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VIDAGO VISEU SERTÃ TORRÃO CASTELO DE VIDE Página 10 Página 12 Página 14 Página 27 Página 11 Páginas 16 e 17 Página 15 Página 32 Página 9 Página 13 TRIBUTO AO BOMBEIRO TRIBUTO AO BOMBEIRO BARREIRO SEIXAL CENTENAS EM MANOBRAS OEIRAS HUMBERTO COELHO UNESCO OPERACIONALIDADE NO CENTRO HISTÓRICO «TEMOS QUE APOIAR OS NOSSOS BOMBEIROS» LIGA PONDERA CANDIDATURA J UNHO DE 2014 EDIÇÃO: 333 ANO: XXXI 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA Fotos: Marques Valentim

BARREIRO TRIBUTO AO BOMBEIRO - Página Inicial · mentira, a vida sobre a morte. Sim, “vinde e vede”! O amor é mais forte, o amor dá vida, o amor faz florescer a esperança

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VIDAGO VISEU SERTÃ TORRÃO CASTELO DE VIDE

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Página 13

TRIBUTOAO BOMBEIRO

TRIBUTOAO BOMBEIRO

BARREIRO

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CENTENAS EM MANOBRAS

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«TEMOS QUE APOIAROS NOSSOS BOMBEIROS» LIGA PONDERA CANDIDATURA

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2 JUNHO 2014

Voltamos a ser notíciaPensei várias vezes se devia voltar ao as-

sunto, se devia, pura e simplesmente, qua-se repetir aquilo que aqui escrevi o ano

passado ou em anteriores, ou tentar apurar se haverá algo de novo a dizer. Acabei por me de-cidir escrever.

Mais uma vez, os bombeiros voltam a ser no-tícia na comunicação social lida, vista e ouvida.

Mais uma vez, um tema dessa dimensão, conteúdo sério e risco grave como é o combate aos incêndios florestais, é abordado a par de outros, frívolos e leves, como sejam as dietas de verão, a moda, os destinos de férias ou a ocupação dos tempos livres.

Um conjunto típico de temas repetidos ano após ano a cada período de “silly season” ou “dolce far niente” característico de férias e lazer.

A presença dos bombeiros nas notícias, na esmagadora maioria dos casos, assenta em ra-zões que até lhes são alheias e a propósito de um “peditório” para o qual também já muito de-ram.

Não vou aqui falar dessas razões, por demais conhecidas e citadas. Teria que falar da preven-ção contra os incêndios, mas não o vou fazer. Falaria do desordenamento florestal, mas não o vou fazer. Falaria do incumprimento das limpe-zas da floresta e da zona envolvente das habi-tações próximas, mas não o vou fazer. Outros repetidamente o farão, sem grande saída para além de dizerem mais do mesmo.

Até acredito que, nalguns casos, apesar de tudo, tenha havido tímidas alterações. Há sinais disso. Mas que tardam em replicar e a ganhar escala, tardam em ser visíveis, tardam em ser eficazes, tardam em mostrar que por elas, este ano, os bombeiros poderão começar a ter a vida mais facilitada.

No arranque do DECIF eis que surgem, de novo, dúvidas sobre a dimensão dos meios, so-bre a sua suficiência para o que se espera, so-

bre os meios aéreos, envergadura e posiciona-mento e tantas outras.

Estranhamente, a par disso, como bem refe-riu o ministro Miguel Macedo, ninguém foi cui-dar de saber o que foi ou não feito no domínio da prevenção no período que antecedeu o DE-CIF.

Até prova em contrário, em face do histórico, ninguém pode dizer que o dispositivo é suficien-te. Até por que, em boa verdade, não se destina só a intervir no limite da cadeia das outras ac-ções previstas, incluindo a prevenção, mas, tão somente a fazer tudo aquilo que antes ninguém fez como devia ser ou, simplesmente, não fez.

Assim, muito para além do combate, o Dispo-sitivo vai, de novo, “tapar” as demissões, insu-ficiências, ineficácias e erros de outros.

E, também como é sabido, não obstante cor-responder a uns reduzidos 6 por cento da acti-vidade global dos bombeiros ao longo do ano, o

Dispositivo vai crescendo e tornando-se finan-ceiramente cada vez mais pesado enquanto, se tivermos em conta a mesma lógica e a devida proporção, não há a mesma cobertura para o fogo industrial e urbano.

Poderemos dizer que, em abono da verdade, comparando os diferentes cenários, os respecti-vos apoios estão precisamente no inverso da sua dimensão. Mais apoios para o combate aos incêndios florestais, que representam 6 por cento, contra a falta de apoios para o combate aos incêndios industriais, urbanos e pré-hospi-talar, que representam as restantes 84 por cen-to de intervenções dos bombeiros.

Trata-se de uma disparidade grave que apon-ta uma urgente e séria abordagem do fenóme-no do socorro e dos custos associados, sociais e económicos.

Segundo alguns, esta disparidade fica a de-ver-se à exposição mediática que os incêndios

florestais suscitam e às incomodidades políticas que lhes estão associadas.

Tentar salvaguardar a sustentabilidade das associações sem inverter esta situação é, ape-nas, de novo, escamotear a realidade, como su-cessivos responsáveis têm feito.

Todos defendemos que as associações de bombeiros devem procurar meios alternativos de financiamento. Mas, se isso não tiver como principal objectivo dispensar ou demitir as au-tarquias e o Estado de suportar as tarefas dele-gadas nos bombeiros.

Lembremos, é voz corrente, que o então SNB começou por receber e distribuir integralmente as verbas que se destinavam aos bombeiros. De-pois, com o andar dos tempos e das mudanças suscitadas por ardilosos truques legislativos, es-sas verbas foram passando cumulativamente a ter outros fins. E a fatia do Orçamento de Estado, que se destinava a suportar os serviços, passou também percentualmente a diminuir. Depois, com o tempo, foram-se somando subsídios e montantes avulso com critérios de atribuição desconhecidos ou mal explicados. O dos combus-tíveis era o mais gritante e nunca explicado.

Depois, com o tempo, surgiu o actual PPC, tão provisório quanto cada vez mais injusto, apesar dos acertos e breves actualizações que foram introduzidas. Atitude, cuja bondade não está em causa, mas que continua a fazer tardar a solução de fundo.

Dirão que esta é talvez a pior altura para abordar a questão, face à crise e à falta de re-cursos. Nem sei se haverá melhor ou pior altura para o fazer. Enquanto houver associações vizi-nhas em que uma recebe de PPC, precisamen-te, e apenas, um terço do que a outra recebe, tardará sempre em fazer-se justiça e em garan-tir a equidade.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

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Os Bombeiros Voluntários de Algés perderam, aos

97 anos de idade, o bombeiro de 3ª do Quadro de Honra, Artur Apolinário da Silva, de-tentor do crachá de ouro da

Liga de Bombeiros Portugue-ses.

Segundo informação que nos chegou através do co-mandante Carlos Carvalho, o corpo esteve em câmara ar-

dente no quartel dos Volun-tários de Algés, onde se rea-lizou missa de corpo presen-te, seguindo-se o funeral para o cemitério de Carnaxi-de.

ALGÉS

Faleceu bombeiro com 97 anos

O Papa Francisco, em mensagem enviada ao

Padre José Manuel da Silva, Capelão Nacional dos Bom-beiros Portugueses, pede “que continuem a rezar por ele e pelo seu serviço à Igre-ja, no desempenho do qual lhes concede a implorada Bênção Apostólica”.

O Papa terminava assim a resposta à missiva que o Pa-dre José Manuel lhe havia enviado em nome dos Bombeiros Portugueses pelo aniversário da sua eleição para Sucessor de Pedro e pela ressurreição de Cristo Senhor, dando nota “do testemunho da primavera cristã, repleta de alegria e esperança, que desponta hoje nas 430 Associações de Bombeiros Portugueses e das Instituições que as apoiam”.

“Agradecido pelas suas palavras e vendo como nelas ecoa a feliz notícia da ressurrei-ção, o Papa Francisco sente ainda mais von-tade e força para dizer a todos: “Christus surrexit, venite et videte – Cristou ressusci-tou, vinde e vede” como n´Ele o amor triun-fou sobre o ódio, a misericórdia sobre o pe-cado, o bem sobre o mal, a verdade sobre a

mentira, a vida sobre a morte. Sim, “vinde e vede”! O amor é mais forte, o amor dá vida, o amor faz florescer a esperança no deserto”. E é “com esta jubilosa certeza no coração que o Papa Francisco gostava de ver presen-te na vida de todos” que “pede ao Capelão dos Bombeiros Portugueses que continuem a rezar por ele”.

Esta mensagem foi lida pelo Padre José Ma-nuel, perante a surpresa dos presentes, no início da missa celebrada a propósito do Dia do Bombeiros Português, no Barreiro, caracte-rizando-a como um “recado” do Papa para to-dos, em geral, mas particularmente dirigida aos bombeiros, comandos e dirigentes e suas famílias.

[email protected]

O recado do Papa FranciscoCerca de seis dezenas de cidadãos participaram já

na campanha lançada pelo Grupo Benévolo de Dadores de Sangue (GBDS) da Asso-ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, efetuada em par-ceria com o Instituto Portu-guês do Sangue e da Trans-plantação.

A ação prossegue no dia 19 de julho, na Costa de Caparica das 9 às 13h e no dia 27 de setembro no quartel Bombeiros Voluntá-rios de Cacilhas, das 9 às 13h

CACILHAS

Campanha bem-sucedida

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3JUNHO 2014

Apontar para o futuroComo repetidamente tenho dito

nas minhas intervenções, vive-mos tempos que nos apontam o

futuro, não como mera fuga à reali-dade e à crise, mas como atitude pró--activa para encarar e vencer as difi-culdades que as Associações e os Bombeiros Portugueses têm sentido.

Importa igualmente fazer o balan-ço do passado, analisá-lo e aprender com ele. Sempre defendi essa postu-ra. Mas desde que não reduzamos esse balanço a uma atitude de mero revivalismo e saudosismo de situa-ções e momentos nos termos preci-sos em que aconteceram, serão irre-petíveis. Do passado herdámos coi-sas boas e coisas más. Lembre-se, nem tudo foi bom ou tão bem feito como agora alguns parece quererem fazer crer.

Importa, de forma aberta, crítica e construtiva analisar o que de bom e mau se passou no Universo dos Bom-beiros. Saibamos analisar tudo isso, cientes da importância de valorizar e apontar boas práticas do passado e de poder recolher através delas no-vas propostas desde que assumidas à luz da realidade actual. Mas, tam-bém, com a mesma abertura, saiba-mos apontar o que de mal se passou e como é desejável, não só aprender com isso, mas e também evitar a sua repetição.

Ao longo do tempo, os Bombeiros foram ganhando muitas coisas mas também foram perdendo outras. Fo-ram razões diversas e circunstâncias próprias que ditaram muitos desses desfechos. Ao longo dos anos, do meu canto, de comandante, dirigente local e federativo de Bombeiros, como outros, fui enaltecendo as vitó-rias não deixei de ser crítico e direto em apontar as perdas, mas também apresentando soluções. Disse tudo isso em tempo útil e quando devia. Nunca fiz processos de intenção, fos-se a quem fosse. Nunca deixei de en-tender que, se por vezes as coisas nem sempre correram de feição, foi porventura contra a vontade e a de-terminação de alguns dos nossos diri-gentes. Acredito.

Importa, por isso, fazer a análise conjunta do que se perdeu e ganhou longe de ajustes de contas ou postu-ras oportunistas. Se não fizermos a análise nos dois sentidos ficaremos com uma perspectiva errada do que na realidade se passou, sobre o que, de facto, se ganhou e o que se per-deu.

Acreditámos piamente que o SNB, como modelo, foi nosso e que o per-demos. A bondade da convicção de posse pode, contudo, esconder de facto a realidade dos factos e distor-cer a verdade histórica.

O SNB foi uma revindicação muito desejada, é verdade. Foi um objecti-vo alcançado, sem dúvida. Mas con-sequente e sucessivamente fomo-lo perdendo. Nem todos encararam, en-tão, a situação desse modo. Ou por estarem tão embrenhados quanto desatentos, ou por acreditarem que seria possível dar a volta e retroceder o trajecto e as vontades políticas que entretanto se foram adivinhando. Lembro-me de várias vezes falar nis-so, como também de ser apelidado de derrotista ou invejoso, tendo até por vezes ficado a pregar no deserto.

Fui dos que, sem dúvida, defendeu sempre o SNB. Mas a questão princi-pal, pese embora o peso relativo que isso possa ter, nunca esteve na mu-dança de nomenclatura mas nas mu-danças de filosofia e cultura que se foram verificando na estrutura. Que, pelos vistos, nem todos vislumbrá-mos em tempo útil nem conseguimos atenuar ou atempadamente travar.

Hoje todos estamos a sofrer as consequências disso. E, como já dis-se, não faço processo de intenções contra quem não conseguiu ou não se empenhou devidamente nessa ta-refa. Quem fez, fez, e quem faz o que pode e sabe a mais não é obriga-do.

Por isso, não vale a pena os res-sentimentos ou recriminações tar-dias nem os justificativos cronológi-cos ou outros que vão, frequente-mente, saltando da cartola de al-guns.

O que deve valer hoje é pensar com responsabilidade e apontar ca-minhos para o futuro. Importa focali-zarmo-nos no essencial, recuperar o que for possível mas, sem dúvida, varrer os eventuais escolhos que ain-

da permaneçam no caminho, para que não nos possam tolher nem o passo, nem o pensamento. Acreditar, sempre, que saberemos, construir em conjunto as mudanças que se nos surjam, com ambição, mas também com lealdade mútua, honestidade in-telectual e ética pessoal. Todos, so-mos muito poucos, para o tanto, muito, que ainda há para fazer

Mas se alguém pretende restaurar o passado, simplesmente, de forma acrítica e apologética, como alguns fazem crer ser possível e útil, é um objectivo condenado ao fracasso. Co-migo não vão contar, garantidamen-te.

Os temas que têm vindo a ser elencados, muitos deles, estão na or-dem do dia. Direi até que serão con-sensuais, unânimes. A questão, por isso, está na metodologia e estraté-gia. Logo, no balanço do que cada um, de facto, já fez ou pretende fa-zer para os atingir.

Eu, sempre subscrevi esses temas, seja a Lei do Financiamento, o Co-mando Autónomo, Direcção Nacional de Bombeiros Independente e Autó-noma ou o Apoio Social e Incentivos

ao Voluntariado, Saúde/INEM, entre muitos outros. Apesar do mau estar que a minha postura possa ter pro-vocado naqueles que nem sempre os defenderam como agora parecem fa-zer crer. Só que, e passe a imodéstia, há que, no mínimo, respeitar os di-reitos de autor.

Reconhecerão que, ao contrário desses, estive sempre do mesmo lado, do lado da busca de soluções, com todas as consequências e da-nos, até pessoais, que isso possa ter acarretado ou venha a provocar no futuro.

Houve até quem tivesse balançado a jeito, ora entre o problema e a so-lução, em função do lado da bancada em que se podiam posicionar. A his-tória não perdoa imprecisões ou te-ses dúbias, ou se é ou não é. Agora, ao sabor dos interesses pessoais, é que nunca.

Por mim, estive sempre do mesmo lado, com a minha forma de estar e de ser, por vezes até irreverente e truculenta, mas também, desde sempre, com as minhas convicções inabaláveis de Bombeiro Voluntário de Portugal.

Hoje, essas convicções mantêm-se fortemente ativas como o tem prova-do o muito trabalho realizado. Mas não estou satisfeito, longe disso. Por essa razão, quero continuar a lutar por mais e melhor para os Bombeiros Portugueses.

A austeridade e a crise não dão tréguas, não facilitam o trabalho, ao contrário das condições bem melho-res de que, porventura, outros bene-ficiaram no passado. Mas isso, não nos desculpa nem desmotiva. Como tal, não vamos baixar os braços, apesar da situação tão adversa, com que nos confrontamos. E, afirmo-o, sincera e convictamente, desejo con-tar com a ajuda de todos nesta mis-são tão difícil quão estimulante. Sem excepções.

Que fique bem claro: Nos desafios actuais e futuros desejo poder contar com todos, mesmo com aqueles, poucos, que por ora, parecem não querer estar connosco.

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4 JUNHO 2014

O novo presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Major-General Francis-

co Grave Pereira, deslocou-se, no passado dia cin-co de junho, à sede da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, para a habitual apresentação de cumpri-mentos. O encontro com o presidente da Liga e com alguns dos membros do conselho executivo, serviu para uma primeira troca de impressões so-bre algumas das matérias que continuam na or-dem do dia: modernização da atual legislação (Lei de Bases de Proteção Civil e Lei Orgânica da ANPC) e melhoria das condições de trabalho dos princi-pais agentes de proteção civil. A Liga mostrou ain-da a sua preocupação face às limitações da Dire-ção Nacional de Bombeiros, a qual deve conquis-tar, no entender da Confederação, mais “autono-mia” e “competências”. O tema da Lei de Financiamento foi também apresentado neste en-contro informal como uma das principais preocu-

pações dos bombeiros portugueses que defendem que só com um novo modelo de financiamento po-derá ser “salvaguardada” a estabilidade das asso-ciações e corpos de bombeiros. A Liga fez ainda saber ao novo responsável da ANPC que é “urgen-te” apostar em novos incentivos ao voluntariado como forma de garantir o “socorro” às populações.

No final desta reunião, Jaime Marta Soares refe-riu ao “BP” que, apesar dos temas terem sido abordados de forma genérica, dado o contexto deste encontro, ficou bem patente a “recetividade” do novo presidente para a discussão dos dossiês em causa. “Os bombeiros não exigem a lua quan-do não têm a terra, mas não vão desistir da melho-ria das suas condições. Foi isto que dissemos ao Senhor General e ele deixou bem claro que o futu-ro só se constrói na base do diálogo e da disponi-bilidade”, referiu Marta Soares.

PC

VISITA INSTITUCIONAL À SEDE DA LIGA

Grave Pereira deixa promessas de diálogo

O Governo aprovou, no passado dia 19 de junho, um regime excecional que permite

dispensar os funcionários públicos que sejam bombeiros para combaterem os incêndios flo-restais durante o verão. Segundo o comuni-cado final do Conselho de Ministro, foi apro-vado “um regime excecional de dispensa de serviço público dos trabalhadores da Adminis-tração Pública que cumulativamente dete-nham a qualidade de bombeiro voluntário,

quando sejam chamados pelo respetivo corpo de bombeiros para combater um incêndio flo-restal”. Tal como em anos anteriores, a reso-lução aplica-se aos funcionários, agentes e demais trabalhadores da Administração Públi-ca direta e indireta, incluindo a autónoma, considerando a necessidade do país dispor de todos os meios públicos para o combate aos incêndios.

PC

DISPENSA PARA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Bombeiros com vida facilitada

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Já foi publicada em Diário da República a porta-ria que consagra os aumentos no valor dos se-

guros contra acidentes pessoais dos bombeiros voluntários e profissionais. A portaria contempla elementos do quadro de comando e ativo, ele-mentos dos órgãos executivos das associações humanitárias de bombeiros e da Liga dos Bom-beiros Portugueses, infantes e cadetes.

Assim, o seguro de acidentes pessoais prevê uma indemnização igual a 250 vezes o salário mí-nimo nacional em caso de morte ou invalidez per-manente e o pagamento até 0,15 vezes do salá-rio mínimo nacional, por dia, por incapacidade temporária parcial ou total. As despesas de trata-mento e medicamentos terão uma indemnização até ao montante equivalente a 100 vezes o salá-rio mínimo. Este seguro abrange os acidentes pessoais dos bombeiros não cobertos por seguros de acidentes de trabalho ou pelo regime dos aci-dentes em serviço dos trabalhadores que exer-cem funções públicas.

Segundo a portaria, cabe aos municípios su-portar os encargos do seguro.

Com a publicação desta portaria chega ao fim,

um dos processos desencadeados pela Liga dos Bombeiros Portugueses no final do ano passado. Desde a primeira hora que a Confederação se empenhou no aumento do valor dos seguros para bombeiros por considerar que os valores que es-tavam a ser praticados não tinham “correspon-dência” com as “reais necessidades” dos bombei-ros.

PC

APROVADO REGIME DE SEGUROS

Nova tabela já em vigor

Elementos dos bombeiros da cidade moçambi-cana da Matola, estiveram recentemente em

Portugal para desenvolver contactos que lhes permitam obter mais meios e mais formação para a prestação do socorro.

A sua presença em Portugal incluiu uma visita à sede da Liga dos Bombeiros Portugueses, onde

se avistaram com o presidente do conselho exe-cutivo, comandante Jaime Marta Soares. Encon-travam-se acompanhados por autarcas dirigentes e elementos de comando de associações e corpos de bombeiros ligados a concelho com quem se encontram geminados, nomeadamente, Viseu, Loures, Viana do Castelo e Seixal.

MOÇAMBIQUE

Apoio a Matola

O portal Bombeiros.pt está a comemorar o seu décimo aniversário e, a esse propósi-

to, promove até 15 de outubro próximo um concurso de fotografia subordinado ao tema “Os Bombeiros Portugueses”.

Um dos objetivos do concurso é Incentivar a participação e a criatividade de toda a co-munidade pertencente à proteção civil/bom-beiros e também à comunidade civil.

