
O unlco recurso, mesmo, eradar as creanças,A Clarinda protestou: - Nlo
.�ja por isso, homem, que eu darei do meu quinhão.Picapáu bateu na cidade: um,
doia, trss dias seguidos.Em vão; havia na cidade um
poder d, homens comendo réstosde pratos nas bodégasdoMercado.Lembrou-se dos depositos de
madeira do Estreito.Riram-se dele; assim amarelo,
esporado d, ÓSSOi! Aquilo era
serviço para lente de muque.Foi mais longe; sempre arran
jou um emprego: limpar as tripas no Matadouro.
- Entlo, V. agora já passamelhor?
- Vee-se com Deus. O piór éo José Matos. Requereu as ma
rinhas e eu não tenho para onde ir.Não tinha para onde ir: ele, a
mulher e as creanças doentes!Isso, porém, não importava ao
José Matos, que precizava do terreno, para vende-lo a um Inlles ...
- Ora, o Ptcapãu ! Era só o
que faltava!E despejou-o I
OTHON d'EÇA.".�.��.-'I'_"_'_"�"'."".���.�'_._I- _ -
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Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
o PASSADO..Podem considerar-se bem es
cassos os homens que modernamente admiram o passado, e mesmo entre os velhos são poucosos que têm a coragem de deterse na contemplação dos temposoutros».
Prof. Ernesto BertareJli .
.
Si na opinião do Ilustre professor admirar o passado é uma prova de coragem, essa prova dou-a eu a cada instante.
Sou admirador das coisas passadas, porque admirar o passado não é negar o presente, nem duvidar do futuro Admirar o
passado, é trazer para o presente as glóriasidas e transmitir ao futuro a memória do
que mergulhou na noite dos tempos : grandes ho-nens que desapareceram, nações quese extinguiram, grandezas que morreram ...
O presente de hoje, será o passado deamanhã.
Não olh ir para o passado - é não terno coração nem a sômbra do amor pelo an
jo de paz, de caridade, de abnegação, desacriftcio, que chama-se -mãe>, é não terna alma nern a sõmbra do amor pelo arniCo mais leal, pelo guia mais seguro, pelo'conselheiro mais afetuoso, que se chama -
-pai-..
E quantos exemplos de honra, de heroísmo, de amor pela humanidade, de sa
criíicios sem nome, - exemplos que devemser imitados no presente e elevado ao futuro - nos manda o passado do meiq dasluas sõmbras, do seu silêncio, do seu re-
�' � ,"
pouso tumular!-. iI�" ,;.����j
Esquecer o passado, é negar a própna ;;;l'.��ít,.:.�>�vida: - é negar o heroísmo de um César, ��.:i��-4.II(:'l.",.,,:"u·
...... �fi:" y- ... , .�
o val,or de ,um ,Na�oleão, o ge io d� _.utnt.��..::: ..�"·"
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Homero, -a mspiraçao de um Dante. a: ca- '��.. ,�, � ,,:. t ... i','ridade de um Vicente dt Paula� 'e - o ql.l'"e s
4: •• {. •
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é tudo - é negar missá sublime 4'./" ;. ��. t .,
Cristo!' . l-
Eu tenho prazer em recordar o paSs'ado�,.:.. •
Por entre as ne oas do passado vejo' •.
toda a minha família - .pai, mãe, Jrmãps;·:* i "'.
o lár tranqui lo, e modesto da m(nha� infâq:" ;. ?·::..ri '<
c!a ; os meus brincos i f�ntis; a mt?9.à:m.o_7 t!....."
'"". : �
CIdade obscura, mas rosea.
de. espera ças,.\'" .. � otl· ....
banhada da luz das alegr'as, inundá a do; ,./ �sol da telicidade, vibrante elos s,prnsós do
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.• ; \' :.amor ..• vejo os filhos que p"érén: - QS' �. ,.
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filhos que a morte me arrebatou .e:"9�.eram ...�(�· ....o enlêvo do meu coração .. ejo 'meus '.�,' , . "�
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pais no seu leito de morte : ... vejo á ago.;-:�. �� ..,,''!_.....
nía dos meus Irmãos. -. vejo o' viste de-�"'"t';.: .:,
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Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
A reabertura das aulasno Colégio Catarinense
No Colégio Catarinense, a 18de março, teve lugar a reabertura das aulas.
Pelo professor sr. Anibal Nunes Pires, nosso distinto colaborador, for proferida, na ocasião,a oração que a seguir publicamos:
Exrnos. Snrs. InspetoresFederais, Rsvdo. Pe. Reitor,Professores, Caros Alunos I
'.
Depois das palavras experimentadas do Revdo. Pe. Reitor e doExmo. Soro Inspetor Federal, nãoera necessário dizer-vos mais na
da, entrêtanto quero prevenir-vosde lguns sentimentos que, aoinvés de construir, destroem.Vindos das férias onde por
cer o, livres das preocupações,dos tem s, das liçõ es e dos exa-mes, fortificastes espírito e com
preendestes as vossas falhas doano anterior e, agora voltais coma firme vontade de não mais reincidir naquelas faltas, que paramuitos foram as causas da perdade UM ano letivo.Ê bom que assim penseis, e
melhor ainda; que assim o pratiqueis.Que os desânimos não enham
maior força que as vossas 'vontades. Eles surgirão, todavia, emtodas as formas, preparai-vospara vencê-los. E, para vencê-los é mistér que tenhais confian-
�'.ça, é místér que tenhais paciência, é místér que tenhais pé sistência. Lançai para longe de �vós a prevenção contra profes- �seres, adquirida, talvés, por iracasses próprios, por despeito ou
por uma suposta afronta ao amorpróprio de cada um.
A mania da perseguição já nãose compreende em nossos dias.Crêde, caros amigos, que o pro- tíessor, seja êle um civil ou um ....
padre, use êle desse ou daguelemétodo, jamais se interessou em
prejudicar-vos por 'Causa di-ssoou daquilo. Interessa-se, t· verdade, no vosso progresso e sente-se orgulhoso em ver que contribuiu um pouquinho na eon-:
strução das vossas personalidades.Perguntaf à vossa conciência,
con�ultai aos ossos corações:Qu.aJ a glória do professor? Quala sua, grande satis âção ?'ELa, a concíêncla, por cer ,já
vos 'respo deu:A mai r glória, ii satistação
máxima do semeado, é ver queas sementes ue lati u à terra,g rmjnarum, cresceram e trutifi-
. ..,'... ,
e- ... ,
. .., ..
�' _._....,... ;. � ....
eararn. Os professores, amigosmeus, são os semeadores quetransformam as terras, às vezes
estéreis e áridas, em terrenos terteis e se rejubilam quando veem
que tudo que plantaram, nelecresceu e frutificou.Eles tompreendem as vossas
indecisões e toleram sempre as
vossas manifestações, às vezes
arrogantes, próprio da passagemde meninos para moços e porquetoleram não deveis confundirtolerância com pusilaminidade.É bem árdua a tarefa do pro
fessor, como disse alguem, o dedevassar os vossos cérebros e
penetrar os vossos corações. Esta arte que consiste mais em com
preender do que em saber, sónos satisfaz plenamente quandovemos brilharem nos céus dasEscolas superiores, as estrelinhasque passaram pelos céus do cur
so secundário.Não faltam exemplos a imitar
e a seguir e eu tenho a certeza
que êles convencerão melhor .doque as minhas palavras. Digocomo o grande covertedor de almas, o Pe. AntOnio Vieira: -As
palavras entram por um ouvidoe saem pelo outro; os exemplosentram pelos olhos e f�cam �aalma e ela rende-se muito mais
pelos olhos que pelos ouvi.dos •.Surgirão, entre vós, sentt�en
tos que prejudicam; d�speltos,vaidades, inveja. Escutai.: �nvejar é reconhecer a própria inca
pacidade, e recon�ecer a própriaincapacidade, é cnar novos com
plexos e alimenta! recalques, éviver infeliz. Felizmente, estoucerto sôbre o Colégio Catarinens�, chovem as bençãos dosLe tz, dos Zartmann e dos Schrader que trabalharam na construção de personalidades e no aperfeiçoamento dos caracteres.Caros alúnos, sêde terras boas,
nas quais, depois de amanhã,cresçam árvores que deem frutos bons.Dai a satisfação, de, mais tar- Disse.
� ..._._._I_I .... ._,.�...... .,._· ......... _L_ .... _'._,--_....·,..·.. · ...
livraria �Od8rnade PEDRO XAVIER &: CIA.
Tipografia - Encadernação - PautaçloRua Felipe Schmidt, 8 - Cxa. Postal 129 Telefone
PAPELARIA - MIUDEZAS - ARTIGOSESCOLARES - FIGURINOS - REVISTASESTAMPAS - ARTIGOS DE PINTURAE DE ESCRITÓRIO E DE DESENHO etc
PALAVRAS DO MINISTRO DA
EDUCAÇÃO sõbre o Grupo Es-
colar Getulio Vargas:«Santa Catarina é uma terra privilegiada.É a Dinamarca brasileira, por
que naquela pais nórdico observei o rigor da disciplina, da higiene aliadas a um tipo de en
cantadora simplicidade.Este grupo é modelar. Confor
ta a alma do educador e alegrao espfrito de nacionalidade. Examinei as aulas, interroguei OI
alunos, compartilhei da sopa escolar e saio daqui encantado portudo que tenho observado.
