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Vias de Administração e Absorção de Fármacos Prof. Pedro C B Alexandre

Aula 17-Farmaco1 - Vias de administração e Absorção

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Vias de Administração e Absorção de Fármacos

Prof. Pedro C B Alexandre

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Efeitos das Drogas

Quantificar fases da interação droga-organismo

Espécie de Farmacometria

Foco: processos de administração, absorção, distribuição, metabolismo e excreção das drogas

INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

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Aplicações Práticas da farmacocinética;

Adequar posologia, Clearence renal , meia-vida, volume aparente de distribuição, biodisponibilidade, melhor compreensão da ação das drogas

Estabelecer o perfil farmacocinético

Determinada droga – avaliação da resposta farmacológica clínica

FARMACOCINÉTICA

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FARMACOCINÉTICA

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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

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Escolha da via depende de:

Efeito Local ou sistêmico da droga Propriedades da droga e forma farmacêutica Idade do paciente Conveniência Tempo necessário para início do tratamento Duração do Tratamento Obediência do paciente a terapia

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

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ADMINISTRAÇÃO ORAL

Modalidade mais conveniente

Uso interno ou enteral

Exercer efeito local no TGI ou absorção pela mucosa gastrintestinal

ABSORÇÃO – boca (mucosa bucal e sublingual), intestino delgado, reto e em menor extensão estômago e intestino grosso

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Preparações líquidas – soluções e suspensões

Soluções – rapidamente alcançam e são absorvidas duodeno; suspensões – dissolvidas nas secreções gastrintestinais

Preparações sólidas – comprimidos e capsulas

Maior estabilidade e controle de posologia;

Desintegrar, dissolver e absorver

ADMINISTRAÇÃO ORAL

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ADMINISTRAÇÃO ORAL

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Forma Farmacêutica de liberação modificada

Liberação retardada – momento “não” seguinte a administração

Ação repetida – liberação em intervalos intermitentes

Liberação sustentada – liberação lenta Liberação controlada – taxa constante Liberação aumentada – aumento da velocidade

pela redução do tamanho

ADMINISTRAÇÃO ORAL

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Vantagens:

Redução da frequência posológica Redução na incidência e/ou intensidade de

efeitos adversos Maior seletividade de atividade farmacológica Efeito terapêutico mais constante Melhor obediência do paciente ao regime

terapêutico

ADMINISTRAÇÃO ORAL

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Vantagens:

Mais seguro; mais conveniente; mais econômico

Desvantagens:

Limitação da absorção (características físicas); Êmese por irritação da mucosa gástrica

Destruição dos fármacos por enzimas ou pH; irregularidades na absorção (alimento, presença de outros fármacos)

ADMINISTRAÇÃO ORAL

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Absorção e início de ação rápidos

Drenagem venosa – veia cava superior

Com elevado metabolismo hepático

Drogas de baixa biodisponibilidade

ADMINISTRAÇÃO SUBLINGUAL

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Drogas de ação local e/ou de ação sistêmica

Alternativa da via oral p/ crianças, doentes mentais, comatosos

50% absorvido – fígado

Metabolismo de primeira passagem menor que V.O.

ADMINISTRAÇÃO RETAL

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Intravenosa, Subcutânea e intramuscular

Vantagens: administração em pacientes que não cooperam, inconscientes, com náusea vômitos;

Drogas por V.O. – ineficazes, fracamente absorvidas ou inativas

V.I. – início de ação imediato; drogas com meias-vidas curtas de eliminação

Bolo intravenoso – início mais rápido de ação; toxicidade potencialmente indesejada

VIAS PARENTERAIS

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VIAS PARENTERAIS

V.Intramuscular – glúteo, deltoide e lateral da coxa

Depósito no músculo com início de ação lenta

V. subcutânea – pequeno volume (<2mL) de solução no tecido intersticial (abaixo da pele do braço, coxa, abdome)

V. intradérmica – menor volume (<0,1 mL) produtos para diagnóstico, dessensibilização ou imunizantes

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Intra-arterial, intra-articular, intracardíaca, intradérmica, epidural, intraóssea, intrassinovial, intratecal

Problemas de obediência do paciente são evitados

Usada para controle de fluidos e eletrólitos e alimentação

Desvantagens: pessoal qualificado, observação da assepsia, dor, efeitos difíceis de reverter (intolerância), inconveniente com aplicações frequentes

VIAS PARENTERAIS

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Preparações usadas para efeitos locais Estrato córneo – barreira principal a absorção Alvos: superfície da pele, estrato córneo,

epiderme, derme e anexos (unhas, glândulas sudoríparas)

Rede vascular eficiente permite as drogas atravessarem estrato córneo e epiderme

Absorção rápida e efeito sistêmico

Pomadas tópicas – absorção imprevisível;variação de permeabilidade

VIAS TÓPICAS E TRANSDÉRMICAS

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V. Transdérmica – dispositivos adequados,produz exclusivamente efeito sistêmico,Multifásicos (forma de adesivos)

