Aula 06

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    AULA 6

    Fundamentos de projetos de obras civis: de instalaes eltricas e hidrossanitrias. Tcnicas construtivas para a execuo de instalaes (eltrica, hidrossanitria, telefnica, preveno a incndio). Proposio da 1 questo discursiva.

    Ol pessoal!

    Chegamos nossa aula 6. Hoje abordaremos as instalaes prediais e teremos nossa 1 questo discursiva. Ao longo da aula veremos que tanto o CESPE quanto a ESAF cobram conhecimento dos textos das NBRs aplicveis s instalaes prediais. Por isso, sempre que necessrio, colocarei referncias s NBRs e trarei excertos de seus textos.

    Aproveito para lembrar que estou disposio dos alunos no Frum de Dvidas.

    Ainda, relembro que no fim da aula os exerccios nela comentados esto apresentados numa lista, para que o aluno, a seu critrio, os resolva antes de ver o gabarito e ler os comentrios correspondentes.

    Para finalizar, lembro que nesta aula teremos a nossa primeira questo discursiva. As instrues detalhadas se encontram na parte apropriada, depois das questes objetivas comentadas.

    Ento, vamos aula!

    Marcelo Ribeiro.

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    1. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Nos projetos de instalao eltrica e de telefonia, fundamental a importncia do conhecimento da terminologia para a especificao tcnica dos seus diversos componentes. correto afirmar que:

    a) plugue um dispositivo eltrico sem contatos, ligado provisoriamente em condutores.

    Voc j deve ter escutado falar ou mesmo percebido que o Brasil est implantando um padro para plugues e tomadas. Mas voc sabe o porqu disso?

    Hoje, em nosso pas, existe mais de uma dezena de modelos de plugues e tomadas em utilizao. Essa variedade vem causando dificuldades de conexo e trazendo insegurana para o consumidor h anos.

    Dificuldades nas conexes entre aparelhos e instalaes eltricas residenciais, risco de choques eltricos, perigo de curtos-circuitos e desperdcio de energia so alguns dos problemas que o brasileiro vinha encontrando com a falta de um padro nacional.

    Para resolver esses problemas, a Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT desenvolveu um padro brasileiro conectvel com 80% dos aparelhos eltricos em uso no nosso pas.

    Essa mudana de padro vem ocorrendo de forma gradativa para os consumidores, indstria e construo civil.

    Ilustrao da cartilha do INMETRO sobre o Padro Brasileiro de Plugues e Tomadas PBPT:

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    O novo padro inclui tomadas sempre com 3 orifcios e dois padres de plugues, um com dois pinos e outro com trs pinos redondos. No existir mais o pino chato. Pra os eletrodomsticos que requerem aterramento (refrigeradores, lavadoras de roupas com ciclo de lavagem a quente, ar-condicionado e micro-ondas) ser usado o plugue de 3 pinos, em que o pino de aterramento o que faz o primeiro contato durante a conexo na tomada. Isso evita que, caso a instalao esteja em curto, a descarga eltrica atinja o usurio.

    Os aparelhos que usam 10 amperes tero plugue com pinos de 4 mm e os que trabalham entre 10 e 20 amperes tero plugue com 4,8 mm de dimetro, impedindo o uso indevido e eliminando o risco de sobrecarga e possvel incndio.

    Ilustrao da cartilha do INMETRO:

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    Ilustrao do Padro Brasileiro de Plugues e Tomadas:

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    A questo est errada porque o plugue um dispositivo eltrico com contatos, ligado provisoriamente em condutores.

    Gabarito: Item ERRADO.

    b) invlucro o elemento que impede o acesso s partes vivas a partir de todas as direes.

    Os graus de proteo para invlucros de equipamentos eltricos (cdigo IP) esto estabelecidos na NBR IEC 60.529/2009.

    O invlucro um tipo de proteo contra choque por contato direto.

    A proteo contra choque por contato direto visa impedir um contato involuntrio com uma parte condutora destinada a ser submetida a uma tenso

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    no havendo defeito. Esta regra se aplica igualmente ao condutor neutro. A maneira de impedir este acesso constitui as medidas de proteo. Cada uma das medidas tem caractersticas especficas. A proteo contra contatos diretos deve ser assegurada por meio de:

    Proteo por isolao das partes vivas; Proteo por meio de barreiras ou invlucros; Proteo por meio de obstculos; Proteo parcial por colocao fora de alcance.

    Isolao: A medida de proteo contra choque por contato direto por isolao considerada como realizada quando a isolao recobrir o total da parte viva por material isolante capaz de suportar uma matria durvel aos inconvenientes ou condies mecnicas, eltricas ou trmicas s quais ela pode ser submetida, alm disto, necessrio que esta matria isolante s possa ser retirada por destruio.

    Foto de cabos isolados:

    Barreiras ou invlucros: Quando a isolao das partes vivas for invivel ou no for conveniente para o funcionamento adequado da instalao. Estas partes devem estar protegidas contra o contato por barreiras ou invlucros. Estas barreiras ou invlucros devem satisfazer a NBR IEC 60.529/2009.

    As barreiras e invlucros devem ser fixados de forma segura e possuir robustez e durabilidade suficientes para manter os graus de proteo e a apropriada separao das partes vivas nas condies normais de servio, levando-se em conta as condies de influncias externas relevantes.

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    A supresso das barreiras, a abertura dos invlucros ou coberturas ou a retirada de partes dos invlucros ou coberturas no deve ser possvel a no ser:

    a) com a utilizao de uma chave ou de uma ferramenta; e

    b) aps a desenergizao das partes vivas protegidas por essas barreiras, invlucros ou coberturas, no podendo ser restabelecida a tenso enquanto no forem recolocadas as barreiras, invlucros ou coberturas; ou

    NOTA: Esta prescrio atendida com utilizao de intertravamento mecnico e/ou eltrico.

    c) que haja interposta uma segunda barreira ou isolao que no possa ser retirada sem a desenergizao das partes vivas protegidas por essas barreiras, e que impea qualquer contato com as partes vivas.

    Obstculos: Os obstculos so destinados a impedir os contatos com partes vivas, mas no os contatos voluntrios por uma tentativa deliberada de contorno do obstculo. Os obstculos devem impedir uma aproximao fsica no intencional das partes vivas (por exemplo, por meio de corrimes ou de telas de arame) e o contato no intencional com partes vivas por ocasio de operao de equipamentos sob tenso (por exemplo, por meio de telas ou painis sobre os seccionadores).

    Os obstculos podem ser desmontveis sem a ajuda de uma ferramenta ou de uma chave, entretanto, devem ser fixados de forma a impedir qualquer remoo involuntria.

    Colocao fora de alcance: A colocao fora de alcance somente destinada a impedir os contatos involuntrios com as partes vivas.

    A questo est correta porque as barreiras ou invlucros devem impedir qualquer contato com as partes vivas, sendo um elemento que impede o acesso s partes vivas a partir de todas as direes.

    Gabarito: Item CERTO.

    c) fio de ao cobre um fio constitudo por ncleo central de cobre com capeamento de ao.

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    Ateno! Nesta questo e nas prximas, a ESAF cobrou o conhecimento de definies constantes da NBR 5471/1989 Condutores Eltricos. Particularmente, eu evito colocar na aula uma relao extensa de definies de normas por acreditar que a aula se torna cansativa e perde a objetividade. Contudo, neste caso isto ser inevitvel na medida em que as bancas examinadoras nos obrigam a, pelo menos, conhecer as nomenclaturas utilizadas na Norma. No colocarei todas as definies, mas apenas as mais importantes e utilizadas.

    No curso ns vimos o emprego dos Cabos de Alumnio com Alma de Ao - CAA, que um cabo formado por uma ou mais coroas de fios de alumnio, em torno de uma alma de um ou mais fios de ao, utilizado em linhas areas.

    Agora, esta questo cobra o conhecimento do fio de ao/cobre, que outro tipo de condutor, utilizado em construes em geral.

    O fio um produto metlico macio e flexvel, de seo transversal invarivel e de comprimento muito maior do que a maior dimenso transversal.

    O cabo um conjunto de fios encordoados, isolados ou no entre si, podendo o conjunto ser isolado ou no.

    Nos termos da NBR 5471/1989 Condutores Eltricos, temos dois tipos de fios bimetlicos previstos, com as seguintes definies:

    Fio de ao-cobre: Fio constitudo por um ncleo central de ao com capeamento de cobre.

    Fio de ao-alumnio: Fio constitudo por um ncleo central de ao com capeamento de alumnio.

    O fio bimetlico de ao/cobre constitudo por um ncleo de ao revestido por uma camada de cobre. Sua condutividade menor, da ordem de 20 a 50%, do que a de um fio de cobre puro de igual dimetro.

    O fio bimetlico ao/cobre pode ser utilizado em malhas de aterramento, como contrapeso para torres de linhas de transmisso, fio condutor de para-raios, no aterramento de torres de antenas e outros sistemas.

    Dessa forma, o item est errado porque inverteu a composio do fio de ao/cobre, no qual o ncleo de ao e o capeamento de cobre.

    Foto de um fio bimetlico ao/cobre:

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    Gabarito: Item ERRADO.

    d) cordoalha um condutor formado por fios metlicos no tecidos.

    Nos termos da NBR 5471/1989 Condutores Eltricos, temos as seguintes definies:

    Vergalho: Produto metlico de seo macia circular, destinado produo de fios.

    Condutor: Produto metlico, de seo transversal invarivel e de comprimento muito maior do que a maior dimenso transversal, utilizado para transportar energia eltrica ou transmitir sinais eltricos.

    Fio: Produto metlico macio e flexvel, de seo transversal invarivel e de comprimento muito maior do que a maior dimenso transversal.