Outro dos objetivos é conseguir selecionar

fotografias que captem uma visão sobre a ati-vidade dos bombeiros portugueses, nos seus diversos domínios, seja no pré-hospitalar, no combate aos incêndios florestais, urbanos e industriais, no âmbito da formação e outros domínios.

O concurso decorre entre 1 de maio e 15 de outubro de 2014. Mais informações poderão ser obtidas em “http://www.bombeiros.pt/concurso-de-fotografia”.

BOMBEIROS.PT

Concurso fotográfico no aniversário

O verão chegou tímido, mas o substancial número de ignições, um por todo o País,

não dá margem para facilitismos e, assim, dias antes do arranque na “Fase Charlie”, no Centro de Meios Aéreos da Meda, distrito da

Guarda, homens e meios já estavam a postos para dar resposta no

combate aos incêndios florestais.

Integram esta equipa, como elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) António Justino (chefe de brigada), André Alexandre (chefe de equipa) e os operacionais Eduardo Marques, António Ferreira, João Nunes, Dinis Marques, Pedro Ferreira, Carla Marta e João Nascimento. Desta multidisciplinar e bem pre-parada equipa fazem ainda parte Gordon Gri-ce (piloto comandante), Pedro Acabado (copi-loto) e Hélio Monteiro (mecânico).

MEDA

Tudo a postos

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5JUNHO 2014

Com a subida das temperatu-ras chegaram os incêndios

florestais e só na segunda quin-zena de maio registaram-se mais 44,6 por cento de ocorrên-cias do que em igual período do ano passado. Olhando para as estatísticas diárias divulgadas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), verifica--se que de 15 de maio a 15 de junho foram registadas 945 ig-nições, um valor 11,6 por cento superior quando comparado com período homólogo de 2013.

Para além do aumento do nú-mero de ignições, a Fase Bravo registou já, pelo menos, dois

grandes incêndios que obriga-ram ao reforço substancial de meios no terreno. O primeiro, no concelho de Amarante, pro-vocou grandes preocupações

nas aldeias de Fridão, Olo, Ca-nadelo e Vieiros, onde várias habitações tiveram o fogo por perto. O forte vento que se fez sentir nesta zona do distrito do

Porto fez com que este incêndio tenha lavrado durante quase 24 horas. Enquanto os bombeiros travavam mais uma dura luta na região norte, em Portimão, no Algarve, teve início outro in-cêndio, que chegou a lavrar sem controlo. Para estes dois teatros de operações chegaram a ser mobilizados vários grupos de reforços (GRIF) e aviões de combate.

Entretanto, a fasquia das 100 ignições foi já ultrapassada no passado dia 16 deste mês. Nes-ta mesma data a ANPC registou 105 ocorrências. Foram mobili-zados 2030 operacionais e 554 viaturas.

Sete anos de prisão

O Tribunal de Vouzela conde-nou a sete anos e meio de pri-são o homem que estava acu-sado de ter ateado o incêndio florestal que resultou na morte do presidente da Junta de Fre-guesia de Queirã, distrito de Vi-seu.

Ricardo Jorge, de 27 anos, foi condenado por um crime de in-cêndio agravado pelo resultado, nomeadamente a morte do pre-sidente da Junta, Joaquim Men-des, os ferimentos ligeiros pro-vocados num bombeiro e os da-nos em duas viaturas e equipa-mentos.

O tribunal considerou provado que, a 12 de agosto de 2013, Ri-cardo Jorge ateou um fogo junto à ponte de Ribamá, na freguesia de Queirã, concelho de Vouzela.

O tribunal decidiu, no entanto, absolver o incendiário dos cri-mes de homicídio qualificado e de ofensa à integridade física qualificada, por considerar a ine-xistência de dolo.

Entretanto a Policia Judiciária já fez várias detenções nas últi-mas semanas por alegados cri-mes de fogo posto. Na maioria dos casos, os tribunais têm vin-do a aplicar a medida de prisão preventiva até ao julgamento.

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FASE BRAVO

Ignições aumentam

Já foi publicado em Diário Da República o Despacho do Mi-

nistério da Agricultura que defi-ne as novas regras do Regula-mento do Fogo Técnico. O Des-pacho 7511/2014 de 3 de junho deste ano, define o novo mode-lo de credenciação e formação dos agora denominados técni-cos em fogo de supressão e operacionais de queima, entre muitos outros aspetos ligados à utilização dos fogos táticos e de supressão.

Numa primeira análise a este despacho, a Liga dos Bombeiros Portugueses já fez saber que o documento fica “aquém” das

expectativas e das propostas apresentada pelo Conselho Executivo que foi chamado a pronunciar-se sobre esta maté-ria antes mesmo da publicação deste documento.

Desde logo a Liga não enten-de como poderá a ANPC ser a entidade responsável pela cre-denciação dos futuros técnicos sendo este um regulamento do ministério da agricultura.

Depois, as regras impostas para credenciação são na opi-nião da Liga “inexequíveis”, de tão exigentes que são. No arti-go 18 deste documento, o qual refere os requisitos necessários

para a credenciação de técnicos de fogos de supressão e táticos, pode ler-se que passa a ser exi-gido uma experiência mínima de “150 horas” de fogo contro-

lado como “responsável de queima”, curso de formação em análise de incêndios e uso do fogo de supressão de “80 horas práticas”, apresentação de “cin-

co relatórios de intervenção” em análise de incêndios ou no uso de fogo de supressão. Ex-cecionalmente, o ministério da Agricultura, diz que podem ser ainda credenciados elementos com larga experiência em “fogo de supressão”, coordenação e supervisão de operações de combate a incêndios florestais, desde que, “cumulativamente” possuam formação de “nível 5 ou superior”. Sobre isto, a pro-posta da Liga referia o seguin-te: “desde que sejam quadros de comando de corpos de bom-beiros e estejam habilitados com o módulo de Incêndios Flo-

restais, nível 4, da Escola Na-cional de Bombeiros”.

Perante esta situação, a Liga diz que com estas exigências será muito difícil credenciar ele-mentos dos bombeiros para este tipo de missão. Mais, acrescenta a Liga que o gover-no criou “nenhum período tran-sitório” o que no imediato se traduzirá em “graves constran-gimentos” operacionais. O pre-sidente da LBP, Jaime Marta Soares, já fez saber que vai “continuar a pugnar” pelas alte-rações que entende como ne-cessárias.

Patrícia Cerdeira

CONTRAFOGO COM REGRAS APERTADAS

Liga lança várias críticasFo

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AO Fundo de Proteção So-

cial da Liga dos Bombei-ros Portugueses já começou a receber parte das verbas referentes à doação de Ti-mor Leste aos familiares dos bombeiros falecidos em 2013 e aos feridos ainda em recuperação. A distribuição das verbas que totalizam 1,5 milhões de dólares (cerca de um milhão de euros) vai ser feita com base num despa-cho do executivo de Timor que define à partida os des-tinatários e os montantes a atribuir a cada um. Nesta al-tura a Liga está já a fazer um levantamento “criterio-so” e “exaustivo” dos feridos em combate para proceder em seguida a transferência das verbas correspondentes, referiu ao ‘BP’ o presidente Jaime Marta Soa-res. Relativamente aos familiares das vítimas mortais, a verba doada está já definida, fal-tando apenas apurar o número de feridos que vão ser abrangido por esta doação, anunciado no final do verão passado pelo presidente Xa-nana Gusmão. “É isso que estamos a fazer nesta altura”, referiu o presidente da LBP.

Com a chegada do dinheiro à conta do Fundo de Proteção Social do Bombeiro, chega ao fim um moroso e polémico processo burocrático já que no início o Ministério das Finanças preten-dia fazer incidir impostos sobre esta doação pe-cuniária, cenário contestado desde sempre pelo Ministério da Administração Interna.

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DOAÇÃO DE TIMOR LESTE

Fundo já recebeu parte da verbaA secretaria-geral do Mi-

nistério da Administra-ção Interna (MAI) é a nova responsável pela instrução dos autos de contra-orde-nação em matéria de incên-dios florestais, atribuição até aqui desempenhada pe-las autarquias. As câmaras municipais eram as respon-sáveis pela aplicação e co-brança das coimas sobre a falta de limpeza das matas ou das zonas juntos às ha-bitações, mas essa compe-tência é agora assegurada pela secretaria-geral do MAI, tendo o decreto-lei que define as novas re-gras entrado em vigor há cerca de duas semanas.

“Quando resultar na aplicação de coima o le-vantamento dos autos passará a ser a secretaria--geral do MAI que aplicará essas coimas”, referiu no início do mês de Junho o secretário de Estado João Almeida, após uma audição na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, onde apresen-tou o Dispositivo Especial de Combate a Incên-dios Florestais (DECIF) para este ano.

O secretário de Estado adiantou que todo o tra-balho de levantamento do auto e instrução do processo continua a ser feito pelas mesmas enti-dades, a GNR e ICNF (Instituto da Conversação da Natureza e das Florestas), sendo a alteração apenas na aplicação das coimas.

Esta alteração, segundo João Almeida, “é uma forma de responder a algo que estava identificado que era o número de autos levanta-dos e as instruções de processos que existiam resultavam num número de coimas muito redu-zido”.

O secretário de Estado sublinhou que “havia um trabalho que era feito no terreno e depois não tinha consequência na aplicação da lei”, tendo o Governo encontrado como fórmula de agilizar o processo a transferência dessa com-petência para a secretaria-geral do MAI.

“Entendemos que a secretaria-geral do MAI tem capacidade para um procedimento que até aqui foi verificado como impossível nas câma-ras municipais”, acrescentou.

DEFESA DA FLORESTA

MAI passa a cobrar coimas

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6 JUNHO 2014

A problemática dos incên-dios florestais não se con-fina aos nossos dias.

Assim dá testemunho o livro “Campos em Chamas”, segura-mente, uma raridade bibliográ-fica, da autoria de Abel Gomes Pólvora, saudoso comandante dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra, presidente do ex--Conselho Administrativo e Téc-nico da Liga dos Bombeiros Por-tugueses entre 1939 e 1940.

Datado de 1933, estamos na presença de um interessante trabalho, de pendor didáctico, despertado pelo anormal nú-mero de sinistros verificado, no país, nos meses de Julho, Agos-to e Setembro do ano anterior (sinistros florestais – 158 e si-nistros cerealíferos – 108).

Compatibilizando a sua fun-ção de comandante com a de engenheiro agrónomo, Abel Go-mes Pólvora oferece ao leitor uma perspectiva integrada do assunto em apreço, comple-mentada através de elementos estatísticos, onde o ordena-mento da floresta e a preven-ção, mais do que o combate, assumem especial incidência.

“(…) o que se torna flagrante é que os meios preventivos para evitar tais sinistros são de todo desprezados, dando até a impressão de não serem conhe-cidos”, escreve o autor, apolo-gista de um serviço de vigilân-cia e de uma rede de postos de socorros, ligados entre si tele-fonicamente, apetrechados de material sapador.

De referir que, ao tempo, os incêndios florestais não atin-

giam as repercussões dos dias de hoje, em virtude do melhor aproveitamento dos recursos naturais, pelo que os números acima divulgados têm de ser in-terpretados, entre outros as-pectos, à luz das condições so-ciais e técnico-operacionais de então. Todavia, os princípios apresentados, nomeadamente do ponto de vista do equilíbrio ambiental, permanecem ac-tuais e continuam a suscitar o frequente discurso teórico dos especialistas.

Quanto ao combate, o co-mandante apresenta-se defen-sor de um “ataque enérgico e imediato”, dissertando, a pro-pósito:

“O ataque faz-se lançando terra sôbre as chamas e fusti-gando-as com ramos, mas se o fogo avança com certa intensi-dade só pode ser dominado desta forma junto aos aceiros, arrifes ou linhas de fogo”.

Ao mesmo nível, aponta as vantagens do recurso à técnica de contra-fogo.

Recorde-se que os veículos dos corpos de bombeiros não dispunham na altura de depósi-tos de água e muito menos de bombas acopladas. Embora de-signados por “auto-pronto-so-corros”, viam-se configurados, praticamente, em transportes de pessoal e de material, razão pela qual o contra-fogo ou fogo de supressão, mediante a ava-liação prévia das condições no terreno, era reconhecido como sendo uma “arma poderosa” para travar a progressão das chamas.

Particularmente sensível e dedicado ao estudo sobre a pro-blemática dos incêndios flores-tais, o mesmo autor veio a subscrever, mais tarde, no “Bo-letim da Liga dos Bombeiros Portugueses”, de Fevereiro de 1935, um artigo de fundo não menos interessante do que o seu livro “Campos em Chamas”, onde volta a perfilhar a impor-tância dos efeitos da preven-ção, abrangendo esta a sensibi-lização das populações, a fisca-lização e a punição. Nele, Abel Gomes Pólvora faz o diagnósti-co das principais causas dos in-cêndios, elencando por ordem de grandeza, as fagulhas das locomotivas dos caminhos de ferro, o descuido dos trabalha-dores das matas, as queimas mal iniciadas, sem prévia aber-tura de aceiros, os balões do folguedo tradicional e, por fim, os incendiários. Deste modo, e sem que esse seja o seu propó-

sito, o comandante habilita-nos com um retrato social dos anos 30, que reflecte Portugal como um país pouco evoluído, desde logo em termos de consciencia-lização.

“Se a culpa fosse apurada de cada vez que esses sinistros se dão, e o castigo fosse exemplar, certamente que o seu número, de ha muito, teria diminuido”, advoga o autor do mencionado artigo, intitulado “A profilaxia dos serviços florestais”, no qual conclui:

“De tudo o que deixo dito de-ve-se concluir, em primeiro lo-gar, que a preocupação princi-pal, o trabalho mais profícuo é evitar o incendio, em vez de combater quando ele já tenha empolgado a mata e lavrado por kilometros e kilometros; em segundo logar, que existem causas cujo combate depende sómente do Estado e das auto-ridades, e outras que depen-

dem, exclusivamente, dos par-ticulares, principalmente dos proprietarios das matas.”

Estas palavras foram afirma-das há 79 anos, mas poderiam aplicar-se à realidade presente, porquanto traduzem, ainda, o pensamento, consciente e res-ponsável, de muitos homens in-vestidos em relevantes fun-ções, inclusive na área dos Bombeiros e das suas estrutu-ras representativas, no que im-porta contrariar o flagelo dos incêndios florestais.

No limiar de mais um Verão, em que a prevenção tende, por-ventura, a voltar a ser um as-sunto pertinente, parece cum-prir-se a função, tal como escre-veu Miguel Cervantes, de que “a história é émula do tempo, repo-sitório dos factos, testemunha do passado, exemplo do presen-te, advertência do futuro.”

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

“Campos em Chamas”: Um problema de todos os temposPesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista

Comandante Abel Gomes Pólvora

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP)

decidiu atribuir, a título póstumo, o crachá de ouro ao bombeiro de 1.ª dos Voluntários do Faial, Herberto Luís Alves Cor-reia, falecido em serviço em março último.

A LBP anuiu à proposta apresentada pela direção da Associação Humanitá-ria de Bombeiros Volun-tários do Faial na sequên-cia do trágico acidente de viação de que Herberto Correia foi vítima quando, a 9 de março último, respondia a um pedido de socorro.

Recorde-se que o acidente ocorreu na via rápida local quando em circunstâncias desconhecidas a viatura em mar-cha de urgência se despistou bateu num muro e capotou.

No mesmo acidente ficou também ferido o condutor da viatura, o bombeiro de 1.ª, Paulo José Sodré Reis, que se encontra em convalescença

FAIAL

Distinção póstuma

O Presidente da República, Anibal Cava-co Civil, condecorou o professor Ma-

nuel Madeira Grilo com a Ordem de Mérito durante as celebrações do 10 de junho que ocorreram na cidade da Guarda.

A justa homenagem a Madeira Grilo,

como oficial da Ordem de Mérito, incluiu--se no bloco de distinções com ordens de mérito civil atribuídas pelo Presidente da República.

Ao longo da sua vida, Madeira Grilo sempre dividiu o seu empenho e entu-

siasmo entre a missão de pedagogo e de dirigente associativo local, federativo e nacional de bombeiros, pugnando sem-pre, no segundo caso, pelo papel funda-mental do voluntariado na prestação do socorro.

GUARDA

Madeira Grilo condecorado pelo PR

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8 JUNHO 2014

As exigências físicas e men-tais associadas ao combate

em incêndios florestais não têm comparação com a maio-ria das atividades profissio-nais, apresentando indicado-res similares aos cenários de guerra com que se deparam as Forças Armadas.

As Equipas de Apoio Psicos-social (EAPS) da ANPC pres-tam, desde 2011, apoio psi-cossocial a bombeiros expos-tos a incidentes críticos poten-cialmente traumáticos no decorrer de situações opera-cionais e aos seus respetivos familiares.

Num esforço permanente de melhorar o serviço prestado

pelas EAPS, e com base nas li-ções aprendidas em 2013, nos relatos de vários bombeiros e elementos de Comando dos Corpos de Bombeiros, e nos diagnósticos efetuados ao lon-go deste ano, foi identificada a necessidade destas equipas desenvolverem um trabalho mais proativo, e não apenas

reativo, de promoção da resi-liência psicológica (melhor ca-pacidade de enfrentar situa-ções de stresse) dos bombei-ros portugueses.

Foi, assim, definida uma missão adicional para estas equipas: aumentar a resiliên-cia psicológica dos bombeiros

para o combate aos incêndios florestais. Este novo eixo de intervenção preventiva das EAPS abrange:

• INTERVENÇÃO INDIVI-DUAL A BOMBEIROS expostos a incidentes críticos no ano de 2013;

• CONSULTADORIA AOS COMANDOS (aconselhamento sobre estratégias e procedi-mentos ao nível da gestão de recursos humanos, no âmbito do combate a incêndios flores-tais).

As EAPS da ANPC disponibi-lizam ainda um novo formato de intervenção durante a fase Charlie ao dispor do Coman-dante das Operações de So-

corro, com o objetivo de pro-mover a reabilitação dos bom-beiros em Teatros de Opera-ções de grandes dimensões (número de operacionais, du-ração temporal, níveis de peri-gosidade, etc.), a DESMOBILI-ZAÇÃO DAS EQUIPAS E GRU-POS DA FRENTE DE COMBATE DOS INCÊNDIOS FLORES-TAIS:

• Local: Nas Zonas de Concentração e Reserva (área de Apoio e Serviços), nas Zo-nas de Recepção de Reforço ou nas Base de Apoio Logístico;

• Objetivo: Promover a importância da hidratação e alimentação adequadas, for-necer diretrizes sobre gestão

da fadiga (física e stresse ope-racional);

• Duração: Entre 5 a 10 minutos por Grupo de Comba-te.

Com estas novas ferramen-tas de intervenção, as EAPS pretendem dar o seu contribu-to para que os bombeiros exe-cutem de forma ainda mais eficaz as exigentes operações de combate aos incêndios flo-restais porque, sempre e em todos os cenários, a “A primei-ra vida a proteger é a tua...!”

[email protected] de Apoio Psicossocial

– Núcleo de Segurançae Saúde da Direção Nacional

de Bombeiros (ANPC)

Maior resiliência dos bombeiros no combate aos incêndios florestais

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

O “Velho Matos” será a estrela maior do desfile de antigas

viaturas promovido pelos Volun-tários de Alverca, já no próximo domingo, dia 28 de junho, e que reunirá duas dezenas de clássi-cos oriundos dos distritos de Lis-boa, Leiria e Santarém.

A iniciativa, que se insere no centenário do carismático pron-to-socorro Renault, é afinal mais um pretexto para dar a conhecer muitas estórias que fazem a his-tória das associações humanitá-rias e corpos de bombeiros, con-forme salienta Luís Santos, pre-sidente da direção entidade pro-motora.

O “Velho Matos” é um veículo de combate a incêndios da marca Renault, modelo de 1914, que foi adquirido pelos bombeiros de Al-verca a 22 de março de 1928 a um privado por 5 mil escudos (25 euros) e, posteriormente, transformado e adaptado no quartel pelo mestre carpinteiro José Ferreira Cera.

O auto pronto-socorro N.º 1 é, por estes dias, o centro de todas as atenções, para gáudio dos bombeiros Artur Sardinha e Pau-lo Martins os “chauffeurs” deste bólide.

Há cerca de 30 anos, contam, quando ingressaram no corpo de bombeiros, ganharam, desde logo, especial apego ao carro,

culpa do “ti” Alfredo Velho, um bombeiro de 3.ª à antiga, que na época assumia com a maior vai-dade as funções de condutor, mecânico e “curador” deste clás-sico, mas que não hesitou em passar os seus conhecimentos aos dois curiosos miúdos. Artur e Paulo cresceram a ouvir histórias sobre o carro, sobre os homens que nas mais adversas condições cumpriram o lema “vida por vida”, fizeram-se bombeiros já numa outra época, mas deixam--se inspirar por esse passado:

“Nós, hoje, temos tudo! É im-possível imaginar como era difícil ser bombeiro noutros tempos… Quantas dificuldades passariam aqueles homens para salvarem vidas?”, indaga Artur Sardinha.

