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2 0 0 9 - A N O B A S E 2 0 0 8
BALANÇO ENERGÉTICODO RIO GRANDE DO SULBALANÇO ENERGÉTICODO RIO GRANDE DO SUL
Governadora do EstadoYeda Rorato Crusius
Secretário de InfraEstrutura e LogísticaDaniel de Moraes Andrade
Coordenação de Assessoria TécnicaEdmundo Fernandes da Silva
Presidente do Grupo CEEESérgio Camps de Morais
Diretor de Planejamento e Projetos Especiais
Sérgio Tadeu Ladniuk
Coordenação ExecutivaRegina Telli
Equipe TécnicaGilberto José CapelettoGustavo Humberto Zanchi de Moura
Apoio TécnicoJaques Alberto BensussanJoão Carlos Felix
Apoio Logístico
Paulo Ricardo Ribeiro CamargoHedio Bittencourt Lovatto
Grupo CEEESede: Av. Joaquim Porto Villanova, 20191.410-400 - Bairro Jardim CarvalhoPorto Alegre - RSwww.ceee.com.bre-mail: [email protected] 51 3382 571755 51 3382 5947
Bibliotecária responsável: Grazieli de Andrade Pozzo - CRB10/1552
Índice para catálogo sistemático1. Energia Elétrica2. Balanço Energético – Rio Grande do Sul3. Engenharia Elétrica
Copyright© 2009 - Grupo CEEEAutorizada a reprodução do conteúdo deste documento, desde que, obrigatoriamente, citada a fonte.Reproduções para fins comerciais são rigorosamente proibidas.
C238b Capeletto, Gilberto JoséBalanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 / Gilberto José
Capeletto e Gustavo Humberto Zanchi de Moura. – Porto Alegre, GrupoCEEE / Secretaria de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul,2008.
200 p. ; il.
1. Energia Elétrica – Rio Grande do Sul – 2008. 2. Energia Elétrica– Rio Grande do Sul – Distribuição. 3. Energia Elétrica – Produção eConsumo. 4. Engenharia Elétrica I. Título II. Moura, GustavoHumberto Zanchi de
CDD: 338.47671CDU: 620.91 (816.5)
BALANÇO ENERGÉTICODO RIO GRANDE DO SULBALANÇO ENERGÉTICODO RIO GRANDE DO SUL2 0 0 9 - A N O B A S E 2 0 0 8
Nossos sinceros agradecimentos pela colaboração e atenção de:
Alex Fabiane Silveira Menezes, Aline Bernardes, Antonio Hein, Antonio Paulo Cargnin,Antonio Paulo Lima de Carvalho, Arlete Rodarte Neves, Carla Tomaschewski Bartz, CarlosBerwanger Carlan, Carlos Daniel Gazzana, Carlos Roberto Martins Silva, Cláudio Joel deQuadros, Cleiton Luis Rezende Cabral, Clóvis Coimbra Teixeira, Cristine Anversa, DagmarSehn, Deusa Maria dos Santos, Eder Fabiano Muller, Eduardo Bess Ferraz, Elenice Bratz,Elisa Helena Porto Gayer, Elvindo Possebon, Everson Remi Malysz, Fabio Quevedo, FernandoWendt, Flávio Girardelo, Flavio Roberto Soares Pereira da Silva, Gilberto Wageck Amato,Gildo Bratz, Guido Canto Alt, Hélio Weiss, Hudson Watanabe, Humberto Luis Alves Batista,Idelmo Mastella, Janine Ponte, João Batista Coronet, Josana Luccas Foggiato, José AlcidesFonseca Ferreira, José Alencar Meneghete, Jose Emilio Steffen, Jose Lopes, José MarcosNeutzling, José Wagner Maciel Kaehler, José Zordan, Juarez Tambeiro, Juliana BrandãoBrune, Laerte Luiz Piesanti, Leandro Couto Bujes, Luciano Manetti, Luciano Muller, LuisAlexandre, Luiz Antônio de Lellis Miraflores, Luiz Filipe Hillesheim, Luiz Ricardo Friedrich,Marcelo Fetter Kalikoski, Marcelo Jaques Martins, Marcelo Wasem, Marcos Prudente, Mariade Goreti Brand, Mario Marin, Mário Sérgio de Lima Azeredo, Mateus Trevisol, MichelaDutra Gonçalves, Natália de Assis Brasil Weber, Neri Alceu Bruxel, Oni Luiz Montagner,Osvaldo Mendes, Otemar Alencastro dos Santos, Paula Marcondes Ferrari Diez, PauloCorrea, Paulo Vicente, Renato Pumpmacher, Ricardo Carosiello Nogueira, Roberto FerreiraBorba, Rosa Maria Amaral, Rosiclei Aparecida Damião, Rubens Alessandro Selinke, RuiDick, Saionara Franco, Sérgio Bordignon, Suzana Beatriz de Oliveira, Wilson Lacerda FeijóJunior.
A P R E S E N T A Ç Ã O
É com imensa satisfação que o Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008 é apresentado,cumprindo assim, o compromisso de ser publicado anualmente. Com a colaboração e apoio da Secretaria deInfraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul - SEINFRA e das instituições envolvidas na matriz energética
estadual, foi possível a disponibilização dos dados neste anuário.O Balanço Energético traz a contabilização da oferta e consumo de energia e é uma das principais fontes de consulta dedados referente ao Estado do Rio Grande do Sul. Nesse sentido, o Balanço torna-se referência de estudo e de planejamentodo setor energético.Além do Balanço de 2008 está disponível no sítio do Grupo CEEE (www.ceee.com.br), em formato digital, a sériehistórica dos balanços energéticos na metodologia RS de 1979 a 2004. Com isso, tem-se a possibilidade de realizaranálises e comparações de forma dinâmica e prática entre os anos da série ou entre diferentes fontes de energia.A série histórica, com seus dados originais, está estruturada de forma diferente do modelo empregado a partir doBERS 2005 - 2007. Em virtude dessa diferença, comparações entre os dados lançados em diferentes modelosmetodológicos devem ser efetuadas com certo cuidado. Oportunamente, a série será disponibilizada na metodologiainternacional, após orientação específica da SEINFRA, pois depende da revalidação dos dados lançados. Apósrealização, pode ser traçada a evolução da matriz energética do RS no mesmo modelo e metodologia.No anexo I são apresentados os dados dos principais energéticos produzidos e consumidos no Estado, considerandoas principais linhas de totalização do Balanço em unidades originais. O objetivo é facilitar os estudos de sérieshistóricas da evolução de energéticos, o que atenua parcialmente a necessidade de se colocar na metodologiainternacional os Balanços Energéticos do Rio Grande do Sul de 1979 a 2004.O Grupo CEEE realizou o BERS 2005 - 2007 e em 2009 o BERS 2009 - Ano Base 2008. A alteração na nomenclatura tema intenção de padronizar com o formato empregado pelo Balanço Nacional - BEN, pelos Balanços Energéticos de outrasUnidades Federativas, bem como pela AIE - Agência Internacional de Energia. A realização pelo Grupo CEEE está emacordo com a Portaria 11/2008 da Secretaria de Infraestrutura e Logística, SEINFRA, expedida em 23 de abril de 2008.Nessa edição, é apresentado o Balanço Energético referente ao ano de 2008, bem como assuntos relacionados àmatriz energética estadual, nacional e mundial.Com a realização de pesquisas em empresas, órgãos, instituições e entidades setoriais, são levantados os montantesde produção de recursos energéticos primários, sua transformação em fontes secundárias, a importação e exportação(considera-se a fronteira estadual) e o uso final desses energias.A pesquisa realizada para a consolidação dos dados é extensa, e uma parcela dos energéticos produzidos e consumidosno Estado não possuem contabilização oficial, ou seja, uma parcela da produção e consumo de energia exige estimativase pesquisas por amostragem desses montantes. Para as próximas publicações, serão necessárias novas pesquisasdirecionadas e uma maior colaboração de órgãos responsáveis para obtenção dos dados estimados nesta edição.A apresentação procura trazer uma linguagem agradável, gráficos, fotos, ilustrações e outros recursos que atendamaos interesses dos técnicos do setor, bem como de outros segmentos que possam, de alguma forma, usá-lo comofonte de informação e pesquisa, ampliando o público ao qual se destina.
Esta publicação compõe-se de nove capítulos e de onze anexos, com o seguinte conteúdo:
Capítulos:
Capítulo 1 - Panorama e Tendência Mundial do Consumo de Energia. Examina a situação energética mundial, com ênfaseem cenários prováveis do panorama mundial em 2030. Para elaboração deste capítulo, a equipe técnica baseou-seprincipalmente nos estudos da Agência Internacional de Energia (International Energy Agency - IEA).
Capítulo 2 - Panorama Energético Nacional. Apresenta um panorama nacional da situação energética, com base nostextos da Empresa de Pesquisa Energética - EPE e nas projeções efetuadas pela IEA para o Brasil.
Capítulo 3 - Setor Energético do Rio Grande do Sul. Procura dar uma visão panorâmica do setor energético do Rio Grandedo Sul, desde o setor petróleo e derivados, até os diferentes tipos de biomassa, como lenha, casca de arroz, bagaço decana, carvão vegetal e outros, passando obviamente pela eletricidade, gás natural, carvão mineral e demais. Nessecapítulo, o leitor encontrará comparações de consumos de combustíveis entre o RS e Estados selecionados, bem comopoderá examinar os preços médios pagos pelos consumidores gaúchos pelas energias que consomem.
Capítulo 4 - Metodologia e Conceituação. Apresenta a metodologia e conceitos empregados nos BERS 2009 - Ano Base2008, fundamentado na metodologia internacional, também utilizada pelo BEN. Além da metodologia e conceituação,efetuam-se as explanações sobre as operações que redundam na execução completa das matrizes do BERS.
Capítulo 5 - Oferta e Demanda de Energia. Com base nos Balanços Energéticos, examina-se a oferta e demanda deenergia por fontes primárias e secundárias.
Capítulo 6 - Centros de Transformação. Analisa a energia nos centros de transformação, com base nos dados dastabelas dos Balanços.
Capítulo 7 - Consumo de Energia Setorial. Demonstra o consumo de energia por setor das diferentes fontes deenergia.
Capítulo 8 - Energia e Sociedade. Aborda, de forma resumida, a situação do RS em relação aos principais indicadoressocioeconômicos e de relacionamento do consumo de energia per capita e de energia pelo Produto Interno Bruto -PIB, e faz comparação dos principais indicadores do Estado com os correspondentes nacionais. Traz também aespacialização de consumos de energéticos nos municípios do Estado.
Capítulo 9 - Recursos e Reservas Energéticas. Apresenta os recursos e reservas de energias disponíveis no RioGrande do Sul.
Anexos:
Anexo A - Capacidade Instalada. Encontra-se a capacidade instalada no Brasil e no RS das fontes de energia.
Anexo B - Dados Mundiais de Energia. Apresenta dados econômicos e energéticos de diferentes países e regiõesselecionados.
Anexo C - Unidades. São apresentadas tabelas de unidades de conversão utilizadas no Balanço.
Anexo D - Casos Práticos da Aplicação das Leis da Termodinâmica. Traz uma abordagem prática sobre o primeiro e o segundoprincípio da termodinâmica.
Anexo E - Energia Solar. Aborda o funcionamento e expansão do mercado da energia fotovoltaica e do sistema deaquecimento solar.
Anexo F - Energia Eólica. Demonstra como funciona a geração de energia elétrica pelos ventos, suas vantagens e desvantagens,e a abordagem de novas tecnologias em desenvolvimento.
Anexo G - Energia Geotérmica. Apresenta as diferentes fontes de energia geotérmica disponíveis na Terra e a suautilização em alguns países.
Anexo H - Produção de Hidrogênio. A produção de hidrogênio é abordada a partir da utilização de diferentes fontesenergéticas.
Anexo I - Série Histórica de Fontes de Energia Selecionadas. Demonstra, por meio de tabelas, a evolução daprodução, transformação e consumo das principais fontes de energia no Estado. As séries são apresentadas emunidades originais no período de 1979 a 2007.
Anexo J - Balanço Energético Mundial 2006, Nacional 2007 e do RS 2005 - 2007. Para situar o RS no Brasil e nomundo, são apresentados os respectivos balanços. São apresentados nas unidades de mil tep e milhões de tep,respectivamente. Os balanços do Rio Grande do Sul de 2005, 2006 e 2007 também estão reproduzidos nesseanexo na unidade de mil toneladas equivalentes de petróleo - mil tep.
Anexo K - BERS 2008. Seguindo critérios internacionais de elaboração de Balanços Energéticos, é apresentado oBalanço do Rio Grande do Sul, referente ao ano de 2008, nas unidades originais, bilhões de kcal e mil tep.
Índice
PANORAMA E TENDÊNCIA MUNDIAL DO CONSUMO DE ENERGIA .................................................................... 151.1 - Panorama Econômico Mundial ....................................................................................................................... 191.2 - Cenários Alternativos de Crescimento Econômico Mundial de 2005 a 2030 ................................................. 201.3 - Evolução do Consumo de Energia por Habitante no Mundo em Regiões e em Países Selecionados ........... 21
PANORAMA ENERGÉTICO NACIONAL ................................................................................................................... 252.1 - Situação em 2007 dos Energéticos que Compõe a OIE do País ..................................................................... 262.1.a - Energia Elétrica ............................................................................................................................................ 262.1.b - Petróleo ........................................................................................................................................................ 272.1.c - Gás Natural .................................................................................................................................................. 282.1.d - Produtos da Cana-de-Açúcar ....................................................................................................................... 282.1.e - Carvão Mineral ............................................................................................................................................ 282.1.f - Lenha e Carvão Vegetal ................................................................................................................................ 292.2 - Destaque do Brasil na Produção de Energia .................................................................................................. 292.3 - Redução da Dependência Externa de Energia ............................................................................................... 292.4 - Crescimento do PIB Brasileiro e da Oferta Interna de Energia - OIE ............................................................. 292.5 - Elasticidade Renda do Consumo de Energia no Brasil ................................................................................... 302.6 - Balanço de Energia Útil - BEU ........................................................................................................................ 30
SETOR ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL ..................................................................................................... 333.1 - Petróleo e seus Derivados .............................................................................................................................. 343.1.a - Óleo Diesel .................................................................................................................................................. 353.1.b - Óleo B2 ........................................................................................................................................................ 363.1.c - Gasolina C .................................................................................................................................................... 373.1.d - GLP .............................................................................................................................................................. 373.1.e - Óleo Combustível ........................................................................................................................................ 383.1.f - QAV (Querosene de Aviação) ....................................................................................................................... 393.1.g - Gasolina de Aviação .................................................................................................................................... 393.1.h - Preços Médios dos Derivados do Petróleo aos Consumidores .................................................................... 393.2 - Eletricidade ..................................................................................................................................................... 423.2.a - Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica no RS .................................................................. 423.2.b - Setor de Geração de Energia Elétrica no RS ............................................................................................... 433.2.c - Setor de Transmissão de Energia Elétrica no RS.......................................................................................... 443.2.d - Evolução das Demandas Máximas e da Capacidade de Atendimento no RS ............................................ 463.2.e - Setor de Distribuição de Energia Elétrica no RS .......................................................................................... 463.3 - Biogás ............................................................................................................................................................. 483.4 - Lenha, Carvão Vegetal e Madeira ................................................................................................................... 493.4.a - Silvicultura no RS e em Estados Brasileiros Selecionados........................................................................... 493.4.b - Florestas Plantadas com Outras Espécies ................................................................................................... 503.4.c - Produção de Lenha e Carvão Vegetal Segundo o IBGE ............................................................................... 523.4.d - Carvão Vegetal ............................................................................................................................................. 533.5 - Carvão Mineral ............................................................................................................................................... 543.5.a - A Produção de Carvão Mineral do RS ......................................................................................................... 55
3.5.b - Previsão de Crescimento da Produção de Carvão no RS ............................................................................ 563.5.c - Preços Médios Anuais de Venda de Carvão Praticados no RS .................................................................... 573.6 - Energia Eólica ................................................................................................................................................. 573.7 - Lixívia .............................................................................................................................................................. 583.8 - Gás Natural ..................................................................................................................................................... 593.8.a - Demanda e Oferta de Gás Natural no RS ................................................................................................... 603.8.b - Preços Médios do GNV aos Consumidores ................................................................................................. 603.8.c - Suprimento do Gás Natural para o RS ......................................................................................................... 613.8.d - Gás Natural Boliviano .................................................................................................................................. 613.8.e - A Importância de um Anel de Gasodutos no RS ......................................................................................... 633.8.g - Considerações sobre o GNL ........................................................................................................................ 633.9 - Casca de Arroz ................................................................................................................................................ 643.10 - Biocombustíveis ............................................................................................................................................ 643.10.a - Biodiesel - B100 ........................................................................................................................................ 643.10.b - Álcool Etílico Anidro e Hidratado ............................................................................................................... 653.10.c - Bagaço da Cana ........................................................................................................................................ 673.10.d - Polietileno Verde ........................................................................................................................................ 673.11 - Energia Solar Fotovoltaica ............................................................................................................................. 67
METODOLOGIA E CONCEITUAÇÃO ........................................................................................................................ 714.1 - Descrição Geral .............................................................................................................................................. 714.1.a - Processo Energético ..................................................................................................................................... 714.2 - Conceituação .................................................................................................................................................. 714.2.a - Energia Primária .......................................................................................................................................... 714.2.b - Energia Secundária ...................................................................................................................................... 724.2.c - Total Geral .................................................................................................................................................... 724.2.d - Oferta ........................................................................................................................................................... 724.2.e - Transformação ............................................................................................................................................. 734.2.f - Perdas ........................................................................................................................................................... 734.2.g - Consumo Final ............................................................................................................................................. 744.2.h - Ajustes Estatísticos ...................................................................................................................................... 744.2.i - Produção de Energia Secundária .................................................................................................................. 754.3 - Convenção de Sinais....................................................................................................................................... 754.4 - Operações Básicas da Matriz Balanço Energético ......................................................................................... 754.4.a - Energia Primária e Secundária ..................................................................................................................... 754.4.b - Transformação ............................................................................................................................................. 754.4.c - Consumo Final de Energia ........................................................................................................................... 754.5 - Execução na Prática do Balanço Energético 2009 - Ano Base 2008 em tep .................................................. 774.5.a - Primeira Etapa ............................................................................................................................................. 774.5.b - Segunda Etapa ............................................................................................................................................ 794.6 - Execução na Prática dos Balanços Energéticos 2008 em kcal ....................................................................... 804.7 - Classificação Setorial ...................................................................................................................................... 81
OFERTA E DEMANDA DE ENERGIA........................................................................................................................ 855.1 - Oferta e Demanda de Energia por Fontes Primárias ...................................................................................... 855.1.a - Petróleo ........................................................................................................................................................ 855.1.b - Gás Natural .................................................................................................................................................. 855.1.c - Carvão Vapor ................................................................................................................................................ 855.1.d - Energia Hidráulica ........................................................................................................................................ 86
5.1.e - Lenha ........................................................................................................................................................... 865.1.f - Produtos da Cana ......................................................................................................................................... 865.1.g - Outras Fontes Primárias ............................................................................................................................... 865.2 - Oferta e Demanda de Energia por Fontes Secundárias .................................................................................. 895.2.a - Óleo Diesel .................................................................................................................................................. 895.2.b - Óleo Combustível ........................................................................................................................................ 895.2.c - Gasolina A.................................................................................................................................................... 895.2.d - Gasolina C (Gasolina Automotiva) ............................................................................................................... 895.2.e - Gás Liquefeito do Petróleo - GLP ................................................................................................................. 895.2.f - Nafta ............................................................................................................................................................. 905.2.g - Querosene (de Aviação e Iluminante) ......................................................................................................... 905.2.h - Eletricidade .................................................................................................................................................. 905.2.i - Carvão Vegetal .............................................................................................................................................. 905.2.j - Álcool Etílico (Anidro mais Hidratado) .......................................................................................................... 905.2.k - Outras Fontes Secundárias do Petróleo ....................................................................................................... 905.2.l - Produtos Não Energéticos do Petróleo .......................................................................................................... 905.3 - Oferta Interna de Energia no Brasil e no RS no Período de 2005 a 2008 ...................................................... 93
CENTRO DE TRANSFORMAÇÃO ............................................................................................................................. 976.1 Refinarias de Petróleo ....................................................................................................................................... 976.2 - Centrais Elétricas de Serviços Públicos ........................................................................................................... 986.2.a - Geração em MWh no Rio Grande do Sul no Período de 2000 a 2008 ........................................................ 996.2.b - Geração Proporcional por Fontes no Rio Grande do Sul, em 2008 ............................................................ 1016.3 - Centrais Elétricas Autoprodutoras ................................................................................................................. 1016.4 - Destilarias ..................................................................................................................................................... 1016.5 - Carvoarias ..................................................................................................................................................... 102
CONSUMO DE ENERGIA SETORIAL...................................................................................................................... 1057.1 - Setor Energético ............................................................................................................................................ 1057.2 - Setor Residencial (Inclui os domicílios urbanos e rurais) .............................................................................. 1067.3 - Setor Comercial ............................................................................................................................................ 1067.4 - Setor Público ................................................................................................................................................. 1067.5 - Setor Agropecuário ....................................................................................................................................... 1067.6 - Setor Transportes .......................................................................................................................................... 1067.7 - Setor Industrial .............................................................................................................................................. 106
ENERGIA E SOCIEDADE ....................................................................................................................................... 1098.1 - Energia e Socioeconomia ............................................................................................................................. 1098.2 - Espacialização do Consumo dos Principais Derivados do Petróleo no RS .................................................... 1128.3 - Indicadores Sociais do RS Indiretamente Relacionados com a Energia ....................................................... 116
RECURSOS E RESERVAS ENERGÉTICAS ............................................................................................................... 1239.1. - Carvão Mineral ............................................................................................................................................ 1239.2 - Turfa .............................................................................................................................................................. 1249.3 - Xisto Betuminoso .......................................................................................................................................... 1259.4 - Potencial Hidrelétrico .................................................................................................................................... 1269.5 - Potencial Eólico ............................................................................................................................................. 1309.6 - Potencial Fotovoltaico .................................................................................................................................... 1309.7 - Potencial de Biomassas ................................................................................................................................ 1319.8 - Definições ..................................................................................................................................................... 1319.8.a - Recursos .................................................................................................................................................... 1319.8.b - Reservas .................................................................................................................................................... 1319.8.c - Reserva Medida ......................................................................................................................................... 1319.8.d - Reserva Indicada ....................................................................................................................................... 1329.8.e - Reserva Inferida ........................................................................................................................................ 1329.8.f - Reserva Lavrável ........................................................................................................................................ 1329.8.g - Remanescente ........................................................................................................................................... 1329.8.h - Individualizado ........................................................................................................................................... 1329.8.i - Inventário .................................................................................................................................................... 1329.8.j - Viabilidade .................................................................................................................................................. 1339.8.l - Projeto Básico ............................................................................................................................................. 1339.8.m - Construção................................................................................................................................................ 1339.8.n - Operação ................................................................................................................................................... 133
ANEXO A -CAPACIDADE INSTALADA .................................................................................................................. 137
ANEXO B - DADOS MUNDIAIS DE ENERGIA....................................................................................................... 146
ANEXO C -UNIDADES ........................................................................................................................................... 151C.1 - Poder Calorífico ............................................................................................................................................. 155C.1.a - Poder Calorífico Superior ........................................................................................................................... 155C.1.b - Poder Calorífico Inferior ............................................................................................................................. 155ANEXO D - CASOS PRÁTICOS DA APLICAÇÃO DAS LEIS DA TERMODINÂMICA .............................................. 157Caso 1 - Usina Térmica de Candiota (uso de carvão vapor) ................................................................................. 158Caso 2 - Usina Térmica de Piratini (uso de lenha) ................................................................................................ 158ANEXO E - ENERGIA SOLAR................................................................................................................................. 159E.1 - Energia Fotovoltaica ...................................................................................................................................... 159E.1.a - Diagrama de Funcionamento de Célula Fotovoltaica ................................................................................ 160E.1.b - Desenvolvimento de Mercado de Células Fotovoltaicas no Mundo em 2007........................................... 161E.1.c - Condições Gerais Favoráveis para o Emprego de Células Fotovoltaicas .................................................... 162E.1.d - Perspectiva Mundial ................................................................................................................................... 162E.2 - Sistema de Aquecimento Solar ..................................................................................................................... 163E.2.a - Diagrama de Funcionamento de Aquecimento de Água Residencial ...................................................... 163E.2.b - Mercado de Aquecimento Solar no Mundo ............................................................................................... 164E.2.c - Condições Gerais para o Crescimento do Setor de Aquecimento Solar .................................................... 164E.2.d - Perspectiva Mundial ................................................................................................................................... 164E.2.e - Coletores Solares ....................................................................................................................................... 165E.2.f - Tubos Coletores com Vácuo ....................................................................................................................... 165E.3 - Energia Solar para Produção de Eletricidade em Escala Industrial ............................................................... 165E.3.a - Breve Exame dos Aspectos Tecnológicos .................................................................................................. 165
E.3.b - Perspectiva Mundial ..................................................................................................................................... 168
ANEXO F - ENERGIA EÓLICA................................................................................................................................... 169F.2 - Vantagens e Desvantagens da Energia Eólica .................................................................................................. 170F.2.a - Vantagens ..................................................................................................................................................... 170F.2.b - Desvantagens ............................................................................................................................................... 171F.3 - Como Funciona uma Turbina Eólica ................................................................................................................. 171F.4 - Tipos de turbinas eólicas .................................................................................................................................. 172F.5 - Componentes Principais de uma Turbina Eólica ............................................................................................... 172F.5.a - Anemômetro ................................................................................................................................................. 172F.5.b - Hélices (pás) ................................................................................................................................................. 172F.5.c - Breque (freio) ................................................................................................................................................ 172F.5.d - Controlador .................................................................................................................................................. 172F.5.e - Caixa de engrenagem ................................................................................................................................... 172F.5.f - Gerador ......................................................................................................................................................... 172F.5.g - Eixo de alta velocidade ................................................................................................................................. 172F.5.h - Eixo de baixa velocidade .............................................................................................................................. 172F.5.i - Nacele ........................................................................................................................................................... 172F.5.j - Controle de passo .......................................................................................................................................... 173F.5.k - Rotor ............................................................................................................................................................. 173F.5.l - Torres ............................................................................................................................................................. 173F.5.m - Medidor de direção do vento ...................................................................................................................... 173F.5.n - Orientador da Nacele ................................................................................................................................... 173F.5.o - Motor do Orientador da Nacele .................................................................................................................... 173F.6 - Tamanho das Turbinas Eólicas .......................................................................................................................... 174F.7 - Energia do Vento para Produção de Hidrogênio .............................................................................................. 174F.8 - Tecnologia Eólica de Larga Escala e Algumas Metas ....................................................................................... 174F.9 - Desenvolvimentos de Protótipos ..................................................................................................................... 174F.10 - Desenvolvimento de Componentes ............................................................................................................... 174F.11 - Desenvolvimento Expressivo da Tecnologia de Produção de Energia Eólica .................................................. 175F.13 - Condições essenciais para o aproveitamento da energia eólica .................................................................... 177F.14 - Instalação de Parques Eólicos ........................................................................................................................ 177F.15 - Potência e Energia Máximas que podem ser Extraídas do Vento ................................................................... 178F.16 - Potência e Energia Reais que Podem Ser Extraídas do Vento......................................................................... 178F.17 - Forças Atuantes numa Pá de um Aerogerador ............................................................................................... 179F.18 - Leilão Eólico Brasileiro ................................................................................................................................... 179
ANEXO G -ENERGIA GEOTÉRMICA ......................................................................................................................... 180G.1 - Geração de Calor e Eletricidade Usando Processo de Rocha Líquida Quente ................................................. 180G.2 - Energia Geotérmica Superficial ...................................................................................................................... 181G.2.a - Coletores Geotérmicos de Calor .................................................................................................................. 181G.3 - Mercado de Energia Geotérmica .................................................................................................................... 182G.4 - As Condições Básicas para Fazer Uso da Energia Geotérmica ........................................................................ 182
ANEXO H - PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO ............................................................................................................... 183H.1 - Hidrogênio a Partir de Gás Natural ................................................................................................................. 183H.2 - Hidrogênio a Partir do Carvão ........................................................................................................................ 183H.3 - Hidrogênio a Partir da Energia Nuclear .......................................................................................................... 184H.4 - Hidrogênio a Partir de Fontes Renováveis ...................................................................................................... 184H.5 - Pesquisa Básica .............................................................................................................................................. 184
ANEXO I - SÉRIE HISTÓRICA DE FONTES DE ENERGIA SELECIONADAS ................................................................. 185I.1 - Série Histórica de Fontes de Energia Selecionadas em Unidades Originais no Período de 1979 a 2007 .......... 185
ANEXO J -BALANÇO ENERGÉTICO MUNDIAL 2006, NACIONAL 2007 E DO RS 2005 - 2007 ................................. 187
ANEXO K - BERS 2008 ............................................................................................................................................ 192
Relação de gráficos, tabelas, figuras e imagens ..................................................................................................... 194
Referências Bibliográficas ...................................................................................................................................... 199
BALA
NÇO
EN
ERG
ÉTIC
O D
O R
IO G
RAN
DE D
O S
UL
200
9 - A
NO
BAS
E 20
08
Panorama e TendênciaMundial do Consumo de Energia
UCR COQUE - REFAP - CANOAS - RS Foto: Acervo Petrobras
15C A P Í T U L O 1
PANORAMA E TENDÊNCIA MUNDIAL DOCONSUMO DE ENERGIA
O consumo mundial de energia em 1990 foi de 8,755 bilhões de toneladas equivalentes de petróleo tep (347,4quadrilhões de Btu), conforme o International Energy Outlook 20081 - IEO 2008. Em 2005, esse valor atingiu 11,648bilhões de tep. Considerando-se uma taxa de crescimento média de 1,6% no período 2005 a 2030, podemosestimar que em 2030 o consumo mundial seja de 17,508 bilhões de tep. Isto representa um crescimento de 50,31%no mercado mundial de energia.Podemos observar no gráfico 1.1 que se trata de um crescimento robusto, mesmo considerando um cenário muitoprovável de preços altos dos combustíveis derivados do petróleo e do gás natural.Prevê-se que o crescimento mais significativo no consumo de energia se dará nos países não pertencentes àOrganização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE2, com taxas médias de crescimento doconsumo de energia de 2,5% contra uma taxa de 0,7% dos países da Organização. Estima-se que praticamentedobrará em 2030 o consumo de energia desses países (crescimento de 84,73%) em comparação com o ano de2005. Observa-se que em 2010 o consumo de energia dos países da OCDE passará a ser ligeiramente ultrapassadopelos países não pertencentes (6,62 bilhões de tep contra 6,97 bilhões de tep), sendo que o consumo será 18,67%maior em 2030.
Gráfico 1.1 - Mercado Mundial de Consumo de Energia de 1990 a 2030
No gráfico 1.2 é apresentada a situação de evolução dos consumos de energia de alguns países selecionados (nocaso do continente africano, considerou-se o continente como um todo). Em termos relativos, é visível que o Brasilperde terreno especialmente no ocortejo com os países não pertencentes à OCDE.Pode-se observar o enorme salto de crescimento do consumo de energia na China que ultrapassará o consumoamericano um pouco antes de 2025, e estará consumindo 31,51% a mais de energia que o Estados Unidos em 2030.
8.755
11.648
12.91614.189
15.33316.426
17.508
4.977
6.071
6.293
7.2056.9966.7796.565
6.623
7.6238.553
9.43010.320
5.577
3.778
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
20.0001990 2005 2010 2015 2020 2025 2030
milh
ões
de
tep
OCDE
Não OCDE
Mundo
Fonte: International Energy Outlook 2008
1 No IEO 2008 utilizou-se a unidade btu, que aqui foi convertida para TEP (Tonelada Equivalente de Petróleo), considerando-se que 1tep=39.680.000 btu,conforme anexo C. Mesmo sendo o Joule a unidade do sistema métrico internacional de energia, emprega-se em balanços energéticos a unidade tep,provavelmente por sermos a civilização do petróleo, bem como pelo fato de que se expressos em Joule os valores seriam numericamente muito grandes.2 Fazem parte da OCDE 30 países, a saber: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos,Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido,República Checa, Suécia, Suíça e Turquia.
16 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Já a Índia, consumia apenas 38,60% a mais de energia que o Brasil em 1990, e passará a consumir quase o dobrodo consumo do Brasil em 2030. Obviamente, tais projeções baseiam-se na expectativa de que tanto a Índia comoa China continuarão a ter taxas elevadas em relação ao PIB brasileiro.
Gráfico 1.2 - Evolução do Consumo de Energia em Países Selecionados
Tabela 1.1 - Evolução do Consumo de Energia em Países Selecionados
Se considerarmos o setor de utilização de energia, a predominância poderá variar de forma significativa notempo entre os países da OCDE e países não pertencentes. No caso específico do setor industrial, a intensidadeenergética (relação entre taxa de crescimento do consumo de energia e a taxa de crescimento do PIB) continuarácrescendo mais intensamente nos países não pertencentes à Organização do que nos países pertencentes(conforme gráfico 1.3), já que os investidores serão atraídos por menores custos e menores restrições ambientaisem relação aos países da OCDE.Em 1980, 52% de toda energia industrial mundialmente consumida ocorria no setor industrial dos países daOCDE. Em 2005, a parcela de participação do consumo industrial destes países caiu para 40,48%, sendo projetadapara 2030 uma participação de 30,06% no consumo. A taxa média anual de crescimento do consumo industrialde energia no setor industrial é de 0,6% ao ano, contra 2,4% para os países não pertencentes à Organização noperíodo de 2005 a 2030.Da mesma forma nos setores comercial, residencial e de transportes projeta-se um crescimento mais lento doconsumo de energia nos países pertencentes à Organização. Tal fato prende-se a vários fatores, entre eles, destaca-se a redução populacional ou o pequeno crescimento desses países. Prevê-se um crescimento do consumo deenergia no setor residencial de 0,5% e no setor comercial de 1,1% ao ano.Historicamente, o crescimento do setor transportes tem uma forte correlação com a renda per capita e com onúmero de automóveis per capita. Projeta-se uma taxa de crescimento de 2,9% ao ano no consumo de energiapara o setor transportes das nações não pertencentes à OCDEX, e de 0,7% para os países pertencentes.
3.911
2.135
2.523
2.704 2.974
466345
96
995 880 998
2.691
1.691
680837
602
239
428
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
milh
ões
de
tep
1990 2005 2015 2030
577
232174
764
408
África
Estados Unidos
Coreia do Sul
Brasil
Canadá
Rússia
México
China
Japão
Índia
Fonte: International Energy Outlook 2008
570
Unidade: milhões de tep
País
Estados Unidos
Canadá
México
Japão
Coreia do Sul
Rússia
China
Índia
África
Brasil
2030
2.974
486
292
590
345
998
3.911
837
602
428
2025
2.886
464
262
587
328
958
3.478
754
567
391
2020
2.792
444
237
582
312
925
3.039
670
527
355
2015
2.704
421
212
577
292
880
2.621
585
476
318
2010
2.603
396
186
565
260
824
2.200
489
416
280
2005
2.523
360
174
570
234
764
1.691
408
363
234
1990
2.135
277
126
466
96
993
680
199
239
144
Fonte: International Energy Outlook 2008
17C A P Í T U L O 1
Gráfico 1.3 - Consumo de Energia Industrial nos Países da OCDE e não OCDE de 2005 a 2030
No período 2005–2030, prevê-se um crescimento do consumo de todas as fontes de energia (gráfico 1.4). Espera-se que os combustíveis fósseis (petróleo e outros combustíveis líquidos3, gás natural e carvão) continuem suprindoa maior parte da energia consumida no mundo até 2030. Considerando um cenário do custo de combustíveislíquidos não declinantes até 2030, espera-se que a parcela de 36,65% de participação global dos combustíveislíquidos em 2005 caia para 33,01% em 2030.A produção mundial de combustíveis líquidos crescerá de 84,3 milhões de barris equivalentes de petróleo por diaem 2005 para 112,5 milhões de barris equivalentes de petróleo em 2030, sendo predominante até 2030, mas comparticipação na matriz energética mundial caindo de 36,65% em 2005 para 33,01% em 2030 (gráfico 1.5). No setortransportes, ainda existem poucas alternativas econômicas para substituir os combustíveis líquidos. Projeta-se queo setor transporte absorverá 57,92% do crescimento total projetado do consumo de combustíveis líquidos noperíodo de 2005 a 2030. Por sua vez, o setor industrial responderá por 31,40% do crescimento.
Gráfico 1.4 - Utilização por Tipo de Combustível no Mercado Mundial de Energia de 1990 a2030
3 O estudo do IEO 2007 inclui diversos combustíveis líquidos como o etanol e o biodiesel como combustíveis líquidos fósseis, a rigor combustíveis renováveis comoo etanol deveriam ser examinados em separado. Inclui-se aqui petróleo, derivados líquidos do petróleo, etanol, biodiesel, líquidos oriundos da liquefação docarvão, líquidos oriundos da liquefação de gás natural, gás natural liquefeito, óleo combustível e hidrogênio líquido.
3.432
4.2694.899
5.779
1.895
3.087
5.096
3.387
4.151
2.7072.253
514
8951.487
9931.094693
660
8.754
11.651
14.188
17.506
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
20.0001990 2005 2015 2030
milh
ões
de
tep
Carvão
Gás natural
3.977
1.134
Renovável
Líquidos
Total
Nuclear
Fonte: International Energy Outlook 2008
1.734 1.789 1.855 1.895 1.948 1.993
2.550
3.029
3.483
4.637
4.277
3.901
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
milh
ões d
e t
ep
OCDE
Não OCDE
2005 2010 2015 2020 2025 2030
Fonte: International Energy Outlook 2008
18 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Gráfico 1.5 - Produção Mundial de Energéticos Líquidos de 2005 a 2030
No tocante ao consumo mundial de gás natural, projeta-se para o período de 2005 a 2030 uma taxa média anualde crescimento de 1,7%, saindo de 2,94 trilhões de metros cúbicos em 2005 para 4,47 trilhões de metros cúbicosem 2030. Há uma tendência clara de crescimento do preço médio internacional do gás, o que tornará o carvãomais competitivo. Entre os setores usuários do gás natural como energético, destaca-se o setor industrial que,segundo previsões, estará consumindo 42,09% do total mundial em 2030.O carvão provavelmente será a fonte mundial de energia que terá a segunda maior taxa de crescimento (perdendoapenas para a taxa de crescimento dos energéticos renováveis) no período de 2005 a 2030. O consumo mundial decarvão crescerá de 3,087 trilhões de tep para 5,096 trilhões de tep em 2030, com uma taxa anual de crescimentode 2,0%. O crescimento maior do consumo de carvão ocorrerá principalmente nos países não pertencentes àOCDE, especialmente a China e a Índia. A participação do carvão na matriz energética mundial está projetada parapassar de 26,50% em 2005 para 29,11% em 2030.O setor elétrico mundial será responsável por cerca de dois terços do consumo mundial de carvão no período, e osetor industrial pelo restante. A China tem abundantes recursos de carvão e absorverá nada menos que 70,89% detodo acréscimo do consumo mundial de carvão mineral do período 2005-2030.A geração de energia elétrica crescerá 90%, conforme mostra o gráfico 1.6, saindo de uma produção mundial de17,3 trilhões de kWh em 2005 para 33,3 trilhões de kWh em 2030. A maior parte do crescimento da geração deenergia elétrica acontecerá nos países não pertencentes à OCDE, onde se prevê que a taxa média anual decrescimento da produção de energia elétrica será de 4%. Já a taxa anual média prevista para os países da OCDEé de 1,3%. Gás natural e carvão seguirão sendo os mais importantes combustíveis.A energia elétrica gerada em usinas termonucleares crescerá de 2,6 trilhões de kWh em 2005 para 3,8 trilhões dekWh em 2030. Espera-se que haja avanços tecnológicos nas centrais termoelétricas, especialmente na questão dasegurança. Em face a tais aspectos, projeta-se que o setor elétrico termonuclear irá crescer de uma capacidadeinstalada de 374 GWh em 2005 para 498 GWh em 2030; mesmo prevendo-se um declínio do setor elétrico dospaíses da OCDE (especialmente na Alemanha e na Bélgica) por questões de natureza ambiental, já que a previsãode crescimento da capacidade instalada para os países não pertencentes à OCDE é de 3,7% ao ano.Espera-se que a China acrescente 45 GWh de usinas ao seu setor elétrico, a Índia 17 GWh e a Rússia 18 GWh. Ageração de eletricidade renovável (hidroelétricas, eólicas, solares) poderá crescer a taxas anuais de 1,6%. Ocrescimento do preço do gás natural poderá tornar competitiva a produção de energia elétrica renovável, como aenergia eólica e outras, podendo contar com apoio governamental onde não for competitiva com a energia elétricaproduzida com carvão e gás natural. A maior parte do crescimento da produção de energia elétrica renovávelprovavelmente virá de usinas hidroelétricas de médio e grande porte a serem construídas em países não pertencentesà OCDE, na Ásia e na América do Sul (caso das usinas a serem construídas no Rio Madeira e tantas outras) eAmérica Central, onde existem inúmeras plantas de usinas hidroelétricas projetadas. Com exceção da Turquia e doCanadá, não se espera a instalação de novas usinas hidroelétricas nos países da OCDE, já que os recursoshidroelétricos já foram explorados. Nos países da Organização, a energia elétrica renovável virá de aproveitamentoseólicos, solar, geotérmico, lixo municipal e biomassa, especialmente do etanol celulósico.
8489
96101
107
113
36 3741
4947
44
5557
60
63
5248
9 10
3 576
0
20
40
60
80
100
1202005 2010 2015 2020 2025 2030
milh
ões
de
bar
ris
de
pet
róle
o e
qu
ival
ente
s / d
ia
Total
Não convencional
OPEP
Não OPEP
Fonte: International Energy Outlook 2008
19C A P Í T U L O 1
Gráfico 1.6 - Geração Mundial de Eletricidade por Tipo de Combustível de 2005 a 2030
A preocupação mundial com a emissão de gases como o CO2, o chamado efeito estufa, também foi produto deprevisão para o período 2005-2030, especialmente se levando em conta que a emissão desses gases tem registradocrescimento médio anual de 1,7%. Essas emissões são causadas em grande parte pela ação do homem, especialmentena produção das mais diferentes formas de energia. Projeta-se que o crescimento mundial de emissões de gases doefeito estufa saltará de 27,07 bilhões de toneladas em 2005 para 42,33 bilhões de toneladas métricas em 2030. Omaior crescimento provavelmente ocorrerá nos países não pertencentes à OCDE, em particular em face ao elevadocrescimento do carvão para produção de energia. Já em 2005 a emissão de gases do efeito estufa pelos países nãopertencentes à Organização superou a emissão oriunda dos países pertencentes. Em 2030, a produção de gases doefeito estufa será 72,40% maior nos países não pertencentes à OCDE (gráfico 1.7).
Gráfico 1.7 - Emissão Mundial de Dióxido de Carbono OCDE e não OCDE de 1990 a 2030
1.1 - Panorama Econômico Mundial
O crescimento econômico tem um relevante papel no crescimento da demanda de energia. Considerou-se no IEO 2008,para projeção de taxas de crescimento econômico, tópicos como: crescimento populacional, taxas de participação daforça de trabalho na renda, crescimento da produtividade (via tecnologia e demais processos), acumulação de capital,bem como o desenvolvimento da infraestrutura e os mecanismos regulatórios de mercado estabelecidos pelos governos,especialmente na criação de regras estáveis que permitam investimentos e crescimento a longo prazo.De 2005 a 2030, o crescimento mundial anual médio projetado foi de 4,0% (tabela 1.2). Para os países da OCDE,o crescimento anual previsto foi de 2,3%; enquanto que para os países não pertencentes o crescimento previsto foide 5,2% (especialmente em função da China e da Índia). Tais cenários foram traçados já levando em conta a criseeconômica mundial.
2,7 3,3 3,6 3,83,2
5,97,0 7,7
8,4
4,73,4
13,7
15,4
7,29,0
12,110,7
0,80,81,0
33,3
17,3
21,0
24,4
27,5
30,4
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,02005 2010 2015 2020 2025 2030
trilh
ões
de
kWh
2,6 3,03,7
3,94,64,2
0,80,80,9
5,0
Nuclear
Petróleo
Carvão
Gás natural
Renováveis
Total
Fonte: International Energy Outlook 2008
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
milh
ões
de
ton
elad
as
Mundo
OCDE
Não OCDE
1990 2005 2010 2015 2020 2025 2030
Fonte: International Energy Outlook 2008
20 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 1.2 - Taxa de Crescimento Médio Anual para o PIB do Mundo, de Regiões e de PaísesSelecionados de 1980 a 2030
Com relação ao PIB mundial, o cenário de referência projeta que o PIB mundial será de 150,182 trilhões de dólares(gráfico 1.8). Já no cenário de alto crescimento econômico, o valor atingirá 168,078 trilhões de dólares em 2030;enquanto que no cenário de baixo crescimento econômico será de 133,802 trilhões de dólares.
Gráfico 1.8 - Crescimento do PIB Mundial para os Cenários de Referência, de Elevado Cres-cimento e de Baixo Crescimento de 1990 a 2030
1.2 - Cenários Alternativos de Crescimento Econômico Mundial de 2005 a 2030
Em face das incertezas de projetarem-se taxas de crescimentos futuros para a economia mundial, o IE0-2008apresenta, além do cenário de referência, as hipóteses de elevado crescimento econômico mundial e de baixocrescimento econômico mundial. No caso de crescimento elevado, 0,5% de taxa de crescimento é acrescido aocenário de referência; e, no caso de baixo crescimento, 0,5% é subtraído (gráfico 1.9).No cenário de referência em 2030 (taxa média de 4,0% de crescimento da economia mundial no período de2005 a 2030), o mercado mundial de energia atingirá 17,51 bilhões de tep (sendo 10,32 bilhões de tep nospaíses não pertencentes à OCDE). Já no cenário de elevado crescimento econômico (taxa média anual decrescimento da economia mundial de 4,5%) o mercado mundial atingirá 19,27 bilhões de tep. No cenário debaixo crescimento econômico (taxa média de crescimento da economia mundial de 3,5%), o mercado mundialatingirá 15,91 bilhões de tep.
150,18
93,15
114,39
139,19
168,08
74,09
56,79
33,99
133,80
116,41
100,55
85,71
71,68
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
180,00
em t
rilh
ões
de
dó
lare
s d
o a
no
200
0 co
m
bas
e n
a p
arid
ade
do
po
der
de
com
pra
Referência
1990 2005 2010 2015 2020 2025 2030
Elevado crescimento
Baixo crescimento
Fonte: International Energy Outlook 2008
Previsão - Percentagem por ano
Região/País 1980-2005 2005 2006 2007 2005-2030Estados Unidos 3,1 3,1 2,9 2,1 2,5
Canadá 2,8 3,1 2,8 2,5 2,4
México 2,5 2,8 4,8 3,3 3,9
Japão 2,3 1,9 2,2 2,0 1,1
Coreia do Sul 6,8 4,2 5,0 4,9 3,5
Austrália / Nova Zelândia 3,3 2,7 2,6 3,3 3,0
Total OCDE 2,7 2,6 3,1 2,7 2,3
Rússia -0,1 6,4 6,7 7,0 4,0
China 9,8 10,4 11,1 11,5 6,4
Índia 5,9 9,2 9,4 9,0 5,8
África 2,9 5,2 5,5 6,0 4,5
Brasil 2,5 2,9 3,7 4,6 3,6
Total Não OCDE 4,0 7,5 8,0 8,1 5,2
Total Mundial 3,3 4,9 5,4 5,4 4,0
Fonte: International Energy Outlook 2008
21C A P Í T U L O 1
Gráfico 1.9 - Mercado Mundial de Consumo de Energia em Três Cenários de CrescimentoEconômico de 1990 a 2030
1.3 - Evolução do Consumo de Energia por Habitante no Mundo, em Regiões e em Países Selecionados
No IEO 2008 prevê-se uma taxa de crescimento anual da população mundial de 1%, sendo que em alguns países,como Japão e Rússia, espera-se inclusive um decréscimo da população. Isto significa que a previsão é de que apopulação mundial de 6,512 bilhões de habitantes de 2005 chegará a 8,317 bilhões de habitantes em 2030. Para oBrasil, a previsão é de uma taxa de crescimento populacional anual de 0,9% (ligeiramente inferior à taxa médiaanual de crescimento da população mundial). A tabela 1.3 apresenta o consumo mundial de energia por habitanteno período 1990-2030, incluindo-se regiões e países selecionados.Fica claro, na comparação com os países desenvolvidos, que o consumo per capita de energia dos brasileiros ébaixo e continuará assim em 2030. Enquanto a média mundial sairá de 1,79 tep por habitante em 2005 para 2,11em 2030, o Brasil chegará em 2030 com modestos 1,81 tep por habitante, valor muito aquém dos 5,63 tep porhabitante dos países da OCDE.
Tabela 1.3 - Consumo de Energia por Habitante no Mundo, em Regiões e em Países Selecio-nados de 1990 a 2030
17,51
14,66
16,1717,69
19,27
13,05
11,65
8,76
15,9115,2614,55
13,7312,78
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
bilh
ões
de
tep
Referência
1990 2005 2010 2015 2020 2025 2030
Elevado crescimento
Baixo crescimento
Fonte: International Energy Outlook 2008
Unidade: tep por habitante
Região/País 1990 2005 2010 2015 2020 2025 2030Estados Unidos 8,41 8,49 8,37 8,35 8,26 8,22 8,13
Canadá 9,89 11,25 11,65 12,03 12,00 12,21 12,46
México 1,50 1,67 1,69 1,83 1,96 2,10 2,28
Japão 3,76 4,45 4,41 4,54 4,69 4,81 5,00
Coreia do Sul 2,23 4,88 5,31 5,96 6,37 6,69 7,19
Austrália/Nova Zelândia 5,67 6,62 6,40 6,44 6,48 6,52 6,55
Total OCDE 4,74 5,18 5,23 5,32 5,39 5,47 5,63
Rússia 6,66 5,31 5,89 6,47 7,01 7,48 8,05
China 0,59 1,29 1,63 1,89 2,14 2,41 2,68
Índia 0,23 0,36 0,40 0,45 0,49 0,52 0,56
África 0,38 0,39 0,40 0,41 0,41 0,41 0,40
Brasil 0,96 1,25 1,41 1,51 1,61 1,71 1,81
Total Não OCDE 0,89 1,04 1,16 1,26 1,34 1,40 1,47
Total Mundial 1,65 1,79 1,87 1,95 2,00 2,05 2,11
Fonte: International Energy Outlook 2008
BALA
NÇO
EN
ERG
ÉTIC
O D
O R
IO G
RAN
DE D
O S
UL
200
9 - A
NO
BAS
E 20
08
PanoramaEnergético Nacional
UHE - ITAUBA - RS - GRUPO CEEE Foto: Fernando C. Vieira
25C A P Í T U L O 2
O Balanço Energético Nacional de 2008 - BEN 2008 informa que o consumo brasileiro de energia em 2007 atingiu215,57 milhões de tep (gráfico 2.1). Considerando-se as projeções do IEO 2008 de um crescimento de consumo deenergia de 2,4% ao ano (no período de 2005 a 2030), o País consumirá 371,95 milhões de tep em 2030.Em 2007, o consumo de energia por habitante no Brasil foi de 1,1381 tep por habitante. Os 215,57 milhões de tepconsumidos pelo Brasil em 2007 correspondem a 90,27% da Oferta Interna de Energia - OIE, sendo um consumo3,47 vezes superior ao verificado em 1970.
Gráfico 2.1 - Consumo Final de Energia no Brasil de 1970 a 2030
No tocante à matriz brasileira de consumo (gráfico 2.2), observou-se em 2007 que o setor industrial foi responsávelpor 38% do consumo, enquanto que o setor transporte foi responsável por 26,7% do consumo; o setor residencialpor 10,3%; o setor comercial por 2,8%; e o setor agropecuário por 4,2%. Esses cinco setores somados foramresponsáveis por 82% do consumo de energia verificado no País em 2007.
PANORAMA ENERGÉTICO NACIONAL
1 Valor informado no BEN 2008, o qual não coincide com o valor apresentado no IEO 2008.
215,57
260,61
371,95
171,95
147,70127,60
117,08104,38
84,0962,11
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
milh
ões
de
tep
1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2007 2015 2030
IEO - 2,4%
Fonte: Até 2007 - Balanço Energético Nacional 2008
26 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Gráfico 2.2 - Evolução do Consumo Final de Energia no Brasil por Setor de 1991 a 2007
Do ponto de vista das fontes (gráfico 2.3), observou-se em 2007 que os derivados do petróleo foram responsáveispor 41,4% do consumo; a eletricidade por 16,4%; o álcool por 4,2%; e a lenha, que já teve uma participação de11,8% em 1991, apresentou em 2007 um consumo de 7,6%. Já o gás natural foi responsável por 7,2%, valor queera de 2,4% em 1991. A participação do bagaço de cana é expressiva na matriz energética, atingindo 12,4% em2007.Ao contrário de países como China e Índia, a participação do carvão mineral na matriz energética brasileira é baixa,de apenas 1,7%.
Gráfico 2.3 - Evolução do Consumo Final de Energia no Brasil por Fonte de 1991 a 2007
2.1 - Situação em 2007 dos Energéticos que Compõe a OIE do País
2.1.a - Energia Elétrica
Na tabela 2.1, pode-se verificar a Oferta Interna de Energia Elétrica - OIEE, a Geração Interna de Energia Elétrica eo Consumo Final das principais fontes para o caso brasileiro em 2007.Em 2007, as importações brasileiras de energia elétrica atingiram 40,9 TWh, que, somadas com a geração internado País de 444,6 TWh, fizeram com que a OIEE fosse de 483,4 TWh (41,6 milhões de tep). O consumo final deenergia elétrica foi de 412,1 TWh, apresentando, assim, 14,7% da energia ofertada em perdas.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Industrial
Transporte
Residencial
Comercial
AgropecuárioPúblico
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
%
Petróleo
Eletricidade
bagaço de cana
lenha
gás naturalálcool
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
27C A P Í T U L O 2
Tabela 2.1 - Energia Elétrica
A estrutura da oferta de energia elétrica brasileira (tabela 2.2) foi proveniente em 74,3% de usinas hidroelétricas(sendo 1,7% de pequenas centrais hidroelétricas - PCHs); 14,7% de centrais termoelétricas; 2,5% de centraisnucleares; e 8,5% de importação líquida.Há uma diferença significativa entre a estrutura brasileira e a estrutura média mundial de energia elétrica. Naestrutura mundial (tabela 2.3), 41% da energia elétrica provém de centrais a carvão mineral; 20,1% de centrais agás natural; 16% de centrais hidroelétricas; 14,8% de centrais termonucleares; e 5,8% de centrais com derivadosde petróleo.
Tabela 2.2 - Estrutura de Oferta Interna de Energia Elétrica no Brasil em 2007
Tabela 2.3 - Estrutura de Oferta Interna de Energia Elétrica no Mundo em 2007
2.1.b - Petróleo
Em 2007, foram produzidos no Brasil (tabela 2.4) 1,75 milhões de bbl/d (barris por dia) de petróleo e LGN (gásnatural liquefeito). O consumo final de derivados do petróleo chegou a 1,818 milhões bbl/d. Desse montante, amaior parcela, 31%, foi o consumo de óleo diesel rodoviário com 563.700 bbl/d, ficando na segunda posição oconsumo de gasolina veicular com 319.700 bbl/d, com uma fatia de 17,58%.A capacidade nominal instalada de refino de derivados do petróleo em 2007 atingiu 2,036 milhões bbl/d.
Tabela 2.4 - Produção, Importação Líquida, Consumo, Reservas e Capacidade Instalada
%Centrais hidroelétricas 74,3
Centrais termoelétricas 14,7
Importação líquida 8,5
Centrais nucleares 2,5
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
%Centrais a carvão mineral 41,0
Centrais a gás natural 20,1
Centrais hidroelétricas 16,0
Centrais termonucleares 14,8
Centrais com derivados de petróleo 5,8
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
TWh milhões tepOferta Interna de Energia Elétrica - OIEE 483,4 41,6
Geração de Energia Elétrica 419,3 38,3
Importação líquida 41,4 3,6
Consumo Final 390,0 35,4Perdas em relação à OIEE 14,7
Capacidade instalada das centrais de geração de energia elétrica (inclusive
autoprodutores)100.400 MW
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
Bbl / dia BblProdução petróleo e GNL 1,75 milhões
Produção de derivados 1,89 milhões
Consumo de derivados 1,82 milhões
Consumo de gasolina veicular 319,7 mil
Consumo de óleo diesel rodoviário 563,7 mil
Consumo de óleo combustível industrial 76,3 mil
Consumo de GLP residencial 166,3 mil
Consumo de coque de petróleo 93,0 mil
Capacidade instalada nominal de refino 2,036 milhões
Reservas provadas de petróleo 11,9 bilhões
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
28 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
2.1.c - Gás Natural
Em 2007, a produção brasileira de gás natural (tabela 2.5) atingiu 49,7 milhões de m3 por dia, sendo importados28,3 milhões de m3 por dia de gás. Na matriz energética de 2007, o gás natural apareceu com 9,29%.A estrutura de consumo do gás natural apresentou a predominância do consumo industrial com 32,3%, sendo que19,6% do gás natural foi rejeitado e não aproveitado. Para o uso veicular, foi consumido 9,0% de gás natural.
Tabela 2.5 - Produção, Importação, Consumo, Reservas e Capacidade Instalada
2.1.d - Produtos da Cana-de-Açúcar
Em 2007, a produção brasileira de etanol (tabela 2.6) atingiu 388.700 bbl/d (barris/dia). Os produtos energéticosresultantes da cana representaram 15,88% da matriz energética brasileira.
Tabela 2.6 - Produtos da cana-de-açúcar no Brasil em 2007
2.1.e - Carvão Mineral
Em 2007, o carvão mineral e seus derivados apresentaram uma participação de 5,99% na matriz energéticabrasileira, percentual muito abaixo do que se verifica mundialmente.O carvão vapor (energético) é nacional e seu consumo predomina nas centrais elétricas de serviços públicos. Já o carvãometalúrgico é importado, se expande quando ocorre combustão incompleta e é consumido na indústria siderúrgica. Oconsumo industrial representa uma parcela de 67,9% (tabela 2.7) e o consumo na geração de energia elétrica, 22,8%.
Tabela 2.7 - Carvão Mineral
Bbl / dia toneladasProdução de etanol 388,7 mil
Consumo final de etanol 297,7 mil
Exportação de etanol 60,9 mil
Consumo de álcool anidro – setor transporte 107,3 mil
Consumo de álcool hidratado – setor transporte 178,6 mil
Consumo de etanol em outros usos 11,8 mil
Consumo térmico de bagaço 134,5 milhões
Rendimento do etanol de cana: 87,7 litros por tonelada de canaRendimento do etanol do melaço: 339,1 litros por tonelada de melaço
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
toneladasProdução 5.965.000
Importação 16.441.000
Consumo industrial 15.097.000
Consumo na geração elétrica 5.074.000
Consumo em outras áreas 2.051.000
Fonte: Balanço Energético Nacional 2007
m3 / dia mProdução 49,7 milhões
Importação 28,3 milhões
Uso térmico do setor energético 11 milhões
Consumo industrial 25,2 milhões
Consumo transporte 7,0 milhões
Consumo geração elétrica (centrais elétricas de serviços públicos) 6,6 milhões
Consumo na geração elétrica (centrais elétricas autoprodutoras) 3,1 milhões
Uso não energético 2,4 milhões
Reservas instaladas de plantas de gás 49,6 milhões
Reservas provadas 365,0 bilhões
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
3
29C A P Í T U L O 2
2.1.f - Lenha e Carvão Vegetal
Em 2007, a lenha e o carvão vegetal (tabela 2.8) corresponderam a 11,99% da matriz energética do País. Oconsumo de lenha foi de 42,9% em carvoarias; 27,6% no residencial; e 28,4% no agropecuário e industrial.
