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1 Exame de Ordem, você sabe o que esperar? Rodrigo Bello Advogado Palestrante Autor da obra Prático Profissional de Direito Penal – Ed. Jus Podivum Pós-Graduado Lato Sensu em Ciências Criminais pela UGF-RJ Contribuidor do Instituto Millenium Professor de Processo Penal e Leis Especiais nos seguintes cursos: Curso Jurídico - Curitiba Paraná Curso Forum - Rio de Janeiro Curso Forum TV On-Line Curso Lexus - Barra da Tijuca Rio de Janeiro Curso Cejus - Salvador - Bahia Curso Lumen - Recife - Pernambuco Rede Interasat Rede Ejufe Atualmente o Exame da OAB tem verdadeiro contorno de Concurso Público. Pergunto-lhes, para iniciarmos nossa conversa de reflexão sobre o exame: Seria razoável a banca examinadora de um concurso público, exigir, por parte do candidato, a aferição de conhecimentos doutrinários, jurisprudenciais e legislativos? Provavelmente sua resposta será afirmativa. É tendência natural de todos os concursos públicos no Brasil se cobrar essa gama de conhecimentos jurídicos por parte do candidato. Nesse aspecto que começamos a, literalmente, mudarmos nossa postura em relação ao “Exame” (entre aspas propositadamente) de Ordem. Acreditem. Este montante de informações também é exigido no Exame de Ordem. Assim, estamos diante de um verdadeiro Concurso de Ordem. Não se faz mais hoje uma simples aferição da graduação. Basta imaginar que muitas questões vistas no exame nunca foram vistas na faculdade. Em primeiro lugar, portanto, devemos nos conformar que o que se antigamente convencionou chamar de Exame de Ordem, hoje se transformou numa prova complicada, intrigante, com 80 questões que exigem do futuro advogado o conhecimento não só da lei, como também de aspectos doutrinários e jurisprudenciais. Hoje estamos diante de um Concurso Público para se obter a carteira de advogado, verdade seja dita. Críticas à parte sobre essa questão são muitas,

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Exame de Ordem, você sabe o que esperar?

Rodrigo Bello

Advogado Palestrante

Autor da obra Prático Profissional de Direito Penal – Ed. Jus Podivum Pós-Graduado Lato Sensu em Ciências Criminais pela UGF-RJ

Contribuidor do Instituto Millenium Professor de Processo Penal e Leis Especiais nos seguintes cursos:

Curso Jurídico - Curitiba Paraná Curso Forum - Rio de Janeiro

Curso Forum TV On-Line Curso Lexus - Barra da Tijuca Rio de Janeiro

Curso Cejus - Salvador - Bahia Curso Lumen - Recife - Pernambuco

Rede Interasat Rede Ejufe

Atualmente o Exame da OAB tem verdadeiro contorno de Concurso

Público. Pergunto-lhes, para iniciarmos nossa conversa de reflexão sobre o

exame: Seria razoável a banca examinadora de um concurso público, exigir,

por parte do candidato, a aferição de conhecimentos doutrinários,

jurisprudenciais e legislativos? Provavelmente sua resposta será afirmativa. É

tendência natural de todos os concursos públicos no Brasil se cobrar essa

gama de conhecimentos jurídicos por parte do candidato. Nesse aspecto que

começamos a, literalmente, mudarmos nossa postura em relação ao “Exame”

(entre aspas propositadamente) de Ordem.

Acreditem. Este montante de informações também é exigido no Exame

de Ordem. Assim, estamos diante de um verdadeiro Concurso de Ordem. Não

se faz mais hoje uma simples aferição da graduação. Basta imaginar que

muitas questões vistas no exame nunca foram vistas na faculdade.

Em primeiro lugar, portanto, devemos nos conformar que o que se

antigamente convencionou chamar de Exame de Ordem, hoje se transformou

numa prova complicada, intrigante, com 80 questões que exigem do futuro

advogado o conhecimento não só da lei, como também de aspectos

doutrinários e jurisprudenciais.

Hoje estamos diante de um Concurso Público para se obter a carteira de

advogado, verdade seja dita. Críticas à parte sobre essa questão são muitas,

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discussões calorosas são travadas, mas acreditamos que essa adversidade que

nos colocaram, a melhor saída, inteligente é se preparar com qualidade,

técnica e planejamento.

Partindo desse princípio, a luz da esperança se acende para a futura

aprovação. Não menosprezar o Exame, reconhecer fragilidades em certos

ramos da ciência jurídica e acreditar na aprovação são fundamentais neste

início. Vale observar que não basta isso para obtermos uma aprovação.

Ao longo de nossa experiência como professor em cursos preparatórios,

às vezes nos deparamos com sintomas de reprovação, e um dos mais famosos

deles é a prepotência. Aquele candidato que acredita ter feito uma excelente

faculdade, estagia em escritório famoso ou até mesmo inicia sua experiência

profissional em órgãos públicos gabaritados, ou ainda que possui entes

familiares com renome jurídico simplesmente, por serem detentores de tais

prerrogativas, se acham no direito de não estudar. Inocência, diríamos.

Encarar o Exame da OAB com humildade é uma postura madura,

coerente, sensata e inteligente. Pergunte-se: Durante os 5 anos de faculdade

você levava o código pra sala de aula e sempre estudava com ele?

É nítida a intenção de mudança exigida pela OAB. Mudança

comportamental, valorização da profissão com uma prova difícil. Se isto esta

mudando porque continuarmos estáticos?

Mude. Programa-se. Treine. Leia, pois acredite: A OAB quer isso.