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AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES DO CURSO DE FARMÁCIA DO NORDESTE MINEIRO Danilo Ramaciotti Caires - Graduado em Enfermagem UNEC, Especialista em Enfermagem do Trabalho - FASE e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail - [email protected] Jorgiane Bolsanello Pignaton - Graduado em Enfermagem - UNEC, Especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família - UNEC e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail - [email protected] Daniel Rodrigues Silva - Graduado em Farmácia Bioquímica e Doutor em Ciências Farmacêuticas - Coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário de Caratinga Campus UNEC de Nanuque e-mail - [email protected] Alan Pereira dos Santos Graduando em Farmácia UNEC Centro Universitário de Caratinga - E-mail - [email protected] Campus UNEC de Nanuque Wanessa Soares Luiz Silva Especialista em Saúde Mental no Contexto Multiprofissional, graduada em Enfermagem e-mail - [email protected] Resumo: Automedicação consiste em usar algum produto com objetivo de aliviar ou tratar sintomas e doenças, independente de acompanhamento profissional e facilmente identificado nos estudante do curso de Farmácia, na tentativa de mensurar o impacto deste consumo, foi realizada uma pesquisa quantitativa sobre automedicação nos estudantes de 1º, 3º, 5º e 9º período de Farmácia de um Centro Universitário do nordeste de mineiro, através da analise de dados, podemos observar que os alunos do 9º são os que mais têm confiança em se automedicar ou indicar algum medicamento aos amigos e familiares, demonstrando assim que quanto maior conhecimento teórico e prático sobre medicamento, maior é o índice de auto medicação. Palavras Chaves: Estudantes, Automedicação, Farmácia. 1. Introdução A automedicação é uma forma muito usada pela população para cuidar da saúde, consiste em usar algum produto com objetivo de aliviar ou tratar sintomas e doenças, independente de acompanhamento profissional. A automedicação pode ser potencialmente prejudicial á saúde do individuo, pois todo medicamento pode haver feito colaterais prejudicais a saúde, o uso de medicamentos de venda livre pode levar a um grande número de distúrbios e patologias (ROSSE et al. 2011). "É uma prática comum, vivenciada por civilizações de todos os tempos, com características peculiares a cada época e a cada região". (MENEZEZ et al. 2004). Medicamentos de venda livre são aqueles que não precisam de prescrição médica para serem comercializado também chamados de medicamentos insetos de prescrição (MIP), o problema que muitas vezes esse medicamentos são utilizados indiscriminadamente e podem provocar reações adversas (KISHI et al. 2010). O paracetamol é um analgésico-antitérmico de venda livre quimicamente derivado do p- aminofenol, possui baixa ação anti-inflamatória sistêmica, normalmente comercializado na forma de cápsulas, drágeas, comprimidos, gotas, xarope, efervescentes e pastilhas; este

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES DO … · A prática da atenção farmacêutica é entendida como o “a provisão responsável da farmacoterapia com o objetivo

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AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES DO

CURSO DE FARMÁCIA DO NORDESTE MINEIRO

Danilo Ramaciotti Caires - Graduado em Enfermagem – UNEC, Especialista em Enfermagem do Trabalho - FASE

e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail - [email protected]

Jorgiane Bolsanello Pignaton - Graduado em Enfermagem - UNEC, Especialista em Saúde Pública com Ênfase em

Saúde da Família - UNEC e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail -

[email protected]

Daniel Rodrigues Silva - Graduado em Farmácia – Bioquímica e Doutor em Ciências Farmacêuticas - Coordenador

do curso de Farmácia do Centro Universitário de Caratinga – Campus UNEC de Nanuque – e-mail -

[email protected]

Alan Pereira dos Santos – Graduando em Farmácia – UNEC – Centro Universitário de Caratinga - E-mail -

[email protected] – Campus UNEC de Nanuque

Wanessa Soares Luiz Silva – Especialista em Saúde Mental no Contexto Multiprofissional, graduada em