    Nota: Na tecnologia eltrica, os fios so geralmente utilizados como condutores eltricos, por si mesmos ou como componentes de cabos; podem ser tambm utilizados com funo mecnica ou eletromecnica.

    Barra: Condutor rgido, em forma de tubo ou de seo perfilada, fornecido em trechos retilneos.

    Cabo: Conjunto de fios encordoados, isolados ou no entre si, podendo o conjunto ser isolado ou no.

    Cordo: Cabo flexvel, com reduzido nmero de condutores isolados de pequena seo transversal.

    Cordoalha: Condutor formado por um tecido de fios metlicos.

    Capacidade de conduo de corrente: Corrente mxima que pode ser conduzida continuamente por um condutor ou conjunto de condutores, em condies

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    especificadas, sem que a sua temperatura em regime permanente ultrapasse um valor especificado.

    Revestimento: Camada delgada de um metal ou liga, depositada sobre um metal ou liga diferente, para fins de proteo.

    Capeamento: Camada espessa de um metal ou liga, depositada sobre um metal ou liga diferente, com funo especificamente condutora.

    Condutor slido: Condutor de seo transversal macia.

    Condutor encordoado: Condutor constitudo por um conjunto de fios dispostos helicoidalmente.

    Condutor em feixe: Condutor encordoado, no qual os fios individuais so reunidos em uma disposio helicoidal de maneira aleatria, de mesmo sentido e mesmo passo, mas sem formar coroas definidas.

    Condutor isolado: Fio ou cabo dotado apenas de isolao.

    Como vimos, a questo est errada porque cordoalha um condutor formado por um tecido de fios metlicos.

    Fotos de cordoalhas:

    Gabarito: Item ERRADO.

    e) clites so invlucros externos no metlicos, sem funo de vedao.

    Essa questo cobra o conhecimento de definies de componentes e formao dos cabos.

    Primeiramente, oportuno vermos algumas definies de tipos de cabos constantes da NBR 5471/1989:

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    Cabo nu: Cabo sem isolao ou cobertura, constitudo de fios nus.

    Cabo coberto: Cabo dotado unicamente de cobertura.

    Cabo revestido: Cabo sem isolao ou cobertura, constitudo de fios revestidos.

    Cabo isolado: Cabo constitudo de uma ou mais veias e, se existentes, o envoltrio individual de cada veia, o envoltrio do conjunto das veias e os envoltrios de proteo do cabo, podendo ter tambm um ou mais condutores no isolados.

    Cabo unipolar: Cabo constitudo por um nico condutor isolado e dotado no mnimo de cobertura.

    Cabo multipolar: Cabo constitudo por dois ou mais condutores isolados e dotado no mnimo de cobertura.

    Cabo multiplexado: Cabo formado por dois ou mais condutores isolados, ou cabos unipolares, dispostos helicoidalmente, sem cobertura.

    Cabo flexvel: Cabo capaz de assegurar uma ligao que pode ser flexionada em servio.

    Componentes e formao dos cabos

    Alma: Fio ou conjunto de fios que formam o ncleo central de um cabo, para aumentar a resistncia mecnica deste.

    Condutor (de um cabo isolado): Componente do cabo que tem a funo especfica de conduzir corrente.

    Corda: Componente de um cabo, constitudo por um conjunto de fios encordoados e no isolados entre si.

    Perna: Corda destinada a ser encordoada para formao de cochas, ou para formao de uma corda com encordoamento composto.

    Cocha: Corda formada por pernas, destinadas a ser encordoada para formao de uma corda com encordoamento bicomposto.

    Coroa: Conjunto de componentes ou de partes de componentes de um cabo, dispostos helicoidalmente e eqidistantes de um centro de referncia.

    Encordoamento: Disposio helicoidal de fios ou de grupos de fios ou de outros componentes de um cabo.

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    Encordoamento simples: Encordoamento formado por fios.

    Encordoamento composto: Encordoamento formado por pernas

    Encordoamento bicomposto: Encordoamento formado por cochas.

    Sentido de encordoamento: Sentido para a direita (horrio) ou para a esquerda (anti-horrio), segundo o qual os fios ou grupos de fios, ou outros componentes de um cabo, ao passarem por sua parte superior, se afastam do observador que olha na direo do eixo do cabo.

    Passo de encordoamento: Comprimento da projeo axial de uma volta completa dos fios ou grupos de fios, ou outros componentes, de uma determinada coroa.

    Seo de um cabo: Soma das reas das sees transversais dos fios componentes.

    Seo de um cabo multipolar: Para condutores componentes de sees iguais, a seo do cabo indicada sob forma de produto do nmero de condutores pela seo de um deles.

    Nota: Se os condutores componentes tm sees diferentes, a seo do cabo indicada sob forma de soma dos produtos do nmero de condutores de cada seo pela respectiva seo.

    Blindagem: Envoltrio condutor ou semicondutor, aplicado sobre o condutor ou sobre o condutor isolado (ou eventualmente sobre um conjunto de condutores isolados), para fins eltricos.

    Veia: Condutor isolado componente de um cabo.

    Cinta isolante: Isolao aplicada sobre a reunio das veias de um cabo multipolar.

    Enchimento: Material utilizado em cabos multipolares para preencher os interstcios entre as veias.

    Amarrao: Elemento colocado sobre um conjunto de veias de um cabo multipolar, para mant-las firmemente juntas.

    Armao: Elemento metlico que protege um cabo contra esforos mecnicos

    Acolchoamento: Material no metlico que protege mecanicamente o componente situado diretamente sob ele, em um cabo unipolar ou multipolar.

    Capa: Invlucro interno metlico ou no, aplicado sobre uma veia ou sobre um conjunto de veias de um cabo.

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    Cobertura: Invlucro externo no metlico e contnuo, sem funo de isolao.

    Trana: Invlucro formado de fios ou grupo de fios, metlicos ou no metlicos, entrelaados.

    Separador: Invlucro no metlico, sem funo de isolao, colocado entre componentes de um cabo para impedir contatos diretos entre eles.

    Cintamento: Conjunto de fios ou fitas geralmente metlicas, aplicado sobre a capa de um cabo para lhe permitir suportar os esforos mecnicos devidos presso interna.

    Cabea de puxamento: Dispositivo colocado na extremidade externa de um cabo enrolado na bobina, para permitir o puxamento durante a instalao.

    A questo est errada porque o invlucro externo no metlico e contnuo, sem funo de isolao, denominado cobertura.

    Gabarito: Item ERRADO.

    2. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) Caso um eletricista queira conhecer a posio fsica de componentes como interruptores, tomadas e lmpadas de uma edificao, e, para isso, disponha dos diagramas unifilar, funcional, multifilar e de distribuio, ele deve consultar o diagrama funcional.

    Esta questo foi retirada do livro O edifcio e seu acabamento, de Hlio Alves de Azeredo.

    Nos termos do livro, temos o seguinte:

    Projeto

    Os projetos de instalao eltrica predial so uma das etapas mais importantes da construo. Uma instalao mal dimensionada, mal executada, apesar de ser empregado material de qualidade, pode acabar gerando grandes despesas futuras e at acidentes de grandes propores como incndios.

    Diagramas

    Os projetos de instalaes eltricas so representados por diagramas (plantas) onde configuram a instalao global ou parte dela, por meio de smbolos

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    grficos; assim para um projeto de instalao eltrica predial podemos apresentar os seguintes diagramas:

    Diagrama unifilar: apresenta partes principais de um sistema eltrico e identifica nmero de condutores, seus trajetos, por um nico trao. Geralmente representa. a posio fsica dos componentes da instalao. Exemplo: interruptor, tomada, lmpada, eletroduto, etc.; porm no representa com clareza o funcionamento e a sequencia funcional dos circuitos.

    Diagrama funcional: apresenta todo o sistema eltrico e permite interpretar com rapidez e clareza o funcionamento ou sequencia funcional dos circuitos, no se preocupando com a posio fsica dos componentes da instalao.

    Diagrama multifilar: apresenta todo o sistema eltrico em seus detalhes e representa todos os condutores. No traz informao quanto a posio entre os componentes do circuito. usado somente para circuitos elementares, pois difcil a interpretao quando o circuito complexo.

    Diagrama de distribuio: um diagrama unifilar que permite interpretar com extrema rapidez a distribuio dos circuitos e dispositivos, ou seja, o funcionamento.

    A questo est errada porque caso um eletricista queira conhecer a posio fsica de componentes como interruptores, tomadas e lmpadas de uma edificao, e, para isso, disponha dos diagramas unifilar, funcional, multifilar e de distribuio, ele deve consultar o diagrama unifilar.

    Gabarito: Item ERRADO.

    A especificao correta das caractersticas dos materiais utilizados na construo civil constitui aspecto essencial para garantir a qualidade, a funcionalidade e a durabilidade da obra. A respeito da especificao do material dos condutores de energia utilizados em instalaes eltricas, julgue os itens subsequentes.

    3. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Pblicas/2009) Em instalaes industriais, podem ser utilizados condutores de alumnio, desde que a seo nominal destes seja maior ou igual a 16 mm2 , e a potncia instalada, de, pelo menos, 50 kW

    Pessoal, essa questo causou muita discusso aps o concurso do TCU em 2009.

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    Em diversas fontes, inclusive em livros consagrados sobre a matria, h as duas condies citadas na questo para a utilizao de condutores de alumnio em instalaes industriais. Isso se d porque em edies anteriores da NBR 5410, havia a seguinte previso:

    A NBR 5410:1990 estabelece as seguintes prescries quanto ao uso dos condutores (fios e cabos) eltricos:

    (a) Em instalaes residenciais s podem ser empregados condutores de cobre, exceto condutores de aterramento e proteo;

    (b) Em instalaes comerciais permitido o emprego de condutores de alumnio com sees nominais 50 mm2;

    (c) Em instalaes industriais podem ser utilizados condutores de alumnio, desde que sejam obedecidas simultaneamente as seguintes condies:

    Seo nominal dos condutores seja 10 mm2;

    Potncia instalada seja 50 kW;

    Instalao e manuteno qualificadas.

