Aula 2-Teoria Da em

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Teoria da Amostragem Prof. Jezreel Melo Na atualidade a estatstica atravs de tcnicas de amostragem, est inserida em todos os seguimentos. Suas inferncias influenciam decises no setor acadmico, poltico, econmico, social, industrial, comercial, educacional, das cincias mdicas entre outros....O processo de amostragem oferece menor custo, resultado em menor tempo, objetivos mais amplos e dados mais fidedignos.Em alguns casos o nico processo praticvel. (ex. teste de resistncia, populaes muito grandes, testes com vacinas, testes com drogas, testes com tcnicas cirrgicas) seja por questes ticas ou apenas de inviabilidade.Vantagens da Amostra em Relao ao Censo Alguns ConceitosParmetros: valor desconhecido associado a uma caracterstica da populao (mdias, varincias, propores, percentuais, etc). Populao: conjunto de elementos com uma ou mais caractersticas em comum (homens , com mais de 35 anos, residentes em cachoeira). Amostra: parte da populao onde o estudo ser conduzido. Estimador: funo que estima o valor de um parmetro baseando-se nas informaes de uma amostra. Ex:==niiyny11Estimativa: valor obtido pelo estimador numa amostra. Inferncia estatstica: consiste em concluir sobre a populao com base nos resultados obtidos na amostra, levando em considerao uma margem de erro. Estatstica: grandezas correspondentes dos parmetros populacionais nas amostra. Teste de Hipteses e significncias: processos que habilitam a decidir se se aceitam ou rejeitam as hipteses, ou a determinar se as amostras observadas diferem, de modo significativa, dos resultados esperados. Etapas para uma boa Amostragem I-Explicitao dos Objetivos importante uma definio clara das finalidades do levantamento por amostragem. Uma boa definio dos objetivos alm de indicar o elemento unidade a ser trabalhado, dar suporte para obteno das concluses finais do referido experimento. II-Definio da PopulaoExistem casos em que delimitar a populao que ser amostrada uma tarefa fcil. Talvez pelas caractersticas intrnsecas a ela, que torna a mesma bem definida e caracterizada.Entretanto h casos que proporcionaro maiores dificuldades para definir a populao a ser estimada. Em alguns casos a populao amostrada mais restrita, restringindo tambm a extenso dos resultados amostrados. Nesse caso orienta-se que se conclua apenas para a populao amostrada e no para a populao objetiva. III-Escolha das Variveis ou Dados a Serem Observados essencial para a pesquisa a definio de quais dados sero importantes para a mesma como a coerncia ao propor uma tcnica para colet-los. imprescindvel que se evite, por exemplo, o excesso de perguntas nos questionrios, sabendo que muitas delas no participaro da anlise posterior. Pesquisas mostram que questionrios longos comprometem a qualidade da resposta. IV-Especificao do Grau de PrecisoComo j se sabe, que todo levantamento por amostragem possibilita um certo erro, ou grau de incerteza. Grau esse que precisa ser especificado, considerando que maiores amostras, medidores mais precisos ou melhores tcnicas de amostragem podem diminuir os possveis erros no procedimento amostral.V- Escolha da Metodologia e Instrumentos de MedioOs dados a serem coletados devem se adequar a uma metodologia coerente. Se a coleta ser, por exemplo, por telefone, fichas, questionrios preenchidos pelo prprio entrevistado ou pelo entrevistador. No caso de observao, se a mesma ser nica ou dividida em vrias etapas. Alm dos cuidados metodolgicos, a