Enfermagem – e-mail - [email protected]

Resumo: Automedicação consiste em usar algum produto com objetivo de aliviar ou tratar

sintomas e doenças, independente de acompanhamento profissional e facilmente identificado nos

estudante do curso de Farmácia, na tentativa de mensurar o impacto deste consumo, foi realizada

uma pesquisa quantitativa sobre automedicação nos estudantes de 1º, 3º, 5º e 9º período de

Farmácia de um Centro Universitário do nordeste de mineiro, através da analise de dados,

podemos observar que os alunos do 9º são os que mais têm confiança em se automedicar ou

indicar algum medicamento aos amigos e familiares, demonstrando assim que quanto maior

conhecimento teórico e prático sobre medicamento, maior é o índice de auto medicação.

Palavras Chaves: Estudantes, Automedicação, Farmácia.

1. Introdução

A automedicação é uma forma muito usada pela população para cuidar da saúde, consiste

em usar algum produto com objetivo de aliviar ou tratar sintomas e doenças, independente de

acompanhamento profissional. A automedicação pode ser potencialmente prejudicial á saúde do

individuo, pois todo medicamento pode haver feito colaterais prejudicais a saúde, o uso de

medicamentos de venda livre pode levar a um grande número de distúrbios e patologias (ROSSE

et al. 2011).

"É uma prática comum, vivenciada por civilizações de todos os tempos, com

características peculiares a cada época e a cada região". (MENEZEZ et al. 2004).

Medicamentos de venda livre são aqueles que não precisam de prescrição médica para

serem comercializado também chamados de medicamentos insetos de prescrição (MIP), o

problema que muitas vezes esse medicamentos são utilizados indiscriminadamente e podem

provocar reações adversas (KISHI et al. 2010).

O paracetamol é um analgésico-antitérmico de venda livre quimicamente derivado do p-

aminofenol, possui baixa ação anti-inflamatória sistêmica, normalmente comercializado na

forma de cápsulas, drágeas, comprimidos, gotas, xarope, efervescentes e pastilhas; este

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medicamento possui efeitos hepatotóxico e pode promover uma lesão hepatocelular (LOPES E

MATHEUS; 2012).

O fácil acesso aos MIP torna-os diretamente atrelados à automedicação, prática comum,

devida à dificuldade de atendimento médico (demora na marcação de consultas médicas,

atendimento precário em pronto-socorros, etc.) (DURÃES et al. 2015). "Os medicamentos

ocupam um papel importante nos sistemas sanitários, pois salvam vidas e melhoram a saúde"

(MARIN et al. 2003).

Muitas vezes a população tem acesso ao tratamento, assistência médica, mas isso não

quer dizer melhores condições de saúde ou qualidade de vida, pois prescrições erradas, falha na

dispensação, a automedicação inadequada podem promover um tratamento ineficaz. "No entanto,

é evidente que a possibilidade de receber o tratamento adequado, conforme e quando necessário,

reduz a incidência de agravos à saúde, bem como a mortalidade para muitas doenças" (ARRAIS

et. al. 2005).

Um dos principais motivos por itoxitação medicamentosa é quase sempre relecionado ao

uso de medicamentos sem acompanhemento profissional. "Dessa forma, o uso indiscriminado de

medicamentos tornou-se uma das grandes dificuldades enfrentadas pela saúde no âmbito

mundial"(LESSA, et al. 2008).

Segundo Organização Pan-america de Saúde (2012) e Vieira e Zucchi (2013) "o Brasil

vem sofrendo transformações na área de saúde, aumenta os investimento em atenção básica

como exemplo a implantação das ESF – Estratégia Saúde da Família, garantindo assim um

acesso seguro e gratuito aos medicamentos".

Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS a automedicação se feita de forma

correta, pode ser desejável. A organização define a automedicação responsável como “prática

dos indivíduos em tratar seus próprios sintomas e males menores com medicamentos aprovados

e disponíveis sem a prescrição médica e que são seguros quando usados segundo as instruções” e

a recomenda como forma de desonerar o sistema público de saúde (KISHIR, et al. 2010).

