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I
Tatiane Helena Bernardes
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES
COMO BASE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE
PREVENÇÃO DA OBESIDADE
Centro Universitário Toledo
Araçatuba – SP
2019
II
Tatiane Helena Bernardes
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES
COMO BASE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE
PREVENÇÃO DA OBESIDADE
Centro Universitário Toledo
Araçatuba – SP
2019
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Centro Universitário
Toledo de Araçatuba como requisito para
obtenção do título de bacharel em
Nutrição, sob orientação da Profa. Dra
Adriane Cristina Garcia Lemos.
III
IV
AGRADECIMENTOS
Agradeço а Deus por ser essencial em minha vida, autor de meu destino, meu guia,
socorro presente na hora da angústia, pois sem ele eu não teria forças para essa longa jornada.
À minha família, pela capacidade de acreditar е investir em mim, ao meu pai José
Carlos Bernardes e em especial muito obrigada Mãe (Silvia Helena de Souza Bernardes), pelo
cuidado е dedicação, graças a senhora com seu esforço e serviços prestados nesta instituição
me presenteou com a oportunidade de cursar e poder concluir essa graduação.
A esta universidade, a direção e colaboradores em geral que oportunizaram a janela
que hoje vislumbro um horizonte superior, eivando pela confiança no mérito e ética aqui
presentes.
Agradeço а todos os professores e destaco as professoras: Valéria Nóbrega da Silva
Franco, Gabriela da Silva Ferreira Donha, Mariane Pravato Munhoz e supervisoras de estágio
Nayara Ribeiro Ferreira Felipe, Caroline Faria Brito Silva e Jéssica Campos Begnossi, por me
proporcionar о conhecimento não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade
da educação no processo de formação profissional, por tanto que se dedicaram а mim, não
somente por terem me ensinado, mas por terem me feito aprender. А palavra mestre, nunca
fará justiça aos professores dedicados aos quais sem nominar terão os meus eternos
agradecimentos.
Por fim não posso deixar de agradecer em especial a minha orientadora, coordenadora
e professora Drª Adriane Cristina Garcia Lemos, que nunca negou uma ajuda e por seu grande
desprendimento, disponibilidade e vocação em ensinar, contribuindo em todas as etapas de
conclusão desse curso, além da amizade sincera.
V
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 11
MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................................... 14
RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................................. 16
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 28
ANEXO I ................................................................................................................................... 35
ANEXO II ................................................................................................................................. 38
ANEXO III ................................................................................................................................ 39
VI
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Classificação do estado nutricional de crianças de 09 a 12 anos (n= 2.993), de
acordo com o parâmetro IMC para idade OMS, 2007 Araçatuba, 2019 (Média e Desvio
Padrão)......................................................................................................................................18
Figura 2: Prevalência de, IMC adequado p/idade, sobrepeso/obesidade em escolares de 09 a
12 anos de escolas municipais...................................................................................................20
Figura 3: Fluxograma das características das etapas de implementação de intervenções.......23
VII
LISTA DE TABELA
Tabela 1 – Média e Desvio Padrão do estado nutricional de escolares da rede municipal de
ensino do município de Araçatuba-SP.......................................................................................16
VIII
LISTA ABREVIATURAS E SIGLAS
ABESO Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome metabólica
ANOVA Análise de Variância
DP Desvio Padrão
EAN Educação Alimentar e Nutricional
IMC Índice de Massa Corporal
NCHS National Center for Health Statistics
OMS Organização Mundial da Saúde
PNAE Programa Nacional de Alimentação Escolar
PSE Programa Saúde na Escola
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
WHO World Health Organization
IX
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ESCOLARES COMO
BASE PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE
PREVENÇÃO DA OBESIDADE
1Tatiane Helena Bernardes - UNITOLEDO
2Adriane Cristina Garcia Lemos - UNITOLEDO
RESUMO
O aumento de sobrepeso e obesidade infantil tem despertado seguimentos de gestão e
controle social das políticas públicas, que procuram alertar sobre os riscos inerentes à
obesidade infanto juvenil, buscando alternativas para conter esse problema de saúde. O
período de idade escolar é caracterizado em desenvolvimento físico e importante mudança na
composição corporal. O objetivo desse estudo foi avaliar o estado nutricional de escolares da
rede municipal de Araçatuba, no ano de 2019. O estado nutricional foi determinado a partir do
indicador antropométrico índice de massa corporal (IMC) para idade. Foram avaliados 2993
escolares, de ambos os gêneros, com idade de 9 a 12 anos. Verificou-se que a maior parte dos
escolares apresentou eutrofia segundo o IMC para idade (54,93%). No grupo etário de 9 e 10
anos observou-se maior percentual de escolares com sobrepeso (14,19%) e obesidade
(18,93%). Os resultados obtidos demonstraram baixa prevalência de baixo IMC para idade
(3,78%) entre os escolares de todas as faixas etárias avaliadas, a maioria dos escolares
apresentou estado nutricional adequado para idade, no entanto, foi observado alto percentual
de escolares com sobrepeso (17,91%) e obesidade (23,38%), principalmente na faixa etária
inicial. Os resultados dessa pesquisa apontam necessidades de implementação de programas e
intervenção nutricional, da articulação da escola e serviços de saúde para o monitoramento dos
perfis nutricionais. Palavras Chaves: Antropometria, promoção da saúde, escolas.