Parabens aos homens de Santa Catarina que tiveram na direção de seus negócios publicolhomens que acreditam na educação e sabem que a educaçãoé o problema fundamental doBrasil.Vidal Ramos e Nerêu Ramos
são dois nomes que devem ser
gravados no coração de todos OIbrasileiros.(as.) Ernesto de Sousa Campos
EXTINTO O DEPARTAMENTODE INFORMAÇOESPor decreto do Govêrno do
Estado, foi extinto o Departamento Estadual de Informações.
O D.E.I., que desde sua fundação foi dirigido pelo iorna�istaGustavo Neves, prestou reais e
assinalados serviços ao Estado,estimulando atividades culturais ft
fomentando iniciativas de carátereducativo etc.
O jornalista Gustavo Neves,que dirigia o D.I., recebeu d?Ir. Senador Nerêu Ramos, presidente da C. E. do P. S. D. o se
guinte telegrama: - -Rio, 23 -
Muito grato pela comunicação do
querido amigo a quem envio afetuoso abraço, expressivo do apreço em que tenho sua inteligenciae seus serviços>.
de, o professor poder dizer, vaidoso: « AQUELE FOl MEUALÚNO I·
1418
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
Á l\1ãe do Soldedo...." ll."...," I .." ,., ".U II '" n J..uu "" u II. :
�:
= iS i
i !
! DESILUSÃO Iª i§ ªª (Ultimo sonêto escrito pelo saudoso �: poetá catarinense Trajano Margarida, :
j interpretado por Lourival Almeida �ª no programa «Hora Literária» da i
� RadIO Guarujá). i
Fumando o meu cigarro e contemplando a lua,Longo tempo pensei na hora da desdita,Em que de mim te Iõste, em que deixaste núaDe todo o teu arnôr, esta minha alma aflita.
Cheguei mesmo a chorar, por esta ausencla
[crúa,:; Que faz a minha dôr saudade indefinita ! :;
� Nunca visto eu tivesse a linda imagem tua, �
_::1Visto que não me dei xa e o meu sofrer excita.
_=_!E, ante o que hoje sinto, e 'tanto me definha)Contrito, peço a Deus; - Sen or l.. daí-me
[esse dia
Que eu possa tê-la, emfh bem j u a
mim só m nha!
que não v ,1tou
Escreveu Oswaldo R. Cabral,especialmente para -Hora Literã
ría-, magnífico programa de Lou
rival Almeida, na Radio Guarujá.
um
da-
Nêste CUS ante, fumaça, em c rvas desigu�is,Desenho c irn des ém, num gesto de troriià,Estas fra-ses cruérs: - �rarde!. .. N 'rJea mais 1...
ª,t.�."
.........u , !' 1111.'fÍ':II' U••W Ll1 , "..rnu tl U ,n I ;,.
...
saros na primavéra ' Q.lre irnp rta I Elas estão
longe - e. até lá não chegara as ruas r.grimas _ qi.Ie se d�lúi. a.. n oceano - nemas tuas preces, ue os ventos- díspersarão I
Nõs nos" Q gulhamos' dêle. Temos orgulho d- seu orne,:! do seu sangue, do sact'-ficio da sua vida. '
� um �er h da Paírta, um bravo, cujame na: Iverã ele namerite nos nossos cora ões, aquecida pelo càíor da nossa sau-
nos-
�ogela"o, 9'''''$4 i5 - 1505Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
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no estivesse ínteressado em ....lhorar-lhe o destino, dando a elasubvenção condigna, po.sibilit....do dess'arte, aumentar, em muIto
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o número dos inscrito., poad�, então, em soluça. deftnitiv.o caso dos pedintes da�ossa Capital que era, J', udl cala ...polícia. . .
'
Mas, o que foi realizado, an
tio com a boa vontade do en
tão' Chefe de Policia e, mais tarde, Secretário da Segurança P'IIblica?
O PAPEL DA CAIXA
O papel quê a Caixa está desempenhando em n.ossa Çapital,nestes dias de triste sítuaçãeeconômica para todos nós, antea crescente angústia com que nosdebatemos na conquista do piode cada dia, é dos que está a
merecer, já por essa razão palpitante a mais decidida colaboração de quantos, seja qual fO�o valor da contribuição, melhores aquinhoados pela sõrte, es
tão no dever de auxílar o próximo: • «sem pão, sem této e
sem agasalho».A Caixa de Esmolas aos Indi
gentes d. FhHianópolis,. dizel_11-nos os dados abaixo, realtza missão importante, P?rque de fi!a�tropismo, qual seja a de asslst.lrdesherdados da fortuna, em meio
de um milhão de precalços, vencidos, porém, com galhardia peJos elementos que se entregaram, de tOdo, à efetivação con
creta de tão altruística finalidade.Vejamos, em números, a «si
tuação» da Caixa, e veremos,então, quão afanoso é mante-la,( Conclúe na penúltillla pagina)
REPORTAGENS DE UMA ÉPOCAQuando dos meus primeiros
passo", na imprensa desta Capital, nos dias prornissoresde 1931,vezes sem conta comentei, em ligeiras nõrasde um repórter apressado, o silencio dos Poderei Públicos, àquela época, com referência ao problema dos -peoíntes- nas vias publicas, o queconstituia espetáculo nada recomendavel a uma cidade tão enriquecida de cenários írnpressícnantes que a todos proporcionavam momentos de efêmeros en
cantamentos, como a em que vivemos.
Verdadeira legião de miseráveis creaturas, homens, mulherese crianças, cada qual o maisdoente, cada qual o mais despido, em semi-nudez, acantonavase às esquinas, às portas dos cafés, às entradas das igrejas, aflitamente extendendo a mào à caridade pública. A nós. que prezavamos os Iôros de cidade ci-i! izada, re ugnavam esses espetáculos, porque viamos insolúvela questão, .rnuitas e muitas vezesdenunciada, pelos jornais, às autoridades a quem competia so
lução, Mas, perdíamos tempo, es- "
banjavamos idéias .� . . ,�"._i";;:���#P.I;..oi:1
f-OX"O-
HELENA eRAVES SOUSA
�.:'" .
�.��.•1It'
•
Existia, àqueles dias, já em...:I�;-' franco funcíonamento, a Caixa
de- Esmólas de Florianópolis, sociedade fundada pelo Desembargador JOão da Silva MedeirosFilho, quando na Chefia de PoIícia do Estado, o qu-al, coraçãoafeito às obras beneméritas Conjugando elementos, esforçava-separa ampliar, cada.vez mais, osserviços da Caixa, aumentandolhe a receita para melhqr atel,l-
ENFERMEIRA OnSTÉTJUCA(PARTEIRA)
DIPLOMADA PELA MATERNIDADEDE FLORIANóPOLIS
COM LONGA PRATICA DO SERVIÇúOBSTÉTR1CO
ATENDE CHAMADO A QUALCUERnORA
RESID.; PRAÇA 'DA BAND_eluA 53� Sob. - (antigo Largo 13 'd� Maio)�
. �..
Telf:;:g.camo.B IE D E.R,.M
. i
Telefõ'1t 172
ADÃO MIRANDA, escreveu para «Atualidades»
CAIXA DE ESMÓLAS DE
FLORIANÓPOLIS, uma so
ciedade que vive das sobras
dos afortunados . . .
der maior número de pobres.Mas a incompreensão de quan
tos p�désse", prestar auxiliofinanceiro à Caixa, levou os seus
dirigentes a trabalhar el1l silencio, contando com recursos parcos, sem poderem. extender os
beneficios a maior numero de des-
protegidos da fortuna..
E a Caixa permaneceu muitose muitos anos com pequenas co
letas e ínfima distribuição, deixando, em assim procedendo, o
problema de pedintes quase Insoluvel.Como poderia ela pr�sta� m.e
lhores serviços aos mrseraveis,si pouco, pouquissimo, arreca
dava?E continuava a aumentar a le
gião dos que saíam às ruas con
tando com o tostãosinho que so
brava das algibeiras des maisricos .. ,
Florianópolis, apesar de possuir uma Caixa de Esmolas, co�tinuava a oferecer aos íorasteiros, quadros que a não recomendavam como centro populoso e
apital de um Estado ...'A questão continuava sem re
médio, apesar de contarmos com
tão altruística associação.Porque? ...
CaS8 Veneza
- o x o -
da 1P�o. :J,.anci6ca ��Gn,41'6tGCALÇADOS EM GERAL,SORTIMENTO COMPLETO
PELOSMENO�S PREÇOSDA PRAÇA
Mercado Público, 1
CAL"XA POSTAL
".
De 1935 a0S nossos dias, movimentaram-se personalidades den s ( mundo politico-social paramélhorar a sorte da Caixa, procurando
.
mentar os; recursos
com que melhor fôsse .da�o atender as suas crístãs finalidades.Quando Chefe de Policia, aque
le ano,' dr. Claribalte Gaivão,p fOr(}a do carg) Presidenteda Câixa, parecia tornasse elaou ros caminhos promissores,�omo mel. 0[. satisfazer o seu cbjetivo. Parecia, sim, que e Govêr-
....
I.
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
FranciscoCardona
Para nós, - romeiros sem destino, que,dia a dia, vamos avançaado mais um passo para o termo 1.11a) da nossa romaria, �
o que resta hoje de ti ?O sol, o supremo rei da luz, que surge,
como uma apoteose maravilhosa, no seio"do infinito. tem o seu ocaso; a primavera,que desponta. arretada de galas, engrínaldada de flôres, cheias de musicas festivas.banhada de perfumes inébriantes, passatambém e também desaparece, impelida pelas noitadas frias do inverno; e sol, Que éa vida, e a primavera. que é a vida, dei-
..
