54
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL

Mariana Nunes07 de julho de 2009

Page 2: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

HISTÓRICO

“A freqüência com que o coração fetal sofre variações consideráveis nos proporciona uma forma bastante

fidedigna de julgar o bem-estar da criança. Como regra geral, sua vida deve

ser considerada em risco quando os batimentos cardíacos caírem abaixo de

100 ou ultrapassarem 160.”

Williams,1903

Page 3: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL

INDICAÇÕESA) Condições maternas: Síndromes hipertensivas Diabetes tipo I Nefropatia crônica Doenças cardíacas cianóticas Hemoglobinopatias (SS, CC, talassemia S) Lúpus Síndrome Antifosfolípides Hipertireoidismo

B) Condições relacionadas à gestação: Pré-eclampsia Diminuição de MF Oligoidrâmnio Poliidrâmnio Crescimento intra-uterino restrito Gestação prolongada Aloimunização Perda fetal anterior sem causa aparente Gestação múltiplas (crescimento discrepante)

Page 4: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

MÉTODOS Doppler das artérias umbilicais/ducto

venoso Perfil Biofísico fetal Cardiotocografia Mobilograma Teste de estimulação sonora Auscultação fetal intermitente Microanálise do sangue fetal Oximetria fetal de pulso Aminioscopia ECG fetal

AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL

Page 5: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

MOBILOGRAMA Avaliar movimentação fetal 3x ao dia no

período pós-prandial por 1h. Inatividade:

<3movimentos fetais em 1h.Redução percentual no padrão de movimentação

anterior. Sensibilidade de 85-95%. Especificidade de 40%-70%.

Page 6: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

REVISÕES SISTEMÁTICAS“A revisão não mostrou evidências que influenciassem na prática obstétrica. Não

existem estudos comparando a observação da movimentação fetal com a

não observação.”

(Revisão Sistemática Cochrane, 2007)

Page 7: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIA

Sensibilidade Acima 95% 99% com CTG satisfatória sobrevivem > 1semEspecificidade Baixa Alto Valor Preditivo Negativo 40-60% FP (prematuros) Complementar!

• Registro do traçado da frequência cardíaca fetal(FCF).

• Método não invasivo, inócuo e de baixo custo, utilizado como rastreamento primário do bem-estar fetal em gestantes de alto risco.

Page 8: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIA QUANDO E COMO FAZER?

Inicio 26/28sem Gestante em decúbito elevado (45º) ou

sentada com mmii estendidos e apoiados a 30cm do chão

Tocodinamômetro – Fundo uterino Transdutor ultra-sônico – BCF Dispositivo manual de MF Duração: 20-60min (avaliação visual) 10-60min (avaliação computadorizada)

Page 9: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIA Parâmetros:

FCF basal: 120-160bpm. Variabilidade da FCF: 10-25 bpm Aceleração Transitória: elevação de pelo menos 15bpm

da FCF por pelo menos 15s após MF ou contrações Desacelerações: queda da FCF de duração e

intensidade variáveis relacionadas ou não com MF e contações

Page 10: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIA Bradicardia < 110 bpm:

Bloqueio cardíaco, hipotermia materna, hipóxia fetal, drogas anestésicas, etc.

Page 11: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIA Taquicardia > 160 bpm:

Arritmias cardíacas, drogas simpaticomiméticas e parassimpaticomiméticas (atropina), corioamnionite (taquicardia inicia antes da febre materna), febre materna, tireotoxicose, etc.

Page 12: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIA

Variabilidade Normal: 10 – 25 bpm

Redução da variabilidade: prematuridade, hipóxia, acidose, narcóticos, barbitúricos e tranquilizantes, atropina, propranolol e escopolamina

Aumento da variabilidade: pode representar inicio de hipoxemia aguda

Page 13: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIAPADRÕES DE VARIABILIDADESilente ou ausente Amplitude < 5 bpm Drogas depressoras do SNC Hipóxia acentuada, padrão terminal

Page 14: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIAPADRÕES DE VARIABILIDADEComprimida Amplitude 5-10 bpm Fármacos depressores SNC Hipoxemia fetal Sono fetal (estimular)

Page 15: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIAPADRÕES DE VARIABILIDADEOndulatória ou oscilatória Amplitude: 10-25bpm Padrão normal

Page 16: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIAPADRÕES DE VARIABILIDADESaltatória Amplitude > 25 bpm Compressões funiculares de curta

duração decorrentes de intensa atividade motora fetal

Page 17: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIAPADRÕES DE VARIABILIDADEPadrão Sinusoidal Amplitude: 5 -15 bpm Ondas em forma de sino Monótonas, ritmo fixo e regular Relacionada à anemia e a IC fetal (fetos

hidrópicos de gestação aloimunizadas) Hipoxia fetal grave

Page 18: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIADESACELERAÇÕESESPICAIS ou DIP 0 : Queda rápida e com baixa amplitude da

FCF. Relaciona-se com movimentos fetais.

