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INTRODUÇÃO AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA AO PACIENTE COM DISFAGIA NO A.V.E ATENDIDOS PELA FONOAUDIOLOGIA EM HOME CARE Prof. Antonia Cristina Portela Guimarães Montenegro Profa. Dra. Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro Doutora em Ciências da Educação REFERÊNCIAS JACOBI J; LEVY DS, SILVA LMC. Disfagia: avaliação e tratamento. Rio de Janeiro: Revinter; 2003. KAWASHIMA K, MOTOHASHI Y, FUJISHIMA I. Prevalence of dysphagia among communitydwellingelderly individuals as estimated using a questionnaire for dysphagia screening. Dysphagia. 2004; 19(4): p. 266-71. DOUGLAS CR. Tratado e fisiologia aplicada às ciências da saúde. São Paulo: Robe, 1994. FURKIN AM, SILVA RG. Programas de reabilitação em disfagia neurogênica. São Paulo: Frôntis, 1999. BORBA, J. Atuação Fonoaudiológica Hospitalar em Home Care, 2000. Disponível em: <http://binha.fernandes.sites.uol.com.br> Acesso: jun. 2012 DE CASTRO SM. O Envelhecimento Natural da Laringe: Disfagia Uma abordagem multidisciplinar. Trabalho de conclusão de curso. 2008. CAMPBELL-TAYLOR, I. Drogas, Disfagia e Nutrição. Pró-fono Revista de Atualização Científica. mar. 1997. DENNIS M. Nutrition after Stroke. Oxford Journal. 2000; v. 56(2): p. 466-75. AVIV JE, SACCO RL, DIAMOND B, THOMSON J, MARTIN JH, TANDON R, et al. Silent laryngopharyngeal sensory deficits after stroke. Ann Otol Rhinolaryngol. 1997. 106(2): p. 87-93. RESULTADO A pesquisa foi realizada no setor do Home Care do Instituto de Previdência do município de Fortaleza/IPM SAÚDE. O Home Care presta atendimento em domicílio com caráter ambulatorial por meio de uma equipe multiprofissional formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais. Todos buscam desenvolver uma atuação conjunta com os cuidadores e familiares do paciente. Cerca de 60 % dos pacientes assistidos por esse Home Care são acometidos de doenças neurológicas que necessitam se submeter ao tratamento fonoaudiólogico para reabilitação de alterações na fala, voz, linguagem e deglutição (BRASIL, 2002). METODOLOGIA CONCLUSÃO O Acidente Vascular Encefálico (A.V.E.) parece ser a causa mais comum de disfagia (CAMPBELL-TAYLOR, 1997). Após o A.V.E., os indivíduos podem ter as suas capacidades cognitivas reduzidas, demência avançada e reduzida capacidade de deglutição ou podem não reconhecer o objetivo dos alimentos, o que afeta a sua capacidade de comer e beber em segurança (DENNIS, 2000). A presença de disfagia, isolada ou em combinação a outras incapacidades funcionais, está associada a maiores taxas de letalidade e a um pior prognóstico de recuperação e reabilitação (DAVALLOS, 1996; DELEGGE, 2002). Isto se deve principalmente à frequente associação com lesões de prognóstico reservado; e às consequências do próprio comprometimento da deglutição. A disfagia associa-se a menor capacidade de alimentação adequada e daí maior risco de desnutrição durante e após a hospitalização; a risco real de complicações pulmonares, incluindo aspiração de alimentos e líquidos e consequentemente de pneumonia aspirativa e septicemia (DAVALOS, 1996; RODRIGUE, 2002). Além disso, tem grande Impacto potencial sobre os aspectos sociais da alimentação, já que pode levar a retração e isolamento do paciente, comprometendo sua qualidade de vida (FARRI, 2007). A partir dos dados coletados no setor de Home Care do IPM SAÚDE do Município de Fortaleza junto aos prontuários de 40 pacientes durante o período de janeiro a dezembro de 2011, passamos a discorrer acerca do perfil dos pacientes disfágicos acometidos de A.V.E. em terapia domiciliar. De acordo com os dados coletados e aqui expostos evidenciamos uma grande tendência de expansão do atendimento em Home Care, em decorrência do aumento da expectativa de vida da população, demandando mais campo de trabalho para os profissionais de saúde, principalmente os fonoaudiólogos, visto que, a disfagia permanece muito incidente em pacientes acometidos por A.V.E. Mediante esse perfil variado de pacientes disfágicos assistidos pelo Home Care do IPM Saúde, verifiquei que assistência prestada pela equipe traz a diminuição da permanência, dos custos e do retorno hospitalar, oferecendo ao paciente melhor qualidade de vida e reintegração social (GERMAINS, 2006). OBJETIVO GERAL Traçar o perfil dos pacientes disfágicos assistidos pelo Home Care do IPM Saúde DO Município d e Fortaleza

AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA AO PACIENTE COM DISFAGIA … · que, a disfagia permanece muito incidente em pacientes acometidos por A.V.E. Mediante esse perfil variado de pacientes

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Page 1: AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA AO PACIENTE COM DISFAGIA … · que, a disfagia permanece muito incidente em pacientes acometidos por A.V.E. Mediante esse perfil variado de pacientes

INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA AO PACIENTE COM DISFAGIA NO A.V.E ATENDIDOS PELA FONOAUDIOLOGIA EM HOME CARE

Prof. Antonia Cristina Portela Guimarães Montenegro Profa. Dra. Stânia Nágila Vasconcelos Carneiro – Doutora em Ciências da Educação

REFERÊNCIAS

JACOBI J; LEVY DS, SILVA LMC. Disfagia: avaliação e tratamento. Rio de Janeiro: Revinter; 2003.