-.
..
--,
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_I "\ =
-ri=- -ç=-
'
..
E�.�?nESA Ir�TERl'v1EDL�R!Ade M. L. ARAUJO
•
Caixa Postar 1 �5 - Telefone 1409 - Telegramas "INTER to
Praça 15 de N.)I/embra 23 -1', -.- FLORIANÓPOUS
- SOUCITE&iI INFORMAÇÓES, SEI.! COMP�aMISSO ..
M..rq ...... ProP'lQanda..__----�----------- .
.' j,-:-._._._-----;_._._._._,Pe
t
roner..
<__,"';c
I• �
Ele� ieteno, - uma o ação rnurmtira ,
do',Gristo a )itlgusta írrtâgern abraçando, .
já.;qua"S;�· entrar da morte a estancía escu�•
J,;�... ,.'"E' em tO"rno ,UM doce Olh� meigo lançando:cNá<i' ouvem'? - diz - Mi a divinal ventura,
OI�:�S dp.�Senhor pas,sam cantando 1:.
r ; ,V' Age.nor Nunes Pires.- ,.
Cer;veja3-t� Catarinense S A.
'(:)tiR:(9·i�I'LSE '
�
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��. í .. � t... .4! ._.' .
a nossa. te!veja de,;�lta qualidade" e de.
,reço, "ao aIc�nt� de, ...tooos: '
Repres�ntànt�: ..J -: BRA'QNSPERGER •
R a elípe Schmí t/'AJ. Telefone 13aO
J:l" �_:jJ #
� )' �::'.t .'
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If".'"_-� __....... 'T,.o. ;� ..�'� , lI- ,. �'.jt"�. f J. .....
..nftt..u 1 nt�unu UUf1 ulln ..u't., ".n un .." ' " HlI unt.uln'.,.
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Ca Içados f i i'10S
homens,pei reoh ré18 e cr í- nç , s
se-
Artigose
militares,para e espo rtess
viagens
VIUVA ANTONIO PERRONERua Conselheiro Mafra, 17 I
Telefone 1690 t
I F L O R I �H' Ó� P O L IS, 1-l__.�i_ .....__._._. ._
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Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
ARTE CATARINENSE
I .. ,I>
Reproduzimos acima o quadro«A Santa Cela», de autoria dodistinto casal Otto Pfuetzenreuter Junior e exrna. esposa da.Hedwig.
O quadro tem as dimensõesde cêrca de )1lS. 1,60 por 250.constando de mais de 15 000 pe-
Além do quadro supra, ainda,muitos outros foram confecionados peJo distinto casal, sendomotivo de admiração para os quetêm tido o prazer de visita-losem sua residência.
daços de madeira das mais va
riadas côres, existentes nas ma
tas de nosso Estado.Sua execução levou vários
anos, sendo admiravel a tenacidade dos autores em Jevar a
efeito essa obra prima, que, semíavõr, não tem igual.
III., I ,., I II"III'I ..�II.IIII.III." ..I.'I'.III •• 111 14'.111.' •• ' •• 11.'111 ' •••• 11 11 ' •• 11 -,11 n ,U U' ••• ,I I'Ut ' ...
Telegrama 'do Rio, de 28 demarço, menciona:
«O elegante cuter de propriedade do dr. Adérbal Ramos daSilva, capitaneá do {ate ClubeFlorianópolis, transpôs ontem às15 horas e 15 minutos a barrada baía de Gua iabara, indofundear às 16 horas e lOminutos diante do Clube de RegatasGuanabara.
O iate catarinense parltu nodia 13 do corrente. às 22 horas,de Florianópolis, sob o comandode Mário Nocettí, e tendó como
tripulantes os seguintes amadores: Mário Nocettí (comandante],JOSé Jnão Ga luf, Nazareno Sj�mas, Joel Lang .e JOãO EduardoMoritz, este últJQin presidente daFederação de Vela de Santa Catarina, tendo escalado em SãoFrancisco do Sul. Santos. SãoSebastião, Ilha dos Porcos e Enseada do Abraão. Houve umatrazo de dois dias na chegadaao Rio, por se ter abrlga'do naIlha Grande, em consequêncta do
''1.
mau tempo reinante fora da barra nestes últimos dias. A viagem decorreu muito bem, achando-se os yachtrnen barriga-verdes é o barco em ótimas condições.Várias homenagens estão sendo
preparadas pelos veleiros cariocas para comemorar a chegadado primeiro veleiro vindo de Florianópolis. Os tripulantes do«Anita» são hóspedes de honrado Clube de Regatas Guanabara».
, .UIUtnllnnnnnUUIIIU,tlltl"U",.,unnllfllJl'IUllnnillntílunl'U(IIUU.tTUI'.í.U"Ílllltlllll'funnnUUllntlll_ .M uu n N " UI U••••UI.UI II .. 'I' II.'..UI "(I I .
COLABORAÇOE.SPor motivo de força filaior,lo-
mos obrigados a. adiar' para a.
proxíma edição, á circular ('m•
:..fin . do corrente 1,�s/e ãhr ii, va-
t. rios trabalho d nC:s us rolabo=•
radares,-'
,
.' ._,. .
.....•
. f
longos anos, tendo desempenhado várias funçõe püblieas, re
percutiu agradavelmente a C?�cessão do Titulo a que faz lUZpela sua conr'úta exemplar.
"Atualidades» envia-lhe sinceras felicitações.
Recebemos comunicação dehaver sido concedido o TituloDeclaratório de cidadão brasileiro ao sr Curt Stroisch, residente em Ind ia!.Radicado em nosso Estado há
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
, rde de Maio-: Conto de JULIA CA CAE" :-
Plúmbeo e Op3CO amanheceu o tão
esperado dia vinte e cinco de m.uo.
Pelo ar pairava um não sei quê de..ini stro e crueL Os pá .... 'aro pareciam esconder- se na ramagem da floresta, enquanto um ou outro tran-
eunte que surgia. Iançava 80 horisonte um olhar tri te e can ado. como e em vez de a-idar o novo
Jia. lhe desse pô: 'ames p-Io luto queteimava em envolvé-Io. Tudo pare-ia es -air-se ante o monótono clarear. Tudo era pálido e melancólico.
••• ••
eram seus pensamentos para subjugar- e a ponto de procurá-la ou�j-avez. Tudo u n mal-entido, uma brinca-leira da Joana. Mas Joana pagaria! im, havia de pagar! Aquilonão era brincadeira que se fizesse.Desfazer assim um laço que pareciatão f .rte ... Havia de pagar!
úbito, um játo de luz entrou insolente pela fresta da janela semiaberta. indo cair por detraz da penteadeira.
• Um fúlgido clarão perpassou pelaspupilas de Alice. que, ligando o gesto à palavra, saltou pará a janela,enquanto murmurava . . .
.
Ainda há espe-rança ... Aindahá esperança . .. Será milagre deSanto Antônio' ,
Cm fom-fom agudo e persistentefez-se ouvir à esquina próxima.Ql..lase ao mes no tempo surgiu ante
seu olhos um grande e cômodo ÔOl
bus. cheio d pass igeiros. Eram mo
ço .. e moça-s; senhores acompanhados de suas re spectivas e sposas, e
umà mei , dúzia de crianças. um
relance Alice descobriu, no ultimobancor-à direita, o seu bem-amado,o seu querido Roberto. Mal teve t�m-+po de. arrumar- ., Calçou rápidaruepte"" os sàpa inho pretos. os quelhe estavam mais ao a cance ; enfiouo vestido que primeiro 'encontrou.aliá. o mai novo..e bonitinho. 9 'li
,
, lá o prepa_r.ara no dia anterior; agei-3. tou sôbre a cabeça urp,�grantle cha
péu de Ralha q�e na veêP�ra pendurára -nurn cabide- da pared'; e,dêsse modo vesti a, dirigiu-se á pia,onde d.!scansa "a, escovinha de
...i.·.·:.W.W.·...W.'.'.'.'....·i\\W.\WU.\'.\'.'.',·.·AW.·.\W/.'.·,\·Nll.'.'N,\·.W.w,·.'.w.%\\\·,V.\'...·.·.'.\-M'A\Y.....\·N.Y-...'..\\,..'.·,·.·,·.·.\\·.....'..·I.·..............
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'_ -'-' "".�.__. \.)l , ,__ t .....w.L.
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cal)') m-irrep-roia que mal arru .houseus .len tes incisivo-s, \<10 haviatempo pura tomir cale. Apenas or
veu dois gol's de leite (1'1t' "Lia mãe
depo -itava na chícara. e levando àboca dois biscoitínhos.saiu pelo cor
redor sem ouvir as repreensões quejustamente lhe fazia a progenitora.Qua e esq ieceu a mileta com o
«Ianch» qu � havia sido preparado no
rápido instante em que se vestiu.Atirou com a ponta dos dedos um
beijo alegre à mãezinha e er:trou no
ônibus. onde uma chuv 1 de saudações a e perava. Sentou-se ao ladode Marina, uma de suas amiguinhas,e .com ar de vitoriósa olhqu de sos
laio para o últi no banco, Por' felicidade, bem à sua frente, a face polida de um espelho refletia a imagemdos passageiros. .