Quando não ocorre a adoção desta prática seguindo os critérios de uso racional de

medicamentos, tanto o paciente quanto a sociedade podem ter prejuízos. Estes podem estar

relacionados ao mascaramento de sintomas de problemas sérios, a seleção de bactérias

resistentes, a procura a hospitais por problemas de segurança dos medicamentos, entre outros

(GALATO et al. 2012).

É válido ressaltar que o conceito da automedicação responsável não deve ser confundido

com auto prescrição, ou seja, utilização de medicação tarjada. O acesso fácil a informações

através da internet, propagandas na TV e outros meios de comunicação sobre medicação, são

alguns dos motivos que levam as pessoas a utilizarem medicação sem acompanhamento

profissional adequado (BAGGIO; FORMAGGIO; 2009).

A automedicação responsável pode representar uma economia ao indivíduo e ao sistema

de saúde como um todo. Se feita de forma inadequada, o indivíduo pode estar sujeito ao risco de

efeitos colaterais, levando a sofrer transtorno mais graves que a doença inicial e o que poderia

gerar economia no inicio acaba levando a um gasto financeiro ainda maior já que medicamento

tomado de forma inadequada pode mascarar sintomas importantes, piorando sua patologia e

podendo levar a um tratamento inadequado (SILVA e RODRIGUES; 2014).

Dados apontam que os medicamentos são responsáveis por 28% dos casos de intoxicação

em seres humanos no Brasil, por isso a importância do paciente procurar uma orientação do

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Farmacêutico, uma vez que o profissional farmacêutico tem habilidade e formação que lhe

permitem praticar a atenção farmacêutica. A prática da atenção farmacêutica é entendida como o

“a provisão responsável da farmacoterapia com o objetivo de alcançar resultados definidos que

melhorem a qualidade de vida dos pacientes” (BORTOLONETAL; 2007).

Galato et al. ( 2012) “relata em sua pesquisa que esta prática de automedicação é muito

comum, em idosos pode chegar a 80% e na população em geral a 46%. Em trabalhos realizados

com estudantes estes valores foram superiores a 70%”.

Pode-se considerar esse elevado índice de automedicação, devido à introdução de vários

medicamentos de baixo custo através da liberação de patentes, e a dispensação de medicamentos

sem critérios ou supervisão de um farmacêutico, uma vez que medicamentos de venda livre não

são isentos a efeitos adversos e colaterais (ROSSE et al. 2011).

Automedicação: “Uso de medicamento sem a prescrição, orientação e/ ou o

acompanhamento do médico ou dentista.” (Port. n.º3916/98 - Política Nacional de

Medicamentos).

O presente trabalho científico tem como objetivo demonstrar através de pesquisa de

campo que quanto maior o conhecimento adquirido pelos estudantes do curso de Farmácia,

maior será a automedicação.

2. Referencial

2.1 Pricipais classes de medicamentos envolvidos na automedicação

Pesquisa realizado com idosos por Sá et al. (2007) realizado na cidade de Salgueiro-

Pernabunco, conclui-se que os medicamentos mais utilizados na automedicação foram os

antipiréticos, seguidos dos analgésicos. As pricipais causas que levaram a utilização desses

fármacos foram febre, dores.

Galato et al. (2012) "obteve os seguintes resultados em sua pesquisa realizada com

estudantes universitários 90,4% dos entrevistados alegaram que o motivo que levou a

automedicação foi dores em geral e o Paracetamol e a Dipirona foram o medicamento mais

utilizado".

Outra pesquisa realizada com estudantes da área de saúde no sudeste da Bahia apontou os

seguintes resultados 98,1% do entrevistando já realizou algum tipo de automedicação,

evidenciando uma alta prevalência nessa prática e em outra univesidade em Santa Catariana

constatou que 96,5% já realizou essa prática, e no sul de Minas gerais 93,11% se automedicaram.

