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SÍNTESE CIRÚRGICA
Prof. Mestre Geisa
SÍNTESE CIRÚRGICA “Consiste na aproximação das bordas dos
tecidos seccionados ou ressecados. Visa manutenção da contiguidade dos tecidos,
facilitando as fases iniciais de cicatrização”.
Constitui com a cicatrização, um conjunto cuja finalidade é a restauração da
continuidade dos tecidos.
INSTRUMENTAIS UTILIZADOS
AGULHAS: Utilizados na reconstrução, transfixar os tecidos, servindo de guia aos fios de sutura. Agulhas Retas/Curvas
PINÇAS: traumáticas e atraumáticas Porta-agulhas (Mayo, Hegar, Mathieu);
FIOS: Absorvivéis, Não absorvivéis e naturais e sintéticos.
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Fios são classificados em 2 grupos
• Naturais de origem animal catgut (simples e cromado) seda
de origem vegetal linho algodão
de origem mineral aço prata
Fios são classificados em 2 grupos
• Artificiais – sintéticos ácido poliglicólico (Dexon) Poliglactina (Vicryl e Vicryl RAPIDE) Polidioxanona (PDS II) Poliamida (Ethilon, Supramid, Nylon) Poliéster (Ethibond, Ti.cron, mersilene) Polipropileno (Prolene, Surgilene, Propilene) Polietileno (Dermalene)
FIOS E NÓS CIRÚRGICOS
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Entre as propriedades dos fios de sutura temos
• 1- Configuração Física de um fio • 2- Absorção de Fluidos • 3- Diâmetro do fio (calibre) • 4- Força tensil • 5 – Elasticidade • 6 – Plasticidade • 7 - Coeficiente de atrito • 8 - Reação tecidual
1- Configuração Física de um fio
• é dada pelo número de filamentos que o compõem, podendo ser Monofilamentados ou Multifilamentado.
• Multi - Neste caso são compostos por vários filamentos trançados ou torcidos entre si.
4- Força tensil
• O diâmetro do fio varia de acordo com o material que o forma, isto é, nem todos os fios com o mesmo número tem o mesmo diâmetro, pois a determinação desse número é dada pela resistência tênsil do fio. Esta é a somatória das forças necessárias para quebrar o fio dividida pelo seu respectivo diâmetro ( força tênsil ).
• Por exemplo, os fios de sutura tradicionalmente usados em odontologia são o nylon, o algodão e o categute, e todos são 3.0 embora seus diâmetros sejam diferentes (TOLOSA 1985, HERING 1993).
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5 – Elasticidade
• é a capacidade que o fio tem de retornar à sua forma e tamanho originais após tracionamento.
6 – Plasticidade
• a capacidade de manter-se sob a nova forma após tracionado.
7 - Coeficiente de atrito
• Fio com alto coeficiente de atrito tendem a não deslizar nos tecidos mas é mais difícil de desatar o nó cirúrgico espontaneamente.
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CLASSIFICAÇÃO DO FIO
FIOS CIRÚRGICOS Características do fio ideal: Resistência à tração e torção. Permitir sua aplicação na maioria dos tecidos. Ser absorvido simultaneamente com o processo de cicatrização. Mole, Flexível e pouco elástico para obtenção de nó seguro. Reação tecidual mínima. Não favorecer desenvolvimento Bacteriano. Ser estéril. Oferecer boa visualização e ter baixo Custo.
CLASSIFICAÇÃO DO FIO Quanto à estrutura – mono ou multifilamentar
Monofilamentar Categute simples e cromado Seda Náilon Aço inoxidável Polipropileno Colágeno Polidioxanone
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Multifilamentar
Algodão Seda Nylon Dácron Aço inoxidável Ác. Poliglicólico Poliglactin revestido
• Determinada pela capacidade que o fio tem de absorver fluidos ao ser totalmente imerso.
• Os multifilamentados como a seda e o algodão têm maior capilaridade e absorção de fluídos.
2- Absorção de Fluidos
Quanto à absorção
Absorvíveis
Origem animal – categute (submucosa do inst delgado
de ovelhas ou da serosa de bovinos)
simples (absorção rápida – 8 dias)
e cromado (absorção lenta – 20 dias)
Origem sintética – ác poliglicólico(dexon)
poliglactino (vicril) , polidioxanona (PSD/Maxon)
CLASSIFICAÇÃO DO FIO
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Quanto à absorção Não absorvíveis Origem orgânica - seda Origem vegetal – algodão Origem sintética – náilon, polipropileno poliéster. Origem metálica – prata, cobre, aço, aço vitálico, agrafes ou clips de Michel
CLASSIFICAÇÃO DO FIO
CATEGUTE
VANTAGENS Facil Manuseio (menos rigido)
Elástico Absorvido Rim, bexiga, vesícula bom Litogenicidade (formação de cálculos).
