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Aula do livro de grandes temas em biologia resumida - cederj.
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Evolução: uma teoria criada há 150 anos ainda atual Aula 8 GTB
1 – Quais são os agentes evolutivos? (1)A mutação, que cria variabilidade genética ao acaso. A variabilidade genética é incrementada pela permuta gênica e pela segregação independente dos cromossomos durante a meiose; (2) a seleção natural, que altera a frequencia gênica das populações, aumentando a freqüência dos genes que conferem maior valor adaptativo a seus portadores e elimina os genes nocivos; (3) a deriva gênica, que altera ao acaso a frequencia gênica das populações pequenas. Logo, a seleção natural é o único agente evolutivo que não é regido pelo acaso.
2 – O que é a Teoria Evolutiva? A Teoria Evolutiva também é chamada de neodarwinismo ou teoria sintética da evolução, quando a teoria de Darwin foi sintetizada e reunida com a teoria da hereditariedade de Mendel. Essa teoria explica a criação de novas espécies. Darwin afirmava que as espécies são criadas por pequenas ou mesmo insignificantes variações que surgem ao acaso, e se acumulam pela ação da seleção natural, num processo lento e gradual.
3 – Quais são as 4 proposições e as 3 deduções da teoria de transformação das espécies por seleção natural? 1ª proposição: Número de filhotes muito maior do que o que chega à fase adulta 2ª proposição: Número de indivíduos mantém-se num valor médio ao longo das gerações 1ª dedução: Grande taxa de mortalidade nessas populações naturais 3ª proposição: Indivíduos que formam uma espécie não são geneticamente iguais 2ª dedução: Alguns indivíduos estarão mais bem adaptados que outros na competição por espaço e alimento 4ª proposição: A hereditariedade é um fato bem estabelecido 3ª dedução: Mantendo as características adaptativas e freqüência das gerações aumentará sob seleção natural
4 – O que é seleção natural? É a preservação das variações favoráveis e eliminação das variações nocivas dos indivíduos. A seleção natural, atuando por várias gerações, modificará a freqüência gênica de populações. Pode ser estabilizadora ou normalizadora (a seleção mantém ou aumenta a freqüência dos fenótipos que já eram mais freqüentes – eliminação dos menos aptos), natural direcional (um novo grupo de fenótipos passará a ser o mais favorecido) e natural disruptiva ou bidirecional (facilita a criação de novas espécies).
5 – O que é mutação? É um erro irreparável gerado no processo de duplicação dos genes, que pode ser induzido por agentes externos ou por substâncias químicas. As mutações ocorrem ao acaso e são a única fonte de introdução de novos genes nos seres vivos. A taxa de mutação média é determinada pela ação da seleção natural. Há ainda dois mecanismos que incrementam a variabilidade genética criada pela mutação: a segregação independente dos cromossomos na meiose e a permuta gênica que ocorre na interfase de praticamente todas as divisões por meiose.
6 – O que é deriva gênica? É um mecanismo de alteração da freqüência gênica, evolutivo e independente da seleção natural. Este processo ocorre somente em populações pequenas e é realizado por ação do acaso.
Resumo: • Os seres vivos são um produto da evolução biológica. Existem características nos seres vivos que são hereditárias, pois dependem em parte ou totalmente da informação genética dos genes. Variações nos genes e genótipos através das mutações, a segregação independente na meiose e a permuta gênica criam essa variabilidade genética sobre a qual trabalha a seleção natural. • A seleção natural favorece os indivíduos que deixam mais descendentes, os mais aptos
relativamente a outros indivíduos que deixam menos descendentes, os menos aptos, os quais acabam por ser eliminados das populações ao longo das gerações. Por essa razão se diz que a evolução ocorre por reprodução diferencial. • A mutação e a seleção natural são os principais agentes evolutivos, mas não são os únicos, pois a deriva gênica, a segregação independente dos cromossomos, a permuta gênica e os cruzamentos ao acaso também são importantes agentes evolutivos. • Uma forma de constatar a evolução é verificar a mudança da freqüência dos genes nas populações através das gerações.
• A evolução, assim como a seleção natural não são teleológicas, ou seja, não têm um propósito futuro. Estes processos ocorrem para o presente.
• Os seres vivos são criados por mutações e por seleção natural.