(SILVA e RODRIGUES, 2014)

Imagem 1: Grupo de fármacos alopáticos/homeopáticos mais comumente utilizados na

automedicação.

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Fonte: LOPES, 2014

Na pesquisa de Lopes 2014 realizada em Teresina-Pi nos estudantes universitarios foi

evidenciasdo que os medicamentos vinculados no processo de automedicação prevalecem os

analgésicos (95,71%), antiinflamatórios (85,36%), antibióticos 973,93%) medicamentos para

resfriados (72,14%), xaropes (63,93%), descongestionantes (49,29%) e relazantes musculares

(36,43%) e tópicos para a pele (32,50%) conforme desmotrado na imagem 1

E uma pesquisa realizada por Silva e Rodrigues (2014) observa-se que os medicamentos

mais utilizados foram os analgésicos e antitérmicos (19,4%), Anti-finclamatórios (17,8%),

Medicamentos para resfriados/gripes (15,7%), decongestionantes nasais (8,4%), atibioticos

98,3%), antialérgicos (8,3%), Gotas otológicas (3,1%), Corticóides nasais ( 2,2%), Cortidcoides

sistêmicos (2%), antiasmáticos (0,7%) e outros (1,4%).

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3. Procedimentos Metodológicos

A pesquisa foi realizada no período de 20 de Janeiro a 31 de março de 2017 com os

estudantes do curso de Farmácia de um Centro Universitário do Nordeste Mineiro. Informações

obtidas apontou que o curso de Farmácia possui um total de 195 (cento e noventa e cinco) alunos

matriculados, e a pesquisa entrevistou um total de 131 (cento e trinta e um) acadêmicos, o que

reflete em uma amostra 77% em relação a população total. Foi realizada uma pesquisa

bibliográfica atualizada em principais bases de dados sobre o tema proposto.

A metodologia para levantamento dos dados foi por aplicação de questionário

quantitativo (anexo I) no campus institucional. Foram realizadas as pergunta a seguir: (1)

Assinatura do termo de consentimento; (2) Qual período você está cursando Farmácia; (3) Você

já se automedicou; (4) Qual ou quais categoria (s) de medicamento você mais utilizar sem

prescrição medica; (5) Qual ou quais influencia levou à prática da automedicação; (6) O

conhecimento adquirido no decorrer do curso de Farmácia sobre medicamento como risco,

indicações, interações medicamentosas, te estimulou a realizar a automedicação; (7) Você se

sente preparado ou tem conhecimento para se automedicar ou indicar algum tipo de

medicamento a algum amigo ou familiar. Após coleta dos dados, procedeu-se o tratamento e

escrita do presente trabalho.

4. Resultado e discussões

Tabela I: Distribuição dos alunos por período do curso de Farmácia, e se já se realizou

automedicação.

Período

Quant. de alunos

Já se automedicou

SIM NÃO

Primeiro 31 23,67% 83,87% 16,12%

Terceiro 33 25,19% 100% 0,00%

Quinto 34 25,95% 100% 0,00%

Nono 33 25,19% 100% 0,00%

Total 131 100%

Fonte: Os autores (2017)

A tabela 1 apresenta resultados bem balanceados entre os períodos do curso de farmácia.

Observa-se que apenas 16,12 % dos alunos do 1º período de Farmácia declarou que nunca

realizou nenhum tipo de automedicação, ao contrário dos outros períodos que 100% dos alunos

declaram que já realizou algum tipo de automedicação.

Pesquisas apontam que há uma alta a taxa de automedicação entre universitários de

diferentes cursos da área de saúde, levando em consideração que estes futuramente, serão os

principais responsáveis por conscientizar a população sobre os riscos da automedicação, torna-se

preocupante tal achado (SILVA e RODRIGUES; 2014).

