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I Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas I Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelas autoria . Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientais equipe . Alexandre Hodapp | Andrea Castro | Daniela Perre | Fernando Rodrigues | Rafael Borges localização . São Bernardo do Campo, SP data do projeto . 2012-2014 contratante . Município de São Bernardo do Campo BATISTINI, RUA DAS FLORES E VILA DO BOSQUE área de reassentamento (contígua ao núcleo) unidades consolidadas unidades produzidas equipamentos comunitários produzidos Localizados na Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Billings, no município de São Bernardo do Campo, os assentamentos Batistini, Rua das Flores e Vila do Bosque contarão com ações que incluem não só obras de urbanização, produção habitacional e de edificações comerciais e de uso comunitário, como também aquelas relacionadas à recuperação ambiental, regularização fundiária e desenvolvimento social. A configuração atual dos assentamentos em questão se deu a partir da década de 1990, através de ocupações espontâneas, bem como, através de ações do poder público que alojou ali famílias removidas de áreas afetadas por enchentes. Esta ocupação provisória, acabou transformando-se em definitiva e determinando dois modos de ocupação do espaço com características distintas: um mais consolidável, com vias definidas e pequenos lotes regulares e outra desordenada, com vielas estreitas e moradias superpostas. Estão situados em matrículas públicas da PMSBC, com área de aproximadamente 100 mil m². O levantamento cadastrou 1.968 imóveis, predominantemente de uso residencial (87%) e de baixa renda (70% até 3 SM vigentes na época do cadastro). A ocupação é extremamente densa, 808 hab/ha nas porções edificadas, mas conta com alguns vazios (dois campos de futebol e uma área de mata) que serviram como “respiros” para o novo parcelamento. O Diagnóstico Integrado contou com análises socio-econômica, urbanística, ambiental, fundiária e de infraestrutura. Além disso, foram realizadas oficinas temáticas com a população para levantamento de demandas e para trabalhar conceitos ambientais e de urbanização. A avaliação combinada dos mapeamentos de precariedade do imóvel, da ocupação e da infraestrutura resultou na consolidação de 75% dos imóveis. As moradias consolidadas receberão kits de melhorias de acordo com os problemas levantados caso a caso. Alguns imóveis serão removidos (25%) por estarem em áreas de risco, por serem imóveis muito precários ou pela necessidade de passagem de infraestrutura. Entre eles, cerca de 65% serão atendidos na própria área da urbanização e 35% na área de reassentamento contígua. Na área da urbanização, a reposição de moradias será feita através de duas tipologias: uma unifamiliar evolutiva, concebida para ocupar um lote isolado onde havia uma unidade precária cercada de consolidáveis (inicialmente térrea com 1 dormitório, podendo ser ampliada pelo morador); a outra tipologia é um edifício de três pavimentos, com unidades de 1 e 2 dormitórios, adaptado ao gabarito existente e podendo ser geminado em uma das faces aos imóveis consolidados. Foi ainda prevista uma tipologia para a reposição de usos comerciais e religiosos. Os equipamentos comunitários removidos também serão repostos: dois campos de futebol serão substituídos por um único, de melhor qualidade, a ser compartilhado pelos dois clubes locais, cujas sedes serão transferidas para um novo Centro Esportivo, com vestiários e salão para eventos. A Associação de Moradores, ocupará um novo edifício com melhor qualidade construtiva e inserção próxima a outros equipamentos comunitários. Contíguo à área da urbanização há um terreno municipal cedido à Associação Santo Inácio (entidade de inclusão de jovens com deficiência mental). Parte desse terreno será utilizado como área de reassentamento, onde serão construídas habitações para as famílias a serem transferidas do núcleo e de dois assentamentos da área de mananciais. A Associação Santo Inácio terá seus edifícios reconstruídos em uma porção menor deste mesmo terreno. Por limitações do PMCMV, o projeto que previa áreas públicas entre os edifícios com unidades de 1, 2 e 3 dormitórios, passou a ser organizado em condomínios com apenas 2 dormitórios. Com relação a infraestrutura pública de todo o núcleo, teremos: correção de todas as áreas de risco geotécnico; fornecimento de água potável e de energia elétrica, coleta e afastamento de esgoto sanitário; drenagem de águas pluviais, coleta de resíduos sólidos, readequação do sistema viário e pavimentação das ruas; aumento das áreas verdes e das áreas permeáveis (apesar da canalização do córrego e da descaracterização das APPs, em virtude da consolidação da ocupação) e espaços públicos verdes e de lazer, a partir da criação de 3 novas praças: Praça da Memória - um talvegue com recuperação ambiental onde havia uma das nascentes, encaminhando as águas pluviais para a drenagem subterrânea; Praça do Olho D’água - o córrego canalizado ficará a céu aberto neste trecho; Praça Institucional - articulará os novos equipamentos comunitários e abrigará uma arquibancada para o campo de futebol e uma pista de skate. DIAGNÓSTICO unidades habitacionais evolutivas em lotes resultantes de remoções isoladas centro esportivo e praça institucional praça da memória praça do olho d’água passagem de pedestres quebrando quadras muito extensas novos condomínios na área de reassentamento PROJETO DE URBANIZAÇÃO UHs precárias a serem removidas miolos de quadra com difícil acesso risco de deslizamento poucos acessos ao núcleo área de risco de alagamento associação santo inácio novos condomínios na área de reassentamento ecoponto centro esportivo e praça institucional associação de moradores academia da saúde praça do olho d’água praça central praça da memória passagem de pedestres quebrando quadras muito extensas unidades habitacionais evolutivas em lotes resultantes de remoções isoladas 2 1 5 3 4 6 1 2 3 4 5 6

