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Salvador: dimensões da capitalidade (séculos XVI
Sala de audiovis
Edval Barros (CHAM, UNL) Quem fala em nome do Brasil? Imagens da capitalidade de Salvador nas consultas do Conselho
Ultramarino, 1644-1683
Guida Marques (CHAM, UNL) Ser “cabeça do Estado do Brasil”. Espaços e representações da cidade de Salvador da Bahia no
império português do século XVII
Lívia Pedro (UFBa) A Cidade do Salvador no século XVI: a sede do Governo Geral e os desafios da capitalidade na
América portuguesa
Cláudia Damasceno Fonseca (CRBC História fundiária de Salvador: inventário preliminar de fontes e primeiros apontamentos
Avanete Pereira Sousa (UFBa) A centralidade econômica da cidade de Salvador (século XVIII)
Hugo Ribeiro da Silva (CHAM, UNL) O clero da catedral de Salvador na 2ª metade do século XVIII: o padroado e as carreiras eclesiásticas
João José Reis (UFBa) Heterodoxias: escravos senhores de escravos em Salvador, 1800
Antonio Luigi Negro (UFBa) A Bahia na Exposição Nacional de 1908
B A H I A 1 6 - 1 9
American,
European
and African
forging
of a colonial
capital city
Salvador: dimensões da capitalidade (séculos XVI
Workshop
16 de Agosto 2013, 14-18 h Sala de audiovisual, Pavilhão Raul Seixas, FFCH-UFBa
Painel 1 (14:00 - 16:15)
Quem fala em nome do Brasil? Imagens da capitalidade de Salvador nas consultas do Conselho
o Brasil”. Espaços e representações da cidade de Salvador da Bahia no
império português do século XVII
A Cidade do Salvador no século XVI: a sede do Governo Geral e os desafios da capitalidade na
onseca (CRBC - EHESS) História fundiária de Salvador: inventário preliminar de fontes e primeiros apontamentos
A centralidade econômica da cidade de Salvador (século XVIII)
Painel 2 (16:30 – 18:00)
HAM, UNL) O clero da catedral de Salvador na 2ª metade do século XVIII: o padroado e as carreiras eclesiásticas
Heterodoxias: escravos senhores de escravos em Salvador, 1800-1850
o Nacional de 1908
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PIRSES-GA-2012-318988
Salvador: dimensões da capitalidade (séculos XVI-XIX)
Quem fala em nome do Brasil? Imagens da capitalidade de Salvador nas consultas do Conselho
o Brasil”. Espaços e representações da cidade de Salvador da Bahia no
A Cidade do Salvador no século XVI: a sede do Governo Geral e os desafios da capitalidade na
História fundiária de Salvador: inventário preliminar de fontes e primeiros apontamentos
O clero da catedral de Salvador na 2ª metade do século XVIII: o padroado e as carreiras eclesiásticas
Edval Barros (CHAM, UNL)
Salvador nas consultas do Conselho Ultramarino, 1644
Resumo: O objetivo da comunicação é identificar o modo como Salvador se representava em sua
correspondência com o Conselho Ultramarino, e como este último concebia o papel da dita câmara
na governação do Estado do Brasil. Parte
atlântico, o que supôe a capacidade de
capitanias no papel de interlocutora privilegiada dos interesses locais (o povo do Brasil)
disposição dos demais intervenientes na
geral, em endossar este papel. Como fonte, se recorrerá às consultas mistas e das partes do
Conselho Ultramarino, não apenas referentes à Bahia, mas ao Rio de Janeiro e Pernambuco, o que
permite perceber que se Salvador podia ambicionar o papel de cabeça do Estado do Brasil, tal
presunção não parece ultrapassar os limites da própria capitania da Bahia, limites, por sua vez, que
o Conselho Ultramarino igualmente reconhece em seus pareceres.
Guida Marques (CHAM, UNL)
cidade de Salvador da Bahia no império português do século XVII.
Resumo: Trata-se de examinar o processo de construção da cidade da Bahia enquanto “cabeça do
Estado do Brasil” durante o século XVII. Nessa perspectiva, exploraremos os discursos e as
representações que construíram a cidade, considerando nomeadamente as suas projecções imperiais.