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Tabela II: Qual ou quais categoria (s) de medicamento você mais utiliza sem prescrição

médica

Medicamentos Utilizados Nº %

Antibiótico 10 6,06

Analgésico 80 48,48

Anti-inflamatório 52 31,52

Corticóides 04 2,42

Outros 19 11,52

Total *165 100

Fonte: Os autores (2017)

*Houve mais de uma resposta por acadêmico = 131

Dos 131 estudantes entrevistados, constatou-se que muitos utilizaram mais de um tipo de

medicamento, colocando em risco sua saúde e aumentando o risco de interação medicamentosa.

Sendo os analgésicos os mais utilizados por estes estudantes

Arrais (2016) constatou em sua pesquisa que a automedicação limita-se a tratar doenças

agudas autolimitadas, como problemas no estômago ou intestino, febre, dor, gripe, resfriado ou

rinite alérgica, náusea e vômito, entre outros, e na maioria das vezes com produtos isentos de

prescrição.

Os anti-inflamatórios não-esteróides (AINE’s) constituem uma das classes de fármacos

mais difundidas em todo mundo, utilizados no tratamento da dor aguda e crônica decorrente de

processo inflamatório. Possuem ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética por inibição da

síntese de prostaglandinas mediante ao bloqueio da ciclooxigenase1 (COX-1) e ciclooxigenase2

(COX-2), criando subgrupos de AINE seletivos e não seletivos para COX-2. (SILVA et al. 2014)

"Toda via, as cicloxigenases expressam ações distintas. As propriedades farmacológicas

dos AINE’s decorrem principalmente da ação inibitória sobre a COX-2, enquanto as reações

adversas são resultantes da inibição da COX-1" (SILVA et al. 2014).

"São múltiplos os riscos evidenciados à utilização exacerbada de AINE: riscos

cerebrovasculares, renais, hepáticos, cardiovasculares e trombóticos, gastrintestinais,

gestacionais e fetais". (SILVA et al. 2014)

Os AINE’s são os agentes tópicos mais utilizados na prática clínica. Seu mecanismo de

ação consiste na inibição da enzima ciclo-oxigenase tipo 1 e tipo 2 com consequente redução da

síntese de prostaglandinas e da sensibilização de terminações nervosas nos tecidos periféricos,

sítio comum de dor e inflamação. Sua utilização sistêmica está associada a importantes efeitos

colaterais hepáticos, cardiovasculares, gastrointestinais e renais (FLORES et al. 2012)

Segundo Queiroz et al. (2013) o paracetamol e a dipirona são os analgésicos mais

utilizados, no Brasil. Geralmente os analgésicos baseia na inibição da síntese de prostaglandinas,

responsáveis pela dor leve e moderada, pela vasodilatação e pelo aumento da permeabilidade

vascular. Apesar de ser um medicamento de venda livre a dipirona por exemplo, tem seu uso

restrito nos EUA e em vários países da Europa, pela possibilidade de causar agranulocitose,

complicações, anemia aplástica e anafilaxia.

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Mota et al. (2010) descreve que os antimicrobianos são substâncias naturais

(antibióticos) ou sintéticas (quimioterápicos) que agem sobre microorganismos inibindo o seu

crescimento ou causando a sua destruição. É a segunda classe de droga mais utilizada sendo

responsável por 20 a 50% das despesas hospitalares. É prescrita em larga escala em atendimentos

ambulatoriais e também como automedicação. Esta ampla utilização de antimicrobianos pode

afetar de forma significativa não somente a microbiota do paciente que o utiliza, mas também a

ecologia microbiana dos outros pacientes.

O uso inadequado de antimicrobianos é descrito há vários anos. Mota et al. apud

Scheckler e Bennet, em 1970, observaram que 62% das indicações de antimicrobianos eram

feitas a pacientes sem infecção. Mota et al. apud Kunin concluiu em artigo publicado em 1973

que 50% das prescrições de antimicrobianos não tinham indicação. Mota et al. apud Jogerst e

Dippe, em 1981, classificaram como inadequadas 59% das prescrições antimicrobianas.