    Contudo, a NBR 5410:1997 e a NBR 5410:2004 possuem a seguinte redao:

    Excerto da NBR 5410:1997

    6.2.3.7 O uso de condutores de alumnio s admitido nas condies estabelecidas em 6.2.3.7.1 a 6.2.3.7.3.

    NOTA - As restries impostas ao uso de condutores de alumnio refletem o estado atual da tcnica de conexes no Brasil. Solues tcnicas de conexes que atendam a NBR 9513, a NBR 9313 e a NBR 9326 e que alterem aquelas restries sero consideradas em norma complementar e futuramente incorporadas a esta Norma.

    6.2.3.7.1 Em instalaes de estabelecimentos industriais, podem ser utilizados condutores de alumnio, desde que sejam obedecidas simultaneamente as seguintes condies:

    a) a seo nominal dos condutores seja igual ou superior a 16 mm2;

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    b) a instalao seja alimentada diretamente por subestao de transformao ou transformador, a partir de uma rede de alta tenso ou que possua fonte prpria;

    c) a instalao e a manuteno sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5 - tabela 12).

    6.2.3.7.2 Em instalaes de estabelecimentos comerciais, podem ser utilizados condutores de alumnio, desde que sejam obedecidas simultaneamente as seguintes condies:

    a) a seo nominal dos condutores seja igual ou superior a 50 mm2;

    b) os locais sejam exclusivamente BD1 - tabela 15;

    c) a instalao e a manuteno sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5 - tabela 12).

    6.2.3.7.3 Em locais BD4 - tabela 15 - no permitido, em nenhuma circunstncia, o emprego de condutores de alumnio.

    Excerto da NBR 5410:2004

    6.2.3.8 O uso de condutores de alumnio s admitido nas condies estabelecidas em 6.2.3.8.1 e 6.2.3.8.2.

    NOTA As restries impostas ao uso de condutores de alumnio refletem o estado atual da tcnica de conexes no Brasil. Solues tcnicas de conexes que atendam s ABNT NBR 9313, ABNT NBR 9326 e ABNT NBR 9513, e que alterem aquelas restries, devem ser consideradas em norma complementar e futuramente incorporadas a esta Norma.

    6.2.3.8.1 Em instalaes de estabelecimentos industriais podem ser utilizados condutores de alumnio, desde que, simultaneamente:

    a) a seo nominal dos condutores seja igual ou superior a 16 mm2;

    b) a instalao seja alimentada diretamente por subestao de transformao ou transformador, a partir de uma rede de alta tenso, ou possua fonte prpria, e

    c) a instalao e a manuteno sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5, tabela 18).

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    6.2.3.8.2 Em instalaes de estabelecimentos comerciais podem ser utilizados condutores de alumnio, desde que, simultaneamente:

    a) a seo nominal dos condutores seja igual ou superior a 50 mm2;

    b) os locais sejam exclusivamente BD1 (ver tabela 21) e

    c) a instalao e a manuteno sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5, tabela 18).

    6.2.3.8.3 Em locais BD4 (ver tabela 21) no permitido, em nenhuma circunstncia, o emprego de condutores de alumnio.

    Como podemos perceber, a NBR 5410 evoluiu da exigncia - como condio para a utilizao de condutores de alumnio em instalaes industriais de potncia instalada mnima de 50 kW para a existncia de alimentao direta por subestao de transformao ou transformador, a partir de uma rede de alta tenso, ou de fonte prpria. Ainda, aumentou a seo nominal mnima dos condutores de 10 mm2 para 16 mm2.

    Portanto, segundo a NBR 5410 vigente, a assertiva de que a seo nominal do condutor seja maior ou igual 16 mm verdadeira, porm a Norma no estabelece restrio quanto a potncia instalada como condio para a utilizao de condutores de alumnio em instalaes industriais.

    Dessa forma, nos termos da NBR 5410, a questo est falsa.

    Contudo, como dito no incio do comentrio, diversas fontes mantiveram a redao da NBR revogada, apenas trocando a seo de 10 mm2 por 16 mm2. Assim, apesar dos recursos impetrados, o CESPE manteve o gabarito da questo como correto.

    Gabarito: Item CERTO.

    4. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Pblicas/2009) Em instalaes comerciais com potncia instalada de at 120 kW, permitido o emprego de condutores de alumnio com sees menores que 50 mm2 ; para potncia maior, devem ser utilizados condutores de cobre.

    Conforme vimos na questo anterior, nos termos da NBR 5410:2004, temos que:

    6.2.3.8.2 Em instalaes de estabelecimentos comerciais podem ser utilizados condutores de alumnio, desde que, simultaneamente:

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    a) a seo nominal dos condutores seja igual ou superior a 50 mm2;

    b) os locais sejam exclusivamente BD1 (ver tabela 21) e

    c) a instalao e a manuteno sejam realizadas por pessoas qualificadas (BA5, tabela 18).

    Assim, a questo est errada porque no h previso de potncia instalada mxima e a seo nominal deve ser no mnimo de 50 mm2.

    Gabarito: Item ERRADO.

    5. (ESAF/MPOG/Engenheiro/2006) Os servios referentes s instalaes hidro-sanitrias devem ser executados por profissionais habilitados e as ferramentas utilizadas devem ser apropriadas aos servios, sendo incorreto afirmar que:

    a) as tubulaes devem ser montadas dentro dos rasgos ou cavidades das alvenarias, de forma que o eixo dos registros fique com comprimento adequado colocao da canopla e do volante.

    Importante! Nessa questo a ESAF utiliza um autor que referncia tanto dela quanto do CESPE: Hlio Alves Azeredo. Seu livro O Edifcio e seu Acabamento fonte freqente de questes de obras em todos os concursos realizados por estas bancas. No prprio enunciado da questo h a utilizao de um texto retirado do livro citado. Segundo Hlio Alves Azeredo, todos os servios referentes a qualquer instalao hidro-sanitria, devero ser executados por profissionais habilitados e as ferramentas utilizadas devero ser apropriadas aos servios.

    A questo est correta porque segundo Hlio Alves Azeredo, no livro O Edifcio e seu Acabamento, a tubulao no deve ser aprofundada em demasia dentro do rasgo ou cavidade, para que, na colocao do registro, no venha o eixo do mesmo ficar com o comprimento insuficiente para a colocao da canopla e do volante.

    Foto de um conjunto canopla volante:

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    Gabarito: Item CERTO.

    b) as tubulaes devero ter suas extremidades vedadas com bujes, a serem removidos na ligao final dos aparelhos sanitrios.

    Nos termos da Especificao de Servio do DNIT DNER-ES 359/97 - Edificaes - Instalaes de esgoto e guas pluviais, temos o seguinte:

    Durante a construo e at a montagem dos aparelhos sanitrios, as extremidades livres das canalizaes sero vedadas com bujes ou plugues, convenientemente apertados, no sendo admitido o uso de buchas de madeira ou papel para tal fim. Especiais precaues devero ser tomadas para evitar entrada de detritos nos condutores de guas pluviais.

    De maneira geral, podem-se listar os seguintes cuidados na execuo das instalaes hidrossanitrias:

    Inspecionar os materiais ao chegarem obra; Exigir o fechamento das extremidades dos canos, com plugs e nunca com

    papel ou madeira, a fim de evitar a entrada de corpos estranhos;

    Controlar as colunas quanto ao embutimento nas alvenarias ou em espaos destinados para tal fim, proibindo-se sua incluso na estrutura de concreto armado;

    As passagens necessrias na estrutura de concreto armado devem ser previstas nos projetos de formas;

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    Verificar as juntas de todas as tubulaes segundo as especificaes; Testar as tubulaes com presses adequadas antes do revestimento; Verificar o isolamento trmico das tubulaes de gua quente; Fazer reviso e regulagem geral de vlvulas de descarga, registros e

    boilers, antes da entrega da obra;

    As ligaes de bombas de recalque devem ser feitas com mangotes e suportes de borracha para evitar problemas decorrentes das vibraes;

    Atentar para os devidos caimentos nas instalaes de guas pluviais e esgoto;

    Chumbar todos os ramais de ventilao s suas respectivas colunas, nunca os deixando apenas apoiados;

    Nas sadas das ventilaes no telhado, usar sempre um chap adequado ou duas curvas de 90o a fim de no permitir a entrada de gua de chuva.

    Gabarito: Item CERTO.

    c) as buchas, bainhas e caixas necessrias passagem da tubulao atravs de elementos estruturais devero ser executadas e colocadas antes da concretagem, desde que permitido expressamente no projeto estrutural.

    Segundo Hlio Alves Azeredo, no livro O Edifcio e seu Acabamento, todos os servios referentes a qualquer instalao hidro-sanitria, devero ser executados por profissionais habilitados e as ferramentas utilizadas devero ser apropriadas aos servios.

    No se pode concretar tubulaes dentro de colunas, pilares, vigas ou outros elementos estruturais. As buchas, bainhas e caixas necessrias passagem prevista de tubulao, atravs de elementos estruturais, devero ser executadas e colocadas antes da concretagem.

    O projeto estrutural deve prever as passagens de tubulao atravs dos elementos estruturais, de forma que no haja prejuzo para as sees resistentes e as passagens no interfiram na montagem da armadura.

    Gabarito: Item CERTO.

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    d) as tubulaes devem guardar certa distncia das fundaes, a fim de prevenir a ao de eventuais recalques.

    Segundo Walid Yazigi, em seu livro A Tcnica de Edificar, a canalizao precisa ter o traado mais curto possvel, evitando colos altos e baixos. Precaues tero de ser tomadas para que no venha a sofrer esforos no previstos, decorrentes de recalques ou deformaes da estrutura e para que fique assegurada a possibilidade de suas dilataes e contraes.