escolha dos instrumentos adequados para a medida dos dados de relevante importncia para o bom desempenho da pesquisa. VI-Escolha da Unidade Amostral reconhecida como a menor parte identificvel da populao podendo ser um elemento de estudo ou um conjunto de elementos tais como (criana, cidade, turma de escola, estado, grupo de atletas, etc). de suma importncia que a unidade amostral cubra toda a populao em estudo, sendo que um elemento no pode pertencer ao mesmo tempo a mais de uma unidade de amostra.VII-Escolha do Tipo de Amostra de suma importncia que a escolha do tipo de amostra esteja sintonizada e se adeque a metodologia e a natureza do trabalho. Podendo assim interferir diretamente no grau de preciso. A escolha deve estar relacionada tambm com a disposio de custos operacionais e execuo prtica. VIII-Pr-teste Dentro das possibilidades, recomenda-se uma prova-piloto (ensaio do desenvolvimento do trabalho).A pr-verificao segundo Abreu e Muniz (1999), possibilita possveis correes em eventuais falhas nos questionrios, aparelhos de medio, planejamentos, entre outros.J Berqu, Souza e Gotlieb (1981), acrescentam que o pr-teste possibilita ajustes de custos e permite calcular melhor o tamanho da amostra. IX-Seleo da AmostraObviamente deve ser feita a seleo da amostra, aps a definio do tamanho da amostra e de preferncia de modo aleatrio. X-Organizao do TrabalhoO processo de execuo do experimento deve ser acompanhado de forma organizada e sistemtica.A equipe deve ser treinada para possveis providncias e redirecionamentos, de forma a no comprometer os resultados. Para Muniz e Abreu (1999), seria recomendado sortear algumas amostras extras para possveis eventualidades que exijam uma substituio da amostra.XI-Anlise de DadosRecomenda-se que se faa a conferncia dos dados para evitar falhas de registro antes de serem submetidos as tabelas, que antecedem o clculo das estimativas. recomendado que as estimativas venham acompanhadas dos seus erros e que se faa uso de grficos e tabelas, pois facilita a compreenso do experimento estudado.Tipos de Amostragem Probabilstica- cada unidade amostral tem a mesma probabilidade de ser escolhida e diferente de zero. Ex: sorteio aleatrio. No-probabilstica Ex: Problemas com acessibilidade, amostra tomada a esmo, amostra intencional, amostra de voluntrios. Amostras probabilsticas Amostra Aleatria SimplesQuando cada membro da populao tem a mesma probabilidade de ser escolhido (Mann, 1970, p.110).Evitam-se possveis erros tendenciosos ou sistemticos. recomendam o uso de sorteio com papeizinhos numerados ou atravs de urnas, sendo os mesmos com ou sem repetio ou ainda tabelas especficas de nmeros aleatrios.Amostra Aleatria Estratificada A populao no tem uma boa homogeneidade.Dividi-se tal populao em subpopulaes gerando conseqentemente subamostras mais homogneas que sero analisadas em estratos.Ex: Uma pesquisa feita em vrios bairros de uma cidade, apresentando caractersticas heterogneas entre si, entretanto se mostram individualmente mais homogneas.Amostra Aleatria Estratificada Com nmero igual de elementos por estrato. Dimensionada pela partilha tima. Dimensionada pela partilha de Neyman. Dimensionada pela partilha proporcional. Por porcentagem fixa de elementos. Amostra Aleatria Sistemtica Elementos escolhidos no por acaso, mas por um sistema ou mtodo. Ex:Ultimo de cada 50 pronturios at 2% do total de pronturios. Sorteia-se o primeiro pronturio, e os demais sero escolhidos de 10 em 10. O mtodo exige uma certa organizao da