Com a aprovação da RDC nº 44/2010, que controla a dispensação de antimicrobianos,

contribui para a diminuição do consumo irracional de antibiótico (BRITO et al. 2012), outros

fatores que pode ter contribuído para aumento do consumo de anti-inflamatórios é que a

população se automedica baseando-se em propagadas, experiência de amigos e parentes, e a

indicação sem conhecimento técnico dos balconistas das drogarias (SILVA e RIBAS, 2016).

Tabela III – Qual ou quais influência (s) levaram à prática da automedicação

Medicamentos

Utilizados

1º Período 3º Período 5º Período 9º Período

Nº % Nº % Nº % Nº %

Farmacêutico ou

funcionário da farmácia 09 25,00 14 40,00 10 22,22 12 24,49

Autoconhecimento 10 27,78 12 34,29 19 42,22 24 48,98

Amigos, familiares 13 36,11 03 08,57 11 24,44 07 14,29

Propaganda 01 02,77 03 08,57 03 06,67 01 02,04

Prescrições antigas 03 08,33 03 08,57 02 04,45 05 10,20

Total *36 100 *35 100 *45 100 49 100

Fonte: Os autores (2017)

*Houve mais de uma resposta por acadêmico =1º P 31 alunos, 2º P 33 alunos, 5º P 34 alunos e 9º

P 33 alunos

P = período

Observamos que nas turmas iniciais eles sofreram mais influência de amigos, balconistas

da Farmácia, já o 9º período onde se pressupões que são alunos com maior nível de

conhecimento o que mais influenciou foi o “Autoconhecimento”.

"Pesquisas demostram que automedicação não estar associado com classe econômica, já

que os medicamentos mais consumidos são de baixo custo e de fácil acessos e não necessita de

prescrição médica" (CONNASS, 2003).

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Um dos principais motivos para automedicação é a autoconfiança, já que durante o curso

de graduação o aluno adquiriu vasto conhecimento teórico e prático sobre medicação a, sendo

isso um fator determinante para automedicação (ROSSE et al. 2011).

Segundo a ANVISA, 2007 os laboratórios aproveitam-se da tendência da automedicação

para investir em propagadas, e acabam criando uma necessidade de utilização de medicamentos,

como exemplo os polivitamínicos, que são anunciados como imprescindíveis para realização das

atividades cotidianas, sendo que tais medicamentos só devem ser utilizados caso haja algum

deficiência de vitaminas no organismo.

Existe uma grande parcela da população que tem dificuldade de acesso aos serviços de

saúde. Por isso, utilizam medicamentos por conta própria, sem a indicação de um profissional

habilitado (ANVISA 2007).

Segundo Rosse et al. (2011), a tendência de armazenamento de medicamentos em casa

revela uma das formas de automedicação, já que muitos familiares acabam compartilhando

medicação e até prescrição médica levando assim risco grande de efeitos colaterais relacionado

aos medicamentos.

De acordo com a ANVISA (2007) os medicamentos mais utilizados são antibióticos,

medicamentos para emagrecer, vitaminas e analgésicos. Pesquisa desenvolvida por Cerqueira et

al. (2005), aponta que os analgésicos são os mais utilizados de forma indiscriminada.

Tabela IV - O conhecimento adquirido no decorrer do curso de Farmácia sobre

medicamentos como riscos, indicações, interações medicamentosas, te estimulou a realizar

a automedicação

Período SIM NÃO

Quant. % Quant. %

Primeiro 5 16,12 26 83,87

Terceiro 6 18,18 27 81,81

Quinto 11 32,35 23 67,64

Nono 24 72,72 9 27,27

Fonte: Os autores (2017)

De acordo Tomasi (2007), “a automedicação é um procedimento caracterizado

fundamentalmente pela iniciativa de um doente, ou de seu responsável, em obter ou produzir e

utilizar um produto que acredita lhe trará benefícios no tratamento de doenças ou alívio de

sintomas”. A automedicação inadequada, tal como a prescrição errônea, pode ter como

consequência efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas e mascaramento de doenças

evolutivas, representando, portanto, um problema a ser prevenido. É evidente que o risco dessa

prática está correlacionado com o grau de instrução e informação dos usuários sobre

medicamentos, bem como com a acessibilidade dos mesmos ao sistema de saúde.

