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BACHARELADO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
LUÍS FILIPE MANHÃES COELHO
WELLINGTON DE SOUZA BASTOS
PROPOSTA DE UM SOFTWARE DE CONTROLE DE ESTOQUE PARA UMA INDÚSTRIA DE CERÂMICA VERMELHA
Campos dos Goytacazes/RJ
Abril/2017
LUÍS FILIPE MANHÃES COELHO
WELLINGTON DE SOUZA BASTOS
PROPOSTA DE UM SOFTWARE DE CONTROLE DE ESTOQUE PARA UMA INDÚSTRIA DE CERÂMICA VERMELHA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense
como exigência parcial para conclusão do curso de Bacharelado em Engenharia de Controle e Automação.
Orientador(a): Profa. Dr.(a) Alline S. C. Morais
Campos dos Goytacazes/RJ
Abril/2017
Biblioteca Anton Dakitsch CIP - Catalogação na Publicação
Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Biblioteca Anton Dakitsch do IFF com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
B965p Bastos, Wellington de Souza
Proposta de um software de controle de estoque para uma indústria de cerâmica vermelha / Wellington de Souza Bastos, Luís Filipe Manhães Coelho - 207.
73 f.: il. color.
Orientadora: Alline Sardinha Cordeiro Morais
Trabalho de conclusão de curso (graduação) -- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, Campus Campos Centro, Curso de Bacharelado em Engenharia de Controle e Automação, Campos dos Goytacazes, RJ, 207.
Referências: f. 70 a 73.
1. Automação. 2. Software. 3. Processos Industriais. 4. Estoque . 5. Produção. I. Coelho, Luís Filipe Manhães. II. Morais, Alline Sardinha Cordeiro, orient. III. Título.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus pela oportunidade que tivemos de chegar até
esta conclusão do projeto final do nosso curso com força e garra para nunca ter
desistido.
Agradecemos à nossa família e amigos por todo o suporte e apoio imprescindíveis
durante toda essa jornada acadêmica.
Agradecemos ao Instituto Federal Fluminense por nos proporcionar acesso a um
ensino de qualidade.
Agradecemos à nossa professora Dr.ª Alline Morais pela orientação e confiança
depositada na realização deste projeto, desde o começo.
Agradecemos aos colaboradores do projeto, Dr. Rogério Atem e Dr.ª Verônica
Aguiar por todo o apoio e direcionamento prestados quanto às dúvidas que surgiram ao
longo da construção deste trabalho.
Por último, agradecemos à empresa que possibilitou a criação e implantação do
software resultado do estudo e trabalho deste projeto, a Arte Cerâmica Sardinha, sob
direção do Sr. Rodolfo Gama.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO. .................................................................................................... 14
1.1 Contextualização ................................................................................................ 14
1.2 Justificativa ......................................................................................................... 16
1.3 Objetivo Geral .................................................................................................... 17
1.3.1 Objetivos Específicos. .................................................................................. 17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 18
2.1 PROJETO DE AUTOMAÇÃO ......................................................................... 18
2.1.1 Automação Industrial. ............................................................................. 19
2.2 SETOR CERÂMICO E A INDÚSTRIA DE CERÂMICA VERMELHA ...... 21
2.2.1 Panorama Nacional ................................................................................ 22
2.2.2 Pólo Ceramista de Campos dos Goytacazes. ...........................................25
2.3 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP) .......................... 26
2.3.1 Gestão de Demanda ............................................................................... 28
2.3.2 Plano Mestre de Produção (PMP) ..........................................................29
2.3.3 Estoque. .................................................................................................. 31
2.4 DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE ........................................................ 32
2.4.1 Java. ....................................................................................................... 32
2.4.2 Banco de Dados (MySQL) ....................................................................... 33
2.4.3 NetBeans. ................................................................................................ 35
3 METODOLOGIA. ................................................................................................. 36
3.1 MÉTODO DE PESQUISA ................................................................................ 36
3.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .............................................................. 38
3.3 ETAPAS DA PESQUISA .................................................................................... 44
3.3.1 Coleta de Dados. ....................................................................................44
3.3.2 Desenvolvimento do Software ................................................................ 46
3.3.3 Testes e Ajustes. ...................................................................................... 46
4 – SOFTWARE DE GESTÃO DE ESTOQUE. ..................................................... 47
4.1 BANCO DE DADOS ........................................................................................... 47
4.2 TELAS DO SOFTWARE ................................................................................... 49
4.2.1 Tela de Login. ......................................................................................... 49
4.2.2 Tela Principal. ........................................................................................ 50
4.2.3 Telas de Cadastro. .................................................................................. 51
4.2.4 Tela de Atualização de Estoque ............................................................... 54
4.2.5 Tela de Consulta. .................................................................................... 57 4.2.6 Tela de Relatório. .................................................................................. 58
4.2.7 Tela de Ajuda. ......................................................................................... 62
4.3 FICHAS DE ATUALIZAÇÃO ........................................................................... 63
4.4 PROPOSTA DE SETORIZAÇÃO .....................................................................64
5 –CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 68
6 – SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS............................................... 69
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 70
LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Processo de fabricação de cerâmica vermelha ............................................. 22
Figura 2 – Distribuição dos principais pólos de produção ceramista no Brasil ............ 24
Figura 3 – Produto Interno Bruto de Campos dos Goytacazes 2013 (%) ...................... 25
Figura 4 – Relacionamento do PCP com os setores da empresa ................................... 27
Figura 5 – Algumas medidas da gestão de demanda .................................................... 29
Figura 6 – Dados de entrada do PMP .......................................................................... 30
Figura 7 – MySQL e Oracle logotipos. ........................................................................34
Figura 8 – Catálogo de Produtos da Empresa .............................................................. 39
Figura 9 – Recepção da empresa ................................................................................. 40
Figura 10 – Setor A .................................................................................................... 41
Figura 11 – Fornos do Setor C1. .................................................................................. 41
Figura 12 – Linha de Produção. ................................................................................... 42
Figura 13 – Galpão do Setor D .................................................................................... 43
Figura 14 – Estufa – Setor F ........................................................................................ 44
Figura 15 - Processo de Fabricação… ......................................................................... 45
Figura 16 - Diagrama Entidade Relacionamento do Banco de Dados........................... 48
Figura 17 – Tela de Login. .......................................................................................... 49
Figura 18- Tela Principal do Sistema, após o Login. ................................................... 50
Figura 19- Tela de Cadastro de Usuários. ....................................................................51
Figura 20 - Tela de Cadastro de Insumos. .................................................................... 52
Figura 21 - Tela de Cadastro de Produtos. ...................................................................53
Figura 22 - Tela de Atualização do Estoque de Insumos .............................................. 55
Figura 23 - Tela de Atualização de Estoque de Produtos ............................................. 56
Figura 24 –Telas de Consulta de Estoques. .................................................................. 57
Figura 25 – Relatório de Usuários. ............................................................................... 59
Figura 26 – Relatório de Insumo. .................................................................................. 60
Figura 27 – Relatório de Produtos. ............................................................................... 61
Figura 28 - Tela de Ajuda (Informações sobre o Software). .......................................... 62
Figura 29 – Ficha de atualização de insumos. .............................................................. 63
Figura 30 – Ficha de atualização de produtos. .............................................................64
Figura 31 - Vista do Parque da Cerâmica Sardinha dividida em setores. ..................... 65
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Setorização do Parque Industrial da cerâmica .................................. 66
LISTA DE ABREVIAÇÕES
ABCERAM – Associação Brasileira de Cerâmica
ANICER – Associação Nacional da Indústria Cerâmica
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
RCC – Rede Campos Cerâmica
PCP – Planejamento e Controle da Produção PMP – Plano Mestre da Produção
SGBD – Sistema Gerenciador de Banco de Dados
SQL - Structured Query Language (Linguagem de Consulta Estruturada)
IDE - Integrated Development Environment (Ambiente Integrado de Desenvolvimento)
RESUMO
O referente trabalho consiste na concepção de um software de controle de
estoque, para uma empresa do setor cerâmico localizada na cidade de Campos dos
Goytacazes, Rio de Janeiro, visando atender as necessidades encontradas após a análise
do processo atual. No mesmo encontram-se descritas todas as etapas do
desenvolvimento, desde da fase inicial de verificação do problema até a parte final de
testes e resultados. O desenvolvimento e a implementação software de controle de
estoque utiliza-se de conceitos, técnicas e métodos de Engenharia de Controle e
Automação associada a modelos de gestão da produção e Engenharia de Software. O
projeto tem como objetivo principal apresentar uma solução específica para uma
problemática recorrente do setor, que apresenta carência na utilização de ferramentas de
controle de estoque, a fim de otimizar o processo atual proporcionando resultados mais
satisfatórios.