Page 19: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIADESACELERAÇÕESPRECOCE ou DIP I : Imagem em espelho da contração uterina Queda rápida e com baixa amplitude da FCF. Compressão do polo cefálico durante a

contração. Fisiológico no TP com BR, no final da dilatação e

período expulsivo Na CTG basal: associada a oligoâmnio

Page 20: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIADESACELERAÇÕESTARDIA ou DIP II : Desacelerações simétricas e recorrentes Início, nadir e recuperação atrasados 20-30seg

em relação a contração uterina Marcador biofísico que melhor se correlaciona

com hipoxia fetal (pO2 < 18 mmHg)

Page 21: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIADESACELERAÇÕESVARIÁVEIS ou DIP III : Motivadas por compressão da a. umbilical

(funículo) Nenhuma relação temporal com o ciclo

contratural Queda e retorno a linha de base abruptos Aspecto não é uniforme (assemelha-se a um V) Condições predisponentes:

Oligoâmnio Alterações funiculares ( prolapso, nó, circulares)

Page 22: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIADIP III DESFAVORÁVEL: Queda ≥ 70bpm. Duração > 60s. Recuperação lenta. Recuperação da FCF em níveis inferiores Perda da oscilação. Desaceleração bifásica (forma em W) Ausência de aceleração inicial ou secundária

Page 23: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

CARDIOTOCOGRAFIAINTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Page 24: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

ESTÍMULO SONOROTeste de estimulação sônica com buzina

CTG com feto hipoativo ou inativo Utilizar sons entre 60 – 115dB. Aplicar sobre o abdome materno, ao nível do pólo

cefálico. Duração 3 – 5s. Aguardar até 3min.

Page 25: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

ESTÍMULO SONOROINTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Feto reativo: Aumento da FCF >20 bpm com duração > 3min

Feto hiporreativo: resposta cardíaca fetal + porém a amplitude <20bpm e/ou duração <3min

Feto não-reativo: ausência de resposta cardíaca fetal frente a 2 períodos de estimulação sonora

Page 26: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

REVISÕES SISTEMÁTICAS

“Atualmente não existe evidência científica de diminuição da morbi-mortalidade

perinatal com o uso da CTG anteparto.”

(Revisão sistemática da Cochrane. Pattison Neil e McCowan Lesley)

“Estimulação vibroacústica reduziu a incidência de CTG considerada como não-

reativa e o tempo médio necessário para a realização do exame, e aumentou a freqüência de movimentos fetais.”

(Revisão sistemática da Cochrane. Tan e Smyth, 2007)

Page 27: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

SNC Atividades biofísicas Asfixia fetal

Manning et al. (1980)

Parâmetros de observação: FCF (reatividade cardíaca) – CTG Tônus fetal Movimentos respiratórios fetais Movimentos corpóreos fetais Volume do líquido amniótico

PERFIL BIOFÍSICO FETAL

Page 28: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

INDICAÇÕES Fator de risco materno e/ou fetal, que

necessite de acompanhamento da vitalidade

Fetos com CTG suspeita ou alterada (identifica falso-positivos)

Complementar CTG normal

Arritmias cardíacas fetais

Mães usuárias de drogas que atuem na FCF

PERFIL BIOFÍSICO FETAL

Page 29: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

METODOLOGIA DO EXAME

IG mínima = 25 semanas (28s no IMIP)

Períodicidade: semanal ou com intervalo menor (pós-datismo, diabéticas e isoimunização).

Duração = 30 minutos

Pontuação = 0-10

PERFIL BIOFÍSICO FETAL

Page 30: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

Atividade Biofísica

Localização no SNC

IG

Tônus fetal Córtex 7,5-8,5s

Movimentos fetais

Córtex-núcleos 8-9s

Movimentos respiratórios

Superfície ventral do 4°v

10s(20-21s-USG)

Reatividade da FCF

Hipotálamo posterior

Final do 2ºT

*Alteração dos marcadores em resposta à hipóxia segue ordem cronológica inversa.