O percurso foi um tant agradavel, porém salpicado com uns laivose amargura. Que Iria acontecer '?".Que podia acontecer?. E sua mentepovoava-se de mil pensamentos, quase todos esperançosos. Falava e, cantava co os demais, mas longe desuas palavras estava a sua atenção.Enfim chegaram ao lugar esco
oIhido,o carro. fazendo uma curva fechá
rlã quase no tôpo do morro, estacoude leve. Um zum-zum cada vez maisniudo, deixava escapar frases cornoestas:
- Paizagem maravilhosa 1 Belo panorama I Que lindo! Que maravilha!Na verdade. tinham razão. O qua
dro que dali se descortinava, era
dêsses que ferem a alma, dêsses quepenetram pela nossa retina e se
fixam lá no fundo, para jamais seremesquecídos. ...O sol, deixando atrás de si um
rastro purpunno, refletia-se pelo côncavo da colina, largando sôbre as
de Stearina
Natal
rolos
."
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
,o t' 1
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'.
plantas matizes de um verde aveludado, qual tapl'te mÍloló�ico lançadopela nalurez" Seus raios Infiltravamse pelos ramos das árvores afim dese espalhar«:m nas gotinhas de orvalho que fugiam medrosas, dealizando compassadamente pelo dorso dafolhagem. O conjunto de prisma.f?rmava um rendão de tênues coloridos que ora Se confundia no ambiente, ora resplandecia de luz, compondo o màgnífico cenário que a todos encantava.Os escursionistas tiveram dificul
dade de escalar a encosta quase ingrerne. Meia hora levaram nésse fatigante làbor, cada qual procurandodo melhor modo passivei descer porentre os estreitos caminhos entre-
'
meados de pedras e arbustos, queformavam o esqueleto do que temposatrás se dizia uma estrada. Ofegantes.chegaram: à beira da lagOa, pontofinal da cansativa jornada. Algumaspedras amontoadas, semelhando gi_gantescos ovos, escondiam no coletivo bôjo uma depressão mais ou menos e. paçosa, onde nosso pessoal viuo abngo para as suas bugigangas.Uma capa de macia relva parecia tersido colocada pela Providência àren�e da rocha para descanso doscaminhantes,
.
Deitada na grama, a «tribu» refazia-se do cansasso, olhando aquelepedaço de mar que aprisionado nacavidade dos montes, parecia conformar-se com o destino, tranquilamente acanciando a praia branca, que,por sua vez, absorvia suas barbasprateadas como se as engulisse docemente, sempre queo compasso da,ondas lhas atirava sôbre o colofresco.Alice, após curto repouso, pensou
em banhar G corpo na cristalmaágua. E, em menos de dez minutos,
-�
abandonava-se juntamente com Marina, à carícia das lânguidas ondas.No entanto, seu olhar esperto já proc�u.·ava �o lo.ngo da costa O alvo querido, Mas, ai! Que decepção! Pordetrás de uma árvore acabava dedesaparecer o vulto de Roberto em
companhia de uma mulher.- Quem seria?Apesar do esforço que fizera, Ali- .•
ce não a poude reconhece. r E emseu coração, a chaga que estava a
ponto de cicatrizar, abrju-"� com
pletamente. Sofria, pois. Mas com
essa. dor brotava em seu peito umsentimento ate então desconhecido,um tremor quê a agitava febrilmente e que a fazia ao mesmo tempomuito grande e muito pequena. Umnó ap�r�ado prendia-lhe a �argantae o tórax, sufocando-a Ierrivelmen�e; e �o peito, parecia que um enteincógnito lhe arrancara o coração,pondo em seu lugar u'a massa dechumbo, que à oprimia e atordoava.Era o ciume condensado com a vingança que se apossava de sua alma,fisgando-a com seus ímpetos. Embrulhada em desconcertantes pensamentos. Alice nem sequer ouvia avoz de Marina que a chamava insis-
tentemente para olhar a barquinhaque, embora ainda longe, parecia dirigir-se ao local onde nadavamAlice aparentava tudo ver, mas 08
verdade nada via; O que dansavaem sua retina eram os dois vultosque por um minuto distinguira. Suasidéias embaralhavam-se desordenadamenteOh I Como havia de se vingar!
Roberto pagaria caro o despreso quelhe votava! Agora queria namorar
bastante, passar por perto «dele»com aquele moreno de olhos verdesde quem tanto ciume tivera há um
mês atrás; e até aquela época nãolhe dera atenção, a despeito dastentativas do rapaz para lhe conquistar o amor. Joana metera-se na sua
vida, fizera crer a Roberto que elalhe correspondia, que até passeavamjuntos e de mãos dadas. Tudo men
tira. Como odiava a falsa amiga!
A SEXTA-FEIRANO DESTINO DE NAPOLEÃOHá um preconceito que faz com
que a sexta-feira seja geralmenteolhada como um mau dia. Masvejamos o que se verifica quando se considera os principaisacontecimentos da vida de Na
poleão.Napoleão entrou para a escola
militar de Brienne a 23 de abrilde 1779, numa sexta-feira.
É nomeado Primeiro Consul a13 de dezembro de 1799, numa
sexta-feira.Chega a imperador a 18 de
maio de 1804. numa sexta-feira.Sua partida para Santa Helena
,efetua-se a 11 de agosto de 1815,numa sexta-feira.
Seu tumulo em Santa Helenaé cedido à França pela Inglaterra a 7 de maio de 1838, numa
sexta-feira. Portanto a sextafeira não foi desfavorável ao imperador já que, em cinco sexta
feiras, só uma ficou marcada porum acontecimento desfavoravel.
Mas doravante havia de ser difereo*te. Nio seria boba para ficar lameatando a in�ratidão do destino, ..quanto Roberto se divertia COM .OUtra. E seu cérebro doente dava forma a êsses pensamentos e companha a imagem daquela coutru. Devia ser morena; Roberto '�P"preferia as garota. mcrenas, Teriabelos e grandes os olhos, cabeloslongos e ondulados, rosto Oval. meiopálido, nariz aquiline, l4bios sedutores, segundo a descrição que umdi.êle fizera acêrca do seu tipo idealNem por sombra pensavaAlice que
tal era a sua própna aparência. Amda ingênua e descuidada, nunca _detivera ã frente de um espelho para estudar a fisionomia. Sabia, Sim,que era bonita, porque assim lhe díziam Mas. simples e áíave], nuncase orgulhava. Só agora, que sua almaferida arrsiava por vingança, ela queri. ser bonita, linda mesmo. Desejava estar maravilhosamente vestida,num salão de baile, por exemplo,dansando uma valsa vienense CODaum par guapo e atencioso que
-
te
apaixonasse por ela. E Roberto dansande no mesmo salão, ouvindo os
elogios que os rapazes lhe faaiam,abismado ante a beleza que a envolvia. Ela fingiria apaixonar-se pelocompanheiro de dansa, correspondendo, poi .. ao seu afeto.Sonhando assim, Alice até come
çara a ensaiar umã vàlsa de Strauss,e sentia St:U corpo rodopiar ritmicamente a08 acordes da música. Imaginava só a tara de Roberto e jáentregozava a vingança premeditada.�mbalada em tai"l pensamentos, na
dava para a praia. onde Marina j' aespera "a. e. vagarosamente, as d,,!8Icomeçaram a andar. Mal deram vm
te passos, quando verificaram que alguem corria ao seu encontro. EraJoana quem se aproximava.Alice procurou logo envolver a fa..
ce numa carapaça glaciar, porém cor
tês. Não era pessoa para tirar desfõrra. Melhor seria mostrar-se gf'ntil, sem mostrar suas intenções, Adrr.irada ficou, portanto, quando Joana parou bem à sua frente, dizendomeio alegre, meio envergonhada:
- Querida Alice, perdoa me I Foiuma brincadeira de mau gõsto I não
pensei que tivesse tão desastroso resultado. Mas o mal está remediado,a questão pôs-se em pratos limpos.E, notando que Alice nada sabia daverdade, pois seu rosto cobria-se deespanto, apressou-se a acalmá-la:
- Espera, ALÍ<'e, drr-te-ei, o que se
deu desde o principio. Não me julgues tão perversa e escuta o que tevou contar:
.
- No último domingo do mês passado, quando; ao sair da Catedral.encontrei Roberto, que atravessavaa rua apressadamente, parecendo dirigir-se à tua casa. lembrei-me debrincar com êle e chamei-O: - Venha cá, Roberto, preciso conversar
com você SObre assunto de seu interêsse. E para dar cunho de Vt rdade ao que lhe dizia, fingi que la-
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JOÃO BATISTA DOS SANTOSRua João Pinto, 17 - Tel. 1428
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o foc� dos' retalhos de algodão e de seda .
Retalhos a começar de 2ms. a lOms...