DESVANTAGENS Permeável Esterilização Absorção Reação tecidual Força Tênsil ↑ Capilaridade Infecção
FIOS ABSORVÍVEIS SUTURAS Composição Origem Constr. Côr Estereliz. Resistência Tênsil Absorção P. Absorção
Proteína - COLÁGENO Animal Torcido Amarelo Cobalto 1 dia = 100% 70 dias Fagocitose CATGUT Simples Camada Serosa do intestino delgado 60 7 dias = 40%
dos bovinos sadios. Esta camada 14 dias = 5% possue fibras longitudionais que pro-
porcionam uma maior resistência ao fio Proteína - COLÁGENO Animal Torcido Marrom Cobalto 1 dia = 100% 90 dias Fagocitose
CATGUT Cromado Camada Serosa do intestino delgado 60 7 dias = 65% dos bovinos sadios. Esta camada 14 dias = 40%
possue fibras longitudionais que pro- 21 dias = 10% porcionam uma maior resistência ao fio
Nome Técnico : Poliglactina 910 Sintético Trançado Violeta / ETO 1 dia = 100% 56 a Hidrólise VICRYL Glicolida - 90% / Lactida 10% Incolor 14 dias = 65% 70 dias
Cobertura de Polliglactina 370 (50%)+ 21 dias = 30 / 40% Estearato de Cálcio (50%). 28 dias = 5 / 10%
Nome Técnico : Poliglactina 910 Sintético Mono Violeta ETO 1 dia = 100% 56 a Hidrólise VICRYL 10 - 0 Glicolida - 90% / Lactida 10% 14 dias = 65% 70 dias
21 dias = 30 / 40% 28 dias = 5 / 10%
VICRYL Rápida Nome Técnico : Poliglactina 910 Sintético Trançado Incolor Cobalto 1 dia = 100% 35 dias Hidrólise Absorção Glicolida - 90% / Lactida 10% (Somente 60 3 dias = 81% aprox.
Cobertura de Polliglactina 370 (50%)+ p/ fecham. 5 dias = 57% Estearato de Cálcio (50%). de pele) 7 dias = 53%
14 dias = 0% Através da Polimerização do Sintético Mono Violeta ETO 1 dia = 100% 180 dias Hidrólise
PDS II polímero P - DIOXANONA na 14 dias = 70% presença de catalizador. 28 dias = 50%
42 dias = 25% 56 dias = 0%
Nome Técnico - Poliglecaprone 25 Sintético Mono Violeta / ETO Violeta Ouro 90 a Hidrólise
MONOCRYL Glicolida - 75% / Caprolactona 25% Ouro 1dd = 100% 1dd= 100% 120 dias
A caprolactona elimina o efeito 7dd = 60/70% 7dd= 50/60%
memória do fio de sutura. 14dd=30/40% 14dd=20/30% 28dd = 0% 21dd = 0%
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Absorção mais rápida – 5 a 10 dias
Perde tensão em 1 ou 2 semanas
Utilização:
Subcutâneo
Ligadura de vaso
Suturas gastrointestinais, ginecológicas e
urológicas
CATEGUTE SIMPLES
Submetido a tratamento c/ sal de ác
crômico Força tênsil aumentada para 2 a 3
semanas
Utilização: Intestino, bexiga, peritônio
Ligadura de vaso maiores e profundos
CATEGUTE CROMADO
ÁC. POLIGLICÓLICO E POLIGLÁCTICO
VANTAGENS Força tênsil – 15 d Feridas infectadas Absorvido Reação tecidual Capilaridade
UTILIZAÇÃO Peritônio Músculos Aponeurose Subcutâneo gastrointestinais, ginecológicas e urológicas Laqueadura vascular
Sua reabsorção por hidrólise ocorre por volta de 60 a 90 dias
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SEDA
VANTAGENS Força tensional (1 ano) Ñ irritante Barato Esterilização Nó firme Cicatrização rápida
DESVANTAGENS não pode -Infecção de todos os n absorvíveis - + reação tissular Bexiga, rim, ureter (núcleo para calculo)
ficar muito tempo -Corpo estranho
SEDA
UTILIZAÇÃO
Fechamento de parede
Cirurgias gastrointestinais
Cirurgias Oftálmicas
Cirurgias torácicas
Cirurgias ortopédicas
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ALGODÃO
VANTAGENS Reação tecidual Barato Ferida forte ↓ Força tensional
DESVANTAGENS ↑ Tempo operatório Quebra c/ facilidade Grande resistência
UTILIZAÇÃO Cirurgias gerais
NÁILON - Nylon
VANTAGENS Ñ é capilar Ñ irritante Flexível Forte ↓ Reação tecidual
DESVANTAGENS ↑ Elasticidade Difícil manuseio Perde resistência
UTILIZAÇÃO Cirurgia arterial Fechar paredes
polipropileno
(Supralene® - Cirumédica; Prolene® -Ethicon; Proxolene® - Davis & Geck)
Monofilamentos -inabsorvíveis É um dos mais inertes, com mínima reação tecidual e alta resistência à tração Pode ser usado na vigência de infecção; Utilizado em cirurgias cardiovasculares.