1 Tecnóloga em Biocombustíveis e Graduanda em Nutrição do centro universitário Toledo – UNITOLEDO,
Araçatuba/SP (2019). 2 Nutricionista pela Faculdade Adamantinense Integrada (2003), Especialista em Nutrição Clínica pela
Universidade de Sagrado Coração – USC (2006), Mestre em Ciências de Alimentos pela Universidade de
Campinas – SP – UNICAMP (2008), Doutora em Ciência de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas
SP – UNICAMP (2012), Docente no Centro Universitário Toledo – Araçatuba/SP.
X
ABSTRACT
The increase in overweight and obesity in children has aroused management and
social control of public policies, which seek to warn about the risks inherent in childhood and
youth obesity, seeking alternatives to contain this health problem. School age is characterized
by physical development and significant change in body composition. The aim of this study
was to evaluate the nutritional status of students from Araçatuba municipal school, in 2019.
The nutritional status was determined from the anthropometric indicator body mass index
(BMI) for age. A total of 2993 students of both genders, aged 9 to 12 years old, were
evaluated. It was found that most students had eutrophy according to BMI for age (54.83%).
In the age group of 9 and 10 years, there was a higher percentage of overweight (14.19%) and
obese (18.93%) students. The results showed a low prevalence of low BMI for age (3.78%)
among students of all age groups evaluated, most of the students had adequate nutritional
status for age, however, it was observed a high percentage of overweight students (17.91%)
and obesity (23.38%), especially in the initial age group. The results of this research indicate
the need to implement programs and nutritional intervention, the articulation of the school
and health services to monitor the nutritional profiles.
Keywords: Anthropometry, health promotion, schools.
11
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas a população brasileira, experimentou grandes transformações
sociais que resultaram em mudanças no padrão de saúde e no consumo alimentar. Essas
transformações acarretaram impacto na diminuição da pobreza e da exclusão social. A
diminuição da fome e da desnutrição veio acompanhada do aumento vertiginoso da obesidade
em todas as camadas da população, apontando para um novo cenário de problemas
relacionados à alimentação e nutrição (BRASIL, 2013a).
Os conceitos de sobrepeso e obesidade definidos como o acúmulo anormal ou
excessivo de gordura, que apresenta risco à saúde. Sendo os principais fatores de risco para
várias doenças crônicas, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e câncer (WHO, 2000).
Nas Diretrizes Brasileiras de Obesidade a etiologia da obesidade é descrita como complexa e
multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais
(ABESO, 2009-2010). A obesidade pode iniciar-se em qualquer idade, na infância pode ser
desencadeada por fatores como o desmame precoce, a introdução inadequada de alimentos,
distúrbio de comportamento alimentar, baixos níveis de atividades físicas ou sedentarismo e
da relação familiar, especialmente nos períodos de aceleração do crescimento (RÊGO;
CHIARA 2006).
No Brasil, os resultados da avaliação do estado nutricional de escolares, da Pesquisa de
Orçamentos (POF) realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos
primeiros resultados no período de (2017-2018) apontaram taxa de obesidade de 11,96% entre
os escolares brasileiros da faixa etária de 9 a 12 anos. Nesse mesmo estudo o diagnostico de
sobrepeso compreendeu 8,91%. Enquanto que os resultados para o IMC adequado para idade
foi de 28,52% e baixo IMC para idade apresentou 2,04% dos resultados obtidos (BRASIL,
2019).
O crescimento físico é o parâmetro mais apropriado para avaliar as condições de saúde
e o estado nutricional em crianças, por refletir a evolução da saúde e o desenvolvimento da
população (PEDRAZA et al. 2017). Desta maneira a utilização da antropometria na visão de
Gibson (2005) é um dos parâmetros mais utilizados para avaliar o estado nutricional coletivo,
principalmente pela facilidade de obtenção das medidas que podem ser válidas e confiáveis,
desde que haja treinamento adequado e as aferições sejam devidamente padronizadas, sendo
12
este um importante método de diagnóstico em estudos populacionais. Para o diagnóstico do
estado nutricional de grupos populacionais a OMS (WHO) em 1995 recomendou a utilização
do Índice de Massa Corporal (IMC) de acordo com a idade, por ser um método não invasivo,
rápido e de baixo custo.
Educação Alimentar e Nutricional (EAN) abrange um campo de conhecimento de
prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa
promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis, no contexto da
realização do Direito Humano à Alimentação Adequada e da garantia da Segurança Alimentar
e Nutricional (BRASIL,2012). Por isso a alimentação adequada e os hábitos de vida saudáveis
são indiscutíveis em qualquer idade, porém a infância precisa de atenção quando se diz
respeito à nutrição do organismo, já que é nessa etapa que ocorrem grandes mudanças no
desenvolvimento corporal e alimentar que serão decisivos ao longo da vida (KOCK; LEITE,
2014).