Ca,
a Borba
RUA PADRE MIGUELI�HO P l\ÓXIMO AO CINE ROXY
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
\1 I1t va muito o que acontec ra
;:" '.,Ire eudo ;""
- Roberto. creio que '"IH enuruu rrande choqu . p .rq-ie ser que. ê�.!l' ta de • lice: ma�.. e quiser.er rtezr do que dl� . repare quem'ai dobrando II esquina, .:. lice náolá a YoU� a mínima irnporu ncia, ela..o ....ta de outro. - Roberto deve ter:;'r, nde forca de vontade. pOIS pare�
u não se incomodar com o caso,nem demonstrou ciume. Julguei atéque tive "e reconhecido. o teu Irmão
que Ia em tua companhia .... em us
peitar o ,que se pas 8V8 em seu In
timo. deixei-o indiferente. Ele. conunuou o seu caminho. e pen er q.uete f soe alcançar.• 'a manhã" egumte fui a T'juca , pas=ar umas sema
na com mamãe. e só quando �'?lter, ontem à tarde, contou-me. Célia,que vocês terminaram o namoro porminha causa. A noite. procurei encontra-lo no cinema. o que nã� acon
teceu; e por isso resolvi ,<tceltar. oconvite da Célia para participar dêste
•
passeio. Acredita. Ahce. SInt�imensamente o que aconteceu. Seiqu� Roberto partirá amanhã e �Im80 «pic nic» só para falar com ele.Tive me ...mo uma discussão com _oAntônio que. não pode�d� vir, nao
queria que eu viesse sozmha. Mas,Alice. eu sentrna remorso" a "Ida in
terra. se Roberto partisse. sem .queLembrei-me
Os otimistas
• Eqquanto a .. duas amiÉ;a9' �ntravarn na furnas, o par inho dali se..
a astava .. ,
lJm raio brilhante ele sol, q lê 11(' -
e dia parecia .le J<U,lC'iro, tal o seu
fulgor:, selava aq rela.
arniza lf� \1msua lingca dt' f09'0' 111do depo-sitarum ardente ósculo nas co tas morena: dos doi namorados.h fi tarde de vinte e cinco de
maio os encontr rva, lado a lado. noúltimo bane do õnibus, ambos a
balbuci r "prorne: ga� de arDor.e a
f.:ot1ccrlar planos para as próximasférias.
N'ÓTAVEL GRAFÓLOGOHonoré je Balzac, que se or
gU,lltava ser um grande perito em
grafologia, recebeu, um dia, o C3-'
derno de.um rapazinho, e apósexaminar coidad05amente a com
plicadíssima caligrafia de seu dono, perguntou à anciã portadorado mesmo:"
- É a senhora a mãe do dono deste caderno?.
- Não, não tenho nenhum parentesco tom ele, respondeu avelhinha .
- Então, pode dizer-lhe com
franqueza minha opinião, - exclamou, Balzac, Este menino é provavelmente estúpido. Temo quenunca chegue a não ser nada navida.
- Mas, senhor - observou a anclã rindo - se este' caderno pertencia a V, Excia., quando eramenlne.
.,��_.- ..... iiiii............�G .....................�._. ........ � -..� ...........�,'I
...
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Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
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CO.\10 ERA D PEDRO IIFrancísso Otaviano e eu ouvla
mos, uma noite, um concerto demúsica de câmera, dado pelo ClusMozart ou pela Füarmônlea, nãosei bem, no edificio do Conservatório de Música, hoje InstitutoNaci�nal.A noite era cálida. No inter
valo da primeira para a segunda parte do concerto, Otavianoconvidara-me a que fôssemos tomar fresco na sala próxima em
que havia uma sacada de pedra,aberta, para fora. Aí o almiranteTamandaré, que não pudera permanecer no salão, arejava a sua
dispegsia.Fomos ter com ele, e, enquan
to conversávamos os três, o irn'perador, que nos- vira sair, vejoter conosco. D pois de perguntar ao almirante o que achava do .;concerto e especialmente de umquarteto executado por artistasnotabilissfrnos que nos 'tinhamvindo da Europa. Otaviano-gos a
ra do quarteto e to os nõs o
apreciáramos. Depoís o soberano dirigiu-se a miro, que, es- ",
se tempo, estava zrn plenareda- �ção de ..A Repúblicae ,
- ..Porq ire não áparece? Não o tenho'{isto há muito tempo. Já o rnan- :dei convidar para as nossas palestras literárias. Apareça.» Pro- •
curei excusâr-rne com as minhas �
lições a explicandos e com as, ..
minhas ocupações de imprensa.- «Sim, tenho-o lido, O que o
.
senhor escreve, não o íncornpa-.
ibiliza com as nossas palestras Jj- "\.>terárias. Senhor Otavtanc.Ieve-oconsigo para a semana Fiz umaquase promessa, mas não fui,Por ele, cujo nobre espírito co
nhecia, teria ido. Mas eviteiaceitar o convite por aJfl r dalíngua dos maldizentes, que es imariam ter tão bom tema' moO Ireqccn r um republicano miIilante as palestras do Paço, e.mbora apenas literárias.
Salvador de Mendonça
1-....
ERA BASTA-TE
•
CLlNICA MÉDICO-CIRURGICA- do-
Dr, Saulo RamosEx- assistente do Prof. Brandão
Filho - Rio.Consultas: 10 às 12 hs. (manhã)
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Cliníca e opéra:Casa de Saúde eMaternidade (SãoSebastião», na Maternidade e
Hospital de Florianópolis.
CLEMENCEAU E OCASTANHEIRO
Todo mu do sabe que Clemenceau era anti-clerical. Era ele visinho de urn convento, na rua
Franklin, em Passy, Paris, cujojardim lhe dava muita sombracom as suas frondosas árvores.avia precisamente perto do mu
o divisório um colossal castanheirq que obrigava o Tigre a
servir-se de lIZ artificial desdea manh , se queria trabalhar emseu escritório. Um amigo quizpedir que cortassem a árvore.Clernenceau encolerizou-se.
- Cortar uma ár ore é um crime", EJ além disso, eu não tenhonenhum ponto de contáto com
es s i silfh s.
En retan o o amigo interessouse, a árvore foi cortada pelosreJI.gi QS.
En'tao Clem nceau escreveu ao
superior da C<. ngregação paraIh agrad cer:
.)- Meu
.
(posso tratar-vos. -
�as�s'rri, 'p0rque me déstes o dia ... )1:. no dia seguinte, o primeiro
mínl ro ecebía uma carta cuecomeçava p_ r estas palavras:
.. " I- Mel" tn o posso ratar-vos
!@I!!!!!II!!!��!!!!,!!!!!!!!!!�!!,!!!!!!!!!!!!!!!!!'!!!l!;!!!!!!!!!!!!!!'!!!!!!!!I ,', assim. -por ue \OS iz entrever océ .. )
CONFECÇOESua pariiRAjES
A LENDA DA IPECACUANHAEsta planta da família das rs
biáceas, estudada pelo botânicoRichard, é a planta bralilelramais conhecida em todo o DIU.do médico. O conhecimento d.suas propriedade. perde-I' na
norte dos tempos.Dizem que, um elo, chamado
Guará pelos selvagens do Brasil,de tempo. em tempos, cavava a
terra e mastigava uma raiz, e quevomitava e ficava depois forte.Notou um pagé que o aniMal fa..zia isto, quando tinha, por algumtempo, bebido as águas impurasdos pântanos; e que o Guará fora por ele imitado; ficando d.então por diante livre do mal queo perseguia e que flagelava sua
tribu, vítima de fébres e outrasmoléstias. Suas virtudes foramconhecidas na Europa, principalmente em França, no décimo sétimo século, E foi um herbanário francês, Grenier, que veio ao
Brasil buscar a raiz descobertapelo cão Guará e a entregou ao
médico holandês Helvetius, com
quem se associou para produzircuras maravilhosas com a «raizdo Brasil-Assim como Helvetíus e Gre
nier, Guará não deve ser esquecido; bem merece um pequenomonumento. Guará é benfeitorda humanidade.
•• •
BOM CONHECIMENTODuas amigas conversam. Diz
uma: - Ontem recebi uma cartaanônima, cheia de injúrias a meu
respeito.- De quem julga você que se
ja a carta? pergunta a outra.- Não sei; desccníia você de
alguem? Aquela miseravel chama-me de vaidosa, mentirosa,tola, leviana e maldizente.
- Não desconfio de quem possa ser, mas decerto foi escritapor algueM que a conhece bem!
Entrava pela loja dum barbeirocerto rapaz,' ansioso de ter barba.- Avie, senhor mestre (lhe dizia),
e o pachorrento mestre, que não via,no liso rosto, um só sinal de barba,
Lh'o lava, e lh'o relava:Já lhe alteam na cara
Batidos, rebatidos, todo espumasTres altos de sabão. - Eis que ora o
[mestreToma um cachimbo, acende-o e vae
[sentar-seÀ porta, a ver quem passa, mas
[serôdio,O rapaz, de esperar desesperado,Lhe pergunta, que faz, que não o
[barbeia?Mui logrativo, o mestre lhe responde_ Estou e5peraudo. que lhe aponte
[o pêlo ...Filin lo Elysio.
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
l\ \IS DE :>:�ESSA se apanha um Me ..tiroso",
O célebre corn.i )siur Boieldieu tinha seu
.ugar no Teatro Frances, mas nunca alí ia.
Uma noite, porém, passando no local, de
cidiu-se a entrar. No momento de dar o
seu nome, responderam-lhe:_ Conhecemos muito bem M. Boieldieu,
vem ao Teatro todas as noites, até já es
tá ai!_ Ah! muito bem - respondeu o com-
positor, sem se alterar. - Neste caso, ve�da-me a cadeira ao lado dele. pOIS desejomuito conhecê-lo.
Durante o intervalo o verdadeiro Boiel
dieu travou conversa com o falso:_ Então, amigo, está bem certo de ser
M. Boieldieu?- Mas. . . senhor. . . balbuciou o ou-
tro, embaraçado._ É que faç? questl� de, diz�r-Ihe que �� .
estou surpreendido! POIS ha mais de ClO-
�...
: 'rt.,itquenta anos eu supunha que era eu! _ 1I!.l"., ;)�.�. tt
UMA C�NA da deliciosa vida .. � conjugal: '.:�-,
f :.
_ Jorge, passe-me essa carta). .r.:.. ... :.'- Que carta, meu amor? i !,
.
_ A que você acabou de ler. Vejo pe-• -
...
'"o.