populao. Maior simplicidade no processo de seleo. Maior distribuio uniforme e conseqente maior representatividade da populao e preciso dos resultados. Amostra Aleatria por Conglomerado Usada para populaes muito dispersas e de invivel organizao. Cada conglomerado considerado uma miniatura da populao. De estgio nico. Ex:Pesquisa a ser realizada numa cidade com 10000 habitantes com famlias de 5 membros em mdia (sorteio de 8 quarteires x 15 residncias x 5 pessoas = amostra de 600pessoas). De dois estgios Ex: Ex:Pesquisa a ser realizada numa cidade com 10000 habitantes com famlias de 5 membros em mdia (sorteio de 40 quarteires xsorteio de 3 residncias x 5 pessoas = amostra de 600pessoas). Dimensionamento de Uma Amostra Determinao do tamanho mnimo necessrio da(s) amostra(s) a ser(em) utilizada(s) em um experimento ou estudo para que este apresente validade cientfica. Subdimensionada. Superdimensionada. O Problema da Determinao do Tamanho da Amostra Erro desejado nas concluses sobre a experincia. Risco de uma concluso equivocada. Previsibilidade das variveis envolvidas no estudo. Como Dimensionar Amostras Existem tantas formas quanto tipos de estudos, amostra, estimativas ou experimentos podem ser realizados. 1 - Dimensionamento de uma amostra aleatria simplesSendoo tamanho da amostrae logo;22020222||.|

\|= =es tn snteoo0n(populaes infinitas)0 2nst e =oOu ainda, =12Nn Nnst eo Temoscompara populaes finitas . ) 1 ( 12 22220222= =N nn Ns teNn NsnteooComo 02 2221n s te=o) 1 (10=N nn NnNnnn1100+=Observao: para frao geral de amostragem < 0,05 a populao considerada infinita e para a frao geral de amostragema populao ser considerada finita, tendocomo fator de correo para populaes finitas.Nn05 , 0 >Nn1 Nn NTabela 1 Notaes e estimadores de uma amostra aleatria simples Populao Amostra(populao infinita)Amostra(populao infinita)Nmero de elementosObservaes Mdia Varincia Varincia da mdiaErro-padro NnnNy y y ,..., ,2 1 ny y y ,..., ,2 1==NiiyN11 ==niiyny11( )= =NiiyN1221 o( )= =niiy yns1221( )nsy2var =( )1var2 =Nn Nnsy( )nsy s =( )1 =Nn Nnsy s

Lembra-sequecomumutilizarerrospr-fixados de 10% ou 5% da mdia e,22=otpara efeitos de clculos no dimensionamento ideal da amostra, e que conhecimentos prvios sobre a populao como valores mximos e mnimos (amplitude) podem auxiliar no clculo do desvio padro e da mdia. ( s=1/4 da amplitude dos dados e a mdia=1/2 do valor mx. + valor mn.) 1 Exemplo: Deseja-se dimensionar uma amostra entre 600 estudantes para um estudo referente ao condicionamento fsico dos mesmos relacionado ao peso em Kg. Para tanto de uma amostra preliminarde 10 estudantes tem-se e=5,07Kg com 95% de probabilidade da mdia ser 65,9Kg e com desvio padro=7,08Kg). E se o erro fosse de no mximo 3Kg ou 2Kg? 2 Exemplo: Deseja-se dimensionar uma amostra para estudar o dimetro abdominal em centmetros de indivduos bem condicionados fisicamente em geral. Sabe-se que o maior dimetro encontrado em uma amostra preliminar de 102 cm e o menor de 72cm. Deseja-se ainda um erro de no mx. 10% da mdia e uma confiana de 95%. 2 - Dimensionamento de Uma Amostra Estratificada Tabela 2 Notaes e estimadores da mdia e varincia estratificada Populao Amostra (populao infinita) Amostra (populao finita)Nmero de elementosMdia estratificadaVarincia da mdia estratificadaErro-padro da mdia estratificada ==HhhN N1==Hhh h esty NNy11==Hhhn n1hnihhnyyhi==1( )==Hhhhh estnsNNy Var12221( )= =Hhhhh estnsNNy s12221( )== =Hhhhh hh estsnn NNNy Var1221( )==Hhhhh hh estsnn NNNy s12212a Com Porcentagem Fixa de Elementos por Estrato considerado um procedimento simples e que na maioria das vezes usado em situaes em que o pesquisador no conhece as caractersticas dos dados, comum utilizar 10% dos elementos de cada estrato. Consequentemente . N n 1 , 0 =2bCom Nmero Igual de Elementos por Estrato. Neste caso desconsiderado as caractersticas dos extratos, tendo cada um o mesmo tamanho e para populaes infinitas. 