Aula 16

Professora Priscilla

Ano Letivo:2020

Aula de hoje....

América Latina – unidade 6

Leitura das páginas: 148 até 171

Cap. 1, 2 e 3.

INDEPENDÊNCIAS NACIONAIS Até o início do século XIX, os atuais países da América Latina eram colônias europeias, principalmente da Espanha e de Portugal. Após inúmeros conflitos que duraram vários anos, durante o século XIX grande parte das colônias pertencentes à Espanha conquistou a independência. O Haiti foi um dos primeiros países a se tornar independente, em 1804. O México proclamou a independência em 1821, mas esteve sob a ameaça da expansão territorial dos Estados Unidos. Ao fim de uma guerra com esse país (1846-1848), o México perdeu metade de seu território. Já o Panamá se desmembrou da Colômbia em 1903, com o apoio dos Estados Unidos. Muitas ex-colônias inglesas e holandesas tiveram seu processo de independência na segunda metade do século XX, como Jamaica, Guiana, Suriname e Belize. No Brasil, o processo de independência de Portugal foi negociado entre d. Pedro I, herdeiro do trono português, e comerciantes e grandes fazendeiros brasileiros, que vinham ganhando força política.

AS MUDANÇAS NOS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XX A partir da década de 1980, uma grave crise econômica atingiu os países industrializados da América Latina, em virtude da elevação de suas dívidas externas em um momento de baixo crescimento econômico. Com isso, houve aumento do desemprego e redução dos investimentos públicos em saúde, educação e infraestrutura, agravando os problemas sociais nesses países. Nos anos de 1990, com a redemocratização de grande parte dos países sul-americanos, houve o processo de abertura econômica, com a entrada de multinacionais e o aumento das importações, ocasionando a privatização de empresas estatais, a retirada de medidas protecionistas da agricultura e da indústria nacional e a transnacionalização das economias nacionais.

No entanto, uma nova onda de crises internas, políticas e econômicas, no fim da década de 2010, desestabilizou a economia desses países, em parte devido à crise econômica global iniciada em 2008, em parte devido a conflitos políticos internos, que dificultavam a implantação de projetos nacionais de desenvolvimento de longo prazo. Além disso, o antagonismo entre governos nacionalistas, como o de Hugo Chávez, na Venezuela, e o de Cristina Kirchner, na Argentina, e a oposição se acirraram na segunda década do século XXI. Na Venezuela, a morte de Hugo Chávez, em 2013, e a desaceleração econômica aumentaram as tensões e fortaleceram a oposição, impulsionando mobilizações populares marcadas por greves e conflitos violentos. Na Argentina e no Brasil, em 2016 e 2017, agravou-se a crise política e econômica, gerando incertezas sobre o futuro e a piora das condições de vida da população.

CONFLITOS TERRITORIAIS E TENSÕES NA AMÉRICA LATINA Apesar dos avanços na integração da América Latina, ainda persistem conflitos territoriais entre os países da região. Chile e Bolívia, por exemplo, disputam o chamado corredor do Atacama, área que garantiria à Bolívia acesso soberano ao oceano Pacífico. A área pertence ao Chile desde a Guerra do Pacífico (1879-1883). O Peru, por sua vez, propõe uma alteração na fronteira marítima com o Chile, favorecendo-se com essa mudança. Outra questão é a disputa entre Costa Rica e Nicarágua pelo direito de navegação e de utilização do rio San Juan, que marca a fronteira entre os dois países. Além disso, havia uma controvérsia entre os países quanto à delimitação das fronteiras marítimas no oceano Pacífico e no oceano Atlântico. Nesta última, a Nicarágua foi beneficiada pela Corte Internacional de Justiça (órgão judiciário da ONU).