Ia caligrafia que é de uma mulher e. você ".:" ';;:
empalideceu ao lê-Ia. .... .
"
_ Aqui está, meu amor, é a conta da tua
costureira.\.
�....
Cervejaria Ca tarinense S. A. .. ,..
-
'OURO PlbSEN',�,
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�§.
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!I uaConselheiro
I :Mafra, 1 I� f
I FLORIANÓPOLIS !.. 'nnn .. f ll11.Uunt''' ''ft u h ,u 111111 1111 :
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NÇ LTDA.«ESPERANÇA»
Telefone 145
'�RIO DO SUL...
Caixa Postál, 31
SANTA CATARINA t
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
rERA NATURAL .. ,
- Por, que. será que o pintorlevou alto dias para pintar a minha cssínha e a sua ele pintouem um dia?
- É simples. A sua empregada tem vinte anos, a minha temsessenta.
- x -
COINCIDENCIAUm comerciante, cujo sobre
nome era Pires, mandou colocareste anúncio no jornal: «Chicaras? Só no Píres !-
- x -
NUMA AGENCIA DEEMPREGOS
- Quantos filhos o senhor tem?Cinco filhos sim senhor.
- Homens ou mulheres?- Dois homens e duas mu-
lheres.- Então são quatro, como é
que o senhor disse cinco?- É que ... o quinto eu não sei
a inda se será homem Oi! mulher.- Não compreendo. Tem ou
não te outro filho?
� OÀ! com certeza, mas só daqUI a dois rrrezes.
- Bem, então, por enquanto eu
vou. anotar quatro filhos .
.
- Não, não, meu senhor, pararmrn o quinto filho já existe ...
- Por que?- Porque a minha mulher come
por dois ...- x -
EXPERl' Z
Uma senhora: pars um eninoque, carrega um pacote.
- O que você tem aí?- É o chinelo de mamãe. Tem
um_
rego c rn a ponta de fóra,srttãô fou leva para o sapateiro consertar, antes que mamãeohegue e
.casa.
- Mito bem, menino; asoratua mãe nã m-achucará �aiso pé.
- ss não t;l1e importa. Masé com este izh ne o que eu apanho sempre.
- x -
. D a,' ramãe, isto aqui na
garrafa é 01 o para cabelo?Pqr amor de Deus! Não
isto é cól. liquída l'
- Então tão me admiro, de queque não há meio de tirar o chapéu da cabeça.
- x -
- Por que o homem da mesavisinha estará C( III uma cara tãoaborrecida?
- Porque lhe desapareceu a carteiri.
- Como o sabes?- POlque ela est í comigo 1
NÃO REGULA 'BEMNo hospicio dois loucos admi
ram um relogio, que acaba de ser
colocado no corredor das celas,Um pergunta ao outro:- Por que teriam trazido este
relogio para aqui?- Naturalmente, porque não re
gula bem.- x -
FITAS IMPROPRIASUm rapaz novo, mas atrevido,
ao passar uma senhorita de maisou menos 27 a 28 anos, lhe dirige a usada frase:
- Mas a senhora é boa, hein 9- Sái, criança, retruca 'ela, vi-
rando-se para o outro lado.- P-erdão, responde ele, nãs
sabia que a senhora fosse impropria para menores.
- JC -
ENGANO- É assim que você cumpre os
seus deveres de porteiro?! Alguem me disse que entra aqui,todas as noites, um jovem} paraconversar com a governante.
- Entra de fato, sim, senhor,mas, como é para conversar coma patrôa e não com a governante, eu não lhe fiz observação alguma. Não sou capaz de tal ousadia.
NETO DO PRÓPRIO PAIIrmão de leu Tio e Primoda Sobrinha. - Sua Mãe étambém sua Avó.
O menino johnny Earn foi alvo de um complicadissimo Iitfgiode parentesco, que, há tempos,processo li-se ante o Tribunal deClevelanã, Estados Unidos, ondese abriu o testamento da familiaEarn,Em virtude desse parentesco,
o avô do citado menino é também seu pai; seu tio é seu irmão;sua prima é sua sobrinha e sua
mãe é sua avó. A origem datremenda complicação foi a se
guinte: John Earn, de 43 anos
de idade, depois de enviuvar,contraiu casamento com a mãede johnny que, por sua vez, eraviuvá do filho de John Earn, o quequer dizer que este casou com
su nora, tendo solicitado autorização judiciária para adotar]ohnny COTRO filho e que ira filhode seu próprio filho (já falecido)e, portanto, seu neto.A mãe de johnny, que tem 26
anos de idade, casando-se com o
pai de seu ex-marido falecido seconverteu em avó de seu próprio filho.John Earn declarou ante o Tri
bunal que desejava esclarecer a
situação. porque tinha de incorporar se ao Exército.
É PRA NAMORAR OU CASAR?
Dois namorados, menina?Deixa disso, coraçãe !Vem cá, escuta esta velha,Que uma velha tem razão.Tu pensas em casamento,Ou é brincadeira, então?
Si pensas em casamentà. ,"Namorar dois é loucura.Porque quem querumanoivaTais partilhas não atura.Si queres um maridinho,Namora um 56,mas ... segura!Si ao contrario, é passatempo,Pobre tolinha, vem cá.Como podes divertir-teSó com dois? Ora, aí está,Si queres só divertir-te,Ao menos quatro, vê lá I
Sganarelle,- x -
FALTA DE CAMARADAGEMIa um bebado a matutar como
acender o seu cigarro, quandodeu de cara com um poste dailuminação pública. Parou bemem baixo e pediu:
- 6 companheiro, dá-me fogo.Neste momento, ouve-se o ri
bombar de um trovlo. O bebedo afasta-se um pouco e exclama:
- Si não quer dar o íogo, nãodê. mas não precisa gritar!
E foi-se embora a resmungar.- x -
TESTEMUNHO VIVO
A seahoríta Sonia não é daimais novas) mas temida por todOI 09 çonhecidcs pela sua -lmgua-.Outro dia, numa festa social,
tinha a seu lado um oficial. Dizlhe de rspente :
- Agora parece já não havermuito perigo de que um oficialvenha participar de alguma batalha.
- A senhorita tem toda a razãoe a senhorita mesmo é testemunho vivo ele que se póde enve
lhecer sem ter feito «conquistas•.
-: ESPECIÁRIAS :
PRODUTOS LATIClNIOSFRIOS MAGNIFICOS- MANTEIGA - QUEIJOS -
IURT RAMTOURAves deliciosas e Ovos frescos
da Granja Santa Clara.
Almoços e jantares de emergência,Costélas, Frangos, Miúdos e
Macarrão.
Mercado PublicoAcervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
\I
No dia 13 de fevereiro. Henri Heine foivitima de convulsões e vomitas, que nada
conseguia debelar. Seu organismo estava
de tal forma habituado aos entorpecentes,que a morfina, embora aplicada em doses
grandes, não lhe proporcionava o .minimorepouso. Os vomitos duraram três dias consecutivos.
Na noite de 16, o dr. Cruby, interroga-do pela senhora de Heine, desenganou-o.Entrou no quarto do enfermo com tal tris
teza na fisionomia, que o poéta lhe per
guntou:- Então, vou morrer?- Sim, respondeu o médico. C�egou a
hora. Você me pediu que eu o avisasse, e
cumpro a minha promessa.- Obrigado, meu amigo.- Tem mais alguma coisa a me pedir? -
murmurou o médico, afogado em soluços.- Sim, disse o poéta. Minha esposa
dorme. Não a desperte. Tome as flores queestão sõbre aquela mesa e que ela com
prou esta manhã. Adoro as flores! Coloque-as sõbre o meu peito. Obrigado!
E, embriagado pela ultima vez, ne.loaroma das flores, ajuntou:
- Flores 1 Flores! Que form6sa a na
tureza I
laias de ouro
18 K.
A rrrc rte de Heine
e artig •i
, I
AV' • ,JOINVILLE -. LAJES - LAGUl'(A .. JOAÇABA - sÃo FRAN-
.
.?�:.��, A. �, C1SCO DO SUL E TUBARÃO.
: ... �_�;'�CRIT��!��:�Mp!��:O: CURITIBA,
�..•�.�..;:(t&��;��.�1 'port dores e atacadistas :I
Fazendas - Ármarinhos Ferragens - Louças - Vidros - Ferro Materiais- di construção - Maq .. inas em gera! - Material eletriec - Eixos � Automoveis, Caminhões, Peças e
.
�.�»Atessorios cCHEVRO'LJIT" - Produtos de Borracha «GOODYEAR,-
,.
"
.. ,.ª Produtos de Petroleo «ANGLO-_MEXICAN- -
Tintas para todos os 'fins - Produtos QtlimiCO's e farm ceuticos - Perfumarias, etc.
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
Vocêsabim que ...as invenções mais úteis forampor muita gente julgadas irnpossiveis ? ...
Eis aqui alguns exernplos, C(.lhldos nu a Revista:
NAVALHAS DE PEDRAExplorando a Mesopotamiat
uns sábios descobriram navaldatando de muito antes da ..cristã. Examinando essal na
lhas, tem-se a impressão deos habite ntes das margens dofrates e «ío Ti,ris tinhamgrande consideração aparecer_público bem escanlloádol. Asminas compõem-se de um peda..ço de pedra, muito amolado,apresentando numa das extrem�dades um buraco que permite.passagem de um dedo, para e
segurar.Um dos membros da expedi..
