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AULAS DE PÓS GRADO Serão ministradas três aulas de três horas cada, sobre os seguintes temas: AULA 1 - PORTUGAL E O ISLÃO; AULA 2 - JUDEUS E MOUROS NO REINO DE PORTUGAL; AULA 3 - GUERRA JUSTA, GUERRA SANTA, VIOLÊNCIA. Tendo em conta que os temas a leccionar se interpenetram, abordarei, logo no início da 1ª aula, algumas questões metodológicas comuns. ALGUMAS QUESTÕES METODOLÓGICAS 1. Partindo de uma plataforma “factual” dominada pelos alunos, faremos a valorização de problemáticas, de conexões e de interrogações. 2. Abordagem dos “factos”, do tempo e do espaço, não à maneira positivista, mas na convicção operativa do enquadramento geográfico e, sobretudo, do vector tempo: um antes e um depois…. Imprescindível para assumirmos a opacidade do futuro; insistência nas alternativas contra (qualquer) determinismo, ainda que, por economia de exposição, possamos ficar pelas alternativas vencedoras. 3. A história faz-se com documentos. Mas o que é o documento: de Langlois e Seignobos a J. Le Goff (um ogre…). A história das “mentalidades políticas” (Bernard Guénée): amplitude de abordagens. 4. A “história é filha do seu tempo” Lucien Febvre é também filha de cada historiador, que vive aqui e agora e que a isto acrescenta as suas próprias interrogações, preocupações e mesmo obsessões: reflexão aplicável aos temas em presença. 5. A história não é um tribunal e os historiadores não são juízes. Ensinou-nos Marc Bloch (Annales Apologie pour l’histoire ou

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AULAS DE PÓS GRADO

Serão ministradas três aulas de três horas cada, sobre os seguintes temas:

AULA 1 - PORTUGAL E O ISLÃO;

AULA 2 - JUDEUS E MOUROS NO REINO DE PORTUGAL;

AULA 3 - GUERRA JUSTA, GUERRA SANTA, VIOLÊNCIA.

Tendo em conta que os temas a leccionar se interpenetram, abordarei, logo

no início da 1ª aula, algumas questões metodológicas comuns.

ALGUMAS QUESTÕES METODOLÓGICAS

1. Partindo de uma plataforma “factual” dominada pelos alunos, faremos

a valorização de problemáticas, de conexões e de interrogações.

2. Abordagem dos “factos”, do tempo e do espaço, não à maneira

positivista, mas na convicção operativa do enquadramento geográfico

e, sobretudo, do vector tempo: um antes e um depois….

Imprescindível para assumirmos a opacidade do futuro; insistência nas

alternativas contra (qualquer) determinismo, ainda que, por economia

de exposição, possamos ficar pelas alternativas vencedoras.

3. A história faz-se com documentos. Mas o que é o documento: de

Langlois e Seignobos a J. Le Goff (um ogre…). A história das

“mentalidades políticas” (Bernard Guénée): amplitude de abordagens.

4. A “história é filha do seu tempo” Lucien Febvre é também filha de

cada historiador, que vive aqui e agora e que a isto acrescenta as suas

próprias interrogações, preocupações e mesmo obsessões: reflexão

aplicável aos temas em presença.

5. A história não é um tribunal e os historiadores não são juízes.

Ensinou-nos Marc Bloch (Annales … Apologie pour l’histoire ou

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métier d’historien) em circunstâncias bem trágicas. Mais do que a

“tolerância”, usemos a “compreensão” que chega aos historiador

quando ele se situa no espaço e no tempo dos protagonistas; difícil

trilho entre o julgamento e a relativização das questões éticas, sendo

certo que nós, os homens, somos “todos diferentes. todos iguais no

tempo e no espaço”.

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AULA 1 - PORTUGAL E O ISLÃO

TÓPICOS

1. Portugal e o islão (mouros, sarracenos, infiéis): inter-relação

fundacional; o mar e os mouros como peças fundamentais no

posicionamento geopolítico e geoestratégico de Portugal na Península

Ibérica e da Cristandade; [Nesta aula: o islão como o ”outro” e como

o “inimigo”; as relações várias ficaram para a Aula 2].

2. Portugal e o Islão: memória sedimentada de inimizade intrínseca, uma

constante da história e da historiografia portuguesas.

3. Como, quando e onde “tudo” começa: a Península Ibérica sob o

domínio visigodo; em 711 os exércitos de Tarik cruzam o estreito de

Gibrlatar e invadem a península em três anos; Reino da Astúrias;

Pelágio e a vitória de Covadonga (722); os reinos da reconquista;

Ramiro I, rei das Astúrias, vence os muçulmanos na batalha de Clavijo

(844). A intervenção de São Tiago; os “votos de Santiago”.

4. Afonso VI de Leão e Castela (Imperator totius Hispaniæ dp. 1077)

prossegue a reconquista. Relações com Borgonha: cooptação de D.