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poliamida
(mononylon® 3.0 e 4.0 - Ethicon; Superlon® - Cirumédica; Dermalon® -Davis & Geck)
Os fios inabsorvíveis sintéticos - monofilamentares Sofre taxa de biodegradação de 20% ao ano, podendo ser absorvido em 5 anos.
AÇO
VANTAGENS Resistência Inerte aos tecidos > Força p/ ferida Maleável Grande força tensional Infecção Esterilização
UTILIZAÇÃO
Finos – cir. plástica
Médio – parede
Grosso – ósso
AÇO
DESVANTAGENS
Difícil manuseio
Elasticidade
Nós volumosos
Opaco ao RX
Uso limitado
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Ainda podem ser:
Prata - clips de neurocirurgias e cirurgias vasculares. Cobre – cirurgias bucomaxilofaciais. Aço vitálico – osteossínteses. Agrafes ou clips de Michel – aproximação de bordas de pele.
ORIGEM METÁLICA
Quanto ao calibre
CLASSIFICAÇÃO DO FIO
Maior diâmetro Menor diâmetro
3-2–1–0–2.0–3.0–4.0–5.0–6.0–7.0–8.0– 9.0–10.0–11.0–12.0
As agulhas tem por função promover a passagem do fio pelo tecido com o menor trauma possível. Se dividem em fundo (região em contato com o fio), corpo e ponta.
AGULHAS
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São classificadas quanto ao trauma que produzem (traumáticas e a traumáticas), quanto ao seu formato (circulares ou retas). Quanto ao trauma a classificação é vaga. Aceita-se como agulha : atraumática aquela que possui sua ponta cilíndrica e traumática a de ponta cortante ou tringular.
CLASSIFICAÇÃO
Ponta, parte ativa de penetração dos tecidos. Apresenta formas variadas: triangular, triangular de corte reverso, cilíndrica, cilíndrica de ponta romba e com pontas especiais.
PONTA
a) Agulha triangular ou de corte convencional, indicada nas cavidades oral e nasal, faringe, pele, ligamento e tendão.
PONTA
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PONTA
b) Agulha triangular de corte reverso, para mucosas oral e nasal, pele, ligamento, fascia (aponeurose)
c) Agulha cilíndrica, indicada para músculos, gordura subcutânea, nervos, vasos, aponeuroses, peritônio e miocárdio. Pode ter ponta romba para tecidos frágeis ou fragíveis como rim, fígado, pâncreas e colo uterino. Além disso existem as pontas especiais.
PONTA
Corpo, apresentam-se em várias formas: triangulares, cilíndricas, ovaladas, quadradas. As pontas podem ser iguais ou diferentes.
Fundo, através dele o fio de sutura é preso à agulha.
Pode ser: fixo ou verdadeiro, falso e atraumático.
1 - Fundo fixo ou verdadeiro - agulha do tipo comum de costura. 2 - Fundo falso - o fio de sutura é fixado sob pressão. 3 - Atraumático - o fio vem encastoado (o fio é pré-montado) no fundo da agulha.
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CLASSIFICAÇÃO DO FIO
Quanto a presença de agulhas Agulhados Não agulhados
Quanto à reação tissular Desprezível Mínima Muito baixa Moderada
CLASSIFICAÇÃO DO FIO
Quanto à memória
Desprezível
Baixa
Moderada
Alta
Bastante alta
NÓS CIRÚRGICOS
Compostos de 3 seminós
1° - contenção
2° - fixação
3 ° - segurança
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NÓS CIRÚRGICOS
Estrutura geométrica
Comum
Antideslizante ou nó quadrado
Deslizante
NÓ ANTIDESLIZANTE
NÓ DESLIZANTE
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NÓS CIRÚRGICOS
Estrutura geométrica
Especial
Nó de cirurgião
Nó de roseta
Nó por torção
NÓ DE CIRURGIÃO
NÓ DE ROSETA
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NÓ POR TORÇÃO
OBRIGADA !