BATISTINI, RUA DAS FLORES E VILA DO BOSQUE

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I Seminário Nacional sobre Urbanização de FavelasI Seminário Nacional sobre Urbanização de Favelasautoria . Peabiru Trabalhos Comunitários e Ambientaisequipe . Alexandre Hodapp | Andrea Castro | Daniela Perre | Fernando Rodrigues | Rafael Borgeslocalização . São Bernardo do Campo, SPdata do projeto . 2012-2014contratante . Município de São Bernardo do Campo

BATISTINI, RUA DAS FLORES E VILA DO BOSQUE

área de reassentamento (contígua ao núcleo) unidades consolidadas unidades produzidas equipamentos comunitários produzidos

Localizados na Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia

Billings, no município de São Bernardo do Campo, os assentamentos Batistini,

Rua das Flores e Vila do Bosque contarão com ações que incluem não só obras

de urbanização, produção habitacional e de edifi cações comerciais e

de uso comunitário, como também aquelas relacionadas à recuperação ambiental, regularização fundiária e desenvolvimento social.

A confi guração atual dos assentamentos em questão se deu a partir da

década de 1990, através de ocupações espontâneas, bem como, através de

ações do poder público que alojou ali famílias removidas de áreas afetadas por

enchentes. Esta ocupação provisória, acabou transformando-se em defi nitiva e

determinando dois modos de ocupação do espaço com características distintas:

um mais consolidável, com vias defi nidas e pequenos lotes regulares e outra

desordenada, com vielas estreitas e moradias superpostas.

Estão situados em matrículas públicas da PMSBC, com área de

aproximadamente 100 mil m². O levantamento cadastrou 1.968 imóveis,

predominantemente de uso residencial (87%) e de baixa renda (70% até 3 SM

vigentes na época do cadastro). A ocupação é extremamente densa, 808 hab/ha

nas porções edifi cadas, mas conta com alguns vazios (dois campos de futebol e

uma área de mata) que serviram como “respiros” para o novo parcelamento.