    No poder ser embutida em elementos estruturais de concreto (sapatas, pilares, vigas, lajes etc.), sendo permitido entretanto, quando indispensvel, ser alojada em reentrncias (nichos) projetadas para esse fim nos referidos elementos. No devero, tambm, atravessar vigas seno em passagens de maior dimetro. Para evitar perfurao acidental dos tubos por pregos, parafusos etc., os rasgos na alvenaria (para embutimento da tubulao) tero de ser fechados com argamassa de cimento e areia no trao 1:3.

    Gabarito: Item CERTO.

    e) para constituio de ventilador primrio, os tubos de queda devem ser prolongados verticalmente at o nvel da cobertura.

    Segundo a NBR 8160/1999 - Sistemas prediais de esgoto sanitrio - Projeto e execuo, temos o seguinte:

    A extremidade aberta do tubo ventilador primrio ou coluna de ventilao deve estar situada acima da cobertura do edifcio a uma distncia mnima que impossibilite o encaminhamento mesma das guas pluviais provenientes do telhado ou laje impermeabilizada.

    Ilustrao do prolongamento do tubo de queda ou coluna de ventilao:

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    A extremidade aberta de um tubo ventilador primrio ou coluna de ventilao, conforme mostrado na figura acima:

    No deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer janela, porta ou vo de ventilao, salvo se elevada pelo menos 1,00 m das vergas dos respectivos vos;

    Deve situar-se a uma altura mnima igual a 2,00 m acima da cobertura, no caso de laje utilizada para outros fins alm de cobertura; caso contrrio, esta altura deve ser no mnimo igual a 0,30 m;

    Deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes contra choques ou acidentes que possam danific- la;

    Deve ser provida de terminal tipo chamin, t ou outro dispositivo que impea a entrada das guas pluviais diretamente ao tubo de ventilao.

    Logo, a questo est errada porque para constituio de ventilador primrio, os tubos de queda devem ser prolongados verticalmente at no mnimo 0,30m acima do nvel da cobertura.

    Gabarito: Item ERRADO.

    6. (ESAF/MPOG/Engenheiro/2006) De acordo com a figura abaixo os dimetros mnimos dos sub-ramais 1 e 2 so, respectivamente,

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    a) 32 mm e 20 mm.

    b) 15 mm e 20 mm.

    c) 20 mm e 32 mm.

    d) 15 mm e 32 mm.

    e) 25 mm e 32 mm.

    Primeiramente, oportuno que vejamos alguns conceitos trazidos pela NBR 5626/1998 Instalao predial de gua fria.

    Instalao predial de gua fria: Sistema composto por tubos, reservatrios, peas de utilizao, equipamentos e outros componentes, destinado a conduzir gua fria da fonte de abastecimento aos pontos de utilizao.

    Barrilete: Tubulao que se origina no reservatrio e da qual derivam as colunas de distribuio, quando o tipo de abastecimento indireto. No caso de tipo de abastecimento direto, pode ser considerado como a tubulao diretamente ligada ao ramal predial ou diretamente ligada fonte de abastecimento particular

    Coluna de distribuio: Tubulao derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.

    Ramal: Tubulao derivada da coluna de distribuio e destinada a alimentar os sub-ramais.

    Sub-ramal: Tubulao que liga o ramal ao ponto de utilizao.

    Tabela constante do livro Instalaes Hidrulicas e Sanitrias, do Hlio Creder:

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    Dimetros dos Sub-Ramais (Mnimos)

    Peas de utilizao Dimetro (mm e pol.)

    Aquecedor de baixa presso 20 (3/4)

    Aquecedor de alta presso 15 (1/2)

    Bacia sanitria com caixa de descarga 15 (1/2)

    Bacia sanitria com vlvula de descarga 32 (1 )

    Banheira 15 (1/2)

    Bebedouro 15 (1/2)

    Bid 15 (1/2)

    Chuveiro 15 (1/2)

    Filtro de presso 15 (1/2)

    Lavatrio 15 (1/2)

    Mquina de lavar pratos ou roupa 20 (3/4)

    Mictrio auto-aspirante 25 (1)

    Mictrio de descarga contnua 15 (1/2)

    Pia de despejo 20 (3/4)

    Pia de cozinha 15 (1/2)

    Tanque de lavar roupa 20 (3/4)

    A partir da tabela acima, verificamos que o sub-ramal 2 deve ter um dimetro mnimo de 32 mm (bacia sanitria com vlvula de descarga) e o sub-ramal 1 de 15 mm (chuveiro). Logo, a resposta correta a letra D.

    Gabarito: Letra D.

    7. (ESAF/MPU/Analista rea: Pericial Especialidade: Engenharia Civil/2004) O conhecimento dos elementos e procedimentos bsicos para a execuo de instalaes necessrio a todo engenheiro civil. Com relao

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    aos materiais e procedimentos para instalaes de gua fria, assinalar a opo incorreta.

    a) Os tubos de PVC para instalaes de gua fria so, de acordo com o tipo de junta, classificados como soldveis e roscveis.

    Segundo Walid Yazigi, no livro A Tcnica de Edificar, existem vrios tipos de tubo PVC no mercado, mas para as instalaes prediais h duas linhas distintas:

    Linha Hidrulica: para conduzir gua fria; Linha Sanitria: para sistema de esgoto, ventilao e captao de gua

    pluvial.

    Linha Hidrulica: pelo sistema de junta, os tubos e as conexes classificam-se em dois tipos: de junta roscada e de junta soldada. O sistema de junta roscada permite a montagem e a desmontagem das ligaes sem danificar os tubos ou conexes. Portanto, possvel o reaproveitamento de todos os materiais utilizados em outras instalaes. O sistema junta soldada no permite o reaproveitamento das conexes j utilizadas, porm leva as seguintes vantagens sobre o sistema anterior:

    Transforma a junta em ponto de maior resistncia; Pela facilidade de execuo, proporciona maior rapidez nos servios de

    instalao;

    Dispensa qualquer ferramenta especial, como morsa ou tarraxa. Linha Sanitria: os tubos e as conexes da linha sanitria permitem alternativa no sistema de acoplamento, como: junta elstica com anel de borracha ou junta soldada, exceto no dimetro nominal de 40 mm (esgoto secundrio) que utiliza apenas a junta soldada. A bolsa de dupla atuao, nos dimetros nominais de 50 mm, 75 mm e 100 mm, permite escolher o sistema de junta mais adequado para cada situao da obra.

    Logo, a questo est correta porque pelo sistema de junta, os tubos e as conexes para instalaes de gua fria classificam-se em dois tipos: de junta roscada e de junta soldada

    Gabarito: Item CERTO.

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    b) O sistema de junta roscvel permite a montagem e a desmontagem das ligaes, sendo que neste caso haver um reaproveitamento do material.

    Como vimos no item a, a questo est correta porque o sistema de junta roscada permite a montagem e a desmontagem das ligaes sem danificar os tubos ou conexes. Portanto, possvel o reaproveitamento de todos os materiais utilizados em outras instalaes.

    Gabarito: Item CERTO.

    c) Npel a conexo que permite a unio de dois tubos ou peas de mesmo dimetro com rosca interna.

    O npel ou niple uma conexo com rosca nas duas extremidades, conforme a figura abaixo:

    Gabarito: Item CERTO.

    d) As conexes tm a finalidade de possibilitar a unio de tubos de dimetros iguais ou diferentes, sendo as mais utilizadas: adaptador, reduo, cap, cruzeta, curva, joelho, juno, luva, npel, plugue e t.

    T roscvel, Luva roscvel, Joelho roscvel, Cap roscvel, Cruzeta roscvel:

    Curva roscvel, Reduo roscvel, Adaptador, Plugue, Juno 45:

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    A questo cita corretamente as conexes mais utilizadas para unir tubos de dimetros iguais ou diferentes, existindo verses de cada conexo roscveis ou soldveis.

    Gabarito: Item CERTO.

    e) O sistema de junta soldvel tem como vantagem a maior rapidez na instalao, necessitando apenas da morsa para a sua execuo.

    Como vimos na letra a, o sistema junta soldada no permite o reaproveitamento das conexes j utilizadas, porm leva as seguintes vantagens sobre o sistema anterior:

    Transforma a junta em ponto de maior resistncia; Pela facilidade de execuo, proporciona maior rapidez nos servios de

    instalao;

    Dispensa qualquer ferramenta especial, como morsa ou tarraxa. Logo, a questo est errada porque o sistema de junta soldvel no precisa de qualquer ferramenta especial, como a morsa.

    Gabarito: Item ERRADO.

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    O desenho acima ilustra um sistema hidropneumtico de distribuio de gua potvel em um prdio, no qual alguns componentes so identificados pelas letras de A a E. Para as condies mostradas no desenho, pela letra:

    8. (CESPE/ANTAQ/Especialista/2009) A indica a tubulao de distribuio.

    Ateno! Tanto o CESPE quanto a ESAF utilizam com frequncia as ilustraes dos livros do Hlio Creder! Temos mais um caso nessa prova, que bem recente, de 2009.

    A letra A indica a sada do tanque, alimentando a rede de distribuio.

    Gabarito: Item CERTO.

    9. (CESPE/ANTAQ/Especialista/2009) B indica o dreno.

    A figura B indica o dreno do tanque.

    Gabarito: Item CERTO.

    10. (CESPE/ANTAQ/Especialista/2009) C indica um vacumetro.

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    Nessa questo o CESPE foi malandro! Na ilustrao original, do livro do Hlio Creder, no existe o elemento indicado pela letra C. O CESPE desenhou aquilo. E nem poderia existir mesmo, porque entre o conjunto eletrobomba e a chave magntica no existe nada.