Segundo os relatos herdados dos mais velhos, os homens saíam para incêndio pendurados

no carro, munidos com candeei-ros a petróleo para iluminar as rudimentares estradas e tortuo-sos caminhos, episódios que os bombeiros Artur e Paulo recor-dam enquanto mostram aos jor-nalistas o velhinho porta docu-mentos metálico, que guarda o gasto livrete original.

Já o atual, 2.º comandante, Vasco Martins, olhando a viatura aparcada junto ao quartel, ali ao lado da moderna frota dos Bom-beiros de Alverca, confidencia que passou horas a “tratar da-queles cromados”, uma tarefa detestada por todos, mas que o “ti” Alfredo reservava para os mais novos.

Refira-se que o “Velho Matos”, cessou funções no início década de 60 do século passado, assu-mindo-se, então, como símbolo da instituição.

O distinto antepassado dos modernos Veículos Urbanos de Combate a Incêndios (VUCI), para além do material sapador dispunha de uma moto-bomba de combate a incêndios da marca Magirus, equipamentos que, na década de 20 do século passado lhe conferiam moder-nidade e operacionalidade.

Na época, a comunidade mo-bilizou-se, Câmara Municipal de Alverca, a Companhia de Seguros Fidelidade, as empre-sas locais e a população cus-tearam a transformação do veí-

culo inaugurado em 1932, com a matrícula AA-19-89.

Passaram os anos, o “Velho Matos” perdeu operacionalida-de, mas manteve intacta a per-sonalidade, conforme fazem questão de sublinhar os moto-ristas Artur Sardinha e Paulo Martins, os únicos bombeiros habilitados e autorizados a conduzir o Renault que, mercê de muito investimento da asso-ciação, ainda circula no asfalto, “pega à primeira” e (quase) “nunca deixou ficar mal” os au-daciosos pilotos que, garan-

tem, já conseguiram “sacar” uns “vertiginosos” 75 km/h. à afinada máquina que consome 50 litros de gasolina aos 100 km.

No próximo domingo, o cen-tenário Renault assume com toda a propriedade o estatuto de decano deste passeio que le-vará a Alverca outras 20 velhas máquinas que já serviram os quartéis, mas que, agora, são um testemunho importante da história dos bombeiros de Por-tugal, que importa preservar.

Sofia Ribeiro

ALVERCA

“Velho Matos” é estrela de desfile

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9JUNHO 2014

As especificidades das arté-rias do centro histórico de

Oeiras, levaram os bombeiros locais a investir num versátil Veículo para Operações Especí-ficas (VOPE) assegurando efi-caz resposta até mesmo na mais estreita artéria da vila: a Rua das Alcássimas.

Este veículo dispõe, entre ou-tro equipamento uma bomba de alta pressão, material de de-sencarceramento, gerador, pó

de pedra, desengordurante, sis-tema de iluminação, ARICAS, extintores, material sapador, equipamento para a limpeza das sarjetas, adaptador para bocas-de-incêndio, sendo por isso “vocacionado para a zona urbana”, conforme sublinha o comandante José Manuel Perei-ra.

O facto de não exigir carta de pesados confere-lhe ainda uma maior autonomia, por outro lado

liberta o Veículo de Socorro e As-sistência Especial (VSAE) de ser-viços de cortes de árvores ou de abertura de portas, estando pre-parada para intervir em aciden-tes, ou atropelamentos, como salienta o presidente da direção Hélder Joia da Silva, dando conta da mais valia desta viatura poli-valente de guarnição reduzida, em ações de reconhecimento ou na primeira intervenção nas mais variadas ocorrências..

Esta é um investimento de cerca de 60 mil euros que co-mando e direção dizem “já es-tar a ter retorno” pois permitiu ampliar e qualificar a resposta dada ao município

Sonho prestes a ser concretizado

Entretanto, até ao final do ano os Bombeiros poderão co-meçara a concretizar um sonho

antigo, que carece apenas da aprovação de candidatura a fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

O projeto “feito à medida das necessidades deste corpo de bombeiros”, obedecendo a orientações do próprio coman-dante, está aprovado e o pro-cesso bem encaminhado, se-gundo referiu ao jornal Bombei-ros de Portugal Joia da Silva.

O futuro equipamento, a eri-

gir na localidade de Cacilhas, num terreno com 1665 m2 que está orçado em 1.3 milhões de euros, compreende dois módu-los que permitem separar as áreas administrativa e associa-tiva da operacional. Trata-se assim de um complexo moder-no, com todas as condições de trabalho e de conforto para aos operacionais, bem distinto do velhinho quartel do centro his-tórico da vila de Oeiras.

OEIRAS

Operacionalidade no centro histórico

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10 JUNHO 2014

Fundada a 15 de setembro de 1967 a Associação Hu-manitária dos Bombeiros

Voluntários de Vidago, tal como as congéneres surge, invaria-velmente, da vontade e do em-penho do povo. Hoje tal como ontem são os vidaguenses, en-tre eles, o presidente José Gon-çalves Oliveira e o primeiro e único tesoureiro da associação Silvino Teixeira, entre outros homens e mulheres de valores e com valores deste magnífico território.

Refira-se que no processo de constituição desta associação valeu a persistência, pois foram precisas mais de três décadas para a concretização de aspira-ção definida nos idos de 1932. Um grande incêndio que des-truiu o Hotel do Golf acabou por ser determinante na realização do sonho da comunidade.

Gente decidida e trabalhado-ra não cede às adversidades, não desiste. A prova-lo o ro-cambolesco processo das obras de renovação e ampliação do quartel aprovadas em 1997, mas cuja primeira fase só foi concluída em 2004. Os traba-

lhos foram retomados em 2005 suspensos no ano seguinte. Avanços e recuos que Francisco José Oliveira, agora já em “no-vas” instalações, justifica com “falta de vontade política para solucionar a questão”. Valeu o patrocínio da Unicer e o muito trabalho de construção civil de um punhado de “operários bombeiros” para que já em 2012 o Corpo de Bombeiros de Vidago pudesse, finalmente, usufruir de condições condig-nas.

A preocupação reside agora na substituição integral do te-lhado do quartel em fibrocimen-to, bem como a instalação de uma nova central de comunica-ções, projetos que carecem de suporte financeiro de que asso-ciação não dispõe.

O apoio da Câmara Municipal de Chaves, os contributos de pessoas e empresas e os pro-ventos assegurados numa ou noutra atividade, são providen-ciais para uma instituição que também granjeia simpatia e respeito da comunidade portu-guesa residente em França, na Suíça e nos Estados Unidos da

VIDAGO

Persistência e entrega à causaOs Voluntários de Vidago assinalam no

próximo mês de setembro 47 anos de atividade de entrega ao próximo, mantendo

o espírito dos pioneiros que há quase oitenta anos ousaram sonhar e começar a

escrever a história desta instituição.Trabalho e um profundo respeito pelos

operacionais que servem abnegadamente, o território norteiam uma direção empenhada que sabe que pode contar, sempre, com os

seus bombeiros.Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

América, sempre disposta a co-laborar com a causa.

O Corpo de Bombeiros Volun-tários de Vidago, desenvolve a sua atividade nas freguesias, a sul do concelho de Chaves, ser-vindo cerca de 5300 habitantes, numa área de 100.27 Km², onde predomina a floresta, as estruturas comerciais e indus-triais, e uma vasta rede viária, nomeadamente a A24, a EN2, constituem preocupações ope-racionais, e exigem a prontidão de recursos humanos e a eficá-cia de meios.

A formação é uma preocupa-ção partilhada que não entra no rol das despesas, é antes um in-vestimento que só pode trazer valor acrescentado ao serviço prestado pelos operacionais, apoiados por um conjunto de viaturas que vão dando respos-tas às especificidades do territó-rio. Ainda assim, o presidente

da direção identifica como lacu-na, um novo Veículo Florestal de Combate a Incêndios, porque o que serve este contingente há muito acusa o desgaste de 19 anos de serviço cumprido.

Esta é uma enorme família onde tudo é partilhado, os atuais dirigentes e bombeiros dão o seu melhor, mas contam sempre com o apoio de quem já serviu na associação. Emílio Lage Medeiros, o primeiro co-mandante dos Voluntários de Vidago é uma presença assídua no quartel, cessou funções mas mantém intactos os laços, os afetos à instituição.

Aliás esta casa são os homens e as mulheres que a servem, como faz questão de salientar o presidente da direção:

“Não posso deixar de render a minha homenagem a todos os soldados da paz, com ou sem farda. O trabalho abnegado

cheio de dedicação aos outros sem olhar ao perigo e esforços, colocando tantas vezes em risco a sua vida, não pode deixar de ser enaltecido. Estes homens e mulheres sempre disponíveis, esforçados e dispostos a pres-cindirem dos seus, para socor-rer quem deles necessita”.

É desta entrega e do profun-do respeito que a direção rende ao corpo de bombeiros de que

se faz o sucesso e o crescimento de uma instituição, onde todos trabalham para uma causa co-mum. Na verdade, por aqui to-dos são bombeiros, e se apenas cerca de meia centena enver-guem a farda, muitos outros cuidam da segurança, investem na formação e nos meios para que estes soldados da paz pos-sam cumprir exemplarmente o lema “vida por vida”.

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11JUNHO 2014

Registos históricos dão conta que a 11 de agosto de 1915 nascia da garra e empenho

de um grupo de 18 notáveis a então Agremiação dos Bombei-ros Voluntários da Notável Vila de Castelo de Vide. Dessa unida e coesa equipa destacam-se Ma-nuel Marcos Canário que assu-miu as funções de presidente e Modesto Duarte Garcês que fica-va para história como o instrutor e primeiro comandante do corpo de bombeiros. Estes dois ho-mens deixaram o trabalho e o exemplo que 99 anos volvidos continuam a nortear o presidente João Palmeiro e comandante Pe-dro Rabaça, afinal os herdeiros de uma destacada e distinta ins-tituição com dirigentes e bom-beiros que sempre souberam ul-trapassar as adversidades e ga-rantir uma resposta de qualidade às solicitações da comunidade que abnegadamente servem.

“Cem anos de vida, cem anos de história, cem anos de ajuda à comunidade de que muitos nos orgulhamos”, refere o presidente João Palmeiro.

As comemorações já anima a equipa, contudo não fazem peri-gar as tarefas diárias que permi-tem assegurar a estabilidade desta instituição.

As preocupações são muitas, sobretudo com as pessoas que diariamente, 365 0u 366 dias por ano garantem a proteção e so-corro ao cerca de três mil habi-tantes do concelho.

As dificuldades impostas pela atual conjuntura exigem toda a contenção, por isso, palavra de comandante, “há margem para projetos megalómanos”, para “querer o que não possível ter”. O parque de viaturas há muito carece de renovação, ainda as-sim, a aposta constante na ma-nutenção das viaturas tem per-

mitido sempre da resposta às exigências do território“. Depois da recente aquisição de uma via-tura de desencarceramento a prioridade volta-se para a emer-gência pré-hospitalar, área que “carece de algum investimento”.

Posicionado no realismo, o resposável operacional revela que processo de modernização do parque de viaturas terá “fa-seado”, logo que “exista alguma folga financeira”.

“Somos os primeiros a reco-nhecer estas necessidades” refe-re o presidente de uma direção sempre atenta às necessidades operacionais dos bombeiros, bem como a segurança de cada um dos cerca de 50 operacionais que integram este corpo de bom-beiros.

“Em termos incêndios urba-nos estamos bem serviços. Aguardamos agora a chegada ao quartel os equipamentos fogos florestais para metade do efeti-vo garantido por candidatura a fundos comunitários da Comuni-dade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), o que restante terá que ter investimento da as-sociação”, revela João Palmeiro.

Os recursos são escassos pelo que o apoio da câmara municipal e as colaborações pontuais das juntas da freguesia e da popula-ção, são acompanhados pela di-namização de eventos vários que garantem verbas não muito ele-vadas, mas que permitem col-matar algumas faltas.

Estas sinergias e muita dinâ-mica vão permitindo “fazer mais e melhor” pela comunidade, um desígnio que só pode ser alcan-çado com a formação dos opera-cionais do quartel de Castelo de Vide.

“É com orgulho que falo deste corpo de bombeiros que, aliás, é reconhecido não só aqui na re-gião, mas também no distrito de Portalegre e no País. Temos a

CASTELO DE VIDE

Centenário com muitos projetosÀ beira do centenário os Voluntários de Castelo de Vide gozam da

estabilidade e da tranquilidade imposta por sucessivas gerações de dirigentes e bombeiros, que souberam sempre honrar o projeto

gizado nos idos de 1915 grupo de castelo-videnses de garra.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

oportunidade de fazer ações con-juntas com os vizinhos espa-nhóis, nomeadamente em incên-dios florestais e somos sempre muito elogiados. É um reconhe-cimento muito bom, mas para o qual também trabalhamos, todos os dias, muito”, faz questão de salientar Pedro Rabaça.

O dinamismo é muito, contudo a falta de voluntários começa a ser um “dor de cabeça”. Apesar de uma elevada taxa de opera-

cionalidade, prontidão e eficácia na resposta do presente, o co-mandante receia o futuro, por isso mesmo bate-se pela criação de uma escola de infantes e ca-detes, que possa atrair os mais novos para causa e assegurar a necessária renovação do contin-gente. Por outro lado, os 25 jo-vens que integram, neste mo-mento a fanfarra, constituem, também, uma esperança para a revigorar o movimento do volun-

tariado que nos altos tem perdi-do força.

Projetos, ideias e vontade de trabalhar não faltam, também por isso o centenário assume um sim-bolismo importante, é prova de vi-talidade desta vetusta associação, que já se prepara para mobilizar e envolver nas comorações do pró-ximo ano antigos e novos dirigen-tes, corpo ativo e quadro de hon-ra, população e as instituições do concelho de Castrelo de Vide.

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12 JUNHO 2014

Fundada em julho de 1916, a Associação Humanitária dos Voluntários da Sertã

tem como maior património os homens e mulheres que ao longo de nove décadas nas mais diversas funções servi-ram a instituição em prol da comunidade.

Ao contrário do que aconte-ce em muitas zonas do País, nesta vila do distrito de Caste-lo Branco o movimento do vo-luntariado não esmoreceu, e embora as exigências do pre-sente vão roubando soldados a este contingente da paz, to-dos os anos é possível não só assegurar a renovação mas também o reforço dos Volun-tários da Sertã, com uma de-zena de novos elementos, como declara ao jornal Bom-beiros de Portugal, o coman-dante Alexandre Silva, refe-rindo que só desta forma é possível “segurar” no quartel mais de 130 operacionais.

Na origem do sucesso desta missão está “muito trabalho”, como faz questão de sublinhar Vítor Nunes, o presidente da direção, nomeadamente junto das escolas ou com a promo-ção de iniciativas que consi-

gam dar a conhecer a ativida-de dos bombeiros e que per-mitam atrair mais operacio-nais para a causa.

Neste âmbito comando e di-reção salientam a ação do nú-cleo da Juvebombeiro da Ser-tã responsável pela dinamiza-ção de projetos como “Quatro dias bombeiro” que decorre, anualmente, durante as férias da páscoa, bem como as de inúmeras sessões de sensibili-zação nas escolas.

“A Juve não constitui uma despesa para esta associação, pelo contrário. Todo o apoio que prestamos a este núcleo é um investimento, para além de um importante trabalho de divulgação da missão dos bombeiros é ainda responsá-vel pela organização de inú-meros eventos que têm per-mitido a aquisição de muito equipamento de proteção in-dividual entre outras mais¬-valias para o quartel, nomea-damente um ginásio para os bombeiros” sublinha o presi-dente da direção.

Mas este dinamismo, indi-ciador de uma associação de portas abertas à comunidade é conquista recente, garante

Vítor Nunes, afiançando que a prioridade desta direção, quando assumiu funções em 2011 foi mesmo inverter um processo de isolamento.

“Esta era uma instituição fechada, voltada para si” refe-re o dirigente associativo dan-do conta de uma série de ini-ciativas que, em escassos três anos, permitiram reatar laços de união e aproximação com a população, mas também com as várias entidades locais e até com as empresas da re-gião. Neste âmbito, Vítor Nu-nes fala da linha Sertã + que permite apoiar e encaminhar os cidadãos em questões liga-das à atividade municipal e ainda o Projeto Saúde + que leva os Voluntários da Sertã a promover nas freguesias da sua área de intervenção ras-treios e medições e ao registo regular do peso, da pressão arterial, da pulsação, da glicé-mia e da saturação de oxigé-nio, entre outros parâmetros. Esta iniciativa já envolve mais de 300 pessoas, e traduz-se numa conquista que anima e motiva a instituição, como re-vela o presidente:

“Estivemos, de facto, de

costas voltadas para a popula-ção, mas já começamos a sentir a proximidade.”

Mas não tem sido fácil a missão desta equipa que her-dou uma situação financeira “muito grave” e exigiu medi-das enérgicas:

“A boa gestão de recursos, a aplicação de medidas de controlo interno e a renego-ciação com fornecedores, têm permitido resolver o proble-ma” garante o dirigente acen-tuando que nesta senda de re-cuperação o comando e a di-reção contaram sempre “com o trabalho do corpo ativo e de todos os mais de 30 colabora-dores da instituição”.

“Felizmente, não tivemos que recorrer a despedimen-tos. Embora a situação fosse muito grave, a direção optou sempre pelas pessoas”, faz questão de referir o coman-dante Alexandre Silva.

Os apoios da autarquia, os patrocínios de várias empre-

sas às ações promovidas pela associação têm sido importan-tes no processo de reestrutu-ração económica e na concre-tização do projeto sufragado pelos associados em 2011.

O parque de viaturas res-ponde às solicitações, contu-do o comandante dá conta da necessidade de investimentos em material de desencarcera-mento, para dar resposta às crescentes preocupações com IC8, que com a introdução das SCUTS, passou a ser op-ção para muitos mais auto-mobilistas, com o consequen-te aumento dos riscos.

Anda assim, a organização de âmbito distrital que fo-menta a complementaridade de meios permite eliminar la-cunas. A este propósito o co-mandante sublinha ainda o trabalho das câmaras munici-pais da “Sertã, Proença e Oleiros que funcionam muito bem em matéria de proteção civil, nomeadamente, na arti-culação de meios”, intercâm-bio entre autarquias.

Esta é uma associação que estabelece como prioridade a segurança do corpo de bom-beiros, segundo nos diz o res-ponsável operacional dando conta da recente aquisição de novas botas para combate a incêndios florestais, um in-vestimento de “mais de 16 mil euros, integralmente suporta-dos pela associação”.

E com a “casa arrumada”

comando e direção estudam a possibilidade de avançar com obras no quartel, um comple-xo inaugurado em 2007, mas que já se revela exígua, no-meadamente a nível de áreas de parqueamento, salas de formação e camaratas. Por outro lado comando e dire-ções acordam na necessidade de dotar as instalações de um parque instrução e de uma casa escola:

“Os nossos bombeiros con-tinuam a treinar nas antigas instalações da associação, para onde somos obrigados deslocar meios para assegu-rar a preparação dos opera-cionais, o que não faz sentido, até porque essa antiga estru-tura antiga já não responde às exigências do presente”, refere o comandante, subli-nhando que a formação dos homens e mulheres que ser-vem o quartel da Sertã é uma “questão essencial”.

“Temos formadores de to-das as áreas, também investi-mos muito na formação ex-terna por isso, contamos com um corpo ativo bem prepara-do”, salientam comando e di-reção.

Servir cada vez melhor é pois o desígnio desta equipa que buscou inspiração no pro-jeto encetado a 26 de agosto de 1916 por um grupo de ati-vos e abnegados sertaginen-ses, para assegurar um futuro consistente à instituição.

SERTÃ

Estratégia de proximidade assegura proventosA Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Sertã,

depois de um período conturbado, vive agora momentos mais tranquilos. Trabalho entrega à causa, mas também uma boa

gestão de recursos, apoiada em enérgicas medidas de controlo interno, permitiram devolver a prosperidade ambicionada há

mais de noventa anos por um grupo de dinâmicos e abnegados sertaginenses.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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13JUNHO 2014

O Complexo Municipal de Atletismo Carla Sacra-mento, no Seixal rece-

beu, nos dias 31 de maio e 1 de junho, os 33.ºs Concursos Na-cionais de Manobras para Bom-beiros e 32.ºs Concursos Nacio-nais de Manobras para Cadetes, uma vez mais inseridos nas co-memorações do Dia do Bombei-ro Português, que este ano tive-ram como cenário a cidade do Barreiro.

O certame reuniu mais 500 participantes, entre bombeiros voluntários, profissionais e ca-detes, numa saudável competi-ção, norteada pela troca de ex-periências e pelo convívio.

Ainda antes da sessão de abertura as equipas puderam efetuar a adaptação ao terreno e fazer um último treino antes da prova, que colocaria a prova a técnica, o trabalho em grupo. a destreza, a preparação física e… os nervos, nomeadamente dos estreantes nestas andan-ças.

No sábado de manhã, duran-te os treinos, Ana Nepomuceno, responsável pela equipa de ca-detes mistos de Pinhal Novo, dava conta da grande ansieda-de e da muita espectativa do seu grupo para o qual tudo era novo.