Muitos hábitos alimentares são condicionados desde os primeiros anos de vida, dados
de investigação alimentar sugerem que as crianças não estão dotadas de uma capacidade inata
para escolher alimentos em função do seu valor nutricional, pelo contrário, os seus hábitos são
aprendidos a partir da experiência, da observação e da educação, sendo o papel da família e da
equipe escolar inquestionável na alimentação e na educação nutricional das crianças, uma vez
que pode oferecer uma aprendizagem formal a respeito do conhecimento de alimentação
saudável (MARIN; BERTON; SANTO, 2009).
Na visão de Miranda e Navarro, (2008) a intervenção nutricional em crianças e
adolescentes com sobrepeso e obesidade por meio de reeducação alimentar são de importância
para redução do peso e diminuição do risco de comorbidades. A partir da utilização de dados
atualizados de avaliação do estado nutricional, que são base para o planejamento de ações
educativas e de implementação de programas para a alimentação escolar.
Do ponto de vista de Machado et al., (2018), o aumento da prevalência de sobrepeso e
obesidade infantil tem despertado seguimentos da sociedade, de gestão e controle social das
políticas públicas, que buscam alertar sobre os riscos inerentes à obesidade infanto juvenil,
além de buscar alternativas para conter esse importante problema de saúde pública.
13
Há necessidade de implementação de programas de prevenção e promoção da saúde, o
que reforça a importância de se direcionar esforços para melhorar o conhecimento das
características epidemiológicas de sobrepeso e obesidade (PERES et al. 2010).
Por este motivo, o desenvolvimento de pesquisas que objetivem o diagnóstico e o
conhecimento dos problemas nutricionais com escolares, com vistas a melhorá-los, torna-se
relevante. Neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar o estado nutricional
de escolares que frequentam a rede municipal de ensino de Araçatuba- São Paulo como base
para implementação de programas de prevenção da obesidade.
14
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo caracterizou como do tipo descritivo, com pesquisa de campo transversal e
de abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em escolas do ensino fundamental I do
município de Araçatuba SP. Foram incluídos no estudo, alunos matriculados do 1ª ao 5ª ano
do ensino fundamental I dentre uma faixa etária de 9 a 12 anos com a devida autorização dos
responsáveis através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Menores de Idade
(TCLE) (Anexo I) e o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido para menor de idade
(Anexo II). O número amostral inicial foi de aproximadamente 4.767 alunos compreendendo
um total de 23 escolas municipais. Neste estudo foram considerados participantes os alunos
que estavam regularmente matriculados nas escolas e presentes no dia da coleta de dados. Do
total de alunos, 2.993 alunos encontraram se dentro da faixa etária selecionada, de 9 a 12 anos
de idade, de ambos os sexos, que participaram da pesquisa e que cujos pais autorizaram a
participação ao assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido.
Foram excluídos da pesquisa 1.774 alunos por terem faltado no dia da avaliação
antropométrica, não estarem dentro na faixa etária de 9 a 12 anos, e que os pais não
autorizaram a participação e ou deixaram de assinar o termo de consentimento livre e
esclarecido.
A pesquisa aconteceu com o agendamento antecipado nas escolas participantes com
alunos da faixa etária de 9 a 12 anos, a partir de uma lista com nome, sexo e data de
nascimento dos escolares disponibilizada pela Secretaria Municipal de Araçatuba.
Os dados foram coletados através das variáveis de peso (kg) com a utilização da
balança da marca Techline®, com capacidade de 150 kg, e precisão de 0,1 Kg, com as
crianças vestindo roupas leves e sem calçados. A estatura em (cm) foi determinada utilizando
se fita milimetrada fixada na parede sem rodapé, com o ponto zero de medição ao nível do
solo. As crianças estavam descalças, sem adornos na cabeça e em posição ortostática.
Os dados antropométricos foram submetidos ao programa Anthro Plus, disponibilizado
pelo World Health Organization (2009), para determinação e classificação do Índice de Massa
Corporal (IMC).
A classificação do estado nutricional, deve se a utilização do programa que determinou
os resultados em percentil e em z-score dos indivíduos para classificação do IMC para a idade,
15
peso para a idade, estatura para a idade, segundo as tabelas da WHO, 2006 e 2007, (Anexo
III), disponibilizadas pelo Brasil (2011).
O parâmetro enfatizado foi o Índice de Massa Corporal para idade (IMC/I) e o estado
nutricional das crianças foi expresso em z-score de acordo com o padrão de referência do
Multicentre Growth Study (Who Reference 5-19 years), recomendado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) (BRASIL, 2011).
Por fim foi determinado a prevalência do estado nutricional predominante nessa faixa
etária destacando a importância da implementação e acompanhamento de programas de
prevenção da obesidade, como por exemplo os Programas Saúde na Escola (PSE) e Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) além das intervenções propostas.