KAWASHIMA K, MOTOHASHI Y, FUJISHIMA I. Prevalence of dysphagia among communitydwellingelderly individuals as estimated using a

questionnaire for dysphagia screening. Dysphagia. 2004; 19(4): p. 266-71.

DOUGLAS CR. Tratado e fisiologia aplicada às ciências da saúde. São Paulo: Robe, 1994.

FURKIN AM, SILVA RG. Programas de reabilitação em disfagia neurogênica. São Paulo: Frôntis, 1999.

BORBA, J. Atuação Fonoaudiológica Hospitalar em Home Care, 2000. Disponível em: <http://binha.fernandes.sites.uol.com.br> Acesso: jun. 2012

DE CASTRO SM. O Envelhecimento Natural da Laringe: Disfagia Uma abordagem multidisciplinar. Trabalho de conclusão de curso. 2008.

CAMPBELL-TAYLOR, I. Drogas, Disfagia e Nutrição. Pró-fono Revista de Atualização Científica. mar. 1997.

DENNIS M. Nutrition after Stroke. Oxford Journal. 2000; v. 56(2): p. 466-75.

AVIV JE, SACCO RL, DIAMOND B, THOMSON J, MARTIN JH, TANDON R, et al. Silent laryngopharyngeal sensory deficits after stroke. Ann Otol

Rhinolaryngol. 1997. 106(2): p. 87-93.

RESULTADO

A pesquisa foi realizada no setor do Home Care do Instituto de

Previdência do município de Fortaleza/IPM SAÚDE. O Home Care

presta atendimento em domicílio com caráter ambulatorial por

meio de uma equipe multiprofissional formada por médicos,

enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,

fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais.

Todos buscam desenvolver uma atuação conjunta com os

cuidadores e familiares do paciente. Cerca de 60 % dos pacientes

assistidos por esse Home Care são acometidos de doenças

neurológicas que necessitam se submeter ao tratamento

fonoaudiólogico para reabilitação de alterações na fala, voz,

linguagem e deglutição (BRASIL, 2002).

METODOLOGIA

CONCLUSÃO

O Acidente Vascular Encefálico (A.V.E.) parece ser a causa

mais comum de disfagia (CAMPBELL-TAYLOR, 1997). Após o

A.V.E., os indivíduos podem ter as suas capacidades cognitivas

reduzidas, demência avançada e reduzida capacidade de

deglutição ou podem não reconhecer o objetivo dos alimentos, o

que afeta a sua capacidade de comer e beber em segurança

(DENNIS, 2000). A presença de disfagia, isolada ou em

combinação a outras incapacidades funcionais, está associada a

maiores taxas de letalidade e a um pior prognóstico de

recuperação e reabilitação (DAVALLOS, 1996; DELEGGE, 2002).

Isto se deve principalmente à frequente associação com lesões de

prognóstico reservado; e às consequências do próprio

comprometimento da deglutição. A disfagia associa-se a menor

capacidade de alimentação adequada e daí maior risco de

desnutrição durante e após a hospitalização; a risco real de

complicações pulmonares, incluindo aspiração de alimentos e

líquidos e consequentemente de pneumonia aspirativa e

septicemia (DAVALOS, 1996; RODRIGUE, 2002). Além disso, tem

grande Impacto potencial sobre os aspectos sociais da

alimentação, já que pode levar a retração e isolamento do

paciente, comprometendo sua qualidade de vida (FARRI, 2007).

A partir dos dados coletados no setor de Home Care do IPM

SAÚDE do Município de Fortaleza junto aos prontuários de 40

pacientes durante o período de janeiro a dezembro de 2011,

passamos a discorrer acerca do perfil dos pacientes disfágicos

acometidos de A.V.E. em terapia domiciliar.

De acordo com os dados coletados e aqui expostos

evidenciamos uma grande tendência de expansão do atendimento

em Home Care, em decorrência do aumento da expectativa de

vida da população, demandando mais campo de trabalho para os

profissionais de saúde, principalmente os fonoaudiólogos, visto

que, a disfagia permanece muito incidente em pacientes

acometidos por A.V.E. Mediante esse perfil variado de pacientes

disfágicos assistidos pelo Home Care do IPM Saúde, verifiquei

que assistência prestada pela equipe traz a diminuição da

permanência, dos custos e do retorno hospitalar, oferecendo ao

paciente melhor qualidade de vida e reintegração social

(GERMAINS, 2006).

OBJETIVO GERAL

Traçar o perfil dos pacientes disfágicos assistidos pelo Home

Care do IPM Saúde DO Município d e Fortaleza