Também “caloiros” o forma-ção mista dos Voluntários de Al-cochete apresentava-se mais descontraída, “calma e serena”. No último ano, Luís Graça, Dia-mantino Costa e Joaquim Gil, dinamizadores das escola de in-fantes e cadetes da associação

preprarou estes jovens levou--os a treinar nos quartéis de Sintra e no Cartaxo, e esta par-ticipação nos concursos era en-carada como uma continuidade desse trabalho “mais uma das muitas atividades que desen-volvem durante todo o ano”,

Boa disposição e muita ale-gria marcaram a passagem das duas equipas de cadetes dos Bombeiros de Freamunde. O 1.º lugar alcançado pelas meni-nas e a 4.ª posição garantida pelos rapazes, o ano passado, foi o mote para uma enorme festa. O grupo, de 36 elemen-tos, cantou dançou, fez a festa e marcou pontos no relvado e na pista com mais uma boa classificação.

Os Voluntários da Rebordosa participam nestes campeonatos desde 1982, tem por isso enor-me à vontade na superação de todos os desafios. Paulo Leal, o porta da voz da equipa, ainda antes da provas mostrou-se confiante numa boa classifica-ção no domingo e de facto não se enganou, tanto grupo femi-nino como o masculino mostra-ram que a experiência é um trunfo.

Há quatro anos que Vítor Eu-génio leva os cadetes de Vila Real de Santo António aos cam-peonatos de manobras, uma participação que é sempre vivi-da com muita intensidade e en-trega embora para estes jovens com idades compreendidas en-tre os 12 e os 14 anos, o conví-vio seja muito mais importante que qualquer medalha, até por-

que “o que importa é partici-par”.

Forçosamente mais competiti-vos os seniores A de Ourém in-tensificaram a preparação no campo, na manhã de sábado. A equipa é muito experiente, inva-riavelmente uma candidata ao título de vencedora e, por isso, ano após ano a responsabilidade cresce. O ano passado os Volun-tários de Ourém venceram a prova e obtiveram o visto para a almejada participação nos cam-peonatos europeus, conforme revelou ao jornal Bombeiros de Portugal o adjunto de comando Emanuel Santos. A ideia este ano era continuar na senda das vitórias, mas o idêntico poderio dos Voluntários da Ribeira Gran-de não o permitiu.

Há anos que as seniores de Loures e Ourém são obrigadas a competir entre si, sendo que a equipa do distrito de Lisboa, mais experiente, tem consegui-do as melhores classificações, o que aliás se verificou, este ano, mais uma vez.

Na sessão de abertura dos 33.ºs Concursos Nacionais de Manobras para Bombeiros e 32.ºs Concursos Nacionais de Manobras para Cadetes, marca-ram presença, entre muitas ou-tras individualidades, Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses e Joaquim Santos, o presi-dente da Câmara Municipal do Seixal que distinguiram os ven-cedores do ano passada e de-ram o “sinal de partida” para mais participada edição.

CONCURSOS NACIONAIS DE MANOBRAS

Mais de 500 competição

Bancadas cheias no dia da prova, muitas dezenas de apoiantes das várias equipas, sendo que este ano se desta-caram nas provas dos seniores os Voluntários da Ribeira Grande, na classe A e dos Bombeiros de Paço de Sousa,

(BI e a equipa feminina de Loures. Já nos profissionais, nas duas classes, a vitória sor-riu aos Sapadores no Porto.

Nos escalões de cadetes, destaque para as prestações da formação masculina da Ri-beira Grande, do grupo misto

dos Municipais do Cartaxo e da equipa feminina da Rebordo-sa.

Todos os pormenores desta iniciativa da Liga dos Bombei-ros de Portugueses, na próxi-ma edição do Jornal Bombei-ros de Portugal.

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14 JUNHO 2014

É com justificado regozijo que Luís Duarte, coman-dante dos Voluntários de

Viseu conduz os jornalistas numa visita guiada ao moder-no quartel que, em dezembro de 2011, passou a acolher o corpo de bombeiros, até aí se-diado na cidade em instala-ções que há muito tinham dei-xado de dar respostas às ne-cessidades dos operacionais.

A casa ainda cheira a novo, é um facto, mas já se releva exígua, porque mesmo que “desterrada”, com acessos difí-ceis, em muito tem contribuí-do para o crescimento e afir-mação do voluntariado aten-dendo que as duas últimas es-colas de recrutas permitiram reforçar o corpo ativo com cer-ca de 40 novos elementos, algo de surpreendente, tendo em conta a realidade nacional, bem menos animadora.

“Da escola iniciada em 2012 recebemos 23 novos bombei-ros, a que dentro em breve se juntarão mais 15 elementos saídos da última recruta e já contamos com cerca de 40 ins-crições para um novo Curso de Instrução Inicial de Bombeiro, que terá início em outubro”, refere o comandante Luís Duarte, que não encontra uma justificação para tamanho in-teresse dos visienses pela cau-sa e não apenas dos mais jo-vens:

“Na escola de 2012, a média de idades era 20 anos, mas

nesta última formação já tive-mos elementos mais velhos, gente com 40 anos determina-da a servir a comunidade”, adianta o responsável opera-cional, explicando que este novo cenário, impôs novos de-safios, até porque, se na for-mação teórica não há distin-ções, a vertente mais prática, pela componente de exigência física, prejudicava os mais ve-lhos e, assim, importava “es-bater” diferenças:

“Fomos obrigados a criar um sétimo módulo de formação – Módulo Zero – dedicado à pre-paração física para que todos os formandos estivessem em pé de igualdade. Uns puxaram pelos outros, os mais velhos não cederam e, neste momen-to, a exercício físico já entrou na rotina, o que nos garante bombeiros devidamente pre-parados para todo o serviço operacional”, diz-nos Luís Duarte.

A todos os níveis a formação é uma preocupação, assumida pelo comandante em 2012, quando deixou as funções de adjunto para assumir a estru-tura.

“Estávamos muito deficitá-rios nessa área, mas felizmen-te neste momento contamos com todos elementos com for-mação TAT ou TAS e salva-mento e desencarceramento; 75 por cento do corpo de bom-beiros está devidamente pre-parado para combate a incên-

VISEU

Voluntários dão garantias de futuroDesde 2011 que os Voluntários de Viseu ocupam um novo e

moderno quartel, mas que se já revela exíguo. Assim, direção e comando acordam na necessidade de adaptar as instalações a nova realidade, até porque a propalada crise do voluntariado

ainda não bateu à porta dos voluntários visienses.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

dios florestais; 50 por cento com certificação para o manu-seamento e manutenção de ferramentas manuais; Conta-mos ainda com 12 elementos com formação em salvamento em grande ângulo outros tan-tos em matérias perigosas, 12 operadores de telecomunica-ções e ainda 12 mergulhado-res”, refere o nosso interlocu-tor dando ainda conta da in-tenção de ainda este ano fun-dir as várias equipas numa só, abarcando o mergulho, o gran-de ângulo e o grupo cinotécni-co, dando assim resposta efi-caz às solicitações operacio-nais deste território.

Neste desígnio, o comando conta com o apoio da direção, sempre disponível a dar res-posta às solicitações, “porque a formação dos bombeiros é o mais importante”, conforme salienta a vice-presidente da direção Ana Paula Santana

Esta dinâmica dita outras prioridades, e a ampliação do quartel surge como fundamen-tal, conforme defendem co-mando e direção. O projeto que prevê a união dos dois módulos que constituem o complexo, a criação de uma nova área operacional, de mais camaratas e de uma zona de refeições para o corpo de bombeiros. A concretização desta aspiração está, contudo, dependente de fundos comu-nitários.

Por solucionar continuam o

processo de acessos viários ao quartel que é servido por uma via improvisada no IP5. O co-mandante explica que a tutela e a Câmara de Viseu não se entendem na desafetação de um troço daquela via, algo que mito prejudica os bombeiros. Refira-se a associação conti-nua a pagar os acessos à in-fraestrutura, que o projeto não previu, um constrangimento que a juntar à crise financeira do pais obriga a uma gestão muito rigorosa da associação, conforme revela Ana Paula Santana:

“Esta equipa tem investido tudo na consolidação do passi-vo, para alcançar a estabiliza-ção económica da associação”, uma missão espinhosa que im-põe muito trabalho. A receita com o serviço de transporte de doentes não urgentes que cresceu nos últimos anos, as parcerias com empresas e contributos da população são importantes para manter a sustentabilidade assim como apoios ainda que direcionados da autarquia, que permitiram a concretização do projeto do

novo quartel e aquisição de um novo VCOT, em substitui-ção de um perdido, o ano pas-sado, nos incêndios do Cara-mulo. Neste âmbito, o coman-dante conta com a “sensibili-dade” do executivo para dotar o quartel com uma Equipa de Intervenção Permanente, que permitiria acrescentar valor ao serviço já prestado às popula-ções, seria “uma boa solução operacional”.

Mesmo a trabalhar em vá-rias frentes, não há margem para descurar questões impor-tantes como o Equipamento de Proteção Individual e a reno-vação do parque automóvel. O comandante aguarda com na-tural expectativa a chegada ao quartel do equipamento para fogos florestais adquirido no âmbito de uma candidatura da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, porque na vertente urbana “todos os ele-mentos tem equipamento completo”.

Segundo Luís Duarte no parque de viaturas continua a faltar uma autoescada, bem como um veículo urbano e um outro para apoio a acidentes com matérias perigosas, lacu-nas que no seu devido tempo serão, certamente, supridas.

O elenco diretivo e a estru-tura de comando não baixam os braços com intuito de dar continuidade a um projeto en-cetado em 1886 por Manuel Casimiro de Almeida Miranda e com os olhos postos no futuro apostam agora numa escola de infante e cadetes que, to-dos os domingos, junta no quartel cerca de quatro deze-nas de jovens, que com o rigor e a exigência de elementos do quadro de honra e um bem preparado grupo de formado-res, são garantia da renovação do corpo de bombeiros que importa assegurar desde já.

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15JUNHO 2014

Fez de tudo pelo futebol dentro e fora dos relvados, foi, anos a fio, um “opera-

cional” do futebol, dando mui-tas alegrias aos adeptos e gran-jeando enorme simpatia nos clubes por onde passou, sobre-tudo do Sport Lisboa e Benfica, onde integra por direito a gale-ria dos maiores. Humberto Coe-lho ocupa, atualmente, o cargo de vice-presidente da Federa-ção Portuguesa de futebol, numa missão que o enche de orgulho e lhe permite continuar a viver a sua maior paixão: o futebol.

O ex-defesa do Benfica este-ve no quartel dos Bombeiros de Cascais, onde foi recebido pelo presidente Rui Rama da Silva e

comandante João Loureiro, fa-zendo questão de cumprimen-tar os operacionais que, nessa manhã, garantiam o socorro à população da vila.

“Todos, de alguma forma, es-tamos ligados aos bombeiros, na verdade precisamos deles. Nas situações mais adversas a sua presença transmite segu-rança e, só por isso, merecem o nosso maior respeito”, sublinha.

Os incêndios que, em 2013, tantas vidas dizimaram estão na memória de todos e o nosso interlocutor, no início de mais um verão, diz esperar que ações de prevenção aplicadas em tempo útil, permitam, este ano, “salvaguardar a vida dos bombeiros” e poupar a floresta.

Considera ainda que “todos os apoios concedidos às asso-ciações e corpos de bombeiros são sempre poucos” tendo em conta a grandeza e nobreza da missão dos soldados da paz.

“Todos nós temos a obriga-ção de ser solidários e, nesse sentido, este movimento de vo-luntariado é uma referência fundamental, importantíssima”, defende Humberto Coelho, que fala com particular simpatia da “paixão que estes homens e mulheres dedicam à causa”,

aliás muito idêntica à que sem-pre ligou este homem franco, direto mas muito simples, ao futebol, tema que aliás está sempre presente em todos os momentos da sua vida.

Na conversa com os jornalis-tas, surge como inevitável, a carreira deste profissional do futebol, que se estreou “ainda menino” no pelado do Ramal-dense, mas que pisou os mais importantes relvados do Pais e do mundo.

“Não sonhava ser futebolista,

queria apenas jogar à bola”, diz, mas aquela “bola de borracha, linda” oferecida pela mãe tro-cou-lhe as voltas aos sonhos. Aos 15 anos Humberto já sabia o que realmente queria, por isso foi com naturalidade que encarou o papel de jovem pro-messa disputada por Leixões, Porto, e Benfica.

“Nunca me arrependi de nada, do que fiz, das equipas por onde passei” diz o futebolis-ta que, em 1984, uma lesão o tirou dos relvados, mas que logo procurou e encontrou ca-minhos alternativos “mas que, forçosamente, teriam que pas-sar pelo desporto rei”. Garante que ainda hoje sente “falta do jogo, do contacto com a bola, da adrenalina, do envolvimen-to”, ainda assim, afiança que abraçou com entusiasmo o de-safio de assumir o papel de diri-gente na Federação Portuguesa de Futebol.

Do vasto e invejável currículo

de Humberto Coelho destacam--se as prestações no Sport Lis-boa e Benfica e no Paris St. Germain, bem como as 64 ve-zes que representou as cores nacionais. Este notável e caris-mático defesa pode ainda orgu-lhar-se dos 58 golos marcados ao longo da carreira.

Humberto Coelho fundou uma escola de futebol, foi trei-nador, tendo orientado entre outras as formações do Sal-gueiros e o Braga, até que em 1998 foi escolhido para selecio-nador nacional, conseguiu apu-rar Portugal para o Europeu 2000, na Bélgica e Holanda, onde chegou às meias-finais. Ainda assim, Humberto troca a grupo luso para assumir o co-mando de Marrocos e, poste-riormente, da Coreia do Sul, agora, ainda que numa missão distinta, está de regresso, man-tendo-se como um dos rostos mais carismático do futebol Português.

HUMBERTO COELHO

Admiração e respeito pelos bombeirosFutebolista, treinador de futebol,

selecionador nacional, Humberto Coelho fez de tudo no e para o desporto rei.

Atualmente, desempenha as funções de vice-presidente da Federação Portuguesa

de Futebol.O jornal Bombeiros de Portugal

acompanhou Humberto Coelho numa visita ao quartel dos Bombeiros de Cascais, onde

este “Senhor do futebol” se revelou entusiasta da causa associativa e um

admirador da missão cumprida, todos os dias, pelos bombeiros.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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16 JUNHO 2014

“Estão por avaliar as consequências dos erros do passado re-

cente, quando existiam condi-ções. Senhor Ministro, não es-tamos disponíveis para andar a estender as mãos à caridade”.

Estas foram algumas das pa-lavras de Jaime Marta Soares dirigidas a Miguel Macedo, mi-nistro da Administração Inter-na, no discurso que assinalou as comemorações de mais um Dia do Bombeiro Português. Desta feita, a data foi assinala-da no Barreiro, no passado dia 8 de junho.

Perante dezenas de bombei-ros, vários convidados e muitos populares que se associaram a esta data que também foi de homenagem, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, afirmou a necessidade de serem “criadas condições de in-centivo ao voluntariado” que contribuam para proporcionar “um mínimo de sustentabilida-de. Perante o olhar atento do ministro e do secretário de es-tado, o presidente da Liga de-

fendeu que ao nível da Proteção Civil os bombeiros “querem ter autonomia”. Referindo-se à Au-toridade Nacional de Proteção Civil, Marta Soares sublinhou que a esta estrutura compete apenas a “coordenação” e não “comando” dos bombeiros. Nesse sentido, e no âmbito da

revisão da Lei de Bases de Pro-teção Civil, o presidente da Liga considerou que é necessário que fiquem bem definidas as matérias de estrutura de co-mando, autonomia e regras de financiamento.

Em memória de muitos ho-mens e mulheres que “há mais de 620 anos morrem ao serviço de Portugal” pediu um minuto de silêncio. No final escutaram--se palmas de profundo reco-nhecimento de todos os presen-tes. Referindo-se ao “passado recente”, Jaime Marta Soares referiu que esse mesmo passa-do vai ter “consequências futu-ras”, lançando o desafio para que sejam retiradas “ilações” com o objetivo de se poder construir um “futuro com rigor”. Jaime Marta Soares, lembrou que os bombeiros, que assen-

tam numa estrutura associativa que tem por base o voluntaria-do, “são o principal agente da proteção civil”. “Olhem para eles com dignidade”, apelou.

Num claro recado dirigido ao ministério da Saúde, Jaime Marta Soares lembrou que os bombeiros “são o principal sus-tentáculo de saúde” que cola-bora com o INEM. Recordou que existe “legislação anacrónica” no que diz respeito aos serviços de saúde prestados pelos bom-beiros, nomeadamente no que se refere ao “transporte de doentes”.“Não queremos conti-nuar que sejam assim trata-dos”, acrescentou Jaime Marta Soares que foi aplaudido pelos populares presentes.

Lembrança e reconhecimento

Tal como é hábito a Liga dos Bombeiros Portugueses apro-veitou a cerimónia do Dia do Bombeiro Português para en-tregar o Prémio Bombeiro de Mérito e as Menções Honrosas relativas a 2013 com os apoios da Fundação Montepio e da em-presa “Sarah Trading”.

Os bombeiros Fernando Oli-veira e Carla Neto, dos Bombei-ros Voluntários de Barcelinhos, receberam o Prémio das mãos do presidente da Liga e do mi-nistro da Administração Inter-na, Miguel Macedo.

Depois de um verão, particu-larmente trágico, a cerimónia do dia 8 de junho, ficou ainda

DIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊS

“Não estamos disponíveis para estender as mãos à caridade”Fo

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17JUNHO 2014

DIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊS

“Não estamos disponíveis para estender as mãos à caridade”

Aproveitando as cerimónias do Dia do Bombeiro Portu-

guês, o Ministro da Administra-ção Interna, Miguel Macedo, procedeu à entrega de novos rádios SIRESP aos corpos de bombeiros dos distritos de Lis-boa e Setúbal, num total de 81 corporações. Com a entrega destes novos rádios, o Governo garante ter disponíveis para operação, pela Autoridade Na-cional de Proteção Civil (ANPC) e pelos corpos de bombeiros, nomeadamente no contexto do Dispositivo Especial de Com-

bate aos Incêndios Florestais do corrente ano, um total nacional de 6 244 rádios SIRESP.

SIRESP

Rádios para Lisboa e Setúbal

marcada pela emoção e pela dor. A Liga dos Bombeiros Por-tugueses entregou aos familia-res dos oito bombeiros mortos nos incêndios do ano passado o Crachá de Ouro a título póstu-mo, um momento particular-mente “doloroso”, como referiu Jaime Marta Soares.

No âmbito do Prémio Bombei-ro de Mérito foram também en-tregues menções honrosas, à Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, ao presidente da assembleia-geral dos Voluntá-rios de Vila Nova de Famalicão, Avelino Almeida Machado da Sil-va Reis, e à empresa “Digal SA”.

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18 JUNHO 2014

Elementos dos Bombeiros Voluntários da Aguda frequentaram em 14 e 15 de Junho último um

curso de equipa de intervenção rápida (RIT). Para tal, deslocaram à Escola Portuguesa de Salva-mento, uma equipa de 4 operacionais.

Segundo fonte do corpo de bombeiros,”estes

novos conhecimentos agora adquiridos irão refor-çar a capacidade técnica e operacional dos inter-venientes”.

Segundo a mesma fonte, a curto prazo, os quatro elementos irão transmitir os conhecimen-tos adquiridos ao restante corpo de bombeiros.

AGUDA

Bombeiros em formação RIT

A Unidade Local de Formação (ULF) dos Bom-beiros Voluntários de Vila Real de Santo Antó-

nio acolheu recentemente um curso de chefe de equipa de incêndios urbanos, facultado pela Es-cola Nacional de Bombeiros (ENB), no âmbito das operações essenciais de extinção de incêndios ur-banos e industriais.

O curso, que teve como objetivo preparar os bombeiros para chefiar uma primeira intervenção em cenários de incidentes estruturais, foi fre-

quentada por operacionais dos Bombeiros Volun-tários de Portimão, Monchique e Municipais de Loulé e Olhão, tendo como formadores de com-bate a incêndios urbanos e industriais da ENB, Válter Raimundo, adjunto de comando dos Bom-beiros de Portimão e João Horta bombeiro muni-cipal em Tavira.

Esta ULF é a única em funcionamento na região desde 2012. Aguarda-se agora a instalação de outra dessas unidade em Monchique.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Curso de chefe de equipa de urbanos

No âmbito das comemora-ções do Dia Municipal do

Bombeiro de Palmela, reali-zou-se o Exercício “Ensinex”, na Escola Básica José Sara-mago, na localidade de Po-ceirão.

Com o objetivo de testar o plano de segurança desta unidade de ensino, o exercí-cio mobilizou o Corpo de Bombeiros de Águas de Mou-ra, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Palmela, Autoridade Nacional de Pro-teção Civil e a Guarda Nacio-nal Republicana.

ÁGUAS DE MOURA

Ensinex testa plano

A convite da Associación Pro-fesional de Rescate en Acci-

dentes de Trafico (APRAT), de Espanha, congénere da Asso-ciação Nacional de Salvamento e Desencarceramento (ANSD), de Portugal, o Corpo de Bom-beiros do Sul e Sueste partici-pou com uma Equipa de Salva-mento e Desencarceramento no X Encuentro Nacional de Rescate en Accidentes de Tráfi-co, que decorreu em Bilbau, entre 11 e 14 de junho.

A Corpo de Bombeiros do Sul

e Sueste, representado por seis operacionais, realizou com su-cesso manobras standard e complexas avaliadas pelo júri da APRAT.