O projeto de pesquisa foi devidamente submetido e aprovado pelo comitê de ética do
centro universitário Toledo sendo o número do Parecer: 3.541.280. (Anexo VI)
Os dados foram armazenados e codificados pelo programa Excel, versão 2007, para a
expressão da frequência absoluta e relativa dos resultados obtidos e posteriormente para
análise estatística. A análise estatística foi realizada no software GraphPad Prism versão 8.2.1
para comparar as variáveis entre as faixas etárias estratificadas (9 anos; 10 anos; 11 anos e 12
anos) utilizou-se a análise de Variância (ANOVA), e a comparação múltipla das médias foram
determinadas pelo teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Os dados foram
apresentados através de tabelas e gráficos.
16
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra foi composta por 2993 escolares da faixa etária de 9 a 12 anos de idade
matriculados no ensino fundamental do município de Araçatuba-São Paulo, totalizando 23
unidades escolares analisadas.
Na tabela 1, estão apresentados os resultados obtidos no presente estudo, na faixa
etária de 09 a 10 anos, as respectivas classificações das variáveis de baixo IMC para idade,
IMC adequado para idade, sobrepeso e obesidade.
Variáveis 9 anos
(n=1.183)
Média ± DP
10 anos
(n=1.187)
Média ± DP
11 anos
(n=559)
Média ± DP
12 anos
(n=64)
Média ± DP
Baixo IMC para idade 2,04±2.05a
(n=47)
1,73±1,60a
(n=40)
1,00±1,47b
(n=23) *
0,13±0,34c
(n=3) *
IMC Adequado para
idade/ Eutrófico
28,52±12,52a
(n=656)
27,61±12,70a
(n=635)
13,83±7,98b
(n=318) *
1,52±1,50c
(n=35) *
Sobrepeso 8,91±5,09a
(n=205)
9,56±5,09a
(n=220)
4,43±2,66b
(n=102) *
0,39±0,72c
(n=9) *
Obesidade 11,96±6,53a
(n=275)
12,70±7,55a
(n=292)
5,04±3,61b
(n=116) *
0,73±0,81c
(n=17) *
IMC: Índice de Massa Corporal (peso/estatura²); DP = Desvio Padrão; p < 0,05* (Testes
tukey); a,b,c letras iguais não diferem pelo teste de tukey a 5% de significância
Tabela 1 – Média e Desvio Padrão do estado nutricional de escolares da rede municipal de
ensino do município de Araçatuba-SP.
Nos escolares classificados como baixo IMC para idade não foi observado diferença
estatisticamente significativa entre as faixas etárias. No entanto, observou se na faixa etária de
11 anos diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) quando comparados com a faixa
etária de 9 e 10 anos. Na faixa etária de 12 anos pode se observar que os valores diferiram
significativamente (p<0,05) da faixa etária 9, 10 e 11 anos.
17
Os dados obtidos no presente estudo mostraram em todas as faixas etárias estudadas,
baixa prevalência de escolares diagnosticados com baixo IMC para idade.
Na faixa etária de 9 e 10 anos o diagnóstico dos alunos classificados com IMC
adequado para idade não se diferem, entretanto observa-se que na faixa etária de 11 anos
obteve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) quando comparado com as faixas
etárias de 9 e 10 anos, sendo de menor incidência. Na faixa etária de 12 anos pode se observar
que os valores diferiram (p<0,05) da faixa etária 9, 10 e 11 anos.
Com os resultados obtidos constatou se predomínio do IMC/idade adequado em todas
as faixas etárias avaliadas. Contudo, merece destacar que foi observado alta prevalência de
sobrepeso e obesidade nos escolares avaliados.
Com relação ao diagnóstico de sobrepeso e obesidade nas faixas etárias de 9 e 10 anos,
não se diferenciam significativamente entre ambos, porém observou-se na faixa etária de 11
anos diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) de sobrepeso e obesidade quando
comparados com as faixas etárias de 9 e 10 anos. Na faixa etária de 12 anos pode se observar
que os valores de sobrepeso e obesidade se diferiram significativamente (p<0,05) entre as
faixas etárias de 9, 10 e 11 anos.
A avaliação do estado nutricional dos escolares mostrou uma maior percentagem de
escolares eutróficos e uma incidência de sobrepeso/obesidade, principalmente nas faixas
etárias de 9 e 10 anos.
A prevalência de escolares com sobrepeso e obesidade está muitas vezes associada aos
hábitos alimentares, o consumo de alimentos com excesso de carboidrato, alimentos
processados e utraprocessados, à inatividade física, a fatores genéticos, a melhoria da
infraestrutura básica, a estrutura demográfica, ao deslocamento para a escola, dentre outros
aspectos (BRASIL, 2014).
No estudo de Silva et al. 2013 participaram 338 crianças com idade de 03 a 15 anos de
ambos os sexos do município de Belmiro MG, os resultados indicaram que 1,2% dos escolares
apresentaram IMC baixo para idade, 57,7% estavam com IMC adequado para
idade/eutróficos, 13,3% com diagnostico de sobrepeso e 5,6% classificados obesos.
