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FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA LUIZ GONZAGA MORAES DE SOUZA JUNIOR VANESSA LIMA BATISTA AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL EM EXAMES DE URETROGRAFIA RETRÓGRADA BELÉM-PARÁ 2013

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FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

LUIZ GONZAGA MORAES DE SOUZA JUNIOR

VANESSA LIMA BATISTA

AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL EM

EXAMES DE URETROGRAFIA RETRÓGRADA

BELÉM-PARÁ

2013

FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL EM

EXAMES DE URETROGRAFIA RETRÓGRADA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado como requisito para

a obtenção do grau de Tecnólogo

em Radiologia, na modalidade

Monografia, orientado pelo Profº

Stanley Xavier.

BELÉM-PARÁ

2013

LUIZ GONZAGA MORAES DE SOUZA JUNIOR

VANESSA LIMA BATISTA

AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL EM

EXAMES DE URETROGRAFIA RETRÓGRADA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às Faculdades Integradas Ipiranga como requisito obrigatório para obtenção de grau em Radiologia, na tipologia monografia. Orientador: Prof. Stanley Xavier. Data: 25/06/ 2013

Luiz Gonzaga Moraes de Souza Junior

Vanessa Lima Batista

Banca examinadora:

__________________________________________________

Professor (a):

__________________________________________________

Professor (a):

__________________________________________________

Professor (a):

Dedico este trabalho ao meu filho, Adriano Carmo Serrão de Souza e minha família, Mãe: Conceição Natalina Paraguassú de Souza, Pai: Luiz Gonzaga Moraes de Souza, Irmão: José Luiz Paraguassú de Souza e Irmã: Vanessa Paraguassú de Souza, que me motivam ao estudo contínuo, com o objetivo da melhoria constante, que faz com que eu me fortaleça mais para buscar o melhor conforto, e dar uma boa educação ao meu filho e uma boa qualidade de vida as pessoas ao meu redor, sendo eles minha inspiração para meu trabalho.

Luiz Gonzaga Junior

AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Deus que significa tudo em minha vida, é

do amor dele que vem minha inspiração, fé, sonhos, desejos, vontade de vencer e

tudo que eu possa ter de bom vem dele.

Agradeço a toda minha família que é o meu alicerce, pois eles me criaram e

me educaram da melhor forma que poderiam.

Aos meus pais: Luiz Gonzaga Moraes de Souza e Conceição Natalina

Paraguassú de Souza, que passaram por inúmeras dificuldades para que desde

cedo eu pudesse ter um ensino bom e em especialmente a minha mãe que tem um

coração enorme e me ensinou simples coisas, que fizeram muita diferença em

minha vida.

Aos meus amigos que são meus irmãos não de sangue, mas de coração,

eles me deram todo o apoio e incentivo preciso, com eles eu aprendi que amigos

são uma família que você escolheu e que não existe “o melhor amigo” justamente

porque são uma família e em uma família cada um tem sua importância especial,

todos eles foram fundamentais para o meu crescimento e aprendizado, apesar de

estar afastado por conta de meu tempo.

Aos colegas de sala e futuros colegas de trabalho, agradeço por tudo que

passamos durante todo o curso.

Aos professores que contribuíram para o meu aprendizado, como Dirceu

Costa, Cláudio Teixeira, Fábio Wan-Meyl, Eduardo Lama, Anderly Pantoja, Marliane

Campos, entre outros, e em especial ao meu orientador Ms. Dirceu Costa, que

sempre que precisei, me ajudou no que pôde para a realização desse trabalho.

Obrigado a todos que me ajudaram a chegar nessa fase extraordinária da

minha vida que com certeza são de uma inquestionável importância para mim, e que

comigo viveram momentos felizes e tristes, momentos simples que me fizeram

pensar e refletir, cada momento, tanto os melhores que foram inúmeros, quanto os

piores momentos porque eu aprendi a fazer da dificuldade a minha motivação.

Luiz Gonzaga Jr.

RESUMO

O trabalho tem por objetivo avaliar experimentalmente a exposição ocupacional de extremidades em exames de uretrografia retrógada. Foram avaliadas exposições de radiação secundária em extremidades no profissional que realiza o exame de uretrografia retrógrada, utilizando uma câmara de ionização para a detecção da radiação secundária, realizando a quantificação com detector com proteção e sem proteção. Sendo expostos a 20 incidências e uma única posição com parâmetros de Kv: 80, mA: 200 e mas: 0,15 (t): 0,8. Constatou-se uma grande diferença entre a dose com proteção e a dose sem proteção, onde, mostraram que a detecção da radiação no X1 (com blindagem) foi de 0,69 mSv e a detecção no X2 (sem blindagem) foi de 4,72 mSv, resultando em uma Radioproteção de ate 85,38% e ultrapassando 14,62% de radiação secundária. O experimento do tipo exploratório de cunho quantitativo feito em uma clínica em Belém do Pará com um simples detector por câmara de ionização a gás, mostrou uma grande diferença na quantificação do experimento, sem a utilização de seres vivos, essa diferença foi de 4,03 mSv/mês, onde se observou que a blindagem bloqueou aproximadamente 86% da radiação secundária, demonstrando a importância da utilização de todos os EPIs disponíveis.