    Na figura abaixo, eu fiz uma seta (muito mal feita, reconheo) para indicar o vacumetro.

    Gabarito: Item ERRADO.

    11. (CESPE/ANTAQ/Especialista/2009) D indica uma chave magntica.

    A letra D indica realmente a chave magntica, que vem a ser utilizada para partida de motores, destinada s manobras e proteo de motores acoplados s mais diversas mquinas (a betoneira por exemplo tem chave magntica na sua ligao).

    Gabarito: Item CERTO.

    12. (CESPE/ANTAQ/Especialista/2009) E indica um manmetro.

    Realmente, a letra E indica o manmetro, para medir a presso no tanque. Repare que o elemento direita do manmetro um pressostato, que tem a funo de desligar o sistema se atingida uma presso limite, por isso o pressostato est ligado chave magntica.

    Gabarito: Item CERTO.

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    A parte inferior de uma instalao tpica de bombeamento de gua, com caixas simples e grupo monofsico est representada na figura acima. Com base nessa instalao, correto afirmar que o componente

    13. (CESPE/Banco da Amaznia/Tcnico Cientfico /Engenharia Civil/2007) A a vlvula de recalque.

    Pessoal, reparem como as questes se repetem! Entra ano, sai ano, e as questes da ESAF e do CESPE sobre instalaes hidrulicas, sanitrias e eltricas utilizam as ilustraes do Hlio Creder ou, para variar um pouco, as do Hlio Alves de Azeredo.

    A letra A indica uma chave de bia, elemento responsvel por comandar o grupo eletrobomba.

    Numa instalao como a da foto h duas chaves de bia, uma no reservatrio inferior e outra no superior (que no est aparecendo na figura). A chave de bia do reservatrio superior aciona a bomba quando o nvel do reservatrio superior chega a um valor mnimo e a desliga quando o nvel chega a um valor mximo.

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    A chave de bia do reservatrio inferior desliga a bomba quando o reservatrio inferior chega a um nvel mnimo, para proteger o grupo eletrobomba e evitar seu funcionamento sem gua.

    Gabarito: Item ERRADO.

    14. (CESPE/Banco da Amaznia/Tcnico Cientfico /Engenharia Civil/2007) B a vlvula de reteno.

    A letra B indica uma vlvula de p com crivo.

    Esta vlvula instalada na extremidade inicial de montante da suco de modo a garantir o escorvamento da bomba durante algum tempo em que a mesma no estiver funcionando, ou seja, instalada na entrada das tubulaes de suco das bombas com a finalidade de impedir o retrocesso da gua quando o bombeamento desligado, independente do motivo.

    Para o seu melhor funcionamento faz-se necessrio que a tubulao de suco, pelo menos seu trecho inicial, esteja na vertical.

    Em instalaes com bombas afogadas ou submersas no h necessidade da vlvula de p, pois as bombas permanecem automaticamente escorvadas, mas normalmente o crivo no pode ser dispensado.

    Os crivos so dispositivos de "coamento", de modo a no permitir o acesso de material slido grosseiro ou corpos estranhos ao interior da suco que certamente provocariam entupimentos ou outros danos s partes internas do sistema de bombeamento.

    Gabarito: Item ERRADO.

    15. (CESPE/Banco da Amaznia/Tcnico Cientfico /Engenharia Civil/2007) C o grupo eletrobomba.

    exatamente isso! A letra C representa o grupo eletrobomba, estando correta a questo.

    Gabarito: Item CERTO.

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    16. (CESPE/Banco da Amaznia/Tcnico Cientfico /Engenharia Civil/2007) D uma chave de faca monofsica.

    A letra D indica uma vlvula de reteno. A vlvula de reteno uma vlvula unidirecional instalada sada da bomba e antes do registro de recalque. Tem as seguintes funes:

    Impedir que o peso da coluna de recalque (peso da gua sobre a bomba) seja sustentado pelo corpo da bomba, pressionando-o e provocando vazamento no mesmo.

    Impedir que, com um defeito na vlvula de p e entrando a tubulao de recalque por baixo do reservatrio superior, haja o refluxo do fluido, fazendo a bomba funcionar como turbina e assim, com o disparo do rotor, atingir velocidades perigosas, provocando danos na bomba.

    Possibilitar, atravs de um dispositivo chamado by-pass, a escorva automtica da bomba, evidentemente, aps se ter sanado o defeito da vlvula de p que provocou a perda da escorva.

    Na parte superior da figura, no lado direito, h dois quadrados. O de baixo, maior, representa a chave magntica e o quadrado de cima, menor, representa a chave de faca monofsica.

    Gabarito: Item ERRADO.

    17. (CESPE/Banco da Amaznia/Tcnico Cientfico /Engenharia Civil/2007) E a coluna de recalque.

    Exatamente! A letra E indica a coluna de recalque, que a tubulao ligada sada do grupo eletrobomba e que alimenta o reservatrio superior.

    Gabarito: Item CERTO.

    18. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Pblicas/2004) O abastecimento de gua quente sem retorno especialmente indicado para instalaes de maior porte e com comprimentos superiores a 60 m ou que requeiram melhor desempenho, de forma a se obter gua quente nos pontos de consumo o mais rapidamente possvel.

    Os sistemas de distribuio de gua quente podem ser:

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    Ascendente sem circulao; Ascendente com circulao por termossifo (sem bombeamento); Descendente com bombeamento; Misto.

    Nos sistemas sem circulao, economiza-se encanamento, porm h o inconveniente de se ter que esperar algum tempo at comear a sair a gua quente (e joga-se gua fria fora), pois, apesar do isolamento trmico que deve haver na tubulao, a gua esfria ao fim de algum tempo.

    Nos sistemas com circulao, h circulao de gua quente, por efeito de termossifo simples ou termossifo com bombeamento. Gastam-se mais tubulaes, mas, abrindo-se uma torneira ou registro, a gua quente sai imediatamente. O efeito termossifo obtido pelo fato de a gua quente ser mais leve do que a fria.

    Pessoal, a questo est errada porque ela descreveu o sistema com retorno chamando-o de sem retorno.

    Gabarito: Item ERRADO.

    Com relao s especificaes a aos tipos de tubulaes que podem ser utilizados nas instalaes hidrulicas de um prdio, julgue os seguintes itens.

    19. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Pblicas/2009) Para que tubos de chumbo sejam utilizados, estes devem ser perfeitamente maleveis, permitir dobramentos em ngulos de 180, sem fissuras, e, entre outras caractersticas, no apresentar bolhas.

    Nos termos da NBR 5626:1998, temos o seguinte:

    4.3.3 Chumbo

    4.3.3.1 O chumbo no deve ser utilizado nas instalaes prediais de gua fria, ressalvado o disposto em 4.3.5.3. Reparos realizados em instalaes existentes devem prever a substituio desse material.

    4.3.5.3 Recomenda-se o uso de solda sem chumbo ou uma orientao ao usurio no incio da utilizao da instalao predial de gua fria.

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    Logo, no h possibilidade de utilizao de tubos de chumbo na instalao hidrulica de um prdio, tornando a questo errada.

    Gabarito: Item ERRADO.

    20. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Pblicas/2009) Os tubos de PVC flexvel, do tipo pesado, tm sua aplicao limitada a redes que transportam gua a baixa presso, como residncias unifamiliares e prdios residenciais de no mais de dois pavimentos.

    A questo est errada primeiramente porque no existe oficialmente a classificao dos tubos de PVC flexvel em tipo pesado.

    Ainda, a prpria redao da questo contraditria porque um eventual tipo pesado no seria limitado a residncias unifamiliares e prdios residenciais de no mais de dois pavimentos, situaes que configuram um sistema de gua fria de pequeno porte e concepo simplificada.

    Gabarito: Item ERRADO.

    No que se refere s especificaes tcnicas dos tubos utilizados nas instalaes hidrulicas de edificaes, julgue os itens seguintes.

    21. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Pblicas/2009) Os tubos e conexes de ferro fundido no necessitam de revestimento interno.

    Nos termos da NBR 8160, temos a seguinte determinao:

    F.1 Cuidados mnimos na manuteno

    Tubos em ferro fundido ou ao carbono apresentam tendncia de corroso nas partes internas, principalmente nas juntas e desvios. Estas regies devem ser protegidas por material que iniba esta forma de deteriorao.

    Logo, a questo est errada porque, no mnimo nas juntas e nos desvios, os tubos em ferro fundido necessitam de revestimento interno.

    Gabarito: Item ERRADO.

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    22. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Pblicas/2009) Os tubos de PVC devem resistir a presso interna igual ou superior a 5 MPa.

    Pessoal, esta outra questo polmica do concurso 2009 do TCU.

    Na NBR 5626 temos o seguinte:

    4.4.4 PVC rgido

    4.4.4.1 Os tubos fabricados em cloreto de polivinila (PVC rgido), utilizados nas instalaes prediais de gua fria, devem obedecer s NBR 5648 e NBR 5680. As juntas podem ser feitas atravs de soldagem ou por rosqueamento.

    4.4.4.2 Na montagem de tubulaes empregando tubos de PVC rgido, devem ser obedecidas as exigncias estabelecidas na NBR 7372, bem como as desta Norma.

    Nos casos em que houver divergncia ou omisso, as condies estabelecidas nesta Norma devem prevalecer.

    4.4.4.3 Os cavaletes de dimetro nominal DN 20, fabricados em PVC rgido, utilizados nas instalaes prediais de gua fria, devem obedecer NBR 10925.

    Na NBR 5648, temos a determinao abaixo:

    Item 1.1. Esta Norma fixa as condies exigveis para tubos e conexes de PVC 6,3, com juntas soldveis, a serem empregados na execuo de sistemas prediais de gua fria, com PRESSO DE SERVIO DE 750 KPA temperatura de 20C, sendo 500 kPa de presso esttica disponvel mxima e 250 kPa de sobrepresso mxima.