Palavras-chave: Automação, Software, Processos Industriais, Estoque, Produção.
ABSTRACT
The aim of this term paper is to design a Stock Control software for a company
from the ceramic industry located in the city of Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro,
in order to meet the needs that were found after the analysis of the current process. All
the stage sof its development are described in this paper, from the initial phase of the
problem verification to the final step of tests and results. The development and
implementation of this Stock Control software uses concepts, techniques and methods
from Automation and Control Engineering associated with Production Management
model and Software Engineering. The main goal of this project is to present a specific
solution to a recurring problem in the sector, which shows a scarce use of inventory
control tools in order to optimize the current process, providing greater satisfactory
results.
Keywords: Automation, Software, Industrial Processes, Stock, Production.
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Diante de um contexto atual onde a automação se destaca como instrumento
essencial de mudança em processos industriais, surge a necessidade de um
aprimoramento e renovação na forma de elementos que beneficiem e facilitem as
demandas do dia-a-dia. Essa renovação pode ser resultado, por exemplo, da utilização
de ferramentas que propiciem a automatização de tarefas com o objetivo principal de
torná-las mais eficientes. A automação industrial tem um papel primordial na
maximização dos resultados, ou seja, o melhor aproveitamento dos recursos de energia,
material e humano.
Melconiam (2016) afirma que a automação industrial pode proporcionar alguns
benefícios, entres eles: maiores lucros às empresas, a partir de uma maior velocidade
dos processos, melhor confiabilidade, repetitividade, qualidade, segurança dos
trabalhadores, integração dos processos por meio de redes industriais e corporativas,
computadores e softwares que juntos conectarão não só a fábrica, mas também
irão atingir os sistemas de supervisão e gestão da empresa, melhorando a coleta de
dados do chão de fábrica, proporcionando uma melhor tomada de decisão por parte dos
gestores.
O setor cerâmico localizado na cidade de Campos dos Goytacazes representa uma
importante parcela da economia regional sendo responsável por gerenciar uma
movimentação tributária expressiva para o município. Esse pólo industrial é formado
por empresas de pequeno e médio porte que são especializadas em fabricação de
15
produtos e utensílios cerâmicos, como por exemplo: tijolos maciço, adoquim, cobogó,
blocos de vedação, plaquetas. Utilizando processos de transformações de matéria-prima
para tais. Esses processos apresentam algumas características arcaicas que dificultam o
melhor aproveitamento do resultado final, gerando assim, um afastamento da
excelência. Dentre essas dificuldades, evidenciam-se:
● Ineficiência do controle de produção;
● Ausência de ferramenta específica para o controle de estoque;
● Mão de obra desqualificada;
● Desperdício de produtos;
Apesar da existência no mercado de mecanismos e modelos que atuam como fonte
de melhorias ainda persiste-se um processo manual de monitoramento, controle e
atualização do estoque, tornando o processo mais lento e com menor precisão, sendo
assim mais suscetível a erros. As informações referentes aos estoques não são
encontradas em um banco de dados apropriados ou outra fonte de pesquisa para
consultas futuras. A falta de interesse e de aperfeiçoamento dos processos está
diretamente associada aos custos envolvidos e a uma mentalidade atrasada existente no
setor cerâmico – que ainda encontra-se resistente à inovação e utilização de novas
tecnologias.
O referente trabalho apresenta o desenvolvimento de um software de controle de
estoque para uma indústria do setor ceramista na cidade de Campos dos Goytacazes,
Rio de Janeiro. O modelo proposto neste documento permite a realização do
16
monitoramento, controle e atualização das informações necessárias para o bom
funcionamento do processo de estocagem da empresa.
Portanto, a automação industrial não deve ser vista apenas como um facilitador de
tarefas, e sim, como um mecanismo indispensável dentro de uma nova realidade de
informações e tecnologias a fim de ampliar os resultados da melhor forma possível.
1.2 JUSTIFICATIVAS
A implementação deste software de controle de estoque está diretamente
associada às necessidades atuais do setor cerâmico. No cenário atual, os processos de
estocagem ocorrem sem nenhuma utilização de técnicas ou metodologias de controle e
gestão de estoque acarretando assim em um desencontro de informações referentes ao
mesmo.
Esses estoques são alimentados de acordo com a demanda atual da produção.
Porém, não há nenhuma ferramenta disponível que forneça um relatório exato e preciso
em relação às quantidades de produtos nos estoques. O processo de contagem de
produtos e de insumos é feito de forma manual impossibilitando assim a confiabilidade
e o devido arquivamento desses registros. A execução de um método de controle
específico de estoque torna-se imprescindível na correção de falhas ocorridas em um
planejamento da produção.
A efetivação de modelos de controle de estoque associa-se fortemente a
necessidade de gerenciamento da produção. A eficiência gerada a partir de um controle
eficaz garante uma melhoria no processo de forma a certificar uma redução de custos
com desperdícios e ineficiência produtiva. Esses mecanismos atestam um importante
17
aprimoramento no desenvolvimento do setor e, consequentemente, promovem um
incremento na qualidade dos serviços prestados possibilitando a expansão da produção,
o aumento da competitividade, a elevação da empregabilidade e do desenvolvimento
regional.
1.3 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste trabalho consiste em apresentar uma ferramenta específica
para o controle de estoque de produtos e de insumos para o setor cerâmico, sendo
essa uma necessidade atual do setor.
Após uma análise do processo de fabricação de cerâmica vermelha foram
levantados alguns pontos relevantes onde se faz necessário a implementação de modelo
de automação cujo o objetivo principal é maximização de resultados. De acordo com as
informações obtidas foi proposto a elaboração de um software de controle de estoque
que atenda às necessidades encontradas proporcionado assim uma fonte segura e
concreta de dados visando solucionar problemáticas existentes no setor cerâmico.
1.3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O software de controle em questão consiste-se em uma interface computacional que
permite o acesso de registros, informações e dados de forma precisa, coerente e atuais.
Por meio deste software será possível realizar as atualizações dos estoques e o
arquivamento dessas informações para consultas futuras.