Palavra-chave: Proteção Radiológica; Câmara de Ionização; Uretrografia retrógrada.

ABSTRACT

The work is to experimentally evaluate the exposure ends exams Retrograde urethrography. We evaluated radiation exposures secondary ends in the professional conducting the examination of retrograde urethrography using an ionization chamber for detection of secondary radiation, making quantification detector with protection and without protection. 20 being exposed to impacts and one position with parameters Kv: 80 mA: 200 and yet: 0.15 (t): 0.8. There was a big difference between the dose and the dose to protect unprotected, Where, showed that the detection of radiation in X1 (with shield) was 0.69 mSv and detection in X2 (unshielded) was 4, 72 mSv, resulting in a Radioprotection of up to 85.38% and 14.62% outpacing secondary radiation. This study is an exploratory quantitative imprint done in a clinic in Belém with a simple detector for gas ionization chamber, showed a big difference in the quantification of the experiment without the use of living organisms, this difference was 4 03 mSv / month, which noted that the shield has blocked approximately 86% of secondary radiation, demonstrating the importance of using all available PPE.

Keyword: Radiation; Ionization Chamber; retrograde urethrography.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO ........................................................................................... 12

2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 14

2.1 GERAL .................................................................................................................. 14

2.2 ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 14

3 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 15

3.1 DESCOBERTA DO RAIO X .................................................................................. 15

3.2 HIPERPLASIA BENIGNA PROSTÁTICA (HBP) ................................................... 15

3.3 URETROGRAFIA RETRÓGRADA ........................................................................ 16

3.4 PRINCÍPIOS DE RADIOPROTEÇÃO .................................................................... 16

3.4.1 Justificação .................................................................................................. 16

3.4.2 Otimização .................................................................................................... 16

3.4.3 Limitação De Doses Individuais ................................................................. 16

3.4.3.1 Limite Primário ................................................................................... 16

3.4.3.2 Limite Secundário .............................................................................. 17

3.4.3.3 Limite Derivados ................................................................................ 17

3.4.4 Prevenção de acidentes .............................................................................. 17

3.5 GRADEZAS E UNIDADES PARA USO EM RADIOPROTEÇÃO ............................... 18

3.5.1 Atividade ............................................................................................................ 18

3.5.2 Avaliação de dose .............................................................................................. 18

3.5.3 Exposição ........................................................................................................... 18

3.5.4 Dose Absorvida .................................................................................................. 19

3.5.5 Dose Equivalente ............................................................................................... 19

3.5.6 Dose efetiva ....................................................................................................... 20

3.5.7 Símbolo .............................................................................................................. 20

3.6 DETECTOR DE RADIAÇÃO......................................................................................20

3.6.1 Câmara de ionização .......................................................................... 21

3.7 LEGISLAÇÃO ............................................................................................................ 21

3.7.1 Exposição ocupacional ............................................................................... 21

4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 22

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 26

6 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 28

REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 29

10

1. INTRODUÇÃO

O exame de uretrografia retrógrada é muito comum em paciente com mais de

40 anos, pois a partir dessa idade, é comum exames de rotina para verificação da

próstata. Onde se observa que o exame requer contato muito próximo do

profissional com a fonte de radiação quando se vai obter a imagem de

preenchimento da uretra (BONTRAGER e LAMPIGNANO, 2010).

A uretrografia retrógada é um exame de imagem, realizada em homens para

se conseguir demonstrar o comprimento total da uretra. O contraste iodado

hidrossolúvel é injetado pelo profissional retrogradamente na uretra (parte distal) até

que toda uretra esteja preenchida pelo contraste onde se utiliza radiação ionizante

para obtenção da imagem. (BONTRAGER e LAMPIGNANO, 2010).