PERFIL BIOFÍSICO FETALMARCADORES AGUDOS

Page 31: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

MARCADOR CRÔNICO (dias ou semanas):

HIPÓXIA CRÔNICA INICIAL

REDISTRIBUIÇÃO DO FLUXO

Diminuição do volume do líquido amniótico

PERFIL BIOFÍSICO FETAL

Page 32: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

PERFIL BIOFÍSICO FETAL

Page 33: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

INTERPRETAÇÃO CLÍNICA

Pontuação ≥ 8: Bom prognóstico fetal e perinatal

Pontuação < 8: Maior vigilância do feto ou Interrupção da gestação

Cuidado com os falso-positivos: sono fetal Estímulo sonoro

PERFIL BIOFÍSICO FETAL

MEDICINA FETAL - IMIP. Luiz Carlos Santos, Sonia Regina Figueiredo, Alex Sandron R. de Souza, Marcelo Marques. EDITORA MEDBOOK. 2007

Page 34: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

PERFIL BIOFÍSICO FETAL

Page 35: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

Não há evidência científica da utilização do PBF como teste de bem-estar fetal nas gestantes de alto risco.

Dopplervelocimetria apresenta melhores resultados (principalmente por diagnosticar precocemente a hipóxia fetal).

(Neilson e Alfirevic. Revisão Sistemática Cochrane,

2007)

REVISÕES SISTEMÁTICAS

Page 36: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

REVISÕES SISTEMÁTICAS

A partir da melhor evidência científica sabe-se que a utilização da

Dopplervelocimetria obstétrica para acompanhamento da vitalidade fetal nas

gestações de alto risco melhora o prognóstico fetal, diminuindo as taxas de

mortalidade perinatal.

(Neilson e Alfirevic. Revisão Sistemática Cochrane, 2007)

Page 37: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

TERRITÓRIOS AVALIADOSCirculação Útero-Placentária Artérias uterinasCirculação Feto-Placentária Artérias umbilicais Veia umbilicalCirculação Fetal Arterial Artéria Cerebral Média Venoso: Veia cava inferior Ducto Venoso

MEDICINA FETAL - IMIP. Luiz Carlos Santos, Sonia Regina Figueiredo, Alex Sandron R. de Souza, Marcelo Marques. EDITORA MEDBOOK. 2007

Page 38: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

ARTÉRIAS UTERINAS

Page 39: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

ARTÉRIAS UTERINAS

Não-grávidas e gestação precoce: fluxo de alta resistência + presença de incisura

Presença de incisura protodiastólica (notch) nas artérias uterinas após 26ª semana é indicativa de má adaptação circulatória materna e é associada ao desenvolvimento de pré-eclampsia, RCIU, DDPNI.

Insonar bilateralmente as aa. uterinas

MEDICINA FETAL - IMIP. Luiz Carlos Santos, Sonia Regina Figueiredo, Alex Sandron R. de Souza, Marcelo Marques. EDITORA MEDBOOK. 2007

Page 40: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

ARTÉRIAS UMBILICAIS (AU) Circulação placentária Fluxo de baixa resistência Componente diastólico é ausente até 14-

15s Fluxo diastólico progressivamente

Nilson R. de Jesús; Roger A. Levy . Rev. Bras. Reumatol. vol.45 no.3 São Paulo May/June 2005

Page 41: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA (ACM) Fluxo de alta resistência Baixas velocidades diastólicas

Nilson R. de Jesús; Roger A. Levy . Rev. Bras. Reumatol. vol.45 no.3 São Paulo May/June 2005

Page 42: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

GESTAÇÃO PATOLÓGICA Hipóxia Redistribuição do sangue

Vasodilatação cerebral Aumento da RVP

Velocidade D final (ACM) Velocidade D final (AU)

ACM ≤ 1 AU CENTRALIZAÇÃO

Page 43: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

Nilson R. de Jesús; Roger A. Levy . Rev. Bras. Reumatol. vol.45 no.3 São Paulo May/June 2005