A participação no encontro nacional espanhol de salva-mento e desencarceramento em acidentes rodoviários de uma equipa do Corpo de Bom-beiros do Sul e Sueste ocorre pelo segundo ano consecutivo, começando assim a cimentar--se uma relação ibérica profí-cua que permite formar os

bombeiros de forma diferencia-da, com resultados notáveis.

O envolvimento do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste neste tipo de eventos iniciou-se há um ano atrás, quando em junho de 2013 se realizou no Barreiro o I Campeonato Nacio-nal de Salvamento e Desencar-ceramento, organizado pela ANSD, tendo desde então sido feita uma forte aposta na for-mação e no treino dos bombei-ros nesta área de especialida-de.

BARREIRO

Sul e Sueste em Espanha

A colisão entre um comboio de passageiros e um outro de mercadorias perigosas na estação

ferroviária de Soure foi o cenário criado para a realização do exercício distrital “SoureTrain 14” no passado dia 17 de maio.

Este teste permitiu avaliar tempos de resposta, prontidão e sobretudo a capacidade de interven-ção num cenário de multivítimas com existência de matérias perigosas.

Desta forma os operacionais foram chamados a prestar assistência a cerca de 40 passageiros, en-tre os quais 12 feridos graves, oito ligeiros e dois mortos e ainda proceder às medidas de arrefeci-mento e controlo do vagão cisterna que transpor-tava clorato de sódio.

Estiveram envolvidos neste exercício 150 bom-beiros e 40 veículos dos corpos de bombeiros de Soure, Brasfemes, Cantanhede, Condeixa-a-No-va, Coimbra (voluntários e sapadores), Figueira da Foz (voluntários e municipais), Miranda do Cor-vo, Montemor-o-Velho, Penacova, Penela, Pom-bal; o CDOS de Coimbra e ainda equipas do INEM, Guarda Nacional Republicana, CP e REFER.

Sérgio Santos

SOURE

Exercício “SoureTrain14”

Após a inauguração no final do mês de abril das várias

estruturas do Centro de Forma-ção dos B V Esmoriz a ansieda-de para a concretização do pri-meiro exercício/simulacro inter-no era evidente.

A “estreia” do novo equipa-mento aconteceu em meados do maio, envolvendo várias de-zenas de elementos do Corpo de Bombeiros perante uma as-sistência que integrou escutei-ros de Esmoriz, com elementos dos órgãos sociais, populares, beneméritos e até o presidente da Junta de Freguesia de Esmo-riz.

Numa tarde quente, os ope-racionais testou o regaste de quatro pessoas de uma habita-ção tomada pelo fogo, naquela que foi mais uma bem-sucedida missão, que permite certificar, que em cenário real, este corpo de bombeiros se distingue pela prontidão, preparação e capaci-dade de resposta.

ESMORIZ

OPeracionais “estreiam” casa de fogo

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19JUNHO 2014

Na sequência de contactos estabelecidos entre dirigen-

tes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albufeira e uma congénere Ir-landesa, dois operacionais al-garvios, participaram no “Na-tional Road Traffic Collision and Trauma Challenge 2014” em Bray, na Irlanda.

Para os participantes, esta ação possibilitou a partilha de experiências e conhecimentos técnicos, que permitem o de-senvolvimento e aperfeiçoa-mento na abordagem e inter-venção em acidentes rodoviá-rios com vítimas encarceradas.

Registe-se que, não obstante a participação de várias equipas de outros países, o grupo de Albufei-ra foi distinguido pelo júri com o troféu “Equipa de Eleição”.

ALBUFEIRA

Em campeonato na Irlanda

Mais uma vez os Voluntários de Minde abriram as portas

a novas atividades, e numa par-ceria com a Associação Nacio-nal de Salvamento e Desencar-ceramento (ANSD), acolheram a iniciativa “Trauma Challenge II”, que contou com a participa-ção dos corpos de bombeiros Sul e Sueste (Barreiro), Parede, Samora Correia, municipais da Figueira da Foz e CIOPS de Vila Real.

A saudável competição, a troca de experiências e o conví-vio marcaram esta prova que levou ao pódio os Voluntários da Parede (1.º lugar), os Muni-cipais da Figueira da Foz (2.º) e os Bombeiros de Samora Cor-reia (3.º).

MINDE

Quartel acolhe “Trauma Challenge II”

Depois de dois anos de interregno os Bombei-ros Voluntários de Fafe reativaram o Encontro

de Orientação Pedestre, que nesta sétima edição levou os participantes à descoberta das fregue-sias de Arões (Santa Cristina), Cepães e Fareja, terminando no Complexo Turístico de Rilhadas.

As dezasseis equipas inscritas fizeram-se à es-trada e foram percorrendo as sete balizas de pro-vas distribuídas pelo percurso e que incluíram um teste aos conhecimentos teóricos, o manusea-mento de ferramentas manuais, a montagem de ARICA, ordem unida, 1.º COS, imobilização e

montagem de moto-bombas. No final do percur-so, no Complexo Turístico de Rilhadas, estava montado um parque com atividades radicais para os participantes.

Regressados ao quartel de Fafe e depois de somados os tempos e pontuações, destaque para

as prestações dos Bombeiros Famalicenses (1.º), Voluntários Celoricenses (2.º) e Sapadores de Braga. Destaque ainda para a participação de duas equipas de cadetes dos Bombeiros de Fafe, nesta grande iniciativa que mais uma vez teve a assinatura do núcleo local da Juvebombeiro.

FAFE

Encontros de orientação pedestre

Os Bombeiros Voluntários do Sul Sueste (Bar-reiro) realizaram no dia 4 de junho, no âmbi-

to do Plano de Emergência Interno da Escola EB1 do Lavradio, no concelho do Barreiro, um exercí-cio de simulacro de incêndio estrutural com duas vítimas.

O simulacro teve como objetivo testar a capaci-dade de intervenção do corpo de bombeiros na res-posta a situações reais, bem como certificar a ope-racionalidade das equipas de evacuação escolar.

O exercício envolveu 13 operacionais e três viaturas dos Bombeiros do Sul e Sueste.

BARREIRO

Simulacro na EB1 do Lavradio

Mais de duas dezenas de operacionais partici-param na 3.ª edição da Instrução Trauma In-

tensivo, uma iniciativa dos Bombeiros de Soure que desta feita contou com participação de ele-mentos dos Voluntários de Vila Nova de Poiares.

Nesta ação conjunta foram recriados cenários extremos e condições adversas, permitindo a prática de procedimentos e técnicas adequados em situações tão distintas como o despiste de um motociclo ou a explosão em terreno agrícola, os

participantes treinaram também o resgate e sal-vamento em espaços confinados, em poços e em meio aquático bem como a remoção e extração de vítimas encarceradas.

Depois de 16 horas ininterruptas de exercícios, o desgaste e a exaustão dos operacionais coexis-tia com “enorme espírito de equipa, entrega e de-dicação”, fatores que, aliás, em muito contribuí-ram para o êxito desta iniciativa.

SOURE

Instrução Intensiva

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20 JUNHO 2014

Os Bombeiros Voluntários de Mira, em par-ceria com o Comando Distrital de Opera-

ções de Socorro de Coimbra, organizaram um treino operacional de condução em areia nos dia 23, 24 e 25 de maio no concelho de Mira.

Este treino envolveu cerca de 130 operacio-nais distribuídos pelos diversos corpos de bombeiros do distrito de Coimbra, GIPS da GNR e sapadores florestais de Mira. Incluiu uma componente teórica no dia 23 e a compo-nente prática nos dias 24 e 25.

Esta ação de treino ficou a dever-se ao fac-to de nos últimos anos, principalmente em 2013, se terem verificado alguns constrangi-mentos e dificuldades na progressão dos veí-culos em terreno arenoso nos incêndios ocor-ridos em Mira.

No final, em jeito de balanço, todos foram unânimes de que esta iniciativa foi uma mais--valia para a preparação do DECIF 2014, fi-cando em aberto novas ações deste género a organizar no futuro.

MIRA

Treino de condução em areia

A equipa de Salvamento em Grande Ângulo dos Bombeiros Vo-luntários das Velas foi ativada, no passado dia 19, por volta das

20 horas, para efetuar o resgate de um corpo de um indivíduo do sexo masculino que se encontrava numa arriba na freguesia da Urzelina, Ilha de São Jorge nos Açores.

Nesta intervenção, marcada pela organização e profissionalismo dos operacionais açorianos de Velas, estiveram ainda envolvidos os Bombeiros da Calheta, Política de Segurança Pública, Polícia Marí-tima, Ministério Público, a Autoridade de Saúde e o Serviço Regio-nal de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.

AÇORES

Resgate na arriba

A operação de prevenção e socorro na Praia do Guincho deste ano, designada por

“Praia Segura”, arrancou recentemente e ter-mina em 14 de setembro próximo.

A iniciativa dos Bombeiros Voluntários de Cascais repete-se há duas décadas, com o apoio da Câmara Municipal de Cascais e do hoteleiro local Toni Muchaxo.

A “Praia Segura” realiza-se aos fins de se-

mana e feriados de verão e consiste na pre-sença de uma ambulância de socorro com dois bombeiros e um médico como tripulantes.

Ao fim de duas décadas ininterruptas da operação foram assistidos milhares de banhis-tas na ambulância dos Voluntários de Cascais e em apenas dois casos, e por mera precau-ção, houve necessidade de evacuar para o Hospital de Cascais.

CASCAIS

Prevenção no Guincho arrancou

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Os Bombeiros Voluntários de Grândola extinguiram rapi-

damente o incêndio que havia deflagrado nos rodados anterio-res de um reboque em circula-ção na A2, ao quilómetro 100.

A equipa de reportagem do “Bombeiros de Portugal” deslo-cava-se para o sul do País quan-do se deparou com o ocorrido. O motorista do pesado havia tido o cuidado de desatrelar o trator do reboque mal detetou o foco de incêndio. Tentou ainda extin-guir o incêndio sem êxito. Nessa operação foi apoiado pelas tripulações de ambulâncias dos Bombeiros Voluntários de Aljezur e Mértola que passavam na altura.

A chegada dos Voluntários de Grândola, inicial-mente com um VLCI e logo de seguida com um VFCI e respetivas tripulações, permitiu extinguir finalmente o foco de incêndio.

ACIDENTE NA A2

Intervenção pronta

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A pronta intervenção dos bombeiros impediu que o incêndio ocorrido numa fábrica de papel

na Lapa, S. Paio de Oleiros, Feira, atingisse a zona de produção e pusesse em causa o funcio-namento daquela unidade industrial.

Tratou-se de uma intervenção difícil mas bem agilizada e coordenada pelos bombeiros presen-tes.

O incêndio, circunscrito a um pavilhão de ar-mazenamento, foi combatido por 51 bombeiros apoiados em 15 viaturas de 6 corpos de bombei-ros associativos.

Os Voluntários de Lourosa participaram com 6 veículos, os de Espinho com 3, os Espinhenses com 2, os da Feira com 2, e os de Esmoriz e S. João da Madeira com uma viatura cada.

FEIRA

Bombeiros evitam o pior

Um incêndio florestal devas-tou, no dia 10 de junho so-

breiros, pinheiros, e mato em Garcia Meninos, freguesia de Figueira dos Cavaleiros, conce-lho de Ferreira do Alentejo. As chamas que começaram a la-vrar às 15.35h. foram domina-das pouco depois das 18 horas.

Estiveram neste teatro de operações 54 operacionais dos corpos de bombeiros de Ferrei-ra do Alentejo, Cuba, Alvito, Alvalade,Torrão, Grândola e Castro Verde, apoiados por 14 viaturas.

FERREIRA DO ALENTEJO

Incêndio em Dia de Portugal

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21JUNHO 2014

Um acidente com um trator que caiu numa ra-vina na localidade de Casarias, freguesia de

Coja levou a uma intervenção multidisciplinar das equipas de socorro.

Devido a dificuldade do acesso ao local do aci-dente e aos ferimentos da vítima foi necessária a intervenção do helicóptero Kamov para se proce-der à sua evacuação para os hospitais da univer-sidade de Coimbra.

Estiveram neste teatro de operações, quatro veículos e onze elementos dos Bombeiros Volun-tários de Coja que foram apoiados pela equipa SIV INEM de Arganil.

Sérgio Santos

COJA

Intervenção multidisciplinarUma família de seis pessoas

ficou desalojada no Alto do Seixalinho num dia de muito trabalho para o Corpo de Salva-ção Pública do Barreiro.

A precipitação muito intensa que se abateu subitamente so-bre a cidade, no passado dia 23 de junho, inundou ruas, provo-cando constrangimentos ao trânsito. O túnel da Rua Miguel Bombarda, uma das principais artérias do Barreiro, rapida-mente ficou intransitável, bem como muitas outras vias urba-nas.

Mesmo com a melhoria das condições meteorológicas, os alertas continuaram a chegar visto que a capacidade de isola-mento de muitos telhados foi ultrapassada pela quantidade de água acumulada. Várias ha-bitações ficaram danificadas, com a situação mais complica-da a verificar-se no Bloco F da Rua Padre Abel Varzim, onde um terceiro andar ficou inabitá-vel. Com o acionamento da Li-nha Nacional de Emergência

Social (144), três dos seis resi-dentes foram alojados, tempo-rariamente, numa casa abrigo em Cruz de Pau, no concelho do Seixal, tendo os outros três mo-radores ficado em casa de fami-liares.

A chuva inundou caves, gara-gens e habitações, provocando estragos e dando origem a um elevado número de pedidos de auxílio que chegou durante a tarde.

Feito o balanço final, os Bom-beiros Voluntários do Barreiro - Corpo de Salvação Pública res-ponderam com um dispositivo constituído por seis veículos e vinte e um elementos, para

além de uma equipa de reforço à coordenação das operações na sua Central de Comunica-ções. Durante todo o dia, as condições meteorológicas ad-versas deram origem direta a trinta e duas ocorrências na área de atuação do Corpo de Salvação Pública, que corres-ponde a duas das Uniões de Freguesias do concelho (Alto do Seixalinho, Santo André e Ver-derena, bem como a de Palhais e Coina), às quais há a acres-centar três acidentes de viação - dois despistes e uma colisão, todos envolvendo veículos ligei-ros, dos quais resultou um feri-do ligeiro.

BARREIRO

Precipitação provoca danos

Os operacionais da Associa-ção Humanitária de Bom-

beiros Voluntários de Caneças estão mais protegidos para o combate aos incêndios flores-tais, graças a várias iniciativas de angariação de fundos.

Os subchefes Nuno Azevedo e Bruno Fernandes tiveram a iniciativa de realizar a venda de rifas e e participar em festivida-des locais com o intuito de re-colher verbas destinadas à aquisição de equipamentos de proteção individual para as in-tervenções no combate aos in-cêndios florestais.

Esta ação que contou com o apoio da direção, comando e da maioria do corpo ativo permitiu obter sessenta máscaras e res-petivos filtros que, numa simbó-lica cerimónia, as chefias e o co-mandante Manuel Varela entre-garam aos operacionais.

Sérgio Santos

CANEÇAS

Operacionais mais protegidos

Os Bombeiros Voluntários de Mira, foram “sur-preendidos” com a chegada de uma nova am-

bulância de socorro no passado dia 16 de junho. Embora fosse de conhecimento geral que a nova ambulância estaria em vias ser entregue, a direção e o comando, entenderam apresentar a ambulân-cia durante uma reunião operacional com o corpo de bombeiros sem que estes soubessem da sua chegada, provocando um sentimento de alegria e satisfação junto daqueles diariamente a vão utili-zar na sua nobre missão.

Este meio de socorro foi o primeiro a ser adqui-rido no âmbito do atual plano de renovação das ambulâncias com mais quilómetros. Esta viatura inclui várias valências, nomeadamente, um moni-tor de parâmetros vitais, desfibrilhador automático externo, e outros equipamentos.

A sua aquisição foi apoiada em 50 por cento pela autarquia, tendo a Associação Humanitária supor-tado os outros 50, com apoio das juntas de fregue-

sias, empresas, donativos particulares e angaria-ções de fundos levadas a cabo pelos bombeiros.

MIRA

Nova ambulância de socorro

ALTER DO CHÃO

Quartel recebe viaturasNo final do passado mês de

maio, no âmbito das comemo-rações do dia do Município de Alter do Chão, foram apresentadas à po-pulação as novas viaturas opera-cionais dos bombeiros locais.

Os Voluntários de Alter do Chão, deram assim a conhecer um veícu-lo florestal de combate a incêndios (VFCI), adquirida ao abrigo de uma candidatura a fundos do QREN de-senvolvida pela Federação de bom-beiros do Distrito de Portalegre com participação das congéneres de Santarém e Évora, tendo o mu-nicípio assumido a comparticipa-ção financeira exigida à associa-ção.

Os Bombeiros de Alter do Chão reforçaram a sua frota ainda com ambulância de transporte múltiplo (ABTM) oferecida pela câmara municipal.

A cerimónia de inauguração e bênção das viaturas que se realizou-se Largo Dr. Barreto Caldeira, fronteiro ao Castelo de Alter, foi pre-sidida pelo Monsenhor Paulo Dias e contou com as presenças do comando, corpos sociais

e bombeiros, bem como do presidente da mu-nicípio, Joviano Vitorino, e do vice-presidente Manuel Carola, do presidente da Assembleia Municipal, António Hemetério e de Marcelo Rebelo de Sousa, presidente do conselho de administração da Fundação da Casa de Bra-gança.

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22 JUNHO 2014

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-

rios de Albufeira (AHBVA) recebeu, do Algarve Shop-ping, dois equipamentos para intervenção no âmbito do combate a incêndios ur-banos. Um dos equipamen-tos permite a exaustão/ ventilação dos fumos e ga-ses resultantes dos incên-dios, facilitando as opera-ções de salvamento e com-bate, e o outro, uma máscara de resga-te que possibilita, no decorrer das ações de busca e salvamento, a proteção e recuperação de eventuais vítimas.

Esta iniciativa permitiu colmatar la-cunas identificadas pelo corpo de bom-beiros, sempre empenhado em servir mais e melhor a população.

ALBUFEIRA

Shopping presenteia bombeirosA empresa “Garmin” ofereceu aos

Bombeiros Voluntários de Águas de Moura, Palmela, um GPS “Montana 650T” para apoiar aquele corpo de bombeiros nas operações integradas no combate aos incêndios florestais.

O GPS “Montana 650T” possui um ecrã tátil de 4 polegadas com orienta-ção dupla (mapas desenhados e ima-gem real da estrada).

Inclui um mapa topográfico recreati-vo de 100K Europeu pré-carregado oferece um alargado espetro de acesso por várias estradas e caminhos secun-dários, essencial na procura por trilhos e caminhos alternativos.

Por outro lado, a câmara de 5 MP

com focagem automática permite a criação de fotografias georreferencia-das. Segundo o comandante do Corpo

de Bombeiros de Águas de Moura, Rui Laranjeira, “Com o Montana 650T con-seguimos ter sempre acesso à georre-ferenciação do local, ou seja, sabemos qual o local exato onde estão os bom-beiros, podendo referenciar também onde estão os abastecimentos de água ou até mesmo a localização de habita-ções isoladas ou nas proximidades do incêndio. Esta funcionalidade é muito importante tanto para responder com maior exatidão e prontidão aos pedi-dos de ajuda, como para garantir a se-gurança de todo o corpo de interven-ção”. Além disso, fornece o perímetro do incêndio, ou seja da área ardida, e com imagem de qualidade.

ÁGUAS DE MOURA

Empresa oferece GPS

José Pereira Dias recebeu o prémio “Troféu da Federação

Grau Ouro” na cerimónia come-morativa do Dia Distrital dos Bombeiros do Distrito de Viseu.

Cinfães foi o palco das come-morações e acolheu represen-tações de muitas corporações de bombeiros do distrito e al-gumas entidades responsáveis pela orgânica dos bombeiros a nível nacional, entre as quais se destaca o Presidente do Mu-nicípio de Cinfães; o Coman-dante Jaime Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses; António Ribeiro, CADIS (Comandante do Agrupamento Distrital Centro Norte), que também representou a ANPC (Autoridade Nacional de Prote-ção Civil); o Tenente Coronel Lúcio Campos, 1.º CODIS (Co-mandante Operacional Distri-tal); o Professor Henrique Pe-reira 2.º CODIS e Rebelo Mari-nho, Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu.

A sessão solene teve lugar na Biblioteca Municipal de Cin-fães com os habituais discur-sos. Usaram da palavra os pre-sidentes da Assembleia Geral da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu, da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Cinfães, da Fede-ração dos Bombeiros do Distri-

to de Viseu, bem como o Co-mandante do Agrupamento Distrital Centro Norte e o presi-dente da Liga dos Bombeiros Portugueses, tendo encerrado a sessão o presidente da Câ-mara Municipal de Cinfães, Ar-mando Mourisco.

De destacar do discurso de António Ribeiro (CADIS) a im-portância de se estar mais atento às ignições dos incên-dios florestais, pois o problema não reside em quem combate mas sim no número de ignições que acontecem quase em si-multâneo. O Comandante su-blinhou que é necessário apelar e trabalhar mais ao nível da prevenção.

Das palavras de Rebelo Mari-nho, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu, destaque para a impor-

tância do associativismo na fa-mília dos bombeiros que nos últimos tempos se tem visto di-minuir pelo número de homens que têm abandonado o País por este não lhes dar as condições necessárias para a sua perma-nência.