Tabela 2.8 - Lenha e Carvão Vegetal
2.2 - Destaque do Brasil na Produção de Energia
Em termos de produção de energia o grande destaque do Brasil no cenário internacional continua sendo a expressivaparticipação de energia renovável na matriz energética do País. Em 2007, nada menos que 45,9% de toda Oferta deEnergia Interna - OIE do País foi originária de fontes renováveis. Em nível mundial, em 2006, de acordo com o KeyWorld Energy Statistcs - 2008, esse percentual foi de 12,9%, enquanto que nos países da OCDE foi de apenas 6,7%.O Brasil é o terceiro maior produtor de hidroeletricidade do mundo, apenas atrás da China e do Canadá. Na produçãode etanol, o Brasil disputa a liderança mundial com os Estados Unidos, que emprega o milho para produzir o álcool,acarretando sérios problemas de elevação nos preços mundiais dos alimentos, o que não ocorre na situação brasileira.
2.3 - Redução da Dependência Externa de Energia
A maior dependência externa de energia no caso brasileiro ocorreu em meados da década de 1970, sendo que areferida dependência, em 2007, ficou pouco acima de 8%, que representa um valor confortável.
2.4 - Crescimento do PIB Brasileiro e da Oferta Interna de Energia - OIE
De 1970 a 1980, o PIB brasileiro cresceu em média 8,6%, enquanto o crescimento da oferta interna de energia foi de5,5% (gráfico 2.4).Já no período de 1980 a 1985 a taxa de crescimento do PIB brasileiro foi de apenas 1,3% ao ano em média, enquantoque a taxa de crescimento da OIE foi de 2,7%, uma situação bem pior que a verificada no período anterior. No períodode 1985 a 1993, enquanto o PIB cresceu 1,8% ao ano, a OIE cresceu 1,7%. De 1993 a 1997, o PIB cresceu 3,8% e aOIE 4,8%, enquanto que de 1997 a 2007 para um crescimento do PIB de 2,8% a OIE cresceu 2,8%.Olhando-se o período de 37 anos (de 1970 a 2007), a média anual de crescimento do PIB ficou em 4% e a OIEcresceu 3,5% ao ano.
Gráfico 2.4 - Taxas Médias de Crescimento do PIB e OIE no Brasil de 1970 a 2007
toneladasProdução de lenha 92.317.000
Consumo em carvoarias 39.153.000
Consumo final da lenha 52.614.000
Consumo residencial da lenha 25.200.000
Consumo de carvão vegetal 9.670.000
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
4,0
2,8
3,8
1,8
1,3
8,6
4,8
2,8
3,5
1,7
2,7
5,5
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,070-80 80-85 85-93 93-97 97-2007 70-2007
%
PIB
OIE
70-07 - Taxa média no períodoFonte: Balanço Energético Nacional 2008
30 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
2.5 - Elasticidade Renda do Consumo de Energia no Brasil
No período de 1970 a 2007, a relação entre a OIE e o PIB do Brasil (tabela 2.9) foi de 0,87. No caso da relaçãoentre a eletricidade total produzida e o PIB, a relação no mesmo período foi de 1,57.
Tabela 2.9 - Elasticidade Renda do Consumo de Energia no Brasil
2.6 - Balanço de Energia Útil - BEU
No gráfico 2.5, observa-se a variação da energia final, útil e economia de energia para o caso brasileiro nos anos de1984, 1994 e 2004. Observa-se que a energia final e a útil aumentaram ao longo do tempo; porém, o potencial deeconomia de energia diminui à medida que os rendimentos vão se aproximando de seus pontos ótimos.A relação entre a energia final e a útil tem a dimensão de rendimento energético. Pelos números do BEN 2008, orendimento energético do País em 1984 foi de 46,9%, em 1994 de 53,9% e em 2004 de 57,5%.
Gráfico 2.5 - Variação da Energia Útil, Final e Economia de Energia no Brasil de 1984 a 2004
1980-1970 1985-1980 1993-1985 1997-1993 2007-1997 2007-1970OIE/PIB 0,64 2,11 0,92 1,26 1,03 0,87
Eletricidade Total/PIB 1,39 5,64 2,31 1,35 1,24 1,63
Eletricidade Industrial/PIB 1,54 5,59 1,68 0,67 1,30 1,59
Derivados Petróleo/PIB 0,95 -1,49 1,71 1,84 0,40 0,90
Biomassa/PIB 0,06 3,34 -0,55 0,53 1,36 0,43
Carvão mineral de aço/PIB 1,23 7,15 1,93 0,83 0,70 1,41
Energia industrial/PIB* 1,01 3,06 0,93 1,17 1,35 1,17
Consumo combustíveis ciclo OTTO//PIB** 0,37 0,11 2,51 2,49 0,64 0,83
* Inclui setor energético** Inclui gasolina, álcool e gás natural
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
2001984 1994 2004
mil
hõ
es
de
te
p
Energia ÚtilPotencial de Economia de EnergiaEnergia Não recuperável
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
BALA
NÇO
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200
9 - A
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BAS
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08
Setor Energéticodo Rio Grande do Sul
Subestação - PASSO REAL - RS Foto: Fernando C. Vieira
33C A P Í T U L O 3
SETOR ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL
Neste capítulo, será examinado o setor energético do Rio Grande do Sul, sendo apresentados os dados das fontesenergéticas utilizadas no Estado.A evolução do consumo final de energia no Rio Grande do Sul, no período de 2005 a 2008, e a projeção decrescimento até 2030, é apresentada no Gráfico 3.1 a seguir. Para os anos de 2010, 2015, 2020, 2025 e 2030 foramestabelecidas projeções nas seguintes hipóteses:i) O RS terá a mesma taxa de crescimento do consumo final de energia de 2,4% ao ano, valor previsto para o Brasilno IEO 2008 (período 2005-2030);ii) O RS terá uma taxa de crescimento do consumo final de energia de 5% ao ano, aproximadamente igual a taxa decrescimento verificada no período de 2005 a 2008.
Gráfico 3.1 - Valores Verificados do Consumo Final de Energia no RS, no Período de 2005 a2008, e Projeção de Crescimento até 2030
No tocante à produção de energia em 2007, o RS destacou-se na produção de carvão vapor: foram 4,44 milhões detoneladas produzidas, ficando na primeira posição no cenário nacional. Nesse mesmo ano, foram produzidos 16.206GWh de energia elétrica no Estado (centrais elétricas de serviço público e autoprodutoras), ficando na décimaprimeira posição entre os estados brasileiros. A produção de álcool etílico hidratado nas destilarias foi de 6.818 m3,volume abaixo da potencialidade do Estado.Nas tabelas 3.1, 3.2 e 3.3, apresentam-se a produção de cada energético por Estado da federação.
25.895
22.999
13.93015.368 16.115
18.143
20.428
13.325
44.955
35.224
27.599
21.624
16.943
12.657
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
mil
tep
Taxa de 2,4%
Fonte: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
2005 2006 2007 2008 2010 2015 2020 2025 2030
Taxa de 5%
34 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 3.1 - Produção de Petróleo e Gás Natural em Estados Selecionados e no Brasil, em 2007
Tabela 3.2 - Geração de Energia Elétrica e Produção de Álcool em Estados Selecionados eno Brasil, em 2007
Tabela 3.3 - Produção de Carvão Vapor na Região Sul e no Brasil, em 2007
Cabe examinar, de forma mais detalhada, a configuração dos principais energéticos, como petróleo e derivados,energia elétrica, gás natural, carvão vapor, lenha, outras biomassas, além de biocombustíveis e energia eólica.
3.1 - Petróleo e seus Derivados1
O petróleo que chega ao Estado é refinado na Refinaria Alberto Pasqualini em Canoas e na Refinaria Ipiranga em RioGrande. Na tabela 3.4, consta a capacidade de refino das duas refinarias e a capacidade total do País. Observa-se que acapacidade nominal de refino de petróleo total do RS corresponde a 10,10% da capacidade nominal de refino do País.
unidade: mil barris unidade: milhões m³
Petróleo Total Gás Natural TotalRio de Janeiro 520.922 Rio de Janeiro 8.025
Espírito Santo 42.160 Amazonas 3.546
Rio Grande do Norte 22.817 Bahia 2.646
Bahia 15.659 Rio Grande do Norte 1.079
Sergipe 15.293 Espírito Santo 965
Amazonas 12.276 Alagoas 906
Ceará 3.766 Sergipe 547
Alagoas 3.023 São Paulo 324
Paraná 1.380 Ceará 78
São Paulo 724 Paraná 34
Rio Grande do Sul 0 Rio Grande do Sul 0Total Brasil 638.018 Total Brasil 18.152
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
unidade: mil toneladas
Carvão Vapor TotalParaná 82
Santa Catarina 2.745
Rio Grande do Sul 4.440Total Brasil 7.267
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008 e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2005 - 2007
1 Tópicos da Reforma do Setor Petróleo no Brasil constam na página 35 do Balanço Energético do RS 2005 - 2007
unidade: GWh unidade: mil m³
Energia Elétrica* Total Álcool TotalParaná 73.691 São Paulo 13.589
São Paulo 62.821 Paraná 1.916
Minas Gerais 60.864 Minas Gerais 1.791
Pará 31.747 Goiás 1.165
Goiás 28.497 Mato Grosso do Sul 874
Rio de Janeiro 27.995 Mato Grosso 864
Bahia 25.628 Alagoas 682
Alagoas 21.690 Pernambuco 395
Mato Grosso do Sul 21.272 Paraíba 364
Santa Catarina 19.856 Espírito Santo 282
Rio Grande do Sul 16.206 Rio Grande do Sul 7Total Brasil 444.583 Total Brasil 22.557
* Inclui geração de autoprodutoresFonte: Balanço Energético Nacional 2008 e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2005 - 2007
35C A P Í T U L O 3
Tabela 3.4 - Capacidade das Refinarias de Petróleo do RS em 2007
Nas tabelas 3.5 e 3.6, são apresentados o volume de carga nas refinarias do RS e a capacidade de armazenamentonas refinarias por produto, respectivamente. Observa-se que o volume total de petróleo processado no Estado foi de9,16% do processado em âmbito nacional em 2007.
Tabela 3.5 - Volume de Carga Processada por Origem (Nacional e Importada) nas Refinariasdo RS, em 2007
Tabela 3.6 - Capacidade de Armazenagem por Produto nas Refinarias do RS, em 31/12/2007
As capacidades de armazenamento de petróleo e seus derivados no RS no ano de 2007 são apresentadas natabela 3.7 a seguir:
Tabela 3.7 - Capacidade de Armazenamento de Petróleo e seus Derivados nos Terminais doRS, em 31/12/2007
3.1.a - Óleo Diesel
Verifica-se na tabela 3.8 que ocorreu uma redução das vendas de óleo diesel no RS, nos anos de 2005, 2006 e 2007,em comparação com 2004. Em 2007, as vendas de óleo diesel no RS foram de 6,24% do verificado em âmbitonacional. Entre os Estados com PIB maior que o PIB gaúcho (gráfico 3.2), verifica-se que no Rio de Janeiro asvendas de óleo diesel foram menores ao longo de todo período de 1998 a 2007. Já o Paraná, embora com PIBmenor que o do RS, apresentou vendas de óleo diesel superior ao verificado no RS.
unidade: barril/dia
Refinaria Total Geral Petróleo Nacional Petróleo ImportadoIpiranga 13.252 - 13.252
REFAP 149.136 54.785 93.000
Total RS 162.388 54.785 106.252
Total Brasil 1.772.170 1.343.160 401.716Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
unidade: barril unidade: m3
Refinaria Petróleo Derivados de Petróleo e ÁlcoolIpiranga 722.226 61.186
REFAP 2.485.272 389.533
Total RS 3.207.498 450.719
Total Brasil 34.927.380 6.399.279Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
unidade: m³
Local e Operador Número de Tanques PetróleoDerivados
(exceto GLP)GLP Total
Canoas Supergasbrás 12 1.400 1.400
Canoas Transpetro 5 17.089 17.089
Osório - Copesul 4 164.000 164.000
Osório - Transpetro 16 509.000 192.159 701.000
Rio Grande - Copesul 32 36.800 2.616 39.416
Rio Grande - Granel 16 29.600 29.600
Rio Grande - Transpetro 14 56.754 56.754
Total RS 99 509.000 496.402 4.016 1.009.259
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
unidade: m³/dia
Refinaria Município Capacidade NominalIpiranga Rio Grande 2.700
REFAP Canoas 30.000
Total RS 32.700
Total Brasil 323.750Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
36 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 3.8 - Vendas de Óleo Diesel pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados,no Período de 1998 a 2007
Gráfico 3.2 - Vendas de Óleo Diesel pelas Distribuidoras em Estados Selecionados, no Perío-do de 1998 a 2007
3.1.b - Óleo B2
Na tabela 3.9, consta a evolução das vendas do óleo B2 (mistura de 98% de óleo diesel e 2% de óleo biodieselpuro) em estados selecionados e regiões do País. Em 2006, as vendas de B2 no RS foram de 6,38% do total devendas de B2 do País.
Tabela 3.9 - Vendas de B2 pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, em 2005 e 2006
unidade: mil m³
Regiões e Estados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 3.761 3.108 3.041 2.967 2.952 2.990 3.422 3.711 3.601 3.766
Região Nordeste 4.937 5.141 5.192 5.657 5.619 5.238 5.622 5.700 5.818 6.214
Região Sudeste 14.983 15.439 15.568 16.542 16.782 16.303 17.156 17.395 17.542 18.740
Região Sul 6.737 6.993 7.141 7.567 7.750 7.759 8.121 7.829 7.752 8.166
Região Centro-Oeste 3.932 4.040 4.210 4.292 4.565 4.563 4.906 4.532 4.294 4.673
Paraná 3.004 2.980 3.032 3.229 3.353 3.450 3.602 3.542 3.511 3.706
Rio Grande do Sul 2.393 2.527 2.575 2.718 2.678 2.640 2.741 2.481 2.478 2.592São Paulo 8.198 8.447 8.491 9.227 9.364 8.966 9.299 9.291 9.205 9.790
Rio de Janeiro 1.961 2.102 2.009 2.178 2.253 2.185 2.139 2.189 2.185 2.356
Minas Gerais 4.201 4.252 4.380 4.422 4.464 4.459 5.016 5.175 5.308 5.721
Total Brasil 34.350 34.720 35.151 37.025 37.668 36.853 39.226 39.167 39.008 41.558
Notas: 1. Até 2006, inclui as vendas e o consumo próprio das distribuidoras. A partir de 2007, inclui apenas as vendas2. As vendas de B2 - mistura de 98% de óleo diesel e 2% de biodiesel puro (B100) estão incluídas nas vendas de óleo diesel
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
mil
m3
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
PR
RS
SP
RJ
MG
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
unidade: m³
Regiões e Estados 2005 2006Região Norte 660 183.387
Região Nordeste 0 540.794
Região Sudeste 2.790 966.836
Região Sul 0 371.867
Região Centro-Oeste 306 214.920
Paraná 0 123.635
Rio Grande do Sul 0 145.268São Paulo 470 517.425
Rio de Janeiro 200 146.660
Minas Gerais 2.120 236.277
Bahia 168.036
Pernambuco 124.808
Total Brasil 3.755 2.277.803
Notas: 1. Inclui o consumo próprio das distribuidoras2. Dados não disponíveis no Anuário da ANP 2008
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2007
37C A P Í T U L O 3
3.1.c - Gasolina C
Com relação às vendas de gasolina C (mistura em volume de 75% de gasolina A com 25% de álcool etílico anidro),verifica-se na tabela 3.10 que no RS foram vendidos 8,09% do total do País em 2007. No gráfico 3.3, verifica-se asituação das vendas de gasolina C no RS em relação a estados selecionados no período de 1998 a 2007.
Tabela 3.10 - Vendas de Gasolina C pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados,no Período de 1998 a 2007
Gráfico 3.3 - Vendas de Gasolina C pelas Distribuidoras em Estados Selecionados, no Perío-do de 1998 a 2007
3.1.d - GLP
Em relação ao Gás Liquefeito de Petróleo - GLP, observa-se na tabela 3.11 que no RS as vendas foram de 6,79% dototal do País em 2007. Até 2004, superavam as vendas verificadas no Paraná; porém, a partir de 2005, as do Paranásuperaram as do RS. O Paraná possui uma população e um PIB menor que a do RS, já nos estados com maiorpopulação e PIB, as vendas de GLP ao longo do período analisado sempre superaram as verificadas no RS.
unidade: mil m³
Regiões e Estados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 982 947 957 948 983 1.005 1.125 1.152 1.249 1.382
Região Nordeste 3.138 3.222 3.095 2.995 3.125 3.080 3.410 3.450 3.564 3.618
Região Sudeste 13.063 12.996 12.097 11.916 11.914 11.169 11.486 11.686 11.862 12.092
Região Sul 4.655 4.662 4.583 4.432 4.503 4.480 4.870 4.984 5.023 4.946
Região Centro-Oeste 1.920 1.854 1.895 1.916 2.074 2.039 2.284 2.281 2.310 2.289
Paraná 1.603 1.621 1.581 1.473 1.435 1.480 1.581 1.724 1.646 1.639
Rio Grande do Sul 1.980 1.957 1.913 1.859 1.885 1.815 1.964 1.907 1.898 1.967São Paulo 8.073 8.122 7.428 7.451 7.154 6.700 6.697 6.935 7.042 7.154
Rio de Janeiro 2.256 2.033 1.848 1.772 1.972 1.765 1.848 1.739 1.661 1.635
Minas Gerais 2.351 2.417 2.324 2.254 2.331 2.261 2.518 2.580 2.698 2.828
Total Brasil 23.758 23.681 22.627 22.207 22.599 21.772 23.174 23.553 24.008 24.325
Nota: Até 2006, inclui as vendas e o consumo próprio das distribuidoras. A partir de 2007, inclui apenas as vendas.Fontes: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2007 - dados de 1998 a 2006
ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008 - dados de 2007
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.0001998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
mil
m3
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
PR
RS
SP
RJ
MG
38 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 3.11 - Vendas de GLP pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, noPeríodo de 1998 a 2007
3.1.e - Óleo Combustível
Após crescerem até o ano 2000, as vendas de óleo combustível no RS passaram a apresentar queda a partir de2001. As vendas em 2007 diminuíram praticamente à metade das verificadas no ano 2000, no Brasil. Em 2007, aparcela de vendas de óleo combustível no RS correspondeu a 3,64% das vendas no País, conforme valores apresen-tados na tabela 3.12. O fenômeno de queda das vendas de óleo combustível ocorreu em todo Brasil nos últimosanos e teve uma pequena recuperação em 2007.
Tabela 3.12 - Vendas de Óleo Combustível pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecio-nados, no Período de 1998 a 2007
Gráfico 3.4 - Vendas de Óleo Combustível pelas Distribuidoras em Estados Selecionados, noPeríodo de 1998 a 2007
unidade: mil m³
Regiões e Estados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 575 590 615 623 589 540 558 563 582 655
Região Nordeste 2.370 2.464 2.570 2.601 2.450 2.243 2.346 2.371 2.463 2.547
Região Sudeste 5.845 6.074 6.267 6.309 6.112 5.766 5.856 5.760 5.762 5.834
Região Sul 2.294 2.425 2.375 2.172 2.085 1.999 2.044 2.043 2.049 2.076
Região Centro-Oeste 878 906 954 996 926 885 901 899 924 919
Paraná 790 847 844 822 789 768 793 807 814 819
Rio Grande do Sul 845 866 881 849 833 795 807 791 795 817São Paulo 3.398 3.565 3.717 3.730 3.523 3.276 3.285 3.202 3.219 3.229
Rio de Janeiro 951 968 959 950 956 955 974 952 950 1.017
Minas Gerais 1.277 1.319 1.367 1.404 1.412 1.330 1.377 1.382 1.365 1.343
Total Brasil 11.963 12.461 12.783 12.703 12.164 11.436 11.708 11.638 11.783 12.034Nota:Até 2006, inclui as vendas e o consumo próprio das distribuidoras. A partir de 2007, inclui apenas as vendas.Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
unidade: mil m³
Regiões e Estados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 603 798 951 957 994 1.078 1.092 1.037 1.433 1.815
Região Nordeste 1.389 1.195 824 655 561 640 644 641 722 783
Região Sudeste 6.486 6.669 6.517 5.902 4.588 3.316 2.669 2.583 2.101 2.010
Região Sul 1.549 1.372 1.214 1.063 950 792 645 610 529 538
Região Centro-Oeste 740 676 578 513 466 373 361 365 340 378
Paraná 797 612 477 409 377 289 190 166 151 174
Rio Grande do Sul 404 445 454 407 368 314 279 261 222 201São Paulo 3.577 3.770 3.596 3.214 2.455 1.877 1.540 1.206 823 761
Rio de Janeiro 786 916 990 904 568 213 131 130 62 55
Minas Gerais 1.639 1.485 1.386 1.368 1.092 838 766 797 738 760
Total Brasil 10.768 10.713 10.086 9.092 7.560 6.200 5.412 5.237 5.126 5.525Nota:Até 2006, inclui as vendas e o consumo próprio das distribuidoras. A partir de 2007, inclui apenas as vendas.Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
mil
m3
PR
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
RS
SP
RJ
MG
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
39C A P Í T U L O 3
3.1.f - QAV (Querosene de Aviação)
As vendas de QAV (combustível para turbina de aviões e helicópteros) dos principais estados brasileiros, no períodode 1998 a 2007, constam na tabela 3.13. Em 2007, as vendas de QAV no RS representaram 2,70% das vendasnacionais e superaram as vendas efetuadas no Paraná e em Minas Gerais, tendo ficado abaixo das vendas noEstado de São Paulo e Rio de Janeiro.
Tabela 3.13 - Vendas de QAV pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, noPeríodo de 1998 a 2007
3.1.g - Gasolina de Aviação
As vendas de gasolina de aviação dos principais estados brasileiros, no período de 1998 a 2007, constam na tabela3.14. Em 2007, as vendas no RS representaram 9,55% das vendas nacionais e superaram as vendas efetuadas emMinas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro, tendo ficado abaixo das vendas no Estado de São Paulo.
Tabela 3.14 - Vendas de Gasolina de Aviação pelas Distribuidoras em Regiões e EstadosSelecionados, no Período de 1998 a 2007
3.1.h - Preços Médios dos Derivados do Petróleo aos Consumidores
Os consumidores gaúchos, de um modo geral, pagam mais caro pelos energéticos derivados do petróleo, tanto emrelação à média nacional, como em comparação com os consumidores de estados brasileiros com maior PIB, oumesmo no caso do Paraná que tem um PIB pouco menor que o do RS. Nas tabelas 3.15, 3.16 e 3.17, constam ospreços médios praticados em diversos estados brasileiros e nas regiões do País.
unidade: mil m³
Regiões e Estados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 371 300 265 281 277 262 284 284 293 344
Região Nordeste 699 708 629 700 703 602 662 659 763 691
Região Sudeste 3.200 2.876 2.723 3.118 2.782 2.525 2.658 2.866 2.771 3.089
Região Sul 290 303 324 329 299 241 259 300 308 297
Região Centro-Oeste 435 377 390 388 373 341 344 318 329 468
Paraná 125 141 152 136 132 100 102 126 128 121
Rio Grande do Sul 123 113 109 118 108 99 112 122 126 132São Paulo 2.368 2.108 1.987 2.283 2.004 1.897 1.976 2.076 1.980 2.377
Rio de Janeiro 695 622 611 699 636 519 575 653 637 599
Minas Gerais 123 128 105 114 114 84 81 109 125 76
Total Brasil 4.997 4.565 4.332 4.818 4.436 3.972 4.209 4.429 4.465 4.890Nota:Até 2006, inclui as vendas e o consumo próprio das distribuidoras. A partir de 2007, inclui apenas as vendas.Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
unidade: m³
Regiões e Estados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 11.747 10.274 10.992 9.773 9.306 7.696 8.131 7.434 7.206 7.894
Região Nordeste 8.901 7.963 8.277 7.235 7.340 5.722 6.502 6.324 5.724 5.989
Região Sudeste 31.660 30.277 30.137 32.456 21.663 15.466 16.626 20.324 21.197 15.087
Região Sul 9.760 10.052 10.006 7.988 8.586 10.734 11.586 7.113 7.404 10.877
Região Centro-Oeste 19.123 17.047 16.528 13.379 16.448 19.278 18.583 14.268 10.731 14.898
Paraná 2.375 2.950 2.403 1.395 2.219 5.186 5.113 3.151 3.657 4.764
Rio Grande do Sul 6.507 5.947 6.642 5.821 5.577 4.862 5.986 3.480 3.038 5.229São Paulo 27.091 25.767 25.920 28.464 18.078 12.131 13.336 17.153 17.602 10.708
Rio de Janeiro 1.278 1.421 1.507 1.470 1.185 1.130 1.171 1.027 1.127 1.391
Minas Gerais 3.216 3.039 2.662 2.486 2.314 2.121 2.032 2.026 2.325 2.811
Total Brasil 81.193 75.613 75.940 70.831 63.342 58.897 61.427 55.464 52.262 54.744Nota:Até 2006, inclui as vendas e o consumo próprio das distribuidoras. A partir de 2007, inclui apenas as vendas.Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
40 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 3.15 - Preço Médio da Gasolina C ao Consumidor em Regiões e Estados Seleciona-dos, no Período de 2001 a 2007
No gráfico 3.5, pode-se verificar a evolução dos preços da gasolina C no RS, em Estados selecionados e na média brasileira.
Gráfico 3.5 - Preço Médio da Gasolina C ao Consumidor em Estados Selecionados, no Perío-do de 2001 a 2007
Tabela 3.16 - Preço Médio do Óleo Diesel ao Consumidor em Regiões e Estados Seleciona-dos, no Período de 2001 a 2007
No gráfico 3.6, pode-se verificar a evolução dos preços do óleo diesel no RS, em estados selecionados e na média brasileira.
unidade: R$ / litro
Regiões e Estados 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 1,913 1,856 2,212 2,259 2,553 2,691 2,655
Região Nordeste 1,769 1,750 2,096 2,133 2,409 2,670 2,632
Região Sudeste 1,706 1,704 2,023 2,023 2,259 2,483 2,452
Região Sul 1,759 1,777 2,157 2,163 2,459 2,641 2,539
Região Centro-Oeste 1,758 1,748 2,122 2,180 2,431 2,655 2,626
Paraná 1,714 1,713 2,054 2,063 2,282 2,467 2,416
Rio Grande do Sul 1,784 1,832 2,240 2,231 2,570 2,697 2,528São Paulo 1,690 1,703 1,989 1,986 2,237 2,418 2,396
Rio de Janeiro 1,738 1,713 2,120 2,095 2,329 2,525 2,494
Minas Gerais 1,721 1,691 2,028 2,040 2,209 2,412 2,393
Total Brasil 1,741 1,735 2,072 2,082 2,312 2,541 2,504*Preços médios de 2001 calculados com base nos preços de julho e dezembroNota: Preços em valores correntesFonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
R$/
litro
PR
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007
SP
MG
BR
RJ
RS
unidade: R$ / litro
Regiões e Estados 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 0,927 1,094 1,540 1,570 1,820 1,995 1,985
Região Nordeste 0,917 1,052 1,446 1,447 1,709 1,856 1,850
Região Sudeste 0,857 1,025 1,430 1,450 1,722 1,853 1,849
Região Sul 0,844 1,038 1,457 1,492 1,770 1,893 1,880
Região Centro-Oeste 0,920 1,087 1,530 1,564 1,832 1,959 1,967
Paraná 0,850 1,030 1,418 1,460 1,722 1,840 1,831
Rio Grande do Sul 0,835 1,045 1,492 1,532 1,839 1,953 1,937São Paulo 0,844 1,016 1,419 1,456 1,739 1,863 1,862
Rio de Janeiro 0,845 1,005 1,420 1,438 1,689 1,814 1,802
Minas Gerais 0,890 1,055 1,456 1,430 1,686 1,823 1,815
Total Brasil 0,876 1,041 1,452 1,471 1,731 1,864 1,858*Preços médios de 2001 calculados com base nos preços de julho e dezembroNota: Preços em valores correntesFonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
41C A P Í T U L O 3
Gráfico 3.6 - Preço Médio do Óleo Diesel ao Consumidor em Estados Selecionados, noPeríodo de 2001 a 2007
Tabela 3.17 - Preço Médio do GLP ao Consumidor em Regiões e Estados Selecionados, noPeríodo de 2001 a 2007
No gráfico 3.7, pode-se verificar a evolução dos preços do GLP no RS, em Estados selecionados e na média brasileira.
Gráfico 3.7 - Preço Médio do GLP ao Consumidor em estados Selecionados, no Período de2001 a 2007
BR
MG
RJ
SP
RS
PR
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
R$/
litro
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007
unidade: R$ / kg
Regiões e Estados 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 1,282 1,846 2,387 2,408 2,367 2,456 2,585
Região Nordeste 1,278 1,845 2,252 2,399 2,345 2,476 2,497
Região Sudeste 1,425 1,808 2,175 2,227 2,238 2,405 2,475
Região Sul 1,539 1,957 2,295 2,372 2,425 2,573 2,591
Região Centro-Oeste 1,541 1,951 2,376 2,394 2,379 2,573 2,662
Paraná 1,540 1,881 2,227 2,359 2,319 2,436 2,420
Rio Grande do Sul 1,489 1,966 2,321 2,355 2,412 2,568 2,611São Paulo 1,441 1,849 2,213 2,210 2,160 2,290 2,369
Rio de Janeiro 1,412 1,714 2,059 2,203 2,246 2,348 2,403
Minas Gerais 1,390 1,785 2,179 2,258 2,306 2,531 2,643
Total Brasil 1,398 1,866 2,246 2,306 2,292 2,473 2,535*Preços médios de 2001 calculados com base nos preços de julho e dezembroNota: Preços em valores correntesFonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
R$/
kg
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
RJ
MG
BR
SP
RS
PR
2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007
42 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
3.2 - Eletricidade2
Em 2008, o consumo final (consumo total) de eletricidade no RS foi de 25.427.246 MWh, ou seja, de 2.186.743 tep.Esse valor representou 14,23% do consumo final no Estado. O crescimento do consumo de 2008 em relação a 2007foi de 7,61%. A evolução do consumo final de eletricidade no RS, no período de 2005 a 2008, e a projeção decrescimento até 2030 são apresentadas no gráfico 3.8 a seguir. Para os anos de 2010, 2015, 2020, 2025 e 2030foram estabelecidas projeções nas seguintes hipóteses:i) O RS terá a mesma taxa de crescimento do consumo final de energia de 2,4% ao ano, valor previsto para o Brasilno IEO 2008 (período 2005-2030);ii) O RS terá uma taxa de crescimento do consumo final de energia de 5% ao ano, aproximadamente igual à taxa decrescimento verificada no período de 2005 a 2008.
Gráfico 3.8 - Valores Verificados do Consumo Final de Eletricidade no RS, no Período de2005 a 2008 e Projeção de Crescimento até 2030
3.2.a - Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica no RS
O setor elétrico do RS apresenta complexidade maior do que a verificada na maioria dos Estados brasileiros, já quedispõe de um número elevado de agentes, especialmente na área de distribuição de energia elétrica. Antes de exami-nar alguns aspectos gerais do sistema de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no Rio Grande do Sul,consideram-se alguns aspectos essenciais: a) O RS, sendo geograficamente o Estado mais setentrional da federação,fica na ponta do sistema interligado nacional; b) O sistema elétrico do País está praticamente interligado, especialmen-te nas regiões sul-sudeste e nordeste, com isso os conceitos de independência energética precisam ser examinadoscom certo cuidado. Interessa para os consumidores que a energia elétrica esteja disponível com confiabilidade e apreços razoáveis. A localização da usina térmica ou hídrica não é o aspecto mais importante, em outras pala-vras, é possível que a energia elétrica consumida no RS tenha sido gerada no Paraná, e o mesmo podeacontecer com um consumidor que ligue um equipamento elétrico em outro Estado; c) Quanto mais usinasestiverem disponíveis geograficamente ao longo do sistema elétrico nacional, melhor será para a confiabilidadee robustez deste; d) Além da disponibilidade de geração, a existência de um robusto sistema de transmissão deenergia também é relevante para o processo de otimização do sistema interligado nacional. Desde o final dadécada de 70, o sistema interligado brasileiro tem sido referência mundial, apesar de algumas precariedades. Umotimizado sistema de transmissão faz com que sejam aproveitadas as diferenças de vazão e hidraulicidade dasbacias hidrográficas regionais brasileiras. Futuramente, a entrada das usinas hidroelétricas na Amazônia irá aperfei-çoar ainda mais o sistema interligado. A utilização crescente de uma base térmica começa a se fazer necessáriacom as reservas de carvão mineral do Estado e o aproveitamento do bagaço de cana, casca de arroz, lixívia e outrossubprodutos da madeira. Além desses recursos, novas formas de geração de energia serão implantadas medianteutilização de fontes de energia limpa como a eólica (parques já existentes em Osório - RS), fotovoltaica e outras; e)Os países desenvolvidos exploraram primeiramente seus potenciais hidroelétricos e após obrigaram-se a explorar a
2Tópicos da Reforma do Setor Elétrico Mundial e seus Reflexos no Brasil e no RS constam nas páginas 43 e 44 do Balanço Energético do RS 2005 - 2007
42.844.825
38.053.849
23.629.381
25.427.246
26.662.400
30.019.194
33.798.607
22.607.321
74.381.324
58.279.714
45.663.681
35.778.689
28.033.539
22.437.218
10.000.000
20.000.000
30.000.000
40.000.000
50.000.000
60.000.000
70.000.000
80.000.000
MW
h
Taxa de 5%
Taxa de 2,4%
2005 2006 2007 2008 2010 2015 2020 2025 2030
Fonte: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
43C A P Í T U L O 3
energia termelétrica. A razão é pelo fato da energia térmica ser mais cara que a energia hidráulica. Tanto no Brasilcomo no RS, existe ainda um razoável potencial hidrelétrico a ser explorado; f) Mesmo dispondo de um sistemainterligado robusto, os consumidores podem eventualmente não disporem de bons serviços de energia elétrica se osistema de distribuição não operar adequadamente. A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e a AgênciaEstadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul - AGERGS são os órgãos reguladorese responsáveis pela garantia do serviço público prestado pelas concessionárias de energia elétrica.
3.2.b - Setor de Geração de Energia Elétrica no RS
No Rio Grande do Sul, estão em operação 113 empreendimentos de geração de energia elétrica, totalizando umapotência instalada de 7.048.977 kW. Do total instalado, 69,56% correspondem a 13 usinas hidrelétricas - UHE,somando 4.903.270 kW; 23,94% correspondem a 34 usinas termelétricas - UTE, somando 1.687.839 kW; 2,13%correspondem a 3 usinas eólicas - EOL, somando 150.000 kW. As demais usinas hidrelétricas e termoelétricas sãode pequeno porte e representam o restante da potência instalada no Estado, conforme tabela 3.18. A relaçãocompleta da geração existente no RS, bem como das usinas em construção e daquelas com outorga e ainda nãoconstruídas, consta no anexo A - Capacidade Instalada. Nesse anexo, podem ser encontradas informações detalha-das de cada usina, potência instalada, destino da energia, proprietário e localização.
Tabela 3.18 - Total de Usinas em Operação, em Construção e com Outorga no RS
O mapa 3.1 apresenta a localização geográfica das principais usinas hidroelétricas existentes, novas usinas emoperação e usinas em construção no RS. Constam também algumas Pequenas Centrais Hidroelétricas e CentraisGeradoras Hidroelétricas selecionadas.
TipoN° de
UsinasPotência
kW%
N° deUsinas
PotênciakW
%N° de
UsinasPotência
kW%
CGH - Central
Geradora
Hidrelétrica
32 20.317 0,29 7 4.344 0,26
EOL - Central
Geradora
Eolielétrica
3 150.000 2,13 8 249.462 28,20
PCH - Pequena
Central
Hidrelétrica
31 287.551 4,08 5 92.539 6,18 13 213.786 12,54
UHE - Usina
Hidrelétrica de
Energia
13 4.903.270 69,56 4 1.050.000 70,17 1 292.000 14,06
UTE - Usina
Termelétrica de
Energia
34 1.687.839 23,94 2 353.825 23,65 6 923.300 44,95
Total RS 113 7.048.977 100 11 1.496.364 100 35 1.682.892 100
Em Operação Em Construção Outorgadas*
* Usinas Outorgadas entre 1998 e 2004, não iniciaram sua construçãoFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br, em 14 de agosto de 2009
44 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Mapa 3.1 - Principais Usinas Hidroelétricas no RS
Na geração de energia elétrica, existem basicamente quatro grandes empresas: CEEE-GT, a Tractebel, a DonaFrancisca Energia e a CGTEE. Existem ainda empresas de médio porte como a AES Uruguaiana e outras empresasde menor porte. Observa-se na tabela 3.19 a contribuição de cada uma dessas principais empresas na geração deenergia elétrica em 2008.
Tabela 3.19 - Geração e Potência de Energia Elétrica no RS dos Principais Operadores em2008
3.2.c - Setor de Transmissão de Energia Elétrica no RS
Verifica-se no mapa 3.2 que uma parcela expressiva da energia elétrica consumida no Estado flui pelas linhas detransmissão do Sistema Interligado Nacional - SIN, como também acontece em outros estados da federação. Achamada rede básica é constituída de linhas de transmissão com níveis de tensão superiores a 138 kV. No quetange ao Rio Grande do Sul, partem da Usina hidrelétrica de Itá quatro linhas de transmissão de 525 kV, tendo comodestino as subestações de Santo Ângelo 2, de Caxias do Sul, de Gravataí 2, com conexão em Nova Santa Rita, e aconversora de frequência de Garabi. Da subestação de Campos Novos, localizada em Santa Catarina, parte umalinha de transmissão de 525 kV rumo à subestação de Gravataí 2, com conexão em Caxias do Sul. Existe ainda uma
Empresa NaturezaEnergia produzida
MWhPotência instalada
MW**CEEE-GT Hídrica 3.766.294,12 1.090,40
Companhia Energética Rio das Antas Hídrica 608.069,78 252,00
Dona Francisca Energética Hídrica 673.359,73 95,00
Tractebel* Hídrica 5.676.954,98 1.489,50
AES Uruguaiana Térmica 656.533,33 639,90
CGTEE Térmica 970.106,27 324,00
Petrobras Térmica 269.140,70 231,00
Tractebel Térmica 340.967,84 138,00
* 50% da potência nominal considerada para usinas de fronteira com SC** Consideradas as cotas em que as empresas tem participação no RS
Fonte: Grupo CEEE e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
21
34
45C A P Í T U L O 3
importante linha de transmissão de 525 kV interligando a usina de Itá à subestação de Campos Novos, comconexão em Machadinho.Não existe ainda anel de 525 kV interligando os principais pontos das regiões Sul e Norte do Estado. Certamente, ocrescimento do RS nos próximos anos, com a instalação de novas usinas termoelétricas em Candiota, com ocrescimento expressivo da fabricação de celulose, com o polo naval de Rio Grande e outros investimentos nachamada metade Sul, irá impor ao SIN a necessidade de interligações no nível de tensão de 525 kV no Estado.Nas subestações de Caxias do Sul, Gravataí 2 e Santo Ângelo 2 e Nova Santa Rita, as linhas de 525 kV sãorebaixadas para linhas de transmissão de 230 kV.
Mapa 3.2 - Sistema de Transmissão no RS3
ALE2
ALE4URU2
URU4
ITQ
SBO1SBO2
GARABI
SRO
CNO
TPA
FWE
GRT
SMT
NPR2
VAI
SCR1
XANXERÊESUL
ITÁESUL - 525kV
CAMPOS NOVOSESUL - 525kV
SIDERESUL-230kV
UHPF
TPR2
LVE2 C-67,6km
TAQ
CAM
ERE1ERE3
GAU
PFI
ERE2
ETCARA
JCT
CZA
SAR1
CAR
NMT MAR
UCAP
SOL
TPR1IBI
UERN
CAS
GPR
ENC
VIP
VER
NPR1
MCL
UHMC
MON
NPE
FEL
TMT
BGO1
BGO2
CBA
FAR
CAX
B-21,8km
G-61,39kmF-7077km
E-26,7km
C-1
5km
A-65km
30km
G-187,8km
B-23,8k
m
B-36
km
C-5
1km
C-68
,4km
C-17km
H-55kmC-54km
E-42km
G-34,24km G-47,59km
CIAGGRA3GRA2
GRA-ES
CIN
ELD
GUA2
PPE
NSF
G-61,39km
VAI2VRF
VSO
AGU
UFSE
LIV1
ROS
CRM2
BAG1
BASPOS
PEL1
PEL4
PEL2
QUI
TAI
MML
SVP
JGR
AGR
CRB1
CB2
DPE
A-79,53km
SFR
CCQ
JAG
SGA
SAN
SPESMA1
SMA2SMA4
SMA5
FOR
SSE
CAV
FSO
CDL
SCR2
SCZ
RPA
FEC
CCE
IRA ECZ
CPV
TQRSTP
TBR
ENG
GVA
UHPM
RLU
SFP
CNT2UCAN
UBUG
LGR
UPIN
DAEUTOC
FACCNL
TCO
ATL2OSO2
LBA
CPN
TAR
ASA
PAR
FIB
PIN
OMR
MOS
VAS
CAM2
SLO
ARECRM1
CHA/SJEOJACHA2
AFFSJE CHA
TRI
SAO
TOR
VAC
CBR
SMC
BGR
MCH
LVE 1
TAP2
PFU1
UFER
PMI
SAU
CRLPAN
TUP
IJU
CAR2
SAG2
CAL
UITA
UJAC
UDFR
SVISMA3
LIV2
BAG2
UPME
PEL3
UPRE
STA-ES
CRU
SLC HOR
CLA
STC
GIR
SAG1
SLGMIS
MBR
URU1
URU3
URU5UTUR
HAR
QUA
ALE3
ALE-ESULE- k3,13 m
E- k7,95 m
B-k7,74m
E-k9,35m
E-k5,15m
E-k5
,05
m
E-k2
,13
m
k5,35-G
m
k771-Gm
A- k5,67 m
G- k39 m
-Bk42 m
B- k04 m
Ck2
3-m
k3,24
2-G
m
B-28,9km
G-k1,
46m
B-k1,62m
H-k86,422m
D-k5,82m
F-k45,101m
A-k4,93m
F-k71m
F-
k20,631
m
Hk68,691-mH
k19,691-m
Hk48,612-m
Dk5,82-m
F-k6,0m
-A
k3,52
m
G-
k81m
k35,43-Bm
D-k2,55m
G-
k7,59
1
m
k53-BmF-
k4,811
m
F-87km
C-
k2,4
3m
C- k8,54 m
G-
k69
m
F- k4,04 m
B-k5
4m
B-k5,13m
B-k43m
B
k74,4-m
B-54km -Bk07m
Gx2- k6 m
-G
k6,85m
-Ek5,3m
B k84- m
k2,94-E m
G-
k38,
28m
H-104,02km
B- k44 m
-Bk3
,73
m
E-k6,22m
E-196,6km
-Bk5,55 m
H- k14,28 m
E-k5,32m
k9,64-Em
B- k6,95 m
H-5km
2xG-130km
E-k2,64m
G-127,13km
ATL
ATS
TRA
PET2
G-8
7,25
km
A-33,8km
C-78,5km
C-2
8km
B-4km
A-40,9km
B-39,4km
H-67,17km
C-86,6
km
H-23,05km
H-3
0,3k
m
A-60
,8km
F-65,4km
B-47,8km
D-34km
D-33,9km
E-40,9
km
G-5
0km
A-3
9,1k
m
B-21km
A-46km
A-7km
H-k5
5m
k71-Em
E-k41m
E-k4,7m
k9 m
G-
k78,742
m
A-k8,46m
F- k3,84 m
G- k52,351 m
A-k04m
F-k3,95m
B-k04m
B-k04m
G-
k68,
24m
C-48km
k8,44-E
m
F- k42 m
F-k5,77m
G-151,34km
E-42,3k
E-1,9km
A-11,4km
H-50,9km
A-31km
E-30km
RIO GRANDE
OSO2
ATL2
ATS
OSO1
PET2 TRALBA
ATL
CAX5
CAX3
CAX2
CAX
CAX1RMAEBE
FST
ENX
FCU
FARES
FAR
TMTCBA
GAR
BGO2
B-19,38km
MST
CAX4
QUI
CSN RGR3
DEF
TRE
TTS
INC2
BIA2
CEV
RGR1
COR
RGR2
LAJ2
LAJ1CER2
CER1
ETL2
GNL
LINHAS DE TRANSMISSÃO
LT 69 kVLT 138 k VLT 230 k VLT 525 k V
PLANEJADA
SUBESTAÇÕESSE CEEESE OUTRA EMPRESAEÓLICAHIDRELÉTRICATERMELÉTRICACONVERSORA 50/60Hz
Atualização: maio / 2008 - Revisão: 0
OJASJE
CHA
CHA2AFR
PPE
PID
NSR
CMB1
SIT
SCH
SID1
CBO
CND
SLE
ZOOPEP
PLA
UTSTSPC2
CNA2
SAM
SMS
SLU MAX
ESTPET1
NHASSEEVE
DIR SAP
SUB
GRA-ES
CIAG
GRA3GRA2
CIN
CHA1
FATBIA1
GLOPRL1
ALV
BRALAT
VIA1
VIA2
PAL14
PAL6
PAL10
MNASRI2
PAL16
ALB1
PAL8
PAL12
PAL2 PAL1
FRP
PAL13
ALB2
GRA1
ICO
CAC2CAC1
PAL9
P
PAL5
AL4PAL3
ELD
INC
GUA2
GUA1 RIO
APGSTH
CPG2
PMF
Fonte: Grupo CEEE
3 A capacidade das subestações e a quilometragem das linhas de transmissão no RS encontram-se no Anexo A, tabela A.15.
46 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
4 Para preços de energia elétrica ao consumidor, ver anexo B, tabelas B.9, B.10 e B.11
3.2.d - Evolução das Demandas Máximas e da Capacidade de Atendimento no RS
No gráfico 3.9, pode ser observada a evolução da demanda máxima anual de energia elétrica e da correspondentecapacidade de atendimento no período de 1999 a 2008. Conforme mostra o gráfico, a situação crítica dessa sériehistórica ocorreu em 1999.
Gráfico 3.9 - Evolução da Demanda Máxima do Sistema de Transmissão no RS e a Cor-respondente Capacidade de Atendimento
Gráfico 3.10 - Demanda Máxima Mensal do Sistema de Transmissão no RS e a Correspon-dente Capacidade de Atendimento
3.2.e - Setor de Distribuição de Energia Elétrica no RS4
A distribuição de energia elétrica no RS é executada por oito concessionárias de serviços públicos. As três maiores têmmais de 1 milhão de unidades consumidoras, são elas: CEEE-D (Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica),AES Sul (Distribuidora Gaúcha de Energia Elétrica) e RGE (Rio Grande Energia). As outras cinco são de pequeno porte:Muxfeldt (Muxfeldt, Marin & Cia Ltda.), Uhenpal (Usina Hidroelétrica Nova Palma), Eletrocar (Centrais Elétricas de CarazinhoS.A.), Hidropan (Hidroelétrica Panambi) e Demei (Departamento Municipal de Energia de Ijuí). Além das concessionárias,existem 15 cooperativas de eletrificação rural: Celetro, Cerfox, Ceriluz, Cermissões, Certaja, Certel, Certhil, Cervale, Cooperluz,Coopernorte, Coopersul, Coprel, Cosel, Creluz e Crereal. Podem ser observadas, no mapa 3.3, as áreas de concessão dastrês maiores concessionárias de distribuição e a localização das cinco de pequeno porte.
5.470
4.178
4.210
4.2034.474
4.647
4.8144.7334.823
4.7024.607
4.353
4.504
4.377
4.342
4.253
4.287
4.243
4.6064.688
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
5.500
6.000
MW
Fonte: Grupo CEEE
Demanda Máxima Instantânea
Capacidade de Atendimento
jan/08
fev/08
mar/08
abr/08
mai/08
jun/08
jul/08
ago/08
set/08
out/08
nov/08
dez/08
jan/09
fev/09
mar/09
abr/09
mai/09
jun/09
jul/09
Demanda Máxima Instantânea
Capacidade de Atendimento
4.8234.697
4.5174.367
4.216
4.0753.9573.945
3.7833.545
5.4705.470
5.100
4.900
4.6154.6154.600
3.800
3.400
4.100
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
4.500
5.000
5.500
6.000
MW
Fonte: Grupo CEEE
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
47C A P Í T U L O 3
Mapa 3.3 - Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica no RS
A participação no mercado de distribuição de energia elétrica dos 23 agentes, no ano de 2008, está apresentadanas tabelas 3.20 a 3.24. A maior parte da energia distribuída aos consumidores, tanto pelas cooperativas comopelas cinco concessionárias de pequeno porte, é fornecida pelas concessionárias AES, CEEE-D e RGE.
Tabela 3.20 - Participação das Grandes Concessionárias no Mercado de Distribuição deEnergia Elétrica no RS, em 2008
Tabela 3.21 - Consumo de Energia Elétrica Setorial por Concessionária no RS, em 2008
ConcessionáriasN° de
ConsumidoresEnergia Vendida
MWhMercado
%CEEE D 1.410.824 7.154.836,80 27,89
AES Sul 1.128.248 8.954.421,00 34,90
RGE 1.198.559 8.077.015,97 31,48
Total Grandes Concessionárias 3.737.631 24.186.273,77* 94,27
Total RS 4.068.891 25.657.503,12* 100,00* Inclui a energia vendida para as concessionárias de pequeno porte e cooperativasFonte: Grupo CEEE e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
ConcessionáriasResidencial
%Rural
%Comercial
%Industrial
%Outros
%CEEE D 33,16 6,35 24,40 26,49 9,60
AES Sul 21,71 13,45 11,29 29,19 24,36
RGE 23,42 14,25 13,97 35,54 12,82
Total Grandes Concessionárias 24,68 11,33 15,66 29,66 18,67Fonte: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
BAGÉ
PELOTAS
RIO GRANDE
CAMAQUÃ
PORTOALEGREPORTO
ALEGRE
GARIBALDIGRAMADO CANELA
CRUZ ALTA
SÃO MIGUEL DAS MISSÕES
PASSO FUNDO
IJUÍ
SANTANADO LIVRAMENTO
ALEGRETE
SANTA MARIA
URUGUAINA
TORRES
Santo Antônioda Patrulha
ParqueEólico
Usina Velha
Universidade
de Santa Maria
Sitio Arqueológico
Ponte Internacional
Califórnia da Canção Nativa
RodeioInternacional
Festa da Uva
FestivalInternacional dePandorgas
Praia daGuaritaCAXIAS DO SUL
Demei
NOVA PALMA
Uhenpal
TAPEJARA
Muxfeldt Marin
HidropanEletrocar
PANANBICARAZINHO
Fonte: Grupo CEEE
48 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 3.22 - Participação das Pequenas Concessionárias no Mercado de Distribuição deEnergia Elétrica no RS, em 2008
Tabela 3.23 - Participação das Cooperativas de Eletrificação Rural no Mercado de Distribui-ção de Energia Elétrica no RS, em 2008
Tabela 3.24 - Consumo de Energia Elétrica Setorial das Cooperativas de Eletrificação Ruralno RS, em 2008
3.3 - Biogás
O biogás é um combustível gasoso com conteúdo energético elevado, semelhante ao gás natural, composto principal-mente por hidrocarbonetos de cadeia curta e linear. Pode ser utilizado para geração de energia elétrica, térmica oumecânica.O energético não é utilizado em grande escala no RS. Em Minas do Leão está localizado um aterro sanitário a céu abertoonde é depositado o lixo orgânico de 140 municípios gaúchos. No aterro, existe um sistema de captação de lixo urbano equeima de gases gerados pelo lixo. Os gases são gerados a partir da colocação do lixo em cavas de mineração de carvão.
CooperativaN° de
ConsumidoresEnergia Vendida
MWh
EnergiaGerada
MWh
EnergiaComprada
MWh
Mercado%
CERTEL*** 47.339 260.038,19 20.238,49 265.194,62 1,01
CERMISSÕES** 22.553 72.426,77 17.022,78 66.377,59 0,28
CRELUZ** 19.342 60.016,09 14.504,07 53.363,86 0,23
CERILUZ** 12.203 78.430,46 68.663,06 90.777,37 0,31
COPREL** 44.954 238.625,11 20.853,74 254.142,47 0,93
CERFOX** 13.715 47.202,45 5.315,00 48.868,96 0,18
CRERAL** 6.388 20.730,05 9.476,27 15.325,07 0,08
CELETRO*** 20.445 74.304,43 0,00 84.976,38 0,29
CERTAJA*** 19.349 75.434,09 0,00 87.403,75 0,29
CERTHIL** 7.283 23.338,45 8.686,22 18.059,57 0,09
COOPERLUZ** 13.079 38.734,22 17.635,00 45.610,57 0,15
COOPERSUL**** 4.325 11.703,97 0,00 15.705,97 0,05
CERVALE*** 1.148 2.826,83 0,00 3.358,98 0,01
COOPERNORTE**** 3.593 8.465,16 0,00 11.155,36 0,03
COSEL**** 1.626 2.380,07 0,00 3.027,25 0,01
Total Cooperativas 237.342 1.014.656,35 182.394,64 1.063.347,77 3,95
Total RS 4.068.891 25.657.503,12 17.817.393,55 11.745.061,44 100,00* Inclui a energia vendida para as concessionárias de pequeno porte e cooperativas** Energia comprada da RGE*** Energia comprada da AES Sul**** Energia comprada do Grupo CEEEFonte: FECOERGS - Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural do RS
ConcessionáriasN° de
ConsumidoresEnergia Vendida
MWhMercado
%DEMEI 26.041 109.673,00 0,43
ELETROCAR 31.780 168.964,00 0,66
HIDROPAN 14.243 77.906,00 0,30
UHENPAL 13.743 56.535,00 0,22
MUXFELD 8.111 43.495,00 0,17
Total Pequenas Concessionárias 93.918 456.573,00 1,78
Total RS 4.068.891 25.657.503,12* 100,00* Inclui a energia vendida para as concessionárias de pequeno porte e cooperativasFonte: Grupo CEEE e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
Concessionárias Rural Comercial IndustrialResidencial
UrbanoIluminação
PúblicaPoderesPúblicos
TotalDistribuído
Consumidores 157.386 9.152 1.366 63.022 2.502 3.914 237.342
Consumo kWh 531.644.864 71.247.420 231.818.263 110.407.009 31.150.773 38.388.016 1.014.656.345
Consumidores % 66,31 3,86 0,58 26,55 1,05 1,65 100
Consumo kWh 52,40 7,02 22,85 10,88 3,07 3,78 100
Fonte: FECOERGS - Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural do RS
49C A P Í T U L O 3
Essa solução transformou as chamadas “crateras” da exploração de carvão a céu aberto em depósito de lixoorgânico. Com a fermentação dele origina-se a produção de Biogás, que atualmente é queimado pela Sil SoluçõesAmbientais, empresa do Grupo Copelmi.O gás metano queimado diariamente poderia ser utilizado como fonte energética de uma Usina Térmica estimadaem 5,5 MW. Para isso acontecer, o empreendedor da referida usina teria de ter garantia do suprimento do combus-tível (lixo orgânico) por um período de tempo compatível com o período de concessão da ANEEL. O suprimento dolixo orgânico poderia não ser garantido pelas prefeituras, por eventualmente entender que poderia ser dada outrafinalidade ao lixo orgânico que recolhem. Como o metanol é um gás bastante corrosivo, a sua mera utilização comocombustível via processo de liquefação, por exemplo, exige providências tecnológicas mais baratas que as atual-mente disponíveis.O lixo de 140 municípios é processado em uma área de 45 hectares. Diariamente são transportadas 2.200 tonela-das de lixo ao local por cerca de 80 caminhões, cada carga de lixo é pesada e as prefeituras pagam para a empresaSil Soluções.A empresa Sil Soluções elaborou esse empreendimento após ter obtido permissão da Organização das NaçõesUnidas (ONU) nos termos do Protocolo de Kyoto, no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Com isso aSil Soluções negociou com o Japon Carbon Finance - JCF a venda de créditos de carbono em função da captura dedióxido de carbono - CO2.Estima-se que o empreendimento da Sil Soluções poderá contribuir com a redução anual de 170 mil toneladas deCO2. A operação teve início em abril de 2007.São usadas válvulas e tubulações visando a interligar os drenos de biogás para conduzi-lo até a planta de sucção equeima. O flair (tocha) é o equipamento encarregado de efetuar a queima, sendo, portando um equipamento decontrole da poluição aérea. Há ainda uma estação de tratamento de efluentes líquidos (chorume). Os maus cheirosexalados no local são bem inferiores aos que emanam dos lixões urbanos.O aterro comporta até 13 milhões de metros cúbicos de lixo e tem vida útil estimada em 17 anos.A restrição de espaço e a necessidade de atender cada vez mais às demandas de energia, água de boa qualidadee alimentos têm colocado algumas etapas a serem vencidas, que se relacionam com a questão ambiental e com adisponibilidade de energia.Atualmente, a Sulgás está estudando o aproveitamento dos resíduos de algumas criações de animais, como suínos,e o próprio aproveitamento da fermentação do chamado lixo orgânico produzido pelas sociedades modernas.
3.4 - Lenha, Carvão Vegetal e Madeira
A lenha é um energético empregado milenarmente pela humanidade. Pode ser extraído tanto da silvicultura comode florestas nativas. Do ponto de vista econômico, a lenha tem importância inferior a outros derivados da madeira,como a celulose (para produção de papel) e a madeira (para produção de móveis), por exemplo. Como são inúme-ros os produtores de lenha e como os registros disponíveis da movimentação desse importante energético sãomuito precários, a dificuldade de apropriação de dados para um Balanço Energético é considerável.No caso do RS, todos os estabelecimentos industriais ou comerciais que comercializam, extraem ou utilizam a lenhasão obrigados a registrarem o quantitativo movimentado e a o montante utilizado na Secretaria do Meio Ambiente- SEMA.Foram considerados os dados informados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE para lenha,carvão vegetal e madeira.Grandes investimentos serão efetuados no RS nos próximos anos, tanto na ampliação das florestas plantadas,como na produção de celulose.
3.4.a - Silvicultura no RS e em Estados Brasileiros Selecionados
Em 2008, o RS situou-se na sexta posição (tabela 3.25) entre os estados, no tocante à área plantada de pínus eeucalipto (silvicultura5). Enquanto no Brasil a área plantada de pínus e eucalipto foi de 6.126.384 ha, no RS registra-va-se um plantio de 450.480 ha, correspondendo a 7,35% do total do País.Em 2008, aproximadamente 38,44% da floresta plantada no RS foi de pínus e 61,56% de eucalipto, proporçãodiferente da brasileira. No Brasil, em 2008, 69,51% das florestas plantadas corresponderam ao plantio de eucalipto.
5 Cultura de árvores florestais plantadas.
50 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 3.25 - Florestas Plantadas de Pínus e Eucalipto em Estados Selecionados e no Brasil,no Período de 2005 a 2008
De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Florestas - ABRAF, do total de área de pínus plantada noPaís, em 2008, o Paraná representava 38% da área total; Santa Catarina 30%; São Paulo 11%; Rio Grande do Sul9%; e Minas Gerais 8%. A soma dos demais estados na plantação de pínus foi de 4%. Já no caso do eucaliptoMinas Gerais representou 30% da área plantada; São Paulo 22%, Bahia 14%; Rio Grande do Sul 7%; e EspíritoSanto 5%, sendo a área dos demais estados 22%.