Glossário
Adaptação: No sentido evolutivo da palavra, diz-se de uma característica fenotípica hereditária que aumenta, em termos relativos, a sobrevivência e a reprodução de um indivíduo em um determinado ambiente.
Agnóstico: Diz-se da pessoa que aceita o agnosticismo. Agnosticismo é uma palavra originária do inglêsagnost icism que, para Thomas Henry Huxley (1825-1895), naturalista inglês e grande amigo de Charles Darwin, é uma posição metodológica que só admite os conhecimentos = adquiridos pela razão e evita qualquer conclusão não demonstrada, atitude que considera inúteis as discussões sobre questões metafísicas.
Alelo: Uma das diferentes formas de um gene que ocupa um único loco no cromossomo.
Alelo recessivo: Um gene em que a expressão fenotípica não ocorre em heterozigose, como no caso do albinismo na espécie humana, no qual o indivíduo heterozigotoAa é normal, e o homozigoto aa é albino.
Autossomos: São os cromossomos que não são ligados ao sexo. Os cromossomos sexuais seriam aqueles ligados à determinação do sexo.
Deísta: Aquele que professa o deísmo. O deísmo é o sistema de idéias ou atitudes dos que, rejeitando toda espécie de revelação divina e, portanto, a autoridade de qualquer Igreja, aceitam a existência de um Deus, destituído de atributos morais e intelectuais, e que poderá ou não haver influído na criação do Universo. Os deístas se diferenciam dos teístas, que admitem a existência de um Deus pessoal que criou o Universo.
Eletroforese: Sistema de separação de proteínas baseado na existência de diferentes cargas elétricas em cada proteína. As proteínas são colocadas em uma solução e aplicadas em um gel (suporte) sobre o qual se estabelece um campo elétrico com pólos positivo e negativo. Nesse campo as proteínas se deslocam através do gel em função da sua própria carga.
Espécie polimórfica: (1) Diz-se da espécie que apresenta genes com vários alelos, sendo que o mais freqüente tem freqüência inferior a 99%. Praticamente todas as espécies são polimórficas. (2) Diz-se da espécie que apresenta dois ou mais fenótipos distinguíveis. Uma espécie polimórfica é chamada de politípica quando tem duas ou mais subespécies.
Espécies crípticas: Diz-se das espécies muito semelhantes morfologicamente, mas boas espécies, pois são grupos de indivíduos isolados reprodutivamente.
Fenótipo: (1) Diz-se da forma assumida por alguma característica ou grupo de características(em geral morfológicas) de um indivíduo. (2) Diz-se das manifestações externas de um genótipo.
Genoma: O complemento total do material genético contido em um conjunto de cromossomos.
Genótipo: A composição de alelos de uma célula, de certos genes ou ainda de conjuntos de genes.
Heterozigoto: Indivíduos onde um dado loco é ocupado por genes alelos diferentes.
Homozigoto: Indivíduos onde um dado loco é ocupado por alelos iguais.
Loco: Essa palavra significa o local específico em um cromossomo onde de localiza um gene. Plural locos. Os genes alelos ocupam o mesmo loco em cromossomos homólogos.
Metazoário: Espécie de animal formado por várias células (por oposição a protozoários que são unicelulares).
Monofilética: A filogenia é a evolução das unidades taxonômicas ou a história evolutiva das espécies. Monofilético no texto significa que todas as espécies se originaram de uma única forma viva.
Poligamia: União conjugal de um indivíduo com vários outros. A poliandria é a união conjugal de uma fêmea com vários machos.
Teleologia: Estudo da finalidade. Doutrina que considera o mundo como um conjunto de relações entre os meios que levarão a determinados fins. Finalismo. Na época de Darwin, alguns autores aceitavam a idéia de seleção natural como uma lei da natureza criada por Deus, mas, a evolução levaria inevitavelmente a um fim, pré-determinado por Deus.
Teorema de Hardy-Weinberg: Em 1908, G. H. Hardy e W. Weinberg, de forma independente, mostraram que o fato de um alelo ser muito freqüente não determinava, que por essa única razão, sua freqüência aumentaria cada vez mais. Foi demonstrado que a abundância relativa dos alelos é determinante na distribuição dos genótipos e suas freqüências permanecerão as mesmas nas gerações subseqüentes. O teorema de Hardy-Weinberg é fundamental para a compreensão do aspecto genético da teoria evolutiva.