18
Dentre os objetivos principais deste projeto destacam-se:
● Elaborar um software de controle de estoque de fácil manuseio;
● Criar um banco de dados para consultas futuras;
● Gerar documentação através de relatórios;
● Otimizar o processo atual e garantir a confiabilidade das informações;
● Possibilitar a aplicação de métodos e técnicas de gestão e gerenciamento de
projetos;
● Possibilitar estudos futuros sobre o desempenho dos estoques;
● Setorização da empresa; 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 – PROJETO DE AUTOMAÇÃO
O sistema de automação, pode ser concebido como sendo qualquer sistema
baseado em recursos computacionais que opere substituindo ou tornando mais prático,
eficiente e seguro o trabalho do ser humano, visando solucionar de maneira rápida e
econômica problemas das áreas industrial e de serviços (MORAES e CASTRUCCI,
2001)
Ferreira (2012), destaca os principais objetivos e desafios na elaboração de um
projeto de automação:
Objetivos:
● Melhorar a produtividade
● Acelerar os processos
19
● Aliviar a carga do trabalhador
● Simplificar o processo de produção
● Executar tarefas que seriam impossíveis de realizar manualmente Desafios:
● Aumentar a confiabilidade do sistema
● Aumentar a segurança do sistema
● Dominar processos cada vez mais complexos
● Intercomunicação equipamentos
● Otimizar processos logísticos
● Otimizar processos econômicos
2.1.1 – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
A automação é a operação de máquina ou de um sistema automaticamente ou
por controle remoto, com a mínima interferência do operador humano. Automação é o
controle de processos automáticos. Automático significa ter um mecanismo de atuação
própria, que faça uma ação requerida em tempo determinado ou em resposta a certas
condições. Historicamente, o primeiro termo usado foi o de controle automático de
processo. Foram usados instrumentos com as funções de medir, transmitir, comparar e
atuar no processo, para se conseguir um produto desejado com pequena ou nenhuma
ajuda humana. A partir deste novo nível de instrumentos, com funções de monitoração,
alarme e intertravamento, é que apareceu o termo automação. As funções
20
predominantes neste nível são as de detecção, comparação, alarme e atuação lógica.
(VIDAL & VILELA, 2003).
A automação industrial é resultado de uma necessidade atual dos processos
industriais. Cada vez mais torna-se indispensável a utilização de sistemas automáticos
que viabilizem uma maximização da eficiência e uma ampliação dos resultados. Esses
sistemas automáticos garantem que a intervenção humana seja aproveitada de uma
forma mais eficiente e com menores riscos.
Em Costa (2003) são listados alguns dos objetivos da automação industrial,
dentre eles:
● A melhoria das condições de operação, o que inclui a viabilidade técnica na
execução de operações impossíveis de realizar por métodos convencionais, devido a, por exemplo, um ambiente que ofereça perigo ao operador;
● A qualidade, ou seja, fabricação em faixas de tolerância a erros mais estreitas, utilizando um controle de qualidade eficiente;
● A segurança;
● A flexibilidade, ou seja, permitir com facilidade e rapidez, alterações nos parâmetros do processo de fabricação;
● O aumento da produtividade, através do uso mais eficiente da matéria-prima;
● O aumento do nível de controle.
21
2.2 – SETOR CERÂMICO E A INDÚSTRIA DA CERÂMICA VERMELHA
A Associação Brasileira de Cerâmica (ABCERAM) define a cerâmica vermelha,
em seu significado amplo, compreendendo aqueles materiais empregados na construção
civil (argila expandida, tijolos, blocos, elementos vazados, lajes, telhas e tubos
cerâmicos) e alguns de uso doméstico e afins. Nos dois casos os produtos tem coloração
predominantemente avermelhada (ABCERAM, 2016).
Ainda a ABCERAM (2016) o setor cerâmico é amplo e heterogêneo o que induz
a dividi-lo em sub setores ou segmentos em função de diversos fatores como matérias-
primas, propriedades e áreas de utilização São subsetores do setor cerâmico: cerâmica
vermelha, materiais de revestimento (placas cerâmicas), cerâmica branca, materiais
refratários, isolantes térmicos, fritas e corantes, abrasivos, cerâmica de alta
tecnologia/cerâmica avançada.
A indústria de cerâmica vermelha compõe um dos campos do setor cerâmico
sendo responsável por caracterizar seus produtos de forma específica. A cerâmica
vermelha tem como descrição aqueles materiais com coloração avermelhada
empregados na construção civil (tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos
cerâmicos e argilas expandidas) e também utensílios de uso doméstico e de adorno
(ABCERAM, 2016).
A figura 1 representa o processo de fabricação utilizado atualmente na
fabricação de cerâmica vermelha e que segue todas especificações e normas das
agências reguladoras.
22
Figura 1 – Processo de fabricação de cerâmica vermelha
Fonte: ABCERAM (2014)
2.2.1 – PANORAMA NACIONAL
O setor cerâmico brasileiro, de um modo geral, apresenta uma deficiência
grande em dados estatísticos e indicadores de desempenho, ferramentas indispensáveis
para acompanhar o seu desenvolvimento e melhorar a competitividade, entre outros
fatores. Daí as dificuldades de se ter um panorama mais amplo dessa importante área
industrial, com diversos segmentos altamente geradores de empregos, e com forte apelo
social (ABCERAM, 2016).
23
O setor secundário, que é o setor da economia responsável por realizar as
transformações das matérias-primas extraídas pelo setor primário, é composto de
divisões setoriais e dentre elas estão o setor da indústria e o da construção civil.
De acordo com a Associação Nacional da Indústria Cerâmica (ANICER), a
indústria de cerâmica vermelha brasileira é composta por 6.903 empresas, que geram
faturamento de R$ 18 bilhões ao ano. O segmento tem como missão oferecer produtos
qualificados e sustentáveis que possam apoiar o desenvolvimento crescente e contínuo
do país em todas as frentes: da construção de habitações de interesse social até as obras
de infraestrutura (ANICER, 2014).
O setor de blocos, telhas e tubos cerâmicos é o principal fornecedor de materiais
para edificações, coberturas e saneamentos em todas as partes do Brasil. O segmento
representa 4,8% da indústria da Construção Civil e gera mais de 400 mil postos de
trabalho diretos e 1,25 milhão indiretos. Mensalmente apenas as fábricas de blocos
produzem mais de 4 bilhões de unidades. Já a fabricação de telhas ultrapassa 1 bilhão de
itens por mês. As peças brasileiras abastecem os mercados regionais, países vizinhos e
outros que já conhecem o potencial, a qualidade, a resistência e a criatividade da
indústria de cerâmica vermelha brasileira (ANICER, 2014).
As regiões que mais se desenvolveram foram a sudeste e a sul, em razão da
maior densidade demográfica, maior atividade industrial e agropecuária, melhor
infraestrutura, melhor distribuição de renda, associado ainda às facilidades de matérias-
primas, energia, centros de pesquisa, universidades e escolas técnicas. Portanto, são
nelas onde se tem uma grande concentração de indústrias de todos os
24
segmentos cerâmicos. Convém salientar que as outras regiões do país têm apresentado
um certo grau de desenvolvimento, principalmente no Nordeste, onde tem aumentado a
demanda de materiais cerâmicos, principalmente nos segmentos ligados à construção
civil, o que tem levado a implantação de novas fábricas cerâmicas nessa região
(ABCERAM, 2016). A figura 2 representa o mapa do Brasil indicando os principais
pólos ceramistas do Brasil, com destaque para a região Sudeste, onde está localizado o
município de Campos dos Goytacazes.