3.4.b - Florestas Plantadas com Outras Espécies
Segundo a ABRAF em 2008, o Brasil possuía 456.689 ha de florestas plantadas de espécies como acácia (Acácia spp.),teca (Tectina grandis), seringueira (Hevia brasilienses), araucária (Araucária angustifolia), populus (Populus spp.), paricá(Schizolobium amazonicum). Predominou a área de acácia com 181.780 ha, seguida da seringueira com 117.506 eparicá com 80.177 ha de área plantada.Em todo País, o setor de florestas plantadas cresce especialmente em face da atratividade econômica. Contudo, aconcentração maior desse crescimento prende-se à produção de celulose e papel, que não é considerada em termosde balanço energético. Por similaridade com os não energéticos de petróleo, a produção de madeira para fins decelulose e papel poderia constar nos balanços energéticos.Segundo a ABRAF, haverá investimentos nos próximos 5 anos, no total de US$ 16 bilhões, na implantação dos projetosde florestas plantadas no País. No RS, a Aracruz Celulose anunciou que irá investir 2,8 bilhões de reais na implantaçãode 500 mil hectares de florestas plantadas nos próximos anos.A evolução dos preços do carvão vegetal e do carvão metalúrgico no País pode ser observada no gráfico 3.11. Houveum crescimento expressivo do preço do carvão metalúrgico em 2008 ao comparar com o preço médio de 2007.
unidade: ha.
Regiões e Estados 2005 2006 2007 2008 % Brasil 2008Minas Gerais 1.269.174 1.327.429 1.361.607 1.423.212 23,23
São Paulo 946.542 1.130.332 1.121.529 1.142.199 18,64
Paraná 792.768 808.361 824.648 857.328 13,99
Santa Catarina 588.245 601.333 622.045 628.655 10,26
Bahia 582.132 594.992 591.348 622.696 10,16
Rio Grande do Sul 364.770 365.623 404.623 450.480 7,35Mato Grosso do Sul 152.341 147.819 228.384 284.051 4,64
Espírito Santo 208.933 212.208 212.912 214.399 3,50
Pará 106.182 115.955 126.387 136.305 2,22
Maranhão 60.745 93.285 106.802 111.117 1,81
Amapá 87.929 78.963 67.874 64.929 1,06
Goiás 60.872 64.045 65.107 72.079 1,18
Mato Grosso 42.460 46.153 57.158 58.587 0,96
Outros 31.112 45.582 46.186 60.346 0,99
Total Brasil 5.294.204 5.632.080 5.836.610 6.126.384 100Fonte: ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas - Anuário Estatístico 2009
51C A P Í T U L O 3
Gráfico 3.11 - Preços Médios do Carvão Vegetal e do Carvão Metalúrgico no Brasil, noPeríodo de 2005 a 2008
O mercado de florestas plantadas tem se tornado promissor, especialmente em países solares como o Brasil. Comisso, surgiram as chamadas TIMOs - Timber Investiment Management Organizations, instrumentos financeiros decaptação de recursos de investidores a serem direcionados para o plantio de florestas. Segundo a ABRAF, nos USA,em 2007, as TIMOs somaram 24 bilhões de dólares em investimentos florestais. A tese do aquecimento global vemem favor do mercado de florestas plantadas, já que em um hectare de pínus ou de eucalipto consegue-se fixar cercade 30 toneladas de CO2 por ano. Com isso, pode-se originar uma receita adicional de R$ 200,00 por hectare apenasem créditos de carbono.A partir da tabela 3.26, depreende-se que é pequena a parcela de madeira destinada à utilização como energético,especialmente se a parcela de madeira destinada à produção do carvão vegetal utilizado na produção de aço nãofor retirada da contagem. A maior parcela de toras foi utilizada para a produção de papel e celulose, correspondendoa 32,76%; seguido da utilização da lenha com 22,66%; indústria da madeira - serrados 19,67%; e carvão vegetalcom 13,37%. As outras aplicações perfazem 11,54% do total.
Tabela 3.26 - Consumo Industrial de Madeira em Toras Oriundas de Floresta Plantada noBrasil por Segmento, no Período de 2007 e 2008
A situação brasileira de florestas plantadas no cotejo com países selecionados do mundo pode ser observada natabela 3.27.
unidade: mil m3
Segmento 2007 % em 2007 2008 % em 2008Celulose e Papel 52.552 31,50 57.081 32,76
Painéis Reconstituídos 8.457 5,07 8.931 5,13
Indústria Madeireira
Compensados 6.332 3,80 6.276 3,60
Serrados 33.578 20,13 34.270 19,67
Carvão Vegetal 22.619 13,56 23.298 13,37
Lenha 38.698 23,19 39.472 22,66
Outros 4.604 2,76 4.894 2,81
Total Silvicultura 166.840 100 174.221 100
Fonte: ABRAF - Anuário Estatístico 2009
74,69
94,10
106,60
86,30
170,55
43,20
34,00
55,10
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
US
$
Carvão Vegetal (US$/MDC*)
Carvão Metalúrgico (US$/t)
2005 2006 2007 2008
* MDC - Metro Cúbico de CarvãoNota: 1 MDC = 1,33 m³ de madeira em toraFontes: ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas - Anuário Estatístico 2008
Gazeta Mercantil - Caderno C - Pág. 3 - Para o preço do carvão metalúrgico em 2008
52 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 3.27 - Áreas de Florestas Plantadas no Mundo
Uma comparação da rotação e do rendimento de espécies de celulose fibra longa em países selecionados pode servista na tabela 3.28 a seguir.
Tabela 3.28 - Rendimento de Espécies para Celulose em Países Selecionados
As exportações brasileiras de produtos derivados de florestas plantadas atingiu US$ 6,824 bilhões de dólares em2008. No gráfico 3.12 a seguir, observa-se a evolução das exportações e importações brasileiras de produtos deflorestas plantadas no período de 1998 a 2008.
Gráfico 3.12 - Evolução da Balança Comercial de Produtos Oriundos de Florestas Plantadasno Brasil, no Período de 1998 a 2008
3.4.c - Produção de Lenha e Carvão Vegetal Segundo o IBGE
Na tabela 3.29, verifica-se a evolução da produção de lenha oriunda da Silvicultura no RS e em estados seleciona-dos, no período de 2001 a 2007, segundo o IBGE. O RS ficou em todo período analisado na primeira posição deprodução de lenha da Silvicultura no País, chegando a 34,8% da produção nacional em 2007. Essa situação ficainteiramente alterada em relação à lenha de extração de florestas nativas, conforme verificado na tabela 3.30.
unidade: mil ha
Países Área Total do País Área Florestas Plantadas %Japão 37.780 10.000 26,47
Índia 328.780 32.600 9,92
Portugal 9.191 800 8,70
China 959.696 45.000 4,69
Indonésia 205.000 9.000 4,39
Espanha 50.599 1.900 3,76
EUA 937.261 16.000 1,71
Chile 75.609 2.200 2,91
Brasil 851.488 5.500 0,65Dados de 2005. Para o Brasil, dados de 2006Fonte: FAO / Bracelpa
Espécies PaísesRotação
anosRendimento
m³/ha/anoPinus spp Brasil 15 30
Pinus radiata Chile 25 22
Pinus radiata N. Zelândia 25 22
Pinus elliotti EUA 25 10
Pinus oregon Canadá 45 7
Picea abris Suécia 70-80 4
Picea glauca Canadá 55 3
Picea mariane Canadá 90 2
Fonte: Pyse / Bracelpa
5.158
6.108
6.824
1.821
4.600
4.226
3.747
2.7742.771
3.0972.722
2.383
1.4031.198
918812
596613798854
1.123 1.012
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
Milh
ões
de
US
$
Importação
Fonte: ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas - Anuário Estatístico 2009
Exportação
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
53C A P Í T U L O 3
Houve uma redução expressiva na produção de lenha por extração no Rio Grande do Sul para o período de 2001 a2007, passando de 6,34% da produção total no Brasil em 2001 para 3,36% em 2007, fato importante, já que nocaso brasileiro houve também um decréscimo, mas em taxas bem menores do que a verificada no RS.
Tabela 3.29 - Evolução da Produção de Lenha Originada da Silvicultura no Brasil e em Esta-dos Selecionados, no Período de 2001 a 2007
Tabela 3.30 - Evolução da Produção de Lenha Originada da Extração no Brasil e em EstadosSelecionados, no Período de 2001 a 2007
3.4.d - Carvão Vegetal
O carvão vegetal origina-se da combustão da madeira com pouco oxigênio; não há registro de utilização na siderur-gia como no Estado de Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, o energético é empregado no setor residencial ecomercial, como restaurantes e churrascarias. Uma comparação da produção de carvão vegetal no RS, oriundo dasilvicultura, com alguns estados selecionados é apresentada na tabela 3.31. Observa-se que a produção de carvãovegetal oriundo da silvicultura no RS é praticamente inexpressiva em relação à produção nacional.
unidade: m3
Estados e País 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Pará 1.385 16.996 20.382 286.350 69.300 73.000 80.000
Bahia 1.138.449 15.798.889 1.148.789 1.017.716 1.289.340 846.485 962.404
Minas Gerais 1.690.833 2.142.735 2.120.346 2.109.016 2.212.583 2.591.908 3.326.732
Espírito Santo 454.855 383.252 372.004 393.523 311.066 295.914 365.833
Rio de Janeiro 311.677 307.873 278.474 287.221 331.997 393.707 368.710
São Paulo 7.415.039 6.786.113 7.226.914 6.864.453 6.812.087 7.180.608 7.407.385
Paraná 4.292.484 4.545.825 5.050.260 4.300.757 5.226.837 4.917.121 6.150.370
Santa Catarina 4.017.926 4.329.883 4.439.141 4.387.043 4.772.727 4.958.132 5.221.508
Rio Grande do Sul 9.158.720 10.786.510 11.013.543 12.370.587 12.905.920 13.392.812 13.604.263Mato Grosso do Sul 809.945 593.635 972.160 598.990 424.878 410.065 468.143
Mato Grosso 88.468 146.009 196.888 368.359 169.702 196.716 251.246
Goiás 517.768 459.388 865.885 935.370 901.723 732.883 749.245
Total Brasil 30.042.485 46.410.020 33.826.588 34.004.544 35.542.255 36.110.455 39.089.275Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
unidade: m3
Estados e País 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Acre 481.293 505.539 530.339 562.748 627.228 646.002 666.151
Amazonas 2.236.373 2.446.335 2.495.152 2.432.400 2.495.783 2.573.594 2.645.389
Pará 4.380.237 5.100.976 4.044.708 3.773.187 3.747.038 3.901.856 3.877.920
Tocantins 832.454 832.364 843.310 870.100 870.452 890.030 979.620
Maranhão 2.770.609 2.771.607 2.737.504 2.967.687 3.026.126 3.230.032 3.235.064
Piauí 1.602.825 1.583.983 1.591.078 1.631.718 1.616.301 1.707.273 1.803.905
Ceará 4.329.661 4.345.897 4.402.328 4.567.634 4.535.702 4.587.644 4.595.695
Rio Grande do Norte 1.627.175 1.713.765 1.626.436 1.557.480 1.579.216 1.487.209 1.263.361
Paraíba 838.713 739.636 681.797 681.529 653.772 625.241 591.142
Pernambuco 935.945 1.334.856 1.326.155 1.307.623 1.335.301 1.538.616 1.454.054
Sergipe 466.966 398.085 387.643 418.375 443.795 466.284 432.517
Bahia 12.945.883 12.923.425 12.570.313 12.131.835 11.837.562 11.182.790 10.423.207
Minas Gerais 2.626.142 2.486.747 2.383.247 2.852.409 2.266.313 2.127.937 2.427.320
São Paulo 100.697 95.791 109.509 132.987 185.233 169.376 194.145
Paraná 3.033.927 2.774.512 2.557.277 2.784.006 2.825.028 2.778.937 2.521.046
Santa Catarina 2.100.240 2.022.836 2.208.880 2.343.835 2.220.830 2.220.050 2.017.412
Rio Grande do Sul 3.107.288 2.964.359 2.646.026 2.495.218 1.743.778 1.677.671 1.474.036Mato Grosso do Sul 602.272 687.561 575.769 536.593 383.230 392.748 145.975
Mato Grosso 1.968.857 2.008.416 1.946.189 1.998.759 1.874.390 1.808.933 2.055.834
Goiás 883.804 814.397 775.391 752.732 786.709 753.248 691.256
Total Brasil 49.001.583 49.502.542 47.232.026 47.168.345 45.421.627 45.159.866 43.910.054
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
54 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 3.31 - Evolução da Produção de Carvão Vegetal Originado da Silvicultura no Brasil eem Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007
Com relação ao carvão vegetal oriundo do extrativismo, verifica-se, na tabela 3.32, a ocorrência de redução naprodução no RS, no período de 2001 a 2007. No Brasil, no mesmo período, verifica-se um acréscimo na produção decarvão vegetal oriundo do extrativismo em 2007 em relação a 2001.
Tabela 3.32 - Evolução da Produção de Carvão Vegetal Originado do Extrativismo no Brasile em Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007
3.5 - Carvão Mineral
Designado nas tabelas do Balanço Energético, anexo K, como carvão vapor.No Rio Grande do Sul, estão localizadas as maiores reservas de carvão mineral do Brasil, conforme será visto nocapítulo 9. Segundo as estimativas da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, existe a possibilidade teórica deinstalar um parque gerador de termoeletricidade a carvão no Estado, com potência instalada de 28.800 MW. Osistema elétrico brasileiro tem predominância hídrica; porém o potencial hidroelétrico do País e do Estado não foiplenamente explorado (maiores informações constam no capítulo 9).A energia térmica, não apenas gerada com carvão, é mais cara que a hidroelétrica. No entanto, nos períodos críticosdos reservatórios das represas das usinas hidrelétricas é necessária a utilização mais intensa da geração térmica.
unidade: tonelada
Estados e País 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Maranhão 20.826 19.751 15.489 72.889 166.713 256.685 378.826
Bahia 123.676 146.015 185.426 188.696 283.473 81.420 161.394
Minas Gerais 1.615.896 1.484.921 1.602.774 1.642.853 1.742.502 1.975.378 2.886.417
Espírito Santo 26.696 15.838 12.883 24.602 26.727 21.033 106.100
São Paulo 79.747 71.152 80.322 78.506 76.837 74.384 75.531
Paraná 14.495 15.518 16.799 26.315 46.288 45.043 51.713
Rio Grande do Sul 35.117 33.937 33.748 31.554 40.479 41.342 42.527Mato Grosso do Sul 118.757 157.974 172.192 61.295 111.162 72.688 68.176
Goiás 45.619 45.166 24.419 20.011 15.941 24.798 16.849
Total Brasil 2.092.309 2.000.266 2.154.386 2.157.652 2.526.437 2.608.847 3.806.044Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
unidade: tonelada
Estados e País 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Acre 2.037 2.118 2.226 1.743 1.744 1.698 1.736
Amazonas 4.622 4.826 4.877 4.965 5.022 5.122 5.362
Pará 668.798 754.247 786.701 13.145 202.618 216.017 217.668
Tocantins 1.166 1.173 9.638 11.533 20.503 20.191 19.106
Maranhão 208.142 259.900 474.441 430.651 502.527 477.639 736.979
Piauí 17.377 18.061 16.550 16.563 26.374 41.828 149.232
Ceará 11.211 11.390 11.667 11.696 11.630 11.642 11.571
Rio Grande do Norte 3.101 3.059 2.742 2.561 2.484 2.253 2.165
Paraíba 2.958 2.547 2.074 1.714 1.792 1.717 1.599
Pernambuco 6.209 9.333 9.053 8.746 8.590 9.304 10.529
Sergipe 1.169 1.094 1.111 1.120 1.126 1.174 1.115
Bahia 63.132 25.468 31.160 230.436 799.230 363.135 55.127
Minas Gerais 382.298 446.902 306.281 434.013 308.354 263.664 419.802
Espírito Santo 272 51 241 1.196 1.021 904 5.492
São Paulo 851 852 1.115 1.510 1.802 1.298 777
Paraná 73.479 89.094 86.867 136.462 151.824 148.267 186.398
Santa Catarina 12.197 9.050 8.665 8.940 8.767 7.884 6.874
Rio Grande do Sul 1.740 1.549 1.469 1.431 1.046 984 732Mato Grosso do Sul 129.056 154.604 213.302 516.798 558.688 602.158 428.874
Mato Grosso 5.797 8.065 9.247 13.901 35.494 41.824 40.636
Goiás 131.345 150.159 246.154 335.715 320.636 285.793 227.572
Total Brasil 1.729.319 1.955.377 2.227.206 2.185.950 2.972.405 2.505.733 2.530.425
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
55C A P Í T U L O 3
3.5.a - A Produção de Carvão Mineral do RS
A produção de carvão mineral no RS é efetuada pela Companhia Riograndense de Produção Mineral - CRM e pelaCompanhia de Pesquisas e Lavras Minerais - Copelmi. Os tipos de carvão produzido por essas empresas sãodiferentes quanto ao poder calorífico. As empresas trabalham com o Poder Calorífico Superior - PCS, enquanto noBalanço Energético trabalha-se com o Poder Calorífico Inferior - PCI. Como exemplo, o carvão CE 3300 tem um PCIde 3100 kcal/kg de carvão, enquanto que o PCS é de 3.300 kcal/kg. As produções por tipo de carvão no RS constamna tabela 3.33 a seguir.
Tabela 3.33 - Produção de Carvão Mineral no RS por Tipo, no Período de 2005 a 2008
No gráfico 3.13, é apresentada a evolução da produção total de carvão no RS no período de 2005 a 2008. Para obteros valores apresentados no gráfico, multiplicou-se a quantidade em toneladas de cada tipo de carvão pelo seurespectivo Poder Calorífico Inferior - PCI; após conversão, dividiu-se os valores encontrados pelo PCI do carvão ROM(2.430 kcal/kg), tendo assim o montante equivalente produzido anualmente no Estado.
Gráfico 3.13 - Evolução da Produção Equivalente de Carvão no RS, no Período de 2005 a2008
unidade: tonelada
Tipo de Carvão 2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008CE 2900 0 0 19.159 19.075 0 0 0 0
CE 3100 347.044 399.880 467.040 599.463 6.217 0 0 0
CE 3300 13.008 29.683 3.242 12.292 2.115.877 1.966.762 1.816.958 1.636.709
CE 3700 0 0 0 1.574 0 0 0 0
CE 4000 0 0 0 0 0 0 0 0
CE 4200 36.714 37.582 15.616 53.965 44.995 44.380 50.648 44.406
CE 4400 0 0 0 0 0 0 0 0
CE 4500 1.405 17.921 38.169 177.877 0 0 20.319 30.168
CE 4700 313.172 244.187 273.461 330.650 4.195 116 0 0
CE 5200 274.633 313.226 336.056 398.815 0 0 2.421 44.704
CE 5500 23.858 72.577 37.605 20.097 0 4.057 17.156 0
CE 6000 -16 0 0 0 0 0 0 0
CE 6300 0 0 0 0 359 3.143 1.843 0
CE 6500 6.471 0 0 0 0 0 0 0
CE 6800 6.377 53 0 2.716 0 0 0 0
FINOS 0 0 0 0 0 0 0 0
ROM 0 0 0 0 0 0 0 0
Copelmi CRM
Fonte: Companhia de Pesquisas e Lavras Minerais - Copelmi e Companhia Riograndense de Produção Mineral - CRM
4.501.875 4.449.644
4.427.563
4.931.400
3.500.000
4.000.000
4.500.000
5.000.000
5.500.000
ton
elad
as
Fonte: Companhia de Pesquisas e Lavras Minerais - Copelmi e CompanhiaRiograndense de Produção Mineral - CRM
2005 2006 2007 2008
56 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
3.5.b - Previsão de Crescimento da Produção de Carvão no RS
A previsão de crescimento da produção de carvão baseia-se nos estudos realizados pela CRM6 (gráfico 3.14).Na região de Candiota, a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE é proprietária da UsinaTermoelétrica Presidente Médici, composta atualmente pelas Fases A e B, com capacidade instalada de 446 MW elocalizada no Município de Candiota - RS. Essa unidade geradora é abastecida com carvão mineral que a CRMproduz na Mina de Candiota, explorada em sítio próximo da termoelétrica. Nos últimos anos, foram comercializadasaproximadamente 2,0 milhões de toneladas de carvão CE-3300 por ano. No leilão de compra e venda de energianova promovido pela ANEEL em dezembro de 2005, a CGTEE, em face do montante de energia comercializada,viabilizou a implantação da denominada Fase C da Usina Termoelétrica Presidente Médici, com capacidade de 350MW. A energia a ser gerada deverá ser fornecida a partir de janeiro de 2010. Para prover todo o carvão que ocomplexo termoelétrico passará a absorver, a CRM deverá expandir sua produção para até 5,0 milhões de tonela-das brutas por ano (um crescimento de até 150 %).Outro foco decorre de solicitação externada pela CGTEE em março de 2007. A solicitação tem origem em acordopactuado pela CGTEE com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMAem 2005. A partir da inicialização da Fase C, a Usina Termoelétrica Presidente Médici passará a ter 796 MW,passando a consumir carvão beneficiado. Em síntese, um carvão com um menor teor de enxofre e com maior podercalorífico (ver anexo J do BERS 2005-2007). O carvão historicamente fornecido pela CRM, o CE-3300 (3.300 kcal/kg), é um carvão bruto (no Estado em que é extraído da mina), tão somente britado e classificado.
Gráfico 3.14- Vendas em Milhões de Toneladas da Mina de Candiota no Período de 2004 a2012
A garantia de aquisição mínima de produto, que deverá ser compromissada entre a CRM e a CGTEE, é de 3,3milhões de toneladas por ano. Consideradas rotineiras aquisições de cotas extras de carvão por parte da operadorada termoelétrica, a projeção é de que 4,05 toneladas anuais de produto deverão ser transacionadas a partir da Minade Candiota, da CRM.Em relação à região carbonífera, em fevereiro de 2008, a CRM iniciou operações numa nova mina, a Mina SãoVicente Norte, no Município de Minas do Leão - RS, onde o carvão é extraído a céu aberto. Com o objetivo de darcontinuidade ao fornecimento de 6.500 toneladas mensais de carvão CE-4200 para a Termoelétrica de São Jerônimo,operada pela CGTEE, a CRM passou a explorar essa nova mina. Com uma produção de 35 mil toneladas brutas pormês (420 mil toneladas anuais), a CRM pretende atender a uma parcela do mercado termoelétrico que se expandiua partir do segundo semestre de 2007 em Santa Catarina, em razão do incremento da geração de energia da UsinaTermoelétrica Jorge Lacerda, operada pela Tractebel. Num total que deverá consolidar-se em aproximadamente12.000 toneladas mensais, o produto fornecido para essa geradora é o CE-4500. A exportação de energia elétricapara a Argentina explica parte dessa necessidade de geração crescente.
3.5.c - Preços Médios Anuais de Venda de Carvão Praticados no RS
Na tabela 3.34, podem ser verificados os preços médios de venda de carvão praticados pela CRM.
6 Texto com base no documento elaborado pelo Engº Rui Dick - CRM.
2004 - 2008: realizado
2009 - 2012: projetado
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
milh
ões
de
ton
elad
as
Fonte: Companhia Riograndense de Produção Mineral - CRM
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
57C A P Í T U L O 3
Tabela 3.34 - Preços Médios Anuais de Venda de Carvão Praticados no RS
3.6 - Energia Eólica
A energia eólica passou a ser realidade no RS a partir da inauguração do Parque Eólico na região de Osório, em abrilde 2006 (gráfico 3.15). O projeto é subdividido em três parques - Osório, Sangradouro e Índios, com 75 aerogeradores.Cada parque possui 25 aerogeradores, com potência nominal de 2 MW cada um. Os três parques juntos formam omaior parque eólico da América Latina, com potência instalada de 150 MW.Está previsto para 2010 a atualização do mapa eólico do Estado, onde serão incluídas as medições a 100 m, alturadas torres instaladas nos parques de Osório.
Gráfico 3.15 - Geração de Energia Eólica no RS, no Período de 2006 a 2008
unidade: R$/tonelada
Tipo de Carvão
Pre
ço
ICM
S
Pre
çoL
íqu
ido
Pre
ço
ICM
S
Pre
çoL
íqu
ido
Pre
ço
ICM
S
Pre
çoL
íqu
ido
Pre
ço
ICM
S
Pre
çoL
íqu
ido
CE 4200 92,82 Dif. 92,82 95,54 Dif. 95,54 99,64 Dif. 99,64 119,40 Dif. 119,40
ROM
Mina do Leão45,00 5,40 39,60
Finos 7,88 0,95 6,93 8,30 1,00 7,30 9,09 1,09 8,00
CE 4500 148,52 17,82 130,70 106,00 22,64 93,28
CE 4700 80,00 9,60 70,40 73,01 8,76 64,25 107,60 12,91 94,69
CE 5200 106,82 12,82 94,00 106,00 12,72 93,28
CE 5500 94,00 11,28 82,72 97,14 11,66 85,48
CE 6300 135,00 16,20 118,80 135,30 16,24 119,06 145,15 17,42 127,63
CE – 6500 142,00 17,04 124,96
CE 3300 29,64 Dif. 29,64 30,92 Dif. 30,92 32,01 Dif. 32,01 37,38 Dif. 37,38
CE 3100 30,63 3,68 26,95 35,21 4,23 30,98 35,68 4,28 31,40 42,47 5,10 37,37
Argila 3,00 0,51 2,49 3,00 0,51 2,49 3,00 0,51 2,49
20082005 2006 2007
Dif. = Diferido: É quando não incide o imposto (ICMS) na emissão de uma nota fiscal, pois o imposto será cobrado na próxima etapa do processo produtivo.Preços correntesFonte: Companhia Riograndense de Produção Mineral - CRM
430.137,46
406.749,06
145.095,91
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
MW
h
Fonte: Grupo CEEE e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
2006 2007 2008
58 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
O Ministério de Minas e Energia - MME, por meio da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, realizou em 14 de dezembro de2009 o primeiro leilão específico para a construção de novas usinas eólicas no País. O Rio Grande do Sul situou-se na 2ª posiçãoem número de empreendimentos inscritos, totalizando 86 projetos com potência total de 2.894 MW. No Brasil foram 441projetos, totalizando 13.341 MW, sendo o total de potência contratada de 1.805,70 MW, distribuídos em 71 projetos. No RS foramaprovados 186 MW, distribuídos em 8 projetos, representando o 4° Estado em potência contratada.O Parque Eólico de Osório foi construído por intermédio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de EnergiaElétrica - PROINFA.Hoje, o custo do MWh produzido com a energia eólica é praticamente o dobro do mesmo MWh produzido medianteenergia hidrelétrica. Um leilão em separado da energia eólica representa um acréscimo de tarifa para o conjunto dapopulação brasileira, considerado pequeno em função das proporções da quantidade máxima de energia envolvida noleilão de energia eólica. Em parte, o custo do MWh oriundo de energia eólica é mais caro que a energia hidrelétrica pordiversas razões, entre elas: i) expressiva parte do material empregado para as usinas eólicas (caso dos aerogeradores)são importados; ii) baixo fator de carga de qualquer usina eólica; iii) baixa escala de produção dos equipamentosdestinados a execução dos empreendimentos eólicos, mesmo em âmbito internacional.O esforço de baixar o preço do MWh oriundo da energia eólica é um fator decisivo para sua internalização no Brasil. A utilizaçãode energia hídrica, da energia eólica, da energia da biomassa (primeira geração do álcool e derivados da cana-de-açúcar, cascade arroz, resíduos da madeira e outros), e mais adiante da segunda geração do álcool que é o álcool celulósico fará com que oBrasil amplie mais ainda sua excelente colocação em termos mundiais no aproveitamento de energias renováveis.No caso do RS, o crescimento da utilização de energias renováveis fará com que a parcela de renováveis na matrizenergética do Estado caia de forma mais suave, já que provavelmente o crescimento do carvão mineral serásignificativo nos próximos anos.As diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Estado da Infraestrutura - SEINFRA para implantação da energia eólica noEstado incluem promover o desenvolvimento sustentável e o meio ambiente no RS; internalizar a produção de equipamentose absorver tecnologia no RS; e diversificar a matriz energética do Estado.O expressivo potencial eólico do Estado pode ser observado na tabela 3.35. Para ventos a 50 metros do solo, opotencial eólico fica em torno de 34.360 MW (on shore e off shore); enquanto que para ventos a 75 metros opotencial salta para 73.940 MW (on shore e off shore). Para este estudo foram considerados ventos superiores a7m/s. Mesmo sendo considerados os baixos fatores de potência das usinas eólicas, podemos afirmar que há umgrande potencial no Rio Grande do Sul. Os custos atuais de geração de eletricidade por meio de energia eólica sãoo principal entrave para o crescimento atual, problema que provavelmente será superado no futuro.
Tabela 3.35 - Potencial Eólico do Rio Grande do Sul para Alturas de 50 e 75 Metros
3.7 - Lixívia
A lixívia é um subproduto do processo Kraft de fabricação de celulose, sendo, portanto, o efluente de fábricas decelulose (lixívia negra). Pode ser empregada como energético ou mesmo como fertilizante em função de suaspropriedades alcalinas, já que os solos brasileiros em grande parte são ácidos.A evolução da produção de lixívia no Rio Grande do Sul, no período de 1995 a 2008, consta no gráfico 3.16. Em2007, a produção gaúcha de lixívia representou 3,98% da produção brasileira, que totalizou 17.090.000 toneladas.
unidade: MW
Local deImplantação
Velocidade dovento m/s Potência
Fator decarga % Potência*
Fator decarga %
7,0 – 7,5 12.290 >29 42.320 >27
7,5 –8,0 2.990 >34 10.120 >32
8,0 – 9,0 560 >39 1.990 >37
Total (on shore) > 7,0 15.840 >29 54.430 >29
7,0 – 7,5 9.220 >30 4.610 >28
7,5 – 8,0 8.040 >35 10 >33
8,0 – 9,0 1.260 >39 4.920 >37
Total (off shore) > 7,0 18.520 >30 19.510 >30
Total Global > 7,0 34.360 >30 73.940 >30
Em solo firme
(on shore)
Sobre a água**
(off shore)
50 m 75 m
* Para a hipótese do uso de 20% das áreas disponíveis para instalação dos Parques Eólicos** Hipótese formulada sobre as lagoas Patos, Mirim e Mangueira, com áreas extensas e pequenas profundidadesFontes: Atlas eólico do Rio Grande do Sul e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2001-2004
59C A P Í T U L O 3
Gráfico 3.16 - Evolução da Produção de Lixívia no RS, no Período de 1995 a 2008
3.8 - Gás Natural
No Brasil, a oferta interna bruta de gás natural em 2007 atingiu 22,744 bilhões de m³, sendo que desse montante 16,317bilhões de m³, 71,74%, foram destinados a vendas. As vendas de gás natural no RS, conforme tabela 3.36, chegaram a 4,43%das vendas do País. São Paulo e Rio de Janeiro foram os estados que exibiram participações de 35,47% e 23,10% das vendasnacionais, respectivamente. Mais da metade do gás natural vendido no Brasil em 2007 ocorreu nesses estados.
Tabela 3.36 - Vendas de Gás Natural em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007
Pode ser verificado no gráfico 3.17 que as vendas de gás natural no RS, a partir do ano 2001, superaram as ocorridasem Minas Gerais e no Paraná, salvo no ano 2000 quando se deu o início da comercialização no Estado.
Gráfico 3.17 - Vendas de Gás Natural em Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
milh
ões
m3
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
MG
RJ
SP
RS
PR
679.388
417.544
383.098
379.017
404.674
391.726
385.170
348.604
289.611
555.112
544.129
575.243
640.793
671.342
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
ton
elad
as
Fonte: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2001-2004 eBalanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
unidade: milhões m³
Regiões e Estados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte
Região Nordeste 2.015 2.211 2.526 2.645 2.812 3.533 4.022 3.539 3.291 3.393
Região Sudeste 2.774 3.138 3.794 5.049 6.470 7.060 8.448 9.421 10.194 10.619
Região Sul - - 262 1.239 1.247 1.191 1.558 1.749 2.045 1.958
Região Centro-Oeste - - - 154 572 704 969 716 555 348
Paraná - - 53 127 206 186 219 249 414 669
Rio Grande do Sul - - 134 895 753 694 949 1.026 1.105 723São Paulo 1.202 1.359 1.668 2.293 3.012 3.543 4.110 4.779 5.324 5.788
Rio de Janeiro 1.161 1.307 1.559 2.054 2.702 2.639 3.203 3.610 3.730 3.770
Minas Gerais 190 253 305 365 403 483 726 647 733 616
Total Brasil 4.789 5.349 6.583 9.088 11.100 12.488 14.997 15.426 16.085 16.317Nota: Estão relacionadas apenas as Grandes Regiões e algumas Unidades da Federação onde houve vendas de gás natural no período especificado.Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
60 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
3.8.a - Demanda e Oferta de Gás Natural no RS
A oferta total de gás natural no RS em 2008 foi de 715 milhões de m³, o que representa uma oferta média de 1,96milhões de m³/dia.A oferta de Gasbol é de 2,3 milhões de m³/dia. A demanda do Estado para o abastecimento de consumidoresresidenciais, comerciais, industriais e de postos de Gás Natural Veicular - GNV foi de 291 milhões de m³ em 2008. Jápara o abastecimento da usina termelétrica a gás natural de 160 MW da Petrobras, denominada Sepé Tiaraju elocalizada em Canoas, foram consumidos 82 milhões de m³ em 2008.A comercialização do GNV iniciou-se em meados de 2001, apresentando um aumento expressivo no consumo até2008 como combustível veicular. A utilização crescente de GNV é um sinal claro de uma escolha de baixa eficiênciaenergética. Por exemplo, a eficiência energética da queima de gás em termelétricas, para processos de vapor é maiseficiente do ponto de vista termodinâmico que a utilização do gás para o transporte veicular. Na termelétrica deUruguaiana, há uma capacidade potencial de consumo de até 2,5 milhões de m³/dia de gás natural argentino, maso que se verifica na prática é que a Argentina não vem dispondo de gás para ofertar.No gráfico 3.18, verifica-se a evolução da Oferta Interna de Gás Natural Canalizado em milhares de metros cúbicosde gás, que inicia com valor bastante modesto e, a partir de 2001, cresce significantemente, atingindo a maior ofertaem 2005, quando chega a 1.007.857.770 m³ de gás canalizado ofertado ao mercado gaúcho.
Gráfico 3.18 - Evolução da Oferta de Gás Natural no RS, no Período de 2000 a 2008
3.8.b - Preços Médios do GNV aos Consumidores
Tabela 3.37 - Preços Médios do GNV ao Consumidor em Regiões e Estados Selecionados noPeríodo de 2001 a 2007
unidade: R$ / m3
Regiões e Estados 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 0,759 - 1,031 - 1,363 1,399 1,399
Região Nordeste 0,760 0,832 1,106 1,132 1,227 1,363 1,504
Região Sudeste 0,755 0,812 1,033 1,065 1,113 1,194 1,268
Região Sul 0,870 0,943 1,229 1,197 1,306 1,472 1,557
Região Centro-Oeste - - 1,079 1,116 1,253 1,531 1,588
Paraná 0,843 0,945 1,178 1,196 1,243 1,407 1,453
Rio Grande do Sul 0,781 0,933 1,297 1,194 1,338 1,583 1,649São Paulo 0,774 0,781 0,993 1,022 1,064 1,150 1,149
Rio de Janeiro 0,752 0,823 1,073 1,082 1,083 1,133 1,241
Minas Gerais 0,740 0,873 1,021 1,123 1,298 1,503 1,519
Total Brasil 0,756 0,822 1,061 1,083 1,133 1,251 1,314Nota: Preços em valores correntes*Preços médios de 2001 calculados com base nos preços de julho e dezembroFonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
138.129
893.702
723.135663.390
863.232
1.007.857
901.946
658.748
715.403
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
1.000.000
1.100.000
mil m
3
Fonte: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2001-2004 e Balanço Energéticodo Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
61C A P Í T U L O 3
3.8.c - Suprimento do Gás Natural para o RS
O suprimento de gás natural para o RS ocorre por meio de dois gasodutos. Um transporta o chamado gás boliviano- Gasbol, vindo da Bolívia, conforme mostrado no mapa 3.4, limitado a 2,3 milhões m³/dia. Essa utilização começouem 2000 com o recebimento do gás pela extremidade sul do Gasoduto Brasil-Bolívia, operado pela empresa TBG -Transportadora Brasileira gasoduto Bolívia-Brasil S.A. O outro gasoduto transporta gás argentino, que não chega aPorto Alegre em decorrência de ainda não terem sido concluídas as obras do gasoduto Uruguaiana - Porto Alegre7.A partir de julho de 2000, a Sulgás iniciou o abastecimento com gás argentino da termelétrica a gás natural deUruguaiana de 640 MW, que vem atravessando uma situação de falta de gás, acarretando enormes prejuízos emfunção das obrigações contratuais do Governo Argentino. Para isto, foi construído um trecho do gasoduto de AldeaBrasilera na Argentina, até Uruguaiana no Brasil, tendo sido previsto, e até agora não construído, o gasodutoUruguaiana - Porto Alegre comentado anteriormente.
Mapa 3.4 - Infraestrutura para a Movimentação de Gás Natural no Brasil, em 2006
3.8.d - Gás Natural Boliviano
O transporte do gás boliviano é realizado pelo Gasoduto Bolívia - Brasil, operado pela concessionária TransportadoraBrasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. - TGB, chegando ao Estado pela extremidade Sul (do referido gasoduto) quevai de Siderópolis - SC a Canoas - RS. O diâmetro desse trecho do gasoduto Brasil-Bolívia é de 16 polegadas comcapacidade para transportar 2,3 milhões de m³/dia, chegando a Canoas com pressão de 35 bar.
7 A Argentina tem atravessado sucessivas crises de energia e inclusive alguns racionamentos. Num cenário de tal magnitude, constata-se que sequer tem chegadogás argentino nas quantidades contratadas para Uruguaiana, especialmente para a Usina térmica da AES de 640 MW, que encontra-se desativada.Considere-se ainda que, com os problemas de rupturas contratuais efetuadas recentemente pelo governo da Bolívia, mesmo não tendo ainda faltado gásoriundo daquele País, o gasoduto que abastece o RS está com sua capacidade esgotada. Em face da enorme dependência que o Brasil tem desse importanteenergético, espera-se que os esforços da Petrobras e de outras empresas resultem na descoberta de reservas de gás natural no País. Enquanto tal fato nãoocorrer e continuarem as dificuldades e incertezas presentes, o problema poderá ser parcialmente contornado por meio do GNL, que é o gás natural liquefeito,cuja base logística de distribuição para a região sul, pela Petrobras, poderá ocorrer no RS.
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2007
62 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
A partir daí, o gás boliviano é distribuído pela Sulgás por intermédio de redes abastecidas por “city gates” passandoa ser utilizado nos setores industrial, comercial, transportes, residencial e de geração de energia elétrica.Nos “city-gates”, figura 3.1, o gás, depois de transportado pelos gasodutos em grandes quantidades e geralmentede grandes distâncias, sofre reduções de pressão e devida odorização. Além disso, nos “city-gates” são realizadasas medições e a transferência dos gasodutos para as redes de distribuição.
Figura 3.1 - City Gate localizado em Canoas - RS
Fonte: Sulgás
No mapa 3.5, podem ser observadas as principais redes de distribuição de gás natural no Estado.
Mapa 3.5 - Redes de Distribuição da Sulgás
Fonte: Sulgás
63C A P Í T U L O 3
3.8.e - A Importância de um Anel de Gasodutos no RS
A crise no abastecimento de gás natural da Argentina reduziu drasticamente o fornecimento do gás natural daquelePaís para a Usina da AES Uruguaiana e tornou mais difícil a discussão da existência de um anel no RS que interligueos gasodutos provenientes da Bolívia e Argentina. Para o fechamento do anel de gasodutos seria necessárioexecutar o gasoduto Uruguaiana - Porto Alegre.No momento da crise de fornecimento de gás para a termelétrica de Uruguaiana, cogita-se a instalação no RS deum terminal de gás natural liquefeito - GNL, podendo ser transportado para Uruguaiana por meio do gasodutoUruguaiana - Porto Alegre. Essa alternativa seria economicamente viável com o uso do GNL, com a diferença noenvio do gás, que seria de Porto Alegre a Uruguaiana, sentido inverso do originalmente concebido. Adicionalmente,a própria Argentina poderia beneficiar-se dessa solução, pois precisa realizar investimentos para extração e trans-porte do gás natural nos próximos anos, até lá, o GNV serviria como alternativa. Trata-se de uma solução comple-mentar, especialmente em função do GNV não ser competitivo com a forma tradicional do gás natural.O terminal de GNL, caso seja instalado no RS, provavelmente será instalado em Tramandaí ou em Rio Grande.
3.8.g - Considerações sobre o GNL
O Brasil começou a utilizar o GNL tardiamente em relação a alguns países do mundo. O GNL nada mais é do quetornar líquido o gás natural para ser transportado em navios, e novamente transformado na sua forma original, apóschegar ao seu local de destino, e injetado em gasodutos sob pressurização. Onde há condições de abastecer-se omercado com gás natural, transportado em gasodutos, o GNL não é empregado, por ser uma solução mais cara.Mas, em situações de escassez, como a que vem se apresentando no Brasil e em países vizinhos, ele é empregado.No Japão, o GNL é largamente empregado pelo simples fato de não existir gás natural no território japonês paraabastecer a demanda daquele País.Na figura 3.2, pode ser visto uma plataforma típica de transporte de GNL, e, na figura 3.3, um croqui explicativo doprocesso de GNL, que consiste na produção, liquefação (via processo criogênico), transporte por navio do gásliquefeito, regaseificação (gás líquido para gás vapor) e entrega para os consumidores finais.
Figura 3.2 - Plataforma de Transporte de GNL
Fonte: Petrobras e Sulgás
64 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Figura 3.3 - Croqui Explicativo do Processo de GNL
3.9 - Casca de Arroz
O Estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, em torno de 55%, com 7,49 milhões de toneladasna safra 2007/2008. A casca de arroz é utilizada como fonte energética primária, tanto para o beneficiamento de grãosno agronegócio, como na indústria cerâmica no RS, assim como na geração de energia elétrica. O gráfico 3.19 apresen-ta a evolução da produção da casca de arroz utilizada como energético no Estado, no período de 2005 a 2008.
Gráfico 3.19 - Evolução da Produção de Casca de Arroz Utilizada como Energético no RS, noPeríodo de 2005 a 2008
3.10 - Biocombustíveis
O Brasil destaca-se mundialmente na produção de biocombustíveis, tanto na produção do chamado biodiesel(B100)8, como na produção de álcool etílico hidratado e álcool etílico anidro. O Rio Grande do Sul posiciona-se bemno cenário nacional apenas na produção de biodiesel. Em 2008, foi o Estado com maior produção nacional, o queserá apresentado a seguir.
3.10.a - Biodiesel - B100
A produção de B100 no Rio Grande do Sul teve início em meados de 2007. Na tabela 3.38, verifica-se a expressivaparticipação do Estado na produção nacional, correspondendo a 10,62% do total. Em 2008, a participação do RS naprodução brasileira de B100 ultrapassou 26%.
8 O Biodiesel B100 é um éster de ácido graxo, renovável e biodegradável, obtido normalmente a partir de uma reação química de óleos ou gorduras, deorigem animal ou vegetal, com um álcool na presença de um catalisador, chamada de transerterificação. Na produção de B100, um subproduto de nomeglicerina, também com conteúdo energético, é obtido. A produção de B100 é regida pela resolução 42/04 da ANP.
Fonte: Petrobras e Sulgás
Produção de Gás Liquefação Navio transportador de GNL Regaseificação Consumidores finais
O PROCESSO DO GNL
1.186.171
1.028.592
1.085.855
990.116
900.000
1.000.000
1.100.000
1.200.000
ton
elad
as
Fonte: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
2005 2006 2007 2008
65C A P Í T U L O 3
Tabela 3.38 - Produção de B100 no RS e no Brasil, no período de 2005 a 2008
3.10.b - Álcool Etílico Anidro e Hidratado
O Rio Grande do Sul não produz álcool etílico anidro. Embora exista produção de álcool hidratado no Estado, ela éirrelevante em comparação com a quantidade de álcool hidratado produzida pelo Estado de São Paulo, Paraná,Minas Gerais e Goiás, por exemplo. Pela legislação brasileira, 25% em volume de álcool etílico anidro devem seradicionados à gasolina A.O RS produziu em 2007 0,031% do álcool anidro e hidratado produzidos no Brasil. Por outro lado, São Paulo, principalprodutor nacional, atingiu em 2007 uma produção de 60,24% (13,59 milhões de m³) dos 22,56 milhões de m³ deálcool anidro e hidratado do País. Entre os estados com maior PIB, apenas o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiroapresentam baixa produção de álcool. Na tabela 3.39 e no gráfico 3.20, pode ser observada a produção gaúcha deálcool em relação aos outros estados.
Tabela 3.39 - Produção de Álcool Etílico Anidro e Hidratado em Estados Selecionados e noBrasil, no período de 1998 a 2007
Gráfico 3.20 - Produção de Álcool Etílico Anidro e Hidratado em Estados Selecionados e noBrasil, no período de 1998 a 2007
Diferente da tabela 3.39, na tabela 3.40, são apresentados os dados de produção e consumo referentes a cada tipode álcool, ou seja, etílico anidro e etílico hidratado.
unidade: m3
Estado e País 2005 2006 2007 2008Rio Grande do Sul 0 0 42.696 306.056% do RS em relação ao Brasil 0 0 11 26
Total Brasil 736 70.120 402.154 1.167.128
Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo
unidade: mil m³
Regiões e Estados 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 17 20 36 29 30 39 48 48 76 48
Região Nordeste 1.667 1.315 1.529 1.402 1.518 1.505 1.675 1.696 1.573 1.902
Região Sudeste 9.978 9.372 7.203 7.754 8.552 9.787 9.948 11.154 12.479 15.782
Região Sul 998 1.050 829 937 975 1.209 1.178 996 1.308 1.923
Região Centro-Oeste 1.462 1.225 1.104 1.344 1.513 1.929 1.798 2.147 2.329 2.902
Paraná 996 1.046 826 932 969 1.203 1.173 992 1.303 1.916
Rio Grande do Sul 2 4 3 5 6 6 5 3 6 7São Paulo 9.008 8.482 6.473 7.038 7.735 8.745 8.861 9.854 10.958 13.589
Goiás 448 314 317 379 433 662 591 803 873 1.165
Minas Gerais 720 645 488 522 558 785 758 919 1.271 1.791
Brasil 14.122 12.982 10.700 11.466 12.589 14.470 14.647 16.040 17.764 22.557Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
mil
m3
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
GO
MG
SP
RS
PR
66 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 3.40 - Produção e Consumo de Álcool Anidro e Hidratado no RS, no Período de 2005 a 2008
Os preços médios mais elevados ao consumidor para o álcool etílico em 2007 ocorreram na região Norte, regiãoNordeste e Rio Grande do Sul. Enquanto a média de preço para o consumidor brasileiro do litro foi de R$ 1,492/litroem 2007, o consumidor do RS pagou R$ 1,743/litro, conforme mostra a tabela 3.41. Esse valor representa umsobrepreço de 16,82% em relação à média nacional. Em São Paulo, o consumidor pagou em média R$ 1,274/litro nomesmo ano.
Tabela 3.41 - Preço Médio do Álcool Etílico Hidratado ao Consumidor em Regiões e EstadosSelecionados, no Período de 2001 a 2007
No gráfico 3.21, pode ser verificada a situação dos preços do álcool hidratado no RS e em estados selecionados de2001 a 2007.
Gráfico 3.21 - Preço Médio do Álcool Etílico Hidratado ao Consumidor em Regiões e Esta-dos Selecionados, no Período de 2001 a 2007
Em função da baixa produção de álcool etílico hidratado no RS, do consumo ser inferior ao verificado em outrosestados9 e da inexistência de produção de álcool etílico anidro no Rio Grande do Sul, fica evidenciada a necessidade
unidade: m3
2005 2006 2007 2008Produção álcool hidratado 3.338 5686 6.818 6.318
Produção álcool anidro 0 0 0 0
Consumo álcool hidratado 189.898.238 158.758.981 219.334.821 324.890.395
Consumo de álcool anidro 476.656.202 474.547.474 491.841.399 530.471.222
Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
unidade: R$ / litro
Regiões e Estados 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007Região Norte 1,283 1,311 1,764 1,644 2,553 2,152 1,927
Região Nordeste 1,143 1,145 1,534 1,435 2,409 1,904 1,714
Região Sudeste 0,947 0,962 1,246 1,087 2,259 1,481 1,320
Região Sul 1,070 1,095 1,412 1,302 2,459 1,793 1,546
Região Centro-Oeste 1,092 1,121 1,446 1,373 2,431 1,819 1,567
Paraná 0,918 0,950 1,234 1,156 1,377 1,641 1,450
Rio Grande do Sul 1,191 1,223 1,572 1,425 1,794 2,148 1,743São Paulo 0,874 0,893 1,132 0,972 1,177 1,412 1,274
Rio de Janeiro 1,035 1,065 1,404 1,281 1,534 1,834 1,641
Minas Gerais 1,053 1,061 1,435 1,333 1,536 1,875 1,642
Total Brasil 1,025 1,038 1,347 1,212 1,377 1,676 1,492*Preços médios de 2001 calculados com base nos preços de julho e dezembroNota: Preços em valores correntesFonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro de Petróleo e Gás Natural - 2008
9 No Brasil, o consumo de álcool etílico hidratado representa 52,8% do consumo de gasolina C (automotiva) em volume no ano de 2008. No Rio Grande doSul, esse mesmo percentual representa 15,31%.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
R$
/ lit
ro
* Preços médios de 2001 calculados com base nos preços de julho a dezembro.Fonte: ANP - Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo e do Gás Natural - 2008
SP
PR
RJ
MG
RS
2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007
67C A P Í T U L O 3
da elaboração de um programa estadual de álcool combustível para alavancar, tanto a produção como o aumentodo consumo desse combustível no Estado. Nesse sentido, faz-se uma proposta objetiva no anexo G do BalançoEnergético do RS 2005-2007, no qual também é analisado o etanol celulósico, chamado de segunda geração deálcool biocombustível.
3.10.c - Bagaço da Cana
É um subproduto energético originado a partir da obtenção da produção de álcool etílico anidro ou hidratado. Ográfico 3.22 apresenta a produção de bagaço de cana no Rio Grande do Sul, no período de 2005 a 2008.
Gráfico 3.22 - Produção de Bagaço de Cana no RS, no Período de 2005 a 2008
3.10.d - Polietileno Verde
No RS estão previstos investimentos de R$1 bilhão no período de 2008 a 2011. Maior parte do investimento serápara a unidade de polietileno verde da Braskem. O polietileno verde é fabricado a partir do etanol da cana-de-açúcar. Tal unidade será implantada no polo de Triunfo.
3.11 - Energia Solar Fotovoltaica
O uso da energia solar fotovoltaica é pequeno no RS em virtude do elevado custo de implantação dos painéis decaptação. Com a introdução no mercado de painéis de captação solar com custos reduzidos, os consumidores do RSfarão um melhor uso dessa fonte energética, considerando que o Estado tem uma média anual de insolação diáriaem torno de 6 horas, índice superior a média da região Norte do Brasil por exemplo.No capítulo 9, será apresentada uma estimativa do potencial de produção de energia elétrica no RS a partir doefeito fotovoltaico. No anexo E é apresentado o funcionamento da energia fotovoltaica.
33.000
38.000
28.000
17.000
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
ton
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Fonte: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
2005 2006 2007 2008
BALA
NÇO
EN
ERG
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200
9 - A
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BAS
E 20
08
Metodologiae Conceituação
URFCC - REFAP - CANOAS - RS Foto: Acervo Petrobras
71C A P Í T U L O 4
4.1 - Descrição Geral
O Balanço Energético do Rio Grande do Sul - BERS foi elaborado segundo metodologia internacional, tambémutilizada pelo BEN. A metodologia empregada propõe uma estrutura energética geral, de forma a permitir aobtenção de adequada configuração das variáveis físicas próprias do setor energético.A matriz Balanço Energético (quadro 4.1), síntese da metodologia, expressa o balanço das diversas etapas doprocesso energético: produção, transformação e consumo, conforme figura e conceituação apresentados a seguir.
4.1.a - Processo Energético
4.2 - Conceituação
Conforme se observa na figura, a estrutura geral do balanço é composta por quatro partes:· Energia Primária· Transformação· Energia Secundária· Consumo Final
4.2.a - Energia Primária
Produtos energéticos providos pela natureza na sua forma direta, como petróleo, gás natural, carvão mineral,resíduos vegetais e animais, energia solar, eólica, etc.
METODOLOGIA E CONCEITUAÇÃO
Colunas daMatriz Identificação
Fontes de Energia Primária 1 a 8
Petróleo, Gás Natural, Carvão Vapor, Carvão Metalúrgico,
Urânio (U3O8), Energia Hidráulica, Lenha e Produtos da Cana
(Melaço, Caldo-de-Cana e Bagaço).
Outras Fontes Primárias 9Eólica, Resíduos Vegetais e Industriais para Geração de
Vapor, Calor e Outros.
Total de Energia Primária 10 Somatório das Colunas 1 a 9.
Importação Exportação
de Energia de Energia
Secundária Secundária
Oferta
Interna
Bruta
Entradas
Primárias
Produção
Secundária
Oferta
Total
Secundária
Oferta
Interna
Bruta
Consumo
Final
Secundário
Consumo
Final Total
Consumo
Final
Energético
Setores de
Consumo
Final (inclui
consumo
próprio do
setor
energético)
Centro de
Transfor-
mação
Consumo Final Primário
Produção
de Energia
Primária
Oferta
Total
Primária
Importação Exportação
de Energia de Energia
Primária Primária
Energia Primária Transformação Energia Secundária
Consumo Final
Não Energético
Consumo Final Total
Não Aproveitadas
e Reinjeções
Primárias
Perdas de
Transformação
Não Aproveitadas
Secundárias
Entrada Secundária
Setor Energético
Perdas
Primárias
Variações
de Estoques
Primários
Perdas
Secun-
dárias
72 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
4.2.b - Energia Secundária
Produtos energéticos resultantes dos diferentes centros de transformação que tem como destino os diversossetores de consumo e eventualmente outro centro de transformação.
4.2.c - Total Geral
Consolida todas as energias produzidas, transformadas e consumidas no Estado.
4.2.d - Oferta
Quantidade de energia que se coloca à disposição para ser transformada e/ou para consumo final.
Colunas daMatriz Identificação
Energia Total 27 Somatória Algébrica das Colunas 10 a 26.
Colunas daMatriz Identificação
Fontes de Energia Secundária 11 a 23
Óleo Diesel, Óleo Combustível, Gasolina (A e de Aviação),
GLP, Nafta, Querosene (Iluminante e de Aviação), Gás (de
Cidade e de Coqueria), Coque de Carvão Mineral, Urânio
Contido no UO2 dos Elementos Combustíveis, Eletricidade,
Carvão Vegetal, Álcool Etílico (Anidro e Hidratado) e Outras
Secundárias de Petróleo (Gás de Refinaria, Coque e Outros).
Produtos Não Energéticos do Petróleo 24
Derivados de Petróleo que, mesmo tendo significativo
conteúdo energético, são utilizados para outros fins (Graxas,
Lubrificantes, Parafinas, Asfalto, Solventes e Outros).
Alcatrão 25Alcatrão obtido na transformação do Carvão Metalúrgico em
Coque.
Total de Energia Secundária 26 Somatório das Colunas 11 a 25.
Linhas daMatriz Identificação
Produção 1
Energia Primária que se obtém de Recursos Minerais,
Vegetais e Animais (Biogás), Hídricos, Reservatórios
Geotérmicos, Sol, Vento, Marés. Tem sinal positivo.
Importação 2
Quantidade de Energia Primária e Secundária proveniente do
exterior e de outros estados, que entra no RS e constitui parte
da Oferta no Balanço. Tem sinal positivo.
Variação de Estoques 3
Diferença entre o Estoque Inicial e Final de cada ano. Um
aumento de estoques num determinado ano significa uma
redução na Oferta Total. No Balanço tem sinal negativo as
entradas e positivo as saídas.
Oferta Total 4 Produção (+) Importação (+) ou (-) Variação de Estoques.
Exportação 5
Quantidade de Energia Primária e Secundária que se envia do
RS para outros estados e exterior. É identificada com sinal
negativo.
Não Aproveitada 6
Quantidade de Energia que, por condições técnicas ou
econômicas, atualmente não está sendo utilizada. É
caracterizada com sinal negativo.
Reinjeção 7
Quantidade de Gás Natural que é reinjetado nos poços de
Petróleo para uma melhor recuperação deste hidrocarboneto.
Tem sinal negativo.
Oferta Interna Bruta 8
Quantidade de Energia que se coloca à disposição doEstado para ser submetida aos Processos deTransformação e/ou Consumo Final. Corresponde à somaalgébrica das linhas 4 a 7.
73C A P Í T U L O 4
4.2.e - Transformação
O Setor Transformação agrupa todos os centros de transformação onde a energia que entra (primária e/ou secundária)se transforma em uma ou mais formas de energia secundária com suas correspondentes perdas na transformação.
Observações importantes sobre os sinais nos centros de Transformação:a) toda energia primária e/ou secundária que entra (como insumo) no centro de transformação tem sinal negativo.b) toda energia secundária produzida nos centros de transformação tem sinal positivo.
4.2.f - Perdas
Linhas daMatriz Identificação
Total Transformação 9
Soma das linhas 9.1 a 9.10. As quantidades colocadas nascolunas 1 a 9 e 11 a 25 representam a soma algébrica deEnergia Primária e Secundária que entra e sai do conjuntodos Centros de Transformação.
Centros de Transformação 9.1 a 9.9
Refinarias de Petróleo, Plantas de Gás Natural, Usinas de
Gaseificação, Coquerias, Ciclo do Combustível Nuclear,
Centrais Elétricas de Serviço Público e Autoprodutoras,
Carvoarias e Destilarias.
Outras Transformações 9.10
Inclui os Efluentes (produtos energéticos) produzidos pela
indústria química, quando do processamento da Nafta e outros
produtos Não Energéticos de Petróleo.
Linhas daMatriz Identificação
Perdas na Distribuição e Armazenagem 10
Perdas ocorridas durante as atividades de produção,
transporte, distribuição e armazenamento de energia. Como
exemplos, podem-se destacar: perdas em Gasodutos,
Oleodutos, Linhas de Transmissão de Eletricidade, Redes de
Distribuição Elétrica. Não se incluem nessa linha as perdas
nos Centros de Transformação.
74 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
4.2.g - Consumo Final
Nesta parte, detalham-se os diferentes setores da atividade socioeconômica do Estado, para onde convergem asenergias primária e secundária, configurando o Consumo Final de Energia.
4.2.h - Ajustes Estatísticos
Ferramenta utilizada para compatibilizar os dados correspondentes à oferta e consumo de energias provenientes defontes estatísticas diferentes.
Os ajustes para cada coluna (1 a 25) são calculados da seguinte forma:
AJUSTES = OFERTA INTERNA BRUTA (-) TOTAL TRANSFORMAÇÃO (-) PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENA-GEM (-) CONSUMO FINALO ajuste é negativo se a oferta interna bruta for maior que as outras parcelas e vice-versa.
Linhas daMatriz
Identificação
Ajustes 12Quantifica os déficits e superávits aparentes de cadaenergia, produtos de erros estatísticos, informações oumedidas.
Linhas daMatriz
Identificação
Consumo Final 11
Energia Primária e Secundária que se encontra disponívelpara ser usada por todos os setores de Consumo Final doEstado, incluindo o Consumo Final Energético e oConsumo Final Não Energético. Corresponde à soma daslinhas 11.1 e 11.2.
Consumo Final Não Energético 11.1Quantidade de Energia contida em produtos que são utilizados
em diferentes setores para fins Não Energéticos.
Consumo Final Energético 11.2
Agrega o Consumo Final dos Setores Energético, Residencial,
Comercial, Público, Agropecuário, Transporte, Industrial e
Consumo Não Identificado. É a somatória das linhas 11.2.1 a
11.2.8.
Consumo Final do Setor Energético 11.2.1
Energia consumida nos Centros de Transformação e/ou nos
processos de extração e transporte interno de Produtos
Energéticos, na sua forma final.