Tabela V - Você se sente preparado ou tem conhecimento para se automedicar ou

indicar algum tipo de medicamento a algum amigo ou familiar

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Período SIM NÃO

Quant. % Quant. %

Primeiro 07 22,58 24 70,96

Terceiro 19 57,57 14 42,42

Quinto 12 35,29 22 64,70

Nono 28 84,84 05 15,15

Fonte: Os autores (2017)

Silva et al. (2012) relaciona essa prática a fatores de autoconfiança, devido ao

conhecimento teórico e prático adquiro durante a graduação, ou simplesmente o fácil acesso ao

medicamento. “O risco dessa prática está correlacionado com o grau de instrução e informação

dos usuários sobre medicamentos, bem como com a acessibilidade dos mesmos ao sistema de

saúde” (GALATO et al 2012).

Segundo Galato (2012), muitas das vezes a prática de automedicação demostra resultados

favoráveis, mas outras vezes podem trazer prejuízo à saúde. O risco a dessa prática está

relacionado com o grau de instrução e informação dos usuários sobre medicamentos, bem como

a acessibilidade dos mesmos ao sistema de saúde.

Lembrando que esses estudantes ainda encontram-se no 9º periodo de farmácia, faltando

assim aproximadamente 01 ano para concluirem seu curso de graduação, apenas após concluirem

e estarem devidamente habilitado no Conselho de Farmácia, que poderam realizar pescrição

farmacêutica. “O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos

com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica" (CRF, 2013).

Resolução Nº586/13, art. 3 define-se a prescrição farmacêutica como ato pelo qual o

farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras

intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e

recuperação da saúde, e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde (CRF 2013)

É fato que, em vários sistemas de saúde, profissionais não médicos estão autorizados a

prescrever medicamentos. É assim que surge o novo modelo de prescrição como prática

multiprofissional. Esta prática tem modos específicos para cada profissão e é efetivada de acordo

com as necessidades de cuidado do paciente, e com as responsabilidades e limites de atuação de

cada profissional. Isso favorece o acesso e aumenta o controle sobre os gastos, reduzindo, assim,

os custos com a provisão de farmacoterapia racional, além de propiciar a obtenção de melhores

resultados terapêuticos (CRF, 2003).

Segundo o Conselho Regional de Farmácia - CRF (2013) a literatura internacional

demonstra benefícios da prescrição por farmacêuticos segundo diferentes modelos, realizada

tanto de forma independente ou em colaboração com outros profissionais da equipe de saúde. O

farmacêutico, neste último caso, prescreve medicamentos definidos em programas de saúde no

âmbito dos sistemas públicos, em rotinas de instituições ou conforme protocolos clínicos e

diretrizes terapêuticas pré-estabelecidos.

“As pessoas com mais conhecimentos, sejam adquiridos em sala de aula ou pelas

experiências da vida, sentem-se mais confiantes para se automedicarem”. (SILVA e

RODRIGUES 2014).

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5. Considerações Finais

Após tratamento dos dados da pesquisa pode-se constatar que na medida em que

aumentou conhecimento sobre medicamentos, riscos, interações, indicações, o estudante

demostrou mais confiança em se automedicar ou indicar algum medicamento a um amigo ou

parente, como observado na Tabela V no qual os alunos 9º período de Farmácia 84,84 % se sente

preparado para se automedicar ou indicar algum tipo de medicamento contra 15,15 % que não se

sentem preparados ao contrário dos alunos do 1º período que 22,58 % apenas se sentem

preparados contra 70,96 % que não, demonstrando que automedicação está diretamente ligada ao

nível de conhecimento adquirido pelo estudante de farmácia durante o seu curso de graduação.