2 22 2 22'0N es N tnHhh h =oOu ainda, Para populaes finitas. ==+=Hhh hHhh hs Ns N nnn12 212 '0'0'12c Pela Partilha de Neyman Neste caso, Para populaes infinitas. Ou ainda,para as finitas. 2 221220N es N tnHhh h|.|

\|==oN es N tnnHhh h212 2201=+=o2d Pela Partilha Proporcional Nesse caso,para popules infinitas. Ou ainda para populaes finitas. N es N tnHhh h22 220=oNnnn001+=1 Exemplo: Os dados abaixo descrevem o peso emKg de uma populao de 194 tartarugas do projeto TAMAR no ms de janeiro de 2007. 0,7 0,8 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,1 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,6 1,6 1,6 1,6 1,7 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,9 2,4 2,4 2,4 3,6 3,6 3,7 3,8 3,8 3,9 3,9 4,2 4,2 4,5 4,5 4,7 4,8 4,8 4,9 4,9 5,0 5,1 5,3 5,4 5,4 5,7 5,7 5,8 5,9 6,1 6,3 6,3 6,4 6,5 6,8 6,9 7,0 7,2 7,3 7,3 7,3 7,3 7,4 7,4 7,5 7,5 7,5 7,6 7,8 8,1 8,2 8,2 8,2 8,3 8,5 8,8 8,9 9,0 9,2 9,7 10,1 10,3 11,0 11,4 11,4 12,0 12,0 12,2 12,4 12,8 13,0 13,7 13,8 14,0 14,2 14,3 14,6 14,8 15,0 15,0 15,4 15,4 15,6 15,7 15,7 16,2 16,6 17,0 17,3 17,3 17,8 18,2 19,3 19,8 20,8 22,0 25,0 27,0 27,0 28,0 28,2 28,3 28,6 29,0 29,7 30,0 31,0 32,0 32,0 33,0 34,0 34,0 34,0 34,9 35,0 35,0 35,3 37,0 37,3 38,0 38,0 38,4 39,0 39,6 40,2 53,0 54,0 62,0 62,0 64,0 72,0 74,0 75,0 82,0 83,0 85,0 87,0 88,0 88,0 90,0 96,0 97,0 112,0 125,4 Tabela da populao estratificada do 1 exemplo. est.pesoN por estrato n por estrato Mdia por estrato (s) ou var por estrato 1 4,0 602,11,05 2 [4,0;10,0) 497,072,59 3 [10,0;20,0) 3514,175,13 4 [20,0;40,0) 3028,5030,73 5 40,0 2068,25158,92 Total194 Tabela do dimensionamento final das amostras aleatrias estratificadas. Est. N por estrato % fixa por est. N igual de elem. Por est. P. de Neyman P.tima 1606429 2495428 3354426 4303445 5202463 Total19420201631 Consideraes O mtodo de dimensionamento estratificado pela partilha de Neyman apresenta resultados mais consistentes, com um menor tamanho de amostra e maior participao dos estratos 4 e 5em que a variabilidade maior. Descrevendo Dados Nominais e Ordinais Nominais - fceis de serem descritos, geralmente basta apresentar o seu nmero (valores absolutos), e distribuio (% por categoria) em diagramas de barra vertical (coluna) ou setoriais (pizza). As categorias devem ser expressas nominalmente desde que represente todos indivduosda populao ou amostra em questo e que seja mutuamente exclusivas. Ordinais - possui mesmas caractersticas do anterior. Descrevendo Dados Contnuos Distribuies Normais A varivel pode assumir qualquer valor aleatrio; uma curva em forma de sino com simetria em torno da mdia, moda ou mediana; a rea total sob a curva vale 1; valores maiores e menores que a mdia ocorrem com igual probabilidade; a configurao da curva dada por dois parmetros (mdia e varincia s) Distribuies No-Normais No possui as caractersticas citadas anteriormente e a mediana passa a ser mais representativa que a mdia. Levantamento de dados Contnuos Peridicos Ocasionais Apresentao de Dados em Tabelas e Grficos Medidas de Tendncia Central Mdia Separatrizes (Mediana, Percentil, Decil , Quartil e tercil) Moda