Consumo Final Residencial 11.2.2 Energia consumida no Setor Residencial, em todas as classes.
Consumo Final Comercial 11.2.3 Energia consumida no Setor Comercial, em todas as classes.
Consumo Final Público 11.2.4 Energia consumida no Setor Público, em todas as classes.
Consumo Final Agropecuário 11.2.5 Energia total consumida nas classes Agricultura e Pecuária.
Consumo Transportes Total 11.2.6
Energia consumida no Setor Transportes, englobando os
segmentos rodoviário, ferroviário, aéreo e hidroviário. É a
somatória das linhas 11.2.6.1 a 11.2.6.4.
Consumo Final Industrial Total 11.2.7
Energia consumida no setor industrial, englobando os
segmentos cimento, ferro-gusa e aço, ferroligas, mineração e
pelotização, não-ferrosos e outros da metalurgia, química,
alimentos e bebidas, têxtil, papel e celulose, cerâmica e
outros. É a somatória das linhas 11.2.7.1 a 11.2.7.11.
Consumo Não Identificado 11.2.8
Corresponde ao consumo que, pela natureza da informação
compilada, não pode ser classificado num dos setores
anteriormente descritos.
75C A P Í T U L O 4
4.2.i - Produção de Energia Secundária
Corresponde à soma dos valores positivos que aparecem nas linhas 9.1 a 9.10.
4.3 - Convenção de Sinais
Nos blocos de oferta e centros de transformação, da matriz do quadro 4.1 (produção, importação, retirada deestoque, saídas dos centros de transformação), toda quantidade de energia que tende a aumentar a energiadisponível no Estado é POSITIVA, enquanto que toda quantidade que tende a diminuir a energia disponível noEstado é NEGATIVA (acréscimo de estoque, exportação, não aproveitada, reinjeção, energia transformada, perdasna transformação e perdas na distribuição e armazenagem).Finalmente, todos os dados que se encontram na parte referente ao consumo final de energia são também negativos,mas por motivo de simplificação, na apresentação, aparecem como quantidades aritméticas (sem sinal).
4.4 - Operações Básicas da Matriz Balanço Energético
4.4.a - Energia Primária e Secundária
O fluxo energético de cada fonte primária e secundária é representado pelas seguintes equações:
OFERTA TOTAL = PRODUÇÃO (+) IMPORTAÇÃO (+) OU (-) VARIAÇÃO DE ESTOQUES
OFERTA INTERNA BRUTA = OFERTA TOTAL (-) EXPORTAÇÃO (-) NÃO APROVEITADA (-) REINJEÇÃO
E ainda:
OFERTA INTERNA BRUTA = TOTAL TRANSFORMAÇÃO (+) CONSUMO FINAL (+) PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO EARMAZENAGEM (+) OU (-) AJUSTE.
Deve ser observado que a produção de energia secundária aparece no bloco relativo aos centros de transformação,tendo em vista ser toda ela proveniente da transformação de outras formas de energia. Assim, para evitar-se duplacontagem, a linha de “produção” da matriz fica sem informação para as fontes secundárias. Mesmo assim, paraa energia secundária também valem as operações anteriormente descritas, desde que se considere a produçãonos centros de transformação como parte da oferta.
4.4.b - Transformação
Nesta parte, configurada pelos centros de transformação, é observada a seguinte operação:
PRODUÇÃO DE ENERGIA SECUNDÁRIA = TRANSFORMAÇÃO PRIMÁRIA (+) TRANSFORMAÇÃO SECUNDÁRIA(-) PERDAS NA TRANSFORMAÇÃO
4.4.c - Consumo Final de Energia
CONSUMO FINAL = CONSUMO FINAL PRIMÁRIO (+) CONSUMO FINAL SECUNDÁRIO
E ainda:
CONSUMO FINAL = CONSUMO NÃO ENERGÉTICO (+) CONSUMO FINAL ENERGÉTICO
76 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Quadro 4.1 - Matriz Balanço Energético do Rio Grande do Sul
Petróleo
Gás Natural
Carvão Vapor
Carvão
Metalúrgico
Urânio
U3O8
Energia
Hidráulica
Lenha
Produtos
da cana
Outras
Fontes Primárias
Energia PrimáriaTotal
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Óleo
Combustível
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GLP
Nafta
Querosene
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Coque de
Carvão Mineral
Urânio
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Eletricidade
Carvão
Vegetal
Álcool EtílicoAnidro
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Produtos Não Energéticos
do Petróleo
Alcatrão
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Energia Total
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77C A P Í T U L O 4
4.5 - Execução na Prática do Balanço Energético 2009 - Ano Base 2008 em tep
4.5.a - Primeira Etapa
Esta etapa consiste basicamente na coleta das informações dos energéticos em unidades originais e na análise desua consistência. O lançamento dos dados é feito após o exame e o conhecimento da metodologia empregada,apresentada até o item 4.4.c. No quadro 4.2 estão lançadas as principais instituições contatadas pela equipetécnica do BERS. Trata-se de uma tarefa exaustiva, especialmente por não estarem todos os setores energéticos nomesmo padrão organizacional. Uma parcela dos energéticos fica fora dos processos oficiais de contabilização, deoutro lado, parte dos autoprodutores e de alguns energéticos não serem contabilizados de forma padronizada. Osresultados da coleta e tratamento das informações constam na tabela K.1 do anexo K. Pode ser observado que atabela se assemelha muito à própria tabela do BERS em mil tep (tabelas K.3), salvo pelo fato de não disporem dascolunas chamadas de “Energia Primária Total”, “Energia Secundária Total” e “Energia Total”. A razão é de nãohaver sentido somar valores postos em unidades diferentes como MWh, m³, tonelada, e assim por diante. Alémdisso, a coluna “Outras Fontes Primárias”, nas tabelas em unidades originais, encontra-se aberta em três colunas,Lixívia, Casca de Arroz e Eólica.Para o caso do petróleo e derivados, energéticos que predominam no RS, as informações primárias foram coletadasna Agência Nacional do Petróleo - ANP e nas três refinarias gaúchas - REFAP, RIOGRANDENSE e BRASKEM. Nocaso do gás natural, as informações primárias são provenientes da SULGÁS e da ANP. Para a energia hidráulica,energia eólica e eletricidade, as informações primárias foram buscadas nos diferentes agentes de geração, transmissãoe distribuição de energia elétrica do Rio Grande do Sul, na Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e noOperador Nacional do Sistema Interligado - ONS. As informações referentes ao carvão vapor foram obtidas nasempresas mineradoras do Estado, Companhia Riograndense de Mineração - CRM e Copelmi. Na ANP, foraminformados dados referentes ao álcool anidro e hidratado, sendo que, para o bagaço de cana e complementaçãodo hidratado, foram colhidas informações na destilaria de Porto Xavier - COOPERCANA. No caso da lixívia, asinformações foram obtidas na ARACRUZ Celulose de Guaíba.Para alguns energéticos, como lenha e biomassa (casca de arroz), os levantamentos de campo precisaram sercomplementados por cálculos estimativos e por pesquisas amostrais, já que nesses casos não se mostraeconomicamente viável obter-se uma informação de caráter censitário.No caso da casca de arroz, foram usadas as seguintes informações do Instituto Riograndense do Arroz - IRGA: i)volumes e toneladas colhidas nas safras 2007/2008 do RS; ii) 22% da massa de arroz colhido é casca; iii) 38% dacasca produzida não é utilizada como energético.Para a lenha, utilizou-se como referencial as pesquisas anuais do IBGE sobre a produção de madeira, lenha etoras no RS. Pelo lado do consumo, utilizaram-se os critérios: i) na maior parcela do segmento industrial, asinformações foram obtidas diretamente desses setores; ii) para o segmento residencial (domicílios rurais eurbanos), dividiu-se o levantamento em área urbana e rural. Para área rural, utilizaram-se os levantamentos depopulação do IBGE (PNAD 2007 e contagem 2008) e considerou-se o consumo anual de 2,25 m3 por ano1. Alémdisso, aplicou-se esse valor apenas nas parcelas de população que utilizaram a lenha de forma predominante,segundo levantamento do IBGE no PNAD 2007. Para a população que a utiliza, mas não de forma predominante,considerou-se o valor de 2,25 m3 / 4, ou seja, foi considerado que o energético é consumido somente no inverno.Para determinar a parcela que não usa lenha, foi utilizada a pesquisa telefônica feita em 2008 com moradoresda área rural do RS e constatou-se que 26% da população rural gaúcha não utiliza lenha como fonte de energia.No caso da população urbana, também foi utilizado os levantamentos do IBGE (PNAD 2007) da parcela dapopulação que usa predominantemente lenha, considerando-se 0,71 m³ por habitante / ano. Além disso, estimou-se o uso da lenha em lareiras por meio de critério econômico (população com renda familiar acima de 15salários mínimos, sendo que, dessas famílias, cada domicílio consome 1 m³ de lenha anualmente); iii) no casodas padarias e pizzarias, os valores lançados foram calculados a partir de pesquisas amostrais efetuadas commargem de erro de 6%; iiii) para o setor agropecuário, o cálculo da lenha foi efetuado, tanto a partir de informaçõesde consumo dos setores que efetuam a secagem de grãos, como por intermédio dos estudos do IRGA, daFENARROZ e do SINDIARROZ. Para o caso da secagem do arroz, tais estudos concluem que é necessário 1 m³de lenha para secar 15 toneladas. Tomou-se o cuidado de abater das safras de arroz a quantidade secada comoutros energéticos como o gás natural.
1 Baseou-se no volume aparente de 2,84 estéreos utilizado no BERS 1979-1982 para o consumo de lenha por habitante/ano. Por intermédio da utilização dofator de empilhamento de 1,26, converteu-se o volume em estéreos para o volume real em m³. O fator de empilhamento é a razão entre o volume aparente(estéreo) e o volume real.
78 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Quadro 4.2 - Relação das Instituições informantes do BERS 2009 - Ano Base 2008
PetróleoANP Agência Nacional do Petróleo
BRASKEM Braskem S.A. (Copesul)
RIOGRANDENSE Refinaria de Petróleo Riograndense
REFAP Refinaria Alberto Pasqualini
IPIRANGA Refinaria de Petróleo Ipiranga (Lubrificantes)
Gás NaturalANP Agência Nacional do Petróleo
SULGÁS Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul
Carvão MineralCOPELMI Companhia de Pesquisas e Lavras minerais
CPRM Companhia de Recursos Minerais
CRM Companhia Riograndense de Mineração
DNPM/MMEDepartamento Nacional de Produção Mineral / Ministério de
Minas e Energia
Carvão Metalúrgico / Coque de Carvão MineralGERDAU AÇOMINAS Grupo Gerdau
Energia HidráulicaANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
SEINFRA Secretaria de Infra Estrutura e Logística do Estado do RS
Lenha / Carvão VegetalAFUBRA Associação dos Fumicultores do Brasil
CAMBARÁ Celulose Cambará
COCEAGRO Cooperativa Central Agroindustrial Noroeste
FECOAGRO Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MELBAR LIGNOTECH Melbar Lignotech
PIRATINI Piratini Energia
SETA Extrativa Tanino de Acácia
SINDICER Sindicato de Olaria e Cerâmica para construção no RS
Produtos da CanaCOOPERCANA Cooperativa dos Produtores de Cana Porto Xavier
Outras Fontes PrimáriasARACRUZ Aracruz Celulose
CAMIL Camil Alimentos
IRGA Instituto Riograndense do Arroz
PETROBRAS Petróleo Brasileiro
VENTOS DO SUL Ventos do Sul Energia
EletricidadeAES SUL Distribuidora Gaúcha de Energia
AES URUGUAIANA AES Uruguaiana Empreendimentos
CERAN Companhia Energética Rio das Antas
CGTEE Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica
DEMEI Departamento Municipal de Energia de Ijuí
ELETROCAR Centrais Elétricas de Carazinho
ELETROSUL Eletrosul Centrais Elétricas S.A.
FECOERGSFederação das Cooperativas de Energia, Telefonia e
Desenvolvimento Rural do RS
GRUPO CEEE Companhia Estadual de Energia Elétrica
HIDROPAN Hidroelétrica Panambi
MUXFELDT Muxfeldt, Marin & Cia
RGE Rio Grande Energia
TRACTEBEL Tractebel Energia
UHENPAL Usina Hidroelétrica Nova Palma
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4.5.b - Segunda Etapa
Após coleta e fechamento dos dados em unidades originais, é feita a conversão para a unidade mil tep, tabela K3do anexo K. A razão de converter para uma unidade comum é poder somar e subtrair valores de energéticos comunidades diferentes. Como exemplo, as concessionárias de serviços públicos de energia elétrica costumam contabilizareletricidade gerada ou consumida em MWh, já as refinarias e a ANP costumam contabilizar derivados do petróleocomo óleo diesel, gasolina, querosene de aviação e outros, em m³ e também em litros. Existem derivados dopetróleo, como o Gás Liquefeito do Petróleo - GLP, que são comercializados em kg ou em tonelada.A seguir, será examinada a conversão de unidades originais para a unidade mil tep, tabela K.1 do anexo K.
Para o energéticos primários:
Petróleo: Todos os valores postos em m³ na coluna “petróleo” devem ser multiplicados por 0,887 (anexo C,tabela C.10) e os resultados devem ser divididos por mil. Os números obtidos geram a coluna “petróleo” do BERS2008 (tabela K.3). Como exemplo, o valor da linha de importação de 7.728 mil tep em 2008 foi obtido por meio damultiplicação de 8.712.920 m³ por 0,887 e, para converter em mil tep, o valor deve ainda ser divido por mil. Na linha“refinarias de petróleo”, os valores de petróleo assumem o sinal negativo, significando que o energético seráconvertido em outros energéticos. Em todas as linhas abaixo do consumo final, o valor do petróleo é zero, significandoque não é consumido diretamente por nenhuma classe de consumo.Gás natural: Multiplicam-se todos os valores lançados em mil m³ na coluna “gás natural” por 0,88 (anexo C,tabela C.10) e os resultados devem ser divididos por mil. Os números assim obtidos geram a segunda coluna dosenergéticos, “gás natural”. O gás natural é consumido tanto pelos centros de transformação, como por consumidoresindustriais, residenciais e comerciais.Carvão vapor: Como há diferentes tipos de carvão, o cálculo segue a conversão de cada linha da tabela 3.33do capítulo 3. Cada tipo de carvão foi lançado individualmente em unidades originais na coluna do carvão, e emseguida precisou ser convertida em tep. Como exemplo, pode ser citado o carvão CE 3300, que possui um fatorde conversão de toneladas para tep de 0,31, conforme anexo C, tabela C.10. Após conversão, obtém-se aquantidade equivalente em tep para a coluna do carvão CE 3300, em seguida faz-se a mesma operação para osdemais tipos de carvão. A soma matricial dos valores das colunas, redunda na coluna equivalente. Essa colunadeve ser dividida por mil, para se ter a unidade mil tep, gerando assim a terceira coluna dos energéticos, “carvãovapor”, do BERS 2008.Energia hidráulica: Na tabela em unidades originais de 2008, no anexo K, o valor em MWh que aparece nasexta coluna, “energia hidráulica”, representa a soma de toda a geração de energia hidroelétrica produzida emusinas de grande e pequeno porte no RS. Para o caso das usinas de fronteira (Itá e Machadinho), o valor anualgerado pelas usinas foi dividido por dois, sendo que a outra parte entra na contabilização do Estado de SantaCatarina. Os valores em MWh dessa coluna deverão ser multiplicados por 0,086 (anexo C, tabela C.10) e osresultados divididos por mil para se ter a unidade mil tep. Dessa forma, fica gerada a sexta coluna da tabela K.3.Lenha: Os valores constantes na sétima coluna de energéticos da tabela K.1, do anexo K, deverão primeiramenteser convertidos de metros cúbicos para toneladas, o que significa que os números das células da sétima coluna emm³ primeiramente devem ser multiplicados por 0,39, tabela C.9, do anexo C, já que a densidade média da lenha éde 390 kg/m³. Após conversão, obtém-se a quantidade em toneladas de lenha nas células da sétima coluna. Emseguida, todas as células da coluna “lenha” deverão ser multiplicadas por 0,31 (anexo C, tabela C.10), obtendo-sea coluna da lenha em tep. Divididos os valores por mil, obtém-se em mil tep.Produtos da cana: Os valores em toneladas constantes na oitava coluna, “produtos da cana” (no caso, bagaçode cana), da tabela K.1, do Anexo K, deverão ser multiplicados por 0,213 (anexo C, tabela C.10), obtendo-se acoluna de “produtos da cana” em tep. Para obter a unidade de mil tep, todas as células da coluna “produtos dacana” devem ser divididas por mil. Assim, fica gerada a oitava coluna do BERS 2008.Outras Fontes Primárias: Nas tabelas em valores originais do anexo K, aparecem três colunas que darãoorigem a nona coluna do BERS 2008. Uma das colunas refere-se à lixívia (em toneladas), a outra à casca de arroz(em toneladas) e a outra corresponde à energia eólica (em MWh). Cada coluna deve ser convertida para tep edepois somada matricialmente. Para a coluna da lixívia, o fator multiplicador é 0,286 (anexo C, tabela C.10); dacasca de arroz é 0,295; e da energia eólica 0,086. A coluna resultante dessa soma deverá ser dividida por mil paraobter-se a nona coluna do BERS 2008.
80 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Para os energéticos secundários, consideram-se as seguintes conversões:
Óleo diesel: Todos os valores postos em m³ na coluna “óleo diesel” do anexo K, tabela K.1, devem ser multiplicadospor 0,848 (anexo C, tabela C.10) e os resultados divididos por mil para se ter a unidade mil tep. Os números assimobtidos geram a coluna “óleo diesel” do BERS 2008, décima primeira coluna. Nota-se, na linha “refinarias depetróleo”, que o valor de óleo diesel é maior que o lançado na linha “consumo final”, coerente com o fato de aparcela de diesel produzido nas refinarias gaúchas ser exportada para outros estados.Óleo combustível: Todos os valores postos em m³ na coluna “óleo combustível” devem ser multiplicados por0,959 (anexo C, tabela C.10) e os resultados divididos por mil. Os números assim obtidos geram a coluna “óleocombustível” do BERS 2008, décima segunda coluna.Gasolina: As informações a respeito da gasolina nas refinarias constam como gasolina A, e no consumo finalcomo gasolina C, gasolina automotiva. Nesse caso é retirado os 25% de álcool etílico anidro da gasolina C elançado o resultado na coluna “gasolina” do anexo K, tabela K.1. Dessa forma, os valores constantes na coluna“gasolina” referem-se à gasolina A. A parcela de 25% de álcool anidro retirada da gasolina C é lançada nacoluna “álcool etílico anidro e hidratado” do BERS2. Todos os valores postos em m³ na coluna “gasolina” devemser multiplicados por 0,783 (anexo C, tabela C.10), fator de conversão correspondente à gasolina A, e osresultados divididos por mil. Os números assim obtidos geram a coluna “gasolina” do BERS 2008, décimaterceira coluna. Nota-se que, na linha “refinarias de petróleo”, os valores de gasolina serão maiores que oslançados na linha consumo final, coerente com o fato de a parcela da gasolina produzida nas refinarias gaúchasser exportada para outros estados. A gasolina automotiva utilizada nos veículos brasileiros origina-se de umamistura da gasolina A com 25% (em volume) de álcool etílico anidro.GLP: Todos os valores postos em m³ na coluna “GLP” devem ser multiplicados por 0,611 (anexo C, tabela C.10) eos resultados divididos por mil. Os números obtidos geram a coluna “GLP” do BERS 2008, décima quarta coluna databela K.3, do anexo K.Nafta: Todos os valores postos em m³ na coluna “nafta” devem ser multiplicados por 0,765 (anexo C, tabela C.10)e os resultados divididos por mil. Os números obtidos geram a coluna “nafta”, décima quinta coluna da tabela K.3,do Anexo K.Querosene: Engloba querosene de aviação e querosene iluminante. Todos os valores postos em m³ na coluna“querosene” devem ser multiplicados por 0,822 (anexo C, tabela C.10) e os resultados divididos por mil. Osnúmeros obtidos geram a coluna “querosene” do BERS 2008, décima sexta coluna da tabela K.3, do Anexo K.Eletricidade: Os valores em MWh dessa coluna deverão ser multiplicados por 0,086 (anexo C, tabela C.10) e osresultados divididos por mil. Dessa forma, gera-se a vigésima coluna do BERS 2008.Carvão vegetal: Os valores em toneladas dessa coluna deverão ser multiplicados por 0,646 (anexo C, tabelaC.10) e os resultados divididos por mil. A coluna correspondente é a vigésima primeira do BERS 2008.Álcool etílico anidro e hidratado: Para executar a coluna em valores originais, é preciso inicialmente trabalharem duas colunas separadas, uma para o anidro e a outra para o hidratado. No caso do álcool etílico anidro, bastalembrar que 25% do volume informado da gasolina automotiva (gasolina C) é constituído por este. Para a conversãoem tep, os valores em m³ da coluna do álcool etílico anidro deverão ser multiplicados por 0,534 (anexo C, tabelaC.10), e os da coluna do álcool etílico hidratado por 0,51. Após, as duas colunas devem ser somadas de formamatricial. Dessa forma, fica gerada a vigésima segunda coluna da tabela K.3 do BERS 2008.Outras secundárias de petróleo: Os valores em m³ dessa coluna deverão ser multiplicados por 0,89 (anexo C,tabela C.10) e os resultados divididos por mil. Dessa forma, tem-se a vigésima terceira coluna do BERS 2008.Produtos não energéticos do petróleo: Os valores em m³ dessa coluna deverão ser multiplicados por 0,89(anexo C, tabela C.10) e os resultados divididos por mil. Os valores correspondentes encontram-se na vigésimaquarta coluna da tabela K.3, do anexo K, BERS 2008.
4.6 - Execução na Prática dos Balanços Energéticos 2008 em kcal
Para converter os valores de mil tep constantes na tabela K.3 do anexo K para bilhões de kcal, basta multiplicartodas as células destas por 10. Obtém-se, assim, a tabela K.2 em bilhões de kcal.No anexo C , tabela C.1, verifica-se que 1 tep = 10 bilhões de cal, logo 1000 tep = 10 bilhões de kcal.
2 Uma alternativa ainda melhor seria dispor o álcool etílico anidro em uma coluna em separado do álcool etílico hidratado.
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4.7 - Classificação Setorial
A classificação de consumo setorial utilizada no Balanço Energético do Estado do Rio Grande do Sul segue aClassificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, classificação oficialmente adotada pelo Sistema EstatísticoNacional e pelos órgãos federais gestores de registros administrativos. Está em vigor, desde 1° de janeiro de 2007,a nova estrutura de códigos da CNAE, conforme Resoluções Concla n°1, de 4 de setembro de 2006, e n°2, de 15de setembro de 2006. A tabela CNAE - Fiscal 1.1, vigente em 2006, foi substituída pela tabela CNAE - versão 2.0.As classificações de atividades econômicas precisam ser periodicamente atualizadas e revisadas em função demudanças na organização produtiva, que alteram a importância relativa das atividades econômicas e dos produtos,e também de demandas por novas abordagens analíticas. A classificação setorial encontra-se na versão digital doBERS 2009 - Ano Base 2008, disponível no site do Grupo CEEE - www.ceee.com.br.
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Oferta eDemanda de Energia
Parque Eólico de Osório - RS Foto: Fernando C. Vieira
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5.1 - Oferta e Demanda de Energia por Fontes Primárias
Para a análise deste tópico, recorremos aos números postos na tabela 5.1. A tabela representa itens como produção,importação, variação de estoques e exportação, bem como consumo de energéticos primários por fontes, lançadosem unidades originais. A unidade de medida original do petróleo, gás natural e lenha é o m³; do carvão vapor,produtos da cana, lixívia e casca de arroz é a tonelada; e para a energia hidráulica e eólica é o MWh.A tabela 5.1 é convertida na tabela 5.2 para unidade mil tep (poderia ser para kcal ou Joule). Cada energéticoprimário tem um fator de conversão, como exemplo, para cada m³ de petróleo tem-se um fator de multiplicação de0,887, e assim por diante, conforme mostra a tabela C.10, do anexo C. Os energéticos lixívia, casca de arroz eenergia eólica são convertidos em mil tep e os correspondentes resultados são somados, originando na tabela acoluna “outras fontes de energia”. No caso da lenha, primeiramente se utiliza a densidade média de 390 kg/m³,conforme tabela C.9, do anexo C, para depois empregar o fator de conversão do anexo C, tabela C.10.Em 2008, a Oferta Interna de Energia - OIE1 total de energia, oriunda de fontes primárias no RS, atingiu 12.974.000tep, ou 129,74 trilhões de kcal. Em 2008, o valor da OIE sofreu redução de 4,98% em relação a 2007 (13.654.000tep). A situação da oferta e demanda de cada energético primário é descrita a seguir.
5.1.a - Petróleo
Todo petróleo refinado no RS é importado. Em 2008, foi a fonte primária predominante com 7.707.000 tep (tabela5.2), correspondendo a 8.689.285 m³ de petróleo (tabela 5.1), representando 59,41% da oferta de fontes primárias,segundo gráfico 5.1. No ano de 2008, o petróleo sofreu redução de 8,2% em relação ao ano anterior, quando a OIEtotal foi de 8.396.000 tep.Na ponta do consumo, verificou-se que no RS todo petróleo da OIE é destinado ao consumo nos chamados centrosde transformação, no caso específico do Estado, nas refinarias de petróleo.
5.1.b - Gás natural
Todo gás natural consumido no RS é importado. Em 2008, a OIE do gás natural foi de 627.000 tep (tabela 5.2),correspondendo a 711.982.000 m³ de gás natural (tabela 5.1). Esse valor representa 4,83% da oferta das fontesprimárias, como mostra o gráfico 5.1, ficando na quinta posição, atrás do petróleo, da lenha, do carvão vapor e daenergia hidráulica. No ano de 2008, ocorreu um acréscimo de 8,1% em relação ao ano de 2007, quando foiofertado 580.000 tep.Pelo lado do consumo, observa-se na tabela 5.2 que o gás natural foi consumido em sua maior parcela peloscentros de transformação (com sinal negativo na tabela), representando 42,26%, sendo de 265.000 tep. Aparecena segunda posição o setor industrial (29,03%), com 182.000 tep, seguido do setor energético, com 106.000 tep(16,91%) e setor transporte, com 69.000 tep (11%).
5.1.c - Carvão Vapor
Todo carvão vapor consumido no RS é extraído do território gaúcho. Em 2008, a OIE de carvão no RS, tabela 5.2, foide 1.226.000 tep, ou de 5.046.745 toneladas de carvão equivalente (tabela 5.1). São diversos tipos de carvãotransformados no carvão equivalente. Consta na tabela 3.33, do capítulo 3, o detalhamento da produção por tipode carvão. No gráfico 5.1, verifica-se que o carvão vapor correspondeu a 9,45% da oferta de fontes primárias,ficando na terceira posição. Em relação ao ano de 2007, quando a OIE de carvão no RS foi de 1.093.000 tep,ocorreu um crescimento de 12,17%. O que está diretamente vinculado a esse crescimento, ou variação em relaçãoaos anos anteriores, é o fato de o sistema interligado nacional priorizar o despacho nas usinas hídricas onde o valordo MWh é mais barato. As usinas térmicas são utilizadas com maior intensidade em casos de estiagens, poupandoassim os reservatórios nacionais, especialmente os da região Sudeste.
OFERTA E DEMANDA DE ENERGIA
1 Nas tabelas do anexo K, também chamada de Oferta Interna Bruta - OIB.
86 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Pelo lado da demanda, verificou-se que a maior parcela do consumo foi no setor de transformação (centraiselétricas de serviço público), atingindo 736.000 tep (com sinal negativo na tabela 5.2), representando 60,03% dototal da OIE. Na segunda posição, aparece o setor industrial com 450.000 tep, com a parcela de 36,7% da OIE. Orestante, 3,27%, foi consumido pelas centrais elétricas autoprodutoras.
5.1.d - Energia hidráulica
Como o sistema brasileiro é interligado, a energia hidráulica aqui tratada é aquela pertinente à geração anual nashidroelétricas situadas no RS (grandes e pequenas), sendo que nas usinas de fronteira, como Itá e Machadinho, ovalor gerado é dividido por dois. Em 2008, a OIE da energia hídrica (ver tabela 5.2) atingiu 980.000 tep, o equivalentea 11.397.185 MWh (tabela 5.1), perfazendo 7,55% da OIE e ficando na quarta posição das fontes primárias(gráfico 5.1). Em relação à produção de 2007, houve uma diminuição na Oferta em 16,38%.Pelo lado da demanda, verificou-se em 2008 (tabela 5.2) que toda a energia hidráulica foi consumida nos centrosde transformação, sendo a maior parcela nas centrais elétricas de serviços públicos e a menor nas centrais elétricasautoprodutoras.
5.1.e - Lenha
A lenha é o energético primário de mais difícil contabilização, tanto no tocante à coleta das informações, como aosproblemas de unidades empregadas pelos mercados produtor e consumidor do energético. Cabe registrar que osvalores lançados para a lenha no BERS 2009 - Ano Base 2008 não são comparáveis com os valores que vinhamsendo lançados no BERS até 2004. Os levantamentos e estimativas de consumo de lenha, efetuados pela equipetécnica, mostraram-se compatíveis com as pesquisas de produção de lenha efetuadas pelo IBGE no RS, e taisvalores são bem menores que a contabilidade da lenha adotada anteriormente ao ano de 2004.No ano de 2008, a OIE da lenha ficou em 1.845.000 tep (tabela 5.2), representando 14,22% das fontes primárias(gráfico 5.1).Pelo lado da demanda, verificou-se em 2008 (tabela 5.2) que o maior consumo ficou com o setor agropecuário,701.000 tep, representando 37,99% da OIE da lenha. Na segunda posição, aparece o setor industrial, com 543.000tep (29,43%) e, na terceira posição, o setor residencial, com 509.000 tep (27,59%).
5.1.f - Produtos da cana
Ao contrário do Brasil, onde a participação do bagaço de cana na composição das fontes primárias é significativa,no RS a situação é diferente. Em 2008, a participação dos produtos da cana registrou na OIE modestos 7.000 tep(tabela 5.2).Pela ótica da demanda, observou-se que o consumo ocorreu no setor energético.
5.1.g - Outras fontes primárias
Trata-se da composição da lixívia, da casca do arroz e da energia eólica. Para calcular a quantidade de casca dearroz, utilizaram-se informações do IRGA - Instituto Rio-Grandense do Arroz, tanto das safras anuais do período,como do fato de que 4 m³ de lenha secam mil sacos de arroz (cada saco com 50 kg), 22% é casca e 38% dessacasca não é utilizada como energético.Em 2008 (tabela 5.2), as “outras fontes primárias” apresentaram OIE de 581.000 tep, representando 4,48% dototal das fontes primárias (gráfico 5.1). Em relação a 2007, houve acréscimo na OIE em 9,62%.Pela ótica do consumo, verificou-se que em 2008 o consumo predominou no setor industrial, sendo que uma partedo total foi consumida na transformação da energia eólica e da casca de arroz.
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Tabela 5.1
BALANÇO ENERGÉTICO 2008 unidades originais
do Rio Grande do Sul
FLUXO DE ENERGIA
Pe
tró
leo
m3
Gá
s N
atu
ral
mil
m3
Ca
rvã
o V
ap
or
t
Ca
rvã
o M
eta
lúrg
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Urâ
nio
U3O
8
En
erg
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MW
h
Le
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a
m3
Pro
du
tos d
a C
an
a
t
Lix
ívia
t
Ca
sca
de
Arr
oz
t
Eó
lica
MW
h
Produção 0 0 5.362.963 0 0 11.397.185 15.298.757 32.155 679.388 1.186.171 430.137
Importação 8.712.920 715.403 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Variação de Estoques -23.635 0 -100.436 0 0 0 -36.377 0 0 0 0
Oferta Total 8.689.285 715.403 5.262.527 0 0 11.397.185 15.262.380 32.155 679.388 1.186.171 430.137
Exportação 0 0 -215.781 0 0 0 0 0 0 0 0
Energia Não-Aproveitada 0 -3.422 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Reinjeção 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Oferta Interna Bruta 8.689.285 711.982 5.046.745 0 0 11.397.185 15.262.380 32.155 679.388 1.186.171 430.137
Total Transformação -8.688.666 -300.889 -3.193.576 0 0 -11.397.185 -707.100 0 0 -67.444 -430.137
Refinarias de Petróleo -8.688.666 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Plantas de Gás Natural 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Usinas de Gaseificação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Coquerias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ciclo Combustível Nuclear 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Centrais Elétricas de Serviços Públicos 0 -211.987 -3.027.527 0 0 -11.180.223 -360.947 0 0 0 -430.137
Centrais Elétricas Autoprodutoras 0 -88.902 -166.049 0 0 -216.963 -17.385 0 0 -67.444 0
Carvoarias 0 0 0 0 0 0 -328.768 0 0 0 0
Destilarias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras Transformações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Perdas na Distribuição e Armazenagem -619 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Consumo Final 0 411.093 1.853.169 0 0 0 14.555.279 32.155 679.388 1.118.727 0
Consumo Final Não-Energético 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Consumo Final Energético 0 411.093 1.853.169 0 0 0 14.555.279 32.155 679.388 1.118.727 0
Setor Energético 0 120.511 0 0 0 0 0 32.155 0 0 0
Residencial 0 91 0 0 0 0 4.208.651 0 0 0 0
Comercial 0 4.930 0 0 0 0 56.258 0 0 0 0
Público 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Agropecuário 0 0 0 0 0 0 5.797.176 0 0 0 0
Transportes - Total 0 78.448 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Rodoviário 0 78.448 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ferroviário 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Aéreo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Hidroviário 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Industrial - Total 0 207.114 1.853.169 0 0 0 4.493.194 0 679.388 1.118.727 0
Cimento 0 0 143.733 0 0 0 0 0 0 0 0
Ferro-gusa e Aço 0 19.832 13.767 0 0 0 0 0 0 0 0
Ferroligas 0 35.993 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Mineração e Pelotização 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Não-Ferrosos e Outros Metálicos 0 41.037 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Química 0 62.540 355.282 0 0 0 400.118 0 0 0 0
Alimentos e Bebidas 0 22.352 205.665 0 0 0 2.023.500 0 0 703.567 0
Têxtil 0 2.576 0 0 0 0 2.400 0 0 0 0
Papel e Celulose 0 2.661 461.513 0 0 0 293.000 0 679.388 0 0
Cerâmica 0 11.032 56 0 0 0 1.185.603 0 0 415.160 0
Outros 0 9.091 673.154 0 0 0 588.573 0 0 0 0
Consumo Não-identificado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ajustes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
FONTES DE ENERGIA PRIMÁRIA
88 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 5.2
Gráfico 5.1 - Oferta Interna Bruta de Fontes Primárias em 2008 - %
BALANÇO ENERGÉTICO 2008 unidade: mil tep
do Rio Grande do Sul
FLUXO DE ENERGIA
Petr
óle
o
Gás N
atu
ral
Carv
ão V
apor
Carv
ão
Meta
lúrg
ico
Urâ
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U3O
8
Energ
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Hid
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Lenha
Pro
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Outr
as
Fonte
s P
rim
árias
En
erg
ia P
rim
ária
Tota
l
Produção 0 0 1.303 0 0 980 1.850 7 581 4.721
Importação 7.728 630 0 0 0 0 0 0 0 8.358
Variação de Estoques -21 0 -24 0 0 0 -4 0 0 -50
Oferta Total 7.707 630 1.279 0 0 980 1.845 7 581 13.029
Exportação 0 0 -52 0 0 0 0 0 0 -52
Energia Não-Aproveitada 0 -3 0 0 0 0 0 0 0 -3
Reinjeção 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Oferta Interna Bruta 7.707 627 1.226 0 0 980 1.845 7 581 12.974
Total Transformação -7.707 -265 -776 0 0 -980 -85 0 -57 -9.870
Refinarias de Petróleo -7.707 0 0 0 0 0 0 0 0 -7.707
Plantas de Gás Natural 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Usinas de Gaseificação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Coquerias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ciclo Combustível Nuclear 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Centrais Elétricas de Serviços Públicos 0 -187 -736 0 0 -961 -44 0 -37 -1.964
Centrais Elétricas Autoprodutoras 0 -78 -40 0 0 -19 -2 0 -20 -159
Carvoarias 0 0 0 0 0 0 -40 0 0 -40
Destilarias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outras Transformações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Perdas na Distribuição e Armazenagem -1 0 0 0 0 0 0 0 0 -1
Consumo Final 0 362 450 0 0 0 1.760 7 524 3.103
Consumo Final Não-Energético 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Consumo Final Energético 0 362 450 0 0 0 1.760 7 524 3.103
Setor Energético 0 106 0 0 0 0 0 7 0 113
Residencial 0 0 0 0 0 0 509 0 0 509
Comercial 0 4 0 0 0 0 7 0 0 11
Público 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Agropecuário 0 0 0 0 0 0 701 0 0 701
Transportes - Total 0 69 0 0 0 0 0 0 0 69
Rodoviário 0 69 0 0 0 0 0 0 0 69
Ferroviário 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Aéreo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Hidroviário 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Industrial - Total 0 182 450 0 0 0 543 0 524 1.700
Cimento 0 0 35 0 0 0 0 0 0 35
Ferro-gusa e Aço 0 17 3 0 0 0 0 0 0 21
Ferroligas 0 32 0 0 0 0 0 0 0 32
Mineração e Pelotização 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Não-Ferrosos e Outros Metálicos 0 36 0 0 0 0 0 0 0 36
Química 0 55 86 0 0 0 48 0 0 190
Alimentos e Bebidas 0 20 50 0 0 0 245 0 208 522
Têxtil 0 2 0 0 0 0 0 0 0 3
Papel e Celulose 0 2 112 0 0 0 35 0 194 344
Cerâmica 0 10 0 0 0 0 143 0 122 276
Outros 0 8 164 0 0 0 71 0 0 243
Consumo Não-identificado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ajustes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
FONTES DE ENERGIA PRIMÁRIA
Lenha
14,22%
Carvão
Vapor
9,45%Petróleo
59,41%
Produtos da
cana
0,05%
Outras Fontes
Primárias
4,48%Gás
Natural
4,83%Energia
Hidráulica
7,55%
89C A P Í T U L O 5
5.2 - Oferta e Demanda de Energia por Fontes Secundárias
Na tabela 5.4, verifica-se que o consumo final de fontes secundárias em 2008 atingiu 12.265.000 tep, tendopredominado a nafta, com 4.900.000 tep (39,95%). Em 2008, o consumo final de fontes secundárias teve umcrescimento de 12% em relação a 2007. Já o consumo final energético (sem considerar a nafta e outros nãoenergéticos do petróleo) atingiu 7.001.000 tep. Examina-se, a seguir, a participação específica de cada fonte deenergia secundária no ano de 2008.
5.2.a - Óleo Diesel
No gráfico 5.2, que exclui nafta e outros não energéticos do petróleo, observa-se a predominância no consumo doóleo diesel em 2008 (33,07%), vindo, em seguida, a eletricidade, com 31,24%; e, em terceiro lugar, a gasolina(gasolina A), com 17,87%.Foram consumidos no RS, tabela 5.4, o equivalente a 2.315.000 tep, ou seja, 2.730.208 m³ de óleo diesel, conformetabela 5.3, representando um crescimento de 5,66% em relação a 2007. Cabe registrar que no RS foram refinados4.187.328 m³ de óleo diesel, sendo parte dessa produção exportada.Na ponta da demanda setorial, verificou-se que o maior consumo foi do setor transporte, com 2.182.000 tep,(94,25%), vindo, na segunda posição, o setor industrial, com 60.000 tep (2,59%).
5.2.b - Óleo combustível
Em 2008, o consumo de óleo combustível no RS chegou a 153.000 tep, tabela 5.4, correspondendo a 2,19%(gráfico 5.2) do consumo de energéticos secundários, representando uma queda de 11,05% em relação a 2007.Pelo lado da demanda setorial, verificou-se em 2008, tabela 5.4, que o maior consumo de óleo combustível foi dosetor industrial, 143.000 tep, representando 93,46%; praticamente empatados na segunda posição ficaram oconsumo comercial e público, com 4.000 tep cada, representando, cada um, 2,61%.
5.2.c - Gasolina A
Os consumidores ao abastecerem seus automóveis no Brasil usam a gasolina C, também designada de gasolinaautomotiva. A gasolina C é uma mistura da gasolina A com 25% (em volume) de álcool anidro. Dessa forma, seráanalisada, primeiramente, a parcela da gasolina A que é misturada com o álcool anidro, que consta como “Gasolina”nas tabelas do balanço.Em 2008, o consumo de gasolina A no RS chegou (tabela 5.4) a 1.251.000 tep ou a 1.597.814 m³ (tabela 5.3),representando 17,87% (gráfico 5.2) da parcela do consumo final de energéticos secundários (exclui nafta e outrosprodutos energéticos do petróleo). O consumo de gasolina A cresceu 7,94% em relação a 2007.Pelo ângulo do consumo setorial, verificou-se que em 2008 a gasolina A foi consumida no setor transportes,predominantemente no segmento rodoviário e uma pequena parcela no segmento aéreo.
5.2.d - Gasolina C (gasolina automotiva)
É a utilizada para abastecer os veículos nos postos de combustíveis do Brasil, sendo uma mistura da gasolina A,que sai das refinarias de petróleo, com 25% (em volume) de álcool anidro.Em 2008, o consumo de gasolina C no RS atingiu 2.121.885 m³, o equivalente a 1.633.000 tep, verificando-se umacréscimo no consumo de gasolina C de 7,79%.Pelo ângulo do consumo setorial, verificou-se que em 2008 a gasolina C foi consumida no setor transportes, nosegmento rodoviário.
5.2.e - Gás Liquefeito do Petróleo - GLP
Em 2008, o consumo de GLP no RS (tabela 5.4) chegou a 506.000 tep, parcela de 7,23% (gráfico 5.2) em relaçãoao consumo energético de fontes secundárias (exclui nafta e outros energéticos do petróleo), representando umcrescimento de 1% em relação a 2007.Pela ponta da demanda setorial em 2008, a maior parcela do consumo de GLP (tabela 5.4) ficou com o setorresidencial, 84,2%, atingindo 426.000 tep. Na segunda posição, ficou o consumo industrial com 45.000 tep ou umaparcela de 8,89%.
90 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
5.2.f - Nafta
A nafta é empregada para a produção de plásticos e outros produtos da indústria petroquímica. Não é, portanto,empregada como energético (salvo em pequenas quantidades de nafta transformadas em gasolina). Em 2008(tabela 5.4), foram consumidas 4.900.000 tep de nafta, o equivalente a 6.405.229 m³ de nafta (tabela 5.3),representando um acréscimo no consumo de 18,07% em relação a 2007. A nafta participou com 39,95% noconsumo final de fontes secundárias (energéticas e não energéticas).Cabe salientar que a maior parte da nafta utilizada no RS no ano de 2008 foi importada. O montante da importaçãode nafta foi de 4.028.000 tep, segundo dados da tabela 5.4.
5.2.g - Querosene (de aviação e iluminante)
Em 2008, o RS consumiu 114.000 tep (tabela 5.4) de querosene (aviação mais iluminante), o que representa umcrescimento de 0,88% em relação a 2007.Pelo lado da demanda setorial, observou-se que, em 2008, a maior parcela de querosene (no caso a querosene deaviação) foi consumida no setor transportes (segmento aéreo) com 111.000 tep (97,37%).
5.2.h - Eletricidade
Em 2008 (tabela 5.4), o consumo final de eletricidade no RS atingiu 2.187.000 tep ou 25.427.246 MWh (tabela5.3), representando 31,24% (gráfico 5.2) do consumo final energético de fontes secundárias (exclui nafta e outrosnão energéticos do petróleo). O valor apurado representa um crescimento de 7,63% em relação a 2007.Pelo lado da demanda setorial em 2008, a maior parcela do consumo ficou com o setor industrial, 39,37% do total,atingindo 861.000 tep, vindo, em segundo lugar, o setor residencial, com 534.000 tep (24,42%) e, na terceiraposição, o setor comercial, com 340.000 tep (15,55%).
5.2.i - Carvão vegetal
O consumo final energético desta fonte secundária foi baixo em 2008, atingindo 26.000 tep, conforme pode serobservado na tabela 5.4. Esse valor é praticamente o mesmo apurado em 2007.
5.2.j - Álcool etílico (anidro mais hidratado)
O álcool anidro é misturado à gasolina A na proporção de 25%, dando origem a gasolina C, conforme comentadoanteriormente. Já o álcool hidratado é utilizado como combustível nos veículos automotores flex, opção de usoalém da gasolina C. No BERS, o álcool anidro e o álcool hidratado estão na mesma coluna, critério utilizado no BENe seguido pelo BERS.Em 2008, o álcool etílico anidro e hidratado consumido no RS atingiu 449.000 tep (tabela 5.4), o que representa umcrescimento de 19,73% em relação ao ano de 2007, quando foram consumidos 375.000 tep.Na ponta do consumo setorial, verifica-se que, tanto o álcool hidratado, como o álcool anidro, foram praticamenteutilizados no setor transporte (rodoviário), sendo uma pequena parte consumida nas destilarias.A participação do álcool etílico anidro e hidratado no consumo de energéticos secundários, em 2008, foi de 6,41%,conforme apresentado no gráfico 5.2.
5.2.k - Outras fontes secundárias do petróleo
Inclui gás de refinaria, coque e outros. O consumo de outras fontes energéticas de petróleo ocorreu nos centros detransformações e foi de 284.000 tep (tabela 5.4) em 2008, um crescimento de 37,2% em comparação com 2007.
5.2.l - Produtos não energéticos do petróleo
Derivados de petróleo que, mesmo tendo significativo conteúdo energético, são utilizados para outros fins, comograxas, parafinas, asfaltos, solventes e outros. O consumo de produtos não energéticos de petróleo atingiu 365.000tep em 2008, um crescimento de 56,65% em relação a 2007.
91C A P Í T U L O 5
Tabela 5.3
BALANÇO ENERGÉTICO 2008 unidades originais
do Rio Grande do Sul
FLUXO DE ENERGIA
Óle
o D
iese
l
m3
Óle
o C
om
bu
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lE
tílic
oA
nid
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m3
Álc
oo
lE
tílic
oH
idra
tad
o
m3
Produção 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Importação 0 2.382 0 139.039 5.265.579 3.650 0 0 0 14.723.917 0 530.471 318.572
Variação de Estoques -64.535 5.850 6.365 437 -3.760 -7.106 0 0 0 0 0 0 0
Oferta Total -64.535 8.232 6.365 139.476 5.261.819 -3.456 0 0 0 14.723.917 0 530.471 318.572
Exportação -1.367.406 -300.186 -373.470 0 0 0 0 0 0 -125.680 -2.800 0 0
Energia Não-Aproveitada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Reinjeção 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Oferta Interna Bruta -1.431.942 -291.955 -367.106 139.476 5.261.819 -3.456 0 0 0 14.598.238 -2.800 530.471 318.572
Total Transformação 4.162.292 451.264 1.964.489 689.166 1.142.936 141.477 0 0 0 14.492.677 43.259 0 6.318
Refinarias de Petróleo 4.187.328 496.869 1.964.489 689.166 1.142.936 141.477 0 0 0 0 0 0 0
Plantas de Gás Natural 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Usinas de Gaseificação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Coquerias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ciclo Combustível Nuclear 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Centrais Elétricas de Serviços Públicos 0 -45.582 0 0 0 0 0 0 0 13.740.165 0 0 0
Centrais Elétricas Autoprodutoras -25.036 -23 0 0 0 0 0 0 0 752.513 0 0 0
Carvoarias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 43.259 0 0
Destilarias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6.318
Outras Transformações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Perdas na Distribuição e Armazenagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -3.662.791 0 0 0
Consumo Final 2.730.208 159.607 1.597.814 828.794 6.405.229 138.182 0 0 0 25.427.246 40.459 530.471 324.890
Consumo Final Não-Energético 0 0 0 0 6.405.229 0 0 0 0 0 0 0 0
Consumo Final Energético 2.730.208 159.607 1.597.814 828.794 0 138.182 0 0 0 25.427.246 40.459 530.471 324.890
Setor Energético 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15.795 0 0 0
Residencial 0 0 0 697.180 0 1.417 0 0 0 6.210.697 32.367 0 0
Comercial 40.702 4.470 0 21.702 0 1.255 0 0 0 3.949.936 8.092 0 0
Público 29.045 4.649 0 30.990 0 3 0 0 0 1.920.728 0 0 0
Agropecuário 15.883 909 0 4.983 0 0 0 0 0 3.302.440 0 0 0
Transportes - Total 2.573.544 0 1.597.814 0 0 135.387 0 0 0 11.990 0 530.471 324.890
Rodoviário 2.459.853 0 1.591.414 0 0 0 0 0 0 0 0 530.471 324.890
Ferroviário 111.338 0 0 0 0 0 0 0 0 11.990 0 0 0
Aéreo 0 0 6.400 0 0 135.387 0 0 0 0 0 0 0
Hidroviário 2.353 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Industrial - Total 71.034 149.579 0 73.938 0 120 0 0 0 10.015.659 0 0 0
Cimento 1.461 1.170 0 40 0 0 0 0 0 38.013 0 0 0
Ferro-gusa e Aço 3.258 6.886 0 12.173 0 0 0 0 0 445.764 0 0 0
Ferroligas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Mineração e Pelotização 14.050 1.084 0 183 0 0 0 0 0 186.948 0 0 0
Não-Ferrosos e Outros Metálicos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.063.063 0 0 0
Química 5.128 12.603 0 3.749 0 110 0 0 0 2.527.516 0 0 0
Alimentos e Bebidas 21.897 49.652 0 10.920 0 0 0 0 0 2.004.921 0 0 0
Têxtil 721 6.345 0 292 0 0 0 0 0 133.027 0 0 0
Papel e Celulose 580 21.081 0 616 0 0 0 0 0 286.645 0 0 0
Cerâmica 408 1.459 0 11.917 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros 23.530 49.300 0 34.048 0 10 0 0 0 3.329.763 0 0 0
Consumo Não-identificado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ajustes -143 298 430 152 474 162 0 0 0 -879 0 0 0
FONTES DE ENERGIA SECUNDÁRIA
92 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 5.4
Gráfico 5.2 - Consumo Final Energético de Fontes Secundárias em 2008 - %
BALANÇO ENERGÉTICO 2008 unidade: mil tep
do Rio Grande do Sul
FLUXO DE ENERGIA
Óle
o D
iesel
Óle
o
Com
bustível
Gasolin
a
GLP
Nafta
Quero
sene
Gás d
e C
idade
e d
e C
oqueria
Coque d
e
Carv
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l
Urâ
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contido n
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idade
Carv
ão
Vegeta
l
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éticos
do P
etr
óle
o
Alc
atr
ão
En
erg
ia S
ecu
nd
ária
Tota
l
Produção 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Importação 0 2 0 85 4.028 3 0 0 0 1.266 0 446 0 114 0 5.944
Variação de Estoques -55 6 5 0 -3 -6 0 0 0 0 0 0 7 5 0 -40
Oferta Total -55 8 5 85 4.025 -3 0 0 0 1.266 0 446 7 119 0 5.904
Exportação -1.160 -288 -292 0 0 0 0 0 0 -11 -2 0 -5 0 0 -1.757
Energia Não-Aproveitada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Reinjeção 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Oferta Interna Bruta -1.214 -280 -287 85 4.025 -3 0 0 0 1.255 -2 446 2 119 0 4.147
Total Transformação 3.530 433 1.538 421 874 116 0 0 0 1.246 28 3 -2 245 0 8.432
Refinarias de Petróleo 3.551 476 1.538 421 874 116 0 0 0 0 0 0 282 245 0 7.504
Plantas de Gás Natural 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Usinas de Gaseificação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Coquerias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ciclo Combustível Nuclear 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Centrais Elétricas de Serviços Públicos 0 -44 0 0 0 0 0 0 0 1.182 0 0 0 0 0 1.138
Centrais Elétricas Autoprodutoras -21 0 0 0 0 0 0 0 0 65 0 0 0 0 0 43
Carvoarias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 28 0 0 0 0 28
Destilarias 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 3
Outras Transformações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -284 0 0 -284
Perdas na Distribuição e Armazenagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -315 0 0 0 0 0 -315
Consumo Final 2.315 153 1.251 506 4.900 114 0 0 0 2.187 26 449 0 365 0 12.265
Consumo Final Não-Energético 0 0 0 0 4.900 0 0 0 0 0 0 0 0 365 0 5.265
Consumo Final Energético 2.315 153 1.251 506 0 114 0 0 0 2.187 26 449 0 0 0 7.001
Setor Energético 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1
Residencial 0 0 0 426 0 1 0 0 0 534 21 0 0 0 0 982
Comercial 35 4 0 13 0 1 0 0 0 340 5 0 0 0 0 398
Público 25 4 0 19 0 0 0 0 0 165 0 0 0 0 0 213
Agropecuário 13 1 0 3 0 0 0 0 0 284 0 0 0 0 0 301
Transportes - Total 2.182 0 1.251 0 0 111 0 0 0 1 0 449 0 0 0 3.994
Rodoviário 2.086 0 1.246 0 0 0 0 0 0 0 0 449 0 0 0 3.781
Ferroviário 94 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 95
Aéreo 0 0 5 0 0 111 0 0 0 0 0 0 0 0 0 116
Hidroviário 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Industrial - Total 60 143 0 45 0 0 0 0 0 861 0 0 0 0 0 1.110
Cimento 1 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 6
Ferro-gusa e Aço 3 7 0 7 0 0 0 0 0 38 0 0 0 0 0 55
Ferroligas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Mineração e Pelotização 12 1 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0 29
Não-Ferrosos e Outros Metálicos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 91 0 0 0 0 0 91
Química 4 12 0 2 0 0 0 0 0 217 0 0 0 0 0 236
Alimentos e Bebidas 19 48 0 7 0 0 0 0 0 172 0 0 0 0 0 245
Têxtil 1 6 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 18
Papel e Celulose 0 20 0 0 0 0 0 0 0 25 0 0 0 0 0 46
Cerâmica 0 1 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9
Outros 20 47 0 21 0 0 0 0 0 286 0 0 0 0 0 374
Consumo Não-identificado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ajustes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -1
FONTES DE ENERGIA SECUNDÁRIA
Carvão
Vegetal
0,37%
GLP
7,23%
Álcool Etílico Anidro
e Hidratado
6,41%
Óleo
Combustível
2,19%
Querosene
1,62%
Óleo Diesel
33,07%Gasolina
17,87%
Eletricidade
31,24%
93C A P Í T U L O 5
5.3 - Oferta Interna de Energia no Brasil e no RS, no período de 2005 a 2008
Existe uma diferença significativa entre o Brasil e o Rio Grande do Sul quanto à oferta de energia renovável e nãorenovável, os dados constam na tabela 5.5 a seguir. No caso do Brasil, observa-se um importante crescimento daparticipação de energias renováveis. Em 2005, a participação de energia renovável, no caso brasileiro, foi de 44,5%;em 2006, de 44,9%; em 2007, de 46,4%; e em 2008, de 45,3%. No caso do RS, em 2005, foi de 30,34%; em 2006,de 29,94%; em 2007, de 31,09%; e em 2008, de 29,87%, como se pode observar. Nota-se que o RS não segue atendência da OIE Nacional nesses anos.
Tabela 5.5 - Oferta Interna de Energia2 no Brasil e no RS, no período de 2005 a 2008
2 Nas tabelas do anexo K, também chamada de Oferta Interna Bruta - OIB.
2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008Petróleo e derivados 38,70% 37,80% 36,70% 36,68% 55,87% 57,35% 58,43% 59,31%
Gás Natural (inclui termelértricas) 9,40% 9,60% 9,30% 10,27% 6,11% 5,29% 3,63% 3,66%
Carvão Mineral e derivados 6,30% 6,00% 6,20% 6,23% 7,69% 7,42% 6,84% 7,16%
Energia Hidrelétrica 14,70% 14,80% 14,70% 13,84% 12,57% 12,11% 13,66% 13,05%
Lenha e carvão vegetal 13,00% 12,70% 12,50% 11,58% 12,20% 12,13% 11,72% 10,78%
Produtos da cana-de-açúcar 13,80% 14,50% 16,00% 16,38% 2,43% 2,25% 2,38% 2,65%
Outros renováveis 2,90% 2,90% 3,10% 3,50% 3,14% 3,44% 3,32% 3,39%
Urânio (inclui usinas nucleares) 1,20% 1,60% 1,40% 1,47% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Energia renovável 44,50% 44,90% 46,40% 45,30% 30,34% 29,94% 31,09% 29,87%Energia não renovável 55,50% 55,10% 53,60% 54,70% 69,66% 70,06% 68,91% 70,13%
Fonte de EnergiaBrasil RS
Fontes: Balanço Energético Nacional 2009 - Resultados Preliminares e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
BALA
NÇO
EN
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9 - A
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08
Centro deTransformação
Parque Eólico de Osório - RS Foto: Fernando C. Vieira
97C A P Í T U L O 6
Nos chamados centros de transformação, uma modalidade de energia é convertida em outra, predominando aconversão de energia de fontes primárias em fontes secundárias.Dessa forma, refinarias de petróleo, usinas hidrelétricas, usinas eólicas, usinas fotovoltaicas, usinas térmicas acarvão mineral são centros de transformação, onde, predominantemente, a energia de uma fonte primária éconvertida em energia secundária. Na sociedade atual, o petróleo é predominante em termos de fonte de energia,dessa forma, as refinarias de petróleo são os centros de transformação mais importantes.Um centro de transformação pode converter um energético secundário em outro, como exemplo, usinas termelétricasa diesel ou a óleo combustível.Os principais centros de transformação do Rio Grande do Sul, referentes ao Balanço de 2008, são analisados aseguir.
6.1 Refinarias de Petróleo
Na tabela 6.1 é apresentado o balanço de energia das refinarias de petróleo do RS. REFAP, RIOGRANDENSE EBRASKEM são as refinarias instaladas no Estado. Os números de refino do RS constam no anexo K nas tabelasreferentes ao Balanço. Inicialmente é necessário salientar que os sinais negativos nas tabelas dos centros detransformação indicam que uma modalidade de energia está sendo consumida para gerar outra modalidade deenergia, dessa forma, o petróleo aparece com o sinal negativo.Em 2008, nas refinarias do RS, foram refinados 7.707.000 tep (ou 77,07 trilhões de kcal) de petróleo, representandouma redução de 8,21% em relação ao ano de 2007.Pode ser observado que a coluna das diferenças (última coluna da tabela 6.1) não está zerada. Isso quer dizer quenem toda a energia de petróleo (input) das refinarias foi integralmente convertida em fontes secundárias deenergia (output). Verifica-se, em termos percentuais, que não foi convertido em fonte de energia secundária 203.000tep em 2008 (2,63%).Das fontes de energia secundárias produzidas nas refinarias do RS, em 2008, o óleo diesel representa 47,32%,atingindo 3.551.000 tep; a gasolina (gasolina A) veio em seguida com 20,5%, chegando a 1.538.000 tep; ficandona terceira posição a nafta, com 874.000 tep (11,65%); na quarta posição aparece o óleo combustível, com476.000 tep (6,34%); e na quinta posição o GLP, com 421.000 tep (5,61%).