Já Jaime Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, sublinhou parabéns pela extraordinária organização e disciplina que havia presen-ciado aquando da receção às entidades convidadas.

Da sessão solene fez parte ainda a atribuição de prémios por parte da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu tendo Rebelo Marinho, usado novamente da palavra para apresentar e atribuir os respe-tivos galardões. Este ano, foi atribuída uma menção honrosa

ao município de S. João da Pesqueira por proposta da As-sociação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Er-vedosa do Douro pelo “exce-lente contributo dado à corpo-ração de Ervedosa do Douro” e atribuiu também por proposta da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ca-banas de Viriato o prémio “Tro-féu da Federação Grau Ouro” a José Pereira Dias, presidente da Assembleia Geral da Asso-ciação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Cabanas de Viriato “pelos seus mais de

50 anos de contributo e dedi-cação à causa dos bombeiros. Pelas partilhas com os seus bombeiros e pela presença sempre ativa em todas as ati-vidades relacionadas com a causa dos bombeiros”. Visivel-mente emocionado, José Perei-ra Dias, usou da palavra para agradecer a distinção referindo que “talvez não merecesse e que só queria ter forças para dedicar mais 50 anos aos bom-beiros”

À hora marcada, cerca das 17h. teve início ao tradicional desfile apeado composto por

todos os bombeiros presentes incluindo as respetivas escolas de infantes e cadetes e o desfi-le motorizado no qual os veícu-los foram organizados por tipo-logias iniciando com os veícu-los afetos à categoria de saú-de, serviço pré-hospitalar, veículos de comando, combate a incêndios, desencarceramen-to e por fim veículos de apoio e logística.. As comemorações terminaram com um lanche “ajantarado” para os cerca de 400 homens, preparado e ser-vido pelos alunos da Escola Se-cundaria de Cinfães.

VISEU

Federação distingue José Pereira Dias

A Associação Humanitária dos Bombeiros de Carcavelos e

S. Domingos de Rana está a ex-plorar um parque de estaciona-mento destinado aos utentes da Praia de Carcavelos. As receitas ali geradas destinam-se à aqui-sição de equipamento, estando já no horizonte a urgência da aquisição de uma ambulância de socorro.

O parque entrou em funcio-namento em 10 de Junho últi-mo e estará aberto todos os dias, entre as 8 e as 19horas. O valor cobrado pelos bombeiros é de apenas 1 euro/dia.

O custo de entrada é recuperável em condições publicitadas no local.

Este projecto, resultante da união de um conjunto alargado de boas vontades, tem em vista a obtenção de recursos fi-nanceiros para a modernização do par-que automóvel.

CARCAVELOS SD RANA

Parque de estacionamento para apoiarNo âmbito do projeto Bombeiros Séc.

XXI, que resulta de uma parceria que une Escola Nacional de Bombeiros Liga dos Bombeiros Portugueses, realizou-se no Corpo Bombeiros de Caldas da Rainha de 4 a 8 de junho, uma ação de formação de Chefe de Equipa de Salvamento Desencar-ceramento.

Esta ação que tem como objetivo, formar responsáveis por equipas de intervenção capazes de aplicar técnicas de salvamento e desencarceramento rodoviário e similar, teve como formador Rui Faria e contou com a participação dos subchefes Luís Ventura, José Silva, Sabino Gonçalves e João Paulo Silva e os bombeiros de 1.ª José Gomes, António Soares, Hélder Santos, João Frago-so, Pedro Marques e Vasco Silva.

CALDAS RAINHA

Quartel acolhe “Bombeiros Séc. XXI “

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23JUNHO 2014

No passado dia 7 de Junho, decorre-ram na cidade ferroviária do En-

troncamento, as cerimónias oficiais do Dia Distrital do Bombeiro de Santarém organizadas pela Federação de Bom-beiros do Distrito de Santarém, com o apoio da Câmara Municipal do Entron-camento e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Entron-camento.

Presidiu às cerimónias o Secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, tendo marcado presen-ça Deputados da Assembleia da Repú-blica eleitos pelo Distrito de Santarém, o Presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o Comandante Opera-cional Nacional, o Presidente do Con-selho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, o Presidente da Direcção da Federação dos Bombeiros do Distri-to de Santarém, o Director Nacional de Bombeiros, o Comandante Operacional do Agrupamento Centro Sul, os Co-mandantes Operacionais Distritais de Santarém, Leiria, Portalegre e Castelo Branco, a Vice-presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, outros autarcas do Distrito, Dirigentes e Co-mandantes dos Bombeiros do Distrito bem como outros responsáveis dos Bombeiros dos Distritos de Leiria, Por-talegre e Castelo Branco.

A formatura abria com a Fanfarra dos Bombeiros Municipais de Alcane-na, seguida do Bloco de estandartes dos Corpos de Bombeiros do Distrito e da Federação, e era composta por dois pelotões de Bombeiros e dois pelotões de Estagiários, que formaram frente à tribuna colocada ao cimo da escadaria de acesso aos Paços do Concelho do Entroncamento, tendo o Secretário de Estado, acompanhado do Comandante da Formatura, passado revista às for-ças em parada.

Ao lado do edifício da Câmara en-contravam-se em exposição um VUCI recentemente atribuído aos B.V. da Golegã e um VFCI entregue há dias

aos B.M. do Cartaxo. Também se viam expostos EPI entregues aos Bombeiros da Lezíria do Tejo.

A cerimónia da sessão solene foi orientada pelo Cmdt QH dos B.V. En-troncamento, Vítor Bertelo, na sua qualidade de dirigente da Federação.

Usou da palavra o Presidente da Fe-deração, Diamantino Duarte, que a to-dos saudou e enalteceu o trabalho do seu Vice-presidente, Cmdt Adelino Go-mes, no desenvolvimento do processo de candidatura ao QREN, em conjunto com as Federações de Portalegre e Évora, cujos benefícios já são bem vi-síveis com a distribuição de viaturas de topo de gama a vários Corpos de Bom-beiros da Lezíria e bem assim equipa-mento de proteção individual. Disse ainda Diamantino Duarte: - “Precisa-mos de continuar o trabalho de re--equipamento dos Corpos de Bombei-ros, quer com meios de primeira inter-venção, quer com meios de proteção individual. Isso tem vindo a ser feito, mas ainda falta muito para se atingir o que pretendemos.”

O Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, Cmdt Jaime Soares, usando da palavra em improviso, realçou o trabalho in-

cansável e impagável dos Bombeiros Portugueses, relatou as recentes con-quistas para os Bombeiros em termos de seguros e de equipamentos, nomea-damente de Rádios Siresp, mas, como em sua opinião, nem tudo está feito, prometeu que a Liga vai continuar na defesa dos direitos dos Bombeiros de Portugal. Na sua alocução, o Presidente da Liga aproveitou para fazer uma sau-dação especial ao Presidente da Autori-dade Nacional de Proteção Civil dado que foi neste dia, como disse, o “bap-tismo” desta personalidade numa ceri-mónia de Bombeiros.

Entretanto foram condecorados com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombei-ros Portugueses os Comandantes Car-los Gonçalves dos B.V. de V. N. da Bar-quinha, António Manuel de Jesus dos B. V. de Abrantes e José Curado dos B.M. do Sardoal, sendo que este último passou recentemente, a seu pedido, ao Quadro de Honra dos B. M. do Sar-doal.

Foi um momento empolgante, que mereceu muitos aplausos dos assis-tentes, já que se trata de três Coman-dantes de referência no Distrito, todos com sobejas provas dadas e muitos anos trabalho ao serviço da causa dos Bombeiros.

Seguiu-se a entrega simbólica de Rádios SIRESP às mais antigas Asso-ciações de Bombeiros dos quatro Dis-tritos presentes – Portalegre, Castelo Branco, Santarém e Leiria – que pela

mesma ordem foram Portalegre, Covi-lhã, Santarém e Alcobaça.

Usando da palavra a Vice-presidente da Câmara Municipal do Entroncamen-to, Ilda Joaquim, a todos saudou mos-trando o seu regozijo por ter sido esco-lhida a cidade ferroviária para tão im-portante cerimónia e no seu brilhante improviso informou que o Município está aberto a todas as parcerias que visem o desenvolvimento e aperfeiçoa-mento das competências dos Bombei-ros Portugueses, nomeadamente a es-pecialização em socorro ferroviário já que os recursos existentes na cidade e a sua localização, lhe conferem uma posição excecional para todo o socorro em acidentes ferroviários.

A sessão solene terminou com a in-tervenção do Secretário de Estado João Almeida, cujas palavras prende-ram a atenção de todos os presentes dada a forma clara como elogiou o tra-balho dos Bombeiros em todos os dias do ano e como assumiu que nem tudo

tem corrido bem, como foi o caso da distribuição dos equipamentos de pro-teção individual, tendo inclusivamente pedido desculpas por todos os atrasos que têm vindo a acontecer nesta área tão importante como sensível, prome-tendo seu melhor empenhamento no sentido de serem recuperados os tais atrasos, na medida do possível e ainda melhorar a proteção dos Bombeiros e rever o financiamento das associações Humanitárias de Bombeiros, frisando a necessidade dos privados serem tam-bém envolvidos neste processo.

Encerrada a cerimónia seguiu-se o desfile, perante a tribuna, das forças em parada.

Depois, já no Quartel dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, foram então entregues 476 novos Rádios do Sistema Integrado de Redes de Emer-gência e Segurança de Portugal aos Bombeiros dos quatro Distritos pre-sentes.

Carlos Pinheiro

A Federação de Bombeiros do Distrito de Portalegre, com a

participação de todas as asso-ciações e corpos de bombeiros que a integram, acolheu a pro-posta dos Voluntários de Ponte de Sôr para ali realizar recente-mente o Dia Distrital dos Bom-beiros.

O programa incluiu a atribui-ção do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) à Associação de Ponte de Sôr, ao seu comandante, Joa-quim Nunes, bem como a Antó-nio Manta Viegas, dirigente dos Voluntários de Portalegre e anti-

go presidente federativo, e a Si-mão Velez, presidente dos Vo-luntários de Avis e também anti-go dirigente nacional e presiden-te da Federação de Bombeiros de Portalegre.

Do mesmo programa constou também a apresentação de inú-meras viaturas de combate a in-cêndios florestais, urbanos e au-totanques, obtidas através de candidaturas conjuntas ao QREN, lideradas pelas Federa-ções de Portalegre, Santarém e Évora, no âmbito do Programa Operacional Temático Valoriza-ção do Território (POVT) Eixo III:

Prevenção, Gestão e Monitoriza-ção de Riscos Naturais e Tecno-lógicos.

Além do desfile das forças em parada, no final das comemora-ções decorreu também um desfi-le de fanfarras.

As cerimónias foram presidi-das pelo secretário de Estado da Administração Interna, João Al-meida, e contaram também com a presença do vice-presidente da LBP, Rodeia Machado, do diretor nacional de bombeiros da ANPC,

Pedro Lopes, de autarcas, dos responsáveis das federações de bombeiros e dirigentes e coman-

dos das associações dos distritos de Évora, Santarém e Portalegre contempladas pelo QREN.

PORTALEGRE

Homenagens marcam dia distrital

SANTARÉM

Entroncamento acolhe comemorações

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24 JUNHO 2014

A distinção dos soldados da paz e de associados, consti-

tuiu o ponto alto das comemora-ções do 90.º aniversário dos Bombeiros Voluntários Portuen-ses.

Após a atuação da fanfarra, dirigentes, corpo ativo e entida-des convidadas assistiram à pro-moção a bombeiros de 3.ª dos 13 elementos que concluíram com sucesso a escola de recru-tas de 2013. Na mesma ocasião, foram apresentados os 22 for-

mandos que prestes realizar o exame admissão. Refira-se que, entretanto, a associação deu já “luz verde” a mais uma escola de formação inicial de bombeiro que terá início ainda este mês.

Na sessão solene foi, ainda, condecorado, com a medalha de serviços distintos, António Ama-ral, o antigo chefe e adjunto de comando dos Portuenses, que atualmente é o responsável ope-racional dos Bombeiros Matosi-nhos e Leça.

PORTO

Voluntários em festa

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Os Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salva-

ção Pública comemoraram 83.º aniversário demonstrando a vi-talidade e apresentando o pro-jeto de futuro assumido ho-mens e mulheres que servem a instituição.

As cerimónias passaram pelo auditório municipal onde foram proferidas palavras de reconhe-cimento ao trabalho desenvolvi-do pelos bombeiros, que apos-tando na formação multidisci-plinar constituem os pilares do progresso da instituição. Com “garra e empenho” segundo o comandante António Figueire-do, os operacionais têm conse-guido projetar o nome da asso-ciação.

Diplomas de prestígio foram entregues como a alguns ele-mentos, no entanto em dia de festa todo o corpo ativo mereceu um louvor justificado pela superação da resposta nas atividades operacionais ao longo do ano e no decorrer do dispositivo de combate a incêndios flo-restais do ano 2013.

O programa incluiu ainda a promoção de chefes e bombeiros de 1.ª e 2.ª, bem como o acolhimento a cinco novos bombeiros que juraram, solenemente, o lema “Vida por Vida”.

Foram ainda outorgadas medalhas da Liga

dos Bombeiros Portugueses a alguns bom-beiros, impostas pelo presidente da câmara municipal do Barreiro, Carlos Carvalho; o vice presidente da LBP, Rodeia Machado e a comandante distrital Patrícia Gaspar.

Sérgio Santos

BARREIRO

No caminho do progresso

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Fa-

malicenses tem novo coman-dante e aposta na construção de um novo centro de formação prática e reino, no seguimento do trabalho já desenvolvido nesse domínio naquela institui-ção.

O ministro da Administração

Interna, Miguel Macedo, presi-diu à cerimónia de posse do novo comandante, Bruno Alves. O novo comandante ocupava o cargo de adjunto de comando e sucede a um grande bombeiro, o comandante Francisco Mes-quita.

O presidente da direção dos Famalicenses, António Meireles,

sublinhou na sua intervenção a importância do atual momento. “Temos que ter orgulho no pas-sado, o paradigma dos Bombei-ros Voluntários mudou, temos que olhar para o futuro com um outro olhar ainda mais técnico e ainda mais profissional”. Por isso, segundo o mesmo dirigen-

te, sendo hoje a formação “ um pilar fundamental para um so-corro de qualidade, por isso os Bombeiros Voluntários Famali-censes querem dar um novo fô-lego ao seu Núcleo de Formação enriquecendo-o com um Centro de Formação Prática e Treino, em Outiz”.

O projeto do centro de forma-ção, que os bombeiros querem tornar sustentável, implica um investimento inicial de 400 mil euros. No final, o projeto está orçado em 1,7 milhões de eu-ros.

A sustentabilidade, conforme foi anunciado, será determinada

pelos três eixos estratégicos de-finidos para a nova infraestrutu-ra: entidade formadora certifica-da, centro de alto rendimento, inclusive para aplicar técnicas e metodologias dos bombeiros a quadros e executivos de empre-sas, e centro de investigação e desenvolvimento.

FAMALICENSES

Novo comandante e apostas da formação

As comemorações do Dia Mu-nicipal do Bombeiro de Al-

mada, com presença dos órgãos sociais e comandantes das as-sociações de bombeiros do con-celho, Cacilhas, Almada e Trafa-ria, iniciaram-se no momento em que o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Judas, e o presidente da Assembleia Muni-cipal, José Manuel Maia, coloca-ram uma coroa de flores no mo-numento ao Bombeiro.

De seguida, no Parque da Paz onde já se encontravam forma-dos em parada, os bombeiros do concelho, banda dos bom-beiros de Cacilhas e estandar-tes, num total de 160 elemen-tos, após apresentação da for-matura ás diversas entidades, em representação dos coman-dantes do concelho interveio o comandante dos Voluntários de Cacilhas, Miguel Silva. Depois, usou da palavra a presidente

dos bombeiros de Almada, Ale-xandra Caetano, em represen-tação das direções. Em repre-sentação da Liga dos Bombeiros Portugueses, falou o membro do conselho superior consulti-vo, Clemente Mitra, que em nome do presidente Marta Soa-res agradeceu o convite ende-reçado e que lamentava a au-sência, tendo em conta as co-memorações do Dia do Bombei-ro português.

Entretanto, foram entregues aos jovens que participaram no programa “Bombeiro por 5 dias”, certificados de participa-ção. Refira-se que este progra-ma é organizado pela União de Juntas de Freguesia de Almada, Cova da Piedade, Cacilhas e Pragal, em colaboração com os Bombeiros de Cacilhas e Alma-da.

De seguida, foram entre-gues pela Câmara Municipal a

bombeiros do concelho, meda-lhas de bons, distintos e bri-lhantes serviços prestados à causa publica, 9 de 10 anos, 6 de 20 anos e 3 medalhas de 30 anos

Depois, decorreu a assinatu-ra do protocolo da Câmara com as 3 associações do concelho, para atribuição de 100 mil a cada, para renovação de frota ou aquisição de equipamentos.

Na oportunidade, o presiden-

te da edilidade, reforçou a im-portância de apoiar os bombei-ros do concelho e no investi-mento que o município tem fei-to ao longo dos anos e assegurou que os seus bombei-ros não podem, nem devem passar dificuldades financeiras.

O desfile que se seguiu en-globou 62 crianças, pertencen-tes à escola de Cadetes e Infan-tes dos Bombeiros de Cacilhas e Trafaria.

ALMADA

Protocolos assinados em comemorações municipais

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25JUNHO 2014

Textos e fotos: Andreia Gonçalves/ /Diário atual

No passado dia 8 de Junho, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-

rios de Salvação Pública de Chaves (AHBVSP) comemorou o 78º aniversário num dia de reconhecimento a todos os sol-dados da paz que se dedicam, de forma exímia, a desempe-nhar o seu serviço em prol da população.

A efeméride contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Chaves, Carlos Penas, do presidente da direcção da AHBVSP, Alcino Ro-drigues, do presidente da As-sembleia da AHBVSP, António Ramos, do comandante da AHBVSP, José Carlos da Silva, do tesoureiro da Federação Dis-trital dos Bombeiros, Albano Ferreira Maio, do CODIS do dis-trito de Vila Real, Álvaro Ribeiro e do Vogal do Conselho Executi-vo da Liga dos Bombeiros Por-tugueses, Sebastião Fernandes, entre outros convidados, diri-gentes de várias associações e bombeiros.

As comemorações iniciaram--se logo pela manhã com fogo de artifício e o hastear da ban-deira, seguindo-se a romagem ao Sr. das Portas e cemitério velho, desfile motorizado e ro-magem até ao cemitério novo.

Após a receção às entidades convidadas, a inaguração e bênção de uma nova ambulân-cia apadrinhada por Carlos Ma-nuel Baptista e Helena Maria Baptista. Segundo Alcino Rodri-gues, presidente da direção da AHBVSP esta é “uma viatura moderna, confortável, equipada de acordo com a legislação atual e um reforço importante para a região permitindo uma maior capacidade de resposta às exigências cada vez maiores no campo da saúde”.

No novo quartel, perante vasta assistência, do presidente da Assembleia da AHBVSP, An-tónio Ramos, abriu a sessão fa-lando das “78 primaveras já passadas, dos 78 anos rechea-dos de memórias que engran-decem a história desta institui-ção”. Salientou ainda orgulho nos atuais elementos do corpo de bombeiros “que no dia-a-dia fazem desta casa a sua casa. Para este conjunto de valorosos bombeiros e bombeiras há pa-

lavras que fazem parte de for-ma permanente no seu dicioná-rio, altruísmo, abnegação, dedi-cação, voluntarismo, trabalho comunitário solidário e outras que constituem a rotina numa constante entrega às boas cau-sas que a nossa instituição sempre defendeu e defende”, elogiou António Ramos.

O comandante do corpo de bombeiros, José Carlos da Silva, lembrou que 2013 foi um ano de dificuldades e adversidades mas que, contudo os Bombeiros Vo-luntários de Chaves têm sabido dignificar o seu sacrifício com o trabalho desenvolvido junto das populações que servem, dando conta que “todas as missões fo-ram concluídas com sucesso tanto no combate de incêndios, como no socorro pré-hospitalar, prevenções, acidentes, entre muitas outras, tanto no concelho de Chaves como no distrito de Vila Real”

“Estivemos sempre presentes a apoiar e conseguimos concre-

tizar sempre, com sucesso, as nossas missões”, acentuou.

Alcino Rodrigues, presidente da direção começou por salien-tar a coragem dos flavienses que há 78 anos criaram a associa-ção, aproveitando o momento para se dirigir ao corpo de bom-beiros lembrando-os que a “épo-ca dos incêndios florestais” já começou e, por isso, deixou re-comendações para que “não fa-cilitem e sigam sempre a orien-tação do o chefe de equipa e do COS que assuma a comando. “Peço-vos que tenham a máxima atenção para o perigo que nos rodeia porque o monstro do fogo, esse inimigo assassino, quando ataca não conhece e não perdoa ninguém”, enfatizou.

Albano Ferreira Maio, da Fe-deração dos Bombeiros do Dis-trito de Vila Real, prestou home-nagem ao fundador da institui-ção e a todos os que lhe deram continuidade até aos dias de hoje, tanto dirigentes como bombeiros, certo de que “conti-

nuarão orgulhosamente a pres-tar o melhor socorro à socieda-de, a louvar a sua associação e todos os bombeiros do distrito”.