Controle da taxa de liberação na pele Vantagens: evita-se inconvenientes da V.I,

elimina biodisponibilidade, drogas com índices terapêuticos estreitos ou meias-vidas curtas (tempo prolongado),redução de efeitos colaterais e frequência, término rápido

VIAS TÓPICAS E TRANSDÉRMICAS

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Drogas por inalação – introduzir direto na árvore respiratória

Vantagens: administração localizada de pequenas doses e início rápido de ação; redução de efeitos adversos sistêmicos

Eficácia terapêutica – depende do tamanho das partículas

Dispositivos: nebulizadores, inaladores

VIA RESPIRATÓRIA

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Cavidade muito vascularizada

Drogas de ação local e drogas de ação sistêmica (instáveis no TGI ou elevado efeito de primeira passagem)

Soluções isotônicas tamponadas (pH 5,5-6,5)

VIA INTRANASAL

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OUTRAS VIAS

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Vantagens: administrações que melhoram a segurança, drogas mais complexas disponíveis, padrões de liberação, economicamente mais vantajosos

Bioadesivos – polímeros exercem controle sobre a taxa e extensão da liberação da droga

Pró-drogas – fármaco que deve ser transformado no metabólito ativo

Transportadores macromoleculares – preparados com drogas melhorando o direcionamento para receptores (albumina, glicoproteínas, lectinas, hormônios)

Transportadores celulares – eritrócitos, leucócitos e fibroblastos podem carregar drogas com liberação controlada (moléculas não antigênicas)

Novos Sistemas de Administração

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ABSORÇÃO

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Alcançar local de ação é necessário atravessar barreiras biológicas:

Epitélio gastrintestinal Endotélio vascular Membranas plasmáticas

Travessia leva a droga ao sangue – absorção

Absorção das Drogas

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Membranas Biológicas

Moléculas de lipídios e proteínas unidas

Anfipática – extremidade com afinidade pela água e outra pelos lipídios

Bicamada lipídica é impermeável a maioria das moléculas polares

Moléculas apolares se dissolvem na gordura – lipossolúveis

Possuem receptores para diversos tipos de moléculas – neurotransmissores e hormônios

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Lipossolubilidade – solubilidade na bicamada lipídica, permitindo travessia por difusão simples

Hidrossolubilidade – absorção por transportadores específicos ou canais e poros

Estabilidade química – da molécula da droga Peso molecular – tamanho, volume da molécula Carga elétrica – polaridade, ionização, pH do meio Forma Farmacêutica – comprimidos, capsulas,

soluções Velocidade de dissolução Concentração no local de absorção – depende do

pK, pH do meio e do coeficiente de partição gordura água

Propriedades Físico-Químicas

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Polaridade tem grande importância na solubilidade e na absorção

Difusão Passiva ou simples

Molécula Polar – resultante dipolo elétrico Molécula apolar está ausente

Grupamentos polares (- OH; - NO2; - COOH); íons tem mais polaridade

Polaridade Molecular

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Quais das seguintes moléculas são polares (têm momento dipolar )?H2O, CO2, SO2, and CH4

O HH

momento dipolarmolécula polar

SO O

CO Omomento dipolar nulo

molécula não polarC

H

H

HH

31Biofísica Molecular

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Drogas em maioria são eletrólitos fracos – bases e ácidos fracos

Se ionizam parcialmente; em solução parte ionizada e não ionizada

pH do meio influencia essa ionização

Parte não ionizada é menos polar, mais lipossolúvel, absorvida mais facilmente

Polaridade Molecular

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Polaridade Molecular

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Pka = pH onde metade da forma da molécula está ionizada

pH do meio influencia do seguinte modo: Droga ácida em pH do meio ácido tem

ionização reduzida e absorção aumentada Droga básica em meio ácido tem ionização

aumentada, diminuindo absorção

Polaridade Molecular

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Modalidades de Absorção

Processos Passivos: Difusão Simples ou

passiva Filtração

Processos Ativos: Difusão Facilitada Transporte Ativo Vesicular (Pinocitose e

Fagocitose)

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Processo mais observado nos fluidos biológicos

Mais frequente de absorção e distribuição de drogas

Soluto se distribui a favor do gradiente de concentração

Moléculas apolares; peso molecular compatível com a camada lipídica; ser lipossolúvel

Difusão Passiva

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Tanto solvente quanto soluto movem-se através das membranas

Somente moléculas de menor raio atravessam os poros e ocorre a filtração

Células endoteliais – canais de 4 nm

Albumina (macromolécula) do plasma para o fluido extracelular

Ultrafiltração ou filtração: Glomérulo renal; líquido cefalorraquidiano nos seios venoso; nos capilares (força hidrostática artérias e força osmótica veias)

Filtração

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Difusão Facilitada

Necessita de um transportador existente na membrana

Não exige dispêndio de energia

Membrana participa da seleção de partículas

Exemplo: Transporte da glicose

Velocidade depende da combinação com o transportador

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Transporte Ativo

Combinação soluto com proteína transportadora

Transporte contra gradiente de concentração

Trabalho com necessidade de energia

Velocidade do transporte ativo é limitada pela disponibilidade do transportador

Transporte seletivo

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ACABOU?????!!!