A hiperplasia benigna da próstata (HBP) é uma condição muito prevalente em

homens a partir dos 40 anos, atingindo mais da metade da população masculina na

sétima década e a quase totalidade na oitava década. Os sintomas a ela

relacionados podem causar grande prejuízo à qualidade de vida desses pacientes

(AVERBECK et al, 2010). A Hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou hiperplasia prostática benigna

(HPB) é um fator predominante nas doenças relacionadas à próstata nos homens a

partir dos 40 anos de idade. A HPB é caracterizada por um aumento benigno da

próstata, onde há um aumento das células do estroma e do epitélio da glândula

prostática, ocasionando um aumento volumétrico na próstata e possibilitando uma

interferência no fluxo normal de urina causada pela compressão da região prostática

da uretra e pelo relaxamento inadequado do colo vesical (AVERBECK et al, 2010).

Outras doenças relacionadas à próstata, como HBP, são a incontinência

urinária, estenose ureteral, entre outras doenças do trato urinário. A estenose

ureteral que é um estreitamento no canal da uretra é a principal doença relacionada

à próstata, pode ser de origem congênita, traumática ou inflamatória (AVERBECK et

al, 2010, BENDHACK e DAMIÃO, 1999).

Existem diversos exames de diagnósticos por imagem para demonstrar a

estenose ureteral como: ultrassom (US) para auxilia na avaliação do trato urinário

superior nos casos de estreitamentos severos, além disto, é uma forma não invasiva

de avaliar a extensão, a profundidade da esponjofibrose e o diâmetro ureteral. Outro

exame de imagem é a endoscopia (uretrocistoscopia), para avaliar a mucosa

11

adjacente à área estenótica, pode ser recomendada antes do tratamento cirúrgico,

para excluir outras patologias e avaliar o tamanho e a forma da próstata. Sendo que

o exame de uretrografia retrograda é o principal método diagnóstico na avaliação da

estenose ureteral (AVERBECK et al, 2010, BENDHACK e DAMIÃO, 1999).

Quando se trata de radioproteção em pacientes ou profissionais que atuam

em setores de radiodiagnóstico, devem ser utilizadas, as blindagens e barreiras de

contenção e todos os EPIs possíveis para tais exposições. A proteção do

profissional na hora da aquisição da imagem retrógrada é de extrema importância

nesse método de diagnóstico. (HINATA e FILHO, 2002).

A proteção radiológica se faz necessária por ser um conjunto de diretrizes

com o intuito de se atingir padrões aceitáveis de segurança e qualidade a curto,

médio e longo prazo na área do radiodiagnóstico, objetivando-se em minimizar a

exposição de pacientes e profissionais da saúde a possíveis efeitos resultantes das

exposições a radiação ionizante (MS, 1998).

Os objetivos da proteção contra as radiações são a prevenção ou diminuição

dos seus efeitos deletérios, onde o problema das exposições crônicas adquire

importância fundamental. Considera-se que a dose acumulada num período de

vários anos seja um fator preponderante, mesmo que as doses sejam intermitentes

recebidas durante esse período seja pequenas (CNEN, 2003).

As diretrizes do Ministério da Saúde servem para tentar impedir ao máximo à

exposição à radiação ionizante, os fótons de raios-X. Sabendo que ela é

imperceptível. A sua utilização deve ser feita de maneira correta, para que os

benefícios como a imagem, possam ser produzidos em detrimento dos danos que

estas possam causar ao paciente e profissionais, entretanto, o conjunto de ações de

proteção que incluem técnicas adequadas, barreiras coletivas (blindagem da sala),

medidas de engenharia e equipamentos de proteção individual (EPIs) são

indispensáveis para a minimização às exposições e consequentemente os riscos

associados a ela (PUCRS, 2010).

12

Quando nos referimos à proteção radiológica costumamos associá-la a gastos

com equipamentos, instalações, dispositivos sofisticados e utilização de alta

tecnologia. Ainda que verdadeira essa associação, pode-se dizer que a proteção

radiológica é mais dependente da consciência dos profissionais do que dos altos

investimentos neste setor (NÓBREGA, 2009).

A recomendação dose limitante para trabalhadores ocupacionais expostos é

(dose efetiva no corpo inteiro – DE) Anual = 5 rem (50 mSv), acúmulo por toda vida

= 1 rem (10 mSv) x anos de vida. População geral: Anual = 0,1 rem (1 mSv) para

exposição frequente e 0,5 rem (5 mSv) para exposição infrequente. Indivíduos

menores de 18 anos: A mesma dosagem para a população geral pra exposição

infrequente. Exposição frequente ou ocupacional, não deve ser empregada nessas

situações (BONTRAGER e LAMPIGNANO, 2010).

Nesse sentido, o estudo proposto pretende demonstrar quantitativamente o

nível real de exposição ocupacional de extremidades em exames de uretrografia

retrógrada. Onde procurou se observar que a proteção utilizada, como o avental

plumbífero (padrão) protege, principalmente, a região do tórax até os joelhos

deixando os membros superiores expostos aumentando os riscos ocupacionais.