Tabela 6.1 - Balanço Energético das Refinarias de Petróleo do RS
CENTRO DE TRANSFORMAÇÃO
Unidade: mil tep
Fonte de Energia 2005 2006 2007 2008Petróleo -6.421 -6.426 -8.396 -7.707
Óleo Diesel 2.605 2.894 3.748 3.551
Óleo Combustível 632 526 195 476
Gasolina 1.289 1.360 1.653 1.538
GLP 234 269 452 421
Nafta 960 703 1.318 874
Querosene 105 97 118 116
Outras Secundárias de Petróleo 31 71 208 282
Produtos Não Energéticos do Petróleo 114 99 124 245
Energia Secundária Total do Petróleo 5.970 6.019 7.817 7.504
Diferença nos Centros de Transformação -451 -406 -579 -203
98 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
6.2 - Centrais Elétricas de Serviços Públicos
Na tabela 6.2 é apresentado o balanço de energia das centrais de serviços públicos do RS. São consideradascentrais elétricas de serviços públicos as usinas hidrelétricas, termelétricas (carvão e biomassas) e outras quefornecem energia elétrica para as empresas que detêm concessão de distribuição. Assim, são centrais elétricas deserviços públicos no Estado as usinas termoelétricas a carvão de Candiota e São Jerônimo; usinas hidrelétricas dabacia do Rio Uruguai, como Itá e Machadinho; hidrelétricas da bacia do rio Jacuí, como Dona Francisca e Jacuí; ePequenas Centrais Hidroelétricas - PCH. Essa energia é previamente negociada em leilões, sendo que uma parceladessa energia pode ser vendida diretamente para os chamados consumidores livres. Em países como a Inglaterra,qualquer consumidor pode se tornar um consumidor livre, o que ainda não ocorre no Brasil.No caso de hidrelétricas de fronteira, como Itá e Machadinho, os valores de MWh produzidos anualmente estãodivididos por dois e lançados no BERS.Os sinais negativos que aparecem na tabela 6.2 atendem à metodologia internacional adotada pelo BERS, indicandoque os centros de transformação consumiram uma modalidade de energia na entrada do processo para geraroutra modalidade de energia em sua saída.No ano de 2008, verifica-se que, nas centrais elétricas de serviços públicos, que o consumo foi de 1.964.000 tep(19,64 trilhões de kcal) de energia primária e 44.000 tep de energia secundária para a produção de 1.182.000 tep(11,82 trilhões de kcal) de eletricidade, valor 13,72% abaixo do total produzido de eletricidade em 2007. Em média,isso representa um rendimento anual energético de 58,86% para as unidades de geração de eletricidade. Em2008, o consumo de energia primária nas centrais de serviços públicos decresceu 8%, atingindo 1.964.000 tep (ou19,64 trilhões de kcal).No tocante às fontes primárias que alimentaram os centros de transformação para produção de eletricidade em2008, a maior contribuição foi da energia hidráulica, com 48,93%, totalizando 961.000 tep. A segunda posiçãoficou com o carvão vapor, representando 37,47%, totalizando 736.000 tep. O gás natural ocupou a terceira posiçãocom 9,52%, sendo consumidos 187.000 tep. A lenha ocupou a quarta posição e representou 2,24% do consumototal. A energia eólica, com 1,88% do consumo de fontes primárias, representou um consumo de 37.000 tep,ficando na quinta posição. Das duas usinas termelétricas de serviços públicos a gás natural que operavam no RS,a Sepé Tiaraju, em Canoas (da Petrobras), e a Usina termelétrica de Uruguaiana (da AES, )apenas a primeira operouem 2008.No ano de 2008, o único energético secundário utilizado para a produção de eletricidade nas centrais elétricas deserviços públicos foi o óleo combustível, sendo consumidas 44.000 tep.Devido ao baixo rendimento de alguns energéticos e às perdas nos processos de transformação das diferentesfontes de energia primária e secundária, a energia consumida nas centrais de serviços públicos não é integralmenteconvertida em eletricidade. Verifica-se, em termos percentuais, que não foram convertidas em eletricidade 826.000tep em 2008 (41,13%).
Tabela 6.2 - Balanço Energético das Centrais Elétricas de Serviços Públicos do RS
Unidade: mil tep
Fonte de Energia 2005 2006 2007 2008Gás Natural -528 -407 -143 -187
Carvão Vapor -829 -770 -768 -736
Energia Hidráulica -968 -655 -1.149 -961
Lenha -39 -40 -40 -44
Outras Fontes Primárias 0 -12 -35 -37
Total Consumido de Energéticos Primários -2.363 -1.885 -2.135 -1.964
Óleo Combustível -19 -23 -20 -44
Eletricidade 1.369 1.081 1.370 1.182
Total Consumido de Energéticos Secundários 1.350 1.058 1.350 1.138
Diferença nos Centros de Transformação -1.013 -827 -785 -826
99C A P Í T U L O 6
6.2.a - Geração em MWh no Rio Grande do Sul, no período de 2000 a 2008
Os gráficos 6.1 a 6.7 apresentam a geração de energia elétrica, no período de 2000 a 2008, por tipo de fonte.
Gráfico 6.1 - Usinas Hidroelétricas - UHE
Gráfico 6.2 - Pequenas Centrais Hidroelétricas - PCH1
Gráfico 6.3 - Biomassa
1 As usinas de Canastra e Bugres estão lançadas em UHE, conforme critério utilizado pela ANEEL.
6.512 5.6135.7865.920
4.5324.584
7.535
6.573
4.647
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.0002000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
mil
MW
h
98
553
263
167
164134
728476
0
100
200
300
400
500
600
mil
MW
h
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
28
323
46
114
464122
00
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
mil
MW
h
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
100 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Gráfico 6.4 - Gás
Gráfico 6.5 - Carvão
Gráfico 6.6 - Óleo
Gráfico 6.7 - Eólica
1.509
1.231
1.572
1.966 2.016
1.7871.571
1.790
2.306
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
mil
MW
h
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
1.865
926
964
2.584
2.894
2.706
2.477
3.557
528
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
mil
MW
h
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
0
80
00 10
39
144
243
0
50
100
150
200
250
300
mil
MW
h
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
0
430
407
0
145
0000
0
100
200
300
400
500
mil
MW
h
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
101C A P Í T U L O 6
6.2.b - Geração Proporcional por Fontes no Rio Grande do Sul, em 2008
Gráfico 6.8 - Geração Elétrica em 2008
6.3 - Centrais Elétricas Autoprodutoras
O balanço das centrais elétricas autoprodutoras no período de 2005 a 2008 consta na tabela 6.3.No ano de 2008, o total de energia primária consumida pelos autoprodutores de energia elétrica no RS foi de159.000 tep, já o consumo de energia secundária foi de 21.000 tep. Esse montante correspondeu a 65.000 tep deenergia elétrica gerada, representado um aumento de 30% em relação ao ano de 2007.Em 2008, o maior consumo de fontes primárias em centrais autoprodutoras foi do gás natural, com 78.000 tep(49,06%), seguido do consumo de carvão vapor, com 40.000 tep, 25,16% do consumo total e, na terceira posição,o consumo de outras fontes primárias, com 20.000 tep, representando 12,58%.Devido ao baixo rendimento de alguns energéticos e às perdas nos processos de transformação das diferentesfontes de energia primária e secundária, a energia consumida nas centrais elétricas autoprodutoras não éintegralmente convertida em eletricidade. Verifica-se, em termos percentuais, que não foram convertidas emeletricidade 50.000 tep, em 2008 (43,47%).
Tabela 6.3 - Balanço Energético das Centrais Elétricas Autoprodutoras do RS
6.4 - Destilarias
Diferente da tendência de produção de álcool em algumas regiões do País, o Rio Grande do Sul permanece comuma pequena produção de álcool etílico hidratado. No Estado, o consumo é baixo, se comparado com São Paulo eParaná, por exemplo. Estudos recentes demonstram condições climáticas favoráveis e de solo adequado para aplantação da cana-de-açúcar. Como grande parte do álcool consumido no Estado vem de outros estados, osproprietários de automóveis flex acabam prejudicados, já que pagam preços mais elevados para abastecer seusveículos com etanol. Em Porto Xavier, há uma destilaria de álcool etílico hidratado que responde pela integralidadedo balanço de centro de produção de álcool no RS.
GÁS
10,11%
CARVÃO
13,44%
ÓLEO
0,88%
EÓLICA
4,70%
UHE
61,30%
BIOMASSA
3,53%
PCH
6,04%
Unidade: mil tep
Fonte de Energia 2005 2006 2007 2008Gás Natural -58 -68 -82 -78
Carvão Vapor 0 0 0 -40
Energia Hidráulica -23 -20 -24 -19
Lenha 0 0 0 -2
Outras Fontes Primárias 0 0 0 -20
Total Consumido de Energéticos Primários -81 -88 -106 -159
Óleo Diesel -2 -7 -7 -21
Eletricidade 41 41 50 65
Total Consumido de Energéticos Secundários 39 34 43 44
Diferença nos Centros de Transformação -42 -54 -63 -115
102 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Na tabela 6.4, constam os valores de produção por ano de álcool etílico hidratado no RS. Valor abaixo das possibilidadesde produção do Estado, conforme análises no Balanço Energético 2005-2007, anexo G.
Tabela 6.4 - Balanço Energético das Destilarias do RS
6.5 - Carvoarias
O carvão vegetal origina-se de inúmeras carvoarias no Estado e o balanço energético está lançado na tabela 6.5.No ano de 2008, os centros de transformação que produzem carvão consumiram 40.000 tep de lenha, energéticoprimário, para produzir 28.000 tep de carvão vegetal, energético secundário, configurando um rendimento energéticode 70%.
Tabela 6.5 - Balanço Energético das Carvoarias do RS
Unidade: mil tep
Fonte de Energia 2005 2006 2007 2008Álcool Etílico Hidratado 2 2 2 3
Unidade: mil tep
Fonte de Energia 2005 2006 2007 2008Lenha -37 -38 -39 -40
Total Consumido de Energéticos Primários -37 -38 -39 -40
Carvão Vegetal 26 27 27 28
Total Consumido de Energéticos Secundários 26 27 27 28
Diferença nos Centros de Transformação -11 -11 -12 -12
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Consumo deEnergia Setorial
Chegada Linhas de Transmissão na SE - CIN - CANOAS - RS Foto: Beto Rodrigues
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Em 2008, o consumo energético final foi de 10.104.000 tep. Conforme mostra o gráfico 7.1, a maior parcela deconsumo foi do setor transportes com 4.063.000 tep, representando 40,22% do total, o transporte rodoviáriopredominou no setor. O consumo de energéticos primários e secundários do setor industrial vem em seguida,representando 27,82%, com um consumo de 2.810.000 tep (no gráfico 7.2, verifica-se o consumo por tipo deindústria). O setor residencial, com domicílios rurais inclusos, representou 14,76%, sendo consumidos 1.491.000tep. O setor agropecuário representou 9,92%, 1.002.000 tep. Em seguida, aparece o setor comercial com 4,05%,409.000 tep; seguidos do setor público com 2,11%, 213.000 tep; e do setor energético com 1,13%, 114.000 tep deconsumo. O consumo energético final apresentou um acréscimo de 5,83% em relação a 2007.
Gráfico 7.1 - Consumo Energético Setorial em 2008
Gráfico 7.2 - Consumo Energético na Indústria em 2008
7.1 - Setor Energético
A energia consumida nos Centros de Transformação e/ou nos processos de extração e transporte interno deProdutos Energéticos, na sua forma final, define o que é consumido pelo setor energético.
Público
2,11%
Agropecuário
9,92%
Transportes - Total
40,22%
Industrial - Total
27,82%
Setor Energético
1,13%
Comercial
4,05%
Residencial
14,76%
CONSUMO DE ENERGIA SETORIAL
Outros
Química
Têxtil
Alimentos e
Bebidas
Papel e
Celulose
Cerâmica
Não-Ferrosos
e
Outros
Metálicos Ferro-gusa
e AçoCimento
Ferroligas
Mineração e
Pelotização
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
mil
tep
Indústria
106 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Em 2008, predominou o consumo de gás natural, consumo de 106.000 tep. Esse montante representa 92,98% dototal. O segundo energético primário consumido vem dos produtos da cana, representando 6,14%, em um total de7.000 tep. Totalizando o consumo do setor, foram consumidos 1.000 tep de eletricidade, apenas 0,88% do total. Oconsumo de 99,12% de fontes de energia primárias predominou no consumo do setor energético.
7.2 - Setor Residencial (inclui os domicílios urbanos e rurais)
Em 2008, a maior parcela do consumo de energéticos primários e secundários no setor residencial foi de eletricidade,com 35,81%, 534 mil tep consumidos. Na segunda posição, ficou o consumo de lenha, com 509.000 tep, representando34,14%. Na terceira posição, ficou o GLP, com uma fatia de 28,57%, representando um consumo de 426.000 tep.Na quarta posição, ficou o consumo de carvão vegetal, com 21.000 tep, representando 1,41% do total. Houvepredominância de fontes secundárias no consumo residencial, chegando a 65,86%.
7.3 - Setor comercial
Em 2008, a maior parcela de consumo de energéticos primários e secundários no setor comercial foi de eletricidade,com 83,13%, correspondendo a um consumo de 340.000 tep. O segundo energético mais consumido foi o óleodiesel, com uma fatia de 8,56%, correspondendo a 35.000 tep. Na terceira posição, ficou o GLP, com 3,18%, umtotal de 13.000 tep. Na quarta posição, ficou a lenha, com 7.000 tep, representando 1,71%. Ocorreu predomínio doconsumo de fontes de energia secundárias, com 97,31% do consumo total.
7.4 - Setor Público
Em 2008, a maior parcela do consumo de energéticos primários e secundários do setor público foi de eletricidade,com 77,46%, chegando a 165.000 tep. Na segunda posição, ficou o óleo diesel, com uma parcela de 11,74%,atingindo 25.000 tep. Na terceira posição, ficou o GLP, com 8,92%, chegando a 19.000 tep. Na quarta posição, ficouo óleo combustível, com 4.000 tep, 1,88%. Ocorreu predomínio absoluto do consumo de energéticos secundáriosno setor público.
7.5 - Setor Agropecuário
Em 2008, a fonte de energia mais consumida no setor agropecuário foi a lenha, 69,96%, chegando a 701.000 tep.Na segunda posição, a eletricidade, com 28,34%, totalizando 284.000 tep. Na terceira, ficou o óleo diesel, com1,3%, chegando a 13 mil tep. As fontes de energia primárias predominaram no consumo do setor agropecuário,70% do total consumido.
7.6 - Setor Transportes
No ano de 2008, a maior parcela do consumo de energéticos primários e secundários no setor transportes foi deóleo diesel, 53,7%, atingindo 2.182.000 tep. Na segunda posição, veio a gasolina (gasolina A), com 30,8%, atingindo1.251.000 tep (na gasolina automotiva o consumo foi de 1.468.000 tep, por incluir 25% de álcool etílico anidro). Naterceira posição, ficou o álcool (anidro mais hidratado), com 11,05%, ou seja, 449.000 tep. Houve predominânciade energético secundários no setor transportes, 98,3% do total.
7.7 - Setor Industrial
A maior parcela de consumo de energéticos primários e secundários no setor industrial em 2008 foi de eletricidade,com 30,64%, chegando a 861.000 tep. Na segunda posição do consumo, aparece a lenha, com 19,32%, totalizando543.000 tep. Na terceira posição, “outras fontes primárias” (energia eólica, casca de arroz e subprodutos damadeira como a lixívia), com 18,65%, chegando a 524.000 tep. Na quarta posição, o carvão vapor, com umaparcela de 16,01%, atingindo 450.000 tep. Na quinta posição, o gás natural, com 6,48%, chegando a 182.000 tep.Na sexta posição, ficou o óleo combustível, com 2,14%, atingindo 60.000 tep. Novamente o setor industrial gaúchoregistrou uma predominância de fontes primárias em seu consumo, 60,5% do total.
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Energiae Sociedade
Rua da Praia - POA - RS Foto: Beto Rodrigues
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8.1 - Energia e Socioeconomia
A população do Rio Grande do Sul em 2008 chegou a 10.727.937 habitantes e o Produto Interno Bruto - PIB aR$ 193,49 bilhões, segundo dados do IBGE, gerando uma renda per capita de R$ 17.281,00. No mesmo ano, oPaís registrou uma população de 183.987.291 habitantes, um PIB de R$ 2,9 trilhões e uma renda per capitaaproximada de R$ 15.240,00. Isso significa que a economia do RS representou 6,67% da economia brasileiraem 2008, sendo o quarto PIB da federação, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.Na tabela 8.1, verifica-se a evolução recente da renda per capita do Brasil e do RS em valores correntes, e asrelações entre as variáveis anuais. Observa-se que a razão entre a renda per capita do RS e do Brasil passou de 1,2em 2002 para 1,13 em 2008.
Tabela 8.1 - Renda* per Capita do Brasil e do RS, no Período de 2002 a 2008
Os valores da Oferta Interna de Energia - OIE (denominado Oferta Interna Bruta - OIB nas tabelas do anexo K doBERS 2009 - Ano Base 2008) e do Consumo Final de Energéticos (primários e secundários) per capita no período de2005 a 2008 constam na tabela 8.2. É importante salientar que as estimativas do consumo de lenha, lançadas noBERS 2009 - Ano Base 2008, estão compatibilizadas com os levantamentos da produção de lenha no RS realizadospelo IBGE, e são mais conservativas que os valores empregados nos Balanços Energéticos Nacionais e mesmo nosBalanços Energéticos do RS anteriores, como o BERS 2001 a 2004.
Tabela 8.2 - Oferta Interna de Energia per Capita do Brasil e do RS
A intensidade energética é definida como a relação entre a energia ofertada (ou consumida) e o PIB, sendo aunidade de PIB, para esse caso, tep/mil US$. Como tradicionalmente o indicador é calculado em dólar, é preciso tercuidado para fazer comparações, devido à expressiva variação cambial no período.
ENERGIA E SOCIEDADE
Unidade: tep/hab
2005 2006 2007 2008OIE do RSper capita 1,385 1,424 1,509 1,596
Consumo final do RSper capita 1,207 1,265 1,316 1,433
OIB do Brasilper capita 1,187 1,211 1,261 1,314
Consumo Final do Brasilper capita 1,063 1,087 1,139 1,179
Fontes: Balanço Energético Nacional 2008 e 2009 (Resultados Preliminares), Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008,Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Fundação de Economia e Estatística - FEE
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008Renda no RSper capita(R$/hab) 10.057,00 11.742,00 12.850,00 13.310,00 14.185,00 15.813,00 17.281,00
Renda noper capitaBrasil (R$/hab) 8.378,00 9.498,00 10.692,00 11.658,00 12.491,00 14.131,41 15.240
Relação entre as rendas(RS/BR) 1,20 1,24 1,20 1,14 1,14 1,12 1,13
*Em valores correntesFontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Fundação de Economia e Estatística - FEE
110 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Nas tabelas 8.3 e 8.4 são apresentadas as intensidades energéticas do RS e do Brasil, respectivamente. A relaçãoutilizada é OIE / mil US$ de PIB para o período de 2005 a 2008. Tais intensidades energéticas apresentaramdiferenças significativas no período, sendo as intensidades energéticas do RS melhores que a nacional. Em parte,isso ocorreu pelas diferenças de valores de conversão de reais para dólar de um caso e de outro1 (para o casobrasileiro, nos anos de 2005 a 2007, foram considerados os valores que constam no BEN 2008). Constam ainda, natabela 8.3, as intensidades energéticas na indústria e agropecuária do Estado, ou seja, o consumo da indústria noperíodo dividido pelo PIB do Estado. A mesma relação define a intensidade agropecuária.
Tabela 8.3 - Intensidade Energética do RS no Período de 2005 a 2008
Tabela 8.4 - Intensidade Energética do Brasil no Período de 2005 a 2008
Na tabela 8.5, pode ser verificado o percentual da OIE do RS em relação à OIE do Brasil no período de 2005 a 2008. Verifica-se que esses percentuais ficam muito próximos dos percentuais de participação do PIB do RS em relação ao PIB nacional.
Tabela 8.5 - Relação percentual da OIB do RS com a OIB do Brasil
Na tabela 8.6, podem ser observados as diferentes relações dos energéticos ofertados em relação ao PIB no RS.
Tabela 8.6 - Oferta Interna de Energéticos pelo PIB no RS no período de 2005 a 2008
2005 2006 2007 2008OIE (mil tep) 14.522 15.008 15.972 17.121
Consumo final (mil tep) 12.657 13.325 13.930 15.368
OIE / mil US$ PIB 0,1674 0,1684 0,1675 0,1630
Consumo final / mil US$ PIB 0,1276 0,1337 0,1391 0,1460
Intensidade Energética da Indústria (tep / mil US$ PIB) 0,0298 0,0301 0,0276 0,0267
Intensidade Energética Agropecuária (tep / mil US$ PIB) 0,0104 0,0103 0,0103 0,0095
Fontes: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Fundação deEconomia e Estatística - FEE. 1 US$ = R$ 1,8375 (câmbio médio do dólar para venda em 2008 - Banco Central)
2005 2006 2007 2008OIE (milhões tep) 218,66 226,34 238,76 252,37
Consumo final (milhões tep) 195,91 202,90 215,57 226,35
OIE / mil US$ PIB 0,182 0,182 0,182 0,160
Consumo final / mil US$ PIB 0,163 0,163 0,164 0,144
Fontes: Balanço Energético Nacional 2008 e 2009 (Resultados Preliminares)
2005 2006 2007 2008OIB Brasil (mil tep) 218.663 225.900 239.400 252.374
OIB RS (mil tep) 14.522 15.088 15.972 17.121
% OIB RS em relação a OIB BR 6,64 6,68 6,67 6,78
% PIB RS em relação PIB BR 6,71 6,64 6,74 6,67
Fontes: Balanço Energético Nacional 2008 e 2009 (Resultados Preliminares) e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
unidade 2005 2006 2007 2008(Pétroleo+Derivados) / PIB tep / mil US$ 0,0930 0,0962 0,0983 0,0964
(Eletricidade+Hidráulica) / PIB tep / mil US$ 0,0211 0,0201 0,0233 0,0212
(Carvão vapor) / PIB tep / mil US$ 0,0129 0,0125 0,0114 0,0116
(Lenha+Carvão Vegetal) / PIB tep / mil US$ 0,0201 0,0201 0,0201 0,0175
Fontes: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Fundação deEconomia e Estatística - FEE. 1 US$ = R$ 1,8375 (câmbio médio do dólar para venda em 2008 - Banco Central)
1 Para o caso brasileiro considerou-se os valores constantes no BEN 2008 para os anos 2005 a 2007 e os valores constantes nos Resultados Preliminares doBEN 2009 para os valores de 2008
111C A P Í T U L O 8
Em relação à população do Rio Grande do Sul, o número de habitantes era de 7.773.837 em 1980; em 2005,passou a ser de 10.486.207; 10.536.009 em 2006; de 10.582.887 em 2007; e de 10.727.937 em 2008. De 1980 a2008, o crescimento populacional foi de 38%. Os dados podem ser verificados na tabela 8.7 a seguir.
Tabela 8.7 - População do Rio Grande do Sul no Período de 1980 a 2008
As taxas anuais de variação do PIB per capita e os valores da renda per capita no Rio Grande do Sul e no Brasilpara o período de 1981 a 2008 podem ser verificados na tabela 8.8 a seguir.
Tabela 8.8 - Variações do PIB per Capita do RS e do Brasil, no Período de 1981 a 2008
Na tabela 8.9, verificam-se as taxas de crescimento do PIB do Rio Grande do Sul e do Brasil no período de 1981 a2008. A participação do PIB do RS tem oscilado historicamente entre 6,7% e 7,5% no PIB nacional.A economia do RS cresceu, no período de 1980 a 2008, a taxas inferiores à taxa de crescimento da economianacional: Enquanto o RS cresceu 93,80% no período, o Brasil cresceu 116,79%, significando que o Brasil cresceu22,99% acima da taxa do Estado. No período de 2005 a 2008, correspondente as edições do BERS na metodologia
Ano N° de habitantes Ano N° de habitantes Ano N° de habitantes1980 7.773.837 1990 9.017.408 2000 10.187.798
1981 7.888.168 1991 9.138.670 2001 10.254.954
1982 8.006.821 1992 9.238.799 2002 10.317.984
1983 8.129.798 1993 9.338.914 2003 10.377.446
1984 8.252.643 1994 9.439.415 2004 10.433.449
1985 8.379.713 1995 9.540.715 2005 10.486.207
1986 8.509.658 1996 9.634.688 2006 10.536.009
1987 8.639.748 1997 9.879.813 2007 10.582.887
1988 8.767.542 1998 9.987.770 2008 10.727.937
1989 8.892.716 1999 10.089.899
Fontes: Fundação de Economia e Estatística - FEE e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Ano RS%
Brasil%
Renda per capita RSR$ / hab (base 2008)
Renda per capita BrasilR$ / hab (base 08)
1981 -3,2 -6,3 13.197,28 11.183,79
1982 -1,6 -1,3 12.989,45 11.040,27
1983 -2,3 -4,9 12.697,41 10.524,56
1984 3,3 3,3 13.116,43 10.871,87
1985 3,1 5,7 13.523,03 11.491,57
1986 3,1 5,4 13.942,25 12.112,12
1987 2,5 1,6 14.290,80 12.305,91
1988 -2,7 -1,9 13.915,09 12.161,19
1989 1,9 1,4 14.179,49 12.331,45
1990 -7,9 -5,9 13.141,32 11.644,42
1991 -3,5 -0,5 12.696,92 11.586,49
1992 7,1 -2 13.598,40 11.359,31
1993 9,6 3,4 14.903,85 11.745,52
1994 4,1 4,3 15.500,01 12.250,59
1995 -6 2,8 14.622,65 12.593,59
1996 -0,5 0,6 14.549,90 12.669,16
1997 3,5 1,8 15.059,14 12.897,21
1998 -1,6 -1,5 14.822,00 12.706,60
1999 1,4 -1,2 15.029,51 12.555,93
2000 3,2 2,8 15.510,45 12.907,50
2001 1,9 -0,2 15.805,14 12.881,74
2002 -0,1 1,2 15.789,35 13.036,32
2003 0,5 -0,3 15.868,30 12.997,33
2004 2,3 4,2 16.233,28 13.543,21
2005 -3,8 1,7 15.638,99 13.773,45
2006 1,6 2,3 15.889,22 14.090,23
2007 5,9 4 16.826,68 14.653,85
2008 2,7 4 17.281,00 15.240,00
Fontes: Fundação de Economia e Estatística - FEE e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
112 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
internacional, observa-se uma taxa de crescimento negativa de 2,8% no RS, em 2005, sendo a taxa do Brasil de3,2% positiva. Em 2006, o crescimento do RS foi positivo, taxa de 2,7% e abaixo do crescimento de 3,8% daeconomia nacional. Em 2007, a economia do RS cresceu 7%, valor acima da taxa de 5,4% da economia nacional.Em 2008, a taxa de crescimento da economia do RS ficou em 3,8% e a taxa brasileira em 5,1%.
Tabela 8.9 - Variações do PIB do RS e do Brasil no Período de 1980 a 20082
8.2 - Espacialização do Consumo dos Principais Derivados do Petróleo no RS
Nos mapas 8.1, 8.2, 8.3 e 8.4, constam, respectivamente, o consumo de óleo diesel, gasolina C (automotiva), GLPe energia elétrica por Município do RS em 2008. Nos mapas 8.5 e 8.6 é apresentado o consumo total dos principaisenergéticos de forma municipalizada e por Conselhos Regionais de Desenvolvimento Econômico-Social - COREDES,respectivamente.
AnoRS%
Brasil%
PIB RSbilhões R$ (base 08)
PIB Brasilbilhões R$ (base 08)
PIB RS / PIB Brasil%
1980 106,22 1.453,93 7,28
1981 -1,8 -4,3 104,34 1.400,86 7,45
1982 -0,1 0,8 104,23 1.411,48 7,39
1983 -0,8 -2,9 103,41 1.369,03 7,54
1984 4,9 5,4 108,48 1.443,31 7,50
1985 4,7 7,8 113,58 1.549,44 7,29
1986 4,7 7,5 118,92 1.666,18 7,10
1987 4,1 3,5 123,79 1.729,85 7,14
1988 -1,2 -0,1 122,32 1.729,85 7,06
1989 3,4 3,2 126,48 1.782,92 7,08
1990 -6,6 -4,3 118,65 1.708,63 6,92
1991 -2,2 1 116,10 1.729,85 6,71
1992 8,3 -0,5 125,74 1.719,24 7,30
1993 10,8 4,9 139,31 1.804,14 7,71
1994 5,2 5,9 146,56 1.910,27 7,66
1995 -5 4,2 139,58 1.984,56 7,00
1996 0,5 2,2 140,28 2.037,62 6,88
1997 6,1 3,4 148,83 2.101,30 7,07
1998 -0,5 0 148,09 2.101,30 7,03
1999 3 0,3 152,54 2.111,91 7,22
2000 4,4 4,3 159,25 2.196,81 7,23
2001 3,1 1,3 164,19 2.228,65 7,36
2002 1,1 2,7 165,83 2.292,32 7,23
2003 1,7 1,1 168,64 2.313,55 7,27
2004 3,4 5,7 174,38 2.440,90 7,12
2005 -2,8 3,2 169,62 2.525,80 6,71
2006 2,7 3,8 174,21 2.621,31 6,64
2007 7 5,4 186,40 2.759,28 6,74
2008 3,8 5,1 193,49 2.900,00 6,67
Fontes: Fundação de Economia e Estatística - FEE e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGEElaboração: BERS com base nos valores de PIB de 2008
2 Os valores do PIB calculados para os anos anteriores a 2008 baseiam-se no valor da moeda, quando utilizado pela FEE e pelo IBGE para o cálculo do PIBde 2008, e sobre tais valores calculando-se as correspondentes taxas de crescimento anuais.
113C A P Í T U L O 8
Mapa 8.1 - Consumo de Óleo Diesel por Município do RS em 2008
Mapa 8.2 - Consumo de Gasolina C (automotiva) por Município do RS em 2008
(litros)
Fontes: ANP - 2008; Balanço Energético do RS 2009
(litros)
Fontes: ANP - 2008; Balanço Energético do RS 2009
114 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Mapa 8.3 - Consumo de GLP por Município do RS em 2008
Mapa 8.4 - Consumo de Energia Elétrica por Município do RS em 2008
Fontes: ANP - 2008; Balanço Energético do RS 2009
Fontes: ANP - 2008; Balanço Energético do RS 2009
115C A P Í T U L O 8
Mapa 8.5 - Consumo Total dos principais energéticos por Município do RS em 2008
Mapa 8.6 - Consumo Total dos principais energéticos por COREDES do RS em 2008
Fontes: ANP - 2008; Balanço Energético do RS 2009
Fontes: ANP - 2008; Balanço Energético do RS 2009
116 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
8.3 - Indicadores Sociais do RS Indiretamente Relacionados com a Energia
O desempenho de uma sociedade não está apenas atrelado ao PIB, à renda per capita e a indicadores querelacionem a criação de riqueza com os requisitos de energia (OIE per capita e Consumo Final per capita). Indicadoresda situação da saúde (como mortalidade infantil e longevidade), da situação de segurança pública (como índice dehomicídio e de roubo) e da situação da escolaridade (analfabetismo, qualidade do ensino, taxa de cobertura, dereprovação e de evasão escolar) também estão relacionados, de forma indireta, com a oferta e a demanda deenergia na sociedade. Alguns desses indicadores são apresentados a seguir, sendo que a maior parte deles fazparte da composição do Índice de Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas - IDH.Em relação ao Coeficiente de Mortalidade Infantil no RS - CMI-RS, pode-se verificar, no gráfico 8.1, que, em 1980,para cada mil crianças nascidas vivas no Rio Grande do Sul, 39 faleciam antes de completar um ano de idade. Em2008 esse valor caiu para 12,7.
Gráfico 8.1 - Redução da Mortalidade Infantil no RS
O gráfico 8.2 apresenta a expectativa de vida geral e por sexo para as diferentes faixas etárias no RS no períodode 2005 a 2007. Pode ser verificado que, ao nascer, a expectativa de vida geral foi de 73,49 anos, sendo que parapessoas do sexo feminino a média é de 77,35 anos. Se o número de óbitos no trânsito e de homicídios não fosseelevado, o RS já estaria com expectativa de vida próxima à média dos países desenvolvidos.
Gráfico 8.2 - Expectativa de Vida Geral e por Sexo para Faixas Etárias Selecionadas no RS
O índice de homicídios por 100 mil habitantes é um indicador importante para verificar o padrão de civilidade deum país e mesmo de seus estados. Existem duas medidas que apontam para resultados distintos. Uma delasprovém dos registros policiais e a outra da Secretaria Estadual da Saúde. Por exemplo, uma pessoa pode seratingida por arma de fogo, ou as chamadas armas brancas (objeto constituído de lâmina com capacidade de
39,0
12,712,7
13,1
13,6
15,1
15,9
15,6
15,7
15,1
15,0
17,2
15,9
18,318,7
19,2
19,2
19,3
19,8
21,5
21,3
22,0
22,7
24,3
26,8
31,2
29,1
33,2
34,8
0
5
10
15
20
25
30
35
40
CM
I
Fontes: Secretaria da Saúde do RS - SINASC 2008 e NIS/SES-RS 2009
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
69,70
17,26
13,98
11,08
8,54
77,35
21,82
17,97
14,40
11,18
73,49
19,65
16,12
12,91
10,05
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0-1
60-65
65-70
70-75
75 ou +
Fai
xa E
tári
a (a
no
s)
Expectiva de Vida (anos)
Masculino
Feminino
Geral
Fonte: Secretaria da Saúde do RS - Estatísticas de Saúde - Mortalidade - 2008
117C A P Í T U L O 8
perfurar ou cortar) e dar entrada no hospital com vida. Para os registros policiais não ocorreu o óbito; porém, estamesma pessoa poderá vir a falecer no hospital ou mesmo em sua residência por decorrência de complicações pós-operatórias. Nas estatísticas policiais, geralmente esse óbito não é contabilizado, mas é registrado na SecretariaEstadual da Saúde. No gráfico 8.3, pode ser verificada a razoável situação do RS em relação aos demais estadosdo País, ficando atrás de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Por outro lado, a situação do RS não pode serconsiderada sequer razoável em relação aos padrões de países desenvolvidos.
Gráfico 8.3 - Índice de Homicídios Dolosos no RS, em Estados Selecionados e no Brasil*, em2008
Enquanto o número de homicídios foi de 2.351 em 2008, no RS, sendo 2.135 referentes ao sexo masculino, osacidentes de trânsito foram responsáveis por 2.023 óbitos, também predominando o sexo masculino, com 1.607registros.O gráfico 8.4 apresenta os coeficientes de mortalidade por homicídios de 1990 a 2008 no RS, levantados pelaSecretaria da Saúde do RS.
Gráfico 8.4 - Coeficientes de Mortalidade por Homicídios no RS, no Período de 1990 a 2008
Em 2008, a taxa de analfabetismo do RS (pelo critério de idade igual ou maior de 15 anos) foi de 4,74% (predominandoo analfabetismo na população, na faixa etária de 60 anos ou mais). Com uma fatia de 2,37% de analfabetos, ficoua população na faixa etária de 50 a 59 anos, seguidapela população na faixa etária dos 40 a 49 anos. O percentualde analfabetos do Rio Grande do Sul é bom, se comparado com a elevada taxa brasileira, que foi de 9,60%, masabaixo do ideal, se comparada com os números dos países desenvolvidos, que apresentam taxas de analfabetismoinferiores a 1% (e, em muitos casos, nulas).
22,2
56,7
48,5
33,0
26,7
25,6
15,2
11,3
11,1
10,8
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Brasil
ES
PE
RJ
PR
DF
RS
SC
MG
SP
Homicídios Dolosos/100 mil habitantes
Fontes: Ministério da Justiça / Secretaria Nacional de Segurança Pública - Senasp; Secretarias Estaduais de Segurança Pública;Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública - Ano 2009*Taxa de homicídios dolosos no Brasil BERS 2009 - Ano base 2008 considerando população de 2008 de acordo com PNAD 2008 do IBGE
17,7
18,4
16,8
12,6
14,115,1
15,2
16,715,3
15,2
16,217,9
18,3
17,9
18,2
18,4
17,9
19,4
21,7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Ho
mic
ídio
/ 10
0 m
il h
abit
ante
s
Fonte: Secretaria da Saúde do RS - NIS/SES-RS - 2009
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
118 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 8.10 - Taxa de Analfabetismo por Faixa Etária e Correspondentes Percentuais no RS
No tocante à média de tempo de estudo para pessoas acima dos 10 anos de idade, o IBGE (PNAD 2006) informouser de 7,2 anos o tempo no Rio Grande do Sul, valor superior à média nacional, que é de 6,2 anos. Na mesmapesquisa, diversos estados da federação apresentaram desempenho melhor que o do RS: no Distrito Federal, otempo é de 8,6 anos; no Rio de Janeiro, 7,8; em São Paulo, 7,8; em Santa Catarina, 7,4; e no Amapá, 7,4 anos.Na tabela 8.11, verifica-se o número médio de anos de estudo das pessoas com 10 anos ou mais no RS, emestados selecionados e no Brasil. Embora em boa posição em relação ao Brasil, o RS aparece atrás de SantaCatarina e do Distrito Federal.
Tabela 8.11 - Número Médio de Anos de Estudo das Pessoas com 10 anos ou mais em 2006
Para avaliar a qualidade do ensino brasileiro, o Ministério da Educação, por intermédio do INEP, tem aplicado hámais de uma década, o instrumento Sistema de Avaliação do Ensino Básico - SAEB (no qual fazem parte, poramostragem, alunos da 4º e 8º série do ensino fundamental e 3ª série do ensino de nível médio). Além do SAEB,existe o sistema Prova Brasil, que usa metodologia semelhante ao SAEB, o Exame Nacional do Ensino médio -ENEM e avaliações específicas do ensino de nível superior.Os resultados da 3ª série do ensino médio constam no gráfico 8.5. O RS encontra-se em boa situação no desempenhodo ENEM, se comparado com o desempenho do Brasil e de estados selecionados, tendo pior desempenho somenteem relação ao Distrito Federal.
Estados e País milMinas Gerais 6,7
Rio de Janeiro 7,8
São Paulo 7,8
Paraná 7,2
Santa Catarina 7,4
Rio Grande do Sul 7,2Distrito Federal 8,6
Total Brasil 6,8
Fonte: IBGE - PNAD 2006
Faixa etária analfabetos %15 a 19 anos 7.000 0,10
15 a 17 anos 3.000 0,05
18 a 19 anos 4.000 0,06
20 a 24 anos 10.000 0,14
25 a 29 anos 17.000 0,12
30 a 39 anos 41.000 0,48
40 a 49 anos 51.000 0,56
50 a 59 anos 89.000 1,02
60 anos ou mais 215.000 2,37
Total de Analfabetos 418.000 4,74População total com 15 anos ou mais 8.823.000 100,00
Fonte: IBGE - PNAD 2008Elaboração: BERS 2009 - Ano base 2008
119C A P Í T U L O 8
Gráfico 8.5 - Desempenho do RS no ENEM e de Estados Selecionados em 2007
No gráfico 8.6, verifica-se o desempenho do RS no SAEB3 de 2007, nas provas de língua portuguesa e matemática.Em ambas, ficou na segunda posição, atrás do DF.
Gráfico 8.6 - Notas no SAEB do RS de Estados Selecionados e do Brasil em 2007
O Brasil não tem obtido bons resultados em testes internacionais, como o PISA (teste internacional da OCDE paraadolescentes de 15 anos, versando sobre matemática, conhecimento da língua pátria e ciências). É válido assinalarque o RS, mesmo se destacando no cenário nacional das avaliações do MEC, pode melhorar sua qualidade deensino para nivelar com os padrões de países desenvolvidos.
No tocante ao Ensino Superior, o Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) é um indicador de qualidade deinstituições de educação superior, que considera, em sua composição, a qualidade dos cursos de graduação e depós-graduação (mestrado e doutorado). No que se refere à graduação, é utilizado o CPC (conceito preliminar decurso) e, no que se refere à pós-graduação, é utilizada a Nota Capes. O resultado final está em valores contínuos(que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5).O CPC tem como base o Conceito Enade, o Conceito IDD e as variáveis de insumo. O dado “variáveis de insumo”- que considera corpo docente, infraestrutura e programa pedagógico - é formado com informações do Censo daEducação Superior e de respostas ao questionário socioeconômico do Enade. Foi calculado o CPC de cursos degraduação que fizeram o Enade em 2005, 2006 e 2007.
56,8456,21
54,1353,12 52,82 52,71 52,20
51,27
40
45
50
55
60
65
70
No
ta
Fonte: INEP - Ministério da Educação do Brasil
DF RS SC MG RJ SP PR Brasil
272,9
260,5
279,4
287,8
290,2
289,4
296,8
300,3
261,4
271,9
268,8
268,9
271,9
276,7
281,5
288,4
0 50 100 150 200 250 300 350
Brasil
RJ
SP
SC
PR
MG
RS
DF
Des
emp
enh
o
Matemática
Português
Fonte: INEP - Ministério da Educação do Brasil
3 Nas tabelas do INEP, chamado de Prova Brasil/SAEB 2007
120 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
A avaliação dos Programas de Pós-graduação realizada pela Capes compreende a realização do acompanhamentoanual e da avaliação trienal do desempenho de todos os programas e cursos que integram o Sistema Nacional dePós-graduação, SNPG.Na tabela 8.12 estão listadas as 10 universidades brasileiras melhor pontuadas, bem como todas as universidadeslocalizadas no RS que estão na faixa 4 e 5.
Tabela 8.12 - Índice Geral de Cursos com IGD nas faixas 4 e 5 (Triênio 2006, 2007 e 2008)
Contínuo FaixasFederal de São Paulo UNIFESP SP Federal 1 439 5
Fundação Federal de Ciências da Saúde de Poa UFCSPA RS Federal 2 415 5
Federal de Minas Gerais UFMG MG Federal 3 410 5
Federal de Lavras UFLA MG Federal 4 405 5
Federal do Rio Grande do Sul UFRGS RS Federal 5 402 5
Federal do Triângulo Mineiro UFTM MG Federal 6 401 5
Fundação Federal de Viçosa UFV MG Federal 7 398 5
Federal de São Carlos UFSCAR SP Federal 8 391 4
Federal do Rio de Janeiro UFRJ RJ Federal 9 386 4
de Brasília UnB DF Federal 10 384 4
Federal de Santa Maria UFSM RS Federal 27 335 4
Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul PUCRS RS Privada 37 318 4
do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS RS Privada 39 312 4
Federal de Pelotas UFPel RS Federal 43 306 4
Fundação Federal do Rio Grande FURG RS Federal 46 300 4
de Caxias do Sul UCS RS Privada 48 299 4
Luterana do Brasil ULBRA RS Privada 50 299 4
de Santa Cruz do Sul UNISC RS Privada 51 298 4
Estadual do Rio Grande do Sul UERGS RS Estadual 52 298 4
UNIVERSIDADES
IES SiglaUF
(Sede)Tipo
IGCPosição
BALA
NÇO
EN
ERG
ÉTIC
O D
O R
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RAN
DE D
O S
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200
9 - A
NO
BAS
E 20
08
Recursos eReservas Energéticas
Extração de carvão MINA CRN em CANDÍOTA - RS Foto: Fernando Dias
123C A P Í T U L O 9
Os recursos e reservas energéticas do Rio Grande do Sul apresentados neste capítulo referem-se a fontes energéticasnão renováveis - carvão mineral, turfa e xisto betuminoso - e as fontes energéticas renováveis - potencial hidroelétrico,eólico, fotovoltaico e de biomassas.
9.1. - Carvão Mineral
O carvão mineral é resultado da ocorrência de soterramento e posterior “incarbonização”1 da flora de grandesflorestas que existiram em diversas porções do globo terrestre, durante os períodos Carbonífero e Permiano da eraPaleozóica. No carvão mineral, o elemento carbono (C) se concentra de modo abundante.As reservas de carvão mineral no Rio Grande do Sul, em estados selecionados e no Brasil constam na tabela 9.1a seguir. Os dados foram levantados pelo Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério de Minas eEnergia - DNPM/MME.
Tabela 9.1 - Reservas Minerais de Carvão em 2005
(t) % (t) % (t) % (t) %
Maranhão 1.092.442 0,02% 1.728.582 0,02% - 1.092.442 0,02%
Paraná 4.184.006 0,06% 212.000 0,00% - 3.509.006 0,05%
Rio Grande do Sul 5.255.915.580 79,43% 10.098.475.668 94,42% 6.317.050.409 96,66% 5.376.789.122 81,52%
Santa Catarina 1.354.211.132 20,46% 593.216.494 5,55% 217.069.278 3,32% 1.212.340.482 18,38%
São Paulo 2.050.411 0,03% 1.111.294 0,01% 1.262.500 0,02% 2.050.411 0,03%
Total Brasil 6.617.453.571 10.694.744.038 6.535.382.187 6.595.781.463
(t) % (t) % (t) % (t) %
Alvorada 8.747.623 0,17% - 584.843 0,01% 8.747.623 0,16%
Arroio dos Ratos 14.274.899 0,27% 3.503.000 0,03% - 14.274.899 0,27%
Bagé 677.202.000 12,88% 2.816.117.000 27,89% 1.194.314.000 18,91% 677.202.000 12,59%
Barão do Triunfo 24.497.000 0,47% 33.003.000 0,33% 64.646.000 1,02% 24.497.000 0,46%
Butiá 231.944.325 4,41% 121.543.000 1,20% 22.859.000 0,36% 231.944.325 4,31%
Caçapava do Sul 1.467.000 0,03% - - 1.467.000 0,03%
Cachoeira do Sul 256.328.147 4,88% 411.755.859 4,08% 188.615.294 2,99% 333.909.147 6,21%
Candiota 979.374.637 18,63% 632.246.085 6,26% 159.064.321 2,52% 1.183.561.267 22,01%
Canoas 44.467.189 0,85% 376.665.924 3,73% 290.280.308 4,60% 44.467.189 0,83%
Charqueadas 151.864.000 2,89% 20.489.000 0,20% - 38.338.000 0,71%
Encruzilhada do Sul 2.758.000 0,05% 10.409.000 0,10% 3.301.000 0,05% 2.758.000 0,05%
General Câmara 87.158.000 1,66% 200.304.000 1,98% 1.610.000 0,03% 87.158.000 1,62%
Gravataí 803.568.264 15,29% 319.112.412 3,16% 335.363.629 5,31% 803.568.264 14,95%
Guaíba 97.055.000 1,85% 223.599.000 2,21% - 89.884.000 1,67%
Herval 122.687.000 2,33% 382.341.000 3,79% 324.624.000 5,14% 122.687.000 2,28%
Minas do Leão 351.967.322 6,70% 327.787.000 3,25% 4.389.000 0,07% 311.770.234 5,80%
Montenegro 83.535.578 1,59% 404.442.025 4,00% 313.527.087 4,96% 83.535.578 1,55%
Novo Hamburgo 5.273.575 0,10% 106.832.025 1,06% 245.903.547 3,89% 5.273.575 0,10%
Osório 86.337.040 1,64% 595.190.000 5,89% 1.964.124.000 31,09% 86.337.040 1,61%
Pinheiro Machado 91.660.000 1,74% 1.284.040.000 12,72% 108.791.000 1,72% 91.660.000 1,70%
Portão 3.167.000 0,06% 27.867.000 0,28% 95.640.000 1,51% 3.167.000 0,06%
Rio Pardo 383.277.950 7,29% 528.395.480 5,23% 233.043.550 3,69% 383.277.950 7,13%
Sto. Ant. da Patrulha 99.620.416 1,90% 306.721.748 3,04% 210.322.134 3,33% 99.620.416 1,85%
São Jerônimo 170.814.000 3,25% 146.091.000 1,45% 10.100.000 0,16% 170.814.000 3,18%
São Sepé 16.669.000 0,32% - - 16.669.000 0,31%
Tramandaí 13.723.000 0,26% 101.488.000 1,00% 296.482.000 4,69% 13.723.000 0,26%
Triunfo 319.631.903 6,08% 501.299.373 4,96% 143.601.496 2,27% 319.631.903 5,94%
Viamão 126.845.712 2,41% 217.233.737 2,15% 105.864.200 1,68% 126.845.712 2,36%
Total RS 5.255.915.580 10.098.475.668 6.317.050.409 5.376.789.122
LavrávelMunicípios do RS
Medida Indicada Inferida
LavrávelEstado
Medida Indicada Inferida
Nota: Definições de reservas encontram-se no item 9.8 deste capítulo.Fonte: DNPM/MME - Anuário Mineral Brasileiro - 2006
RECURSOS E RESERVAS ENERGÉTICAS
1 A maior parte das propriedades do carvão é em função do seu grau de incarbonização. Existe uma graduação contínua entre o grau menor (turfa) e o maiselevado (antracite), sendo a hulha um carvão mineral com 70 a 90% de carbono total. A nomenclatura e os parâmetros utilizados para expressar as diferençasno grau de incarbonização variam internacionalmente. Texto adaptado do Dicionário de Terminologia Energética World Energy Council - 2004.
124 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Mapa 9.1 - Localização das Reservas Minerais de Carvão no RS, em 2005
Tabela 9.2 - Quantidade e Valor da Produção Mineral de Carvão Comercializada em 2005
9.2 - Turfa
Sedimento fóssil de origem vegetal, poroso ou compacto, combustível, com elevado teor de água (até cerca de90% no estado bruto), facilmente riscável, de cor castanha claro a castanha escuro3. Primeiro estágio de formaçãodo carvão mineral, a turfa está presente no RS na planície costeira, mas não existem pesquisas no sentido deaveriguar quantidades e qualidade. A turfa é mundialmente usada na composição de solos para agricultura, podendotambém ser utilizada como recurso energético4.
2 Run of Mine - É minério bruto, obtido diretamente da mina, sem sofrer qualquer tipo de beneficiamento.3 De acordo com definição do Dicionário de Terminologia Energética do World Energy Council - 2004.4 Texto baseado em documento enviado por Roberto F. Borba - 1° DS/DNPM.
ValorQuantidade Valor (R$) Quantidade Valor (R$) Total (R$)
Paraná - - 78.000 15.955.924 15.955.924
Rio Grande do Sul 423.661 4.858.079 3.224.856 144.132.679 148.990.758Santa Catarina 8.980 269.425 2.467.542 335.074.339 335.343.764
Carvão Mineral 432.641 5.127.504 5.770.398 495.162.942 500.290.446
EstadoBruta Beneficiada
Quantidade e valor da produção bruta (ROM²) vendida, consumida ou transferida para industrialização.Fonte: DNPM/MME - Anuário Mineral Brasileiro - 2006
Fonte: Balanço Energético do RS - 2005-2007
Fontes: DNPM/MME - Anuário Mineral Brasileiro - 2006 e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008Elaboração: SEPLAG / DEPLAN 07/09
125C A P Í T U L O 9
Tabela 9.3 - Reservas Minerais de Turfa em 2005
Tabela 9.4 - Quantidade e Valor da Produção Mineral de Turfa Comercializada em 2005
9.3 - Xisto Betuminoso
Xisto betuminoso é o nome informal da rocha folhelho pirobetuminoso, uma rocha sedimentar rica em betume,abundante no RS. Pode ser encontrada na Formação Irati da Bacia do Paraná, mas ainda não existem pesquisasque quantifiquem o volume de betume presente nela. Tecnicamente é possível extrair o betume dessa rocha eaproveitá-lo como óleo, mas até o momento não foi viabilizado um processo industrial econômico para talprocedimento. A Petrobras realizou testes-piloto nesse sentido em São Mateus - Paraná6.
Tabela 9.5 - Reservas Minerais de Xisto e Outras Rochas Betuminosas em 2005
(t) % (t) % (t) % (t) %
Alagoas 1.223.500 1,10% 259.369 0,31% - 1.223.500 1,12%
Goiás 198.356 0,18% 219.363 0,26% 1.211 0,02% 198.356 0,18%
Minas Gerais 306.728 0,28% - - 306.728 0,28%
Paraná 12.785.350 11,51% 1.366.826 1,64% - 12.785.350 11,67%
Rio de Janeiro 972.421 0,88% - - 972.421 0,89%
Rio Grande do Sul 55.161.000 49,64% 74.414.000 89,40% 7.807.000 97,80% 55.161.000 50,37%
Santa Catarina 17.778.629 16,00% - - 16.504.838 15,07%
São Paulo 22.699.959 20,43% 6.976.198 8,38% 174.116 2,18% 22.361.406 20,42%
Total Brasil 111.125.943 83.235.756 7.982.327 109.513.599
(t) % (t) % (t) % (t) %
Cachoeira do Sul 4.370.000 7,92% 25.098.000 33,73% 5.261.000 67,39% 4.370.000 7,92%
Osório 28.229.000 51,18% 25.216.000 33,89% 2.546.000 32,61% 28.229.000 51,18%
Rio Pardo 13.047.000 23,65% 24.100.000 32,39% - 13.047.000 23,65%
Viamão 9.515.000 17,25% - - 9.515.000 17,25%
Total RS 55.161.000 74.414.000 7.807.000 55.161.000
LavrávelMunicípios do RS
Medida Indicada Inferida
LavrávelEstado
Medida Indicada Inferida
Nota: Definições de reservas encontram-se no item 9.8 deste capítulo.Fonte: DNPM/MME - Anuário Mineral Brasileiro - 2006
(t) % (t) % (t) % (t) %
Rio Grande do Sul 232.977.000 343.195.000 160.456.000 232.977.000
(t) % (t) % (t) % (t) %
Cachoeira do Sul 27.912.000 11,98% 14.020.000 4,09% 189.000 0,12% 27.912.000 11,98%
Encruzilhada do Sul 25.935.000 11,13% 21.667.000 6,31% 4.370.000 2,72% 25.935.000 11,13%
Gravataí 6.903.000 2,96% 15.751.000 4,59% 472.000 0,29% 6.903.000 2,96%
Osório 12.136.000 5,21% 81.384.000 23,71% 137.567.000 85,74% 12.136.000 5,21%
Rio Pardo 29.431.000 12,63% 36.907.000 10,75% 1.327.000 0,83% 29.431.000 12,63%
Viamão 130.660.000 56,08% 173.466.000 50,54% 16.531.000 10,30% 130.660.000 56,08%
Total RS 232.977.000 343.195.000 160.456.000 232.977.000
LavrávelMunicípios do RS
Medida Indicada Inferida
LavrávelEstado
Medida Indicada Inferida
Nota: Definições de reservas encontram-se no item 9.8 deste capítulo.Fonte: DNPM/MME - Anuário Mineral Brasileiro - 2006
5 Run of Mine - É minério bruto, obtido diretamente da mina, sem sofrer qualquer tipo de beneficiamento.6 Texto baseado em documento enviado por Roberto F. Borba - 1° DS/DNPM.
ValorQuantidade Valor (R$) Quantidade Valor (R$) Total (R$)
Santa Catarina 9.912 187.118 45.039 4.850.934 5.038.052
São Paulo 7.229 382.917 2.244 144.581 527.497
Turfa 17.141 570.035 47.283 4.995.515 5.565.549
EstadoBruta Beneficiada
Quantidade e valor da produção bruta (ROM ) vendida, consumida ou transferida para industrializaçãoFonte: DNPM/MME - Anuário Mineral Brasileiro - 2006
5
126 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
9.4 - Potencial Hidrelétrico
De acordo com o Balanço Energético Nacional 2007, entende-se por potencial hidrelétrico o potencial possível deser técnica e economicamente aproveitado nas condições atuais de tecnologia.O potencial hidrelétrico é medido em termos de energia firme, que é a geração máxima contínua na hipótese derepetição futura do período hidrológico crítico.O potencial hidrelétrico inventariado compreende as usinas em operação ou construção e os aproveitamentosdisponíveis estudados nos níveis de inventário, viabilidade e projeto básico.Tomando-se por base o inventário como etapa em que se mede com toda precisão o potencial, pode-se avaliar aprecisão dos valores obtidos para o potencial estimado.De acordo com estudos de avaliação já procedidos, os valores estimados são aproximadamente 35% abaixo dovalor final inventariado. Nesse sentido, conclui-se que o potencial estimado é bastante conservador.