Procuraremos assim confrontar as várias imagens da Bahia, emanando não só da câmara de
Salvador, como de outros atores.
Lívia Pedro (UFBa) - A Cidade do Salvador no século XVI: a sede do Governo Geral e os desafios
da capitalidade na América portuguesa
Resumo: No dia 29 de março de 1549, a armada de Tomé de Souza entrou na Baía de Todos os
Santos, trazendo a bordo o desafio de construir e implantar a primeira sede do recém
Governo Geral no Brasil. A presente comunicação tem como objetivo analisar o papel
desempenhado por Salvador como
RESUMOS
Edval Barros (CHAM, UNL) - Quem fala em nome do Brasil? Imagens da capitalidade de
Salvador nas consultas do Conselho Ultramarino, 1644-1683
O objetivo da comunicação é identificar o modo como Salvador se representava em sua
correspondência com o Conselho Ultramarino, e como este último concebia o papel da dita câmara
na governação do Estado do Brasil. Parte-se da proposta de pensar Salvador c
atlântico, o que supôe a capacidade de sua câmara substituir metonímicamente as câmaras de outras
capitanias no papel de interlocutora privilegiada dos interesses locais (o povo do Brasil)
disposição dos demais intervenientes na comunicação com o reino, principalmente o governador
geral, em endossar este papel. Como fonte, se recorrerá às consultas mistas e das partes do
Conselho Ultramarino, não apenas referentes à Bahia, mas ao Rio de Janeiro e Pernambuco, o que
que se Salvador podia ambicionar o papel de cabeça do Estado do Brasil, tal
presunção não parece ultrapassar os limites da própria capitania da Bahia, limites, por sua vez, que
o Conselho Ultramarino igualmente reconhece em seus pareceres.
(CHAM, UNL) - Ser “cabeça do Estado do Brasil”. Espaços e representações da
cidade de Salvador da Bahia no império português do século XVII.
se de examinar o processo de construção da cidade da Bahia enquanto “cabeça do
ante o século XVII. Nessa perspectiva, exploraremos os discursos e as
representações que construíram a cidade, considerando nomeadamente as suas projecções imperiais.
Procuraremos assim confrontar as várias imagens da Bahia, emanando não só da câmara de
lvador, como de outros atores.
A Cidade do Salvador no século XVI: a sede do Governo Geral e os desafios
da capitalidade na América portuguesa
No dia 29 de março de 1549, a armada de Tomé de Souza entrou na Baía de Todos os
Santos, trazendo a bordo o desafio de construir e implantar a primeira sede do recém
A presente comunicação tem como objetivo analisar o papel
por Salvador como cidade, metrópole e capital na segunda metade do século XVI,
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PIRSES-GA-2012-318988
Quem fala em nome do Brasil? Imagens da capitalidade de
O objetivo da comunicação é identificar o modo como Salvador se representava em sua
correspondência com o Conselho Ultramarino, e como este último concebia o papel da dita câmara
se da proposta de pensar Salvador como capital do espaço
substituir metonímicamente as câmaras de outras
capitanias no papel de interlocutora privilegiada dos interesses locais (o povo do Brasil) e da
comunicação com o reino, principalmente o governador-
geral, em endossar este papel. Como fonte, se recorrerá às consultas mistas e das partes do
Conselho Ultramarino, não apenas referentes à Bahia, mas ao Rio de Janeiro e Pernambuco, o que
que se Salvador podia ambicionar o papel de cabeça do Estado do Brasil, tal
presunção não parece ultrapassar os limites da própria capitania da Bahia, limites, por sua vez, que
Ser “cabeça do Estado do Brasil”. Espaços e representações da
se de examinar o processo de construção da cidade da Bahia enquanto “cabeça do
ante o século XVII. Nessa perspectiva, exploraremos os discursos e as
representações que construíram a cidade, considerando nomeadamente as suas projecções imperiais.