Nos escolares avaliados, a prevalência de sobrepeso e obesidade diminuiu à medida
que aumentou a faixa etária (11 e 12 anos). Isso acontece devido a fase de estirão de
crescimento precoce e os estágios de maturação sexual, tendendo a diminuir os índices de
18
sobrepeso e obesidade na medida em que houver alterações bruscas hormonais características
dessa fase (SILVA; BALABAN; MOTTA, 2005).
Na figura 1 a seguir temos representado os percentuais encontrados e respectivo desvio
padrão (DP) de acordo com as variáveis de diagnóstico do IMC de cada faixa etária.
Figura 1: Classificação do estado nutricional de crianças de 09 a 12 anos (n= 2.993), de
acordo com o parâmetro IMC para idade OMS, 2007 Araçatuba, 2019 (Média e Desvio
Padrão).
Nos grupos etários, de acordo com IMC para idade pode se verificar que os escolares
de 9 e 10 anos apresentaram maior percentual de baixo IMC para idade sendo o percentual na
faixa etária em 9 anos de 1,57% e em 10 anos de 1,33%. Os escolares de 11 anos apresentaram
o menor percentual 0,77% de baixo IMC para idade, diferindo se estatisticamente das faixas
etárias de 9 e 10 anos. Em relação à faixa etária 12 anos não foram observados baixo IMC
para idade nos escolares avaliados.,
O diagnostico de IMC adequado para idade estão representados nas variáveis de 9 anos
com percentual de (21,92%) e 10 anos (21,22%) sendo as idades com maior percentual de
19
IMC adequado para idade. Enquanto que nos escolares de 11 anos essa porcentagem foi de
10.62% e nos escolares de 12 anos foi de 1,16%.
A classificação de sobrepeso ficou com porcentagem de 6,85% na faixa etária de 9
anos, e 7,35% na faixa etária de 10 anos. Em escolares de faixa etária de 11 anos a
porcentagem foi equivalente a 3,41%. Em escolares na faixa etária de 12 anos a constatação
foi mínima.
Nos resultados encontrados para classificação de obesidade nas faixas etárias de 9 anos
o percentual foi de 9,18% e para escolares com 10 anos 9,76%, enquanto que na faixa etária de
11 anos esse percentual foi de 3,88% e na faixa etária de 12 anos o percentual encontrado de
obesidade foi de 0,87%.
Ao somarmos as variáveis de diagnostico de todas as idades obteve se o total do
percentual para baixo IMC para idade de 3,78% (n=113), e para IMC adequado para idade
54,93%(n=1644), sobrepeso 17,91% (n=536) e obesidade 23,38% (n=700).
Em um estudo feito por Mitideiro et al. (2016), foram avaliados o estado nutricional de
2.653 escolares da rede privada de ensino do município de Araçatuba, Andradina, Guararapes,
e Mirandópolis com uma faixa etária entre 6 a 18 anos, os autores constataram que 58% dos
indivíduos foram classificados com IMC adequado para idade/eutrófico, dados aproximados
com o atual estudo. Entretanto os dados referentes a excesso de peso e baixo peso do estudo
referido apresentaram diferenças ao presente estudo, apresentando uma maior incidência de
sobrepeso de 21,7%, menor frequência de obesidade de 18,1% e magreza 1,9%.
De acordo com Santos et al. 2017, na cidade de Barbacena, MG foi realizado um
estudo com escolares na faixa etária de 07 a 10 anos totalizando 788 alunos de escolas
públicas e particulares. A prevalência de estudantes classificados como sobrepeso foi de
23,98% (n=189), 23,86% (n=188) de obesas, 45,43% de crianças com IMC adequado para
idade/eutróficas (n=358) e 6,73% (n=53) de baixo peso. Esses resultados foram semelhantes
ao encontrado pelo presente estudo.
20
Figura 2: Prevalência de, IMC adequado p/idade, sobrepeso/obesidade em escolares de 09 a
12 anos de escolas municipais.
Ao destacar os valores das porcentagens apresentadas em IMC adequado p/idade,
observa-se 21,92 % (n=656) na faixa etária de 9 anos, 21,22% (n=635) na faixa etária de 10
anos, 10,62% (n=318) na faixa etária de 11 anos, e em 12 anos 1,17% (n=35). E quando
somados os números de sobrepeso com obesidade, de cada faixa etária, obtidos nesta pesquisa,
nota-se o valor percentual de 16,03% (n=480) na faixa etária de 9 anos, 17,11% (n=512) em
10 anos, 7,28% (n=218) na faixa etária de 11 anos e 0,87% em escolares de 12 anos. Ao
compararmos esses resultados somados de sobrepeso/obesidade, com os valores de IMC
adequado p/idade ressalta-se que mesmo os valores de IMC adequado p/idade ainda serem
maior em relação a somatória de sobrepeso/obesidade, esses resultados não se diferem
estatisticamente entre si, ficando em evidência que aproximadamente metade dos escolares
encontram-se em condição de sobrepeso/obesidade, e a outra metade em condição de IMC
adequado p/idade.