O Diagnóstico Integrado contou com análises socio-econômica,

urbanística, ambiental, fundiária e de infraestrutura. Além disso, foram realizadas

ofi cinas temáticas com a população para levantamento de demandas e para

trabalhar conceitos ambientais e de urbanização. A avaliação combinada dos

mapeamentos de precariedade do imóvel, da ocupação e da infraestrutura

resultou na consolidação de 75% dos imóveis.

As moradias consolidadas receberão kits de melhorias de acordo

com os problemas levantados caso a caso. Alguns imóveis serão removidos

(25%) por estarem em áreas de risco, por serem imóveis muito precários

ou pela necessidade de passagem de infraestrutura. Entre eles, cerca de

65% serão atendidos na própria área da urbanização e 35% na área de

reassentamento contígua. Na área da urbanização, a reposição de moradias

será feita através de duas tipologias: uma unifamiliar evolutiva, concebida

para ocupar um lote isolado onde havia uma unidade precária cercada de

consolidáveis (inicialmente térrea com 1 dormitório, podendo ser ampliada

pelo morador); a outra tipologia é um edifício de três pavimentos, com

unidades de 1 e 2 dormitórios, adaptado ao gabarito existente e podendo

ser geminado em uma das faces aos imóveis consolidados. Foi ainda prevista

uma tipologia para a reposição de usos comerciais e religiosos.

Os equipamentos comunitários removidos também serão repostos:

dois campos de futebol serão substituídos por um único, de melhor

qualidade, a ser compartilhado pelos dois clubes locais, cujas sedes serão

transferidas para um novo Centro Esportivo, com vestiários e salão para

eventos. A Associação de Moradores, ocupará um novo edifício com melhor

qualidade construtiva e inserção próxima a outros equipamentos comunitários.

Contíguo à área da urbanização há um terreno municipal cedido à

Associação Santo Inácio (entidade de inclusão de jovens com defi ciência

mental). Parte desse terreno será utilizado como área de reassentamento,

onde serão construídas habitações para as famílias a serem transferidas do

núcleo e de dois assentamentos da área de mananciais. A Associação Santo

Inácio terá seus edifícios reconstruídos em uma porção menor deste mesmo

terreno. Por limitações do PMCMV, o projeto que previa áreas públicas entre

os edifícios com unidades de 1, 2 e 3 dormitórios, passou a ser organizado

em condomínios com apenas 2 dormitórios.

Com relação a infraestrutura pública de todo o núcleo, teremos:

correção de todas as áreas de risco geotécnico; fornecimento de água

potável e de energia elétrica, coleta e afastamento de esgoto sanitário;

drenagem de águas pluviais, coleta de resíduos sólidos, readequação do

sistema viário e pavimentação das ruas; aumento das áreas verdes e das

áreas permeáveis (apesar da canalização do córrego e da descaracterização

das APPs, em virtude da consolidação da ocupação) e espaços públicos

verdes e de lazer, a partir da criação de 3 novas praças: Praça da Memória

- um talvegue com recuperação ambiental onde havia uma das nascentes,

encaminhando as águas pluviais para a drenagem subterrânea; Praça do Olho D’água - o córrego canalizado fi cará a céu aberto neste trecho; Praça Institucional - articulará os novos equipamentos comunitários e abrigará

uma arquibancada para o campo de futebol e uma pista de skate.

DIAGNÓSTICO

unidades habitacionais evolutivas em lotes resultantes de remoções isoladas

centro esportivo e praça institucional

praça da memória

praça do olho d’água

passagem de pedestres quebrando quadras muito extensas novos condomínios na área de reassentamento

PROJETO DE URBANIZAÇÃO

UHs precárias a serem

removidas

miolos de quadra com difícil acesso

risco de deslizamento

poucos acessos ao núcleo

área de risco de alagamento

associação santo inácio

novos condomínios na área

de reassentamento

ecoponto

centro esportivo e praça institucional

associação de moradores

academia da saúde

praça do olho d’água

praça central

praça da memória

passagem de pedestres quebrando

quadras muito extensas

unidades habitacionais evolutivas em

lotes resultantes de remoções isoladas

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