Figura 2 – Distribuição dos principais pólos de produção ceramista no Brasil
Fonte: http://www.mme.gov.br
25
2.2.2 –PÓLO CERAMISTA DE CAMPOS DOS GOYTACAZES
O município de Campos dos Goytacazes está localizado na região Sudeste do
país, na região norte do estado do Rio de Janeiro. Segundo dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatísticas (IBGE), o município tem uma população estimada de
487.186 habitantes e uma área territorial de 4.026,696 km2 (IBGE, 2017).
A economia do município baseia-se principalmente no setor de indústria e no
setor de serviços. Além delas, a exploração de petróleo na Bacia de Campos é
responsável, por 80% da produção nacional de petróleo e 40% de gás natural
(REDEPETRO, 2012). A figura 3 destaca a distribuição dos setores de arrecadação que
compõem o produto interno bruto (PIB) do município.
Figura 3 – Produto Interno Bruto de Campos dos Goytacazes 2013 (%)
Fonte: IBGE, 2017
O pólo ceramista de Campos representa uma importante parcela da economia
local sendo de extrema importância para o desenvolvimento regional. A Rede Campos
Cerâmica (RCC), foi fundada em 2004 com o objetivo proporcionar uma interação das
empresas envolvidas no setor a fim de amplificar ideais em comum em prol da
prosperidade e avanço de novas tecnologias para aumentar a competitividade em
26
relação ao mercado nacional.
Segundo dados da RCC, o pólo ceramista de Campos é considerado o maior
produtor do estado e um dos maiores do país. Atualmente o setor de cerâmica vermelha
conta com cerca de 120 empresas, sendo dessas, 108 cerâmicas sindicalizadas. A RCC
conta com 15 empresas associadas até o presente momento. O setor de cerâmica
vermelha na região de Campos dos Goytacazes é responsável pela alocação de
aproximadamente 3.000 trabalhadores diretos e com a proporção de ⅓ para
trabalhadores indiretos atualmente, número este reduzido nos últimos anos devido a
crise do setor de construção civil. Este setor tem ainda uma importante participação na
regulação do mercado de trabalho local na região da baixada do município. (RCC,
2016)
2.3 – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP)
Para um bom funcionamento de uma linha de produção é de extrema
importância que se compreenda conceitos básicos que envolvam técnicas e
metodologias de gestão para que as mesmas sejam implementadas de forma correta e
eficaz. Esses conceitos são determinantes para toda e qualquer aplicação metodológica
representada na forma de aplicações e projetos.
Planejamento e controle diz respeito a conciliação entre o que o mercado requer
e o que as operações podem fornecer. As atividades de planejamento e controle
proporcionam os sistemas, procedimentos e decisões que juntam diferentes aspectos da
oferta e da demanda. Planejamento é a formalização do que se pretende que aconteça
27
em determinado momento no futuro. Embora os planos sejam baseados em
expectativas, durante sua implementação as coisas nem sempre acontecem como
esperado. Os consumidores mudam de ideia sobre o que querem e quando querem.
Controle é o processo de lidar com essas variações. Pode significar que os planos
precisem ser refeitos a curto prazo. Também pode significar que será preciso fazer uma
"intervenção" na operação para trazê-la de volta aos "trilhos" (SLACK, 2009).
O ponto de partida para o planejamento de controle de produção (PCP) deve
estar diretamente relacionado com os outros setores da empresa de forma que todas as
informações necessárias sejam devidamente analisadas para a melhor implementação
possível. O planejamento de controle de produção pode ser entendido como um
integrador bem como um facilitador no relacionamento entre os setores com a finalidade
de proporcionar o equilíbrio entre as partes. Essa integração pode ser observada na
figura 4 abaixo:
Figura 4 – Relacionamento do PCP com os setores da empresa
Fonte: Autores
28
2.3.1 GESTÃO DE DEMANDA
Se planejamento e controle é o processo de conciliar demanda e suprimento,
então a natureza das decisões tomadas para planejar e controlar uma operação produtiva
dependerão tanto da natureza da demanda como da natureza do suprimento nessa
operação (SLACK, 2009).
A gestão de demanda está diretamente associada a um planejamento adequado e
organizado de forma a atender todos os prazos pré-estabelecidos e a antecipação de
situações futuras. E isso pode ser efetuado de acordo com medidas de gerenciamento da
demanda, como por exemplo, a comunicação com o mercado, previsão de demanda,
alocação e priorização de vendas. Todas essas ações englobam um único objetivo que é
o de gerenciar a demanda e relacioná-la com a produção e a venda, garantindo-se assim,
uma fluidez entre os setores.
Quando a gestão de demanda é de responsabilidade da área de planejamento,
pode ter problemas com falta de conhecimento sobre o mercado e previsões são feitas
apenas a partir de dados históricos. Com a gestão sendo feita pela área comercial, pode
apresentar problemas com desperdício de recursos, devido à área sair do seu foco
principal que é vender. Então, muitas empresas têm criado uma área específica que se
relaciona com os mais diferentes setores, obtendo todas as informações necessárias e o
comprometimento de todos, assim como tenta conciliar a necessidade que a produção
precisa de informações para poder se preparar e as dificuldades de vendas em fornecer
essas informações com antecedência (CORRÊA e GIANESI, 2001). Para melhor
entendimento, segue a Figura 5:
29
Figura 5 – Medidas da gestão de demanda
Fonte: Corrêa e Gianesi, 2000
A gestão de demanda não deve ser vista como um processo isolado tendo como
objetivo apenas a previsão. Um gerenciamento ideal é aquele onde exista a correta
comunicação entre os setores envolvidos a fim de proporcionar uma troca de
informações precisas e relevantes possibilitando assim a devida tomada de decisões para
a antecipação.
2.3.2 PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO (PMP)
O plano mestre de produção (do inglês Master Production Schedule) é a
ferramenta que relaciona uma quantidade de produção em um determinado período de
tempo. Essa relação é feita através das demandas dependentes, ou seja, aquelas
demandas que dependem de um outro produto e das demandas independentes, que não
dependem de outros produtos.
30
Para Slack (2009), o plano mestre de produção é a fase mais importante do
planejamento e controle de uma empresa. O PMP contém uma declaração da quantidade
e o momento em que os produtos finais devem ser produzidos; esse programa direciona
toda operação em termos do que é montado, manufaturado e comprado.
É importante que todas as fontes de demanda sejam consideradas quando o PMP
for definido. São geralmente os pequenos pedidos de última hora que causam
transtornos em todo o sistema de planejamento de uma empresa (SLACK, 2009).
Figura 6 – Dados de entrada do PMP
Fonte: Slack, 2009
Atualmente existem diversas ferramentas disponíveis no mercado que são
capazes de executar o Plano Mestre de Produção como por exemplo, softwares
específicos de gestão e controle ou até mesmo planilhas em forma de tabelas. Essas
tabelas são atualizadas de acordo com as informações de demanda e estoque
31
disponíveis. Portanto, o Plano Mestre de Produção tem como finalidade gerenciar os
pedidos através de uma consulta da possibilidade de produção mediante a
disponibilidade de recursos visando atender os prazos pré-estabelecidos até o seu
destino final.
2.3.3 ESTOQUE
Estoque é definido por Slack (2009) como a acumulação armazenada de
recursos materiais em um sistema de transformação. Todas as operações mantêm um
algum tipo de estoque físico de material.
A chave para um equilíbrio entre a demanda e o fornecimento está diretamente
associada ao controle de estoque. Os estoques das empresas devem ser tratados como
peças fundamentais para o bom funcionamento das interações setoriais.
De acordo com o Slack (2009), quando ocorre um determinado desequilíbrio em
um ponto qualquer da operação surgem determinados tipos de estoque. São eles:
● Estoque de Segurança: tem como objetivo compensar alguma incerteza
referente ao fornecimento e a demanda, garantindo assim uma reserva.