Procuraremos assim confrontar as várias imagens da Bahia, emanando não só da câmara de
A Cidade do Salvador no século XVI: a sede do Governo Geral e os desafios
No dia 29 de março de 1549, a armada de Tomé de Souza entrou na Baía de Todos os
Santos, trazendo a bordo o desafio de construir e implantar a primeira sede do recém-criado
A presente comunicação tem como objetivo analisar o papel
cidade, metrópole e capital na segunda metade do século XVI,
com base nas determinações reais reunidas no
entre a teoria e a prática das pretenções da Coroa portuguesa para e
Brasil. E conclui que essa tentativa inicial de centralização política e administrativa nas terras
descobertas por Cabral desde 1500 resultou num modelo singular de descentralização, decorrente
do encontro entre as políticas metropolitanas trazidas pelo primeiro governador geral e a realidade
local.
Cláudia Damasceno Fonseca (CRBC
preliminar de fontes e primeiros apontamentos
Resumo: A pesquisa que ora iniciamos preten
especialistas da história urbana da América portuguesa
evolução, sua influência sobre o processo de conformação da cidade, bem como os diferentes
modos e agentes da apropriação e da gestão fundiária. Nossa comunicação consistirá, por um lado,
em apresentar um inventário da historiografia e das fontes primárias identificadas até o momento,
e por outro lado, em apontar algumas questões que emergem da leitura de a
documentos, e que sugerem comparações interessantes com o caso de outras «
espaço luso-brasileiro: não só o Rio de Janeiro (estudado por Mauricio Abreu, Fania Fridman e
outros autores), mas também Vila Rica e Mariana, sedes do
Gerais (casos abordado num trabalho ainda inédito de C. Damasceno, bem como em dissertações e
teses recentes ou em andamento no Brasil).
Avanete Pereira Sousa (UFBa)
Resumo: A capitania da Bahia constituiu
privilegiado para o processo de organização e controle político
América Portuguesa. De núcleo embrionário inicial, Salvado
importantes centros para o qual convergiram e se articularam várias outras regiões localizadas tanto
interna quanto externamente à capitania. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, superou a condição
inicial de polo administrativo e tornou
mercadorias, em um ambiente próprio para comerciantes e homens de negócio. Dos mundos da
produção e das relações comerciais viviam grandes, médios e pequenos produtores e negocia
Situadas em diferentes escalas, suas atividades abarcavam dimensões que iam do consumo para a
reprodução da vida cotidiana da cidade às vinculadas ao comércio externo, aspectos que serão um
com base nas determinações reais reunidas no Regimento de Tomé de Souza, apontando a distância
entre a teoria e a prática das pretenções da Coroa portuguesa para essa nova fase da colonização
essa tentativa inicial de centralização política e administrativa nas terras
descobertas por Cabral desde 1500 resultou num modelo singular de descentralização, decorrente
metropolitanas trazidas pelo primeiro governador geral e a realidade
(CRBC - EHESS) - História fundiária de Salvador
preliminar de fontes e primeiros apontamentos
A pesquisa que ora iniciamos pretende investigar um aspecto ainda pouco enfocado pelos
especialistas da história urbana da América portuguesa : a estrutura da propriedade da terra, sua
evolução, sua influência sobre o processo de conformação da cidade, bem como os diferentes
da apropriação e da gestão fundiária. Nossa comunicação consistirá, por um lado,
em apresentar um inventário da historiografia e das fontes primárias identificadas até o momento,
e por outro lado, em apontar algumas questões que emergem da leitura de a
documentos, e que sugerem comparações interessantes com o caso de outras «
brasileiro: não só o Rio de Janeiro (estudado por Mauricio Abreu, Fania Fridman e
outros autores), mas também Vila Rica e Mariana, sedes do governo civil e eclesiástico de Minas
Gerais (casos abordado num trabalho ainda inédito de C. Damasceno, bem como em dissertações e
teses recentes ou em andamento no Brasil).