ECONOMIA DA AMÉRICA LATINA: DESTAQUES REGIONAIS

AS ECONOMIAS DA AMÉRICA LATINA Como você viu no capítulo anterior, ao longo do século XX houve a abertura econômica de muitos países latino-americanos para o capital externo, com grande crescimento das exportações. Assim, no início do século XXI, a maior parte desses países se encontra integrada ao comércio mundial. Os países latino-americanos apresentam, no entanto, grandes diferenças em suas economias e níveis de desenvolvimento. O Brasil e o México, considerados países emergentes, se industrializaram com base na política de substituição de importações no século XX. Com a Argentina são as três principais economias da América Latina. Na América Latina há também países cuja economia está baseada na exportação de recursos minerais e energéticos, como é o caso do Chile, da Venezuela e da Bolívia, e países de economia agroexportadora, como o Paraguai, o Uruguai e o Haiti. As economias agroexportadoras são mais sujeitas a crises econômicas, em razão da variação no preço de produtos agrícolas no mercado internacional. O turismo é uma importante fonte de renda para muitos países centro-americanos e caribenhos. A Costa Rica e a Guatemala, por exemplo, cresceram economicamente graças ao fluxo de turistas. Conheça, a seguir, as principais características socioeconômicas de alguns países latino-americanos.

AMÉRICA LATINA: POPULAÇÃO E URBANIZAÇÃO

POPULAÇÃO NA AMÉRICA LATINA Em 2017, viviam na América Latina e no Caribe aproximadamente 650 milhões de pessoas. Essas regiões apresentavam, no mesmo ano, taxa de crescimento populacional de 1% ao ano, número próximo ao de países desenvolvidos. Trinta anos antes, esse número era o dobro, o que demonstra mudanças na dinâmica demográfica da região. A população latino-americana está distribuída de maneira desigual pelo continente. A maior parte da população da América do Sul concentra-se nas áreas próximas ao litoral, tanto do oceano Pacífico quanto do Atlântico. A porção central sul-americana, que abrange as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, o sudeste da Venezuela, o nordeste da Bolívia e o extremo sul da Argentina e do Chile, é a menos povoada. Na América Central, por sua vez, a maior parte da população ocupa a faixa litorânea do oceano Pacífico. No México, a população está concentrada na porção central do país e as áreas menos povoadas estão nas porções de clima semiárido. Na América Latina, encontram-se duas das maiores aglomerações urbanas do mundo: São Paulo e Cidade do México, com cerca de 22 milhões de habitantes cada.

CONDIÇÕES DE VIDA E INDICADORES SOCIAIS A população de alguns países da América Latina ainda enfrenta sérios problemas, como fome, desnutrição e doenças tropicais como a malária. Entre esses países, estão Honduras, Nicarágua, Panamá, República Dominicana e Guatemala.

URBANIZAÇÃO De acordo com a ONU, em 2018 a América Latina era a segunda região mais urbanizada do mundo, com cerca de 81% da população vivendo em cidades.

CONURBAÇÃO E MEGACIDADES

No processo de expansão urbana, muitos municípios são

incorporados fisicamente a outros núcleos urbanos. Como

resultado, surgem grandes áreas urbanas, cujos limites

administrativos se confundem, configurando o processo de

conurbação. Quando uma cidade abriga mais de 10 milhões de

habitantes, ela passa a ser considerada uma megacidade. Na

América Latina, encontram-se algumas megacidades: São Paulo

e Rio de Janeiro, no Brasil, Cidade do México, no México, e

Buenos Aires, na Argentina.

QUESTÕES RURAIS NA AMÉRICA LATINA A desigualdade social na América Latina também está no campo. Ainda são marcantes na região a concentração de terras e as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores rurais e pelas populações tradicionais que vivem nas áreas rurais.

Por esse motivo, surgiram na América Latina inúmeros movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Brasil, e o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), que atua principalmente no estado mexicano de Chiapas. Esses movimentos sociais apresentam características diferentes, porém ambos acreditam na reforma agrária como meio de democratizar o acesso à terra.

https://www.youtube.com/watch?v=WixX_037z-g https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-o-movimento-zapatista/ https://www.youtube.com/watch?v=9sgBueT_YgA

Bons estudos! profª Priscilla