Como a radiação não pode ser percebida pelos sentidos humanos, mas apresentam

sabidamente efeitos deletérios junto ao organismo, a demonstração de eficiência de

EPIs deve colaborar para a melhoria de um cenário, que muitas vezes ignora a

utilização de tais aparatos de proteção.

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

A presente proposta tomou forma quando se observou a necessidade de

avaliar experimentalmente a exposição ocupacional de extremidades em exames de

uretrografia retrógada, sobretudo em função da não utilização de luvas plumbíferas

durante a realização do exame, em função da restrição de movimentos digitais

impostos pelo EPI.

O exame de uretrografia retrógrada é muito comum em paciente com mais de

40 anos, pois a partir dessa idade, é comum exames de rotina para verificação da

próstata. Onde se observa que o exame requer contato muito próximo do

13

profissional com a fonte de radiação quando se vai obter a imagem de

preenchimento da uretra (retrógrada).

No momento em que a radiação é liberada pelo dispositivo de comando para

a obtenção da imagem retrógrada (preenchimento da uretra), verifica-se que o

avental plumbífero (padrão) protege somente a região do tórax até os joelhos

deixando os membros superiores expostos aumentando os riscos ocupacionais e

possíveis efeitos (sobretudo biológicos) das radiações ionizantes nas extremidades.

14

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar experimentalmente a exposição ocupacional de extremidades em

exames de uretrografia retrógada.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Quantificar o nível de radiação secundária durante o exame de uretrografia

retrógada;

- Comparar o nível de leitura das exposições por detectores de ionização (câmara de

ionização), com e sem proteção;

- Avaliar a eficiência dos EPIs, como avental plumbífero padrão e luva plumbífera,

quando utilizados.

15

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 A DESCOBERTA DOS RAIOS X

Em 8 de novembro de 1895, Roentgen trabalhava em seu laboratório em

Wurzburg, na Baviera. O ambiente estava escurecido, uma vez que seus

experimentos relacionavam-se com fenômenos luminosos e outras emissões

geradas por descargas de correntes elétricas em tubos de vidro com vácuo. Estes

tubos eram conhecidos como "tubos de Crookes", em homenagem ao cientista

William Crookes (MARTINS, 2005).

Para surpresa do cientista, observou que quando seu tubo recoberto por um

cartão opaco foi submetido à descarga elétrica, um objeto em outro canto do

laboratório brilhou. Era um écran recoberto por uma emulsão de bário, localizado

muito distante do tubo de Crookes (aproximadamente dois metros) para reagir à

emissão de raios catódicos, tal como Roentgen imaginava (MARTINS, 2005).

Quando imobilizou por alguns momentos a mão de sua mulher na trajetória

dos raios, sobre uma placa fotográfica, observou, após o processamento fotográfico

da placa, a imagem da mão, revelando a sombra dos ossos e do anel que ela usava.

Esta foi o primeiro roentgenograma obtido na história, a primeira imagem impressa

de uma estrutura interna do corpo humano (MARTINS, 2005).

3.2 HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA (HBP)

A Hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou hiperplasia prostática benigna

(HPB) é um fator predominante nas doenças relacionadas à próstata nos homens a

partir dos 40 anos de idade.

Os sintomas a ela relacionados podem causar grande prejuízo à qualidade de

vida desses pacientes. É uma condição médica caracterizada pelo aumento benigno

da próstata, que normalmente se inicia em homens com mais de 40 anos. Do ponto

de vista histológico, a HBP caracteriza-se pela hiperplasia das células do estroma e

do epitélio da glândula prostática, resultando no aumento volumétrico desta e na

possibilidade de interferência no fluxo normal de urina causada pela compressão da

uretra prostática e pelo relaxamento inadequado do colo vesical. (AVERBECK et al,

2010)

16

3.3 URETROGRAFIA RETRÓGRADA

É o exame radiológico não funcional realizado em homens para estudar toda

a extensão da uretra, muitas das vezes, utiliza-se um aparelho especial denominado

“Pinça de Brodney” (garra metálica) a qual é presa à parte distal do pênis. Uma OPD

e OPE 30° (obliqua posterior direita e esquerda) são as posições mais utilizadas e a

centralização do raio central é feita ao nível da sínfise púbica. Acopla-se a pinça na

parte distal da uretra e realiza-se injeção de um meio de contraste radiopaco na

uretra para obtenção de imagens radiográficas. A uretra pode ser visualizada

radiologicamente por injeção retrógrada do contraste (BONTRAGER,

LAMPIGNANO, 2010 e LEAL et al, 2006).