Por meio da avaliação nutricional realizada observou se que não foi encontrada
diferença estatisticamente significativa na somatória de sobrepeso/obesidade entre as faixas
etárias de 9 e 10 anos. No entanto quando comparamos a faixa etária de 10 e 11 anos observa
se diferença estatisticamente significativa (p<0,05), o mesmo foi observado na faixa etária de
11 e 12 anos. As crianças de 9 e 10 anos apresentaram maior prevalência de
21
sobrepeso/obesidade quando comparadas com crianças de 10 e 11 anos, as crianças na faixa
etária de 12 anos apresentaram menor índice de sobrepeso e obesidade.
As várias fases de crescimento da criança acarretam maior ou menor acúmulo de
gordura em determinado tempo (PANAZZOLO et al. 2014). Crianças crescem em tempo
diferente, algumas têm desenvolvimento púbere mais precoce em relação a outras, e essa
diferença torna se aparente na puberdade o presente estudo observou um número significativo
de crianças com idades entre 10 e 11 anos, o que pode ter sido um dos fatores a influenciar
esses índices de sobrepeso e obesidade nessa faixa etária, pois algumas crianças já estariam na
fase de crescimento acelerado próximos aos primeiros estágios da puberdade
(CAVALCANTE, 2012).
A maior prevalência de sobrepeso e obesidade está entre crianças de 9 e 10 anos. Os
achados desses estudos reforçam a ideia de que o excesso de peso na população estudada é um
problema de saúde pública que se inicia precocemente na infância que tende a perpetuar na
fase adulta, influenciando de maneira direta e imediata a qualidade de vida destas populações,
aumentando a morbimortalidade pelas doenças crônicas não transmissíveis. A detecção
precoce do excesso de peso e obesidade da criança no ambiente escolar favorece o
monitoramento e adoção de medida das preventivas e educativas, dando prognostico mais
favorável de forma sustentável duradoura em longo prazo (PANAZZOLO et al. 2014).
Nos resultados obtidos por Xavier et al. 2015, cuja a amostra do estudo constituiu-se
de 56 indivíduos com idade compreendida entre 8 a 10 anos os quais foram divididos em dois
grupos: o primeiro compreendeu os que eram menores de 10 anos (n=39), e o segundo
compreendeu os que possuíam 10 anos (n=17). Quando observada a prevalência de sobrepeso
foi de 30,50% e obesidade de 14% total em ambos os grupos etários do estudo de Xavier et al.
2015, esses resultados corroboram com os valores obtidos no presente estudo, se somados os
números de sobrepeso e obesidade obtidos na pesquisa de Xavier et al. 2015, obtém-se o valor
de 44,50% resultado correspondente a somatória de sobrepeso e obesidade de todas as faixas
etárias estudadas no presente estudo (41,29%) demonstrando a abrangência desse problema de
saúde pública. Essas informações sugerem que o excesso de peso (sobrepeso/obesidade) está
distribuído diferentemente entre as faixas etárias de 9, 10, 11 e 12 anos.
Comparando a prevalência de sobrepeso e obesidade do presente estudo com a
pesquisa de Paula et al., 2014 observa se que a prevalência de sobrepeso e obesidade em
22
escolas da rede de ensino públicas são menores nesse respectivo estudo onde foi elaborado em
duas escolas, sendo uma da rede de ensino pública e a outra da rede particular da cidade de
Fortaleza-CE, a amostra consistiu de 217 crianças, na faixa etária compreendida entre 7 e 11
anos (a média de idade foi de 8 anos). Neste estudo verificou-se uma alta prevalência de
excesso de peso e obesidade entre escolares, no entanto, constatou-se maior número de
crianças em escolas particulares. As crianças da escola particular apresentaram prevalência de
47,75%, e já na escola pública, as crianças representaram 12,75% com prevalência de
sobrepeso e obesidade.
Com resultados diferentes, Salomons et al. 2007, ao investigar o estado nutricional de
1647 escolares com idade entre 6 e 10 anos da rede municipal de ensino de Arapoti, PR,
mostraram uma prevalência relativamente alta de desnutrição (a desnutrição pregressa foi
elevada tanto em meninos (10,2%) quanto em meninas (12,2%)), e de excesso de peso
(prevalências de sobrepeso e obesidade corresponderam a 19,5% e 22,3% para meninos e
meninas, respectivamente), indicando a coexistência de ambos os problemas, evidenciando um
quadro de transição epidemiológica inicial, no qual problemas antigos, como a desnutrição, e
problemas mais recentes, como a obesidade ainda coexistem. Essas diferenças de prevalências
com outros trabalhos realizados podem ser devido a região, à faixa etária estudada, o ano ao
qual foram estudados e os diferentes pontos de cortes utilizados.
A diversidade da população estudada nos diferentes estudos e os métodos utilizados
para avaliar sobrepeso e obesidade nas crianças são fatores que dificultam a determinação dos
índices de sobrepeso e obesidade nas diferentes faixas etárias.