    Pelo texto da norma, ficou claro que a presso mxima de servio num tubo de PVC de 0,75 MPa, no 5 MPa. Veja-se que a presso admissvel composta por duas parcelas: 500 kPa de presso esttica e 250 kPa de sobrepresso.

    Contudo, o enunciado no falou explicitamente em presso interna de servio. Dessa forma, pode-se entender que a referncia resistncia mxima suportada pelo tubo sem se romper. Essa resistncia, nos termos da NBR 5688 deve ser:

    5.3.3 Resistncia presso hidrosttica interna de curta durao: Os tubos de PVC tipo DN devem resistir sem romper, durante 6 minutos, a uma presso hidrosttica interna decorrente da aplicao de uma tenso

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    circunferencial de ruptura de 33,4 MPa, na temperatura de 20 C. O ensaio deve ser realizado de acordo com a NBR 5683.

    Assim, no h hiptese vlida para que o gabarito da questo seja dado como correto. Contudo, o CESPE manteve o gabarito CERTO para esta questo aps a fase recursal.

    Gabarito: Ver Comentrio.

    As instalaes hidrulicas em residncias devem ser projetadas e executadas de forma a garantirem o abastecimento de gua aos usurios de modo salubre, eficiente e econmico. Com relao a essas instalaes, julgue os itens que se seguem.

    23. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) No projeto do alimentador predial de uma instalao predial de gua fria, deve-se considerar o valor mdio da presso da gua proveniente da fonte de abastecimento.

    Pessoal, vejamos o excerto da NBR 5626 que trata exatamente do assunto da questo e alguns tpicos relacionados:

    Definio:

    Alimentador predial: Tubulao que liga a fonte de abastecimento a um reservatrio de gua de uso domstico.

    Alimentador predial

    No projeto do alimentador predial deve-se considerar o valor mximo da presso da gua proveniente da fonte de abastecimento. O alimentador predial deve possuir resistncia mecnica adequada para suportar essa presso. Alm da resistncia mecnica, os componentes devem apresentar funcionamento adequado em presses altas, principalmente no que se refere a rudos e vibraes, como o caso da torneira de bia.

    O cavalete, destinado a instalao do hidrmetro, bem como o seu abrigo devem ser projetados obedecendo s exigncias estabelecidas pela concessionria.

    O alimentador predial deve ser dotado, na sua extremidade a jusante, de torneira de bia ou outro componente que cumpra a mesma funo. Tendo em vista a facilidade de operao do reservatrio, recomenda-se que um registro de

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    fechamento seja instalado fora dele, para permitir sua manobra sem necessidade de remover a tampa.

    O alimentador predial pode ser aparente, enterrado, embutido ou recoberto. No caso de ser enterrado, deve-se observar uma distncia mnima horizontal de 3,0 m de qualquer fonte potencialmente poluidora, como fossas negras, sumidouros, valas de infiltrao, etc., respeitando o disposto na NBR 7229 e em outras disposies legais. No caso de ser instalado na mesma vala que tubulaes enterradas de esgoto, o alimentador predial deve apresentar sua geratriz inferior 30 cm acima da geratriz superior das tubulaes de esgoto.

    Quando enterrado, recomenda-se que o alimentador predial seja posicionado acima do nvel do lenol fretico para diminuir o risco de contaminao da instalao predial de gua fria em uma circunstncia acidental de no estanqueidade da tubulao e de presso negativa no alimentador predial.

    Conforme vimos, a questo est errada porque no projeto do alimentador predial de uma instalao predial de gua fria, deve-se considerar o valor mximo, e no o valor mdio, da presso da gua proveniente da fonte de abastecimento.

    Gabarito: Item ERRADO.

    24. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) Em servios de manuteno de instalaes prediais de gua fria, as vlvulas de alvio devem ser operadas uma vez a cada trs anos, para verificao de eventual emperramento.

    Nos termos da NBR 5626 temos o seguinte:

    Manuteno de tubulaes

    Qualquer suporte de fixao das tubulaes deve estar em bom estado. Os espaos previstos para dilatao ou contrao das tubulaes devem ser verificados, principalmente quando elas so de material plstico ou de cobre.

    Juntas com vazamento devem ser apertadas (no caso de rosca) ou refeitas. Onde necessrio, a tubulao deve ser substituda de modo a eliminar o vazamento.

    Quando h substituio de segmentos de tubulao, a compatibilidade com aquela existente deve ser verificada. A utilizao de adaptadores para execuo de juntas entre a tubulao nova e a existente pode ser necessria, principalmente quando o tipo de junta alterado, como, por exemplo, de rosca para solda.

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    Caso a inspeo aponte a possibilidade de existncia de corroso, seja atravs da observao visual de sinais de corroso contidos na gua, ou atravs da constatao da diminuio gradativa da vazo, as causas de- vem ser investigadas e as aes corretivas necessrias devem ser implementadas.

    Manuteno de torneiras, registros e vlvulas

    Qualquer sinal de mau funcionamento em torneira de bia, como, por exemplo, sada de gua pelo aviso ou extravaso, ou em outro tipo de torneira (inclusive misturadores), deve gerar a ao corretiva necessria, tais como: aperto em partes mveis, troca de vedantes ou troca da prpria torneira.

    A capacidade de autobloqueamento de torneiras de bia ou de torneiras de fechamento automtico deve ser verificada a intervalos regulares e, quando necessrio, os reparos devem ser feitos. No caso de torneiras de uso pouco freqente, a verificao deve ser feita a intervalos no superiores a um ano.

    Os crivos de chuveiros, arejadores e outros componentes devem ser limpos a intervalos indicados pela experincia obtida pela prtica.

    Os registros de fechamento devem ser operados no mnimo uma vez por ano, para assegurar o livre movi- mento das partes mveis. Os vazamentos observados no obturador destes registros podem ser tolerados se forem de baixa vazo (cerca de 0,01 mL/s), caso contrrio, ou se ocorrerem nas vedaes do castelo com o corpo ou com a haste, devem ser reparados sem demora.

    O mau funcionamento de vlvulas de descarga deve ser corrigido por regulagens ou por troca do reparo (mola e vedaes internas). Entende-se por mau funcionamento os seguintes eventos: vazo insuficiente, vazo excessiva, tempo de fechamento muito curto (golpe de arete) ou muito longo (desperdcio de gua), disparo da vlvula, vazamento contnuo pela sada (quando fechada) ou pelo boto de acionamento (fechada ou aberta).

    As vlvulas de alvio devem ser operadas uma vez por ano, para verificao de eventual emperramento. Qualquer irregularidade com vlvulas de alvio ou vlvulas reguladoras de presso deve ser imediatamente corrigida.

    O funcionamento adequado da vlvula reguladora de presso deve ser verificado periodicamente, de preferncia, atravs da leitura de um manmetro aferido instalado a jusante da vlvula.

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    Logo, a questo est errada porque em servios de manuteno de instalaes prediais de gua fria, as vlvulas de alvio devem ser operadas uma vez por ano, para verificao de eventual emperramento.

    Gabarito: Item ERRADO.

    Instalao predial de gua fria o conjunto de tubulaes, reservatrios e dispositivos existentes a partir do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de oferta de gua do prdio, em quantidade suficiente, mantida a qualidade da gua fornecida pelo sistema de abastecimento. Com relao a esse assunto, julgue os itens a seguir.

    25. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) Em qualquer ponto da rede predial de distribuio de gua fria, a presso da gua em condies dinmicas no deve ser inferior a 50 kPa.

    Excertos da NBR 5626 relacionados questo:

    Presses mnimas e mximas

    Em condies dinmicas (com escoamento), a presso da gua nos pontos de utilizao deve ser estabelecida de modo a garantir a vazo de projeto e o bom funcionamento da pea de utilizao e de aparelho sanitrio. Em qualquer caso, a presso no deve ser inferior a 10 kPa, com exceo do ponto da caixa de descarga onde a presso pode ser menor do que este valor, at um mnimo de 5 kPa, e do ponto da vlvula de descarga para bacia sanitria onde a presso no deve ser inferior a 15 kPa.

    Em qualquer ponto da rede predial de distribuio, a presso da gua em condies dinmicas (com escoamento) no deve ser inferior a 5 kPa.

    Em condies estticas (sem escoamento), a presso da gua em qualquer ponto de utilizao da rede predial de distribuio no deve ser superior a 400 kPa.

    A ocorrncia de sobrepresses devidas a transientes hidrulicos deve ser considerada no dimensionamento das tubulaes. Tais sobrepresses so admitidas, desde que no superem o valor de 200 kPa.

    Velocidade mxima da gua

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    As tubulaes devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da gua, em qualquer trecho de tubulao, no atinja valores superiores a 3 m/s.

    Conforme vimos, a questo est errada porque afirma que a presso da gua em condies dinmicas no deve ser inferior a 50kPa quando na realidade no deve ser inferior a 5 kPa.

    Gabarito: Item ERRADO.

    26. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) Os pontos de utilizao que, de alguma forma, possam estar sujeitos condio de conexo cruzada devem ser protegidos contra o refluxo de gua e contra a retrossifonagem.

    Conceitos contidos na NBR 5626:

    Retrossifonagem: Refluxo de gua usada, proveniente de um reservatrio, aparelho sanitrio ou de qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulao, devido sua presso ser inferior atmosfrica.

    Um dispositivo de preveno ao refluxo deve ser previsto em cada ponto de utilizao ou de suprimento de gua, instalado no prprio ponto de utilizao ou suprimento, ou em local o mais prximo possvel.

    O dispositivo de preveno ao refluxo mais efetivo a separao atmosfrica padronizada. Outros dispositivos podem ser utilizados, mas, para serem considerados efetivos contra a retrossifonagem, devem apresentar resultado satisfatrio quando submetidos a ensaio.