A uretrografia retrógrada permite avaliar anormalidades estruturais na uretra,

incluindo áreas estreitadas (estenoses ou contraturas) e divertículos. Este teste de

diagnóstico é comumente realizado em pacientes do sexo masculino quando é

suspeito um estreitamento da uretra (UMHS, 2013).

3.4 PRINCÍPIOS DE RADIOPROTEÇÃO

3.4.1 Justificação

A Justificação estabelece que nenhuma prática deve ser autorizada a menos

que se produza suficiente benefício para o indivíduo exposto, de modo a compensar

o detrimento que possa ser causado pela radiação. (MS, 1998).

3.4.2 Otimização

As exposições médicas de pacientes devem ser otimizadas ao valor mínimo

necessário para obtenção do objetivo radiológico compatível com os padrões

aceitáveis de qualidade de imagem. (MS, 1998).

3.4.3 Limitação de doses individuais

3.4.3.1 Limite Primário

Os limites de doses individuais são valores de dose efetiva ou de dose

equivalente, estabelecidos para exposição ocupacional e exposições do público

17

decorrentes de práticas controladas, cujas magnitudes não devem ser excedidas.

(MS, 1998), (Tabela 1).

TABELA 01 - Limites primários anuais de dose equivalente.

DOSE EQUIVALENTE TRABALHADOR PÚBLICO

EFETIVA 50 mSv 1 mSv

ÓRGÃOS OU TECIDOS 500 mSv 1 mSv / WT*

PELE 500 mSv 50 mSv

EXTREMIDADES 500 mSv 50 mSv

CRISTALINO (OLHOS) 150 mSv 50 mSv

*WT - fator de ponderação: considera o grau de dano que um órgão causaria independentemente para o corpo todo. (CNEN, 2011).

3.4.3.2 Limite Secundário.

A verificação direta do cumprimento dos limites primários muitas vezes não é

praticável e então são utilizadas outras grandezas cuja avaliação é possível e que

são definidas como limites secundários. No caso de irradiação externa, são

aplicados os índices de dose equivalente superficial e profunda. No caso de

irradiação interna, é aplicado o limite de incorporação anual, LIA. O LIA é o maior

valor de incorporação anual, por ingestão, inalação ou absorção pela pele, permitido

que garantisse o cumprimento dos limites primários de dose (CNEN, 2011).

3.4.3.3 Limite Derivados

Para garantir a concordância com os limites de dose recomendados pela

Comissão Internacional de Proteção Radiológica, ICRP, e adotados pela CNEN,

frequentemente são usados limites derivados para o trabalho (CNEN, 2011).

3.4.4 PREVENÇÃO DE ACIDENTES

No projeto e operação de equipamentos e de instalações deve-se minimizar a

probabilidade de ocorrência de acidentes (exposições potenciais). Deve-se

18

desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para minimizar a

contribuição de erros humanos que levem à ocorrência de exposições acidentais.

(MS, 1998).

3.5 GRADEZAS E UNIDADES PARA USO EM RADIOPROTEÇÃO

Há dois tipos de grandezas utilizadas na proteção radiológica, atividade e

dose. A atividade determina a quantidade de radiação emitida por uma determinada

fonte radioativa e a dose descrever a quantidade de energia absorvida por um

determinado material ou por um indivíduo.

3.5.1 Atividade

Atividade (grandeza cujo símbolo é A) de uma amostra mostra de qualquer

material radioativo é definida como sendo o número de desintegrações dos núcleos

de seus átomos constituintes por unidade de tempo. Uma das unidades de atividade

utilizada é o Curie (Ci). 1Ci equivale a 3,7x10¹° desintegrações por segundo. No ano

de 1975 a ICRU (Internacional Comissionon Radiological Units) recomendou o uso

do Becquerel (Bq) como unidade de atividade no SI (Sistema Internacional de

Unidades) 1Ci = 3,7x10¹°Bq (NÓBREGA, 2009).

3.5.2 Avaliação de dose

O conceito de dose foi introduzido em proteção radiológica em analogia ao

seu uso em farmacologia, uma vez que queremos determinar o efeito causado por

uma dose de radiação ionizante. O termo dose usado na farmacologia significa a

quantidade de uma substância aplicada em um ser vivo por unidade de peso do

corpo humano para se obter certo efeito biológico. A dose de radiação recebida por

um indivíduo pode ser avaliada por meio das seguintes grandezas: exposição, dose

absorvida, dose equivalente e dose equivalente efetiva (NÓBREGA, 2009). .