● Estoque de Ciclo: ocorre quando um ou mais estágios da operação não
podem fornecer simultaneamente todos os itens que produzem.
● Estoque de Desacoplamento: cria oportunidade para a programação e
velocidade de processamento independentes entre os estágios do
processo.
● Estoque de Antecipação: é o mais comumente usado quando as
32
flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis.
● Estoque no Canal (de distribuição): existem porque o material não pode
ser transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o
ponto da demanda.
2.4 DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE
2.4.1 – JAVA
A linguagem de programação Java é atualmente uma das mais utilizadas na área de
computação e desenvolvimento de softwares. Devido a sua grande versatilidade e
dinamismo é possível relacioná-la a diversas aplicações dentre elas: desenvolvimento de
plataformas web e programação de aplicativos.
A linguagem Java foi desenvolvida a partir de 1990 pela Sun Microsystems,
como uma linguagem que pudesse executar o mesmo programa em múltiplas
plataformas de hardware e software. Seu uso imediato seria a execução de programas
pela Internet. Para tanto, não poderia haver nenhum vínculo da linguagem com o
hardware e/ou o sistema operacional utilizado, de modo que em princípio qualquer
computador conectado à Internet e capaz de entender a linguagem, fosse capaz de
executar os programas. (GUDWIN, 1997)
Em Gudwin (1997), a linguagem Java foi desenvolvido a partir de um
subconjunto do C++, gerando uma linguagem que originalmente foi chamada de Oak.
Em 1995, a linguagem foi re-batizada como Java e introduzida na comunidade Internet.
33
O Java é uma linguagem parcialmente compilada e parcialmente interpretada. Um
compilador Java transforma o programa fonte, escrito em Java, em arquivos-objeto
chamados bytecodes. Esses bytecodes precisam ser executados então por interpretadores
Java que são desenvolvidos para cada plataforma de hardware/software. Esses
bytecodes são chamados de Java applets. Os applets têm uma capacidade de atuação
bem restrita, de modo que não possam causar danos ao sistema durante sua execução.
2.4.2 – BANCO DE DADOS (MySQL)
Para Dias (2013), banco de dados (ou base de dados), é um conjunto de registros
dispostos em estrutura regular que possibilita a reorganização dos mesmos e produção
de informação. Um banco de dados normalmente agrupa registros utilizáveis para um
mesmo fim. Um banco de dados é usualmente mantido e acessado por meio de um
software conhecido como Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD).
Normalmente um SGBD adota um modelo de dados, de forma pura, reduzida ou
estendida. Muitas vezes o termo banco de dados é usado, de forma errônea, como
sinônimo de SGDB.
As aplicações dos banco de dados são as mais diversas possíveis, todo e
qualquer processo que se faça necessário a utilização de um volume de dados de forma
que possibilite a consulta, o acesso e as relações dessas informações é passível do uso
dessa ferramenta. Um exemplo de software SGDB que realiza essas funções é o
MySQL. Atualmente, a MySQL pertence ao grupo Oracle Corporation e é responsável
por fornecer serviços a grandes empresas como: Google, Facebook, Youtube, Walmart.
34
Figura 7 - MySQL e Oracle logotipos
Fonte: www.mysql.com
Em Manual SQL (2013) são citados as principais características do MySQL,
entre elas destacam-se:
● Testado com um amplo faixa de compiladores diferentes.
● Funciona em diversas plataformas.
● APIs para C, C++, Eiffel, Java, Perl, PHP, Python, Ruby e Tcl estão disponíveis.
● É relativamente fácil se adicionar outro mecanismo de armazenamento. Isto é
útil se você quiser adicionar uma interface SQL a um banco de dados caseiro.
● Um sistema de alocação de memória muito rápido e baseado em processo
(thread).
● Funções SQL são implementadas por meio de uma biblioteca de classes
altamente otimizada e com o máximo de performance. Geralmente não há
nenhuma alocação de memória depois da inicialização da pesquisa.
35
O MySQL é um SGDB relacional que utiliza o padrão SQL para gerenciar a sua
interface.
De acordo com Esperidião (2013), o SQL permite:
● Executar consultas em banco de dados
● Recuperar dados de um banco de dados
● Inserir registros em um banco de dados
● Atualizar registros em um banco de dados
● Excluir registros em um banco de dados
● Criar novas bases de dado
● Criar novas tabelas em um banco de dados
● Criar procedimentos armazenados em um banco de dados
● Criar exibições em um banco de dados
● Definir permissões em tabelas, procedures e views 2.4.3 NETBEANS
Os ambientes de desenvolvimento (IDE - Integrated Development Environment)
consistem no ambiente onde os softwares (aplicações) serão desenvolvidos, testados e
compilados. De acordo com Dos Santos (2007), o IDE é um programa de computador,
geralmente utilizado para aumentar a produtividade dos desenvolvedores de software,
36
bem como a qualidade desses produtos. Podem auxiliar, através de ferramentas e
características, na redução de erros e na aplicação de técnicas como o RAD (Rapid
Application Development).
Em Dos Santos (2007), o NetBeans surge como um dos IDE’s mais utilizados no
mundo. É um projeto de código aberto (open source) e gratuito, criado pela Sun
Microsystem. Utilizado principalmente para códigos escritos em Java, mas suporta
muitas outras linguagens de programação. Possui muitos parceiros que o difundem e o
desenvolvem, sendo inclusive muitos deles brasileiros.
3 – METODOLOGIA
Este capítulo retrata o método de pesquisa utilizado por meio de um
embasamento teórico previamente estudado, além das etapas da mesma, enunciando o
que foi feito até o encerramento do projeto.
3.1 – MÉTODO DE PESQUISA
Para a melhor execução e desenvolvimento do projeto optou-se por utilizar a
pesquisa quantitativa. Os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados.
Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população,
os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população
alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo
positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de
dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A
37
pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um
fenômeno, as relações entre variáveis, etc. (FONSECA, 2002).
O método de pesquisa utilizado enquanto a forma foi a pesquisa exploratória. A
pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande
maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com
pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de
exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2007). Essas pesquisas podem ser
classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso (GIL, 2007).
Para se atingir o objetivo proposto, o desenvolvimento deu-se por meio de um
determinado período de tempo que compreende a execução de algumas etapas
necessárias para o prosseguimento do estudo. Essas etapas vão desde a definição do
tema e da formulação do problema (situação a ser trabalhada) até a análise criteriosa dos
resultados obtidos. Esse trabalho em questão pode ser decomposto em três partes
básicas: Interpretação do processo, análise das variáveis e desenvolvimento do software
utilizando o material de apoio referente a bibliografia utilizada, e a conclusão do estudo
com resultados finais.
Primeiramente, a ampla coleta de dados referentes ao processo, relevantes e
essenciais para a compreensão do objeto a ser estudado como um todo. Essas variáveis
em questão serão analisadas, existindo a possibilidade de serem descartadas ou não,
dependendo da relevância para o projeto e das limitações dos dados obtidos.
A interpretação dos dados coletados deve ser feita juntamente com a
38
fundamentação teórica obtida pela referência bibliográfica. A pesquisa
bibliográfica,considerada uma fonte de coleta de dados secundária, pode ser definida
como: contribuições culturais ou científicas realizadas no passado sobre um
determinado assunto, tema ou problema que possa ser estudado (LAKATOS &
MARCONI, 2001; CERVO & BERVIAN, 2002). Para Lakatos e Marconi (2001, p.