Tabela 9.6 - Potencial Hidrelétrico do RS e de Estados Selecionados
Mapa 9.2 - Potencial Hidrelétrico do RS – 2009
Unidade: MW
Estado
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Amazonas 6.226 10.868 17.094 2.648 0 8 0 250 2.906 20.000
Bahia 0 330 330 1.445 3.013 361 50 6.833 11.702 12.031
Goiás 2.589 276 2.865 2.859 368 127 785 5.086 9.225 12.089
Minas Gerais 1.067 1.903 2.970 7.770 717 642 504 11.619 21.252 24.222
Mato Grosso do Sul 113 903 1.017 655 48 707 168 3.438 5.016 5.975
Mato Grosso 4.695 4.373 9.068 6.203 75 537 551 1.275 8.641 17.708
Pará 2.418 4.264 6.682 20.081 12.117 750 0 8.455 41.403 48.086
Paraná 1.222 314 1.537 3.687 2.228 1.177 700 14.857 22.649 24.185
Rondônia 1.192 4.254 5.447 500 0 6.546 117 280 7.443 12.889
Roraima 4.178 128 4.306 600 351 0 0 5 956 5.262
Rio Grande do Sul 504 1.441 1.945 3.620 146 1.060 660 3.561 9.047 10.991
Santa Catarina 254 535 790 1.938 146 440 682 2.935 6.141 6.932
São Paulo 441 375 816 953 2.162 254 111 10.867 14.347 15.161
Tocantins 157 0 157 1.890 2.304 0 599 1.725 6.518 6.674
Total Brasil 26.539 31.592 58.131 61.136 27.709 12.945 5.591 77.075 184.456 242.587
Nota: Definições dos estágios de desenvolvimento dos potenciais encontram-se no item 9.8 deste capítulo.Fonte: Eletrobrás - Sistema de Informações do Potencial Elétrico Brasileiro - SIPOT - Junho de 2009
PORTO ALEGRE
RIO GRANDE DO SUL
14 DE JULHO (100)MONTE CLARO (130)
MUÇUM (112)
PRIMAVERA (36)
SÃO MANOEL (51)
ESPIGÃO PRETO (34)
CANASTRA (42,5)
PASSO DA CADEIA (104)
PAI QUERÊ (292)
BARRA GRANDE (690)
CAMPOS NOVOS (880)
PASSO FUNDO (226)
MACHADINHO (1140)
MONJOLINHO (67,14)
ITÁ (1450)ITAPIRANGA (724,6)
PASSO REAL (158)
ITAÚBA (512,4)
JACUÍ (180)
DONA FRANCISCA (125)
ALBANO MACHADO (3)
RIO DOS ÍNDIOS (8)
TAMBAÚ (8,8
FERRADURA (9,2)
TOCA DO TIGRE (12)MARCO BALDO (15,58)
CARLOS GONZATTO (TURVO 6) (9)
SANTO ANTÔNIO (4,5)
SANTA ROSA (1,4)
BURICÁ (1,4)
GUARITA (1,76)
PASSO AJURIACABA (3)
MATA COBRA (2,88)
LINHA TRÊS LESTE (13,5)LINHA ONZE DO OESTE (26)
COTOVELO DO JACUÍ (3,34)
ENGº HENRIQUE KOTZIAN (13)
ENGº ERNESTO JORGE DREHER (17)
ERNESTINA (4,96)
CAÇADOR (22,5)
PULADOR (6,4)
LINHA EMÍLIA (19,5)
COTIPORÁ (19,5)
RASTRO DE ALTO (7,02)
SALTO FORQUETA (6,124)
BOM RETIRO (30)
PASSO DO INFERNO (1,33)
HERVAL (1,44)
GALÓPOLIS (1,5)
BUGRES (12)
CAZUZA FERREIRA (9,1)CRIÚVA (23,949)PALANQUINHA (24,165)
QUEBRADA FUNDA (16)ILHA (26)
CAPIGUI (4,47)
ESMERALDA (22,2)
FORQUILHA (1)
SÃO BERMARDO (15)
OURO (12)
SANTO CRISTO (19,5)
PASSO DO MEIO (30)Rio
Riodas Antas
Caí
dos Sinos
Rio
Taqu
arí
JacuíVacacaí
Jagu
arí
RioJacaí
Pelotas
Canoas
Rio
R. Fundo
Rio
Uruguai
FURNAS DO SEGREDO (9,8)
MORRINHOS (2)
PASSO SÃO JOÃO (77,1)
RONCADOR (BI-NACIONAL) (2800)
SÃO PEDRO (BI-NACIONAL) (745)
GARABI (BI-NACIONAL) (1500)
IJUIZINHO (1)
CRISTAL (56)
Aproveitamento_UHE
Inventário (MW)
Viabilidade (MW)
Projeto Básico (MW)
Construção (MW)
Operação (MW)
Aproveitamentos_PCH
LEGENDA
Projeto básico (MW)
Construção (MW)
Operação (MW)
Fonte: Eletrobrás - Sistema de Informações do Potencial Elétrico Brasileiro - SIPOT - Junho de 2009
127C A P Í T U L O 9
Tabela 9.7 - Potencial Hidroelétrico da Bacia do Rio Uruguai
Tabela 9.8 - Inventário Hidroelétrico da Bacia do Rio Uruguai
* Potência maior ou igual a 30 MW** Considerada metade da potência instalada, ou seja, somente metade brasileiraFonte: Eletrobrás - Sistema de Informações do Potencial Elétrico Brasileiro - SIPOT - Julho de 2008 e ANEEL
Nome da Usina Estado Rio Estágio Potência MW*Ludesa SC Chapecó Operação 30,00
Ressaca RS Ijuí Inventário 30,00
Nova União SC Chapecozinho Inventário 32,40
Águas de Chapecó SC Chapecó Inventário 42,00
Pery SC Canoas Inventário 47,00
Porto Ferreira SC Chapecó Inventário 49,30
São José RS Ijuí Construção 51,00
Saudade SC Chapecó Inventário 61,40
Foz do Xaxim SC Chapecó Inventário 63,20
Monjolinho RS Passo Fundo Construção 74,00
Passo São João RS Ijuí Construção 77,00
Santo Antônio SC Chapecó Inventário 84,30
Passo da Cadeia SC/RS Pelotas Inventário 104,00
Quebra Queixo SC Chapecó Operação 121,50
Garibaldi SC Canoas Inventário 150,00
São Roque SC Canoas Inventário 214,00
Passo Fundo RS Passo Fundo Operação 220,00
Pai Querê SC/RS Pelotas Outorga 292,00
Barra Grande SC/RS Pelotas Operação 698,25
Itapiranga SC/RS Uruguai Viabilidade 724,60
São Pedro (Bi-Nacional)** RS/Argentina Uruguai Inventário 372,50
Foz do Chapecó SC/RS Uruguai Construção 855,00
Campos Novos SC/RS Canoas Operação 880,00
Machadinho SC/RS Pelotas Operação 1.140,00
Itapiranga SC/RS Uruguai Inventário 1.160,00
Itá SC/RS Uruguai Operação 1.450,00
Garabi (Bi-Nacional)** RS/Argentina Uruguai Projeto básico 750,00
Roncador (Bi-Nacional)** RS/Argentina Uruguai Inventário 1.400,00
Total Usinas >= 30 MW 11.173,45
Total Usinas < 30 MW 1.557,13
Total Bacia Rio Uruguai 12.730,58
Unidade: MW
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Bacia do Rio Uruguai 12 862 874 4.372 292 1.078 1.071 4.808 11.622 12.495
Total Brasil 26.539 31.592 58.131 61.136 27.709 12.945 5.591 77.083 184.464 242.595
Nota: Definições dos estágios de desenvolvimento dos potenciais encontram-se no item 9.8 deste capítulo.Fonte: Eletrobrás - Sistema de Informações do Potencial Elétrico Brasileiro - SIPOT - Junho de 2009
128 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela 9.9 - Inventário Hidroelétrico da Sub-bacia 75 - Rio Ijuí
NomedoRio
NomedoAproveitamento
Distânciada Foz
km
PotênciaFirme
MW méd
PotênciaInstalada
MW
EnergiaFirmeMWh
Ijuí IJ-1e - Passo São João 71,40 43,90 81,00 345.054 Em construção
Ijuí IJ-2' - São José 130,60 24,00 45,00 188.640 Em construção
Ijuí IJ-3g - Ressaca 213,75 15,80 30,00 124.188 Vetado FEPAM
Ijuí IJ-4a - Linha Onze 334,60 14,10 26,00 110.826 Vetado FEPAM
Ijuí IJ-5 - Linha Três 392,60 12,90 24,00 101.394 Vetado FEPAM
Ijuí IJ-6 - Ajuricaba II 419,10 7,90 14,50 62.094 Vetado FEPAM
Ijuí IJ-7 - Barra 455,90 3,50 6,50 27.510 Vetado FEPAM
Palmeira PL-1 - Palmeiras 15,20 4,10 7,00 32.226 Disponível
Palmeira PL-2a - Condor 21,80 2,40 4,30 18.864 Vetado FEPAM
Fiuza FZ-1b - Fiúza II 14,80 0,60 1,00 4.716 Disponível
Fiuza FZ-2' - Rincão do Fundo 19,80 1,20 2,00 9.432 Disponível
Potiribu PT-1 - Sede II 21,20 3,60 7,00 28.296 Disponível
Potiribu PT-2 - Andorinhas II 37,70 2,90 5,50 22.794 Vetado FEPAM
Ijuizinho IZ-1 - Rincão 33,50 2,80 5,00 22.008 Disponível
Ijuizinho IZ-2 - Ijuizinho II 42,60 7,10 13,00 55.806 Disponível
Ijuizinho IZ-3b' - Rincão de P. Alegre 72,20 4,80 8,00 37.728 Vetado FEPAM
Ijuizinho IZ-4 - Fazenda Grande 142,00 2,80 5,00 22.008 Disponível
Ijuizinho IZ-5a - Igrejinha 163,70 1,40 2,50 11.004 Disponível
Conceição CC-1a - Passo da Cruz 16,20 3,80 6,80 29.868 Vetado FEPAM
Conceição CC-2 - Antas 44,30 1,70 3,00 13.362 Disponível
Conceição CC-3 - São Miguel 54,60 1,10 2,00 8.646 Vetado FEPAM
Conceição CC-4 - Tigre 63,90 1,10 2,00 8.646 Disponível
Conceição CC-5a - Serraria 78,80 1,10 2,30 8.646 Disponível
Caxambu CX-1 - São Valentim 6,50 1,60 3,00 12.576 Vetado FEPAM
Piratinim PR-1c - Bonito 135,11 9,70 18,00 76.242 Vetado FEPAM
Piratinim PR-2 - Jaguassango 203,11 8,50 15,00 66.810 Vetado FEPAM
Piratinim PR-3 - Campestre 246,91 7,40 13,50 58.164 Vetado FEPAM
Piratinim PR-4b - Piratinim 291,31 3,20 5,50 25.152 Vetado FEPAM
Piratinim PR-5 - Ilha do lobo 318,71 1,50 2,50 11.790 Vetado FEPAM
Inhacapetum IN-1 - Inhacapetum 28,40 2,90 5,50 22.794 Vetado FEPAM
Inhacapetum IN-2b - Passo do Tibúrcio 53,30 1,20 2,00 9.432 Vetado FEPAM
Icamaquã IC-1 - Passo Novo 78,80 4,00 7,00 31.440 Vetado FEPAM
Icamaquã IC-2 - Bom Sossego 124,50 3,60 6,50 28.296 Vetado FEPAM
Icamaquã IC-3 - Três Capões 166,30 1,60 4,00 12.576 Vetado FEPAM
Icamaquã IC-4 - Icamaquã 180,50 2,50 4,50 19.650 Vetado FEPAM
Itacurubi IT-1 - Igreja Baixa 12,40 2,00 3,50 15.720 Vetado FEPAM
Itacurubi IT-2 - Estrela do Sul 25,60 1,70 3,00 13.362 Vetado FEPAM
Total Inventariado 216,00 396,90 1.697.760Total Vetado FEPAM 120,60 221,10 947.916Aprovado % 55,83% 55,71% 55,83%
Características EnergéticasSituaçãoAtual do
Aproveitamento
Identificação do Aproveitamento
Fonte: Grupo CEEE
129C A P Í T U L O 9
Tabela 9.10 - Inventário Hidroelétrico do Rio Taquari Antas
NomedoRio
NomedoAproveitamento
MunicípiosPotência
FirmeMW méd
PotênciaInstalada
MW
EnergiaFirmeMWh
Antas Monte Claro Bento Gonçalves e Veranópolis 57,90 130,00 455.094
Antas Castro Alves Nova Roma do Sul e Nova Pádua 53,60 120,00 421.296
Antas Muçum Muçum, Roca Sales e Santa Tereza 49,40 112,00 388.284
Antas 14 de Julho Bento Gonçalves e Cotiporã 42,40 98,00 333.264
Antas São Marcos São Marcos e Antônio Prado 27,40 57,00 215.364
Antas São Manoel Caxias do Sul e Campestre da Serra 23,90 51,00 187.854
Antas Serra dos Cavalinhos Jaquirana e Bom Jesus 21,90 45,00 172.134
Rio Prata Jararaca Antônio Prado e Veranópolis 17,20 41,00 135.192
Rio Turvo Primavera Antônio Prado e Protásio Alves 15,40 36,00 121.044
Antas Espigão Preto Vacaria e São Francisco de Paula 16,40 34,00 128.904
Rio Prata Da Ilha Antônio Prado e Veranópolis 15,50 32,00 121.830
Antas Passo do Meio Bom Jesus e São F. de Paula 14,50 30,00 113.970
Guaporé Monte Cuco Anta Gorda 10,80 19,70 84.888
Guaporé Paraíso Anta Gorda 10,70 19,50 84.102
Ituim Saltinho Vacaria 10,30 19,50 80.958
Antas São José São Marcos e Caxias do Sul 10,30 17,50 80.958
Antas São Bernardo São Marcos 9,50 16,00 74.670
Carreiro Caçador Casca e Nova Bassano 8,50 15,60 66.810
Antas Pezzi Bom Jesus 9,20 15,60 72.312
Carreiro Linha Emília Serafina Corrêa 7,70 14,30 60.522
Guaporé Monte Bérico Guaporé e Anta Gorda 8,70 13,90 68.382
Carreiro Cotiporã Serafina Corrêa 7,50 12,70 58.950
Carreiro Autódromo Guaporé e Anta Gorda 6,50 12,00 51.090
Antas Quebrada Funda Bom Jesus 7,50 12,00 58.950
Carreiro Boa Fé Serafina Corrêa 4,80 9,30 37.728
Lageado Grande Cazuza Ferreira Jaquirana 5,40 9,10 42.444
Carreiro São Paulo Serafina Corrêa 4,70 8,40 36.942
Turvo Chimarrão Antônio Prado 4,50 8,20 35.370
Turvo Santa Carolina Antônio Prado 4,30 7,80 33.798
Ituim Morro Grande Vacaria 4,10 7,40 32.226
Guaporé Pulador Guaporé e Anta Gorda 3,50 6,30 27.510
Lageado Grande Palaquinho Jaquirana 3,30 6,00 25.938
Camisas Grotão Cambará do Sul e Jaquirana 2,90 5,20 22.794
Turvo Jardim Antônio Prado 2,80 5,00 22.008
Prata Pratinha Nova Prata 2,80 5,00 22.008
Antas Matemático Jaquirana e Bom Jesus 1,90 3,00 14.934
São Tomé Pião Jaquirana 2,30 3,00 18.078
Lageado Grande Criúva Jaquirana 2,10 2,90 16.506
Santa Rita Boqueirão Lagoa Vermelha e Vacaria 1,60 2,70 12.576
Santa Rita São Pedro Vacaria 1,50 2,30 11.790
Prata Serrinha Nova Prata e Protásio Alves 1,40 2,30 11.004
Turvo Volta Longa Lagoa Vermelha 1,40 2,20 11.004
Lageado Grande Matreiro Jaquirana 1,40 2,00 11.004
Camisas Chapéu Cambará do Sul 1,30 1,90 10.218
Guaporé Nova Esperança Marau 1,10 1,90 8.646
Antas Piraquete Cambará do Sul e S. J. dos Ausentes 1,30 1,90 10.218
Prata Rio Branco Nova Prata e André da Rocha 1,20 1,90 9.432
Santa Rita Entre Rios Vacaria 1,20 1,80 9.432
Lageado Grande Bururi São Francisco de Paula 1,30 1,70 10.218
Guaporé Arranca Toco Marau 0,90 1,60 7.074
Turvo Passo da Pedra Lagoa Vermelha 0,90 1,50 7.074
Santana Boa Vista Cambará do Sul 1,00 1,40 7.860
Santana Potreiro Cambará do Sul 0,90 1,40 7.074
Santa Rita Vacaria Vacaria 0,90 1,40 7.074
Ituim Cinco Cachoeiras Vacaria 0,60 1,20 4.716
Santa Rita Lageado Bonito Vacaria 0,80 1,20 6.288
Total 532,80 1093,20 4.187.808
Características EnergéticasIdentificação do Aproveitamento
Fonte: Grupo CEEE
130 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
9.5 - Potencial Eólico
Tabela 9.11 - Potencial Eólico do RS
9.6 - Potencial Fotovoltaico
Mapa 9.3 - Mapa Solarimétrico do Brasil
unidade: MW
Local deImplantação
Velocidade dovento m/s Potência
Fator decarga % Potência*
Fator decarga %
Em solo firme
(on shore)7,0 – 7,5 12.290 >29 42.320 >27
Total (on shore) > 7,0 15.840 >29 54.430 >29
Sobre a água**
(off shore)7,0 – 7,5 9.220 >30 4.610 >28
Total (off shore) > 7,0 18.520 >30 19.510 >30
Total Global > 7,0 34.360 >30 73.940 >30
50 m 75 m
Nota: A tabela completa encontra-se no capítulo 3 - Tabela 3.35.* Para a hipótese do uso de 20% das áreas disponíveis para instalação dos Parques Eólicos.** Hipótese formulada sobre as lagoas Patos, Mirim e Mangueira, com áreas extensas e pequenas profundidades.Fontes: Atlas Eólico do Rio Grande do Sul e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2001-2004
Fonte: Atlas Solarimétrico do Brasil. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2000 (adaptado).
131C A P Í T U L O 9
Tabela 9.12 - Potencial Fotovoltaico do RS
9.7 - Potencial de Biomassas
Tabela 9.13 - Potencial de Produção Anual de Energéticos Renováveis no Rio Grande do Sul(Biomassa)
9.8 - Definições
As definições 9.8.a a 9.8.f foram extraídas do Anuário Mineral Brasileiro - 2006 - DNPM/MME.
9.8.a - Recursos
Entende-se por Recursos uma concentração do mineral, que poderá tornar-se viável, parcial ou totalmente.
9.8.b - Reservas
Reservas minerais são aquelas computadas oficialmente e aprovadas pelo DNPM, isto é, as constantes nosRelatórios de Pesquisa Aprovados e nos Relatórios de Reavaliação de Reservas, subtraídas as produções ocorridasno ano base e anos anteriores.Os dados não incluem as reservas minerais lavradas sob os regimes de Licença, Extração e Permissão de LavraGarimpeira.As reservas são classificadas como Medida, Indicada e Inferida, dependendo do grau de conhecimento da jazida.
9.8.c - Reserva Medida
Volume ou tonelagem de minério computado pelas dimensões reveladas em afloramentos, trincheiras, galerias,trabalhos subterrâneos e sondagens, sendo o teor determinado pelos resultados de amostragem pormenorizada,
Energético Unidade Total anual Total Anualmil tep
Álcool etílico1
m3 1.000.000 510,00
Bagaço de cana2 tonelada 2.800.000 596,40
Casca de Arroz3 tonelada 1.628.000 480,26
Biodiesel B1004
m3 200.000 169,60
Lenha5
m3 15.504.414 1.874,00
Total de Biomassa 3.630,26
1
2
3
4
5
Álcool etílico hidratado e anidro, supondo plantação de 200 mil ha de cana-de-açúcar.Considerando que 1 hectare plantado de cana-de-açúcar gera 14 toneladas de bagaço de cana por ano.Com base em informações do IRGA-RS da safra de arroz do RS 2007-2008, e que 22% da massa de arroz é composta de casca.Considerando em torno de 20% acima da produção projetada de Biodiesel B100 em 2008 no RS.Considerando toda lenha originada da silvicultura usada para produção de energia, com o plantio de 516.814 ha de florestas energéticas,
supondo produtividade de 30 m³/ha/ano.Elaboração: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2005-2007
RegiãoRadiação Solar
Global DiáriaMJ/m2 /dia
Radiação SolarGlobal Anual
MJ/m2 /ano
Radiação SolarGlobal AnualkWh/m2 /ano
Produção Anualde Energia Elétrica
kWh/m2 /ano
Produção Anualde Energia Elétrica
MWh/km2 /ano
Região 1 16 5.840 1.621,77 243,27 6.861.586,88
Região 2 14 5.110 1.419,05 212,86 6.003.888,52
Total RS 5.353 1.486,62 222,99 6.289.787,98
Notas:Supondo a conversão de 15% da energia irradiada para energia elétrica.Considerando a utilização de 0,01% da área total do RS (282.062 km ) com coletores solares.
1J = 277,77*10 kWhFonte: Atlas Solarimétrico do Brasil, Recife: Editora Universidade da UFPE, 2000Elaboração: Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2005 - 2007
2
-9
132 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
devendo os pontos de inspeção, amostragem e medida estarem tão proximamente espacejados e o caráter geoló-gico tão bem definido que as dimensões, a forma e o teor da substância mineral possam ser perfeitamente estabe-lecidos. A reserva computada deve ser rigorosamente determinada nos limites estabelecidos, os quais não devemapresentar variação superior a 20% da quantidade verdadeira.
9.8.d - Reserva Indicada
Volume ou tonelagem de minério computado a partir de medidas e amostras específicas, ou de dados da produção,e parcialmente por extrapolação, até distância razoável, com base em evidências geológicas. As reservas computa-das são as aprovadas pelo DNPM nos Relatórios de Pesquisa e/ou reavaliação de reservas.
9.8.e - Reserva Inferida
Estimativa do volume ou tonelagem de minério, calculada com base no conhecimento da geologia do depósitomineral, havendo pouco trabalho de pesquisa. No Anuário do DNPM, foi introduzido o conceito de reserva lavrávelno intuito de dimensionar com maior acuidade as reservas disponíveis, correspondendo à reserva técnica e econo-micamente aproveitável, levando-se em consideração a recuperação da lavra.
9.8.f - Reserva Lavrável
É a reserva in situ estabelecida no perímetro da unidade mineira determinado pelos limites da abertura de exaustão(cava ou flanco para céu aberto e realces ou câmaras para subsolo), excluindo os pilares de segurança e as zonasde distúrbios geomecânicos. Corresponde à reserva técnica e economicamente aproveitável levando-se em consi-deração a recuperação da lavra, a relação estéril/minério e a diluição (contaminação do minério pelo estéril) decor-rentes do método de lavra.As reservas de areia para construção civil, cascalho e rochas para produção de brita não são apresentadas, pois asreservas de areia para construção civil se localizam em grande maioria nos rios, onde são repostas, e as rochas paraprodução de brita são de origens variadas e abundantes.
As definições abaixo relacionadas foram extraídas do Sistema de Informações do Potencial Elétrico Brasileiro -SIPOT - Eletrobrás - Julho de 2008.
9.8.g - Remanescente
Resultado de estimativa realizada em escritório, a partir de dados existentes, sem qualquer levantamento comple-mentar, considerando um trecho do curso d’água, via de regra situado na cabeceira, sem determinar o local deimplantação do aproveitamento.
9.8.h - Individualizado
Resultado de estimativa realizada em escritório para um determinado local, a partir de dados existentes ou levan-tamentos expeditos, sem qualquer levantamento detalhado.
9.8.i - Inventário
Resultado de estudo da bacia hidrográfica, realizado para a determinação do seu potencial hidrelétrico, por meio daescolha da melhor alternativa de divisão de queda, caracterizada pelo conjunto de aproveitamentos compatíveisentre si e com projetos desenvolvidos, de forma a obter uma avaliação da energia disponível, dos impactos ambientaise dos custos de implantação dos empreendimentos.
133C A P Í T U L O 9
9.8.j - Viabilidade
Resultado da concepção global do aproveitamento, considerando sua otimização técnico-econômica, compreen-dendo o dimensionamento das estruturas principais e das obras de infraestrutura local, a definição da respectivaárea de influência, do uso múltiplo da água e dos efeitos sobre o meio ambiente.
9.8.l - Projeto Básico
Aproveitamento detalhado, com orçamento definido, em profundidade, que permita a elaboração dos documentosde licitação das obras civis e do fornecimento dos equipamentos eletromecânicos.
9.8.m - Construção
Aproveitamento que teve suas obras iniciadas, sem nenhuma unidade geradora em operação.
9.8.n - Operação
Aproveitamento que dispõe de pelo menos uma unidade geradora em operação. Os aproveitamentos só são consi-derados nos estágios “inventário”, “viabilidade” ou “projeto básico” se os respectivos estudos tiverem sido apro-vados pela ANEEL.
ANEXOS
BALA
NÇO
EN
ERG
ÉTIC
O D
O R
IO G
RAN
DE D
O S
UL
200
9 - A
NO
BAS
E 20
08
Geração de termoeletricidade a partir de energia solar em Almeria, na Espanha Foto: German Aerospace Center (DRL)
137A N E X O A
Tabela A.1 - Capacidade Instalada de Geração Elétrica no Brasil, no Período de 1974 a 2007
MW
ANO EÓLICA NUCLEAR TOTAIS
SP e/ouPIE
APE TOTALSP e/ou
PIEAPE TOTAL
SP e/ouPIE
APE TOTALSP e/ou
PIESP e/ou
PIEAPE TOTAL
1974 13.224 500 13.724 2.489 1.920 4.409 15.713 2.420 18.133
1975 15.815 501 16.316 2.436 2.216 4.652 18.251 2.717 20.968
1976 17.343 561 17.904 2.457 2.223 4.680 19.800 2.784 22.584
1977 18.835 561 19.396 2.729 2.214 4.943 21.564 2.775 24.339
1978 21.104 561 21.665 3.048 2.259 5.307 24.152 2.820 26.972
1979 23.667 568 24.235 3.573 2.411 5.984 27.240 2.979 30.219
1980 27.081 568 27.649 3.484 2.339 5.823 30.565 2.907 33.472
1981 30.596 577 31.173 3.655 2.441 6.096 34.251 3.018 37.269
1982 32.542 614 33.156 3.687 2.503 6.190 36.229 3.117 39.346
1983 33.556 622 34.178 3.641 2.547 6.188 37.197 3.169 40.366
1984 34.301 622 34.923 3.626 2.547 6.173 37.927 3.169 41.096
1985 36.453 624 37.077 3.708 2.665 6.373 657 40.818 3.289 44.107
1986 37.162 624 37.786 3.845 2.665 6.510 657 41.664 3.289 44.953
1987 39.693 636 40.329 3.910 2.665 6.575 657 44.260 3.301 47.561
1988 41.583 645 42.228 4.025 2.665 6.690 657 46.265 3.310 49.575
1989 44.172 624 44.796 4.007 2.665 6.672 657 48.836 3.289 52.125
1990 44.934 624 45.558 4.170 2.665 6.835 657 49.761 3.289 53.050
1991 45.992 624 46.616 4.203 2.665 6.868 657 50.852 3.289 54.141
1992 47.085 624 47.709 4.018 2.665 6.683 657 51.760 3.289 55.049
1993 47.967 624 48.591 4.127 2.847 6.974 657 52.751 3.471 56.222
1994 49.297 624 49.921 4.151 2.900 7.051 657 54.105 3.524 57.629
1995 50.680 687 51.367 4.197 2.900 7.097 657 55.533 3.587 59.120
1996 52.432 687 53.119 4.105 2.920 7.025 657 57.194 3.607 60.801
1997 53.987 902 54.889 4.506 2.920 7.426 657 59.150 3.822 62.972
1998 55.857 902 56.759 4.798 2.995 7.793 657 61.312 3.897 65.209
1999 58.085 912 58.997 5.217 3.309 8.526 657 63.960 4.221 68.181
2000 60.095 968 61.063 6.567 4.075 10.642 2.007 68.669 5.043 73.712
2001 61.551 972 62.523 7.559 4.166 11.725 2.007 71.117 5.138 76.255
2002 64.146 1.165 65.311 10.654 4.486 15.140 2.007 76.807 5.651 82.458
2003 66.587 1.206 67.793 11.693 5.012 16.705 2.007 80.287 6.218 86.505
2004 67.572 1.427 68.999 14.529 5.198 19.727 2.007 84.108 6.625 90.733
2005 69.274 1.583 70.858 14.992 5.272 20.293 27 2 29 2.007 86.300 6.858 93.158
2006 71.767 1.666 73.434 14.285 6.672 20.957 235 2 237 2.007 88.294 8.340 96.634
2007 73.622 3.249 76871 14.270 7.055 21.324 245 2 247 2.007 90.144 10.305 100.499
HIDRO TERMO
APE - AutoprodutorPIE - Produtor IndependenteSP - Serviço PúblicoInclui metade da Usina de ItaipuAs usinas PIE e SP da ANEEL, com parcelas de APE, estão classificadas em SP e/ou PIEAs usinas PIE da ANEEL, tradicionalmente APE, estão classificadas em APEFonte: Balanço Energético Nacional 2008
CAPACIDADE INSTALADA
ANEXO
A
138 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela A.2 - Capacidade Instalada de Geração em Usinas Hidroelétricas - UHE no RS
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Rio
Barra Grande 698.250 PIE 100% para Energética Barra Grande S/A.Anita Garibaldi SC Esmeralda
RSPelotas
Bugres 11.120 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Canela
RSSanta Cruz
Canastra 42.500 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Canela
RSSanta Maria
100 % para Companhia Energética Rio das Antas Nova Pádua RS
Nova Roma do Sul RS
PIE5% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia ElétricaAgudo RS
SP 95% para Dona Francisca Energética S/A Nova Palma RS
PIE 60,5% para Itá Energética S/A Aratiba RS
39,5% para Tractebel Energia S/A Itá RS
Jacuí 180.000 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia ElétricaSalto do Jacuí RS Jacuí
25,74% para Alcoa Alumínio S/A
5,27% para Camargo Corrêa Cimentos S/A
27,52% para Companhia Brasileira de Alumínio
5,53% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
2,73% para Departamento Municipal de Eletricidade
de Poços de Caldas
19,28% para Tractebel Energia S/A
8,29% para Valesul Alumínio S/A
5,62% para Votorantim Cimentos Brasil Ltda.
Monte Claro 130.000 PIE 100 % para Companhia Energética Rio das AntasBento Gonçalves RS
Veranópolis RSdas Antas
Passo Fundo 226.000 PIE 100% para Tractebel Energia S/AEntre Rios do Sul
RSPasso Fundo
Passo Real 158.000 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Salto do Jacuí
RSJacuí
14 de Julho 100.000 PIE 100 % para Companhia Energética Rio das AntasBento Gonçalves RS
Cotiporã RSdas Antas
Total 4.903.270
Jacuí
Itaúba100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia ElétricaPinhal Grande RS
Dona Francisca 125.000
Jacuí512.400 SP
Itá 1.450.000 Uruguai
Machadinho 1.140.000APE-COM
SPPelotas
Maximiliano de Almeida RS
Pirituba SC
Castro Alves 130.000 PIE das Antas
APE - AutoprodutorAPE-COM - Autoprodutor com comercialização do excedentePIE - Produtor IndependenteSP - Serviço PúblicoFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 14/08/2009
139A N E X O A
Tabela A.3 - Capacidade Instalada de Geração em Usinas Termoelétricas - UTE no RS
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Combustível
ClasseCombustível
Aeroporto de Bagé 54 REG100% para Empresa Brasileira de Infra-
Estrutura Aeroportuária
Bagé
RSÓleo Diesel Fóssil
Aeroporto
Internacional de Pelotas 128 REG
100% para Empresa Brasileira de Infra-
Estrutura Aeroportuária
Pelotas
RS Óleo Diesel Fóssil
Aeroporto
Internacional Salgado Filho 2.704 REG
100% para Empresa Brasileira de Infra-
Estrutura Aeroportuária
Porto Alegre
RS Óleo Diesel Fóssil
Alegrete 66.000 PIE 100% para Tractebel Energia S/AAlegrete
RS
Óleo
CombustívelFóssil
Aracruz Unidade
Guaíba (Riocell)47.000 APE-COM 100% para Aracruz Celulose S/A
Guaíba
RS
Lixívia (Licor
Negro)Biomassa
Associação PróEnsinoNovo Hanburgo 1.944 REG
100% para Associação Pró-Ensino Novo
Hamburgo
Novo Hamburgo
RS Óleo Diesel Fóssil
Camil Alimentos -
Camaquã4.000 REG 100% para Camil Alimentos S.A.
Itaqui
RSCasca de Arroz Biomassa
Central Termelétrica
de Geração (Forjasul)1.800 REG
100% para Forjasul Encruzilhada Indústria
de Madeiras Ltda
Encruzilhada
do Sul RS
Resíduos de
MadeiraBiomassa
Charqueadas 72.000 PIE 100% para Tractebel Energia S/ACharqueadas
RSCarvão Mineral Fóssil
Condomínio Canoas
Shopping Center1.334 REG
100% para Condomínio Canoas Shopping
Center
Canoas
RSÓleo Diesel Fóssil
Copesul 74.400 PIE100% para Companhia Petroquímica do
Sul
Triunfo
RS
Gás de
ProcessoOutros
Fuga Couros 1.296 REG 100% para Fuga Couros S.A.Marau
RSÓleo Diesel Fóssil
GEEA Alegrete 5.000 REG100% para Geradora de Energia Elétrica
Alegrete Ltda
Alegrete
RSCasca de Arroz Biomassa
Importadora e
Exportadora de Cereais 208 REG
100% para Importadora e Exportadora de
Cereais S/A.
Bento Gonçalves
RS Óleo Diesel Fóssil
Inject Campo Bom 1.296 REG100% para Inject Indústria de Injetados
Ltda
Campo Bom
RS
Inject Indústria de
Injetados496 REG
100% para Inject Indústria de Injetados
Ltda
Candelária
RSÓleo Diesel Fóssil
Itaqui 4.200 PIE 100% para Camil Alimentos S/AItaqui
RSCasca de Arroz Biomassa
Kappesberg 1.440 REG 100% para Moveis Kappesberg Ltda.Tupandi
RS
Maxxi Novo
Hamburgo720 REG
100% para WMS Supermercados do Brasil
Ltda.
Novo Hamburgo
RSÓleo Diesel Fóssil
Nutepa 24.000 SP100% para Companhia de Geração
Térmica de Energia Elétrica
Porto Alegre
RS
Óleo
CombustívelFóssil
Peruzzo 232 REG 100% para Peruzzo Supermercados Ltda.Bagé
RSÓleo Diesel Fóssil
Piratini 10.000 PIE 100% para Piratini Energia S/APiratini
RS
Resíduos de
MadeiraBiomassa
Presidente Médici
A e B446.000 SP
100% para Companhia de Geração
Térmica de Energia Elétrica
Candiota
RSCarvão Mineral Fóssil
REFAP 74.720 APE-COM 100% para Refinaria Alberto PasqualiniCanoas
RS
Óleo
CombustívelFóssil
São Borja 12.500 PIE 100% para São Borja Bioenergética S/ASão Borja
RSCasca de Arroz Biomassa
São Jerônimo 20.000 SP100% para Companhia de Geração
Térmica de Energia Elétrica
São Jerônimo
RSCarvão Mineral Fóssil
Sepé Tiaraju (Ex-
Canoas)160.573 PIE 100% para Petróleo Brasileiro S/A
Canoas
RSGás Natural Fóssil
Shopping Center
Iguatemi Porto Alegre4.440 REG
100% para Condomínio do Shopping
Center Iguatemi Porto Alegre
Porto Alegre
RSÓleo Diesel Fóssil
Souza Cruz
Cachoeirinha2.952 REG 100% para Souza Cruz S/A
Cachoeirinha
RSGás Natural Fóssil
Stepie Ulb 3.300 REG 100% para Stepie Ulb S/ACanoas
RSGás Natural Fóssil
Texon 648 REG100% para Indústria Farmacêutica Texon
Ltda.
Viamão
RSÓleo Diesel Fóssil
Urbano São Gabriel 2.220 REG 100% para Urbano Agroindustrial LtdaSão Gabriel
RSCasca de Arroz Biomassa
Uruguaiana 639.900 PIE100% para AES Uruguaiana
Empreendimentos Ltda
Uruguaiana
RSGás Natural Fóssil
Weatherford 334 REG100% para Weatherford Indústria e
Comércio Ltda
Caxias do Sul
RSGás Natural Fóssil
Total 1.687.839
APE-COM - Autoprodutor com comercialização do excedentePIE - Produtor IndependenteREG - RegistroSP - Serviço PúblicoFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 14/08/2009
140 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela A.4 - Capacidade Instalada de Geração em Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCH no RS
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Rio
Buricá 1.360 APE100% para Cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural Entre Rios Ltda
Independência RS
Inhacorá RSBuricá
Caçador 22.500 PIE 100% para Caçador Energética S/ANova Bassano RS
Serafina Corrêa RSCarreiro
Capigui 3.760 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Passo Fundo
RSCapigui
Carlos Gonzatto 9.000 PIE 100% para CN Energia S/ACampo Novo
RSTurvo
Colorado 1.120 SP 100% para Centrais Elétricas de Carazinho S/ATapera
RSPuitã
Cotiporã 19.500 PIE 100% para Cotiporã Energética S/ACotiporã
RSCarreiro
Cotovelo do Jacuí 3.340 APE100% para Cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural Ltda
Victor Graeff
RSJacuí
Da Ilha 26.000 PIE 10% para Da Ilha Energética S/AAntonio Prado RS
Veranópolis RSPrata
Ernestina 4.800 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Ernestina
RSJacuí
Esmeralda 22.200 PIE 100% para Esmeralda S/ABarracão RS
Pinhal RSBernardo José
Ferradura 9.200 PIE 100% para BT Geradora de Energia Elétrica S/AErval Seco RS
Redentora RSGuarita
Forquilha 1.000 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Maximiliano de Almeida
RSForquilha
Furnas do Segredo 9.800 PIE 100% para Jaguari Energética S/AJaguari
RSJaguari
Galópolis 1.500 PIE 100% para Galópolis Energia S.A.Caxias do Sul
RSArroio Pinhal
Guarita 1.760 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Erval Seco
RSGuarita
Herval 1.440 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Santa Maria do Herval
RSCadeia
Ijuizinho 1.000 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Eugênio de Castro
RSIjuizinho
Ijuizinho 3.600 APE100% para Cooperativa Regional de Eletrificação
Teutônia Ltda
Entre-Ijuís
RSIjuizinho
Jararaca 28.000 PIE 100% para Veneto Energética S/ANova Roma RS
Veranópolis RSPrata
Linha 3 Leste 14.335 APE100% para Cooperativa Regional de Energia e
Desenvolvimento Ijuí Ltda
Ijuí
RSIjuí
Linha Emília 19.500 PIE 100% para Linha Emília Energática S/ADois Lajeados
RSCarreeiro
Mata Cobra 2.880 SP 100% para Centrais Elétricas de Carazinho S/A.Carazinho
RSda Várzea
Ouro 16.000 PIE 100% para Ouro Energética S/ABarracão
RSMarmeleito
Passo de Ajuricaba 3.400 SP100% para Departamento Municipal de Energia
de Ijuí
Ijuí
RSIjuí
Passo do Inferno 1.332 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
São Francisco de Paula
RSSanta Cruz
Passo do Meio 30.000 PIE100% para Energética Campos de Cima da
Serra Ltda.
Bom Jesus RS
São Francisco de Paula RSRio das Antas
Rio São Marcos 2.200 PIE 100% para Hidrelétrica Rio São Marcos Ltda.Caxias do Sul RS
São Marcos RSSão Marcos
Salto Forqueta 6.124 APE100% para Cooperatica Regional de Eletrificação
Teutônia Ltda.
Putinga RS
São José do Herval RSForqueta
Santa Rosa 1.400 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Três de Maio
RSSanta Rosa
Santo Antônio 4.500 PIE100% para Cooperativa de Eletrificação e
Desenvolvimento da Fronteira Noroeste Ltda
Santa Rosa RS
Tres de Maio RSSanta Rosa
São Bernardo 15.000 PIE 100% para CJ EnergéticaBarracão RS
Esmeralda RSBernardo José
Total 287.551
APE - AutoprodutorPIE - Produtor IndependenteSP - Serviço PúblicoFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 14/08/2009
141A N E X O A
Tabela A.5 - Capacidade Instalada de Geração de Energia Eólica - EOL no RS
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município
Parque Eólico de Osório 50.000 PIE 100% para Ventos do Sul Energia S/AOsório
RS
Parque Eólico dos Índios 50.000 PIE 100% para Ventos do Sul Energia S/AOsório
RS
Parque Eólico Sangradouro 50.000 PIE 100% para Ventos do Sul Energia S/AOsório
RS
Total 150.000
PIE - Produtor IndependenteFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 14/08/2009
142 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Rio
Águas Termais da
Cascata Nazzari144 REG 100% para Nelcy Nazarri
Erechim RS
Gaurama RSCampo
Andorinhas 512 REG 100% para CPFL Sul Centrais Elétricas LtdaIjuí
RSPoritibu
Avante 1.000 REG 100% para Muxfeldt Marin & Cia. LtdaIbiaçá
RSLigeiro
Cafundó 986 REG 100% para Usina Hidro Elétrica Nova Palma LtdaJúlio de Castilhos RS
Nova Palma RSSoturno
Camargo 200 REG 100% para Hidroelétrica Camargo S/ACamargo
RSTaquari
Caraguatá 953 REG100% para Cooperativa de Eletrificação e
Desenvolvimento da Fronteira Noroeste Ltda
Campina das Missões RS
Salvador das Missões RSComandai
Cascata do Buricá 680 REG100% para Cooperativa Regional de Energia e
Desenvolvimento Ijuí Ltda
Chiapeta
RSBuricá
Catibiro 900 REG100% para Enor Geração e Comércio de Energia
Ltda.
Nova Prata
RS
Arroio
Chimarrão
Caxambu 760 APE 100% para Focking Partiocpações LtdaPanambi
RSCaxambu
Claudino Fernando
Picolli350 REG
100% para Cooperativa Regional de Eletrificação
Rural Ltda
Giruá RS
Santo Angelo RSComandai
Creral 1.000 APE 100 % para CreralNonoai
RS
Lajeado
do Tigre
Dona Maria Piana 990 REG 100% para Maria Piana Geração de Energia Ltda.Flores da Cunha
RSHerval
Dona Mirian 632 REG 100% para Consultoria Agropecuária Magrin Ltda.Capão Bonito do Sul
RS
Lajeado
dos Ivos
Estancado 700 REG 100% para Piaia Energética Ltda.Rio Grande
RS
Arroio
Estancado
Fazenda Santa
Sofia144 REG 100% para Nelcy Nazarri
Áurea RS
Getúlio Vargas RS
Arroio
Toldo
Frederico João
Cerutti1.000 REG 100% para Hidroelétrica Frederico João Cerutti S/A
Seberi
RSFortaleza
Guaporé 667 REG 100% para CPFL Sul Centrais Elétricas LtdaGuaporé
RSGuaporé
Ivaí 700 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
Júlio de Castilhos
RSIvaí
Linha Granja Velha 1.000 REG100% para Cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural de Médio Uruguais Ltda
Erval Seco RS
Taquaruçu do Sul RSFortaleza
Nova Palma 306 REG 100% para Usina Hidroelétrica Nova Palma LtdaJúlio de Castilhos RS
Nova Palma RSSoturno
Picada 48 240 REG100% para Firma de Mergulho Engenharia de
Participações Ltda.
Dois Irmãos
RS
Arroio
Feitoria
Pirapó 756 COM 100% para Terraplenagem Salvador LtdaRoque Gonzales
RSIjuí
Rio Alegre 760 REG 100% para Hidroelétrica Panambi S/ACondor
RSAlegre
Rio Fortaleza 880 REG100% para Cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural do Médio Uruguai Ltda.
Erval Seco RS
Seberi RSFortaleza
Rio Palmeira 740 SP 100% para Hidroelétrica Panambi S/A.Panambi
RSPalmeira
Saltinho 800 REG 100% para CPFL Sul Central Elétricas Ltda.Muitos Capões
RSSaltinho
São Marcos 600 COM 100 % para PCH Rio MarcosSão Marcos
RS
São
Marcos
Sarandi Santo
Antônio120 APE 100 % para Coperluz
Santa Rosa
RS
Santa
Rosa
Sede 500 SP100% para Departamento Municipal de Energia de
Ijuí
Ijuí
RSPotiribu
Soledade 882 APE100% para Cooperativa de Energia e
Desevolvimento Rurais Fontoura Xavier Ltda
Fontoura Xavier
RS
Arroio
Fão
Toca 1.000 SP100% para Companhia Estadual de Geração e
Transmissão de Energia Elétrica
São Francisco de Paula
RS
Santa
Cruz
Turvo 70 REG100% para Maria de Lourdes Lando (espólio de
Wolfang Low)
Campo Novo RS
Coronel Bicaco RSTurvo
Usina do Maringá 125 REG 100% para Irmãos Zanetti & Cia Ltda.Santo Antônio da Palma RS
Vila Maria RSArroio Jordão
Usina do Parque 160 REG 100% para Terraplenagem Salvador LtdaNova Prata RS
Protásio Alves RSPrata
Usina do Posto 780 REG100% para Cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural Ltda
Ibiaçá RS
Lagoa Vermelha RSForquilha
Total 22.037
APE - Autoprodutor COM – Comercializador REG - Registro SP - Serviço PúblicoFontes: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 14/08/2009 e Grupo CEEE
Tabela A.6 - Capacidade Instalada de Geração em Centrais Geradoras Hidroelétricas - CGHno RS
143A N E X O A
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Rio
Foz do Chapecó 855.000 PIE 100% para Foz do Chapecó Energia S/AÁguas de Chapecó SC
Alpestre SCUruguai
Monjolinho 67.000 PIE 100% para Monjolinho Energética S/AFaxinalzinho RS
Nonoai RSPasso Fundo
Passo São João 77.000 PIE 100% para Eletrosul Centrais Elétricas S/ADezesseis de Novembro RS
Roque Gonzales RSIjuí
São José 51.000 PIE 100 % para Ijuí Energia S/ARolador RS
Salvador das Missões RSIjuí
Total 1.050.000
PIE - Produtor IndependenteFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 24/08/2009
PIE - Produtor IndependenteFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 24/08/2009
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Combustível
ClasseCombustível
CAAL 3.825 PIE100% para Cooperativa Agroindustrial
Alegrete Ltda
Alegrete
RSCasca de Arroz Biomassa
Candiota III 350.000 PIE100% para Companhia de Geração
Térmica de Energia Elétrica
Candiota
RSCarvão Mineral Fóssil
Total 353.825
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Rio
Albano Machado 3.000 PIE 100% para Rio do Lobo Energia S.A.Nonoai RS
Trindade do Sul RS
Lajeado do
Lobo
Criúva 23.949 PIE 100% para Criúva Energética S/ACaxias do Sul RS
São Francisco de Paula RS
Lajeado
Grande
Engenheiro Ernesto
Jorge
Dreher
17.725 PIE 100% para Rincão do Ivaí Energia S/AJúlio de Castilhos RS
Salto do Jacui RSIvaí
Engenheiro
Henrique
Kotzian
13.000 PIE 100% para Capão da Convenção Energia S/AJúlio de Castilhos RS
Salto do Jacui RSIvaí
Marco Baldo 15.580 PIE100% para CESBE S/A Engenharia e
EmpreendimentosBraga RS Campo Novo RS Turvo
Moinho 13.700 PIE 100% para Moinho S/A. Barracão RS Pinhal RSBernardo
José
Palanquinho 24.165 PIE 100% para Serrana Energética S/ACaxias do Sul RS
São Francisco de Paula RS
Lajeado
Grande
Total 111.119
PIE - Produtor IndependenteFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 24/08/2009
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Rio
Pai Querê 292.000 PIE
15,4% Alcoa Alumínio S/A
4,5% DME Energética Ltda
80,1% Votorantim Cimentos Ltda
Bom Jesus RS
Lages SCPelotas
Total 292.000
PIE - Produtor IndependenteFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 24/08/2009
Tabela A.7 - Usinas Hidrelétricas - UHE em Construção no RS
Tabela A.8 - Usinas Termoelétricas - UTE em Construção no RS
Tabela A.9 - Pequenas Centrais Hidroelétricas - PCH em Construção no RS
Tabela A.10 - Usinas Hidroelétricas - UHE Outorgadas no RS
144 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Combustível
ClasseCombustível
Dom Pedrito 12.500 PIE 100% para Dom Pedrito Bioenergética S/ADom Pedrito
RS
Casca de
ArrozBiomassa
Jacuí 350.200 PIE 100% para Elétrica Jacuí S/ACharqueadas
RS
Carvão
MineralFóssil
Josapar 8.000 PIE100% para Josapar Joaquim Oliveira S/A
Participações
Pelotas
RS
Casca de
ArrozBiomassa
Josapar Itaqui 6.000 PIE100% para Josapar Joaquim Oliveira S/A
Participações
Itaqui
RS
Casca de
ArrozBiomassa
S.A.V. - Unisinos 4.600 REG 100% para Associação Antônio VieiraSão Leopoldo
RS
Gás
NaturalFóssil
Seival 542.000 PIE 100% para Usina Termelétrica Seival LtdaCandiota
RS
Carvão
MineralFóssil
Total 923.300
PIE - Produtor Independente REG - RegistroFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 24/08/2009
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Rio
Autódromo 24.000 PIE 100% para Autódromo Energética S/AGuaporé RS
Vista Alegre do Prata RSCarreiro
Boa Fé 24.000 PIE 100% para Boa Fé Energética S/ANova Bassano RS
Serrafina Correa RSCarreiro
Monte Cuco 30.000 PIE100% para PCH Performance Centrais Hidrelétricas
Ltda
Anta Gorda RS
Guaporé RSGuaporé
Pezzi 20.000 PIE100% para Energética Campos de Cima da Serra
Ltda
Bom Jesus RS
Jaquirana RSAntas
Primavera do Rio
Turvo30.000 PIE 100% para Hidrotérmica S/A
Ipê RS
Protásio Alves RSTurvo
Pulador 6.400 PIE100% para Cooperativa de Energia e
Desevolvimento Rurais Fontoura Xavier Ltda
Itapuca RS
União da Serra RSPulador
Quebrada Funda 16.000 PIE 100% para Hidrotérmica S/ABom Jesus RS
Jaquirana RSAntas
Rio dos Índios 8.000 PIE 100% para Casa de Pedra Energia Ltda.Nonoai
RSDos Índios
São Paulo 16.000 PIE 100% para São Paulo Energética S/AGuaporé RS
Nova Bassano RSCarreiro
Tambaú 8.806 PIE 100% para Tambaú Energética S.A.Erval Seco
RSGuarita
Toca do Tigre 12.000 PIE100% para CESBE S/A - Engenharia e
Empreendimentos
Braga RS
Campo Novo RSTurvo
Total 195.206
PIE - Produtor IndependenteFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 24/08/2009
Tabela A.11 - Usinas Termoelétricas - UTE Outorgadas no RS
Tabela A.12 - Pequenas Centrais Hidroelétricas - PCH Outorgadas no RS
145A N E X O A
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município Rio
Barracão 934 REG 100% para Clínica Respiratus Sociedade SimplesBento Gonçalves
RSBurati
Braga 520 REG100% para Cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural do Médio Uruguai Ltda
Cristal do Sul
RSBraga
Caa-Yari 1.000 REG 100% para J.H.M. Geração Elétrica LtdaCrissiumal RS
Tiradentes do Sul RS
Lajeado
Grande
Carlos Bevilácqua 800 REG100% para Cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural do Médio Uruguai Ltda
Seberi
RSFortaleza
Cascata do Barreiro 280 REG100% para Cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural do Médio Uruguai Ltda
Novo Barreiro RS
Palmeira das Misssões RS
Lajeado
Grande
Galópolis 540 REG100% para Pro Bios Consultoria e Participações
Ltda
Caxias do Sul
RS
Arroio
Pinhal
Moinho 270 REG100% para Cooperativa de Energia e
Desenvolvimento Rural do Médio Uruguai Ltda
Novo Tiradentes
RSJaboticaba
Total 4.344
REG - RegistroFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 25/08/2009
Tensão N° de LTs km LTs N° de LTs km LTs
69 kV 15 232,56 - -
138kV 15 760,05 1 12,50
230kV 75 5.034,19 16 911,10
500 kV - - 9 837,20
Total 105 6.026,80 26 1.760,80
CEEE-GT Eletrosul
Fontes: Grupo CEEE e EletrosulObs: As linhas pertencentes às distribuidoras não estão contempladas na tabela.
Tabela A.13 - Usinas Eólicas - EOL Outorgadas no RS
Tabela A.14 - Centrais Geradoras Hidroelétricas - CGH Outorgadas no RS
Tabela A.15 - Linhas de Transmissão no RS
UsinaPotência
(kW)Destino da
EnergiaProprietário Município
Parque Eólico
de Palmares7.562 PIE 100% para Ventos do Sul Energia S/A
Palmares do Sul
RS
Parque Eólico
Elebrás Cidreira 170.000 PIE 100% para Elebrás Projetos Ltda
Tramandaí
RS
Parque Eólico
Elebrás Santa
Vitória
do Palmar 1
126.000 PIE 100% para Elebrás Projetos LtdaSanta Vitória do Palmar
RS
Parque Eólico
Giruá11.050 PIE 100% para Ecoprojeto Ltda
Giruá
RS
Parque Eólico
Pinhal9.350 PIE 100% para Ecoprojeto Ltda
Palmares do Sul
RS
Parque Eólico
Tainhas I15.000 PIE 100% para Energia Regenerativa Brasil Ltda
São Francisco de Paula
RS
Parque Eólico
Xangri-lá II6.000 PIE 100% para Energia Regenerativa Brasil Ltda
Capão da Canoa
RS
Piloto de Rio
Grande4.500 REG 100% para Petróleo Brasileiro S/A
Rio Grande
RS
Total 249.462
PIE - Produtor IndependenteREG - RegistroFonte: ANEEL - site www.aneel.gov.br - 25/08/2009
146 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela B.1 - Dados Mundiais de Petróleo em 2006 e 2007
Tabela B.2 - Dados Mundiais de Derivados de Petróleo em 2006
Tabela B.3 - Dados Mundiais de Gás Natural em 2006 e 2007
DADOS MUNDIAIS DE ENERGIA
ANEXO
B
Produtores 106 t Mundial Exportadores(1) 106 t Importadores(2) 106 t Consumidores 106 tRússia 487 12,4% Arábia Saudita 358 Estados Unidos 587 Estados Unidos 1.044
Arábia Saudita 483 12,3% Rússia 248 Japão 203 China 369
Estados Unidos 310 7,9% Irã 130 China 145 Japão 265
Irã 218 5,5% Nigéria 119 Coreia do Sul 120 Rússia 157
China 188 4,8% Noruega 109 Índia 111 Alemanha 133
México 173 4,4% Emirados Árabes 106 Alemanha 110 Índia 129
Canadá 157 4,0% México 99 Itália 94 Canadá 113
Venezuela 138 3,5% Canadá 93 França 82 Brasil 111
Kuwait 136 3,5% Venezuela 89 Espanha 61 Coreia do Sul 109
Emirados Árabes 131 3,3% Kuwait 88 Reino Unido 59 Arábia Saudita 105
Demais Países 1.516 38,4% Demais Países 764 Demais Países 713 Demais Países 1.757
Mundo 3.937 100% Mundo 2.204 Mundo 2.285 Mundo 4.292
Fonte: Key World Energy Statistcs - 2008Nota: Produtores, ano 2007. Exportadores, Importadores e Consumidores, ano 2006.(1) Considerado somente países com exportações líquidas positivas.(2) Considerado somente países com importações líquidas positivas.
Produtores 106 t Mundial Exportadores 106 t Importadores 106 tEstados Unidos 840 22,0% Rússia 88 Estados Unidos 110
China 298 7,8% Países Baixos 83 Países Baixos 72
Rússia 217 5,7% Estados Unidos 65 Singapura 57
Japão 196 5,1% Singapura 62 Japão 47
Índia 146 3,8% Arábia Saudita 58 China 44
Coreia 122 3,2% Coreia 38 França 38
Alemanha 121 3,2% Venezuela 35 Alemanha 37
Canadá 101 2,6% Kuwait 34 Espanha 28
Itália 99 2,6% Índia 32 Reino Unido 27
Arabia Saudita 99 2,6% Reino Unido 29 Coreia 21
Demais Países 1.577 41,4% Demais Países 474 Demais Países 445
Mundial 3.816 100% Mundial 998 Mundial 926
Fonte: Key World Energy Statistcs - 2008
Produtores 109 m3 Mundial Exportadores 109 m3 Importadores 109 m3 Consumidores 109 m3
Rússia 651 21,5% Rússia 192 Estados Unidos 130 Estados Unidos 618
Estados Unidos 546 18,0% Canadá 107 Japão 96 Rússia 470
Canadá 183 6,0% Noruega 85 Alemanha 88 Irã 105
Irã 107 3,5% Argélia 63 Itália 74 Alemanha 103
Noruega 91 3,0% Países Baixos 56 Ucrânia 50 Canadá 93
Argélia 90 3,0% Turcomenistão 51 França 43 Reino Unido 91
Países Baixos 76 2,5% Catar 38 Turquia 36 Japão 89
Reino Unido 76 2,5% Indonésia 34 Espanha 34 Ucrânia 89
Indonésia 70 2,3% Malásia 32 Coreia 33 Itália 84
China 68 2,2% Estados Unidos 23 Reino Unido 31 Arábia Saudita 73
Demais Países 1.074 35,5% Demais Países 220 Demais Países 283 Demais Países 1.171
Mundo 3.031 100% Mundo 900 Mundo 899 Mundo 2.985
Fonte: Key World Energy Statistcs - 2008Nota: Produtores, Exportadores e Importadores, ano 2007, e Consumidores, ano 2006.
147A N E X O B
Tabela B.4 - Dados Mundiais de Carvão Mineral em 2006 e 2007
Tabela B.5 - Dados Mundiais de Eletricidade em 2006
Tabela B.6 - Dados Mundiais de Energia Nuclear em 2006
Produtores
106 tCarvão
Metalúr-gico*
106 tCarvãoVapor
Exportadores
106 tCarvão
Metalúr-gico
Importadores
106 tCarvão
Metalúr-gico
Consumidores
106 tCarvãoMineral
(total)
China1 2.549 ** Austrália 244 Japão 182 China 2.578
Estados Unidos 981 71 Indonésia 202 Coreia 88 Estados Unidos 1.115
Índia 452 33 Rússia 100 Taipé Chinesa 69 Índia 543
Austrália 323 72 Colômbia 67 Índia 54 Alemanha 272
África do Sul 244 0 África do Sul 67 Reino Unido 50 Rússia 264
Rússia 241 72 China 54 China 48 Japão 197
Indonésia 231 28 Estados Unidos 53 Alemanha 46 África do Sul 195
Polônia 90 58 Canadá 30 Estados Unidos 33 Austrália 156
Cazaquistão 83 3 Vietnã 30 Itália 25 Polônia 155
Colômbia 72 0 Cazaquistão 23 Espanha 24 Coreia do Sul 98
Demais Países 277 608 Demais Países 47 Demais Países 273 Demais Países 1.147
Mundo 5.543 945 Mundo 917 Mundo 892 Mundo 6.720
Fonte: Key World Energy Statistcs - 20081 - Inclui Hong Kong* Inclui carvão recuperado (recovered coal)** Incluso no carvão mineralNota: Produtores, Exportadores e Importadores, ano 2007, e Consumidores, ano 2006.
Produtores TWh Mundial Exportadores TWh Importadores TWh Consumidores TWh
Estados Unidos 4.274 22,6% França 72 Alemanha 48 Estados Unidos 4.052
China 2.864 15,1% Alemanha 65 Itália 47 China 2.676
Japão 1.091 5,8% Paraguai 46 Estados Unidos 43 Japão 1.050
Rússia 994 5,3% Canadá 43 Brasil 41 Rússia 872
Índia 744 3,9% Suíça 31 Suíça 34 Índia 558
Alemanha 629 3,3% Estados Unidos 24 Países Baixos 27 Alemanha 591
Canadá 612 3,2% República Checa 24 Canadá 24 Canadá 547
França 569 3,0% Russia 21 Austria 21 França 479
Brasil 419 2,2% Polonia 16 Bélgica 19 Brasil 390
Coreia 402 2,1% Áustria 14 Suécia 18 Reino Unido 375
Demais Países 6.332 33,5% Demais Países 258 Demais Países 285 Demais Países 5.787
Mundo 18.930 100% Mundo 614 Mundo 607 Mundo 17.377
Fonte: Key World Energy Statistcs - 2008
Produtores TWh MundialCapacidadeInstalada
GWPaís (10 maioresprodutores mundiais) *
% EnergiaNuclear no
Total degeração do
País **
Estados Unidos 816 29,2% Estados Unidos 99 França 79%
França 450 16,1% França 63 Suécia 47%
Japão 303 10,8% Japão 48 Ucrânia 47%
Alemanha 167 6,0% Rússia 22 Coreia 37%
Rússia 156 5,6% Alemanha 20 Japão 28%
Coreia 149 5,3% Coreia 17 Alemanha 27%
Canadá 98 3,5% Ucrânia 13 Reino Unido 19%
Ucrânia 90 3,2% Canadá 13 Estados Unidos 19%
Reino Unido 75 2,7% Reino Unido 10 Canadá 16%
Suécia 67 2,4% Suécia 9 Rússia 16%
Demais Países 422 15,2% Demais Países 55 Demais Países *** 80%
Mundial 2.793 100% Mundial 369 Mundial 15%
Fonte: Key World Energy Statistcs - 2008Notas:*Exclui países sem produção nuclear** Percentual na geração interna total*** Exclui países que não utilizam energia nuclear
148 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela B.7 - Dados Mundiais de Geração Hidroelétrica em 2005 e 2006
Tabela B.8 - Dados Mundiais de Geração com Combustíveis Fósseis em 2006
2006 2005 2006
Produtores TWh MundialCapacidadeInstalada*
GW País ** Hidro***
China 436 14,0% China 118 Noruega 98,5%
Canadá 356 11,3% Estados Unidos 99 Brasil 83,2%
Brasil 349 11,2% Brasil 71 Venezuela 72,0%
Estados Unidos 318 10,2% Canadá 72 Canadá 58,0%
Rússia 175 5,6% Japão 47 Suécia 43,1%
Noruega 120 3,8% Rússia 46 Rússia 17,6%
Índia 114 3,6% Índia 32 índia 15,3%
Japão 96 3,1% Noruega 28 China 15,2%
Venezuela 79 2,5% França 25 Japão 8,7%
Suécia 62 2,0% Itália 21 Estados Unidos 7,4%
Demais Países 1.016 32,7% Demais Países 308 Demais Países **** 14,3%
Mundial 3.121 100% Mundial 867 Mundial 16,4%
Fonte: Key World Energy Statistcs - 2008Notas:* Baseada na produção** Baseado nos 10 maiores produtores mundiais*** Percentual na geração interna total**** Exclui países sem geração hidrelétrica
Carvão TWh Petróleo TWh Gás Natural TWh
China 2.301 Japão 121 Estados Unidos 839
Estados Unidos 2.128 Arábia Saudita 94 Rússia 458
Índia 508 Estados Unidos 81 Japão 254
Alemanha 302 México 54 Itália 158
Japão 299 China 51 Irã 148
África do Sul 236 Itália 46 Reino Unido 141
Austrália 199 Indonésia 39 México 114
Rússia 179 Irã 35 Tailândia 94
Coreia 153 Kuwait 35 Espanha 90
Reino Unido 152 Índia 31 Arábia Saudita 86
Demais Países 1.298 Demais Países 509 Demais Países 1.425
Mundial 7.755 Mundial 1.096 Mundial 3.807
Fonte: Key World Energy Statistcs - 2008
149A N E X O B
Tabela B.9 - Preços Internos ao Consumidor de Alguns Energéticos nos Países da AméricaLatina, em Junho de 2006
Tabela B.10 - Preços ao Consumidor de Alguns Energéticos em Países Selecionados no Pri-meiro trimestre de 2008
Gasolina Óleo dieselQuero-
sene
Combus-tível deaviação
ÓleoCombus-
tível
GLP(US$/kg)
Residen-cial
Comer-cial
Indus-trial
Argentina 1,65 2,53 2,07 3,33 1,30 0,41 9,72 6,30 6,40
Barbados 2,72 1,35 1,23 0,41 0,41 1,30 21,39 22,70 22,40
Bolívia 1,76 1,75 1,28 1,28 1,31 0,29 6,72 10,14 4,68
Brasil 4,45 3,26 1,98 2,25 1,03 1,16 19,06 16,64 12,37
Colômbia 2,27 1,73 2,94 2,52 1,20 0,43 9,12 10,95 8,40
Costa Rica 3,72 2,54 2,86 2,53 1,37 1,17 8,06 10,46 8,41
Cuba 1,70 1,89 0,32 2,38 1,30 0,24 20,61 10,97 8,67
Chile 4,34 3,23 3,13 2,45 1,92 1,31 13,06 13,98 8,53
Equador 1,31 0,90 0,90 1,16 0,69 0,12 12,50 11,00 9,66
El Salvador 3,34 2,82 2,79 3,14 1,65 1,05 14,34 14,54 14,00
Grenada 2,03 1,54 1,14 n/d n/d 0,98 22,10 23,40 18,80
Guatemala 3,54 2,72 2,33 2,48 1,18 0,77 11,79 11,57 11,21
Guyana 2,67 2,31 1,97 2,91 1,09 1,07 21,51 25,10 23,25
Haiti 2,08 1,41 1,27 1,27 0,36 0,41 7,18 10,59 10,12
Honduras 3,36 2,99 2,28 2,76 2,04 0,92 7,76 12,84 10,40
Jamaica 3,23 2,96 2,84 2,90 1,45 0,89 24,50 23,04 18,69
México 2,22 1,79 1,84 2,32 1,21 0,56 7,85 19,50 10,06
Nicarágua 3,60 3,04 3,20 2,56 1,68 0,85 17,13 21,42 16,61
Panama 3,02 2,50 2,60 2,50 1,48 0,79 12,71 12,43 10,36
Paraguai 3,23 2,90 1,81 1,55 1,24 1,00 6,17 6,58 4,14
Peru 3,58 3,29 3,54 n/d 1,22 0,48 12,40 10,02 7,31
Rep. Dominicana 4,06 3,07 3,22 2,80 1,92 0,96 0,58 0,38 0,42
Suriname 2,25 1,65 1,45 1,46 0,27 0,77 18,26 18,44 13,36
Trinidade Y Tobago 1,81 1,00 1,00 2,35 1,00 0,40 3,60 3,90 2,80
Uruguai 5,09 3,60 3,38 3,49 1,66 1,18 15,61 10,44 6,49
Venezuela 0,12 0,09 0,15 0,18 0,12 0,21 4,50 4,02 3,17
EletricidadePreços em Centavos US$ / kWh
PetróleoPreços em US$ por Galão
País
Fonte: OLADE - Energia em Cifras- Versão nº 18, Novembro - 2007Nota: Um barril = 42 galões americanos / 1 barril = 159,98 litros.