Raimundo e de D. Henrique. (C. 1086). Entrega do condado

portucalense (1097). Nasce Afonso (c.1109).

5. Realeza de Afonso Henriques: conflitos vários; batalha de Ourique

1139 e auto-proclamação como rei; Zamora 1143. Um «golpe de

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estado» com tardio reconhecimento jurídico: a Bula Manifestis Probatum

(1179) e as vitórias sobre o islão como as únicas mencionadas.

6. Definição das fronteiras de Portugal. A ocidente (Alcanizes 1287) e

para sul, pela anexação de territórios muçulmanos, em definitivo por

Afonso III com conquista Faro (1249;

7. Portugal e Castela em conflito sobre os territórios ocupados pelo Islão.

A geografia mítica da Crónica Silense. A posse do norte de África.

8. A empresa de Ceuta e o debate da «justiça» da guerra contra os

mouros.

9. Ceuta: a vitória sobre os muçulmanos como elemento da consolidação

da nova dinastia e de Portugal; D. João I e os portugueses na linhagem

dos reis godos.

10. Uma novidade política: um reino com fronteira descontínua.

Fragilidade estratégica da praça de Ceuta. Que solução? O avanço do

turco no mediterrâneo; o plano da conquista de Tânger (1437). Uma

cristandade indiferente antes e depois da derrota? Ceuta permanece na

coroa do reino: religião e estratégia nas cortes de 1439.

11. Tomada de Constantinopla (1453) e o (não) impacto na unidade

bélica dos reinos cristãos. A (não) cruzada (1456); a armada

portuguesa conquista Alcácer-Ceguer (1458), Anafé (1464), Arzila

(1471), Larache 1471?) e Tânger (1471).

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12. Uma questão paralela: cativos portugueses em terras

muçulmanas.

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AULA 2 - JUDEUS E MOUROS NO REINO DE PORTUGAL

TÓPICOS

1. Habitual tratamento conjunto destas duas realidades, sob o nome de

minorias étnico-religiosas. Paralelismo na legislação contida nas

Ordenações e nas suas consequências na ordem jurídica e de

sociabilidade; frequente junção nos tratados de apologética.

2. Alguma legislação paralela com vista à separação destas comunidades

relativamente aos cristãos; a norma da não autoridade. Delimitação

das comunidades de mouros e judeus no que concerne às razões

aduzidas para a rejeição. Os judeus como «deicidas»; os mouros como

gente vencida e suspeita de se aliar com o inimigo externo.

3. Disposições canónicas globais e sua aplicação em Portugal. Sistema

normativo e realidade quotidiana: testemunhos de capítulos de cortes,

actas de vereações municipais, textos sinodais, visitações pastorais…

4. Presença e privilégios de mouros e judeus no reino e na corte: um

breve elenco baseado nas mercês régias.

5. Garantias de protecção régia e de vida «honrada»: uma interpretação

com base na especificidade do pensamento político português no

plano da autonomia do temporal: o franciscanismo político de Martim

de Albuquerque e a cultura de paz de Cândida Pacheco.

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6. O problema das falsas conversões: mouros e (sobretudo judeus) que

se convertam ao cristianismo e retornavam à religião de origem;

cristãos convertidos ao islamismo. Cuidados catequéticos para judeus

e mouros convertidos.

7. Alguma casuística e a sua dimensão ética: D. Afonso Henriques, os

cruzados, os derrotados na tomada de Lisboa e ainda os moçárabes;

nas vésperas de Ceuta e de Tânger: guerra necessária, «ódio» contido;

a judiaria de Lisboa, salva pelo Mestre de Avis… ou o castigo de D.

Afonso V sobre o alcaide negligente.

8. A tradição da literatura apologética em Portugal.

9. A mudança de parâmetros no final da Idade Média: o avanço do turco

e a queda de Constantinopla; uma reforçada concepção de poder régio.

O édito de 1496.

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AULA 3 - GUERRA JUSTA, GUERRA SANTA, VIOLÊNCIA

TÓPICOS

1. “Guerra Justa” e “Guerra Santa” como conceitos, doutrinas ou teorias.

Problemáticas de longa duração.

2. Fundamentação da doutrina da “Guerra Justa”: um problema moral

dos primeiros cristãos. Santo Agostinho. A guerra como consequência

e como remédio para o Mal.

3. O desejo de paz no mundo feudal: a Paz de Deus, as Tréguas de Deus

e a Cavalaria.

4. O desenvolvimento da “Guerra Santa” no contexto da expansão

islâmica. A reconquista peninsular no ensaio de doutrinas e práticas

na guerra contra o infiel. As cruzadas como modelo da “guerra santa”.

5. A O guerreiro cristão e a Cavalaria como instituição eficaz e salvífica.

6. O conceito de “violência” e a sua aplicabilidade na diacronia. Uma

aproximação através de alguns textos quatrocentistas portugueses:

prossecução eficaz dos objectivos, poder, uso da força, eficácia e

limites. Por que não reflectir com Hannah Arendt?

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