Mesmo que automedicação possa fazer parte do autocuidado é importante avaliar se estar sendo

feito de forma adequada e racional respeitando a posologia, horário e selecionar alternativas

terapêuticas seguras, que possa ser adquirido sem prescrição médica os MIP’s.

Diante dos fatos torna-se necessário uma conscientização dos estudantes do curso

referido para que este se conscientize a cada dia em relação a automedicação responsável.

6. Referências

ANVISA, 2007 Caderno do Professor - Automedicação e Consequências do uso indiscriminado de

Medicamentos | Capítulo 3 – 2007.

ARRAIS, P. S. et al. Prevalência e fatores determinantes do consumo de medicamentos no Município de

Fortaleza, Ceará, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n.6, p. 1737-1746, nov./ dez. 2005.

Arrais, P. S. D et al; Perfil da Automedicação no Brasil. Rev. Saúde Pública. 31: 71-79, 2005.

ARRAIAS, P, S, D Dourado Arrais Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Rev Saúde

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AQUINO, D. S. Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Cien. Saúde Colet. 13: 733-736,

2008.

Aquino D. S, Barros J. A. C, Silva M. D. P. A automedicação e os acadêmicos da área de saúde. Cien. Saúde

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BAGGIO, M. A.; FORMAGGIO, F. M. Automedicação: desvelando o descuidado de si dos profissionais de

enfermagem. Rev. enferm. UERJ; 17 (2): 224-228, 2009.

BORTOLON, P. C et al. Automedicação Versus Indicação Farmacêutica: O Profissional De Farmácia Na

Atenção Primária À Saúde Do Idoso. Revista A. P. S, v.10, n.2, p. 200-209, jul. /dez. 2007

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7. Anexo I

Termo de Compromisso Livre e Esclarecido

Você está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa para Trabalho de conclusão de curso

de farmácia e para publicação de um artigo cientifico. O objetivo é elabora uma pesquisa sobre

automedicação nos estudante de graduação do curso de Farmácia de um determinado Centro

Universitário de Caratinga. Sua participação é completamente voluntaria, não existindo nenhuma

forma de remuneração para sua participação. Se você concorda em participar do trabalho, basta

apenas responder um questionário padronizado que se encontra a seguir, sobre informações obre

“Automedicação”. Assim peço sua colaboração de ser o mais fidedigno possível em suas

respostas. Os resultados serão utilizados para elaboração do trabalho de conclusão de Curso TCC

e para publicação de um artigo científico. Todos os questionários utilizados na pesquisa ficarão

sob a guarda do pesquisador responsável. Se você tiver qualquer dúvida em relação a pesquisa,

poderá contatar o Estudante Danilo Ramaciotti Caires, por e-mail [email protected] ou

Prof. Orientador Dr. Daniel Rodrigues Silva, por e-mail [email protected]

( ) Concordo ( )Não concordo Data: ____/____/2017

Questionário

1. Assinatura (Preenche somente com as iniciais do seu nome. Exemplo Danilo Ramaciotti

Caires = DRC)

____________________________

2. Qual período você está cursando Farmácia?

( ) 1º período ( ) 3ª período ( )5ª período ( ) 9º período

3. Você já se automedicou?

( ) Sim ( ) Não

4. Qual ou quais categoria (s) de medicamento você mais utilizar sem prescrição

medica?

( ) Antibiótico ( ) Analgésicos ( ) Anti-inflamatórios ( ) Corticoides

( ) Outros

5. Qual ou quais influencia levou à prática da automedicação?

( ) Farmacêutico ou funcionário da farmácia ( ) Autoconhecimento

( )Amigos, familiares ( )Propagada ( )Prescrição antigas

6. O conhecimento adquirido no decorrer do curso de Farmácia sobre medicamento

como riscos, indicações, interações medicamentosas, te estimulou a realizar a

automedicação?

( ) Sim ( ) Não

7. Você se sente preparado ou tem conhecimento para se automedicar ou indicar

algum tipo de medicamento a algum amigo ou familiar?

( ) Sim ( ) Não