Gasolina Óleo dieselÓleo Combus-
tível industrial**Óleo Combus-
tível residencialResidencial Industrial
França 2,030 1,537 0,568 1,186 0,173 0,061
Itália 2,055 1,616 0,627 1,858 0,272 0,255
Coreia 1,733 nd 0,682 1,061 0,096 0,068
Brasil*** 1,352 1,087 nd nd 0,153 0,109
México 0,656 0,481 0,384 nd 0,108 0,112
Noruega 2,317 1,760 nd 1,570 0,175 0,065
Portugal 2,070 1,655 0,763 1,334 0,233 0,141
Espanha 1,637 1,397 0,614 1,138 0,187 0,090
Suiça 1,654 1,563 nd 0,948 0,156 0,094
Turquia 2,599 2,180 0,980 2,061 0,158 0,132
Reino Unido 2,067 1,854 nd 1,047 0,227 0,134
Estados Unidos* 0,820 0,932 0,519 0,907 0,103 0,063
Austria 1,812 1,252 0,658 1,178 0,226 0,142
Nova Zelândia 1,354 0,881 0,476 nd 0,178 0,077
Polonia 1,791 1,401 0,594 1,197 0,179 0,115
Alemanha 2,099 1,630 0,545 1,077 nd nd
Derivados do PetróleoPreços em US$ por litro
País
EletricidadePreços em Centavos US$ / kWh
Fonte: Key World Energy Statistcs 2008Nota: Preços de 2008, dólar médio venda de 2008 - Banco Central - R$ 1,8375.*Preços de eletricidade estão sem impostos.**Considerando-se 1000 kg por m³ a densidade do óleo combustível.***Para Derivados de Petróleo dados da ANP de julho de 2008. Para a eletricidade dados da ANEEL de 2008.
150 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela B.11 - Preços ao Consumidor de Eletricidade em Estados Selecionados em 2009
Residencial B1com impostos
Residencial B1sem impostos
B1 - Impostoarrecadado por
mil kWh
Tarifa médiaIndustrial por
mil kWh
Paraná 391,83 286,04 105,79 178,01
Minas Gerais 538,91 377,24 161,67 247,36
Rio Grande do Sul 464,14 324,90 139,24 219,56
São Paulo 399,63 299,72 99,91 220,11
Rio de Janeiro 492,16 344,51 147,65 256,45
Maranhão 558,03 418,52 139,51 289,52
Tocantins 547,43 410,57 136,86 311,89
Ceará 520,03 379,62 140,41 190,42
Alagoas 516,03 387,02 129,01 221,64
Acre 494,41 370,81 123,60 366,90
Piauí 484,04 387,23 96,81 207,55
Rondônia 478,83 397,43 81,40 310,02
Bahia 447,34 326,56 120,78 193,02
Pernambuco 430,76 323,07 107,69 216,06
Amazonas 428,18 321,14 107,05 308,53
Sergipe 429,72 313,70 116,02 194,32
Rio Grande do Norte 398,36 298,77 99,59 178,34
Pará 425,74 319,31 106,44 219,73
Distrito Federal 324,55 243,41 81,14 174,61
Amapá 237,70 197,29 40,41 192,22
Goiás 398,71 295,05 103,66 164,03
Paraíba 520,24 379,78 140,46 218,80
Mato Grosso 519,03 363,32 155,71 248,77
Santa Catarina 374,02 280,52 93,51 220,30
Roraima 426,33 353,85 72,48 376,23
Espírito Santo 415,96 311,97 103,99 244,83
Mato Grosso do Sul 525,26 367,68 157,58 267,61
BRASIL 450,37 223,18
Unidade Federativa
Preço da Eletricidade ao Consumidor no Brasil por mil kWh
Fontes: Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL - Junho de 2009 e Informativo Tarifário MME/SEE/DSGE - Junho de 2009Elaboração: Balanço Energético do RS 2009 - Ano Base 2008
151A N E X O C
Tabela C.1 - Relações entre Unidades
Tabela C.2 - Coeficientes de Equivalência Calórica
Exponenciais Equivalências Relações práticas
(k) kilo = 10³ 1 m³ = 6,28981 barris
(M) mega = 106 1 barril = 0,158987 m³ 1 tep ano = 7,2 bep ano
(G) giga = 109 1 joule = 0,239 cal 1 bep ano = 0,14 tep ano
(T) tera = 1012 1 Btu = 252 cal 1 tep ano = 0,02 bep dia
(P) peta = 1015 1 m³ de petróleo = 0,872 t (em 1994) 1 bep dia = 50 tep ano
(E) exa = 1018 1 tep = 10000 Mcal
tep - tonelada equivalente de petróleobep - barril equivalente de petróleoFonte: Balanço Energético Nacional 2008
Unidade físicaÓleo
combustível (m3)Gás natural
seco (mil m³)Carvão Mineral
5200 (t)GLP(m³)
Lenha(t)
Carvão vegetal(t)
Óleo combustível (m³) 1 1,09 1,94 1,56 3,06 1,48
Gás natural seco (1000 m³) 0,92 1 1,78 1,43 2,8 1,36
Carvão Mineral 5200 (t) 0,52 0,56 1 0,8 1,58 0,76
GLP (m³) 0,64 0,7 1,25 1 1,97 0,95
Lenha (t) 0,33 0,36 0,63 0,51 1 0,49
Carvão vegetal (t) 0,67 0,73 1,31 1,05 2,06 1
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
UNIDADES
ANEXO
C
152 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela C.3 - Fatores de Conversão para Massa
Tabela C.4 - Fatores de Conversão para Volume
Tabela C.5 - Fatores de Conversão para Energia
Tabela C.6 - Coeficientes de Equivalência Médios para os Combustíveis Gasosos
kg t tl tc lb
Quilograma (kg) 1 0,001 0,000984 0,001102 2,2046
Tonelada métrica (t) 1000 1 0,984 1,1023 2204,6
Tonelada longa (tl) 1016 1,016 1 1,12 2240
Tonelada curta (tc) 907,2 0,9072 0,893 1 2000
Libra (lb) 0,454 0,000454 0,000446 0,0005 1
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
m³ l gal (EUA) gal (RU) bbl pé³
metros cúblicos (m³) 1 1000 264,2 220 6,289 35,3147
litros (l) 0,001 1 0,2642 0,22 0,0063 0,0353
galões (EUA) 0,0038 3,785 1 0,8327 0,02381 0,1337
galões (RU) 0,0045 4,546 1,201 1 0,02859 0,1605
barris (bbl) 0,159 159 42 34,97 1 5,615
pés cúbicos (pé³) 0,0283 28,3 7,48 6,229 0,1781 1
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
J BTU cal kWh
Joule (J) 1 947,8 x 10-6 0,23884 277,7 x 10
-9
British Thermal Unit (BTU) 1,055 x 10³ 1 252 293,07 x 10-6
Caloria (cal) 4,1868 3,968 x 10-3 1 1,163 x 10
-6
Quilowatt-hora (kWh) 3,6 x 106 3412 860 x 10³ 1
Ton. equivalente de petróleo (tep) 41,87 x 109
39,68 x 106
10 x 109 11,63 x 10³
Barril equivalente de petróleo (bep) 5,95 x 109
5,63 x 106
1,42 x 109 1,65 x 10³
Fonte: Balanço Energético Nacional 2008
Mil Metros Cúbicos giga-caloriatep
(10000kcal/kg)
beptec
(7000kcal/kg)
giga-joulemilhões
BTU
megawatt-hora(860
kcal/kWh)
Gás natural úmido 9,93 0,993 6,99 1,419 41,58 39,4 11,55
Gás natural seco 8,8 0,88 6,2 1,257 36,84 34,92 10,23
Gás de coqueria 4,3 0,43 3,03 0,614 18 17,06 5
Gás canalizado Rio de Janeiro 3,8 0,38 2,68 0,543 15,91 15,08 4,42
Gás canalizado São Paulo 4,5 0,45 3,17 0,643 18,84 17,86 5,23
tep - tonelada equivalente de petróleobep - barril equivalente de petróleotec - tonelada equivalente de carvão mineralFonte: Balanço Energético Nacional 2008
153A N E X O C
Tabela C.7 - Coeficientes de Equivalência Médios para os Combustíveis Líquidos
Tabela C.8 - Coeficientes de Equivalência Médios para os Combustíveis Sólidos
Toneladasgiga
caloria
tep(10000
kcal/kg)bep
tec(7000
kcal/kg)
gigajoule
milhõesBTU
megawatt-hora(860
kcal/kWh)
Petróleo 8,90 0,89 6,27 1,27 37,25 35,30 10,35
Óleo diesel 8,48 0,85 5,97 1,21 35,52 33,66 9,87
Óleo combustível 9,59 0,96 6,75 1,37 40,15 38,05 11,15
Gasolina automotiva 7,70 0,77 5,42 1,10 32,22 30,54 8,95
Gasolina de aviação 7,63 0,76 5,37 1,09 31,95 30,28 8,88
GLP 6,11 0,61 4,30 0,87 25,56 24,22 7,10
Nafta 7,65 0,77 5,39 1,09 32,05 30,37 8,90
Querosene iluminante 8,22 0,82 5,79 1,17 34,40 32,60 9,56
Querosene de aviação 8,22 0,82 5,79 1,17 34,40 32,60 9,56
Álcool etílico anidro 5,34 0,53 3,76 0,76 22,35 21,19 6,21
Álcool etílico hidratado 5,01 0,51 3,59 0,73 21,34 20,22 5,93
Gás de refinaria 6,55 0,66 4,61 0,94 27,43 26,00 7,62
Coque de petróleo 8,73 0,87 6,15 1,25 36,53 34,62 10,15
Outros energéticos de petróleo 8,90 0,89 6,27 1,27 37,25 35,30 10,35
Asfaltos 10,18 1,02 7,17 1,46 42,63 40,40 11,84
Lubrificantes 8,91 0,89 6,27 1,27 37,29 35,34 10,36
Solventes 7,81 0,78 5,50 1,12 32,69 30,98 9,08
Outros não energéticos de petróleo 8,90 0,89 6,27 1,27 37,25 35,30 10,35
tep - tonelada equivalente de petróleobep - barril equivalente de petróleotec - tonelada equivalente de carvão mineralFonte: Balanço Energético Nacional 2008
Toneladasgiga
caloria
tep(10000
kcal/kg)bep
tec(7000
kcal/kg)
gigajoule
milhõesBTU
megawatt-hora(860
kcal/kWh)
Carvão vapor 3100 kcal/kg 2,95 0,30 2,08 0,42 12,35 11,70 3,43
Carvão vapor 3300 kcal/kg 3,10 0,31 2,18 0,44 12,98 12,30 3,61
Carvão vapor 3700 kcal/kg 3,50 0,35 2,46 0,50 14,65 13,89 4,07
Carvão vapor 4200 kcal/kg 4,00 0,40 2,82 0,57 16,75 15,87 4,65
Carvão vapor 4500 kcal/kg 4,25 0,43 2,99 0,61 17,79 16,86 4,94
Carvão vapor 4700 kcal/kg 4,45 0,45 3,13 0,64 18,63 17,66 5,18
Carvão vapor 5200 kcal/kg 4,90 0,49 3,45 0,70 20,52 19,44 5,70
Carvão vapor 5900 kcal/kg 5,60 0,56 3,94 0,80 23,45 22,22 6,51
Carvão vapor 6000 kcal/kg 5,70 0,57 4,01 0,81 23,86 22,62 6,63
Carvão vapor sem especificação 2,85 0,29 2,01 0,41 11,93 11,31 3,31
Carvão metalúrgico nacional 6,42 0,64 4,52 0,92 26,88 25,47 7,47
Carvão metalúrgico importado 7,40 0,74 5,21 1,06 30,98 29,36 8,61
Lenha 3,10 0,31 2,18 0,44 12,98 12,30 3,61
Caldo de cana 0,62 0,06 0,44 0,09 2,61 2,47 0,72
Melaço 1,85 0,19 1,30 0,26 7,75 7,34 2,15
Bagaço de cana 2,13 0,21 1,50 0,30 8,92 8,45 2,48
Lixívia 2,86 0,29 2,01 0,41 11,97 11,35 3,33
Coque de carvão mineral 6,90 0,69 4,86 0,99 28,89 27,38 8,02
Carvão vegetal 6,46 0,65 4,55 0,92 27,05 25,63 7,51
Alcatrão 8,55 0,86 6,02 1,22 35,80 33,93 9,94
tep - tonelada equivalente de petróleobep - barril equivalente de petróleotec - tonelada equivalente de carvão mineralFonte: Balanço Energético Nacional 2008
154 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela C.9 - Densidades e Poderes Caloríficos Inferiores - 2006
FontesDensidade
kg/m³ (1)
PoderCalorífico
Inferiorkcal/kg
FontesDensidade
kg/m³ (1)
PoderCalorífico
Inferiorkcal/kg
Alcatrão 1.000 8.550 Carvão Vegetal 250 6.460
Álcool Etílico Anidro 791 6.750 Coque de Carvão Mineral - 6.900
Álcool Etílico Hidratado 809 6.300 Coque de Petróleo 1.041 8.390
Asfalto 1.040 9.790 Eletricidade (3) - 860
Bagaço de Cana (4) - 2.130 Energia Hidráulica (3) - 860
Caldo de Cana - 623 Gás de Coqueria (2) - 4.300
Carvão Metalúrgico Importado - 7.400 Gás de Refinaria 780 8.400
Carvão Metalúrgico Nacional - 6.420 Gás Liquefeito de Petróleo 550 11.100
Carvão Vapor 2900 Kcal/kg - 2.793 Gás Natural Seco (2) - 8.800
Carvão Vapor 3100 Kcal/kg - 2.950 Gás Natural Úmido (2) - 9.930
Carvão Vapor 3300 Kcal/kg - 3.100 Gasolina A (5) 742 10.550
Carvão Vapor 3700 Kcal/kg - 3.500 Gasolina Automotiva 740 10.400
Carvão Vapor 4000 Kcal/kg - 3.800 Gasolina de Aviação 720 10.600
Carvão Vapor 4200 Kcal/kg - 4.000 Lenha Catada 300 3.100
Carvão Vapor 4400 Kcal/kg - 4.141 Lenha Comercial 390 3.100
Carvão Vapor 4500 Kcal/kg - 4.250 Lixívia - 2.860
Carvão Vapor 4700 Kcal/kg - 4.450 Lubrificantes 880 10.120
Carvão Vapor 5200 Kcal/kg - 4.900 Melaço - 1.850
Carvão Vapor 5500 Kcal/kg - 5.200 Nafta 720 10.630
Carvão Vapor 5900 Kcal/kg - 5.600 Óleo Combustível 1.000 9.590
Carvão Vapor 6000 Kcal/kg - 5.700 Óleo Diesel 840 10.100
Carvão Vapor 6300 Kcal/kg - 6.110 Outros Energéticos de Petróleo 872 10.200
Carvão Vapor 6500 Kcal/kg - 6.200Outros Não-energéticos de
Petróleo873 10.200
Carvão Vapor 6800 Kcal/kg - 6.400 Petróleo 870 10.200
FINOS - 2.570 Querosene de Avião 790 10.400
ROM - 2.430 Querosene Iluminante 790 10.400
Carvão Vapor sem
Especificação- 2.850 Solventes 740 10.550
(1) À temperatura de 20°C, para derivados de petróleo e de gás natural(2) kcal/m³(3) kcal/kWh(4) Bagaço com 50% de umidade(5) Fonte: Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo e do Gás Natural 2008 - ANPOs conteúdos de caldo-de-cana e melaço são determinados em função dos respectivos componentes, sacarose e outrosFonte: Balanço Energético Nacional 2008
155A N E X O C
C.1 - Poder Calorífico
Define-se como a quantidade de energia interna contida no combustível, sendo que, quanto mais alto for o podercalorífico, maior será a energia contida.Um combustível é constituído, sobretudo, de hidrogênio e carbono, tento o hidrogênio o poder calorífico de 28.700kcal/kg, enquanto que o carbono é de 8.140 kcal/kg, por isso, quanto mais rico em hidrogênio for o combustível,maior será o seu poder calorífico.Há dois tipos de poder calorífico:• poder calorífico superior PCS• poder calorífico inferior PCI
C.1.a - Poder Calorífico Superior
É a quantidade de calor produzido por 1 kg de combustível quando este entra em combustão, em excesso de ar, eos gases da descarga são resfriados, de modo que o vapor d’água neles seja condensado.
C.1.b - Poder Calorífico Inferior
É a quantidade de calor que pode produzir 1 kg de combustível, quando este entra em combustão com excesso dear, e gases da descarga são resfriados até o ponto de ebulição da água, evitando assim que a água contida nacombustão seja condensada.Como a temperatura dos gases de combustão é muito elevada nos motores endotérmicos, a água contida neles seencontra sempre no estado de vapor, portanto, o que deve ser considerado é o poder calorífico inferior e não osuperior.
Fórmulas para determinar o poder calorífico inferior de alguns combustíveis:
Combustível Cálculo de PCIGasolina PCI = (PCS – 780) kcal/kgBenzol PCI = (PCS – 415) kcal/kgÁlcool etílico PCI = (PCS – 700) kcal/kgÓleo diesel PCI =(PCS – 730) kcal/kgÁlcool metílico PCI = (PCS – 675) kcal/kg
PCI = Poder Calorífico InferiorPCS = Poder Calorífico Superior
156 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela C.10 - Fatores de Conversão para Tep Médio
Unidade 2005 2006 2007 2008Álcool Etílico Anidro m
3 0,534 0,534 0,534 0,534
Álcool Etílico Hidratado m3 0,510 0,510 0,510 0,510
Asfalto m3 1,018 1,018 1,018 1,018
Bagaço de Cana t 0,213 0,213 0,213 0,213
Caldo de Cana t 0,062 0,062 0,062 0,062
Carvão Metalúrgico Importado t 0,740 0,740 0,740 0,740
Carvão Metalúrgico Nacional t 0,642 0,642 0,642 0,642
Carvão Vapor 2900 Kcal/kg t 0,279 0,279 0,279 0,279
Carvão Vapor 3100 Kcal/kg t 0,295 0,295 0,295 0,295
Carvão Vapor 3300 Kcal/kg t 0,310 0,310 0,310 0,310
Carvão Vapor 3700 Kcal/kg t 0,350 0,350 0,350 0,350
Carvão Vapor 4000 Kcal/kg t 0,380 0,380 0,380 0,380
Carvão Vapor 4100 Kcal/kg t 0,390 0,390 0,390 0,390
Carvão Vapor 4200 Kcal/kg t 0,400 0,400 0,400 0,400
Carvão Vapor 4400 Kcal/kg t 0,414 0,414 0,414 0,414
Carvão Vapor 4500 Kcal/kg t 0,425 0,425 0,425 0,425
Carvão Vapor 4700 Kcal/kg t 0,445 0,445 0,445 0,445
Carvão Vapor 5200 Kcal/kg t 0,490 0,490 0,490 0,490
Carvão Vapor 5500 Kcal/kg t 0,520 0,520 0,520 0,520
Carvão Vapor 5900 Kcal/kg t 0,560 0,560 0,560 0,560
Carvão Vapor 6000 Kcal/kg t 0,570 0,570 0,570 0,570
Carvão Vapor 6300 Kcal/kg t 0,611 0,611 0,611 0,611
Carvão Vapor 6500 Kcal/kg t 0,620 0,620 0,620 0,620
Carvão Vapor 6800 Kcal/kg t 0,640 0,640 0,640 0,640
Carvão Vapor FINOS Kcal/kg t 0,257 0,257 0,257 0,257
Carvão Vapor ROM Kcal/kg t 0,243 0,243 0,243 0,243
Carvão Vapor sem Especificação t 0,285 0,285 0,285 0,285
Carvão Vegetal t 0,646 0,646 0,646 0,646
Casca de Arroz t 0,295 0,295 0,295 0,295
Coque de Carvão Mineral t 0,690 0,690 0,690 0,690
Coque de Petróleo m3 0,873 0,873 0,873 0,873
Eletricidade MWh 0,086 0,086 0,086 0,086
Gás de Coqueria 103
m3 0,430 0,430 0,430 0,430
Gás de Refinaria 103
m3 0,655 0,655 0,655 0,655
Gás Liquefeito de Petróleo m3 0,611 0,611 0,611 0,611
Gás Natural Seco 103
m3 0,880 0,880 0,880 0,880
Gás Natural Úmido 103
m3 0,993 0,993 0,993 0,993
Gasolina A m3 0,783 0,783 0,783 0,783
Gasolina C (Gasolina Automotiva) m3 0,770 0,770 0,770 0,770
Gasolina de Aviação m3 0,763 0,763 0,763 0,763
Hidráulica MWh 0,086 0,086 0,086 0,086
Lenha Comercial t 0,310 0,310 0,310 0,310
Lixívia t 0,286 0,286 0,286 0,286
Lubrificantes m3 0,891 0,891 0,891 0,891
Melaço t 0,185 0,185 0,185 0,185
Nafta m3 0,765 0,765 0,765 0,765
Óleo Combustível Médio m3 0,959 0,959 0,959 0,959
Óleo Diesel m3 0,848 0,848 0,848 0,848
Outras Renováveis tep 1,000 1,000 1,000 1,000
Outras Secundárias - Alcatrão m3 0,855 0,855 0,855 0,855
Outros Energéticos de Petróleo m3 0,890 0,890 0,890 0,890
Outros Não-Energéticos de Petróleo m3 0,890 0,890 0,890 0,890
Petróleo m3 0,887 0,887 0,887 0,887
Querosene de Aviação m3 0,822 0,822 0,822 0,822
Querosene Iluminante m3 0,822 0,822 0,822 0,822
Solventes m3 0,781 0,781 0,781 0,781
Urânio contido no UO2 kg 3,908 3,908 3,908 3,908
Urânio U3O8 kg 0,139 0,139 0,139 0,139
Fontes: Balanço Energético Nacional 2008, Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo e do Gás Natural 2008 - ANP e Balanço Energético do RioGrande do Sul 2005 - 2007
157A N E X O D
No Anexo D do BERS 2005 - 2007, encontra-se uma breve descrição das leis da termodinâmica.Com base em alguns casos de levantamentos práticos de informações de consumo de energéticos para produçãode outros energéticos, examinam-se os rendimentos termodinâmicos de centros de transformação, que são exem-plos de constatação prática da Segunda Lei da Termodinâmica.O enunciado de Kelvin-Planck para a Segunda Lei da termodinâmica é: “Não se pode construir um dispositivo quepor si só, sem intervenção do meio exterior, consiga transformar integralmente em trabalho o calor absorvido deuma fonte a uma dada temperatura uniforme”.
O rendimento1 de uma máquina térmica é calculado pela expressão:
Sendo:
- Rendimento da máquina térmicaEu - Energia útil obtida pela máquina térmica em uma dada unidade de tempoEt - Energia total consumida pela máquina térmica na mesma unidade de tempo da EuEp - Energia perdida pela máquina térmica.
Trabalho:Energia útil
Fonte quente - Temperatura T 1
Fonte fria: Temperatura T 2
MáquinaTérmica
CASOS PRÁTICOS DA APLICAÇÃO DAS LEIS DA TERMODINÂMICA
ANEXO
D
1 O rendimento também pode ser calculado pela expressão 100*(T1-T2)/T1. Daí decorre que, quanto maior a temperatura da fonte quente e menor atemperatura da fonte fria, maior será o rendimento. Ocorre que elevadas temperaturas geram pressões e problemas para a contenção do vapor d’água,implicando em custos consideráveis.
� = (Eu/Et)*100
Ep = Et - Eu
�
158 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tanto a energia total de entrada, como a energia útil de saída, precisam ser convertidas para a mesma unidade quepode ser a quilocaloria - kcal ou o quilojoule - kJ (unidades do Sistema Internacional), ou mesmo a toneladaequivalente de petróleo - tep (não pertence ao Sistema Internacional de medida, mas é largamente utilizada naconfecção de balanços energéticos). Os coeficientes de conversão de unidades energéticas para kcal encontram-sena tabela C.8 do Anexo C. A conversão para tep encontra-se na tabela C.9 do mesmo anexo.
Caso 1 - Usina Térmica de Candiota (uso de carvão vapor)
Caso 2 - Usina Térmica de Piratini (uso de lenha)
Percebe-se que a energia útil é sempre menor que a energia total de entrada (a energia efetivamente consumidapela máquina térmica). De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, sempre ocorre perda de energia. Aenergia perdida é obtida pela diferença entre a energia total efetivamente consumida e a energia útil gerada. Orendimento, como já se viu, será a razão da energia produzida e da energia efetivamente consumida pelamáquina multiplicada por 100. Nenhuma máquina, a luz da Segunda Lei da Termodinâmica, conseguirá apresen-tar rendimento de 100%.
AnoCarvão consumido
(ton)
Energia de entradana Usina
(bilhões de Kcal)
Energia Elétricaproduzida
(MWh)
Energia Elétricaproduzida
(biilhões de Kcal)Rendimento
2005 2.115.877 6.559,22 1.701.444,72 1.395,18 21,27
2006 1.966.762 6.096,96 1.716.053,98 1.407,16 23,08
2007 1.816.958 5.632,57 1.199.113,28 983,27 17,46
2008 1.636.709 5.073,80 926.079,15 759,38 14,97
Fontes: CRM e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008Nota: Considerados os valores de carvão CE 3.300 vendidos pela CRM à CGTEE.
Ano Madeira consumida (ton)Energia de entrada
na Usina(bilhões de Kcal)
Energia Elétricaproduzida
(MWh)
Energia Elétricaproduzida
(bilhões de Kcal)Rendimento
2005 124.415 385,69 35.663,61 110,56 28,67
2006 128.749 399,12 42.888,05 132,95 33,31
2007 129.671 401,98 39.615,44 122,81 30,55
2008 141.871 439,80 44.129,03 136,80 31,10
Fontes: Piratini Energia e Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2009 - Ano Base 2008
159A N E X O E
No anexo E do BERS 2005 - 2007, consta uma breve explicação da energia solar. O sol faz incidir na terra maisenergia em uma hora do que toda energia usada pela humanidade durante um ano inteiro. contudo, essa energiatem características de grande pulverização e o seu aproveitamento ainda implica em custos elevados, embora como passar do tempo os custos das várias modalidades de energia solar vem caindo. Nesse anexo serão apresentadosos casos mais comuns da aplicação prática da energia solar.Com o auxílio de células fotovoltaicas, a energia do sol pode ser convertida diretamente em energia elétrica, tantono uso em edificações, como em usinas de produção de energia elétrica solares. Também se pode aproveitar aenergia solar para aquecimento de água e outros fluidos em residências e indústrias, bem como melhorar ascondições de refrigeração ou de aquecimento de ambientes, com expressivas economias de gastos com energiaelétrica em sistemas de ar condicionado. As principais modalidades de aproveitamento da energia solar são:
E.1 - Energia Fotovoltaica
Quando a luz solar incide nos módulos de células fotovoltaicas, cargas positivas e negativas são separadas, dandoorigem à possibilidade de armazenamento de carga elétrica em uma bateria. As células fotovoltaicas são conectadasadequadamente uma nas outras com o objetivo de obter-se elevadas correntes e voltagens. Providências tecnológicassão tomadas para proteger as células fotovoltaicas dos ataques normais que sofrem das intempéries.Mais de 90% das células fotovoltaicas empregadas mundo afora consistem de chips de silício cristalino. Há doistipos de células fotovoltaicas. Ou elas são cortadas de uma simples haste de cristal ou de um bloco com muitoscristais, e assim, na primeira situação, podem ser chamadas de células fotovoltaicas monocristalinas e, na segunda,de multicristalinas. Células cristalinas têm aproximadamente 0,2 milímetros de espessura. De outro lado, o chama-do filme de célula fotovoltaica tem espessura inferior a 0,01 milímetros e requer uma quantidade significativamentemenor de material semicondutor. Filme fino de células fotovoltaicas pode ser confeccionado com custos menoresem economias de escala, o que poderá acontecer com o crescimento futuro da energia fotovoltaica no mercadomundial futuro. No entanto, apresentam menor eficiência que células fotovoltaicas cristalinas, o que significa quemais superfície para exposição e material para instalação são necessários para uma mesma performance. Um fatordecisivo para os investidores na seleção de células fotovoltaicas é evidentemente o custo por kWh da energia solar.
ENERGIA SOLAR
ANEXO
E
160 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
E.1.a - Diagrama de Funcionamento de Célula Fotovoltaica
1) Eletrodo negativo2) Eletrodo positivo3) Silício com dopagem n4) Silício com dopagem p5) Camada de separação
Há dois tipos de sistemas fotovoltaicos: a) os conectados a rede de energia elétrica, por serem ligados ao sistemainterligado de energia elétrica e injetarem a energia fotovoltaica no sistema interligado. Evidente que para isso acorrente e tensão elétrica, oriunda do sistema fotoelétrico, terá de ser convertida em corrente alternada e em níveisde tensão compatíveis com os verificados no sistema interligado; b) os sistemas fotovoltaicos não ligados aosistema interligado, chamados de sistemas isolados (fora do sistema interligado).
Sistema fotovoltaico instalado ao nível do solo Foto: German Aerospace Center (DRL)
É interessante assinalar que mais de 90% dos sistemas fotovoltaicos atualmente são implementados, na condiçãode sistemas, que são ligados ao sistema interligado. Além do módulo fotovoltaico esses sistemas contam cominversores1 que convertem a energia fotovoltaica em energia elétrica compatível com aquela disponível no sistemainterligado. O inversor de potência também monitora o funcionamento do sistema fotovoltaico e do sistema interli-gado e desliga o sistema fotovoltaico do sistema interligado quando de falhas.Existem sistemas fotovoltaicos em diferentes classes de potência, dependendo da área de aplicação. Sistemasentre 1 kW e 5 kW são instalados principalmente em residências simples, as quais, durante o ano, geram umaquantidade de energia que supre parte ou toda a necessidade de energia da residência, sendo necessários 10metros quadrados de coletor solar para cada 1 kW de potência.
1 Inversores são sistemas eletroeletrônicos que convertem energia em corrente contínua em energia em corrente alternada.
161A N E X O E
Sistemas fotovoltaicos podem ser construídos com potência tão elevada quanto seja necessário. Sistemas entre 10kW e 100 kW de potência são, utilizados, na maioria das vezes em escolas, prédios públicos, prédios de escritórios,edificações agrícolas, etc. Na Alemanha, o maior sistema fotovoltáico em um telhado tem uma potência de saída de5 MW. O maior sistema fotovoltaico atual da Alemanha teve a performance de 40 MW, contando com uma super-fície de módulos solares superior a 400.000 metros quadrados.Sistemas fotovoltaicos não conectados ao sistema interligado são implantados em lugares onde não existe osistema interligado. Sistemas isolados são construídos em muitas diferentes dimensões. Pequenas plantas sãoutilizadas para o recarregamento de baterias, em luminárias de rodovias, sistemas de controle de tráfico, sistemasautomáticos de estacionamento, etc.Sistemas fotoelétricos de grande porte podem ser empregados separadamente do sistema interligado. Redes elé-tricas com alimentadores podem ser construídas a partir desses sistemas para alimentar pequenas cidades emesmo edificações isoladas com energia elétrica. Antes de ser lançada nos alimentadores, a corrente elétrica éprimeiramente convertida em corrente alternada por um inversor de potência. Para possibilitar um sistema depotência mais firme durante todo o tempo, a combinação de energia fotovoltaica com energia eólica e com siste-mas elétricos que utilizam como combustível biocombustíveis ou mesmo o diesel são possíveis e desejáveis.Sistemas fotovoltaicos de pequeno porte podem, em determinadas circunstâncias, receber reforço por intermédiode sistemas elétricos alimentados com fluidos (biocombustível, diesel, etc.). Nas áreas rurais, combustíveis parageradores podem ser transportados por longas distâncias. Regiões rurais remotas sem acesso ao sistema interliga-do podem ser energizadas com subsistemas elétricos (alimentadores de distribuição ou sistemas de subtransmissão),já que isso pode significar a economia de vultosos recursos necessários para a expansão do sistema interligadopara regiões longínquas.Sistemas fotovoltaicos também podem ser empregados para assegurar suprimento de energia, nos casos de siste-mas interligados instáveis. Funcionando na condição de injeção de energia fotovoltaica, no sistema interligado, oinversor de potência injeta energia fotovoltaica no sistema interligado. Se o suprimento de energia falhar, o sistemafotovoltaico é separado do sistema interligado e a parte principal da unidade consumidora passa a ser alimentadapelo sistema fotovoltaico e pela bateria.
E.1.b - Desenvolvimento de Mercado de Células Fotovoltaicas no Mundo, em 2007
Gráfico E.1 - Mercado de Células Fotovoltaicas no Mundo
Espanha
23,00%
Japão
8,00%
Alemanha
47,00%
Outros Países
8,00%Demais países da
Europa
6,00%
Estados Unidos
8,00%
162 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Graças à efetiva promoção do governo, pode-se verificar um significativo incremento anual da capacidade depotência instalada de sistemas solar na Alemanha, País líder no segmento, segundo gráfico E.2.Somente na Alemanha há atualmente mais de 430.000 sistemas elétricos fotovoltaicos, totalizando uma potêncianominal de 3.800 MW. A indústria dos coletores fotovoltaicos tem crescido significativamente nos últimos anos, eesse crescimento vigoroso provavelmente continuará a acontecer no mundo nos próximos anos.
Gráfico E.2 - Capacidade Instalada na Alemanha
E.1.c - Condições Gerais Favoráveis para o Emprego de Células Fotovoltaicas
O desenvolvimento da tecnologia e aplicação de células fotovoltaicas mundo afora, tem ocorrido via apoio governa-mental, onde se destaca o caso da Alemanha. Sendo a energia fotovoltaica ainda uma solução cara, a intervençãodo governo se torna necessária de várias formas.No caso europeu, em função da grande malha de transmissão existente, o foco acaba se tornando interessantetambém com energia fotovoltaica.Para assegurar investimentos crescentes, tanto nos sistemas de transmissão, como nos sistemas fotovoltaicos, sãonecessárias regras regulatórias claras que permitam o acesso dos geradores ao sistema interligado e que possibi-litem que tenham lucros com os investimentos que efetivarem. Investimentos com coletores solares, em regiões deelevadas irradiações solares, evidentemente aumentam o retorno dos investimentos, o que é desejável.A experiência prática com a energia fotovoltaica em países desenvolvidos, como é o caso da Alemanha, demonstraque, para a atividade passar a ser vantajosa e lucrativa, faz-se importante ir construindo o mercado fotovoltaicosistematicamente, já que isto não acontecerá sem apoio governamental. Para tal, um programa consistente deimplantação da energia fotovoltaica se faz necessário sem perder de vista que este deverá contemplar o longoprazo, e que obviamente sirva para alavancar a demanda por energia solar. A implantação de uma estruturaadequada para o florescimento da energia fotovoltaica requer planejamento a longo prazo. A experiência de algunspaíses desenvolvidos demonstra que a demanda precisa ser primeiramente criada, pois, a partir dela, a produçãoserá uma decorrência, se claramente um mercado fotovoltaico existir.
E.1.d - Perspectiva Mundial
Há a expectativa de um forte crescimento da demanda por coletores solares no mundo, especialmente em funçãoda tendência de queda dos preços dos coletores solares e a tendência crescente de produção de energia elétricacom fontes menos poluidoras e menor dependência de energia elétrica importada.O foco reside em materiais alternativos de construção de coletores solares, de sorte a reduzir a quantidade de silícionecessária. Os novos processos resultarão em custos decrescentes para a produção de energia elétrica por meio decoletores solares.A experiência mundial com plantas de coletores solares de larga escala demonstra a possibilidade de produção deenergia elétrica de origem fotovoltaica em larga escala, com maior independência do consumo de combustíveis
4479 83
157
600
850 850
1100
13,39,5
0
100
200
300
400
500
600
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800
900
1000
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
cap
acid
ade
anu
al in
stal
ada
(MW
)ef
icaz
Fonte: BSW (German Solar Industry Association)
1100
163A N E X O E
fósseis não renováveis para a produção de eletricidade. A existência dessa opção adicional de produção de eletrici-dade aumenta a segurança do suprimento de eletricidade. Quando integrada com outras alternativas de produçãorenovável de eletricidade, os sistemas fotovoltaicos podem atender perfeitamente às exigências de energia deedificações individuais e mesmo de exigências locais. Pode fazer parte de sistemas de distribuição de energiaelétrica ou de subtransmissão local, providenciando uma fonte de produção de eletricidade descentralizada, segura,limpa e vindouramente barata de suprimento de energia elétrica para muitas localidades distantes ou isoladas.
E.2 - Sistema de Aquecimento Solar
O uso de energia solar para aquecimento vem sendo empregado há muitos anos em diversas partes do mundo. A energiasolar pode ser empregada para aquecimento de água (e também de outros fluidos) para gerar calor e aquecimento.
E.2.a - Diagrama de Funcionamento de Aquecimento de Água Residencial
1) Coletor2) Tanque de armazenamento solar3) Boiler4) Estação solar5) Ponto de consumo de água quente (exemplo: chuveiro)
Em muitos países, a energia solar vem sendo empregada para o aquecimento de água em residências. Há umesforço significativo de introduzir a energia solar para aquecimento em edifícios, complexos residenciais, hotéis eem setores comerciais. Nas aplicações domésticas, há geralmente dois tipos de sistemas, os que são usadosapenas para aquecer água tratada e os que são usados também para providenciar aquecimento ambiental (siste-mas duais).Aproximadamente a metade das instalações atuais de aquecimento solar serve somente para aquecer água trata-da. São projetadas para que no verão sejam responsáveis pela água quente necessária. No inverno, no entanto, oaquecimento de água é geralmente suprido, usando-se, para aquecimento do boiler gás, óleo combustível oumadeira, que é aquecido por energia solar nos dias ensolarados. Isso significa para o caso dos países desenvolvi-dos, que têm temperaturas médias anuais abaixo das médias verificadas no Brasil, que cerca de 60% do calornecessário pode ser suprido por energia solar.Sistemas duais também providenciam aquecimento geral que abrangem uma fatia de mercado de 50%. Seuscoletores solares têm grandes áreas superficiais e fornecem um calor extra para as construções durante os mesesdo outono e da primavera.
1
5
2 3 4
164 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Em termos típicos, o percentual da energia solar responde por 20 a 30% de energia do total de energia necessária,dependendo de como bem isolada a residência é e a quantidade de energia necessária. Existem casas especiaisque conseguem obter de 50 a 100% de toda a energia requerida para aquecimento a partir da energia solar.
E.2.b - Mercado de Aquecimento Solar no Mundo
Gráfico E.3 - Desenvolvimento de Mercado de Aquecimento Solar no Mundo
O número de sistemas solares e a produção de calor continuarão crescendo nos próximos anos.Em 2006, sistemas térmicos solares para aquecimento de água e construções atingiram uma capacidade de 105GW na soma mundial. Estudos indicam que o crescimento desse setor será maior que espantosos 15% ao ano.Para se ter ideia, atualmente 5% das residências da Alemanha usam energia térmica solar, e cerca de um milhão desistemas solares térmicos foram instalados em telhados da Alemanha. Estima-se que, no final de 2008, a Alemanhajá dispusesse de 10 milhões de metros quadrados de coletores solares, representando uma potência instalada totalda ordem de 7.300 MW.
E.2.c - Condições Gerais para o Crescimento do Setor de Aquecimento Solar
Em função da necessidade de medidas de proteção do meio ambiente com redução das emissões de CO2, queocorrem com a utilização de derivados do petróleo para aquecimento, bem como da própria tendência de aumentodos preços do petróleo, a União Europeia estabeleceu como meta, que em 2020, pelo menos 20% da energianecessária seja suprida por fontes energéticas renováveis. No caso da Alemanha, os cidadãos são incentivados autilizarem sistemas de energia solar e recebem garantias e subsídios para optarem pela utilização de sistemassolares de aquecimento. Em 2009, um percentual do calor requerido para novas edificações devem ser supridos porfontes energéticas renováveis, como exemplo, a utilização de boilers aquecidos com madeira, sistemas de aqueci-mento geotérmicos e outros.
E.2.d - Perspectiva Mundial
A importância da energia solar para aquecimento foi subestimada por longo tempo. Graças ao crescimento acentu-ado dos preços de energia, o quadro mudou um pouco. No futuro, instalações de aquecimento solar serão instala-das em hotéis, prédios residenciais e outras edificações. Os sistemas térmicos solares auxiliarão os sistemas derefrigeração no verão. Empresas e instituições de pesquisas na Europa estão tentando otimizar tais sistemas - hámais de duzentas instalações experimentais do tipo - tornando-os mais compactos, mais baratos e mais desejáveispara pequenas aplicações de energia. A tecnologia solar futurística de aquecimento poderá representar reduçõesde consumo de energia e dar contribuições significativas para o meio ambiente.
265.000 350.000471.000 540.000 623.000 700.000
800.000940.000
2.000.000
1.034.000
> 5.000.000
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
3.000.000
3.500.000
4.000.000
4.500.000
5.000.000
Un
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0
10
20
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40
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70
80
90
100
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h)
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2012 2020
165A N E X O E
E.2.e - Coletores Solares
Há três tipos de coletores solares. A forma simples de coletor solar é o plástico absorvedor não esmaltado. Nessecaso, a água é bombeada por meio de mangueiras ou tapetes de plástico pretos e é usada para aquecer piscinasa céu aberto. Temperaturas de 30 ºC a 50 ºC são tipicamente obtidas por intermédio desse método.A maior parcela dos coletores solares usados em países desenvolvidos é plana (representado 90% na Alemanha).O absorvedor solar, que converte radiação solar em calor, está contido em uma caixa isolada e esmaltada paraimpedir perdas térmicas. Coletores solares geralmente trabalham na faixa de 60 ºC e 90 ºC.
E.2.f - Tubos Coletores com Vácuo
São capazes de operar com grande eficiência em função das perdas de calor serem reduzidas devido a fortepressão negativa nos tubos de vidro. Um coletor contém um determinado número de tubos.Coletores a ar são um tipo especial de coletores planos. O ar é usado como transferidor de calor e usado paraaquecer construções e salas. A água também pode ser aquecida instalando nele trocadores de calor ar-água. O araquecido também pode ser utilizado diretamente para secar produtos agrícolas.
E.3 - Energia Solar para Produção de Eletricidade em Escala Industrial
Examina-se, a seguir, plantas que utilizam energia solar para produção de eletricidade em escala industrial.
E.3.a - Breve Exame dos Aspectos Tecnológicos
Princípio de funcionamento do concentrador de raios solares
O croqui demonstra em grandes linhas o processo de concentração dos raios solares. A radiação direta é concentra-da por meio da utilização de refletores parabólicos. A energia concentrada dessa forma é transformada em vaporgerando eletricidade de forma convencional.O arranjo solar da planta parabólica consiste de diversos filas de paralelas de coletores, de 20 a 150 metros decomprimento, que são feitos de refletores parabólicos. Esses refletores concentram a energia solar que incide efornece energia térmica a tubos com água que é assim aquecida. A radiação solar concentrada nos tubos deabsorção de calor aquece a água por intermédio de um trocar de calor para temperaturas da ordem de 400 ºC. Ovapor de água resultante alimenta um gerador, semelhante ao convencional a vapor ou turbina a gás. Plantas, numtotal de nove, utilizando concentradores parabólicos, já estão produzindo eletricidade a preços razoáveis, por quase
Refletor
Engenho Receptor
166 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tubo Absorvidor
Refletor
Canalização Solar
20 anos, no deserto do Mojave na Califórnia - Estados Unidos (plantas com capacidade combinada de 354 MW,sendo a maior potência instalada do gênero no mundo, abastecendo de energia elétrica cerca de 500.000 habitan-tes). Até o momento, essas nove plantas já geraram mais de 12 TWh de energia elétrica. A primeira planta de porteeuropeia foi instalada em Andaluzia, no Sul da Espanha, prevista para operar em 2009. Trata-se de uma usina comtrês unidades geradoras de 50 MW cada e uma área para coletar energia solar de 512.000 metros quadrados, queirá suprir com energia elétrica renovável em torno de 200.000 pessoas.Outra tecnologia pode ser chamada de coletores de Fresnel, sendo uma decorrência da tecnologia de refletoresparabólicos. Com esses coletores, arranjos de refletores concentram a energia solar, que assim pode aquecer evaporizar a água no tubo de absorção de calor. Devido a um refletor secundário acima do tubo de absorção, essessistemas exigem uma área de superfície refletora menor para a mesma potência de saída.Nas plantas com torre solar, a radiação solar é concentrada num trocador de calor por centenas de refletores que seposicionam automaticamente. Temperaturas podem atingir 1.300 ºC, valores significativamente maiores que osobtidos por meio de refletores parabólicos.
Princípio de funcionamento
Princípio de funcionamento da torre solar
Receptor Central
Helioestatos
167A N E X O E
Geração de termoeletricidade a partir de energia solar em Almeria na Espanha Foto: German Aerospace Center (DRL)
No entanto, o calor criado no interior do absorvedor é geralmente utilizado para gerar eletricidade por meio de umaturbina a vapor ou a gás. A primeira planta de torre solar europeia foi construída perto de Sevilha, na Espanha, eatinge uma potência de saída de 11 MW.Há ainda um projeto interessante em andamento baseado em uma planta de torre solar na Alemanha com objetivo dearmazenar energia solar para ser utilizada na redução das flutuações de produção de energia solar em função dosproblemas de variação da irradiação solar. Isso significa que a produção de eletricidade pode se tornar mais indepen-dente da disponibilidade momentânea de irradiação solar. A experiência e os ganhos advindos com essa plantaexperimental, única no mundo até o momento, poderá representar a base para a otimização dos projetos futuros.Com o sistema solar de refletores solares móveis, um refletor parabólico pode girar em dois eixos e reflete osraios solares em um recipiente térmico posicionado no ponto focal. Isso pode produzir temperaturas maiores que1.000 ºC. Óleo é tipicamente um meio usado para transferir essas elevadas temperaturas. Esse calor é utilizadopara gerar vapor de água para movimentar a turbina do gerador elétrico. A saída elétrica dos refletores individu-ais varia de 10 a 50 kW por sistema, e o mesmo procedimento é aplicado para vários arranjos.Com os sistemas de refletores móveis, um sistema de giro é conectado abaixo do receptor térmico de fluido, nessecaso, uma placa. O equipamento converte a energia térmica diretamente em trabalho mecânico ou eletricidade.Com esses sistemas, níveis de eficiência de mais de 30% podem ser obtidos. Há exemplos experimentais instala-dos na plataforma solar em Almeria, na Espanha. Esses sistemas são desejáveis para operações contínuas eisoladas. Também oferecem a possibilidade de conexão de diversas instalações individuais para criar uma fazendasolar e podem atender uma necessidade considerável de eletricidade.
168 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
E.3.b - Perspectiva Mundial
Gráfico E.4 - Preço da Energia Solar em Função da Capacidade Instalada
O gráfico representa o custo dos sistemas de termoeletricidade solar como função do aumento cumulativo dacapacidade instalada. Para nove plantas parabólicas construídas de 1984 a 1991, no deserto da Califórnia, a potên-cia total é de 354 MW.Nos Estados Unidos, bem como em países europeus, com destaque para a Alemanha, os governos têm sustentadoo desenvolvimento de plantas de energia termoelétrica solar por diversos anos. A Alemanha detém a liderançamundial na disponibilização desses sistemas solares.Tem se obtido ganhos expressivos na construção e operação de diversos sistemas termoelétricos solares pioneirosem países desenvolvidos, estando a Alemanha na liderança tecnológica até o momento. Esses projetos têm forçadoo desenvolvimento de sofisticados sistemas de armazenamento de calor, com o que projetos termoelétricos solarespodem funcionar durante todo tempo. Atualmente, diferentes métodos de armazenamento de calor estão sendotestados, bem como métodos eficientes de combinar aplicações com modalidades convencionais de geração deeletricidade.Plantas termoelétricas solares desempenharão um papel importante no suprimento de eletricidade no futuro. Estu-dos mostram que, em 2050, aproximadamente 15% da demanda de eletricidade da Europa poderá ser suprida comusinas solares a serem instaladas no norte da África e meio Oeste europeu. Deverá então a comunidade europeiadesenvolver sistemas adequados de transporte dessa energia, bem como estabelecer marcos regulatórios adequa-dos para que os investimentos venham a acontecer.Plantas termoelétricas solares sem concentração de radiação da energia solar representam outra variação técnica.Na assim chamada planta solar de potência, o ar sob o telhado é aquecido diretamente pela radiação solar direta,que tem uma conexão a uma chaminé situada no seu centro. O ar aquecido flui para cima por meio da chaminé dedutos de ar no topo. Essas correntes de convecção alimentam uma ou mais turbinas e o gerador a ela ligadoconverte energia mecânica em energia elétrica. Recentemente, foi instalada uma usina de 200 MW desse tipo naAustrália.
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
14 5000 10000 15000
Capacidade Instalada da Usina (MW)
Pre
ço d
a en
erg
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US
$/kW
h)
169A N E X O F
F.1 - Breve História da Energia Eólica
Desde tempos longínquos, a humanidade tem usado a energia eólica. Há 5.000 anos antes de Cristo barcos selocomoviam no antigo Egito - no rio Nilo - utilizando a força dos ventos. Moinhos de vento simples foram usados naChina 200 anos antes de Cristo.Foi relevante a força do vento na revolução cultural humana na migração do período medieval para a chamadamodernidade. Sob a liderança tecnológica de Portugal e Espanha tivemos os descobrimentos e foi possível estabe-lecer outra rota para as Índias, contornando a África e atingindo as Índias via Oceano Atlântico e o Oceano Índico.O combustível empregado para locomover as caravelas era o vento. Os chamados descobrimentos, além de terempermitido um crescimento vertiginoso do mundo europeu, facilitaram o surgimento do Estado nação, bem como doadvento do Renascimento, do racionalismo e do desenvolvimento científico e tecnológico.Mais recentemente, já no século XX, moinhos de vento eram comumente usados em regiões mais isoladas parabombear água e para gerar eletricidade, não se podendo deixar de considerar que a Segunda Guerra Mundialcontribuiu para o desenvolvimento de aerogeradores de grande e médio porte, já que os países europeus se viamna obrigação de economizar combustíveis fósseis.O processo de revolução industrial, que ocorreu a especialmente no século XIX, primeiramente na Europa e depoisnos Estados Unidos, impôs um gradual declínio na utilização da força do vento para produção de energia. A máqui-na a vapor trocou os moinhos de vento na Europa. No entanto, a industrialização possibilitou o desenvolvimento degrandes moinhos de vento para gerar energia elétrica. Nos anos 1930, o programa de Eletrificação Rural dosEstados Unidos foi largamente estendido para a maior parte da área rural americana.Comumente chamadas de turbinas de vento, essas máquinas apareceram na Dinamarca, em torno de 1890. Em1941, entrou em operação, em Vermont (USA), a maior turbina a vento com potência de 1,25 MW em ventos de 30milhas por hora.A maior ou menor utilização da energia do vento flutuou com a variação do preço do barril de petróleo. Quando opreço do barril de petróleo caiu após a Segunda Guerra Mundial, o interesse em turbinas a vento declinou, retornandoquando o preço do barril de petróleo aumentou vertiginosamente.Em 1973, com o primeiro choque do petróleo em 1973, o interesse em utilizar turbinas eólicas retornou. A partir daí,as turbinas eólicas, além de mais aperfeiçoadas, introduziram novas maneiras de converter energia eólica emeletricidade.Tais inovações foram empregadas nos chamados Parques Eólicos, que nada mais são que agrupamentos de turbi-nas que injetam energia elétrica no sistema elétrico de países (primeiramente em alguns países europeus e nosEstados Unidos).Atualmente, as lições aprendidas em mais de dez anos na operação de plantas eólicas fizeram com que os custosda energia eólica ficassem mais próximos da geração convencional de eletricidade em algumas regiões.A energia eólica possui a maior taxa de crescimento no mundo, com a grande vantagem de ser uma fonte deenergia limpa para ser usada pelos diferentes segmentos de consumidores como a indústria, o comércio, as resi-dências e outros segmentos.
ENERGIA EÓLICA
ANEXO
F
170 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Figura F.1 - Moinho de Vento da Década de 1930
Fonte: U.S. Department of Energy - Estados Unidos
F.2 - Vantagens e Desvantagens da Energia Eólica
F.2.a - Vantagens
A energia eólica oferece muitas vantagens, o que explica as razões de estar crescendo rapidamente no mundo. Aenergia eólica utiliza como combustível o vento, que é uma fonte limpa de produção de energia. A energia eólicanão polui o ar como ocorre com usinas que utilizam combustíveis fósseis, como carvão, gás natural e derivados dopetróleo. Turbinas eólicas não produzem emissões que causam chuvas ácidas e emissão de gás do efeito estufa.Além disso, a energia eólica é produzida localmente não havendo necessidade de importar o combustível.A energia eólica é renovável, sendo uma forma de energia solar. Movimentos de vento geram energia eólica e sãooriundos do aquecimento da atmosfera terrestre pelo sol, pela rotação da terra e pelas irregularidades da superfícieterrestre.Embora a energia eólica ainda seja bem mais cara que a energia hidroelétrica, ela tem apresentado reduçõesexpressivas de preços mundo afora.Como as turbinas eólicas poderão ser fabricadas no Brasil, o Rio Grande do Sul e outros estados esperam reduçõessignificativas nos preços de produção de energia eólica no médio prazo. Outras vantagens:1) Redução da emissão de efeito estufa (já que a energia eólica substituirá parcela da energia oriunda de combus-tíveis fósseis que aumentam o efeito estufa)2) Redução da necessidade de utilização de reservatórios de água (as usinas hidroelétricas exigem a execução dealagamentos de terras que podem ser produtivas e redução do impacto ao meio ambiente)3) Geração de emprego e renda, desde que se desenvolva uma indústria de aero geradores no Brasil, o queprovavelmente ocorrerá desde que os parques de geração eólica sejam instalados em maior escala no país. Não sepode perder de vista que a fabricação em escala de aero geradores no Brasil teria o efeito adicional desejável dereduzir os custos ainda elevados da energia eólica.4) Otimização indireta da hidroeletricidade: No Brasil, nos períodos mais secos, os reservatórios de água das barra-gens hídricas estão mais vazios, e é justamente o período em que ocorrem maiores incidências de ventos. Dessaforma, o crescimento da energia eólica na matriz energética do País seria uma boa alternativa para otimizaçãoglobal do sistema elétrico nacional. Para o caso do Rio Grande do Sul, o aumento da participação de energia eólica
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de caráter renovável faria com que a participação de energias não renováveis na matriz energética do Estado nãoaumentasse, ou numa hipótese otimista, poderia diminuir.
F.2.b - Desvantagens
A energia eólica ainda não é competitiva com a energia hidroelétrica, mesmo se levarmos em conta que poderá seruma ótima alternativa para complementação do sistema hídrico do País.No Estado, alguns dos melhores locais para instalação de parques eólicos, como o litoral Sul, terão de contar comreforços do sistema de transmissão. Não se pode perder de vista a necessidade da previsão de linha de 500 kV paraescoar adequadamente os acréscimos de energia oriundos de parques eólicos e da própria exploração adicional docarvão que também está na região de Candiota, não muito distante do litoral Sul.A energia eólica é intermitente e nem sempre o vento sopra adequadamente quando a energia elétrica é maisnecessária, sem contar que podem ocorrer períodos sem vento. Além disso, a energia eólica não pode ainda serarmazenada de forma econômica (o armazenamento por meio de baterias é tecnicamente viável, mas antieconômico).A energia eólica também causa impactos ambientais, embora relativamente pequenos, especialmente no tocante àperturbação de certos tipos de pássaros que podem morrer ao se chocarem com as hélices dos aero geradores, nageração de algum ruído, além de exigir consumo de energéticos na produção de aero geradores e de concretagemsignificativa nas torres.
F.3 - Como Funciona uma Turbina Eólica
Os ventos são causados pelo aquecimento desigual da atmosfera pelo sol, pelas irregularidades da superfícieterrestre e pela rotação da Terra. Os fluxos de vento são modificados pelos terrenos terrestres, aglomerados deágua, e vegetação. Os humanos usam o fluxo dos ventos, ou o movimento da energia eólica para diversos propósi-tos: velejar, empinar pipas e mesmo gerar energia elétrica.Os termos energia do vento ou potência elétrica de origem eólica descrevem o processo em que o vento é empre-gado como “combustível” para gerar energia mecânica e depois eletricidade. Essa energia mecânica pode serutilizada para tarefas específicas, como bombear água ou moer grãos, de outro lado, a energia mecânica pode serconvertida em energia elétrica.Mas como turbinas eólicas geram eletricidade? De maneira bem simplificada, pode-se afirmar que uma turbinaeólica funciona de maneira contrária ao funcionamento de um ventilador. Em lugar de usar eletricidade para fazercircular o vento, como acontece em um ventilador, as turbinas eólicas usam a energia do vento para gerar eletrici-dade. O vento faz girar as lâminas (pás) conectadas a um eixo, e esse conectado a um gerador, gerando assim,eletricidade. A seguir, observa-se, na figura F.2, alguns detalhes da parte superior de uma turbina eólica.