ção teve a idéia de repassar UII.dessas lâminas e de se servirdela. O resultado da operaçlofoi surpreendente e o sábio declarou, a quem quis ouvi-lo, queas navalhas m edemas não podiamde qualquer maneira, substituiras lâminas que acabavam de serdescobertas e que serviram a homens vivendo há várias dezenasde séculos.
INSTITUTODE DIAGNÓSTiCO CLf�ICO
- DR. DJALMA MOELLMANNFormado pela Universidadede Genebra, com prática nos
hospitais europeus.Clinica médica em geral, pediatria, doenças do sistema nervoso,
aparelho genito-urinãrio dohomem e da mulher.Assistente Técnico :
- DR PAULO TAVARES -
Curso dt Radiologia Clínica com
o dr. Manoel de Abreu Campanario (São Paufo) Especializadoem Higiene e Saúde Pública peJaUniversidade do Rio de Janeiro.-: GABINETE DE RAIOS X:
Elétrocardiografia clínica - Metabolismo basal - Sondagem Duodenal - Gabinete de Fisioterapia -
Laboratório de Microscopia e
Análise Clinica.RUA FERNANDO MACHADO
O primeiro arado de ferro construido nos Estados Unidos daAmérica do Norte em 1797, foicondenado pelos fazendeiros deNew Jersey, sob o fundamento deque, sendo de ferro, envenenavaa terra e fazia crescer o joio ...
Um eloquente pregador sacronorte-americano declarou, quando se começaram a construir as
primeiras estradas de ferro, queseria necessária a construção de
• muitos asilos para alojar as pessoas que iriam ficar loucas à vista das locomotivas deitando fogoe percorrendo o país ...
Na Alemanha" os técnicos «pro'varam- que, se os trens chegassem a percorrer quinze milhaspor hora, os passageiros deitariam sangue pelo nariz e seriamasfi.lCiq os à passagem dos tuneis.
CURIOSIDADESFaleceu em 1940, em uma pe
quena cidade da França, um homem chamado Wallace Supernau,cuja persistente afeição pela.!coisas dà sua infância se mani
festava de uma f6rma por demaisestranha. Sem preocupar-se com
a falta de comodidade, Supernaudormiu toda a sua vida no mes
mo berço. A medida que foicrecendo, este homem estranho,que contava o morrer 70 anos
de idade, acostumou suas pernasa que se submetes�elP íora �odiminuto leito. Assim que atin
giu a idade adulta, passou a dormir na seguinte posição : pernasencolhidas, corpo dentro do ber
ço como sardinha em lata e a
cabeça para tora, apoiada numa
trave. Supernau, apesar de tudo,não era louco. Pelo contrário,sempre demonstrara, em todos os
atos de sua vida, um perfeitoequilibrio mental. ..•
ORIGEM DA SUPERSTIÇAOA superstição: «Acender três
cigarros com o mesmo fósforotraz azar", vem da guerra doTransvaal. Os combatentes boers,muito audaciosos, esgueiraramse durante a noite até perto doscanhões inglêses, onde grupos desoldados e oficiais conversavam
e fumavam. Quando um deles,oferecendo cigarros aos amigos,estendia um fósforo aceso, o atirador à espreita Unha assim um
alvo luminoso. E, naturalmente,era o terceiro fumante, o último,qu ra atingido mais facilmen
te. A superstição ficou.
A HISTORIA DOS SINOSCa e a São Paulino, Bispo de
N el, a invenção dos sinos. Fizeram-se sinos de todos os tarnanl S, as os maior es surgiramsomente no Século VI.
S em 972, no pontificado de
João XIII foi que se tornou uso
batizá-los. or isso mesmo é queo maior sino da igreja de SãoJoão do Latrão foi logo batizado.Chama-se -Othon», o nome deseu padrinho, o então imperadorOthon I.
O cornodpre Vander Ilt di se,que nã tinha tem o 'a pe dercom. ! uoos quando estíngtiouse lhe apareceu com a Invençãodos freios de ar.
Na soei dade pafrtarcal e e -
cravoerata an rga havia um sentimento generalizado contra a irnprensa, Estas p'àlavTas, de B ke-1y, governador do E tado deYirglnia, em 1670, São signiftcativâ's :
-Agraêeço a Deus, que p r aqulnão existam escolas Jrvres, n ..Inítnprensa, porque o ensinq fraz'ádesobediência e a he ésia, �imprensa propaga-ass
o djret r do jor ia . �Republican>, de �rfngtle\tll Esta os Unidos, recusou-se a tomar assentonum dos primeiros autom veis·ali aparecidos, dizendb que andarnaquilo era Incompatívej com a
sua, dtgnid de- e a sua posição.MALDADE E TOLICE
Sacha Guitry acha sempre alguma definição engenhosa paraos defeitos do gênero humano.Numa róda de amigos, falava
se da maldade é da tolice humanas.
É provavel - disse então Guí
try - que exista no mundo um
maior número de maus que de
tôlos; mas é Incontestável queas ocasiões de se cometerem maldades não são tão frequentes co
mo aquelas de se dizerem tolices.
O senhor Chancey M.. D p.e}Vcóntessou ter aconselhado seu 80-
brlnho a não aplicar 500 .rõlares nas imeíras usinas
.ords
porque <nada ioh..a aparecidopa: a qat o c. vaJo� ..
sas experiências tinham sido um
enorme fracasso- ...
O -Mayor» de Cincinati declarou em 1908 ao Conselho Municipal, que par d se dirigir um
automóvel eram necessários taise t mtos requisrtos. que nenhumhe rnern fisicamente suportaria talencargo.
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
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tes escovados duas vezes por dia O �',hábito da limpeza faz com que a pes- ;.'soa se- torne mais atraente.
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.!tjllo:�uito.s maridos dizem às suas esposas- f qua:njQ;' elas .são obesas), que acham Iin-
.
as" a� mulheres gordas. :"� ';R�pentinamente elas vêm a sua félicidade c
.
fugaI éV11eaçada e se esquecem de_que· o que concorreu para isso foi o seu
rer�x�m'!nto em não manter elegante a suasílhuêta."
" É"melhor prevenir, antes que seja tarde,��Aquí estão alguns conselhos que podemser .úteis a, inúmeras pessoas.
NÁ·O':�.... Ate�te §.e desculpar, dizendo qne você élt �'górda por natu!,eza. ..
. . ...... diga' qu·� nãor em importância o co" I
meI; dérnàsiado. Você sabe�
perfeita"
• 'mente, 'quanto isto é prejudicial. Quan. '
to mais s.e come� mais' se engorda._. : .. se aesculpe.' dizerido que Sua gordura
.
é prove'n}e'nte de mau funcionamento •
• : de- glând uías porq ue há dwersos mé-.,�..dicos que podem 'curar este mal.
• �-..� ,peiJÇ,e .de�se alim�nta.r, rI)a� o faça con '
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ímo"eraçãp. �':. • ;
.� .: se esqueça que"de,voc�,o;.p.9de depen-. • ,.
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CO�5ELHJ5 AOS JOVE NS
(Adaptação de Cosmopolitan)
Uma boa saúde é um dos mais valiosos dótes da vida. Os rapazes e moças.embora jovens, já estão em idade para as
sumir a responsabilidade de cuidar um pouco de sua saúde, não deixando este encar
go só para as mamães, Lembrem-se sem
pre que. com boa saúde e disposição ven
'e-se na vida com muito mais facilidade.Aqui estão cinco conselhos para os jovensque querem cuidar um pouco de si mes nos.
1 - Dormir o suficiente de 9 a 10 horas ou
mais - mas levantar sempre cedo.
2 -
3 -
.. .
.,
5 - Uma vsz por ano, deve-se consultar omédico, afim de fazer um exame gerale, de seis em seis meses) é aconselhavel uma. visita ao dentista " ..Jt.,
...
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Procure um médico e lhe peça uma diétaq�e dev�r'. ser seguida à risca, casonao prejudique a sua saude.
Lembre-se, qUI você deverá comer para viver e não viver para comer.
Tenh� em mente o corpo que você desejaria ter e pense que na vida há coisas�uito mais importantes do que as gulodices
Lembre-se sempre que a obesidade nuncapoderá tirar a nuvem que empana obrilho da sua felicidade .
Para gue n�,o perca sua felicidade, façaesde la alguma coisa para o seu próprio bem .
Se você necessita, realmente, de uma sllhuêta mais .esbelta, comece desde já, semesmorectrnentos, a lutar pelo seu Ideal .
, (Your Life)
....
J. ,
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
REPORTAGENS DE UMAÉPOCA
(Conclusão)dentro de um número de dificuldades financeiras:Anualmente, recebe dos cofres
do Estado e do Municipio, de«ajuda», as quantias de, respectivamente, Cr.' 20.000,00 e Cr.'6.000,00, ou sejam, mensalmente, Cr.$ 1.666.66 e Cr., 500,00!De contribuição de socios, mensalmente, cerca de Cr., 6.000,00.Há, por conseguinte, uma receita variavel de Cr.$ 8.166,60.Atendendo, em média, cerca de
235 indigentes, quinzenalmente,com o pagamento de Cr.$ 50,00e Cr.$ 90,00, para os que têmfilhos, à razão de Cr.S 10,00 pordescendente, temos que. mensalmente, há uma distribuição deCr.' 11.760,00, para uma rendato aI de Cí.$ 8.166,66!. :.. Há.como vemos, <deficit>, o qual écoberto com outros fundos, quaissejam de 'renda do Albergue Noturno, que tem salas alugadas.