    Alm da proteo contra a retrossifonagem, os pontos de utilizao que de alguma forma possam estar sujeitos condio de conexo cruzada devem ser protegidos contra o refluxo de gua.

    Gabarito: Item CERTO.

    27. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) A capacidade dos reservatrios de uma instalao predial de gua fria para uso domstico deve ser de, no mnimo, o necessrio para dois dias de consumo normal no edifcio, sem se considerar o volume de gua para combate a incndio.

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    Conceitos contidos na NBR 5626:

    Reservatrios

    A capacidade dos reservatrios de uma instalao predial de gua fria deve ser estabelecida levando-se em considerao o padro de consumo de gua no edifcio e, onde for possvel obter informaes, a freqncia e durao de interrupes do abastecimento.

    Algumas vezes, a interrupo do abastecimento caracterizada pelo fato de a presso na rede pblica atingir valores muito baixos em determinados horrios do dia no garantindo o abastecimento dos reservatrios elevados ou dos pontos de utilizao.

    O volume de gua reservado para uso domstico deve ser no mnimo o necessrio para 24 h de consumo normal no edifcio, sem considerar o volume de gua para combate a incndio.

    No caso de residncia de pequeno tamanho, recomenda-se que a reserva mnima seja de 500 L.

    Para o volume mximo de reservao, recomenda-se que sejam atendidos dois critrios: garantia de potabilidade da gua nos reservatrios no perodo de deteno mdio em utilizao normal e, em segundo, atendimento disposio legal ou regulamento que estabelea volume mximo de reservao.

    A concessionria deve fornecer ao projetista o valor estimado do consumo de gua por pessoa por dia, em funo do tipo de uso do edifcio.

    A questo est errada porque a capacidade dos reservatrios de uma instalao predial de gua fria para uso domstico deve ser de, no mnimo, o necessrio para um dia de consumo normal no edifcio, sem se considerar o volume de gua para combate a incndio.

    Gabarito: Item ERRADO.

    28. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) Em sistemas de aquecedores de acumulao, nas instalaes prediais de gua quente, a sada da tubulao de gua quente no deve possuir respiro.

    Nos termos da NBR 7198 temos o seguinte:

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    Definies:

    Aquecedor: aparelho destinado a aquecer a gua.

    Aquecedor de acumulao: aparelho que se compe de um reservatrio dentro do qual a gua acumulada aquecida.

    Aquecedor instantneo: aparelho que no exige reservatrio, aquecendo a gua quando de sua passagem por ele.

    Respiro: dispositivo destinado a permitir a sada de ar e/ou vapor de uma instalao.

    Ilustrao de um sistema de aquecimento:

    Condies especficas

    Aquecedores

    Os aquecedores devem ser alimentados pelo reservatrio superior de gua fria ou por dispositivo de pressurizao.

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    O projetista deve especificar o tipo de aquecedor previsto nas instalaes, se instantneo ou de acumulao, com o respectivo volume, as temperaturas mxima e mnima de operao, a fonte de calor e respectiva potncia.

    No dimensionamento de aquecedores de acumulao, devem ser criteriosamente observadas as caractersticas do sistema de aquecimento escolhido, levando-se em considerao, principalmente, a freqncia de utilizao, volume de armazenamento e capacidade de recuperao.

    A instalao dos aquecedores de acumulao deve observar as seguintes condies:

    a) o ramal de alimentao de gua fria deve ser executado de modo a no permitir o esvaziamento do aquecedor, a no ser pelo dreno;

    b) quando alimentado por gravidade, o aquecedor deve ter o seu nvel superior abaixo do nvel inferior da derivao no reservatrio de gua fria;

    c) a sada da tubulao de gua quente deve ser provida de respiro;

    d) quando o respiro no for de execuo prtica, deve ser substitudo por dispositivo de idntico desempenho;

    e) vedado o uso de vlvula de reteno no ramal de alimentao de gua fria do aquecedor, quando este ramal de alimentao de gua por gravidade, do aquecedor, no for protegido por respiro;

    f) a tubulao de alimentao da gua fria deve ser feita com material resistente temperatura mxima admissvel da gua quente;

    g) estes aquecedores devem ser dotados de dreno;

    h) vedado o caso de respiro coletivo.

    Os aquecedores devem ser dotados de dispositivo automtico que controle a mxima temperatura admissvel da gua, e deve ser instalada uma vlvula de segurana de temperatura na sada de gua quente.

    A questo est errada porque em sistemas de aquecedores de acumulao, nas instalaes prediais de gua quente, a sada da tubulao de gua quente deve obrigatoriamente possuir respiro.

    Gabarito: Item ERRADO.

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    29. (CESPE/TRT-17 Regio/Analista Judicirio/2009) Vlvulas redutoras de presso so utilizadas em edifcios altos, onde as presses estticas na instalao so elevadas.

    Em edifcios mais altos, em que as presses estticas ultrapassam os valores especificados pela NBR 5626/1998 para os diversos aparelhos (bebedouro, chuveiro, torneira, etc), h necessidade de provocar uma queda da presso.

    Para isso, podemos aumentar a perda de carga, introduzindo no sistema vlvulas redutoras de presso ou caixas intermedirias.

    Conforme vimos na aula, segundo a NBR 5626, temos os seguintes conceitos:

    Velocidade mxima da gua

    As tubulaes devem ser dimensionadas de modo que a velocidade da gua, em qualquer trecho de tubulao, no atinja valores superiores a 3 m/s.

    Presses mnimas e mximas

    Em condies dinmicas (com escoamento), a presso da gua nos pontos de utilizao deve ser estabelecida de modo a garantir a vazo de projeto e o bom funcionamento da pea de utilizao e de aparelho sanitrio. Em qualquer caso, a presso no deve ser inferior a 10 kPa, com exceo do ponto da caixa de descarga onde a presso pode ser menor do que este valor, at um mnimo de 5 kPa, e do ponto da vlvula de descarga para bacia sanitria onde a presso no deve ser inferior a 15 kPa.

    Em qualquer ponto da rede predial de distribuio, a presso da gua em condies dinmicas (com escoamento) no deve ser inferior a 5 kPa.

    Em condies estticas (sem escoamento), a presso da gua em qualquer ponto de utilizao da rede predial de distribuio no deve ser superior a 400 kPa (40 m de coluna de gua).

    A ocorrncia de sobrepresses devidas a transientes hidrulicos deve ser considerada no dimensionamento das tubulaes. Tais sobrepresses so admitidas, desde que no superem o valor de 200 kPa.

    Gabarito: Item CERTO.

    30. (CESPE/TRT-17 Regio/Analista Judicirio/2009) No clculo do consumo mximo provvel em uma instalao hidrulica de gua potvel, a

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    vazo provvel a ser utilizada no dimensionamento de um trecho da instalao depende somente do coeficiente de descarga do trecho.

    Como fcil de imaginar, salva em instalaes cujos horrios de funcionamento so rgidos, como quartis, colgios, etc., nunca h o caso de se utilizarem todas as peas ao mesmo tempo. H uma diversificao, que representa economia no dimensionamento das canalizaes.

    A vazo provvel funo do coeficiente de descarga (0,30 l/s) e da soma dos pesos de todas as peas de utilizao alimentadas atravs do trecho considerado.

    De posse desses dados, podemos organizar um baco que fornea as vazes em funo dos pesos. Conhecidas as vazes, podemos fazer um pr-dimensionamento dos encanamentos pela capacidade de descarga dos canos, de acordo com o baco, de modo semelhante ao que se faz em instalaes eltricas (capacidade de corrente dos condutores).

    Dessa forma, a questo est errada porque a vazo provvel no depende somente do coeficiente de descarga, mas tambm dos pesos atribudos aos aparelhos do trecho.

    Gabarito: Item ERRADO.

    31. (CESPE/TRT-17 Regio/Analista Judicirio/2009) A separao atmosfrica em uma pea de utilizao visa evitar a contaminao da gua pelo fenmeno de retrossifonagem, no caso de uma queda de presso no abastecimento de gua.

    A NBR 5626 exige que haja uma separao atmosfrica, computada na vertical entre a sada dgua da pea de utilizao e o nvel de transbordamento dos aparelhos sanitrios, caixas de descarga e reservatrios. Essa separao mnima deve ser de duas vezes o dimetro da pea de utilizao. Essa separao visa evitar a contaminao da gua pelo fenmeno da retrossifonagem.

    Segundo a NBR 5626, um dispositivo de preveno ao refluxo deve ser previsto em cada ponto de utilizao ou de suprimento de gua, instalado no prprio ponto de utilizao ou suprimento, ou em local o mais prximo possvel.

    O dispositivo de preveno ao refluxo mais efetivo a separao atmosfrica padronizada, representada na figura abaixo. Outros dispositivos podem ser utilizados, mas, para serem considerados efetivos contra a retrossifonagem,

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    devem apresentar resultado satisfatrio quando submetidos ao ensaio previsto no anexo B desta Norma.

    Entre esses dispositivos mencionam-se os seguintes:

    a) separao atmosfrica no padronizada (quando no atende ao representado na figura abaixo); e

    b) quebrador de vcuo (dispositivo que pode ser independente ou incorporado pea de utilizao, como ocorre em alguns modelos de caixa de descarga).

    Figura ilustrativa do esquema de separao atmosfrica padronizada:

    Retrossifonagem: refluxo de gua usada, proveniente de um reservatrio, aparelho sanitrio ou de qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulao, devido sua presso ser inferior atmosfrica. (em portugus bem claro: a gua suja entrar na tubulao de gua limpa).

    Gabarito: Item CERTO.

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    As instalaes prediais de esgotos sanitrios devem ser projetadas e executadas de forma a permitir rpido escoamento de despejos e gases de forma segura, garantindo condies de salubridade e conforto para os usurios. Com relao a esse assunto, julgue os itens que se seguem.