O CODIS do distrito de Vila Real, Álvaro Ribeiro, usou da pa-lavra para “reconhecer o traba-lho que este corpo de bombeiros fez ao longo do ano não só na sua área de atuação própria mas em todo o serviço de apoio ao distrito”.

O comandante Sebastião Fer-nandes, vogal do Conselho Exe-cutivo da Liga dos Bombeiros Portugueses felicitou a AHBVSP não só pelo aniversário mas também pelas “excelentes insta-lações” que possui e prestou tri-buto a todos os bombeiros por-que são eles “que acompanham as pessoas nas horas boas e nas horas más”.

“Ao celebrarmos esta data prestamos a justa homenagem e reconhecido agradecimento a todos os homens e mulheres que ao longo destes 78 anos de existência ajudaram a manter

viva esta associação no desem-penho da mais nobre das mis-sões, servir o próximo com o risco da própria vida”, conside-rou o vice-presidente da Câma-ra Municipal de Chaves, Carlos Penas, felicitando estes bombei-ros que a seu ver “souberam sempre encarar os momentos, mesmo os mais difíceis, com co-ragem e a determinação que empunham”.

Em nome do Executivo Muni-cipal, Carlos Penas concluiu a sua intervenção reconhecendo “o trabalho, a dedicação e a en-trega de todos os homens e mu-lheres que ao longo destes 78 anos desempenharam as suas funções”.

A culminar a sessão, o vice--presidente da Câmara de Cha-ves, entregou ao bombeiro Joa-quim da Silva Rodrigues a meda-lha de coragem e abnegação, em reconhecimento pelo um ato de coragem que resultou no sal-vamento da vida de uma crian-ça.

CHAVES

Voluntários de Salvação Pública assinalam 78.º aniversário

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Arruda dos Vinhos comemorou recentemente 125 anos de ser-viço em prol da comunidade em cerimónia presidida pelo secre-tário de Estado da Administra-ção Interna, João Almeida.

Durante a sessão solene co-memorativa, a propósito da data, aquele membro do Gover-no colocou no estandarte da ins-tituição a medalha de proteção e socorro grau ouro do Ministé-rio da Administração Interna.

Na sua intervenção, o secre-tário de Estado lembrou que “já é altura de o país ter uma lei que estabilize o financiamento dos bombeiros”, defendendo que a Assembleia da República se deve pronunciar até final do

ARRUDA DOS VINHOS

Lembrados 125 anos de serviço

ano sobre as propostas, quer para o financiamento, quer de revisão da Lei de Bases da Pro-teção Civil. Aliás, na sequência das reivindicações reiteradas

pela Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP).

A cerimónia contou também com a presença do vice-presi-dente da LBP, Rodeia Machado,

do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante António Carvalho, do presidente da Escola Nacio-nal de Bombeiros, José Ferreira,

do comandante distrital de so-corro da ANPC, comandante Carlos Mata, do presidente da Reviver Mais, Lourenço Baptis-ta, do presidente da Câmara

Municipal, André Rijo, todos os vereadores e presidentes de juntas de freguesia do concelho, bem como muitos familiares de bombeiros e populares.

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26 JUNHO 2014

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Mira, tendo em vista a angaria-ção de fundos para a instituição e o convívio entre a população e os bombeiros, levou a cabo no passado dia 11 de maio, um convívio cicloturístico por algu-mas localidades do concelho de Mira.

A iniciativa incluiu cerca de 80 participantes. Juntaram-se tam-bém ao passeio alguns bombei-ros de Tábua e de Coja,” com a sua boa disposição abrilhanta-ram o convívio”.

A direção e o comando, a pro-pósito, “ reconhecem e agradecem ao grupo de trabalho dos bombeiros voluntários de Mira por es-

tas e outras iniciativas que em muito contribuem para a valorização e bom nome dos bombeiros”.

MIRA

Passeio solidário

O salão nobre dos Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões foi o ce-

nário escolhido para sessão a solene evocativa do 108º aniversario instituição, na qual marcram presença varias individualidades, entre as quais o presidente do Município de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues.

Durante a cerimónia foi condecorado o chefe 76, José Luís Gonçalves, com o Crachá Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, pelos 35 anos de entrega à casa.

Na ocasião foram ainda entregues medalhas da associação e medalha e diplomas da Liga de Bombeiros Portugueses a vários elementos dos corpos sociais e também do corpo ativo.

Em dia de festa, tomou ainda posse 2.º co-mandante António Vieira, que até então assumia no quartel a funções de adjunto de comando.

COIMBRÕES

Chefe 76 recebe Crachá de Ouro

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Ovar celebrou 118.º aniversário com várias atividades, incluindo um simulacro de incêndio flo-restal. O exercício que previa um cenário de propagação das chamas à zona industrial envol-veu os corpos de bombeiros de Ovar, Esmoriz e Santa Maria da Feira.

Acompanharam este simula-cro várias entidades nomeada-mente o CODIS de Aveiro o co-mandante do Agrupamento Norte (CADIS), elementos do gabinete de proteção civil de Ovar, entre outras autoridades regionais.

O programa festivo incluiu ainda a tradicional sessão sole-ne que reuniu no quartel dos Voluntários de Ovar, entre ou-tras individualidades, os presi-dentes da câmara municipal e da junta de freguesia, o presi-dente do Conselho Executivo da Lga dos Bombeiros Portugue-ses, comandante Jaime Soares, e o comandante Gomes da Cos-ta, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro.

A inauguração de dois equi-pamentos novos e de um outro reconvertido e a promoção de vários bombeiros, constituíram momentos importantes da ceri-mónia que incluiu também um desfile apeado e motorizado e a interpretação do hino dos bom-beiros pela banda da associa-ção.

OVAR

Simulacro nas comemorações

O 35.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Pontinha ficou mar-

cado pela inauguração de uma nova ambulância de socorro e a homenagem aos soldados da paz.

A efeméride assinalada no dia 10 de junho teve início com a formatura do corpo ativo que acolheu as entidades convidadas ao som da fanfarra a as-sociação: De seguida foi inaugurada uma nova ambulância de socorro, apadrinhada por Susana Amador, presidente da Câmara Municipal de Odi-velas.

No decorrer da sessão solene, foram muitas as intervenções unânimes no elogio ao trabalho dos homens e mulheres que servem este corpo de bombeiros, alguns quais foram até mesmo agra-ciados com louvores e medalhas da associação e Liga dos Bombeiros Portugueses por vários anos de serviço ao voluntariado. Na ocasião foram ainda promovidos dois elementos ao posto de bombeio de 1.ª.

Contudo, um dos pontos altos foi a atribuição do mais alto galardão da associação, ao subchefe Ma-nuel Nunes, que lhe foi imposto pela autarca odi-

velense, pela presidente da direção, Maria José Pe-reira, e pelo comandante Pedro Santos.

Entre as entidades presentes destacam-se José Abrantes da Liga dos Bombeiros Portugueses; o comandante Manuel Varela da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, vereadores e re-presentantes de associações congéneres do con-celho de Odivelas, Amadora e Lisboa.

Sérgio Santos

PONTINHA

Nova ambulância em aniversário

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Zam-

bujal comemorou o 83.º aniversário no dia 13 de junho com a realização de atividades desportivas, musicais e operacionais que envolveram a comunidade local.

Com uma parada repleta de po-pulares que assistiram a um simula-cro de incêndio urbano que se reali-zou na casa escola do quartel, foi simulado um fogo no 2.º andar com vítimas no seu interior, que levou

aos vinte elementos e seis veículos a proceder as operações de resgate. No final o comandante Joaquim Vi-cente proferiu algumas palavras de agradecimento a todo o corpo ativo.

Posteriormente, já no salão nobre realizou-se um concerto da banda filarmónica da associação. O pro-grama festivo incluiu ainda diversas atividades desportivas, bem como uma ação de avaliação de glicemia e da pressão arterial à comunidade.

Sérgio Santos

ZAMBUJAL

Programa dedicado à comunidade

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27JUNHO 2014

O Torrão é uma freguesia do concelho de Alcácer do Sal, grande em área

mas com apenas 3 mil habitan-tes, onde apenas 21 bombeiros garantem o socorro a uma po-pulação envelhecida, com enor-mes carências.

Os Bombeiros Mistos do Tor-rão tentam, no dia-a-dia dirimir todas as adversidades, “mui-tas” como revela ao jornal Bombeiros de Portugal o presi-dente Joel Avença.

Numa curta visita ao acanha-do quartel o dirigente dá conta de todas as dificuldades que só a determinação e vontade de servir dos operacionais permi-tem ultrapassar, como defende o Luís Moncaixa o terceiro co-mandante de uma instituição com mais de duas décadas de história.

“Contamos com uma equipa dinâmica, com um corpo de bombeiros muito esforçado” fa-tores que aliados à “união entre comando e direção” permitem honrar o projeto encetado há 28 anos, quando um punhado de homens da terra, liderado

pelo saudoso Joaquim Cortes Manteiga e que integrava tam-bém o atual presidente Joel Avença, começou a colocar os alicerces da instituição oficial-mente fundada a 4 de abril de 1988.

Durante anos, cerca de 17, os ainda Voluntários do Torrão ocuparam umas pequenas ins-talações, na Rua 5 de Outubro, até que a 22 de outubro de 2005, quando se mudaram para uns antigos celeiros da EPAC remodelados, adaptados e transformados num quartel de bombeiros.

Atualmente, com a designa-ção de Bombeiros Mistos do Torrão esta associação dá em-prego a 18 pessoas, sendo mesmo uma das principais enti-dades empregadoras da fregue-sia, assim sendo parece claro que os apoios externos só po-dem escassear.

“A Câmara colabora como pode com os seus bombeiros, garantindo um subsídio mensal e patrocinando a aquisição de algum equipamento. Pontual-mente, também a junta de fre-

TORRÃO

Pequena dimensão, grande determinaçãoDuas dezenas de elementos garantem a

operacionalidade do Corpo de Bombeiros Mistos do Torrão, provavelmente o mais

pequeno contingente de soldados da paz do País, mas, ainda assim, uma força

preparada para garantir a proteção e socorro a uma pequena comunidade.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

guesia e duas ou três empresas dão um ou outro apoio, resta--nos assim trabalhar muito para assegurar os recursos que per-mitam honrar os nossos com-promissos com os funcionários e os fornecedores”, refere o vi-ce-presidente Hélio Rodrigues.

O mesmo interlocutor refere ainda que estes investimentos acabam por ser residuais para as entidades que os assegu-ram, pois se não pudessem contar com os bombeiros os custos a todos os níveis seriam bem maiores, tento em conta as especificidades deste terri-tório.

“As pessoas são muito ido-sas, vivem com reformas muito pequenas, mas contam connos-co, não lhes podemos negar esse apoio. Atualmente, temos cerca de 12 mil euros por co-brar, mas não podemos exigir mais a estas pessoas. Como é que alguém pode ir do Torrão à fisioterapia a Setúbal, percorrer cerca de 80 quilómetros ou até os 45 para Grândola, sem via-tura própria, sem acesso a transportes públicos?”, indaga o presidente, chamando, tam-

bém, para os bombeiros a mis-são de apoio social à comunida-de.

A redução drástica do núme-ro de serviços de transportes de doentes não urgentes é outra questão que domina a conver-sas e está no topo de todas as preocupações:

“As receitas dos serviços de transportes de doentes diminuí-ram bastante. Há uns anos fa-turávamos mensalmente cerca sete mil euros, agora, não mais que mil”, pormenoriza Joel Avença, considerando:

“Com tantas limitações obri-ga a render-nos às evidências… Somos pequenos e pobres, res-ta-nos assim poupar. Não en-tramos em gastos extraordiná-rios, pois só assim é possível levar este barco a bom porto”.

Conformados, mas não resig-nados os Bombeiros do Torrão vão engendrando estratégicas que permitam colmatar as vi-cissitudes assumindo até algum pioneirismo, conforme enfatiza o comandante:

“Fomos o primeiro corpo de bombeiros do distrito de Setú-bal a ter no quartel uma Equipa

de Intervenção Permanente (EIP), mercê da persistência da associação e do enorme apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal” salientando a importân-cia da concretização desse de-sígnio para o crescimento de uma associação que não pode contar com o voluntariado, se-gundo declara o responsável operacional:

“Os mais jovens não vêm para os bombeiros, cedo são obrigados a deixar a província e a partir para as grandes cidades à procura de uma vida melhor. A EIP veio garantir alguma tranquilidade ao corpo de bom-beiros, sempre sobrecarrega-dos de trabalho”.

Apesar dos problemas este é um grupo coeso, bem prepara-do para dar resposta a todas as solicitações da população, do território que serve.

“A formação é uma preocu-pação, tem sido a nossa política é uma parte essencial do bom funcionamento de um corpo de bombeiros, porque na verdade para servirmos bem temos que estar, de facto, bem prepara-dos”.

Também o investimento em viaturas não tem sido descura-do, não obstante todas as limi-tações financeiras e os porta--vozes dos Bombeiros Misto do Torrão dão conta da recente aquisição de Veículo Urbano de Combate a Incêndios (VUCI) que “permitiu colmatar uma la-cuna grave existente no quar-tel”, mas continuam “pendura-das” na linha de prioridades da associação a compra de um veí-culo florestal e uma ambulância de transporte múltiplo. Coman-dante e presidente unem-se, igualmente, no propósito de ga-rantir a segurança dos opera-cionais com Equipamento de Proteção Individual (EPI) ade-quado, “num esforço enorme que exige grande investimento, mas que não pode ser descura-do”.

Para além da determinação de comando e da direção, ho-mens ligados à terra apegados às suas gentes, o Torrão pode, ainda, contar com um grupo de operacionais sempre prontos a servir, porque por aqui vai va-lendo a máxima “pequenos, mas bons”.

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28 JUNHO 2014

Realizou-se, recentemente, em Pombal o primeiro jantar

Distrital da Juvebombeiro de Leiria que contou com cerca de 40 participantes.

O encontro reuniu, numa animada festa, entre outros convivas, o presidente da Fe-deração dos Bombeiros do Dis-trito de Leiria, comandante Mário Cerol; o presidente da Juvebombeiro Nacional, Paulo Ferro; o coordenador distrital Leiria, Nuno Maior e represen-

tantes dos núcleos da Juve de Alcobaça, Batalha, Pombal, Pe-

drógão Grande, Vieira de Leiria e Alvaiázere.

POMBAL

Jantar distrital para quarenta

Pelo segundo ano segundo ano consecutivo e no âmbito do “Projeto de Interação e Pro-

ximidade com os Cidadãos” e das comemora-ções do Dia Mundial do Bombeiro, os Bombei-ros de Castanheira do Ribatejo promoveram a II Formação em Técnicas de Emergência aber-ta à população e, ainda, uma sessão de For-mação de Suporte Básico de Vida, destinadas aos mais jovens, iniciativas que contaram com o envolvimento dos operacionais, comando e corpos diretivos.

A esta chamada compareceram cerca de 70 cidadãos com idades compreendidas entre os 8 e os 60 anos, provenientes das diversas áreas profissionais e instituições.

Em jeito de receção, coube ao comandante Mário Batista. Em nome da organização, aco-lher e dar as boas vinda e agradecer a todos os participantes.

Na sessão de Formação de Suporte Básico de Vida para Jovens, destaque para os 50 jo-vens do Agrupamento de Escuteiros do Carre-gado, que aderiam entusiasticamente, à ação. Durante de certa de 4 horas, muito foi falado

sobre a temática, os primeiros minutos foram dedicados a uma introdução teórica que é fun-damental para a compreensão da temática, de seguida passaram, então, à prática.

Já a Formação de Técnicas de Emergência, que teve como objetivo preparar o cidadão para uma 1.ª intervenção, tanto num incên-dio, como em emergência pré-hospitalar, numa formação que teve a duração de 8 ho-ras.

No final das referidas atividades foram diri-gidas breves palavras aos participantes, tendo os elementos da organização procedido à en-trega dos certificados aos formandos.

CASTANHEIRA DO RIBATEJO

Quartel em movimentoOs Infantes e Cadetes dos

Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Criança, adquiriram 50 nari-zes vermelhos e espalharam sorrisos dentro e fora do quar-tel.

Esta atividade solidária teve como momento maior uma visi-ta aos serviços de Pediatria e de Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, onde para além de nariz vermelho ofereceram gu-loseimas a cada uma das crian-ças internadas.

“Quisemos comemorar o Dia da Criança, proporcionando um sorriso às crianças hospitaliza-das e profissionais de serviço,

com a nossa inesperada nossa visita”, referiu a propósito a co-mandante Ilda Cadilhe.

Segundo Carlos Cadilhe, o 2.º comandante dos Bombeiros

da Póvoa de Varzim, “a ideia foi associai um atividade lúdica a um gesto solidário já que os na-rizes foram adquiridos à Opera-ção Nariz Vermelho”.

PÓVOA DO VARZIM

Bombeiros de palmo e meio distribuíram sorrisos

Perante autarcas dirigentes, corpo ativo e co-mando a Associação Humanitária dos Bom-

beiros Voluntários de Mora apresentou, recen-temente, “as jovens promessas do corpo de bombeiros”, um contingente de 19 elementos com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos, que ingressaram na ‘’escolinha’’ de in-fantes e cadetes, no passado mês de fevereiro.

O presidente da Câmara Municipal de Mora passou em revista um pelotão devidamente aprumado, o que constituiu um dos momentos altos desta cerimónia que. certamente, ficará para sempre na memória dos candidatos a bombeiro.

Em declarações ao BP o 2.º comandante, Luís Caramujo, sublinha o apoio e agradece o

apoio das juntas de freguesia do concelho, que se associaram ao projeto garantindo o farda-mento aos formandos. Por outro lado realça a dedicação e o empenho do grupo de instruto-res que “tem conseguido motivar e instruir com os infantes e cadetes dos Voluntários de Mora”.

MORA

Apresentação da Escola de Infantes e Cadetes

São mais de duas dezenas os infantes e cadetes dos

Voluntários de Minde, que os responsáveis da instituição acreditam ser o futuro do cor-po de bombeiros.

Criada com o objetivo de “alertar os adolescentes para a importância da atividade dos bombeiros na nossa so-ciedade no que respeita à pro-teção da população e os seus bens”, a escola tem investido na sensibilização dos forman-dos para questões ligadas ao suporte básico de vida, incên-dios florestais e urbanos, de-sencarceramento, entre ou-tras áreas.

Paralelamente, os formado-res têm apostado na realiza-ção de atividades complemen-tares das quais se destacam as as deslocações ao Regi-mento de Sapadores Bombei-ros de Lisboa e ao Centro de Meios Aéreos de Ferreira do Zêzere, bem um acampamen-to em Olhos de Agua com visi-ta ao Carsoscópio.

MINDE

Mais de vinte na escola

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29JUNHO 2014

O quartel dos Voluntários de Coimbrões recebeu a visita de 27 alunos da Escola Básica Dr..Costa Matos - Santa Marinha,

acompanhados pelas professoras Inês Rocha e Mónica Correia, numa iniciativa que visou dar a conhecer aos mais jovens a ativi-dade diárias do corpo de bombeiros.

O grupo teve a oportunidade de visitar as instalações de tomar contacto com as viaturas e equipamentos usados pelos operacio-nais nas mais distintas missões. Os alunos com idades compreen-didas entre os 10 e 15 anos receberiam ainda noções básicas sobre Suporte Básico de vida, uso de extintores e funcionamento dos veículos de combate a incêndios e assistiram ainda a uma pequena demonstração da ação da equipa de Grande Angulo.

COIMBRÕES

Jovens visitam bombeiros

Um grupo de alunos da Escola Secundária de Penacova re-

cebeu recentemente formação sobre o Sistema Integrado de Emergência Médica e técnicas de Suporte Básico de Vida, numa ação promovida pelos bombeiros locais e que permitiu

ainda aos mais jovens o treino simulado de situações várias.

Nesta mesma ocasião tam-bém elementos a Guarda Na-cional Republicana, numa expli-cação muito simples e com re-curso a elucidativos filmes, fa-laram sobre os perigos

relacionados com o consumo de drogas.

Depois do almoço, servido no quartel dos Bombeiros de Pena-cova, os alunos deslocaram-se à serra de Atalhada para tomarem contacto com as marcas deixa-das pelos incêndios florestais.

Segundo os Voluntários de Penacova este “foi um dia dife-rente, muito produtivo para alunos, professores e para os Bombeiros que também desta forma cumpriram aquilo que é o seu dever cívico e de participa-ção na sociedade”.

PENACOVA

Alunos da secundária passam dia no quartel

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Re-

bordosa (AHBVR), a par com um conjunto de entidades do terceiro setor, apresentaram o Projeto “Ponto de Partilha”, uma iniciativa de intervenção social, que visa reforçar o apoio que estas entida-des prestam à comunidade onde estão inseridos.

Este projeto nasceu por inicia-tiva da AHBVR, e segundo o pre-sidente José Augusto Moreira, “nós decidimos lançar o desafio

às restantes entidades, com o obejetivo de despertar os deciso-res económicos e políticos e a co-munidade em geral para a impor-

tância social da intervenção de cada uma dessas instituições no âmbito social e na comunidade.”