No estudo em que Cardoso et al. 2017, coletaram dados de 1082 crianças do Ensino
Fundamental I, de todas as Escolas Municipais e Estaduais, da Rede Pública de Ensino de
Florianópolis, SC, divididas em 02 grupos de crianças de 6 e 7 anos e o outro grupo com
crianças de 9 e 10 anos, foi constatando a prevalência de excesso de peso dos escolares
estudados (sobrepeso, obesidade e obesidade grave junto) com percentual total da somatória
desses parâmetros de 42,5% (n=460) entre todas as faixas etárias.
Quando comparado os resultados observados na pesquisa com outros estudos
publicado na literatura cientifica. há prevalência de sobrepeso e obesidade, o que caracteriza
um problema de saúde pública e evidencia a necessidade de iniciativas e de programas que
possam reverter esses resultados. Resultados que também demonstraram à diminuição da
23
prevalência de desnutrição aliada ao incremento da prevalência de excesso de peso. De acordo
com os resultados obtidos, pode se expressar que a prevalência de sobrepeso/obesidade da
população estudada encontra se elevada e devem ser motivos de preocupação da secretaria de
saúde e do município de Araçatuba.
Os altos índices de sobrepeso e obesidade observados no presente estudo e comparado
com os demais, são preocupantes apurou se um aumento na prevalência de excesso de peso
corporal entre crianças escolares, representando não apenas um desafio à saúde pública, mas
também um risco ao desenvolvimento econômico do país, pelo potencial de morbidade
associada às doenças cardiovasculares, que certamente acompanharão esse adicional,
manifestando-se quando essas crianças atingirem a idade adulta (RIBEIRO; ABREU, 2016).
A partir desses achados é possível salientar a implementação de programas de
prevenção de obesidade nessas escolas, e neste processo de intervenção, as organizações,
incluindo os profissionais envolvidos, tem que passar por três etapas principais.
A figura 3 representa a características das etapas de implementação de intervenções, de
acordo com a primeira etapa, descrita como de adoção, os profissionais capacitados decidem o
que eles querem trabalhar com a nova intervenção. Na segunda etapa de execução, a
intervenção é implementada na organização e entregue às pessoas em causa. E na terceira e
última etapa, de continuação, a intervenção é integrada na organização e mantida ao longo do
tempo. Em cada etapa, o processo é influenciado por vários fatores, tanto positivamente, como
negativamente (HOEKSTRA et al., 2014).
Figura 3: Fluxograma das características das etapas de implementação de
intervenções.
Programas como o PNAE e o PSE, salientam a importância de ações a serem
realizadas nessas escolas para alcance de diminuição desses índices de sobrepeso e obesidade.
O PNAE tem o objetivo de contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial
24
a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos saudáveis dos alunos, por meio
de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas
necessidades nutricionais durante o período em que permanecem na escola (BRASIL, 2013b).
Para fins do PNAE, será considerada Educação Alimentar e Nutricional – EAN o
conjunto de ações formativas, de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial
e multiprofissional, que objetiva estimular a adoção voluntária de práticas e escolhas
alimentares saudáveis que colaborem para a aprendizagem, o estado de saúde do escolar e a
qualidade de vida do indivíduo.
As entidades executoras poderão considerar ações de EAN, entre outras, aquelas que:
• Promovam a oferta de alimentação adequada e saudável na escola;
• Promovam a formação de pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a alimentação
escolar;
• Articulem as políticas municipais, estaduais, distritais e federais no campo da alimentação
escolar;
• Dinamizem o currículo das escolas, tendo por eixo temático a alimentação e nutrição;
• Promovam metodologias inovadoras para o trabalho pedagógico;
• Favoreçam os hábitos alimentares regionais e culturais saudáveis;
• Estimulem e promovam a utilização de produtos orgânicos e/ou agroecológicos e da
sociobiodiversidade;
• Estimulem o desenvolvimento de tecnologias sociais, voltadas para o campo da alimentação
escolar; e
• Utilizem o alimento como ferramenta pedagógica nas atividades de EAN.
As ações de educação alimentar e nutricional deverão ser planejadas, executadas,
avaliadas e documentadas, considerando a faixa etária, as etapas e as modalidades de ensino.
O PSE tem o objetivo de contribuir para a formação integral dos estudantes por meio
de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das
vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede
pública de ensino (BRASIL, 2013c).
Para o alcance dos objetivos e sucesso do PSE é de fundamental importância
compreender a Educação Integral como um conceito que compreende a proteção, a atenção e o
pleno desenvolvimento da comunidade escolar. Na esfera da saúde, as práticas das equipes de
25
Saúde da Família, incluem prevenção, promoção, recuperação e manutenção da saúde dos
indivíduos e coletivos humanos (BRASIL, 2013c).
Para alcançar estes propósitos o PSE foi constituído por cinco componentes:
• Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola
pública;
• Promoção da Saúde e de atividades de Prevenção;
• Educação Permanente e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde e de Jovens;
• Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes;
• Monitoramento e Avaliação do Programa.
Embora existam esses programas, existe a necessidade de implantar novos programas
destinados a prevenção e controle da obesidade nas escolas. A intervenção com educação
nutricional e atividade física deve ser desenvolvida na escola.