183), a pesquisa bibliográfica, “[...] abrange toda bibliografia já tornada pública em
relação ao tema estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisas, monografias, teses, materiais cartográficos, etc. [...] e sua finalidade é colocar
o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre
determinado assunto [...]”.
A referência bibliográfica é de extrema importância no que se diz respeito a
informações de trabalhos anteriores e semelhantes. Além disso, fornece o embasamento
e o suporte necessários para a justificação da argumentação desenvolvida.
Por fim, o relatório com as conclusões finais sintetizam as ideias constantemente
abordadas no corpo do projeto, além de unir e fechar questionamentos levantados na
introdução. As sugestões feitas são baseadas na argumentação na qual foi trabalhada,
devendo ser válidas somente para essa situação específica, e não de forma mais geral,
considerando suas limitações e variáveis anteriormente propostas.
3.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
A Arte Cerâmica Sardinha é uma empresa do setor industrial cerâmico
localizada no 4° distrito de Campos dos Goytacazes, São Sebastião, situado na região
Norte Fluminense do estado do Rio de Janeiro. O processo de fabricação de produtos
39
cerâmicos pela empresa em destaque segue os padrões recomendados pela ANICER,
sendo responsável por movimentar a economia local.
Sendo o setor de estoque o foco principal do estudo deste projeto destaca-se a
importância do mesmo no processo de forma ampla e geral. Um controle eficaz do
estoque assegura a fluidez e a continuidade da produção.
Figura 8 - Catálogo de Produtos
Fonte: Autores
A figura 8 acima ilustra o catálogo de produtos disponibilizado pela Arte
Cerâmica Sardinha, com todos os produtos disponíveis para venda. No canto superior
esquerdo pode se observar o produto mais vendido pela empresa, o tijolo maciço, nas
cores vermelha, mesclada e branca.
40
Figura 9 - Recepção da empresa
Fonte: Autores
A figura 9 acima ilustra uma pequena casa na entrada do parque de produção,
utilizada como recepção da empresa, e onde também está situado um escritório.
Próximo também à entrada é utilizado um espaço para estoque de alguns dos
produtos prontos que mais são vendidos pela empresa, como é mostrado na figura 10
abaixo. Este é o Setor A, onde há uma parte coberta por um pequeno telhado e uma
parte descoberta. Mais detalhes sobre a divisão e setorização do parque são encontrados
no capítulo 4.1 deste presente trabalho.
41
Figura 10 - Setor A
Fonte: Autores
Figura 11 - Fornos do Setor C1
42
Fonte: Autores
A figura 11 acima ilustra a área coberta do Setor C1, onde se encontram dois fornos para a queima dos produtos após o período de secagem.
Na figura 12 abaixo é mostrada a linha de produção, no Setor C2.
Figura 12 - Linha de Produção
Fonte: Autores
43
Figura 13 - Galpão do Setor D
Fonte: Autores
Na figura 13 acima é possível observar o maior galpão da empresa, situado no
Setor D, onde são estocados produtos prontos em pallets e ainda é reservado um espaço
para alguns produtos em secagem.
Na figura 14 abaixo é mostrado o principal galpão de secagem da empresa, a
estufa. Devido à sua eficiência, é o local, dentro de toda a empresa, onde os produtos
que estão neste processo conseguem secar em menor tempo.
44
Figura 14 – Estufa (Setor F)
Fonte: Autores
3.3 ETAPAS DA PESQUISA
A primeira etapa da pesquisa foi a definição da ferramenta de gestão de
produção a ser utilizada e o local de trabalho, o Plano Mestre de Produção e a Arte
Cerâmica Sardinha, empresa do ramo de Cerâmica Vermelha em Campos dos
Goytacazes, respectivamente.
3.3.1 Coleta de Dados
Após essas definições, foram feitas algumas visitas na empresa, no período entre
agosto de 2016 até novembro de 2016, situada em São Sebastião, na baixada campista, a
fim de se aprender sobre o processo atual e definir algumas estratégias de trabalho. Esse
45
estudo sobre o processo foi realizado por meio de um acompanhamento presencial pelo
processo e entrevista com o dono da empresa. Durante as entrevistas realizadas foram
coletados dados e informações relevantes sobre o processo de fabricação dos produtos
para o melhor entendimento e identificação dos pontos cruciais a serem trabalhados.
O processo de fabricação dos produtos consiste basicamente nas seguintes
etapas:
Figura 15 - Processo de Fabricação
Fonte: Autores
Após a coleta dos dados, foi constatado a necessidade da criação e
implementação de uma ferramenta específica para o controle de estoque, tendo em vista,
a deficiência de gerenciamento do mesmo.
46
3.3.2 Desenvolvimento do Software
Posteriormente a definição da ferramenta a ser utilizada foi proposto a
elaboração de um software de controle de estoque. Antes do início do desenvolvimento
do software foi apresentado a empresa, no qual o projeto será executado, um protótipo
do software visando a certificação de que as necessidades encontradas fossem atendidas
da melhor forma possível.
Os passos seguintes do projeto serão as definições das variáveis do Plano Mestre
de Produção, onde será trabalhado o desenvolvimento de um Software que visa
melhorar o controle da oferta e demanda da produção da empresa, através do controle
eficaz do estoque. Inicialmente, deverá ser feita uma contagem para uma melhor
estimativa de uma alimentação inicial do programa, que será de simples operação, onde
os próprios funcionários também possam alimentá-lo com dados da produção para que a
gerência tenha informação do andamento da mesma, além do quanto já foi produzido e
se tem em estoque.
3.3.3 Testes e Ajustes
Finalizada a concepção e o desenvolvimento do software a etapa seguinte
caracteriza-se pela realização dos testes para definir e corrigir possíveis erros gerados.
Os testes foram realizados aplicando-se ao software valores e situações reais de
demanda e produção. A atualização dos dados referentes ao cadastro de insumo e de
produtos são de extrema importância para o correto funcionamento da aplicação.
47
Seguidamente, os dados relativos aos estoques foram inseridos a fim de possibilitar o
controle através do monitoramento das informações cadastradas. E por fim, foram
realizadas consultas e a geração de relatórios que promovem a confiabilidade das
informações relativas aos estoques. Efetuada a realização dos testes, adicionalmente
percebeu-se a necessidade de realizar uma setorização da fábrica com o objetivo de
padronizar as informações sobre a localização dos produtos e dos insumos.
4. SOFTWARE DE GESTÃO DE ESTOQUE 4.1 BANCO DE DADOS
A primeira etapa para a elaboração do Software de Controle de Gestão de
Estoques da Arte Cerâmica Sardinha foi a criação de seu banco de dados. É nele que
serão salvas todas as informações inseridas no Software final, o ambiente de operação
no dia-a-dia da empresa. Tais informações, após salvas, podem ser manipuladas através
de consulta, alteração ou remoção.O sistema de gerenciamento de banco de dados
utilizado neste projeto foi o MySQL, que utiliza a linguagem SQL, através de seu
Workbench.
Inicialmente, foram definidas as necessidades de trabalho da empresa para então
mensurar o banco de dados. Como característica da produção de cerâmica vermelha, a
empresa necessitava de controle para três tipos diferentes de estoque: insumos; produtos
que estão em processo de secagem para poderem ir à queima; e produtos já finalizados,
após a queima no forno.
48
Para tais condições, foi elaborado um banco com cinco tabelas. São elas:
Usuários, Insumos, Produtos, Estoque de Insumos e Estoque de Produtos. As três
primeiras tabelas contêm informações que são cadastradas para a atualização constante
das outras duas, de acordo com a entrada e saída de insumos ou produtos.