3.5.3 Exposição

É a capacidade dos raios x ou raios gama de produzir ionização no ar. Ela

mede a produção de carga elétrica total de todos os íons de um mesmo sinal

produzidos em uma massa especifica de ar. A unidade de exposição é o Roentgen

19

(R) no SI a unidade Roentgen é definida como a quantidade de carga por unidade

de massa expressa em Quilograma, IR = 2,58x10ˉ4 C/kg (NÓBREGA, 2009).

3.5.4 Dose Absorvida

Dose absorvida, Grandeza expressa por D = d /dm, onde d é o valor esperado

da energia depositada pela radiação em um volume elementar de matéria de massa

dm. A unidade SI de dose absorvida é o joule por quilograma, denominada gray (Gy)

(MS, 1998).

A grandeza dose absorvida (D) engloba todos os tipos de radiações

ionizantes e ela é válida também para qualquer tipo de material absorvedor. Ela

pode ser definida como sendo a quantidade de energia transferida na matéria por

unidade de massa. No SI a unidade utilizada é o Gray (Gy). Ate o ano de 1975 a

unidade de dose absorvida recomendada pela ICRU foi o rad. A relação entre o rad

e o Gray por: 1 Gy = 100rad, a taxa de dose absorvida pode ser escrita levando-se

em conta a dose absorvida por unidade de tempo (Gy/h), (NÓBREGA, 2009).

3.5.5 Dose Equivalente

Dose equivalente, Grandeza expressa por HT = DTwR, onde DT é dose

absorvida média no órgão ou tecido humano e wR é o fator de ponderação da

radiação. Para os raios-x, wR = 1 e a dose equivalente é numericamente igual à

dose absorvida. A unidade SI de dose equivalente é denominada sievert (Sv) (MS,

1998).

Os efeitos químicos e biológicos que ocorrem num meio exposto à radiação

dependem não só da energia absorvida pelo meio, mas também do tipo da radiação

incidente e da distribuição da energia absorvida. O dano biológico produzido para

uma mesma dose de radiação absorvida será tanto maior quanto maior for a

densidade de ionização produzida a grandeza dose equivalente (H), definida como o

produto da dose absorvida (D) pelo fato de qualidade da radiação (Q) e pelo fator de

modificação (N), H = D.Q.N (NÓBREGA, 2009).

20

3.5.6 Dose efetiva

Dose efetiva, Média aritmética ponderada das doses equivalentes nos

diversos órgãos. Os fatores de ponderação dos tecidos foram determinados de tal

modo que a dose efetiva represente o mesmo detrimento de uma exposição

uniforme de corpo inteiro. A unidade de dose efetiva é o joule por quilograma ou

denominada sievert (Sv). Os fatores de ponderação dos tecidos, wT, são

apresentados na publicação No 60 da ICRP (1991), com os seguintes valores: para

osso, superfície óssea e pele, 0,01; para bexiga, mama, fígado, esôfago, tireóide e

restante, 0,05 para medula óssea, cólon, pulmão e estômago, 0,12 e para gônadas

0,20(MS, 1998).

3.5.7 Símbolo

Símbolo internacional da radiação ionizante - Símbolo utilizado

internacionalmente para indicar a presença de radiação ionizante (Figura 1). Deve

ser acompanhado de um texto descrevendo o emprego da radiação ionizante (MS,

1998).

Figura 01- Símbolo internacional da radiação ionizante (MS, 1998).

3.7 DETECTOR DE RADIAÇÃO

A detecção e medida das radiações são fundamentais para a proteção

radiológica, tanto para obtenção de medidas precisas quanto para a avaliação do

grau de risco envolvido em atividades com exposições à radiação.

A radiação por si só não pode ser medida diretamente, portanto, a detecção é

realizada pela análise dos efeitos produzidos pela radiação quando esta interage

com um material. Um sistema de detecção de radiação é constituído de duas partes:

21

um mecanismo detector e outro de medida. A interação da radiação com o sistema

ocorre no detector e o sistema de medida interpreta esta interação. De maneira

geral, os sistemas de detecção de radiação são chamados de detectores (IPEN,

2002).

3.7.1 Câmara de ionização

Uma câmara de ionização é um detector simples, preenchido a gás. Tem

como princípio de fundamento, sobe um feixe de radiação, a coleta de todas as

cargas criadas pela ionização direta do gás por meio da aplicação de um campo

elétrico. Em detectores por ionização, a radiação incidente cria pares de íons no

volume de medida do detector. A quantidade de pares de íons criados é contada em

um dispositivo de medida da corrente elétrica, chamado de eletrômetro (IPEN, 2002

e NONATO, 2010).