A escola é um ambiente propício para práticas de EAN devido a ser um ambiente de
intensa interação social e possuir o objetivo de educar. Estudos de intervenção com EAN para
escolares apresentaram resultados positivos quanto à melhora da alimentação. Crianças em
ambiente escolar estão mais susceptíveis a receber informações e apresentarem participação
ativa em atividades de EAN (MIYAHIRA; ZAGO; KOURY, 2014).
Neste contexto, programa de intervenção nutricional de EAN, devem fazer parte do
currículo escolar, devendo ser realizada uma vez por semana. Para ser mais efetiva, a EAN
precisa ter o comportamento alimentar como principal foco, que é o fator de interesse de
modificação e não somente transmitir conhecimentos, e deve considerar o contexto,
percepções, crenças, valores, motivações e significados relacionados à alimentação
(FAGIOLI; NASSER, 2006).
Os programas de atividade física devem ser desenvolvidos através de atividades
recreativas e esportivas tanto no ambiente escolar quanto no ambiente externo, além disso, as
crianças devem ser incentivadas há trocar o tempo em frente à televisão, celulares,
computadores, vídeos games, por atividades físicas. Também devem ser propostas atividades
recreativas através de brincadeiras populares (SILVESTRINE; PEREIRA, 2014).
O envolvimento dos pais no programa de intervenção nutricional deve ser encorajado e
estimulado através de reuniões realizados durante todo ano, em cada escola, para incentivar a
26
participação dos pais. Os professores devem ser também estimulados a desenvolver atividades
que envolvam os temas de educação saudável e atividade física (FRIEDRICH, 2015).
Para que esses programas de intervenção propostos sejam efetivos existe a necessidade
da secretaria da educação realizar um trabalho conjunto com a secretaria de esportes,
envolvendo pais e professores somente assim os resultados serão positivos.
Várias iniciativas já são desenvolvidas, neste sentido nas escolas municipais, no
entanto diferentes estratégias devem ser pensadas conforme a realidade local. Destaca se a
importância de se investir nas parcerias com outras instituições, com intuito de estimular os
escolares a desenvolver hábitos alimentares saudáveis, bem como iniciativas que facilitem esta
pratica. Além disso, é fundamental que a intervenção nutricional se torne uma pratica regular.
Portanto, implementação de programas de prevenção da obesidade deve ser uma ação
prioritária na promoção de hábitos alimentares saudáveis.
27
4 CONCLUSÃO
Com base na classificação do estado nutricional de IMC pode se inferir que as escolas
municipais apresentam um número significativo de alunos com sobrepeso e obesos e sua
incidência é maior em escolares na faixa etária de 9 e 10 anos. Através dessa análise ressalta-
se a importância do profissional nutricionista e do educador físico no desenvolvimento de
programas de intervenção que amenizem esse atual diagnostico nutricional, incentivando os
educandos a terem alimentação saudável e praticarem atividade física.
28
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35
ANEXO I
36
37
38
ANEXO II
39
ANEXO III
Tabela 01: Tabela adaptada dos pontos de corte de IMC para idade estabelecidos para crianças e
adolescentes
Valores críticos Estado Nutricional
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada
≥ Percentil 0,1 e ≤ Percentil 3 ≥ Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza
≥ Percentil 3 e ≤ Percentil 85 > Escore-z -2 e ≤ Escore-z +1 Eutrofia
> Percentil 85 e ≤ Percentil 97 > Escore-z +1 e ≤ Escore-z +2 Sobrepeso
> Percentil 97 e ≤ Percentil 99,9 > Escore-z +2 e ≤ Escore-z +3 Obesidade
> Percentil 99,9 > > Escore-z +3 Obesidade grave
Fonte: WHO, 2006 e 2007.
Tabela 02: Pontos de corte de IMC para crianças < 10 anos de idade
Valores críticos Estado Nutricional
< Percentil 3 < Escore-z -2 Baixo IMC para idade
≥ Percentil 3 e < Percentil 85 ≥ Escore-z -2 e < Escore-z +1 IMC adequado ou Eutrófico
≥ Percentil 85 e < Percentil 97 ≥ Escore-z +1 e < Escore-z +2 Sobrepeso
≥ Percentil 97 ≥ Escore-z +2 Obesidade
Fonte: WHO, 2006 e 2007.
Tabela 03: Pontos de corte de IMC por idade estabelecido para adolescentes ( ≥ 10 anos e < 20 anos
de idade
Valores críticos Estado Nutricional
< Percentil 3 < Escore-z -2 Baixo IMC para idade
≥ Percentil 3 e < Percentil 85 ≥ Escore-z -2 e < Escore-z +1 IMC adequado ou Eutrófico
≥ Percentil 85 e < Percentil 97 ≥ Escore-z +1 e < Escore-z +2 Sobrepeso
≥ Percentil 97 ≥ Escore-z +2 Obesidade
Fonte: WHO, 2006 e 2007.
40
ANEXO VI
41
42
43