Figura 16 – Diagrama Entidade Relacionamento do Banco de Dados
Fonte: Autores
O Diagrama Entidade Relacionamento(DER) ilustrado na figura 16 acima retrata
as tabelas que compõem o banco de dados Sardinha, evidenciando seus
relacionamentos entre as tabelas insumos com estoque_insumos, e produtos com
estoque_produtos, através de seus índices e conceitos de chave primária e chave
49
estrangeira. A tabela usuários é a única que não está ligada a alguma outra tabela.
Tais conceitos mencionados acima são importantes para a construção de
relacionamentos que ligam as tabelas em um campo comum às duas, facilitando a
interação e busca futura por informações que ambas compartilham e são requeridas
numa determinada situação.
4.2 TELAS DO SOFTWARE
O Software resultado deste projeto foi elaborado e programado utilizando a
ferramenta de desenvolvimento chamada Netbeans. Através dela, foram feitas as telas
de operação, a programação para a funcionalização das mesmas, e um módulo de
conexão com o banco de dados.
4.2.1 Tela de Login
Figura 17 – Tela de Login do Software
Fonte: Autores
O primeiro passo para acesso completo ao sistema é o Login. Neste tela ilustrada
na figura 17 acima, o usuário cadastrado digita seulogin e senha para entrar. A
50
verificação é feita no banco de dados, e caso o usuário esteja cadastrado, poderá ter
acesso permitido. Existe um ícone no canto inferior esquerdo que mostra o status de
conexão com o banco de dados. O sistema só inicializa quando o mesmo está online,
como é mostrado na figura.
4.2.2 Tela Principal
Figura 18 – Tela Principal do Sistema, após o Login
Fonte: Autores
Após feito o Login, o usuário é direcionado para a página principal do sistema,
como é possível observar na figura 18 acima. No menu principal, há sete abas. Ao
51
serem clicadas, elas mostram os sub-menus. A organização do menu do sistema foi feita
de acordo com as funcionalidades que ele tem. São elas: cadastro(de usuários, insumos
e produtos); atualização de estoque(insumos e produtos), consulta de estoque e consulta
por período de insumos ou produtos(em secagem ou prontos); relatórios(de usuários,
insumos e produtos cadastrados); uma tela de ajuda, com uma breve descrição do
Software; e uma opção de sair.
4.2.3 Telas de Cadastro
Figura 19 – Tela de Cadastro de Usuários
Fonte: Autores
Através desta tela, visualizada na figura 19 acima, é feita o cadastro de usuários
que terão acesso ao sistema. Ao preencher os campos necessários, o funcionário que
está utilizando o programa naquele momento pode adicionar um novo usuário ou fazer
52
uma pesquisa através de seu ID para editar alguma informação ou apagar um usuário,
diretamente no banco de dados.
Os usuários são cadastrados com permissão de administrador(admin) ou usuário
comum(user). Somente com a permissão de administrador que um usuário pode acessar
esta página para adicionar, alterar, pesquisar ou remover outros usuários, por questões
de segurança. Além desta tela, um usuário comum não poderá cadastrar e editar dados
no sistema de insumos e produtos, ou imprimir um relatório com a lista de todos os
usuários cadastrados.
Figura 20 – Tela de Cadastro de Insumos
Fonte: Autores
A figura 20 acima ilustra a tela de cadastro de insumos do sistema. Esta tela é
utilizada para pesquisar, adicionar, alterar ou remover um insumo(matéria prima do
53
processo) diretamente do banco de dados. Nela, diferentemente da tela anterior de
cadastro de usuários, foi implementada uma ferramenta de busca que mostra os
resultados numa tabela. O funcionário primeiramente pesquisa se o insumo já foi
cadastrado no sistema e caso não o encontre, é apenas exigido um código e o nome para
o insumo ser adicionado.
Quando preciso, uma busca também pode ser feita para alterar dados de um
insumo ou removê-lo do banco.
Figura 21 – Tela de Cadastro de Produtos
Fonte: Autores
Esta tela é utilizada para pesquisar, adicionar, alterar ou remover produtos que
são vendidos pela Arte Cerâmica Sardinha, diretamente do banco de dados, como é
54
possível observar na figura 21 acima. Nela também há a ferramenta de busca que mostra
os resultados diretamente na tabela. Assim como para cadastro de insumos,
primeiramente o funcionário pesquisa se o produto já foi cadastrado no sistema antes de
adicioná-lo.
O sistema exige que seja fornecido como informações o código do produto, seu
nome, dimensão e preço.Quando preciso, uma busca também pode ser feita para alterar
dados de um produto ou removê-lo do banco.
4.2.4 Telas de Atualização de Estoques
Para o gerenciamento dos três estoques que a Arte Cerâmica Sardinha deseja
controlar e mensurar, duas tabelas de atualização foram criadas no banco de dados:
atualização de insumos e atualização de produtos. Cada atualização no sistema gera uma
linha nas tabelas, de acordo com o tipo de estoque modificado e o seu fluxo(entrada ou
saída). A figura 22 abaixo ilustra a tela de atualização de estoque de insumos:
55
Figura 22 – Tela de Atualização do Estoque de Insumos
Fonte: Autores
Os mecanismos de buscas das telas de atualizações são os mesmos das telas de
cadastros. Porém, para um usuário realizar uma nova atualização de estoque, o insumo
ou produto em questão já deve ter sido previamente cadastrado para que ele possa ser
encontrado no banco de dados através de seu nome. Adiciona-se uma atualização no
lado esquerdo da tela, como mostrado na figura acima.
Em seguida, preenche-se a localização na qual o estoque está guardado, a
quantidade de insumo que entrou ou saiu e a data em que isso ocorreu. A unidade
escolhida para mensurar os insumos, que são em sua maioria argilosos, foi a
“caçambada”, medida de uma pá de trator. Esta unidade já é comumente utilizada pela
56
empresa e decidiu-se por mantê-la até o presente momento.
A busca por atualizações também é feita por nome, no lado direito da tela. Os
dados são mostrados na tabela e ao serem clicados, os campos são preenchidos com as
informações para que elas possam ser alteradas ou excluída totalmente a linha.
Figura 23 – Tela de Atualização de Estoque de Produtos
Fonte: Autores
Esta tela, mostrada na figura 23 acima, segue a mesma lógica da atualização de
insumos, somente com a diferença da necessidade de especificação do estoque de
produtos em secagem ou produtos prontos. Este campo é o que difere a situação da
produção.
57
Adiciona-se uma atualização no lado esquerdo da tela e altera-se ou remove uma
linha no lado direito. A quantidade de produtos é contada por unidade de peças.
4.2.5 Tela de Consulta
Figura 24 – Tela de Consulta de Estoques
Fonte: Autores
Esta é a tela mais importante do sistema. Ela busca, principalmente, por
informações quantitativas de estoques e as atualizações de entrada e saída que
interferem no mesmo. Para sua confiabilidade na informação, é necessária que todas as
58
atualizações sejam inseridas no banco de dados para que a busca efetuada corretamente.
No lado esquerdo da tela, como observa-se na figura 24 acima, é feita a consulta
por insumos. Para tal, insere-se o seu código, o tipo de movimentação(entrada ou saída)
e o período que deseja se observar, através de um filtro de data inicial e final. O botão
“pesquisar”preenche a tabela com a quantidade de insumo relativa a seu fluxo, e sua
data.
No campo “total”, é mostrado uma soma da quantidade que foi pesquisada
naquele período escolhido. O estoque atual é mostrado no campo “em estoque”.