Page 44: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

DESCENTRALIZAÇÃO Mecanismos compensatórios são

superados (perda da capacidade de redistribuição do

fluxo) Descompensação cardíaca e edema

cerebral Avaliação laboratorial = hipercapnia Sinais de SFA na CTG e no PBF

MEDICINA FETAL - IMIP. Luiz Carlos Santos, Sonia Regina Figueiredo, Alex Sandron R. de Souza, Marcelo Marques. EDITORA MEDBOOK. 2007

Page 45: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

DIÁSTOLE ZERO e DIÁSTOLE REVERSA Ausência de fluxo diastólico final (DZ) Inversão do fluxo diastólico final (DR) Grave comprometimento da oxigenação

fetal Pobres resultados perinatais Mortalidade perinatal: 9,4 a 40% (DZ) e 33,3 a 70% (DR)

Page 46: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

DUCTO VENOSO Comunicação direta da veia umbilical

com a VCI antes de sua entrada no AD Seu Doppler atualmente parece ser o

melhor parâmetro na tomada de decisão de qual o momento para interrupção da gestação

Page 47: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

DUCTO VENOSO Onda característica: padrão trifásico/unidirecional (+) 1º pico: Sístole Ventricular 2º pico: Diástole Ventricular Menor velocidade: Sístole atrial

Page 48: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

DUCTO VENOSOHipóxia fluxo no DV oxigenação

cardíacae cerebralAgravamento da hipóxia RVP e PDFv

fluxo retrógrado na VCI redução e até inversão do fluxo durante a contração atrial

Achados refletem: Insuficiência cardíaca hipoxêmica fetal Acidemia fetal Altas taxas de mortalidade perinatal

MEDICINA FETAL - IMIP. Luiz Carlos Santos, Sonia Regina Figueiredo, Alex Sandron R. de Souza, Marcelo Marques. EDITORA MEDBOOK. 2007

Page 49: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

DZ e DR: Quando interromper?

Peso fetal e a idade gestacional Asfixia intra-útero X Prematuridade

IMIP, 2005 DZ = 30 sem ou peso fetal > 1000gDR = 28 sem

MEDICINA FETAL - IMIP. Luiz Carlos Santos, Sonia Regina Figueiredo, Alex Sandron R. de Souza, Marcelo Marques. EDITORA MEDBOOK. 2007

Page 50: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

CONDUTA

Alterações ao Doppler sugestivas de hipóxia

IG ≥ 34S IG<34S

INTERRUPÇÃO CONSERVADORAMEDICINA FETAL - IMIP. Luiz Carlos Santos, Sonia Regina Figueiredo, Alex Sandron R. de Souza, Marcelo Marques. EDITORA MEDBOOK. 2007

Page 51: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

IG < 34 SEMANAS:

Internamento Corticoterapia CTG diária PBF e ILA 2 x /semana (se DZ ou DR 48-

72h) Perfil hemodinâmico fetal dependendo

da gravidade do caso

MEDICINA FETAL - IMIP. Luiz Carlos Santos, Sonia Regina Figueiredo, Alex Sandron R. de Souza, Marcelo Marques. EDITORA MEDBOOK. 2007

Page 52: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

DOPPLERVELOCIMETRIA OBSTÉTRICA

CRITÉRIOS PARA RESOLUÇÃO DA GESTAÇÃO:

Agravamento do quadro clínico materno IG > 34 semanas ou maturidade

comprovada CTG alterada PBF < 6 ILA < 5 Doppler do DV com onda “a” (sístole

atrial) zero ou reversa Diástole reversa na artéria umbilical

MEDICINA FETAL - IMIP. Luiz Carlos Santos, Sonia Regina Figueiredo, Alex Sandron R. de Souza, Marcelo Marques. EDITORA MEDBOOK. 2007

Page 53: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

In te rrom per

> = 3 4s

D op p le r se m an a lA lte rn ar P B F /C T G

< 3 4 s*

A va lia r IG

C en tra liz ação

In te rrom per

> = 30 s*

D op p le r s e m an a lA lte rn ar P B F /C T G

< 3 0 s*

A v a lia r IG

D iás to le Ze ro

In te r ro m pe r*

D iás to le R e v e rsa

A lte rado

D o pp le r da c ir cu lação fe ta l

*Corticoterapia

Page 54: AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL Mariana Nunes 07 de julho de 2009

“Saber definir quando a asfixia torna-se mais maléfica que o risco

de prematuridade.”

Iwamoto, 1996

Obrigada !