O “Ponto de Partilha” quer também disseminar as boas prá-ticas existentes e identificar pos-síveis sinergias entre as várias entidades que permitam, com uma gestão mais eficaz dos re-cursos, diversificar e melhorar os serviços prestados aos utentes. “As atividades previstas no âmbi-to deste projeto passam pelo es-tabelecimento de parcerias que

permitirão aos vários interve-nientes, seguindo uma lógica de cooperação e complementarida-de, beneficiar do conhecimento e experiência mútua”, reforça o presidente.

Complementarmente ao proje-to foi desenvolvida uma ferra-menta de auto diagnóstico, que permite às entidades refletir so-bre os recursos que disponibili-zam atualmente aplicando uma gestão mais sustentável e efi-ciente.

REBORDOSA

Associação apresenta “ponto de partilha”

Jovens e monitores de 15 países participa-ram no 12.º Simpósio da Juventude do Co-

mité Técnico Internacional do Fogo (CTIF), que este ano se realizou em Echternach, no Luxemburgo.

A bombeira de 2.ª Susana Spitzer, do Cor-po de Bombeiros do Sul e Sueste, represen-tou Portugal no certame em nome da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Os participantes foram recebidos pelo Grão-duque herdeiro do Luxemburgo, Gui-llaume Jean Joseph Marie, e sua esposa, Ste-phanie de Lannoy.

BARREIRO

CTIF reúne jovens

O salão dos Voluntários de Cantanhede foi, no pas-sado dia 7 de Junho de 2014, palco de um con-

certo solidário a favor do corpo de bombeiros. Cerca de 250 pessoas assistiram a este concerto que con-tou com a atuação da «Orquestra de Sopros» da Academia de Música de Cantanhede (AMC).

No domingo, dia 8 de Junho de 2014, a associação promoveu o 6.º Grande Prémio Ecológico de Carri-nhos de Rolamentos, iniciativa que contou com cer-ca de 50 participantes.

A prova realizou-se em Sepins numa rapidíssima rampa, com 600 metros de comprimento, onde fo-ram atingidas elevadas velocidades devido à inclina-ção.

A direção e comando agradecem à AMC, à comis-são organizadora de ambos os eventos, e a todos os participantes lembrando que “esta é a prova que a comunidade reconhece que os bombeiros são o su-porte no concelho de Cantanhede em matéria de emergência médica, além de protegerem pessoas e bens”.

Os fundos angariados irão dar resposta a algumas carências desta associação.

CANTANHEDE

Concerto e carrinhos solidários

O Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste partici-pou ativamente na XIII Feira Pedagógica do

Barreiro, que decorreu de 28 de maio a 1 de ju-nho, no Parque da Cidade e no Auditório Munici-pal Augusto Cabrita.

Na ocasião, o Núcleo da Juvebombeiro do Sul e Sueste instalou uma estrutura que permitiu às crianças interagir com alguns equipamentos uti-lizados pelos bombeiros no combate a incên-dios.

BARREIRO

Sul e Sueste na Feira Pedagógica

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30 JUNHO 2014

A câmara municipal de Sintra, através do servi-ço municipal de proteção civil em parceria

com os nove corpos de bombeiros do concelho realizaram, numa superfície comercial, um “mass training” de Suporte Básico de Vida.

Na praça central do Fórum Sintra esteve ainda patente uma exposição de ambulâncias, que

permitiu dar a conhecer aos visitantes a evolu-ção destas viaturas.

Esta iniciativa inseriu-se nas comemorações do mês municipal do bombeiro de Sintra e teve uma grande adesão, especialmente dos mais jo-vens.

Sérgio Santos

SINTRA

“Mass Training” comunitário

A Associação Humanitária dos Bombeiros de Alber-garia-a-Velha está a lançar um projeto que visa

equipar os Bombeiros com um Desfibrilhador Automá-tico Externo (DAE). Desta forma, os bomebeiros ape-lam à comunidade que com a compra de um porta--chaves, pelo valor simbólico de um euro, “SALVE 1 VIDA”.

ALBERGARIA-A-VELHA

Associação dinamiza campanha

As escolinhas dos Bombeiros Voluntários de Gouveia plan-

taram, recentemente, árvores, numa ação que teve como obje-tivo contribuir para a redução da pegada ecológica, mas também para a preservação e manuten-ção dos ecossistemas florestais.

Segundo os dados do 6.º In-ventario Florestal Nacional, pu-blicados em fevereiro de 2013, o território Nacional é composto por 35% de solo florestal, a ri-queza produzida corresponde a 3% do Produto Interno Bruto e garantem cerca de 260 mil pos-tos de trabalho, o setor assegura 11% das exportações portugue-sas.

Além do indiscutível papel económico na sociedade, os ecossistemas florestais assu-mem extrema importância nos recursos faunísticos, ciclo da água, ciclo do carbono, evita a erosão dos solos, é também ele-mento modelador das paisa-gens, criando espaços de lazer, portanto, elemento fundamental a existência da vida.

A floresta é afetada por inú-meras ameaças de destruição em massa, são exemplos os in-cêndios, algumas pragas e doenças. O Homem tem um pa-pel relevante tanto na sua des-truição como também na sua preservação.

Registe-se que, em Abril de 2013 foi elaborada uma semen-teira de algumas espécies flores-tais, tais como, o Pinheiro Bravo, a Bétula, a Faia, e o Freixo, pas-sado cerca de um ano, e com a

colaboração da Câmara Municipal de Gouveia foi possível a planta-ção na Mata da Câmara, numa missão cumprida com sucesso pelos “bombeiros de palmo e meio” dos Voluntários da cidade.

GOUVEIA

Escolinhas plantam árvores

Foi no passado dia 2 de maio que decorreu, primeiro nas instalações da Jacinto, con-

tinuando depois em Vila Nova de Gaia, a celebração do 60.º aniversário da empresa Jacinto que, num dia tão especial, deci-diu rodear-se de amigos e par-ceiros vindos de várias partes do mundo.

A empresa Jacinto é líder na-cional na construção de veícu-los de combate a incêndios e está, cada vez mais, a sedimen-tar a sua imagem de marca de confiança a nível mundial. A provar esta ideia, estão os inú-meros empresários e represen-tantes de empresas dos quatro cantos do mundo que decidiram responder ao chamamento fes-tivo da empresa mas também à

oportunidade para conhecer de perto uma realidade industrial de vanguarda e inovação. Den-tro do campo da inovação e da expansão dos seus produtos, a Jacinto decidiu em dia de ani-versário dar a conhecer a sua nova aposta: o Lusitano. Este Lusitano é o primeiro veículo protótipo da sua história em-presarial. Assim, e fazendo uma ligação às raízes mais ances-trais e biológicas do espaço por-tuguês, a Jacinto pretendeu com o nome “Lusitano” fazer a ponte para o belíssimo e mítico animal, apontando desde logo algumas características “co-muns” entre o animal e este veículo, nomeadamente a velo-cidade, a elegância e a força. O veículo é composto por um

“chassi” da MAN e por uma ca-bine totalmente desenhada e fabricada pela Jacinto, preten-dendo esta com este “Lusitano” entrar no mercado dos aeropor-tos nos próximos anos.

Depois do momento van-guardista, soube bem perceber a forma como a empresa assen-ta toda a sua estratégia no or-gulho do trabalho que já execu-tou e exposição de viaturas e de alguns mecanismos tecnológi-cos, como o FireProtection, é um exemplo perfeito disso mes-mo.

Enquanto trocava impressões com os presentes, coube a Jai-me Marta Soares fazer de por-ta-voz de todos os bombeiros, revelando que “esta empresa tem um estatuto especial” na relação com os bombeiros por-tugueses e frisando, também, que o trabalho de “qualidade que fazem tem ajudado o país e

os bombeiros a ter viaturas e equipamentos de primeiríssima qualidade”.

Jacinto de Oliveira, que co-meçou por afirmar que a sua empresa “nunca pensa que já tem tudo feito” e que procura sempre olhar para a criação de produtos, pois “isso é que trará depois o lucro”. Revelando uma ambição plena de humildade, acrescentou que chegaram a um patamar “interessante” mas, ainda, quer procurar um patamar de sucesso superior. De forma natural Jacinto de Oli-veira diz que uma das grandes vantagens da sua empresa é “a grande abertura para a produ-ção do veículo que o cliente

pretende mas também para o aconselhamento de produtos que são mais úteis e mais ade-quados”. do veículo.

Apontando para o futuro pró-ximo, mas olhando sempre para o futuro mais longínquo, Jacinto Oliveira, filho, disse que a estratégia que a empresa tem assumido passa por haver “um incremento ao nível da comuni-cação e do marketing”, e pela criação de espaços (pavilhões) de produção mas também de exposição. A cativação de no-vos clientes é um dos objetivos, destacando Jacinto Oliveira a participação na Interschutz como um dos momentos mais importantes nesta prioridade.

Num momento de maior con-fidencialidade, pai e filho con-cordaram em afirmar que “to-das as críticas ouvidas, desde o bombeiros menos graduado até ao topo, trazem ensinamentos e, por isso, é importante ouvi--los”, revelando bem a forma inteligente como a empresa é gerida.

Foram momentos de alegria e de celebração da unidade e do sucesso da empresa Jacinto que se sentiram no dia do seu ani-versário, mas foram também ambições e novos desafios que se pressentiram na respiração consciente desta empresa “pu-ro-sangue” de imaginação por-tuguesa.

JACINTO

Tradição com 60 anosTexto: Daniel Rocha

Fotos: Sérgio Cipriano

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31JUNHO 2014

ANIVERSÁRIOS2 de julhoBombeiros Voluntários de Alhandra . . . . 114Bombeiros Voluntáriosde Carcavelos – S. Domingos Rana . . . . 103Bombeiros Voluntários de Riba de Ave . . . 64Bombeiros Voluntários de Vila de Aves . . . 374 de julhoBombeiros Voluntários de Gouveia . . . . . 1105 de julhoBombeiros Voluntáriosde Linda-a-Pastora . . . . . . . . . . . . . . . . 123Bombeiros Voluntários de Caneças . . . . . . 376 de julhoBombeiros Voluntários de Penafiel . . . . . 133Bombeiros Voluntáriosde São Pedro do Sul . . . . . . . . . . . . . . . 1297 de julhoBombeiros Voluntáriosde Sobral de Monte Agraço . . . . . . . . . . 1018 de julhoBombeiros Voluntários de Benavente . . . 129Bombeiros Voluntários de Alcoentre . . . . . 789 de julhoBombeiros Voluntários de Alijó. . . . . . . . . 8212 de julhoBombeiros Voluntáriosde Matosinhos Leça da Palmeira. . . . . . . 141Bombeiros Voluntários de Freamunde. . . . 8313 de julhoBombeiros Voluntários de Estarreja . . . . . 90Bombeiros Voluntários de Fajões . . . . . . . 3215 de julhoBombeiros Voluntários de Santo Tirso. . . 136Bombeiros Voluntários de Belas . . . . . . . . 8918 de julhoBombeiros Voluntáriosde Cercal do Alentejo . . . . . . . . . . . . . . . 39

Bombeiros Voluntários de Serpa . . . . . . . 3519 de julhoBombeiros Voluntários de Vouzela . . . . . 129Bombeiros Voluntários de Lamego . . . . . 137Bombeiros Voluntários de Meda . . . . . . . . 84Bombeiros Voluntários da Golegã. . . . . . . 71Bombeiros Voluntáriosde Águas de Moura. . . . . . . . . . . . . . . . . 3422 de julhoBombeiros Voluntários de Madalena . . . . . 34Bombeiros Voluntários de Serpins . . . . . . 2123 de julhoBombeiros VoluntáriosSul e Sueste, Barreiro. . . . . . . . . . . . . . 12024 de julhoBombeiros Municipais de Viseu . . . . . . . 187Bombeiros Voluntários de Lagos. . . . . . . 128Bombeiros Voluntáriosde Santa Marta de Penaguião . . . . . . . . . 3325 de julhoBombeiros Privativos Nestlé . . . . . . . . . . 2926 de julhoBombeiros Voluntários de Bucelas . . . . . 123Bombeiros Voluntários da Mealhada . . . . . 8729 de julhoBombeiros Voluntários de Mougadouro . . . 82Bombeiros Voluntários da Ilha do Corvo . . 2730 de julhoBombeiros Voluntários de Mangualde . . . . 85Bombeiros Voluntários de Brasfemes . . . . 7531 de julhoBombeiros Municipais de Santarém . . . . 184

Fonte: Base de Dados LBP

em junho de 1994

A assinalar o 4.º aniversário, a Contabilifénix – Contabilida-

de e Gestão, Ldª., faz um balan-ço positivo de uma atividade to-talmente vocacionada para o apoio, orientação e consultadoria das associações de bombeiros

Esta participada da Liga dos Bombeiros Portugueses é fruto de um projeto de António Mes-quita e António Vala, dois em-preendedores visionários, pro-fissionais nas áreas da contabili-dade e fiscalidade com vasta experiência e profundos conhe-cimentos sobre o setor

As “contas de merceeiro” fa-zem parte de um passado que não volta, pois legislação aper-tada impõe uma gestão total-mente profissionalizada das as-sociações que tem a seu cargo os corpos bombeiros. Assim sendo, a Contabilifénix surge com a missão primeira de apoiar os dirigentes de lhes facilitar o processo de adaptação a novas regras.

No arranque da empresa, este parecia um desígnio dema-siado audacioso, até porque o setor tendia a resistir a “inge-rências” externas, como reve-lam António Mesquita e António Vala:

“Tem sido difícil o percurso nestes quatro anos, , mas os objetivos, inicialmente, traça-

dos têm vindo, gradualmente, a ser alcançados gradualmente. A sustentabilidade da Contafilifé-nix é assegurada por um cresci-mento sustentado”.

Atualmente, a empresa já presta serviços a quase 10 por cento das associações humani-tárias do País, nomeadamente à Liga dos Bombeiros Portugue-

ses, que, também há cerca de dois anos se associou ao projeto subscrevendo um terço do capi-tal da Contabilifénix.

O trabalho desenvolvido pela empresa e apresentado às asso-ciações assenta numa “relação de parceria”, em que “falam a mesma língua”.

As especificidades destas ins-tituições, exigem que dirigentes disponham de ferramentas ou de apoios externos que dar res-postas às problemáticas de fun-do mas também às questões que diariamente surgem, um desafio complexo que não pode fugir aos “princípios de rigor e trans-parência indispensáveis a uma gestão sã e rigorosa e ao estrito cumprimento das normas”.

“A relação da Contabilifénix, com as instituições que serve desenvolve-se num contexto de

proximidade e partilha de infor-mação” sublinha António Vala, dando conta que essa “comuni-cação permanente e profissional permite a partilha de experiên-cias e esclarecimentos”.

Ao longo destes quatro anos de atividade a Contabilifénix, numa relação estreita com a Liga dos Bombeiros Portugue-ses, tem desenvolvido “um tra-balho de análise e de acompa-nhamento de toda a legislação relativa ao sector” providencial no cumprimento da Lei mas também na deteção de situações desenquadradas e desadequa-das da realidade do sector que importa corrigir.

Adriano Capote, vice-presi-dente da LBP, revela que esta parceria surgiu com o intuito de apoiar as associações de bom-beiros no processo de adaptação

“ao novo quadro económico-fi-nanceiro e fiscal”.

“O projeto destes empresá-rios, que são aliás gente do uni-verso dos bombeiros, responde às necessidades das instituições que há muito careciam, nesta área de “informação atempada, adequada e correta”.

Por outro lado, este responsá-vel destaca que “o apoio dado às associações em questões conta-bilístico-fiscais, tem permitido melhorar desempenhos” o que traduz a importância de projeto.

A gestão da Contabilifénix as-senta num conceito adhocrático e participativo, “envolvendo to-dos os colaboradores na análise e definição dos objetivos, geran-do sinergias para o alcance das metas traçadas, construindo um clima organizacional propício ao bom funcionamento da organi-zação e onde todos se sintam in-tegrados como parte integrante do projeto”, sublinha António Mesquuita.

Refira-se ainda que a Contabi-lifénix, no âmbito de uma estra-tégia de responsabilidade social, tem vindo a colaborar com vá-rias instituições de ensino, dis-ponibilizando estágios de forma-ção prática em contexto de tra-balho a alunos do ensino profis-sional. Da mesma forma, a empresa tem vindo admitir nos seus quadros profissionais com elevado nível de formação, numa situação de desemprego desde que inscritos no IEFP.

CONTABILIFÉNIX

A servir os bombeiros há 4 anos

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32 JUNHO 2014

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 211 951 109 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Ele há coisas que a gente não en-tende mas que vão passando à

nossa volta sem que se perceba o sentido e a valia disso.

Contaram-me outro dia uma his-tória em que à primeira vista nem queria acreditar. E ainda hoje penso nisso. Mas dizem-me a pés juntos que é verdade.

Aquilo a que chamam produto in-terno bruto, um tal de PIB, é assim a

modos que um jeito de saber quanto é que cá no país produzimos ou como se me disseram melhor “um indicador da produção de um país”. E o que valemos ou não para os outros tem muito a ver com isso.

Há tempos ouvi também dizer que para o dito PIB também devia contar o trabalho das donas de casa e até o dos voluntários, nomeadamente, o dos bombeiros voluntários.

Ouvi falar muito disto mas pelos vistos deu em nada. Ao que parece até terá provocado alguns sorrisos por parte de alguns.

Agora, para espanto geral, dizem--me que os senhores que mandam na Europa mandam que os países calcu-lem o respetivo PIB contando tam-bém com o que vale a prostituição, o tráfico de droga e o contrabando.

Será que valemos assim tão pouco

que nem conseguimos ombrear ao lado do contrabando, da droga e da prostituição? Não vale nada o que fa-zemos? Ou vale mas não dá jeito sa-ber a sério o quanto vale?

Ouve-se falar tanto de economia social, da importância do voluntariado e da solidariedade. Será que tudo isto só vale quando é preciso e depois es-quece-se? Ou vale ou não vale. E se vale tem que contar para o dito PIB! [email protected]

Droga e contrabando valem mais que nós

A todas as equipas e responsáveis que pro-porcionaram mais uma vez uma saudável jorna-da de competição e convívio nos Concursos de Manobras realizados no Seixal.

A iniciativas que, por força das circunstâncias, acabem por estabelecer clivagens e barreiras entre os bombeiros a pretexto de associativismo corporativo de classe ou posto.

LOUVOR/REPREENSÃO

A Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP) pondera nesta altura a apresenta-

ção de uma candidatura à UNESCO aproveitando o enor-me espólio que constituem as centenas de viaturas antigas dos bombeiros portugueses, al-gumas com mais de um século de existência. A ideia de reunir estas “relíquias”, “únicas no mundo”, e candidatá-las a Pa-trimónio Imaterial da Humani-dade, surgiu durante um en-contro entre o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, e o presidente dos Bombeiros Vo-luntários Portuenses. “Mal a ideia foi avançada o presidente, decidiu acolhe-la de imediato por considerar que o Mundo deve conhecer esta riqueza na-cional que faz parte da alma de cada associação”, referiu Jaime Marta Soares ao ‘BP’. Para além dos capacetes, machados ou fardas, há um vastíssimo espó-lio que marca profundamente a maioria das nossas associações e corpos de bombeiros. Esta “riqueza” que os bombeiros tanto acarinham, refere o pre-sidente da Liga, pode mesmo servir para uma “exposição temporária” a realizar num qualquer ponto do país. “A ideia é reunirmos as viaturas antigas num local com a digni-dade necessária para que pos-

sam ser mostradas aos portu-gueses”, refere Jaime Marta Soares que promete todo o empenho da Liga nesta iniciati-va.

A par disto, acrescenta o presidente, a LBP irá estudar a

forma de elaborar uma candi-datura “sustentada” para que este espólio possa vir a ser re-conhecido pela UNESCO. Para tal, a Liga vai trabalhar no sen-tido de procurar especialistas na matéria para que possam

ajudar a Confederação nesta aposta que é já uma “desígnio”. Jaime Marta Soares alerta para a sensibilidade do tema, já que os critérios a definir no futuro relativamente às viaturas que podem vir a integrar a candida-

VIATURAS A PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE

Liga estuda candidatura à UNESCO

tura têm de ser muito bem “analisados”.

A Liga promete um trabalho “sério” e “exaustivo” para que o Mundo possa ficar a conhecer esta mais valia que as associa-ções guardam há anos com tanto “carinho”.

Património Imaterial da Hu-manidade é uma distinção cria-da em 1997 pela Organização das Nações Unidas para a Edu-cação, a Ciência e a Cultura para a proteção e o reconheci-mento do património cultural imaterial, abrangendo as ex-pressões culturais e as tradi-ções que um grupo de indiví-duos preserva em respeito da

sua ancestralidade, para as ge-rações futuras. São exemplos de património imaterial: os sa-beres, os modos de fazer, as formas de expressão, celebra-ções, as festas e danças popu-lares, lendas, músicas, costu-mes e outras tradições. A cada dois anos são escolhidos os bens a partir das candidaturas apresentadas pelos países sig-natários da Convenção para a Salvaguarda do Património Cul-tural Imaterial. A primeira lista de bens inscritos foi divulgada em 2001, seguida por outras duas, em 2003 e 2005, totali-zando 90 bens imateriais ins-critos.

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