- A centralidade econômica da cidade de Salvador
A capitania da Bahia constituiu-se, desde a instituição do governo geral, espaço
privilegiado para o processo de organização e controle político-administrativo e econômico da
América Portuguesa. De núcleo embrionário inicial, Salvador, sua capital, tornou
importantes centros para o qual convergiram e se articularam várias outras regiões localizadas tanto
interna quanto externamente à capitania. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, superou a condição
strativo e tornou-se um dinâmico polo socioeconômico, atraindo gente, coisas,
mercadorias, em um ambiente próprio para comerciantes e homens de negócio. Dos mundos da
produção e das relações comerciais viviam grandes, médios e pequenos produtores e negocia
Situadas em diferentes escalas, suas atividades abarcavam dimensões que iam do consumo para a
reprodução da vida cotidiana da cidade às vinculadas ao comércio externo, aspectos que serão um
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PIRSES-GA-2012-318988
, apontando a distância
ssa nova fase da colonização do
essa tentativa inicial de centralização política e administrativa nas terras
descobertas por Cabral desde 1500 resultou num modelo singular de descentralização, decorrente
metropolitanas trazidas pelo primeiro governador geral e a realidade
Salvador : Inventário
de investigar um aspecto ainda pouco enfocado pelos
: a estrutura da propriedade da terra, sua
evolução, sua influência sobre o processo de conformação da cidade, bem como os diferentes
da apropriação e da gestão fundiária. Nossa comunicação consistirá, por um lado,
em apresentar um inventário da historiografia e das fontes primárias identificadas até o momento,
e por outro lado, em apontar algumas questões que emergem da leitura de alguns desses
documentos, e que sugerem comparações interessantes com o caso de outras « capitais » do
brasileiro: não só o Rio de Janeiro (estudado por Mauricio Abreu, Fania Fridman e
governo civil e eclesiástico de Minas
Gerais (casos abordado num trabalho ainda inédito de C. Damasceno, bem como em dissertações e
A centralidade econômica da cidade de Salvador (século XVIII)
se, desde a instituição do governo geral, espaço
administrativo e econômico da
r, sua capital, tornou-se um dos mais
importantes centros para o qual convergiram e se articularam várias outras regiões localizadas tanto
interna quanto externamente à capitania. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, superou a condição
se um dinâmico polo socioeconômico, atraindo gente, coisas,
mercadorias, em um ambiente próprio para comerciantes e homens de negócio. Dos mundos da
produção e das relações comerciais viviam grandes, médios e pequenos produtores e negociantes.
Situadas em diferentes escalas, suas atividades abarcavam dimensões que iam do consumo para a
reprodução da vida cotidiana da cidade às vinculadas ao comércio externo, aspectos que serão um
primeiro alvo deste trabalho. Também procuraremos investigar
organização das redes produtivas e das relações econômico
luz das ações do poder local camarário em Salvador.
Hugo Ribeiro da Silva (CHAM, UNL)
XVIII: o padroado e as carreiras eclesiásticas
Resumo: A historiografia tem dado pouca atenção aos cabidos das catedrais e seu clero. Daí que,
antes de mais, descreverei, sumariamente, a orgânica do ca
catedral. Em seguida tecerei algumas considerações sobre a origem geográfica daqueles que foram
apresentados num benefício capitular em Salvador. Finalmente, serão analisadas as vias de acesso
ao cabido bahiano, no quadro do padroado régio e das carreiras eclesiásticas do Antigo Regime.
João Reis (UFBa) - Heterodoxias: escravos senhores de escravos em Salvador, 1800
Resumo: A historiografia brasileira já tratou em numerosos trabalhos sobre a propriedade escrava
de africanos libertos. O mesmo não pode ser dito sobre o fenômeno do escravo que possuía
escravos, especificamente no ambiente urbano. Com base em documentos como registros
eclesiásticos e cartas de alforria, discute
lugar nas relações escravistas, quem eram os escravos envolvidos e quais os contextos específicos
no qual vicejou essa prática.