Figura F.2 - Vista do Interior da Parte Superior de uma Turbina Eólica
Fonte: Enercon, 2006
172 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
F.4 - Tipos de turbinas eólicas
Turbinas eólicas modernas podem ser classificadas em dois grupos básicos: as de eixo horizontal e as de eixovertical.Aquelas turbinas com eixo horizontal contam tipicamente com duas ou três hélices. Essas três hélices operam comvento sobre elas, ou seja, as lâminas ficam de frente para o vento.
F.5 - Componentes Principais de uma Turbina Eólica
F.5.a - Anemômetro
Mede a velocidade do vento e transmite a informação ao controlador.
F.5.b - Hélices (pás)
A maioria das turbinas eólicas tem ou duas ou três hélices. Ventos incidindo sobre as hélices (pás) fazem com queelas se movam e passem a girar.
F.5.c - Breque (freio)
Um disco de freio, que pode ser aplicado mecanicamente, eletricamente, ou hidraulicamente para parar o rotor ememergências.
F.5.d - Controlador
O controlador dispara a máquina a uma velocidade de vento de 13 a 26 km por hora e desliga a máquina a cercade 88 km por hora de velocidade. Turbinas não operam a velocidade de vento acima de 88 km por hora, porquepodem ser danificadas pelos ventos de velocidades muito elevadas.
F.5.e - Caixa de engrenagem
Engrenagem conecta a baixa velocidade de rotação a elevada velocidade de rotação saindo de cerca de 30 a 60rotações por minuto para cerca de 1.000 a 1.800 rotações por minuto, que são as rotações exigidas para grandeparte dos geradores de energia elétrica. A caixa de engrenagem é uma parte cara (e pesada) da turbina eólica.Engenheiros estão pesquisando e testando alternativas de geradores eólicos que dispensem a caixa de engrena-gem, de sorte que a produção de eletricidade ocorra a baixas rotações.
F.5.f - Gerador
Emprega-se um gerador a indução que produz eletricidade com frequência de 60 Hz.
F.5.g - Eixo de alta velocidade
Comanda o gerador.
F.5.h - Eixo de baixa velocidade
É o eixo de baixa velocidade de rotação de 30 a 60 rotações por minuto.
F.5.i - Nacele
O nacele situa-se sobre a torre e contém a caixa de ferramentas, eixos de baixa e alta velocidade, o controlador eo freio. Alguns naceles são grandes o suficiente para um helicóptero poder pousar nele.
173A N E X O F
F.5.j - Controle de passo
O controle de passo é um sistema de controle ativo, que geralmente necessita de um sinal do gerador de potência.Toda vez que a potência nominal do gerador é ultrapassada, em função do aumento da velocidade do vento, as pásdo motor mudam seu ângulo de passo para reduzir o ângulo de ataque, ou seja, as pás giram em torno de seu eixolongitudinal. Essa mudança para menos do ângulo de ataque diminui as forças aerodinâmicas atuantes com redu-ção da extração de potência.
F.5.k - Rotor
As hélices (pás) e demais partes móveis juntas são chamados de rotor.
F.5.l - Torres
Torres são feitas de aço tubular, concreto ou aço. Pelo fato de a velocidade do vento aumentar com a altura, torresaltas possibilitam que as turbinas eólicas captem mais energia do vento e gerem mais energia elétrica.
F.5.m - Medidor de direção do vento
Mede a direção do vento e comunica com o orientador da nacele para orientar a turbina propriamente com adireção do vento.
F.5.n - Orientador da Nacele
É um importante equipamento das turbinas eólicas de eixo horizontal. Para assegurar a máxima produção deenergia elétrica durante todo tempo, o orientador da nacele é usado para manter o rotor de frente ao vento, sempreque ocorrer a mudança de direção deste. As turbinas de eixo vertical não precisam de um orientador da nacele.
F.5.o - Motor do Orientador da Nacele
Aciona o orientador da nacele.
Figura F.3 - Turbina Eólica Instalada no Parque de Osório
Parque Eólico de Osório Foto: Fernando C. VieiraFonte: Grupo CEEE
174 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
F.6 - Tamanho das Turbinas Eólicas
As turbinas eólicas utilizadas na prática variam de 100 kW a 6 MW atualmente.Turbinas enormes são agrupadas juntas nos parques eólicos, que providenciam escala de produção de energiaelétrica para serem injetadas no sistema interligado do País.Turbinas eólicas simples, com menos de 100 kW de potência, são utilizadas para abastecer residências isoladas,sistemas de telecomunicações, ou para bombeamento de água. Pequenas turbinas eólicas são geralmente empre-gadas em conexão com geradores a diesel, baterias e sistemas fotovoltaicos. Esses sistemas são chamados desistemas eólicos híbridos e são empregados em regiões remotas, fora do sistema elétrico interligado do País, ondeuma conexão com o sistema interligado não é possível.
F.7 - Energia do Vento para Produção de Hidrogênio
Energia eólica pode ser empregada a custos atrativos para novo tipo de geração de energia, acoplando turbinaseólicas para produção de hidrogênio, por meio de geração por eletrólise. Essa técnica tem o potencial de conciliarbaixo custo com conservação do meio ambiente. Nesse caso, a geração de hidrogênio irá contribuir na redução doconsumo e eventual importação de petróleo.Os países desenvolvidos estão investigando técnicas chaves no sentido de explorar a sinergia entre a energia eólicae a produção de hidrogênio. No caso americano, o Departamento de Energia - DOE quer saber:1. Quais regiões dos Estados Unidos têm o maior potencial para empregar turbinas eólicas para produzir hidrogênioe eletricidade, e sob que condições isto se torna economicamente viável?2. Qual o custo de sistemas eólicos que produzam eletricidade e hidrogênio, tanto hoje como no futuro?3. Quais são as oportunidades de reduzir os custos do sistema com a utilização do projeto de sistemas eólicoshíbridos de eletricidade e hidrogênio?4. Quais áreas os pesquisadores devem focar para obterem os maiores impactos para a redução dos custos, tantoa curto como a longo prazo?Pesquisadores do DOE estão desenvolvendo uma modelagem para identificar áreas de menores custos para possi-bilitar um mapeamento do potencial para a coprodução de hidrogênio e eletricidade.
F.8 - Tecnologia Eólica de Larga Escala e Algumas Metas
A pesquisa em tecnologia de turbinas eólicas de larga escala tende a melhorar a viabilidade comercial para utiliza-ção da energia eólica. Reduzir o custo da energia eólica é um ponto vital em âmbito mundial.Nos países desenvolvidos é comum verificar a estipulação de metas para a expansão da energia eólica. Comoexemplo, nos Estados Unidos o programa de produção de energia eólica tem como meta reduzir o custo do MWhpara 36 dólares em grandes parques eólicos onshore (para o caso de ventos de 5,6 m/s em alturas de 10 m) até2012 e, para sistemas offshore para 70 dólares por MWh (ventos de 6,7 m/s e altura de 10 m) até 2014. NaquelePaís, turbinas eólicas atualmente são capazes de produzir eletricidade a custos que variam de 50 a 80 dólares porMWh (ventos de 5,6 m/s em alturas de 10 m).
F.9 - Desenvolvimentos de Protótipos
Há algumas pesquisas interessantes nos programas de energia eólica nos países desenvolvidos.Os programas governamentais (especialmente na Alemanha e Estados Unidos) desenvolveram, em conjunto comempresas, protótipos de aerogeradores, durante as duas décadas que acabaram tornando-se comercialmente viá-veis e implantados mundo afora. É o caso de aerogeradores de 1,5 MW, com milhares instalados pelo mundo. Paraque isso fosse possível, foram testadas componentes como pás, geradores e sistemas de controle. De igual forma,ocorreu com os aerogeradores mais recentes de 2,5 MW.
F.10 - Desenvolvimento de Componentes
Os programas governamentais de fomento da energia eólica também operam em parceria com empresas privadaspara melhorar o desempenho e a eficácia dos sistemas. Com a melhoria do desempenho das pás, ocorreu umaumento de 5% a 10% no rendimento, resultado bastante expressivo.A mais distinta característica do sistema pás/rotor de é uma ponta suavemente encurvada, a qual se diferencia davasta maioria de pás em uso. É especialmente projetada para tirar a máxima vantagem de todas as velocidades dos
175A N E X O F
ventos, incluindo as velocidades marginais. Essa modalidade de pá foi testada no Laboratório Nacional de EnergiaRenovável dos Estados Unidos em 2008.Para possibilitar o desenvolvimento de caixas multiplicadoras, os programas governamentais têm se utilizado dacooperação de diversas empresas do ramo para projetar e testar conceitos inovadores de acoplamento.
F.11 - Desenvolvimento Expressivo da Tecnologia de Produção de Energia Eólica
Figura F.4 - Desenvolvimento da Tecnologia Eólica
A produção de energia eólica cresceu 485 vezes desde 1980. A energia eólica tem sido usada em várias regiões do mundopor séculos. Nas décadas recentes ela tem se tornado uma parte importante das fontes de energia sustentáveis. A tecnologiaeólica conta com o pioneirismo e grande desenvolvimento e liderança da Alemanha.Sistemas de produção de energia eólica de larga escala exigem o emprego de materiais especiais.Os fabricantes desenvolveram dois tipos eficientes de geradores eólicos, geradores com engrenagens e sem engrenagens.A maior turbina de produção de energia eólica do mundo está localizada em Cottbus, na Alemanha, com altura totalde 205 metros (potência de 5 a 6 MW). Em 2005 essa turbina eólica gerou 5.600 MWh de eletricidade, o suficientepara suprir 1600 residências da Alemanha com eletricidade.Atualmente, a maior parte dos sistemas de produção de energia eólica no mundo está localizada em terra firme,mas, devido às características de ventos constantes e de velocidades adequadas, como ocorre na costa da Dinamar-ca, Suécia, Inglaterra, Irlanda e Holanda, são usados sistemas off-shore1. Tanto na lagoa dos Patos, como na costado RS há potencial expressivo para instalação de parques eólicos offshore.É evidente que as instalações offshore além de mais complicadas para instalação, apresentam manutenção maiscomplexa, especialmente pela agressividade com que a maresia costuma atacar metais que fazem parte da cons-trução das turbinas eólicas.
1 Off-shore - Instalado no mar, lagos e lagoas.
1980 1985 1990 1995 2000 2005
Diâmetrodo Rotor
Altu
ra d
o g
era
do
r
Potência nominal
Diâmetro do rotor
Altura do gerador
Produção anual de energia
30 kW
15 m
30 m
35,000 kWh
80 kW
20 m
40 m
95,000 kWh
250 kW
30 m
50 m
400,000 kWh
600 kW
46 m
78 m
1,250,000 kWh
1,500 kW
70 m
100 m
3,500,000 kWh
5,000 kW
115 m
120 m
app.17,000,000 kWh
176 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Gráfico F.1 - Rápido Crescimento da Energia Eólica no Mundo
A potência instalada de energia eólica do mundo em 2008 chegou a 121.188 MW. Sendo os Estados Unidos o Paíscom a maior potência instalada, com 25.170 MW, seguido da Alemanha, com 23.903 MW. A tecnologia alemã deprodução de energia eólica se destaca no mundo. Em torno de 40% dos geradores de energia eólica são fabricadosna Alemanha. No gráfico F.2, observa-se a evolução da potência instalada eólica de 1997 a 2008 nos países queapresentavam mais de 5000 MW de potência instalada em 2007. Na tabela F.1, observa-se a evolução da potênciaeólica instalada nos dez países com maior potência em 2008 (na tabela, está incluso o Brasil).
Gráfico F.2 - Evolução da Potência Instalada de Energia Eólica de 1997 a 2008
Tabela F.1 - Potência Acumulada de Energia Eólica em Países Selecionados de 1997 a 2008 (MW)
1997 1999 2001 2003 2005 2007 2008Alemanha 2.081 4.443 8.754 14.609 18.428 22.247 23.903
Estados Unidos 1.673 2.534 4.258 6.352 9.149 16.819 25.170
Espanha 512 1.542 3.337 6.202 10.027 15.145 16.740
Índia 940 1.035 1.500 2.120 4.430 7.850 9.587
China 166 262 404 566 1.260 5.912 12.210
Dinamarca 1.148 1.771 2.534 3.115 3.128 3.125 3.160
Itália 103 183 697 891 1.717 2.726 3.736
França 10 25 116 240 757 2.455 3.404
Reino Unido 319 347 483 704 1.353 2.389 3.288
Brasil 3 17 24 29 29 247 339Total Mundo 7.692 13.932 24.927 39.434 58.834 93.850 121.188
Fonte: Word Wind Energy Report 2008
7.480 9.66713.700
18.03924.322
31.18139.295
47.693
59.024
74.151
93.927
121.188
190.000
152.000
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000
200.000
Tota
l d
a C
ap
acid
ad
e In
sta
lad
a n
o M
un
do
em
MW
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009* 2010*
Fonte: World Wind Energy Report 2008* Valores Estimados para 2009 e 2010
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
Po
tên
cia
Inst
alad
a d
e E
ner
gia
Eó
lica
em M
W
Índia
Espanha
Alemanha
Estados Unidos
China
1997 1999 2001 2003 2005 2007 2008
Fonte: Word Wind Energy Report 2008Nota: países com mais de 5000MW instalados em 2008
177A N E X O F
F.13 - Condições Essenciais para o Aproveitamento da Energia Eólica
A viabilidade econômica da energia eólica apresenta crescimento constante em função do esforço da indústria deconstrução de turbinas eólicas em diminuir o custo por MWh gerado em função do ganho de escala e avançostecnológicos. De 1990 a 2005, a redução no custo representou mais de 50%, o que ainda não é plenamentesatisfatório.
F.14 - Instalação de Parques Eólicos
Figura F.5 - Sistemas de Geração Eólica on-shore2 conectado ao sistema interligado
Turbinas eólicas em terra firme conectadas ao sistema interligado Ilustração: Murilo Mauss
Em diversos países, antigas turbinas eólicas estão sendo substituídas por geradores eólicos de maior potência emais silenciosos, operação denominada repotencialização.Espera-se que o mercado de energia eólica cresça expressivamente no futuro. O conselho global de energia eólica- GWEC espera um rápido crescimento. Em 2050, a energia eólica poderá suprir mais de 34% da demanda mundialde eletricidade. Parques eólicos onshore e offshore irão desempenhar um papel essencial no esforço internacionalde reduzir as mudanças climáticas provocadas pelo efeito estufa.Os rendimentos dos sistemas de energia eólica variam com a disponibilidade de vento. Atualmente, os sistemaseólicos de produção de eletricidade na Europa são capazes de operar com fatores de carga de 20%. Para podertransportar grandes quantidades de eletricidade, oriunda de fontes eólicas por meio dos sistemas interligados,aperfeiçoamentos e melhorias nesses sistemas devem ser executados Atualmente, os sistemas interligados euro-peus podem transportar em torno de 20% de sua capacidade em energia eólica adicional.Para transportar elevadas quantidades de energia eólica nos sistemas interligados, atuais melhorias e modificaçõesestão em andamento. Medições são executadas permanentemente, tais como monitoramento de temperatura,tendo o objetivo de possibilitar o incremento de energia a ser transportada.Essas melhorias estão modificando os sistemas interligados, tornando-os mais flexíveis e robustos. Para converteros sistemas interligados em sistemas interligados robustos, os cientistas estão conduzindo pesquisas em processoscomo os armazenamentos a elevada pressão, que permitem que o excesso de eletricidade gerada da energia eólicaseja armazenado em cavernas subterrâneas salinas. O ar pressurizado nesse processo pode ser convertido emenergia elétrica quando a necessidade surgir. No futuro, pesquisa e desenvolvimento estarão fortemente concentra-dos em estações de produção virtuais, isso permitirá que os sistemas de energia renováveis sejam utilizados demaneira técnica economicamente superior.
2 On-shore - Instalado em terra firme.
178 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
F.15 - Potência e Energia Máximas que Podem ser Extraídas do Vento
A potência máxima a ser extraída do vento varia diretamente com o cubo da velocidade do vento que o atinge, bemcomo com a área da seção transversal do vento e com a própria densidade do vento. Isso é bastante expressivo, jáque, ao dobrar a velocidade do vento, a energia extraída deste será multiplicada por oito. Dessa forma, a velocidadedo vento torna-se uma variável relevante para saber a potência a ser fornecida por um aerogerador a cada instante.
Matematicamente:
P = 0,5. .A.V³ (1)
Sendo:
P = Potência do vento (W)= massa específica do ar (kg/m³) (cerca de 1,225 kg/m³ ao nível do mar)
A = área da seção transversal (m²)V = velocidade do vento (m/s)
A expressão anterior de potência pode ser facilmente deduzida da energia cinética do vento. Sabemos que parauma dada massa M de vento que se desloca a uma velocidade V a energia cinética dessa massa de vento é dadapor:
E = 0,5.M.V² (2)
Sendo:
M = massa do vento (kg)V = velocidade do vento (m/s)
A potência do vento é obtida pela divisão de uma dada energia de vento por um correspondente tempo. Dividindo-se os dois membros da expressão por t obteremos:
E/t = 0,5.(M/t).V².
A massa de vento M nada mais é que a massa especifica do vento multiplicada pelo volume v; ou seja:
P = ½ ( .v/t.V²)
Ocorre que o volume do cilindro nada mais que a área A multiplicada pelo comprimento L, gerando a expressão P= ½.( .A.L/t.V²). Mas L/t nada mais é do que a velocidade do vento V, o que vai redundar na expressão (1).
F.16 - Potência e Energia Reais que Podem Ser Extraídas do Vento
A potência real que um aerogerador consegue extrair do vento é na prática bem menor que a máxima potência queo vento pode fornecer. Pode-se provar que a potência máxima possível de ser extraída é de 16/273, ou aproximada-mente 59,3%, que é chamado limite de Beltz4. Na prática, desempenhos máximos obtidos situam-se na ordem de45%, nos casos mais gerais e não otimizados o rendimento oscila entre 30% e 40%. A expressão para o cálculo dapotência fornecida por um aerogerador é a seguinte:
Pm = 0,5.Cp. .V³
3 O Valor limite de 16/27 é uma aproximação, já que não considera densidade do ar como uma função da temperatura, da pressão, e da umidadedo ar.4 A lei de Beltz é uma aproximação no cálculo da potência da central eólica porque a densidade do ar é considerada constante na ocasião da passagemdeste pelo rotor.
�
�
�
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179A N E X O F
Onde:
Pm = potência em watts fornecida pelo aerogeradorCp = coeficiente de performance do aerogerador (eficiência do aerogerador)
= massa específica do ar (kg/m²) (cerca de 1,225 kg/m³ ao nível do mar)A = área da seção transversal (m²)V = velocidade do vento (m/s)
F.17 - Forças Atuantes numa Pá de um Aerogerador
Figura F.6 - Principais Forças Atuantes em uma Pá de Turbina Eólica
F.18 - Leilão Eólico Brasileiro
O Ministério de Minas e Energia - MME, por meio da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, realizou em 14 dedezembro de 2009 o primeiro leilão específico para a construção de novas usinas eólicas no País. O Rio Grande doSul situou-se na 2ª posição em número de empreendimentos inscritos, totalizando 86 projetos com potência totalde 2.894 MW. No Brasil foram 441 projetos, totalizando 13.341 MW, sendo o total de potência contratada de1.805,70 MW, distribuídos em 71 projetos. No RS foram aprovados 186 MW, distribuídos em 8 projetos, representandoo 4° Estado em potência contratada.
Plano de Rotação
Pá da TurbinaEólica
F - Força de Arrastod
F - Força de Sustentaçãoi
F - Vel. do Ventow
F - Vel. tangencialtan
F - Vel. resultanteres
Fd Fi
Vtan
Vw Vres
�
180 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
A energia geotérmica1 na crosta terrestre origina-se essencialmente de decaimento radioativo e é remanescentedo tempo de formação do planeta. Uma parte da energia solar também é armazenada sob a superfície terrestre (apartir de 2 metros de profundidade). Em diversos países, a energia geotérmica está sendo utilizada para gerareletricidade ou para suprir calor diretamente para sistemas térmicos. As vantagens econômicas e ecológicas daenergia geotérmica são particularmente claras em regiões onde as condições geológicas são favoráveis (ou seja,regiões com atividades vulcânicas com temperaturas maiores que 200 °C). Em países como Alemanha, EstadosUnidos, Itália e México, a energia geotérmica tem sido parte integrante da matriz energética.
Figura G.1 - Aspectos Tecnológicos da Energia Geotérmica
1. Injeção na Fenda com bombeamento2. Sistema Estimulado de Fissura (temperatura de 200 °C,profundidade aprox. de 4.000 a 5.000 metros)3. Produção de Fendas4. Casa da Turbina5. Resfriamento6. Estocagem subterrânea a elevadas temperaturas para fluxosde calor7. Fenda de observação8. Consumidores finais de eletricidade e calor
Fonte: DENA - Deutsche Energie Agentur
G.1 - Geração de Calor e Eletricidade Usando Processo de Rocha Líquida Quente
Atividades geotérmicas geralmente fazem parte de duas categorias; energia geotérmica profunda e energia geotérmicasuperficial. A energia geotérmica superficial (parte rasa) é perfeita para cozimento e aquecimento de casas. Pormeio da energia geotérmica profunda, por outro lado, pode-se gerar eletricidade mediante usinas elétricas ou ocalor pode ser canalizado diretamente para sistemas industriais ou para aquecimento de construções.A energia geotérmica profunda é subdividida em sistemas hidrogeotérmicos ou Rocha Líquida Quente - HDR etrocadores de calor de fendas profundas.
ENERGIA GEOTÉRMICA
ANEXO
G
1 Baseado no texto da DENA - Deutsche Energie Agentur - site: www.renewables-made-in-germany.com/en/geothermal/, pesquisado em 27/04/2009
3
1
3
96
1
2
8
7
8
54
181A N E X O G
Na energia hidrogeotérmica, a água com elevada temperatura é canalizada de grandes profundidades parareservatórios ligeiramente abaixo da superfície. Dependendo da temperatura, a energia hidrogeotérmica pode serusada como calor ou para a produção de eletricidade.O processo hidrogeotérmico (rocha líquida quente) utiliza a energia geotérmica na rocha líquida quente à elevadaprofundidade (aproximadamente de 3.000 a 7.000 m), onde não há ou há pouca fonte de água natural. Nesseprocesso, a água circula por meio de uma profunda fenda mediante um sistema de fissuras criado de maneiracontrolada. Por meio de um segundo buraco, a água quente retornar à superfície como vapor, que aciona umaturbina para gerar eletricidade ou, alternativamente, alimentar um sistema de aquecimento.
Figura G.2 - Diagrama Esquemático de Sistema de Bomba de Calor
Fonte: DENA - Deutsche Energie Agentur
G.2 - Energia Geotérmica Superficial
É empregada para profundidades inferiores a 400 m. As temperaturas médias variam na faixa de 7 a 12 °C nosprimeiros 100 a 150 metros abaixo da superfície terrestre. Bombas de calor, coletores geotérmicos de calor, trocadoresde calor de fendas, armazenadores de energia ou estruturas de concreto no chão são usados para obteremvantagens dessa energia existente abaixo da superfície terrestre. Bombas de calor são usadas para aumentaressas baixas temperaturas para níveis que possam ser utilizados dentro de construções. Isto é efetuado extraindocalor do solo em um processo cíclico.Se as bombas de calor são contornadas à temperatura constante presente abaixo da superfície, pode também serutilizada para resfriar construções. Se o solo não é adequado para fornecer adequado resfriamento, bombas decalor podem ser operadas no sentido inverso providenciando suporte para o resfriamento.
G.2.a - Coletores Geotérmicos de Calor
São normalmente colocados horizontalmente a uma profundidade de 80 a 160 cm e estão sujeitos a condiçõeslocais de clima da superfície. O calor flui transferido do meio por intermédio dos coletores que captam o calor dosolo.Trocadores de calor de fendas são os tipos mais comuns de sistemas usados na Europa Central e do Norte. Elessão usados em profundidades rasas, aplicações de baixa superfície com profundidade entre 50 e 400 metros. Aárea necessária é pequena e eles usam um nível constante de temperatura. Tubos sintéticos são instalados e sãointegrados com os circuitos e conectados com os sistemas de resfriamento e aquecimento. A água aquecidainterconectada com a bomba de calor aquece o sistema da construção. Isto é empregado para transferir calor aomeio, que capta calor da vizinhança e o transfere para a bomba de calor.
182 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
G.3 - Mercado de Energia Geotérmica
Em mais de 75 países, a potência instalada de usinas geotérmicas atinge mais de 33.000 MW. A maior parte dessapotência instalada é utilizada para geração de calor. Na Islândia, País com excepcional condição geológica, 25% detoda sua energia provém da energia geotérmica.
G.4 - As Condições Básicas para Fazer Uso da Energia Geotérmica
Energia geotérmica originária de baixas superfícies terrestres pode ser utilizada em diversos locais do mundo paraaplicações residenciais e comerciais.Aparte as condições geológicas favoráveis, projetos geotérmicos de profundidade elevada requerem tambémcondições políticas estáveis. Questões concernentes a fendas e ao uso e retorno da água térmica são de particularrelevância.A geração de eletricidade de fontes geotérmicas requer um claro e bem definido marco legal para fazer parte dosistema interligado do País, o que é de particular importância.
Figura G.3 - Fonte Geotérmica Aberta de Geração de Calor
Usina Geotérmica - HUNGRIA Foto: Morguefile
A energia geotérmica é disponível a todo o momento e não está sujeita a mudanças sazonais, ao tempo e acondições climáticas. Crescentemente, a energia geotérmica torna-se um tópico importante nas discussões políticasconcernentes ao futuro do suprimento energético de muitos países. Contra um cenário de crescimento dos preçosfuturos de combustíveis fósseis, busca-se assegurar a disponibilidade de energia geotérmica mediante uma flexívelfaixa de possibilidades de aplicações, como geração de frio e de eletricidade. Somente no setor de aquecimento,um crescimento de 20% a 30% é esperado na capacidade instalada.Aplicações de bombas de calor concernentes a aplicações residenciais e comerciais tornam-se cada vez maisatrativas quando usadas com a energia geotérmica e bombas de calor, que podem aquecer ou resfriar. Umaconfiguração ótima de bombas de calor pode melhorar o clima de ambientes de forma considerável, economizandoassim, custos de resfriamento e aquecimento.
183A N E X O H
Hidrogênio pode ser produzido a partir de diversos tipos de energéticos, utilizando variadas tecnologias. O hidrogê-nio contido em combustíveis fósseis, em biomassas e mesmo na água pode ser usado como fonte de energia.Processos termodinâmicos podem ser empregados para produzir hidrogênio a partir da biomassa e de combustíveisfósseis como, o carvão, o gás natural e o petróleo. Energias originadas do sol, do vento e nuclear podem serempregadas para a produção de hidrogênio a partir da eletrólise. A luz do sol pode propiciar a produção fotolítica dehidrogênio a partir da água, usando avançados processos fotoeletroquímicos e processos fotobiológicos.
H.1 - Hidrogênio a Partir de Gás Natural
Figura H.1 - Extração de Hidrogênio a Partir do Gás Natural
Unidade de Geração de Hidrogênio da REFAP-RS Foto: Claiton Adriano LealFonte: REFAP-RS
Embora a produção de hidrogênio a partir de gás natural seja uma possibilidade técnica atualmente, não é conside-rada uma boa alternativa a longo prazo por organismos governamentais de países desenvolvidos, como é o caso doDOE (Department of Energy) dos Estados Unidos. Nesse caso, conta o fato de a produção dessa modalidade deprodução de hidrogênio não contribuir para a redução da emissão de CO2.
PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO
ANEXO
H
184 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
H.2 - Hidrogênio a Partir do Carvão
Está em fase de pesquisa a produção de hidrogênio a partir do carvão com captura do excesso de CO2. Tais plantasserão instaladas nas usinas termoelétricas a carvão, que também poderão ter capturas expressivas de CO2 geradona queima de carvão.
H.3 - Hidrogênio a Partir da Energia Nuclear
Existem pesquisas nos países desenvolvidos focadas na produção em escala comercial de hidrogênio a partir docalor produzido por reatores nucleares. As áreas chaves de pesquisa incluem os ciclos termoquímicos de altatemperatura, eletrólise a altas temperaturas e processos de interface com o reator.
H.4 - Hidrogênio a Partir de Fontes Renováveis
Nos países desenvolvidos, estão sendo elaboradas pesquisas para produção de hidrogênio a partir da utilização defontes locais que impliquem na redução dos impactos ambientais. As pesquisas chaves incluem áreas de eletrólise,conversão termoquímica de biomassa, sistemas fotolíticos e fermentativos de microorganismos, sistemasfotoeletroquímicos e sistema de ciclos da separação fotoinduzida da água que emprega a luz solar para separarágua em hidrogênio e oxigênio por meio de semicondutores ou ajuntamentos fotocatalíticos.
H.5 - Pesquisa Básica
Nos países desenvolvidos, a ênfase é colocada no entendimento da separação fotoinduzida da água que usa aenergia do sol para separar o hidrogênio do oxigênio por meio de semicondutores ou ajuntamentos fotolíticos. Parapossibilitar maior eficiência, serão enfatizadas produção com mais baixo custo de hidrogênio a partir de energéticosfósseis, pesquisas fundamentais em catálise, membranas e separação de gás.
185A N E X O I
I.1 - Série Histórica de Fontes de Energia Selecionadas em Unidades Originaisno Período de 1979 a 2007
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584
SÉRIE HISTÓRICA DE FONTES DE ENERGIA
ANEXO
I
186 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
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Tabela J.1 - Balanço Energético Mundial 2006
BALANÇO ENERGÉTICO MUNDIAL 2006, NACIONAL 2007 E DO RS 2005 - 2007
ANEXO
J
188 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela J.2 - Balanço Energético Nacional 2007
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Tabela J.5 - Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2007
192 BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL 2009 - ANO BASE 2008
Tabela K.1 - BERS 2008 em Unidades OriginaisB
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Sub-ÍndiceGráficos
1.1 - Mercado Mundial de Consumo de Energia de 1990 a 2030 ....................................................................................................................................... 151.2 - Evolução do Consumo de Energia em Países Selecionados ........................................................................................................................................ 161.3 - Consumo de Energia Industrial nos Países da OCDE e não OCDE de 2005 a 2030 ................................................................................................... 171.4 - Utilização por Tipo de Combustível no Mercado Mundial de Energia de 1990 a 2030 ............................................................................................... 171.5 - Produção Mundial de Energéticos Líquidos de 2005 a 2030 ........................................................................................................................................ 181.6 - Geração Mundial de Eletricidade por Tipo de Combustível de 2005 a 2030 .............................................................................................................. 191.7 - Emissão Mundial de Dióxido de Carbono OCDE e não OCDE de 1990 a 2030 .......................................................................................................... 191.8 - Crescimento do PIB Mundial para os Cenários de Referência, de Elevado Crescimento e de Baixo Crescimento de 1990 a 2030 ........................ 201.9 - Mercado Mundial de Consumo de Energia em Três Cenários de Crescimento Econômico de 1980 a 2030 ............................................................. 212.1 - Consumo Final de Energia no Brasil de 1970 a 2030 .................................................................................................................................................. 252.2 - Evolução do Consumo Final de Energia no Brasil por Setor de 1991 a 2007 ............................................................................................................. 262.3 - Evolução do Consumo Final de Energia no Brasil por Fonte de 1991 a 2007 ............................................................................................................. 262.4 - Taxas Médias de Crescimento do PIB e OIE no Brasil de 1970 a 2007 ...................................................................................................................... 292.5 - Variação da Energia Útil, Final e Economia de Energia no Brasil de 1984 a 2004 ..................................................................................................... 303.1 - Valores Verificados do Consumo Final de Energia no RS, no Período de 2005 a 2008 e Projeção de Crescimento até 2030 ................................. 333.2 - Vendas de Óleo Diesel pelas Distribuidoras em Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ........................................................................ 363.3 - Vendas de Gasolina C pelas Distribuidoras em Estados Selecionados no Período de 1998 a 2007 .......................................................................... 373.4 - Vendas de Óleo Combustível pelas Distribuidoras em Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ............................................................. 383.5 - Preço Médio da Gasolina C ao Consumidor em Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ....................................................................... 403.6 - Preço Médio do Óleo Diesel ao Consumidor em Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ....................................................................... 413.7 - Preço Médio do GLP ao Consumidor em Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ................................................................................... 413.8 - Valores Verificados do Consumo Final de Eletricidade no RS, no Período de 2005 a 2008 e Projeção de Crescimento até 2030 ........................... 423.9 - Evolução da Demanda Máxima do Sistema de Transmissão no RS e a Correspondente Capacidade de Atendimento ............................................ 463.10 - Demanda Máxima Mensal do Sistema de Transmissão no RS e a Correspondente Capacidade de Atendimento ................................................... 463.11 - Preços Médios do Carvão Vegetal e do Carvão Metalúrgico no Brasil, no Período de 2005 a 2008 ......................................................................... 513.12 - Evolução da Balança Comercial de Produtos Oriundos de Florestas Plantadas no Brasil, no Período de 1998 a 2008 ............................................ 523.13 - Evolução da Produção Equivalente de Carvão no RS, no Período de 2005 a 2008 .................................................................................................... 553.14 - Vendas em Milhões de Toneladas da Mina de Candiota no Período de 2004 a 2012 ............................................................................................... 563.15 - Geração de Energia Eólica no RS, no Período de 2006 a 2008 ................................................................................................................................... 573.16 - Evolução da Produção de Lixívia no RS, no Período de 1995 a 2008 .......................................................................................................................... 593.17 - Vendas de Gás Natural em Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ....................................................................................................... 593.18 - Evolução da Oferta de Gás Natural no RS, no Período de 2000 a 2008 .................................................................................................................... 603.19 - Evolução da Produção de Casca de Arroz Utilizada como Energético no RS, no Período de 2005 a 2008 ............................................................... 643.20 - Produção de Álcool Etílico Anidro e Hidratado em Estados Selecionados e no Brasil, no período de 1998 a 2007 .................................................. 653.21 - Preço Médio do Álcool Etílico Hidratado ao Consumidor em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ................................... 663.22 - Produção de Bagaço de Cana no RS, no Período de 2005 a 2008 ............................................................................................................................. 675.1 - Oferta Interna Bruta de Fontes Primárias em 2008 - % .............................................................................................................................................. 885.2 - Consumo Final Energético de Fontes Secundárias em 2008 - % ................................................................................................................................. 926.1 - Usinas Hidroelétricas - UHE ........................................................................................................................................................................................... 996.2 - Pequenas Centrais Hidroelétricas - PCH1 ..................................................................................................................................................................... 996.3 - Biomassa ....................................................................................................................................................................................................................... 996.4 - Gás ........................................................................................................................................................................................................................ 1006.5 - Carvão ....................................................................................................................................................................................................................... 1006.6 - Óleo ........................................................................................................................................................................................................................ 1006.7 - Eólica ........................................................................................................................................................................................................................ 1006.8 - Geração Elétrica em 2008 ........................................................................................................................................................................................... 1017.1 - Consumo Energético Setorial em 2008 ...................................................................................................................................................................... 1057.2 - Consumo Energético na Indústria em 2008 ................................................................................................................................................................ 1058.1 - Redução da Mortalidade Infantil no RS ...................................................................................................................................................................... 1168.2 - Expectativa de Vida Geral e por Sexo para Faixas Etárias Selecionadas no RS ........................................................................................................ 1168.3 - Índice de Homicídios Dolosos no RS, em Estados Selecionados e no Brasil em 2008. ............................................................................................ 1178.4 - Coeficientes de Mortalidade por Homicídios no RS no Período de 1990 a 2008 ...................................................................................................... 117
8.5 - Desempenho do RS no ENEM e de Estados Selecionados em 2007 ........................................................................................................................ 1198.6 - Notas no SAEB do RS, de Estados Selecionados e do Brasil em 2007 .................................................................................................................... 119E.1 - Mercado de Células Fotovoltaicas no Mundo ............................................................................................................................................................. 161E.2 - Capacidade Instalada na Alemanha ............................................................................................................................................................................ 162E.3 - Desenvolvimento de Mercado de Aquecimento Solar no Mundo ............................................................................................................................... 164E.4 - Preço da energia solar em função da Capacidade Instalada ..................................................................................................................................... 168F.1 - Rápido Crescimento da Energia Eólica no Mundo ..................................................................................................................................................... 176F.2 - Evolução da Potência Instalada de Energia Eólica de 1997 a 2008 ........................................................................................................................... 176
Tabelas1.1 - Evolução do Consumo de Energia em Países Selecionados ........................................................................................................................................ 161.2 - Taxa de Crescimento Médio Anual para o PIB do Mundo, de Regiões e de Países Selecionados de 1980 a 2030 .................................................. 201.3 - Consumo de Energia por Habitante no Mundo, em Regiões e em Países Selecionados de 1990 a 2030 ................................................................ 212.1 - Energia Elétrica .............................................................................................................................................................................................................. 272.2 - Estrutura de Oferta Interna de Energia Elétrica no Brasil em 2007 ............................................................................................................................ 272.3 - Estrutura de Oferta Interna de Energia Elétrica no Mundo em 2007 .......................................................................................................................... 272.4 - Produção, Importação Líquida, Consumo, Reservas e Capacidade Instalada ............................................................................................................. 272.5 - Produção, Importação, Consumo, Reservas e Capacidade Instalada ......................................................................................................................... 282.6 - Produtos da cana-de-açúcar no Brasil em 2007 ........................................................................................................................................................... 282.7 - Carvão Mineral ............................................................................................................................................................................................................... 282.8 - Lenha e Carvão Vegetal ................................................................................................................................................................................................ 292.9 - Elasticidade Renda do Consumo de Energia no Brasil ................................................................................................................................................. 303.1 - Produção de Petróleo e Gás Natural em Estados Selecionados e no Brasil, em 2007 .............................................................................................. 343.2 - Geração de Energia Elétrica e Produção de Álcool em Estados Selecionados e no Brasil, em 2007 ........................................................................ 343.3 - Produção de Carvão Vapor na Região Sul e no Brasil, em 2007 ................................................................................................................................. 343.4 - Capacidade das Refinarias de Petróleo do RS em 2007 ............................................................................................................................................. 353.5 - Volume de Carga Processada por Origem (Nacional e Importada) nas Refinarias do RS, em 2007 ........................................................................ 353.6 - Capacidade de Armazenagem por Produto nas Refinarias do RS, em 31/12/2007 ................................................................................................... 353.7 - Capacidade de Armazenamento de Petróleo e seus Derivados nos Terminais do RS, em 31/12/2007 ..................................................................... 353.8 - Vendas de Óleo Diesel pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ...................................................... 363.9 - Vendas de B2 pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, em 2005 e 2006 ...................................................................................... 363.10 - Vendas de Gasolina C pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ....................................................... 373.11 - Vendas de GLP pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ................................................................... 383.12 - Vendas de Óleo Combustível pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ............................................ 383.13 - Vendas de QAV pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ................................................................. 393.14 - Vendas de Gasolina de Aviação pelas Distribuidoras em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ........................................ 393.15 - Preço Médio da Gasolina C ao Consumidor em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ...................................................... 403.16 - Preço Médio do Óleo Diesel ao Consumidor em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ..................................................... 403.17 - Preço Médio do GLP ao Consumidor em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ................................................................. 413.18 - Total de Usinas em Operação, em Construção e com Outorga no RS ....................................................................................................................... 433.19 - Geração e Potência de Energia Elétrica no RS dos Principais Operadores em 2008 .................................................................................................. 443.20 - Participação das Grandes Concessionárias no Mercado de Distribuição de Energia Elétrica no RS, em 2008 ......................................................... 473.21 - Consumo de Energia Elétrica Setorial por Concessionária no RS, em 2008 ............................................................................................................... 473.22 - Participação das Pequenas Concessionárias no Mercado de Distribuição de Energia Elétrica no RS, em 2008 ........................................................ 483.23 - Participação das Cooperativas de Eletrificação Rural no Mercado de Distribuição de Energia Elétrica no RS, em 2008 .......................................... 483.24 - Consumo de Energia Elétrica Setorial das Cooperativas de Eletrificação Rural no RS, em 2008 .............................................................................. 483.25 - Florestas Plantadas de Pínus e Eucalipto em Estados Selecionados e no Brasil, no Período de 2005 a 2008 .......................................................... 503.26 - Consumo Industrial de Madeira em Toras Oriundas de Floresta Plantada no Brasil por Segmento, no Período de 2007 e 2008 ........................... 513.27 - Áreas de Florestas Plantadas no Mundo ...................................................................................................................................................................... 523.28 - Rendimento de Espécies para Celulose em Países Selecionados ................................................................................................................................ 523.29 - Evolução da Produção de Lenha Originada da Silvicultura no Brasil e em Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ............................... 533.30 - Evolução da Produção de Lenha Originada da Extração no Brasil e em Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 .................................. 533.31 - Evolução da Produção de Carvão Vegetal Originado da Silvicultura no Brasil e em Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ................ 543.32 - Evolução da Produção de Carvão Vegetal Originado do Extrativismo no Brasil e em Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ............. 543.33 - Produção de Carvão Mineral no RS por Tipo, no Período de 2005 a 2008 ................................................................................................................. 553.34 - Preços Médios Anuais de Venda de Carvão Praticados no RS ..................................................................................................................................... 573.35 - Potencial Eólico do Rio Grande do Sul para Alturas de 50 e 75 Metros ..................................................................................................................... 583.36 - Vendas de Gás Natural em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 1998 a 2007 ...................................................................................... 593.37 - Preços Médios do GNV ao Consumidor em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ............................................................. 603.38 - Produção de B100 no RS e no Brasil, no período de 2005 a 2008 ............................................................................................................................. 653.39 - Produção de Álcool Etílico Anidro e Hidratado em Estados Selecionados e no Brasil, no período de 1998 a 2007 .................................................. 653.40 - Produção e Consumo de Álcool Anidro e Hidratado no RS, no Período de 2005 a 2008 ........................................................................................... 663.41 - Preço Médio do Álcool Etílico Hidratado ao Consumidor em Regiões e Estados Selecionados, no Período de 2001 a 2007 ................................... 665.1 - .......................................................................................................................................................................................................................... 875.2 - .......................................................................................................................................................................................................................... 885.3 - .......................................................................................................................................................................................................................... 915.4 - .......................................................................................................................................................................................................................... 925.5 - Oferta Interna de Energia no Brasil e no RS, no período de 2005 a 2008 ................................................................................................................. 936.1 - Balanço Energético das Refinarias de Petróleo do RS ................................................................................................................................................. 976.2 - Balanço Energético das Centrais Elétricas de Serviços Públicos do RS ....................................................................................................................... 986.3 - Balanço Energético das Centrais Elétricas Autoprodutoras do RS ............................................................................................................................. 1016.4 - Balanço Energético das Destilarias do RS .................................................................................................................................................................. 1026.5 - Balanço Energético das Carvoarias do RS .................................................................................................................................................................. 1028.1 - Renda Per Capita do Brasil e do RS, no Período de 2002 a 2008 ............................................................................................................................ 1098.2 - Oferta Interna de Energia per Capita do Brasil e do RS ............................................................................................................................................ 1098.3 - Intensidade Energética do RS no Período de 2005 a 2008 ........................................................................................................................................ 1108.4 - Intensidade Energética do Brasil no Período de 2005 a 2007 ................................................................................................................................... 110
8.5 - Relação percentual da OIB do RS com a OIB do Brasil ............................................................................................................................................ 1108.6 - Oferta Interna de Energéticos pelo PIB no RS no período de 2005 a 2008 .............................................................................................................. 1108.7 - População do Rio Grande do Sul no Período de 1980 a 2008 .................................................................................................................................. 1118.8 - Variações do PIB per Capita do RS e do Brasil, no Período de 1981 a 2008 ........................................................................................................... 1118.9 - Variações do PIB do RS e do Brasil no Período de 1980 a 20082 ............................................................................................................................. 1128.10 - Taxa de Analfabetismo por Faixa Etária e Correspondentes Percentuais no RS ....................................................................................................... 1188.11 - Número Médio de Anos de Estudo das Pessoas com 10 anos ou mais em 2006 .................................................................................................... 1188.12 - Índice Geral de Cursos com IGD nas faixas 4 e 5 (Triênio 2006, 2007 e 2008) ....................................................................................................... 1209.1 - Reservas Minerais de Carvão em 2005 ...................................................................................................................................................................... 1239.2 - Quantidade e Valor da Produção Mineral de Carvão Comercializada em 2005 ........................................................................................................ 1249.3 - Reservas Minerais de Turfa em 2005 .......................................................................................................................................................................... 1259.4 - Quantidade e Valor da Produção Mineral de Turfa Comercializada em 2005 ........................................................................................................... 1259.5 - Reservas Minerais de Xisto e Outras Rochas Betuminosas em 2005 ....................................................................................................................... 1259.6 - Potencial Hidrelétrico do RS e de Estados Selecionados ............................................................................................................................................ 1269.7 - Potencial Hidroelétrico da Bacia do Rio Uruguai ........................................................................................................................................................ 1279.8 - Inventário Hidroelétrico da Bacia do Rio Uruguai ....................................................................................................................................................... 1279.9 - Inventário Hidroelétrico da Sub-bacia 75 - Rio Ijuí ..................................................................................................................................................... 1289.10 - Inventário Hidroelétrico Do Rio Taquari Antas ............................................................................................................................................................. 1299.11 - Potencial Eólico do RS ................................................................................................................................................................................................. 1309.12 - Potencial Fotovoltaico do RS ....................................................................................................................................................................................... 1319.13 - Potencial de Produção Anual de Energéticos Renováveis no Rio Grande do Sul (Biomassa) ................................................................................... 131A.1 - Capacidade Instalada de Geração Elétrica no Brasil, no Período de 1974 a 2007 ................................................................................................... 137A.2 - Capacidade Instalada de Geração em Usinas Hidroelétricas - UHE no RS ................................................................................................................ 138A.3 - Capacidade Instalada de Geração em Usinas Termoelétricas - UTE no RS ............................................................................................................... 139A.4 - Capacidade Instalada de Geração em Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCH no RS .............................................................................................. 140A.5 - Capacidade Instalada de Geração de Energia Eólica - EOL no RS ............................................................................................................................ 141A.6 - Capacidade Instalada de Geração em Centrais Geradoras Hidroelétricas - CGH no RS ......................................................................................... 142A.7 - Usinas Hidrelétricas - UHE em Construção no RS ...................................................................................................................................................... 143A.8 - Usinas Termoelétricas - UTE em Construção no RS ................................................................................................................................................... 143A.9 - Pequenas Centrais Hidroelétricas - PCH em Construção no RS ................................................................................................................................. 143A.10 - Usinas Hidroelétricas - UHE Outorgadas no RS .......................................................................................................................................................... 143A.11 - Usinas Termoelétricas - UTE Outorgadas no RS ......................................................................................................................................................... 144A.12 - Pequenas Centrais Hidroelétricas - PCH Outorgadas no RS ...................................................................................................................................... 144A.13 - Usinas Eólicas - EOL Outorgadas no RS ..................................................................................................................................................................... 145A.14 - Centrais Geradoras Hidroelétricas - CGH Outorgadas no RS .................................................................................................................................... 145A.15 - Linhas de Transmissão no RS ...................................................................................................................................................................................... 145B.1 - Dados Mundiais de Petróleo em 2006 e 2007 ........................................................................................................................................................... 146B.2 - Dados Mundiais de Derivados de Petróleo em 2006 ................................................................................................................................................. 146B.3 - Dados Mundiais de Gás Natural em 2006 e 2007 ..................................................................................................................................................... 146B.4 - Dados Mundiais de Carvão Mineral em 2006 e 2007 ................................................................................................................................................ 147B.5 - Dados Mundiais de Eletricidade em 2006 .................................................................................................................................................................. 147B.6 - Dados Mundiais de Energia Nuclear em 2006 ........................................................................................................................................................... 147B.7 - Dados Mundiais de Geração Hidroelétrica em 2005 e 2006 ..................................................................................................................................... 148B.8 - Dados Mundiais de Geração com Combustíveis Fósseis em 2006 ............................................................................................................................ 148B.9 - Preços Internos ao Consumidor de Alguns Energéticos nos Países da América Latina em Junho de 2006 ............................................................. 149B.10 - Preços ao Consumidor de Alguns Energéticos em Países Selecionados no Primeiro trimestre de 2008 .................................................................. 149B.11 - Preços ao Consumidor de Eletricidade em Estados Selecionados em 2009 .............................................................................................................. 150C.1 - Relações entre Unidades ............................................................................................................................................................................................. 151C.2 - Coeficientes de Equivalência Calórica ......................................................................................................................................................................... 151C.3 - Fatores de Conversão para Massa .............................................................................................................................................................................. 152C.4 - Fatores de Conversão para Volume ............................................................................................................................................................................ 152C.5 - Fatores de Conversão para Energia ............................................................................................................................................................................ 152C.6 - Coeficientes de Equivalência Médios para os Combustíveis Gasosos ....................................................................................................................... 152C.7 - Coeficientes de Equivalência Médios para os Combustíveis Líquidos ........................................................................................................................ 153C.8 - Coeficientes de Equivalência Médios para os Combustíveis Sólidos ......................................................................................................................... 153C.9 - Densidades e Poderes Caloríficos Inferiores - 2006 ................................................................................................................................................... 154C.10 - Fatores de Conversão para Tep Médio ........................................................................................................................................................................ 156F.1 - Potência Acumulada de Energia Eólica em Países Selecionados de 1997 a 2008 (MW) ......................................................................................... 176J.1 - Balanço Energético Mundial 2006 ............................................................................................................................................................................... 187J.2 - Balanço Energético Nacional 2007 .............................................................................................................................................................................. 188J.3 - Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2005 ........................................................................................................................................................ 189J.4 - Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2006 ........................................................................................................................................................ 190J.5 - Balanço Energético do Rio Grande do Sul 2007 ........................................................................................................................................................ 191K.1 - BERS 2008 em Unidades Originais ............................................................................................................................................................................. 192K.2 - BERS 2008 em Bilhões de kcal ................................................................................................................................................................................... 193K.3 - BERS 2008 em Mil Tep ................................................................................................................................................................................................ 194
Figuras3.1 - City Gate localizado em Canoas - RS ........................................................................................................................................................................... 623.2 - Plataforma de Transporte de GNL ................................................................................................................................................................................. 633.3 - Croqui Explicativo do Processo de GNL ........................................................................................................................................................................ 641 - Usina Térmica de Candiota (uso de carvão vapor) ..................................................................................................................................................... 1582 - Usina Térmica de Piratini (uso de lenha) .................................................................................................................................................................... 158E.1.a - Diagrama de Funcionamento de Célula Fotovoltaica ................................................................................................................................................. 160E.1.b - Desenvolvimento de Mercado de Células Fotovoltaicas no Mundo em 2007 ............................................................................................................ 161E.1.c - Condições Gerais Favoráveis para o Emprego de Células Fotovoltaicas ................................................................................................................... 162E.1.d - Perspectiva Mundial ..................................................................................................................................................................................................... 162
E.2 - Sistema de Aquecimento Solar ................................................................................................................................................................................... 163E.2.a - Diagrama de Funcionamento de Aquecimento de Água Residencial ....................................................................................................................... 163E.2.b - Mercado de Aquecimento Solar no Mundo ................................................................................................................................................................ 164E.2.c - Condições Gerais para o Crescimento do Setor de Aquecimento Solar .................................................................................................................... 164E.2.d - Perspectiva Mundial ..................................................................................................................................................................................................... 164E.2.e - Coletores Solares ......................................................................................................................................................................................................... 165E.2.f - Tubos Coletores com Vácuo ........................................................................................................................................................................................ 165E.3 - Energia Solar para Produção de Eletricidade em Escala Industrial ............................................................................................................................ 165E.3.a - Breve Exame dos Aspectos Tecnológicos .................................................................................................................................................................... 165E.3.b - Perspectiva Mundial ..................................................................................................................................................................................................... 168F.2 - Vista do Interior da Parte Superior de uma Turbina Eólica ......................................................................................................................................... 171F.3 - Turbina Eólica Instalada no Parque de Osório ............................................................................................................................................................ 173F.4 - Desenvolvimento da Tecnologia Eólica ........................................................................................................................................................................ 175F.5 - Sistemas de geração eólica on-shore conectado ao sistema interligado .................................................................................................................. 177F.6 - Principais Forças Atuantes em uma Pá de Turbina Eólica ........................................................................................................................................... 179G.1 - Aspectos Tecnológicos da Energia Geotérmica ........................................................................................................................................................... 180G.2 - Diagrama Esquemático de Sistema de Bomba de Calor ........................................................................................................................................... 181G.3 - Fonte Geotérmica Aberta de Geração de Calor ......................................................................................................................................................... 182H.1 - Extração de Hidrogênio a Partir do Gás Natural ........................................................................................................................................................ 183H.2 - Extração de Hidrogênio a Partir da Energia Eólica ..................................................................................................................................................... 184I.1 - Série Histórica de Fontes de Energia Selecionadas em Unidades Originais no Período de 1979 a 2007 ................................................................ 185
Mapas3.1 - Principais Usinas Hidroelétricas no RS .......................................................................................................................................................................... 443.2 - Sistema de Transmissão no RS3 ................................................................................................................................................................................... 453.3 - Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica no RS .......................................................................................................................................... 473.4 - Infraestrutura para a Movimentação de Gás Natural no Brasil em 2006 ................................................................................................................... 613.5 - Redes de Distribuição da Sulgás ................................................................................................................................................................................... 628.1 - Consumo de Óleo Diesel por Município do RS em 2008 ........................................................................................................................................... 1138.2 - Consumo de Gasolina C (automotiva) por Município do RS em 2008 ...................................................................................................................... 1138.3 - Consumo de GLP por Município do RS em 2008 ....................................................................................................................................................... 1148.4 - Consumo de Energia Elétrica por Município do RS em 2008 .................................................................................................................................... 1148.5 - Consumo Total dos principais energéticos por Município do RS em 2008 ................................................................................................................ 1158.6 - Consumo Total dos principais energéticos por COREDES do RS em 2008 ................................................................................................................ 1159.1 - Localização das Reservas Minerais de Carvão no RS em 2005 ................................................................................................................................. 1249.2 - Potencial Hidrelétrico do RS – 2009 ........................................................................................................................................................................... 1269.3 - Mapa Solarimétrico do Brasil ...................................................................................................................................................................................... 130
Quadros4.1 - Matriz Balanço Energético do Rio Grande do Sul ........................................................................................................................................................ 764.2 - Relação das Instituições informantes do BERS 2009 - Ano Base 2008 ....................................................................................................................... 78
Referências BibliográficasA LENHA E SEUS DERIVADOS NO BALANÇO ENERGÉTICO DO RIO GRANDE DO SUL - CENERGS - 1984 (cartilha).AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. Disponível em: <http//www.aneel.gov.br>. Acesso em: 14 ago. 2009.AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO - ANP. Disponível em: <http//www.anp.gov.br>ANUÁRIO Estatístico da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas 2009. Brasília, D.F.: ABRAF, 2008. 120p.ANUÁRIO MINERAL BRASILEIRO 2006 - Departamento Nacional de Produção Mineral - Disponível em: <http//www.mme.gov.br>. Acesso em: 30 set.2008.ANNUAL ENERGY OUTLOOK 2009 - DOE/EIA - march 2009 - Disponível em: <http//www.eia.doe.gov>. Acesso em: 01 set. 2009.ATLAS SOLARIMÉTRICO DO BRASIL. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2000.ATLAS EÓLICO DO RIO GRANDE DO SUL. Porto Alegre: SEMC, 2003.BALANÇO ENERGÉTICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL 2005/2007. Porto Alegre, Grupo CEEE / Secretaria de Infraestrutura e Logística doRio Grande do Sul, 2008. 240 p.BRASIL. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo e do Gás Natural. Rio de Janeiro:ANP, 2008. 212p.BRASIL. Ministério da Educação do Brasil. Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB e Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM.Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP, 2009.BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional 2008: Ano base 2007. Rio de Janeiro: EPE, 2008.244p.BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Empresa de Pesquisa Energética. Balanço Energético Nacional 2009 - Resultados Preliminares: Ano base2008. Rio de Janeiro: EPE, 2009. 47p.DICIONÁRIO DE TERMINOLOGIA ENERGÉTICA 2004 - World Energy Council. 4°Edição, Furnas Centrais Elétricas S.A., Rio de Janeiro, 2004.EMPRESAS EUROPEIAS PLANEJAM MEGAUSINA SOLAR NO SAARA - Disponível em: <http//www.bbc.co.uk/portuguese/lg/ciencia/2009/07/090714_desertcebec.shtml>. 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Disponível em: <http// www.ibge.gov.br>. Acesso em: 30 out. 2008.PNAD 2008 - ______-. Disponível em: <http// www.ibge.gov.br>. Acesso em: 8 out. 2009.POWER FROM SUNLIGHT - Disponível em: <http//www.renewables-made-in-germany.com/en/photovoltaics/>. Acesso em 27 Abr. 2009.RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Energia, Minas e Comunicações. Balanço Energético Consolidado do Estado do Rio Grande do Sul 1979/1982. Porto Alegre, 1984. 281p.______ . Balanço Energético Consolidado do Estado do Rio Grande do Sul 1983/1988. Porto Alegre, 1993. 228p.______ . Balanço Energético Consolidado do Estado do Rio Grande do Sul 1989/1996. Porto Alegre, 1998. 376p.______ . Balanço Energético Consolidado do Estado do Rio Grande do Sul 1999/2000. Porto Alegre, 2003. 266p.______ . Balanço Energético Consolidado do Estado do Rio Grande do Sul 2001/2004. Porto Alegre, 2006. 274p.Secretaria da Saúde do RS - Sistema de Informações de Saúde - 2006 - 2009.SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO POTENCIAL HIDRELÉTRICO BRASILEIRO - SIPOT - ELETROBRÁS - Disponível em: <http//www.eletrobras.com.br>.Acesso em: 22 set. 2009.SOLAR POWER PLANTS IN THE MOJAVE DESERT - Disponível em: <http//en.wikipedia.org/wiki/Solar_power_plants_in_the_Mojave_Desert>.Acesso em: 13 jul 2009.THE GERMAN GEOTHERMAL ENERGY INDUSTRY - Disponível em: <http//www.renewables-made-in-germany.com/en/geothermal/>. Acesso em 27abr. 2009.THE GERMAN HYDROPOWER INDUSTRY- Disponível em: <http//www.renewables-made-in-germany.com/en/hydropower/>. Acesso em 27 abr. 2009.THE GERMAN SOLAR THERMAL INDUSTRY - Disponível em: <http//www.renewables-made-in-germany.com/en/solar-thermal/>. Acesso em 27 abr.2009.THE GERMAN SOLAR THERMAL POWER PLANT INDUSTRY - Disponível em: <http//www.renewables-made-in-germany.com/en/solar-thermal-power-plants/>. Acesso em 27 abr. 2009.THE GERMAN WIND POWER INDUSTRY- Disponível em: <http//www.renewables-made-in-germany.com/en/Wind-energy/>. Acesso em 27 abr. 2009.THE LEADING ANNUAL WORLD SOLAR PV INDUSTRY REPORT - Disponível em: <http//www.solarbuzz.com/Marketbuzz2008-intro.htm>. Acessoem: 08 out. 2009.THE STRUCTURE OF A MODERN WIND TURBINE - AN OVERVIEW - Disponível em: <http//www.wwindea.org/technology/ch01/en/1_2.htmal>.Acesso em: 24 jul 2009.TUTORIAL DE ENERGIA EÓLICA - PRINCÍPIOS E TECNOLOGIAS - Disponível em: <http//www.creseb.cepel.br/tutorial/tutorial_eolica.htm>. Acessoem: 16 jul 2009.WORLD WIND ENERGY REPORT 2008 - Disponível em: <http//www.2009wwec.com>. Acesso em: 01 set 2009.
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Dezembro de 2009