3.5 LEGISLAÇÃO

3.6.3 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

Os titulares e empregadores de IOE (Indivíduo Ocupacionalmente Exposto)

são responsáveis pela proteção desses indivíduos em atividades que envolvam

exposições ocupacionais e devem assegurar que os IOE ou indivíduos

eventualmente expostos à radiação cuja origem não esteja diretamente relacionada

ao seu trabalho, sejam tratados como os indivíduos do público e recebam o mesmo

nível de proteção. (CNEN, 2011).

22

4 METODOLOGIA

Para a realização do experimento foi adotado um estudo do tipo exploratório

de cunho quantitativo, que pretende demonstrar a diferenciação da radiação

secundária num tipo de detector por ionização chamado câmara de ionização a gás

no exame de uretrografia retrógada na incidência de preenchimento da uretra,

utilizando esse dispositivo de detecção, como a câmara por ionização, onde esse

detector foi posicionado em cima da mesa de exames, utilizando uma mesma

distância de aproximadamente 20 cm a 25 cm, em relação ao raio central, como se

fosse em um real exame, porém, essa coleta de dados foi feita em duas etapas:

1- O detector foi coberto por uma blindagem. (Figura 2 )

Figura 2: Mostrando o detector com blindagem.

Fonte: Durvalino Santos, 2013.

2- O detector não foi coberto por uma blindagem. (Figura 3)

Figura 3: Mostrando o detector sem blindagem e o medidor eletrômetro.

Fonte: Durvalino Santos, 2013.

23

O estudo foi realizado em uma Clínica Particular em Belém do Pará (Brasil),

sem a participação de seres vivos.

Para coleta de dados, foi utilizado um detector simples chamado câmara de

ionização da marca X-RAY monitor (mdh indrustries, inc. modelo 2025), onde o

detector, identificado como X1 será coberto por uma blindagem e o detector,

identificado como X2, ficará sem blindagem.

Ambos os detectores foram expostos à radiação ionizante (secundária) sendo

que foram feitas em uma única posição, demonstrando uma hipótese de rotina do

exame de uretrografia retrógrada em uma clínica ou hospital de Belém do Pará,

mostrando a rotina de 30 dias, sendo um exame por dia (dias úteis, sem incluir os

sábados), 20 incidências com proteção e 20 incidências sem proteção, obedecendo

aos seguintes parâmetros: Kv= 80, mA= 200, mAs= 0,15 (t)= 0,8.

O aparelho de emissão de radiação utilizado, será um raio x do tipo

convencional com 500 mA de potência, modelo fixo VMI indústria (sistemas

médicos) para a realização de tal experimento.

As posições recomentadas para a obtenção da imagem retrógrada são as

oblíquas posteriores direita e esquerda 30° (OPD e OPE) são as posições mais

utilizadas para melhor visualização do comprimento da uretra como um todo e a

centralização do raio central é feita ao nível da sínfise púbica com parâmetros

citados anteriormente (Figura 4).

Figura 4: Demonstra a posição oblíqua posterior esquerda (OPE).

Fonte: Luiz Júnior, 2013.

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Cada detector foi posicionado a uma distância igual a que as extremidades

ficam expostas no exame, entre 20 cm e 25 cm do raio central (Figura 5). Onde a

capitação dessa imagem exige um tempo curto (mAs ou tempo) para não perder o

tempo da passagem do contraste pela extensão total da uretra e uma Kilovoltagem

(Kv) satisfatório para proporcionar um bom contraste na imagem estabelecendo um

nível de radiação adequada para o exame que correspondem às mais frequentes na

rotina radiológica desse exame.

Figura 5: Ilustrando o momento da injeção do contraste e distância do raio

central com a extremidade exposta.

Fonte: Luiz Júnior, 2013.

O referido modelo experimental evidencia a quantidade de radiação absorvida

pelos detectores da câmara de ionização e demonstra em números, a diferença

entre a quantidade de radiação que chega ao detector protegido com blindagem e a

quantidade de radiação que chega ao detector não protegido, permitindo assim o

cálculo da variação da radiação secundária que pode atingir as extremidades em um

profissional da área de radiodiagnóstico.

Por se tratar de um modelo que utiliza única e exclusivamente equipamento

de quantificação de radiação (câmara de ionização) e imagens ilustrativas, não

existem riscos associados ao experimento.