Mas, como nos falam os dados acima, a' situação da Caixanão é das mais seguras e satisfatórias, porque, segundo afirmação de pessôa que lhe auxilia, a
receita tende a não suportar a
despeza. Há, ainda, a frizar quegrande é o número de indigentesque estão a pedir é vaga- paracontemplação de auxílios monetários. Grande, portanto, a res
ponsabilidade da Caixa ante o\ problema de atender aos que já
estão sendo aquinhoados e OS
que ainda aguardam os seus benefíciosComo, então, agi r ?
.
Os comerciantes. os funcionários públicos de vencimentos foIgados, os empregadores, os industriários, esses, sim, devemcoacorrer para aumento da re-
,. ....
,.
•
I.
ceita dessa associação, que possibilitará maior distribuição a
maior número de beneficiados.Vamos, senhores, ajudar à Cai
xa para que cumpra ela melhoras suas finalidades e teremos,então, resolvido o problema alarmante da mendicância em nossa
Capital.
«QUEM DÁ AOS POBRES ... lO
,..
"
Mercê de Deus, podemos con
tar, aínda.kom associações beneméritas que se propõem a assistir aos desherdados da fortuna.Mercê de Deus, à frente de taissociedades de beneficência, con
tamos com homens que se preocupam com a sórte dos seus
semelhantes. Mercê de Deus,contamos com a magnânimidadeda nossa gente boa, sempre pronta a ajudar entidades que realizam missão de arnõr e de caridade. Essas as razões porquesempre são vitoriosas, em nossa
terra, campanhas de filantropismo.
«Quem dá aos pobres .. lO
E, nós, que temos na Caixade Esmolas aos Indigentes de
Florianópolis, já de passado glorioso, sociedade necessarla, sentimo-nos felizes em comentar, emligeira reportagem, as suas rea
lizações, as suas diLculdades e
as suas vitórias.
Ío..
I
�"'d�Q, P"Q�a 15.
•
..
A E x' pDS i· C ã,
���
AlfaiatariaFORNEROLll
.
Elegância de s.eu corpo I
RUA TIRADENTES, 8
UNIFORMEEm Londres foi, há temr os,
detido o reverendo Maurice Kenal Exham. de 71 anos de id�da ex-vigario de uma paroquiapr�testante de Do.r�e.t, acusad�de usar uniforme militar, destinado a fazer crer. falsamente, queera capitão do exército. O d.tido teve de explicar-se peranteo tribunal judiciario de Bc�Street. O juiz absolveu-o e deixou-o ir em liberdade, por ter oacusado se justificado do seguinte modo: - A família de seu an
tepassado Sir Richard Exham,obteve, n� Século XII. o direitode usar traje militar perpetuamente; este privilégio lhe fOraconcedido por Hennque II, rormotivo de atos herõicos, praticados por Sir Richard Exham, durante a campanha da Irlanda; talprivilégio até à data atual nãofoi ainda revogado.
ROTATIVASHipólito Marinoni, o ÜlVe�t0f
das máquinas rotativas, era filhode um gendarme, nascido na Córsega, e em sua infância foi pastor de gado. Jamais se envergonhou de sua origem humilde e,
quando alguem admirava em seu
escrítérto um soberbo quadro, representando umas vacas, ele dizia: - Troyon as pintou e eu as
levava a pastar,
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A pagina publicada noutro 10-
cal deste número, sob Q titulo
acuna, é da autoria do festejadoornalista e beletrista catarinen-�r. Nereu Corrêa. Trata-se de O RISO E A LÁGRIMA... m trecho inédito da conferência Augusto de Lima, ue foi um
sobre Humberto de Campos que brilhante escritor e um magnifi-J autor vai publicar em volume, co poéta,admirava muito mais o
brevemente, CO'11 outros ensaios. sorriso, ou melhor, o riso, do que
É um belo e magnifico traba- a lágrima Em certa ocasião,lho de critica, dividido em vá- escreveu o seguinte:rios capítulos assim intitulados: «Todos pojem chorar e nada
Resgate de uma velha dívida", é tão vulgar como a lágrima, que-O ro nantismo de Humberto de é o derivativo da dôr, partílhaCa'11pJs., hoje publicado nesta 'os seres ariimados : mas só po-
revista; • Humberto de Campos, dem rir os indivíduos que pr -
d.estilista"; cO homem que cho- gridem para um grau superior. �.
rava estrelas"; -Um escritor sem As lágrimas correm todas ao es- «:mistérios, Humberto de
CJm-�tuário da mor ej extremo, cotí- ".\:
pos e M3c'1ad I de Assis", «1V{e,
. forto mas tambe horror, dos iJtamoríose .
,,\\';!mórias" e Hum!'.'., traces- O riso 'ria" \lperp n ....:
berro de Canpos, cronista. _, 1.,1;dó�
40
à derr�cada €!o organi�tTlQ,Nereu Corrêa, que escreve ....�. 'ornha s.éte!faj11en:.e Ga rPQrteJ en-
c im muita ele�ancia e cor:eçã�, �:ii!t!t cârando-a amo simples acídene uma das mais robustas Jntelt� t ou !JSD mi:stlc..Q rrõs labios daszencias da atual geração catar.:"�"t" mâf1ires Cr stães, ou riso estoíce
�ense. J� possue grande qag' r �'. � na fáce pálida dos que acreditam
uem iter ria, a rec iada a.
i e na, supervivência da virtude, ou
tóra d. Estad .. C� ·n�. a"'":' ro- riso filosófico, apenas denuncia-
uzir e "êrrriq-J er asJ tras ca.- do na olhar dós que consideram
àrinenses 1f�Y.�",:,)�:· -
a vida como elo ou íransicão na
�-
!f.. uaHct<!_49 al:,rade&ê.. '. :aj..a-
.
cadeia das transformaçõ�s terres-;a_"f� josa e br lp:an olao It� ,-�Cff.,. ,f1j(- tres. É que ele anestesia lodos
(,W _�............
� ..,1 � O� sofrimentos O riso partilhou,.. � .. - oU �
.
. -."'�. � ,.....f· I ����!!!!!!!!!!!!!!!!!!�������
S. M. cURA Do.\'iGI(rA'W��: ": ":.
bÚfdora, Senhorita Ida Testi.Em Porto Uriião,' I�' e�'" � ..... '. Bitíliotécãrlos, Teodoro Kep-
mente fundai a SaCIe :�e M.ú� :«' \ pen Sobrrnho e Ad �1irrs j Me5-sÍ_;:al !oj..iql
.
f) Ig çtl.:. ficand .� ire onorãrlo da ba:nda musical,Ir
"....a diretoria provlsõría .' mposfa professor Emílio Taboada.
j, d3S segu ntes pessõas i, Comissão de Estatutos, Her-
;.". Pres-dente de. Honra�.Dr. Lau- jninio Mílis (Redator do ante-,;. -
ro Soares : President Hermlnlo "�rojêtÕ), Rev. Frei Libório, Teo-� .�tilis; Vjce-Presid� Nataniel ,
doro Keppen SobrinhoJ Dr. Cid�tH1rsch; t Secretário, Prof. João
"
César Ferreira, Emilio Taboada;:. ; ,ilto Oaspan; 2' Se�rt>t4rjo, Rev.�·
• � FeUdo J. Domit.Frei Libório i 1." T�soureiro, fac,,;' :"f-:.t...
" «'At lalidades" a resenta à SoJlJac. \ViBy J�ng; 2' Tesour'eii'oJ' l.: ��ciedade votos de que a iniciati-
José Kretschek".t-....." .. >, \
vã<
consiga pleno exito.--------------------------------------------
) ROM . 'TIS \\0 DE
:-lU;\\BERTO DE CA. \POSF'or rrrotfvo-s de
presente ediçãoem circulHção
fo r-ç.. maior, Bsó foi postaem Abril.
- _I_ .......���.�.- _._._.�....
Réstaurante : �Estrêla----
II
II
." ."
•• Asseio e lcnntidãô'
nos séculos de maior despotismo, o cetro da realeza, quandoos bôbos da corte enganavam a
fidalguia insol te, tendo o su
premo privilégiç, vedado à própria coroa, das indiscríções, qlledevassam, e dQ5, sarcasmos, quefuImio ltJ.J Que vaI toda a �randeza e. Luiz XIV na sua espLen·do osa Versalhes" em face. da Ifsaüa d oliére, cujo relnadoainda cq_ntiQ.úé\, em plena republica. do. es
.
i�õ hurnaho. e cUJobrilh ,sempre vive t;paotem a
corte d atírníração universa .
Na;scido nas ..p1es!1las f es
psk.ológicas da d-ôr, ""o riso ílte é� /k'''''''''''
supertor.. porque através .� ebn-,trações muscular s, que lhes sãocomuns, não gem ,não sup icanão se humilha : julga, senttpdâ: ?'."condena e .. quase sempre perdoa, jJ..
� '"n, -�.iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii__
. " "
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PARA LIMPAR OBJETOSDE AÇOAs jóias, botões e objetos de
aço estão muito na moda e, àsvezes. é possivet aproveitar alguns que já há muito serviram,mas se encontram sujos. Para os
limpar, basta que se esfreguitttcom uma escova macia embebida em aguardente de vinho puro.Se tiverem uma grande superfície plana, esfregam-se com uma
pele de camurça ou com Q aves--50 de uma luva de pele.
Os outros põem-se à secar em'serradura, sacodem-se depois ,e,escovam-se com uma escova sei<>a par-a tirar as partículas de serradura.
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beneficiadas:PINHO, CAN.ÉLA, CEDRO, IMBUIA,
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