Antonio Luigi Negro (UFBa) -
Resumo: Apesar de ter cabido à Bahia a segund
apenas que a mineira, igual à dos paulistas; maior, portanto, que a dos gaúchos), a relevância de seu
papel na I República (1889-19300 é comparada com sua situação privilegiada no império ou, além
disto, é confrontada com o excepcionalismo dos paulistas: fazendeiros capitalistas, burgueses e
industriais. A Bahia, embora tenha sido monarquista até a medula da escravatura, influiu os
governos republicanos. Em 1908, na Exposição Nacional, suas elites políticas
conseguiram representar este papel com desenvoltura e eficácia, trafegando entre as duas capitais
do Brasil, Salvador, a antiga, e Rio de Janeiro, então a capital.
primeiro alvo deste trabalho. Também procuraremos investigar os mecanismos de regulamentação e
organização das redes produtivas e das relações econômico-comerciais, sobretudo as plasmadas à
luz das ações do poder local camarário em Salvador.
(CHAM, UNL) - O clero da catedral de Salvador na 2ª metade
XVIII: o padroado e as carreiras eclesiásticas
A historiografia tem dado pouca atenção aos cabidos das catedrais e seu clero. Daí que,
antes de mais, descreverei, sumariamente, a orgânica do cabido bahiano e as suas funções na
catedral. Em seguida tecerei algumas considerações sobre a origem geográfica daqueles que foram
apresentados num benefício capitular em Salvador. Finalmente, serão analisadas as vias de acesso
do padroado régio e das carreiras eclesiásticas do Antigo Regime.
Heterodoxias: escravos senhores de escravos em Salvador, 1800
A historiografia brasileira já tratou em numerosos trabalhos sobre a propriedade escrava
ricanos libertos. O mesmo não pode ser dito sobre o fenômeno do escravo que possuía
escravos, especificamente no ambiente urbano. Com base em documentos como registros
eclesiásticos e cartas de alforria, discute-se este aspecto peculiar do pecúlio escravo,
lugar nas relações escravistas, quem eram os escravos envolvidos e quais os contextos específicos
A Bahia na Exposição Nacional de 1908
Apesar de ter cabido à Bahia a segunda maior bancada do congresso republicano (menor
apenas que a mineira, igual à dos paulistas; maior, portanto, que a dos gaúchos), a relevância de seu
19300 é comparada com sua situação privilegiada no império ou, além
nfrontada com o excepcionalismo dos paulistas: fazendeiros capitalistas, burgueses e
industriais. A Bahia, embora tenha sido monarquista até a medula da escravatura, influiu os
governos republicanos. Em 1908, na Exposição Nacional, suas elites políticas
conseguiram representar este papel com desenvoltura e eficácia, trafegando entre as duas capitais
do Brasil, Salvador, a antiga, e Rio de Janeiro, então a capital.
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os mecanismos de regulamentação e
comerciais, sobretudo as plasmadas à
O clero da catedral de Salvador na 2ª metade do século
A historiografia tem dado pouca atenção aos cabidos das catedrais e seu clero. Daí que,
bido bahiano e as suas funções na
catedral. Em seguida tecerei algumas considerações sobre a origem geográfica daqueles que foram
apresentados num benefício capitular em Salvador. Finalmente, serão analisadas as vias de acesso
do padroado régio e das carreiras eclesiásticas do Antigo Regime.
Heterodoxias: escravos senhores de escravos em Salvador, 1800-1850
A historiografia brasileira já tratou em numerosos trabalhos sobre a propriedade escrava
ricanos libertos. O mesmo não pode ser dito sobre o fenômeno do escravo que possuía
escravos, especificamente no ambiente urbano. Com base em documentos como registros
se este aspecto peculiar do pecúlio escravo, qual a seu
lugar nas relações escravistas, quem eram os escravos envolvidos e quais os contextos específicos
a maior bancada do congresso republicano (menor
apenas que a mineira, igual à dos paulistas; maior, portanto, que a dos gaúchos), a relevância de seu
19300 é comparada com sua situação privilegiada no império ou, além
nfrontada com o excepcionalismo dos paulistas: fazendeiros capitalistas, burgueses e
industriais. A Bahia, embora tenha sido monarquista até a medula da escravatura, influiu os
governos republicanos. Em 1908, na Exposição Nacional, suas elites políticas e letradas
conseguiram representar este papel com desenvoltura e eficácia, trafegando entre as duas capitais