No lado direito da tela, para a consulta de produtos, há mais um filtro devido à
situação que deve ser selecionada, para produtos que estão em processo de secagem ou
que já estão prontos para venda.
4.2.6 Relatórios
Na aba de relatórios, no menu principal, é possível gerar um documento
contendo uma lista com: todos os usuários cadastrados e suas informações; todos os
insumos cadastrados e suas informações e; todos os produtos cadastrados e suas
informações.
Os relatórios foram criados utilizando um plug-in para o Netbeans chamado
iReports. Com esta ferramenta, foi possível a criação e formatação de relatórios
dinâmicos que são atualizados com buscas diretamente no banco de dados no momento
em que são gerados.
59
Os relatórios podem ser salvos em diversos formatos, inclusive .doc do
Microsoft Word e em PDF, e também há a possibilidade de impressão.
Figura 25 – Relatório de Usuários
Fonte: Autores
O primeiro relatório exibido na figura 25 acima só pode ser gerado por usuários
com permissão de administrador. Isso se dá pelo fato de o mesmo exibir informações de
60
segurança de todos os usuários, como o login e senha. Somente um administrador pode
alterar esses dados.
Todas as informações dos usuários acima foram exibidas como um padrão para
fins de ilustração.
Figura 26 – Relatório de Insumos
Fonte: Autores
61
Figura 27 – Relatório de Produtos
Fonte: Autores
Os exemplos de relatórios mostradas nas figuras 26 e 27 acima servem para
ilustrar como o mesmo é apresentado para os usuários do sistema, mas preservam as
informações para confidencialidade da empresa.
62
4.2.7 Tela de Ajuda
Esta tela demonstrada pela figura 28 abaixo descreve brevemente o propósito do
Software elaborado para este projeto como informação ao usuário. Esta é sua primeira
versão, havendo possibilidade para melhorias futuras que poderão ser melhor planejadas
com um período de observação a partir de sua implementação definitiva.
Figura 28– Tela de Ajuda(Informações sobre o Software)
Fonte: Autores
63
4.3 FICHAS DE ATUALIZAÇÃO
Para a alimentação dos dados no sistema, é necessário que haja um controle de
tudo que entra ou sai, para insumos e produtos, de dentro da produção. Assim, foram
elaboradas duas fichas de trabalho para o dia-a-dia da empresa.
Um modelo de ficha já havia sido feito anteriormente pela empresa e sua
estrutura foi tomada como base para a criação de uma nova. Assim, as informações dos
campos necessários para atualização de estoque no software ditaram as modificações
que precisavam ser feitas. As novas fichas de atualização de insumos e produtos podem
ser vistas nas figuras 28 e 29 abaixo:
Figura 29 – Ficha de Atualização de Insumos
64
Fonte: Autores
Figura 30 – Ficha de Atualização de Produtos
Fonte: Autores
4.4 PROPOSTA DE SETORIZAÇÃO
A figura 30 abaixo ilustra o parque de produção da Arte Cerâmica Sardinha,
dividido por setores, a fim de padronizar uma nomenclatura de letras e números e
introduzi-la na cultura da empresa. Logo em seguida, a tabela 1 descreve cada setor que
é apresentado na figura 30.
65
Figura 31 – Vista do Parque da Cerâmica Sardinha dividida em setores
Fonte: Autores
66
Setorização – Legenda
Descrição Setores
Área da recepção da empresa R
Estoque de produtos prontos de alta
circulação, sob um pequeno telhado
A1
Estoque de produtos prontos de alta
circulação, que estão descobertos
A2
Galpão de secagem dividido em duas
metades
B1
Galpão de secagem dividido em duas
metades
B2
Área coberta para equipamentos B3
Área para funcionários B4
Área onde se encontram dois fornos
cobertos e um forno de pouca
utilização(caieira)
C1
Linha de Produção C2
Estoque de argila utilizado na linha de
produção
C3
Área de atual utilização para estoque de
alguns produtos prontos
C4
Área de secagem C5
Metade do galpão atualmente utilizado D1
67
para estoque de produtos prontos
Metade do galpão atualmente utilizado
para estoque de produtos prontos e
produtos em secagem
D2
Área onde se encontram dois fornos
cobertos
E1
Área utilizada para estoque de produtos
prontos
E2
Área utilizada para produtos em secagem E3
Produtos em secagem E4
Produtos em secagem E5
Estufa
produtos
utilizada para secagem de F1
Estufa
produtos
utilizada para secagem de F2
Estoque de lenha para queima G
Terreno
insumos
utilizado para estoque de H
Quadro 1 – Setorização do Parque Industrial da cerâmica
Fonte: Autores
Juntamente com um funcionário da Arte Cerâmica Sardinha, foi proposto neste
projeto uma divisão do parque industrial da empresa por setores, de acordo com suas
atuais utilizações. Esta setorização foi feita a fim de melhorar a logística de produção e
68
transporte da empresa num futuro próximo.
Com a utilização do Software de controle de estoques é necessário que haja um
padrão de nomenclatura para serem inseridos os dados de localização quando as
atualizações são feitas. Com esta setorização, permite-se saber onde estão os estoques,
mesmo que estes estejam localizados em diferentes lugares, para um mesmo produto.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Até a implementação deste projeto, a empresa não utilizava de ferramentas de
controle de estoque e produção com dados constantemente atualizados e confiáveis.
Havia um software de utilização para controle financeiro, mas este não se adequava às
necessidades da Arte Cerâmica Sardinha quanto aos estoques.
O modelo de gestão proposto neste trabalho estudou e apontou as principais e
mais urgentes necessidades de controle da empresa, tornando assim possível propor um
software voltado para o setor de produção de cerâmica vermelha, de simples utilização
pelo usuário. É importante citar que para manter a utilidade e confiabilidade do sistema,
é necessário que haja uma constante alimentação de dados feita pelo setor de gestão da
empresa juntamente com seu setor de produção. Essa ligação de setores foi pensada para
que as fichas de atualização de produção fossem criadas.
Os objetivos específicos deste trabalho foram atendidos em totalidade a fim de
garantir que o objetivo geral de criação de um software de controle de estoques voltado
para o setor ceramista tenha também sido atendido. Até a finalização do projeto foram
feitos testes de funcionalidade do software na empresa que possibilitaram a
69
identificação de ajustes e validação do sistema.
Após a implementação do software, será possível a consulta direta em seu banco
de dados, geração de documentação de relatórios e identificação da movimentação de
entrada e saída para possibilitar a aplicação de métodos e técnicas de gestão e
gerenciamento de projetos, assim como estudos futuros sobre desempenho de estoques.
6. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Após a ocorrência do término do projeto de criação do software de controle de
estoques e sua implementação ser feita e observada, algumas melhorias ao sistema e ao
projeto em si proposto por esse trabalho podem ser feitas.
Primeiramente, o sistema de geração de relatórios pode ser aprimorado após o
banco de dados ter um quantidade significativa de informações para que possa mostrar
também uma relação de insumos e produtos cadastrados juntamente com seus estoques
atuais no momento da consulta.
Também pode-se observar como a padronização desta setorização proposta neste
trabalho será absorvida culturalmente pela empresa a fim de se estender os estudos de
logística e propor um projeto de melhor arranjo físico para o parque de produção.
Além disso, o modelo de gestão elaborado neste trabalho pode servir como base
para uma futura implementação em outras empresas do setor ceramista e servir de
modelo, visto que há uma necessidade de melhoramento nas técnicas de controle da
produção do setor.
70
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