Upload
daniela-paiva
View
157
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
Autoscopia
Um procedimento de pesquisa e de formação
Trabalho realizado por: Carolina FélixDaniela PaivaJoana FerreiraJoana PereiraSuénia IndjaiTânia Gomes
A autoscopia é um processo de auto-observação e auto-análise
que consiste em filmar os indivíduos em situações de expressão e
comunicação, que tem em vista determinar aspetos fortes e fracos da atuação
do mesmo individuo com o objetivo de lhe proporcionar orientações de
mudança no seu desempenho e comportamento.
A autoscopia pode incluir desde a gravação de gestos desportivos e
profissionais, em que o modelo é essencial na melhoria dos comportamentos,
até ao jogo de papeis, em que as interações são espontâneas e criativas.
Para alguns autores a autoscopia implica uma introscopia, processo
introspectivo de análise e comportamentos do formador.
A introscopia realiza duas missões :
1. Fomenta o discurso interno de confronto com o publico e
aumenta o nível de exigência;
2. Incute uma postura de auto-leitura;
A introscopia permite o desempenho imagético da função formador antes
da representação sensorial (gravação em vídeo). A autoscopia seria um
momento da integração de conhecimentos e comportamentos baseada na
análise da experiência vivenciada.
Autoscopia e formação
Esta é uma técnica de formação pedagógica que se
inspira num modelo behavorista de formação e no micro ensino
em que a aula era gravada em áudio ou em vídeo e o grupo em
formação visualizava e avaliava o desempenho de cada um.
A formação de formadores deve basear-se numa
estratégia de objetivação das competências a adquirir e o seu
desempenho deve receber variados tipos de feedback, do
supervisor, dos pares e de si próprio.
Autoscopia e formação
A videoformação tem várias vantagens e tem sido utilizada como uma
das formas mais interessantes para demonstrar e analisar as
competências e destrezas do formador.
Apresenta como vantagens a conservação de algo que já é passado e
pode restituir o presente. Também é bastante adequada para o registo de
fenómenos nos quais intervém o movimento. Facilita também o
distanciamento emotivo necessário para a análise reflexiva do material
registado.
Os efeitos persuasivos da autoscopia podem contribuir decisivamente para a
mudança e aperfeiçoamento dos comportamentos do formando.
A observação permite aos formandos rever e refletir sobre o seu próprio
trabalho tomando consciência dos comportamentos adequados à sua
personalidade e ao desempenho da sua função.
A autoscopia determina uma tomada de consciência quase visceral, do que é
uma comunicação autentica no seio de um grupo. Possibilita a analise das
interações verbais e não verbais. Tem efeito notável na modificação qualitativa
do formando.
No processo de formação a reflexão sobre si mesmo é uma etapa fundamental
para melhorar o desempenho do formando.
• exercitar competências na área da preparação, animação e
analise de sessões de formação.
• desenvolver capacidades de raciocínio critico, de síntese e de
trabalho em grupo;
• diagnosticar comportamentos pedagógicos a melhorar.
A autoscopia na formação de formandos visa :
Planeamento da autoscopia
O supervisor deve ter um papel ativo durante a
preparação e realização da mesma.
Com a sua ação o formador deve estimular a
capacidade dos formandos, desenvolver relações
interpessoais tendo em conta os sentimentos
ambivalentes destes perante a autoscopia.
O desenvolvimento de uma autoscopia deve ter em conta seis fases :
1. A preparação da observação
Nesta etapa, as atividades incluem a clarificação de um perfil ou atuação
desejáveis; definição dos objetivos/comportamentos a observar.
2. A preparação e planificação da sessão
O método de planeamento da sessão depende do diagnóstico da situação dos
formandos quanto ao domínio das técnicas de planificação da formação.
3. O desenvolvimento da sessão
Os participantes fazem rotativamente o “papel” de formadores e de formandos
durante a sessão simulada e a sua gravação. Durante a sessão são feitos os
primeiros registos das observações. Podem ser utilizadas fichas especifica.
4. Visionamento
A projeção das sessões gravadas permite a observação mais detalhada
dos desempenhos. Cada formando é confrontado com a sua imagem e
analisa-a numa perspetiva de mudança.
5. Análise
Todo o grupo participa na análise da sessão contribuindo com o feedback
adequado. A primeira pessoa a intervir deve ser o formando visionado,
depois os outros participantes e por fim o formador.
6. Síntese
Esta fase sistematiza o conjunto das críticas e anotações provocadas pela
análise das simulações. A síntese da avaliação é registada numa ficha e
resulta de uma reflexão individual ou de um debate em grupo.
Referências bibliográficas
DESSEN, M. A. Tecnologia de vídeo. Psicologia: Teoria e pesquisa,
brasilia, v. II, n. 3, p.223-227, set/dez. 1995.
FERRÉS, J. Vídeo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.