Quanto aos benefícios, destaca-se a demonstração prática da importância da

utilização de equipamentos como o avental de chumbo, protetor de tireoide, óculos

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plumbífero e luvas plumbíferas. Bem como, demonstrar há eficiência desses

equipamentos utilizados pelos profissionais das técnicas radiológicas, o que poderá

servir de estímulo prático para que os futuros tecnólogos empreguem tais

equipamentos em seu dia a dia.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados foram obtidos por um detector simples de câmara de ionização

a gás, com a utilização de uma blindagem, sendo feito 20 incidência com e sem

proteção. Com isso, foi permitido calcular a eficiência da blindagem em relação à

radiação secundária e quantificar, em tese, o nível de radiação que chega

efetivamente ao profissional exposto nessa única aquisição de imagem

(preenchimento da uretra). Esses dados mostram, que a detecção da radiação no

X1 (com blindagem) foi de 0,69 mSv e a detecção no X2 (sem blindagem) foi de 4,72

mSv (Tabela 1).

Tabela 1. Resultado das doses de quantificações com e sem proteção em uma clínica particular em Belém, 2013.

DADOS

COM PROTEÇÃO SEM PROTEÇÃO

Clínica Particular Clínica Particular

Taxa (R/h) Taxa (R/h)

MÉDIA 0,69 4,72

X1 (Com Proteção): 0,69 mSv/mês

X2 (Sem Proteção): 4,72 mSv/mês

Com a finalidade de garantir um nível adequado de proteção individual para

cada IOE, deve ser estabelecido, como condição limitante do processo de

otimização da proteção radiológica, um valor de restrição de dose efetiva, levando

em consideração as incertezas a ela associadas, relativa a qualquer fonte ou

instalação sob o controle regulatório (CNEN, 2011).

Segundo a CNEN, o nível de registro para monitoração individual mensal de

IOE é de 0,20 mSv para dose efetiva: todas as doses maiores ou iguais a 0,20 mSv

devem ser registradas, embora possa ser feito também o registro das doses abaixo

desse nível. Níveis operacionais para fins de registro de monitoração em períodos

inferiores ou superiores ao período mensal devem ser submetidos à aprovação da

CNEN e o nível de investigação para monitoração individual de IOE deve ser, para

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dose efetiva, 6 mSv por ano ou 1 mSv em qualquer mês. Para dose equivalente, o

nível de investigação para pele, mãos e pés é de 150 mSv por ano ou 20 mSv em

qualquer mês.

Infelizmente, ainda existe uma despreocupação com o uso do EPIs, pois se

verifica que o profissional ou as empresas não adquirem as principais vestimentas

como: luva plumblífera e avental de manga longa. Que são de total importância

nesses tipos de exames. Entretanto os aventais que utilizamos no dia a dia,

protegem somente a região do tórax, até os joelhos. Deixando expostos os membros

superiores.

Como as medidas de minimização dos riscos de exposição envolvem bem

mais que simplesmente a utilização de EPIs, faz-se necessário ressaltar que os

dados demonstrados foram obtidos a partir de uma única sala, um único

equipamento e uma única incidência de estudo (preenchimento da uretra). Para que

essas conclusões possam ser mais abrangentes é necessário que outros

posicionamentos de rotina e equipamentos de raios X, bem como diferentes

equipamentos de proteção individual sejam avaliados em modelos experimentais

posteriores.

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6 CONCLUSÃO

O experimento do tipo exploratório de cunho quantitativo feito em uma clínica

em Belém do Pará com um simples detector por câmara de ionização a gás, mostrou

uma grande diferença na quantificação do experimento, essa diferença foi de 4,03

mSv/mês, onde se observou que a blindagem bloqueou aproximadamente 86% da

radiação secundária, demonstrando a importância da utilização de todos os EPIs

disponíveis.

O órgão responsável pelas diretrizes de radioproteção, a CNEN, informa que

os limites estabelecidos ao IOE, para monitoração individual mensal é de 0,20 mSv

para dose efetiva. Portanto, a demonstração experimental, com e sem blindagem,

mostrou em média, que a blindagem bloqueou 85,38% da radiação secundária. É

notório que os EPIs são equipamentos de total importância para a rotina de um

profissional de radiodiagnóstico, entretanto, percebe-se uma falha no avental

plumbífero padrão quando utilizado. Ele deixa exposto o membro superior, pois ele

protege somente a região do tórax até os joelhos. As luvas plumbíferas não

permitem movimentos mais refinados, necessários para injetar o contraste no

paciente e mesmo utilizando luvas plumbíferas, os braços (úmero) ainda

continuaram expostos à radiação.

Portanto a utilização de um avental plumbífero de manga longa, e a pesquisa

com novos materiais e de modelos mais ergonômicos de luvas plumbíferas, seria

uma excelente alternativa para uma proteção satisfatória nesse caso,

proporcionando qualidade de proteção, satisfação e tranquilidade ao profissional de

radiodiagnóstico que efetua o exame de uretrografia retrógrada (preenchimento da

uretra).

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