    32. (CESPE/TRT-17 Regio/Analista Judicirio/2009) Os tubos de ferro fundido, sem costura e laminados a quente, no podem ser utilizados como tubos de queda.

    Segundo o disposto na NBR 8160/1999, os materiais a serem empregados nos sistemas prediais de esgoto sanitrio devem ser especificados em funo do tipo de esgoto a ser conduzido, da sua temperatura, dos efeitos qumicos e fsicos, e dos esforos ou solicitaes mecnicas a que possam ser submetidas as instalaes.

    No podem ser utilizados nos sistemas prediais de esgoto sanitrio, materiais ou componentes no constantes na normalizao brasileira.

    NOTA - Componentes ou materiais ainda no normalizados no mbito da ABNT podem ser empregados, desde que atendam s normas do pas de origem.

    Dessa forma, no h empecilho utilizao de tubos de ferro fundido, sem costura e laminados a quente como tubulao de esgoto.

    Gabarito: Item ERRADO.

    33. (CESPE/TRT-17 Regio/Analista Judicirio/2009) Em uma residncia, o dimetro nominal do ramal de descarga de um vaso sanitrio deve ser maior que o de um chuveiro.

    Essa questo um tanto bvia, no pessoal? Segundo a NBR 8160/1999, os ramais de descarga de um chuveiro e de um vaso sanitrio devem possuir respectivamente os seguintes dimetros nominais DN: 40 mm e 100 mm.

    Tabela 3 da NBR 8160/1999 Unidades de Hunter de contribuio dos aparelhos sanitrios e dimetro nominal mnimo dos ramais de descarga:

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    Gabarito: Item CERTO.

    34. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Pblicas/2009) Permite-se a utilizao de tubos de cermica desde que eles sejam pintados externamente com tinta anticorrosiva, possuam revestimento interno e no transportem fluidos quentes.

    Os tubos de cermica so utilizados h sculos em instalaes de esgotamento sanitrio.

    O tubo cermico usado no Brasil h mais de 100 anos, o que comprova sua eficincia e durabilidade.

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    Os tubos cermicos no deformam como os de PVC durante um reaterro, por exemplo - e so os nicos que resistem corroso dos cidos e solventes presentes no esgoto.

    A sua produo, bem como os materiais utilizados, no agride o meio ambiente.

    Seus baixos custos completam as vantagens de um produto ecolgico, eficiente, durvel e barato.

    Resistncia corroso

    Este , talvez, o fator mais importante na escolha de tubos para esgoto sanitrio.

    A corroso uma das maiores causas de fracasso das operaes de redes de esgoto.

    O sulfeto de hidrognio, facilmente reconhecido por seu caracterstico odor de "ovo podre", gerado em todos os esgotos, em graus variveis. Atravs de uma srie de reaes qumicas e biolgicas, o gs sulfdrico convertido em cido sulfrico, um dos mais corrosivos de todos os cidos.

    O tubo cermico o nico material de tubulao de esgoto que provou, por mais de 100 anos, ser resistente ao ataque do cido sulfrico, detritos industriais, solventes e solos corrosivos. Toda a espessura da parede inerte, conferindo-lhe completa proteo contra qualquer tipo de desintegrao ou perda de resistncia.

    Bom escoamento

    Uma superfcie interna lisa condio bsica de um bom material para tubulao de esgoto sanitrio. Estudos documentados mostram que todos os materiais usados em escoamento de guas servidas, quando instalados sob condies semelhantes e do mesmo dimetro, tero caractersticas de escoamento similares, quando so novos.

    Tubulaes fabricadas com materiais no-resistentes ao ataque dos cidos, solventes e abraso muitas vezes tornam-se rugosas.

    Por outro lado, os tubos plsticos flexveis achatam-se sob a carga da vala ou sobrecarga.

    Superfcies rugosas e dimetros distorcidos diminuem a capacidade de escoamento da rede.

    Tubos cermicos no so flexveis. So fortes, rgidos, quimicamente inertes e totalmente imunes ao ataque dos cidos normalmente encontrados nos esgotos

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    sanitrios. Resistem corroso melhor que qualquer outro material com que se fabricam tubos para esgoto sanitrio. Pelo fato de no se achatarem e permanecerem com sua rugosidade inicial, isto , lisos, mantm sua capacidade de escoamento durante toda a vida til, apesar dos materiais qumicos corrosivos que possam ser descarregados nas redes com o passar dos anos.

    A questo est errada porque so utilizados tubos de cermica sem que eles sejam pintados externamente com tinta anticorrosiva ou possuam revestimento interno. Ainda, no h nenhuma vedao ao transporte de fluidos quentes situao encontrada em efluentes industriais - em tubos cermicos.

    Gabarito: Item ERRADO.

    O desempenho eficiente de um sistema predial de esgoto sanitrio requer qualidade no projeto e execuo, bem como qualidade e adequao dos materiais empregados e de procedimentos de manuteno. Com relao a esse assunto, julgue os seguintes itens.

    35. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) No desentupimento de tubulaes utilizando-se martelo pneumtico, deve-se precaver contra os possveis contragolpes que possam ocorrer e machucar o operador.

    De acordo com a NBR 8160, temos o seguinte:

    Mtodos usuais de desentupimentos

    Entupimento parcial ou total devido a materiais inadvertidamente lanados no sistema predial de esgoto, tais como toalhas de papel e absorventes higinicos, podem ser removidos pela ao de vara ou arame, introduzido pelo ponto de acesso, montante, mais prximo do local de entupimento.

    Bombeamento o mtodo mais simples de desobstruo de pequenos entupimentos em pias e bacias sanitrias. Consiste no uso de uma bomba de borracha adequada para cada tipo de aparelho sanitrio. A ao da bomba provoca impulsos de presso que expulsam os detritos acumulados na tubulao.

    Desbloqueamento com haste flexvel um mtodo tradicional de desentupimento, existindo uma grande variedade de pontas para as hastes, para promover a desobstruo das tubulaes. Estas pontas podem ter o formato de lminas, tampes ou escovas dependendo do tipo de servio a ser realizado. Este mtodo adequado para tubos a partir de DN 75 pois necessria certa

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    flexibilidade na introduo da haste na tubulao. A operao pode ser feita manualmente e tambm h verses mecanizadas que realizam a rotao da haste.

    Martelo pneumtico pode ser eficazmente utilizado para remoo de obstrues nas tubulaes, desde que observadas as limitaes do mtodo e do funcionamento do martelo pneumtico propriamente dito. O princpio de funcionamento consiste na aplicao de um golpe de presso (ar comprimido) em uma coluna de gua, este impacto gera uma onda de choque, que transmitida pela gua at o local de entupimento, onde provocar o deslocamento e remoo da obstruo causadora do entupimento. recomendado o uso criterioso deste mtodo, observando-se as caractersticas da instalao com relao resistncia a golpes de presso. Geralmente restringe-se remoo de obstrues causadas por materiais depositados do tipo gorduras, papel saturado, sabo e outros.

    Raspagem pode ser realizada em tubulaes a partir de DN 100 quando sua seo interna encontra-se muito diminuda devido a incrustaes (gordura, precipitado e outros). Deve-se observar o tipo de material constituinte das tubulaes, antes de realizar a raspagem, de forma a evitar danos nas mesmas. No mtodo mecanizado, introduzida na tubulao uma haste flexvel com ferramenta de lminas cortantes, que despedaaro as obstrues no interior da tubulao. No mtodo manual similarmente introduzida uma haste com lminas de perfil afilado para raspagem do material acumulado no interior da tubulao.

    Limpeza qumica: consiste no derramamento para o interior das tubulaes de substncias qumicas que reajam com a matria acumulada na obstruo. Este mtodo deve ser utilizado criteriosamente porque pode causar danos tanto no operador como nas tubulaes. Usualmente so utilizadas substncias base de soda custica que em contato com a gua liberam calor que ajuda no processo de desentupimento.

    O sifo geralmente pode ser desentupido por bombeamento ou outro dispositivo pressurizador. Sifes metlicos ou de plstico, do tipo P ou garrafa possuem acesso para limpeza de suas partes interiores. Os ramais de descarga destes aparelhos podem ser desentupidos pela introduo de haste flexvel na tubulao.

    Obstrues em coletores prediais podem ser localizadas pelas peas de inspeo. As peas devem ser abertas e a que estiver seca ou parcialmente seca, mais prxima do local de entupimento, aquela pela qual deve- se introduzir uma haste flexvel para desentupir a tubulao. Em tubos de queda existem peas de inspeo que permitem realizar servio similar.

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    Bacias sanitrias podem ser desentupidas pelo meio mais simples e eficaz, que o uso de uma bomba de borracha, que pressuriza o sifo da bacia promovendo a desobstruo. H tambm hastes suficientemente flexveis para tambm passar pelo sifo da bacia e desobstruir o ramal. A limpeza qumica se aplica quando h material precipitado junto das paredes internas da bacia.

    A questo est correta porque no desentupimento de tubulaes utilizando-se martelo pneumtico, deve-se precaver contra os possveis contragolpes que possam ocorrer e machucar o operador, em funo do princpio de funcionamento que consiste na aplicao de um golpe de presso em uma coluna de gua.

    Gabarito: Item CERTO.

    36. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) Nos ramais de descarga e de esgoto, as mudanas de direo (horizontal para vertical e vice-versa) no podem ser executadas com peas com ngulo inferior a 90.

    Nos termos da NBR 8160, temos o seguinte:

    Ramais de descarga e de esgoto

    Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitrio devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante.

    Recomendam-se as seguintes declividades mnimas:

    a) 2% para tubulaes com dimetro nominal igual ou inferior a 75;

    b) 1% para tubulaes com dimetro nominal igual ou superior a 100.

    4.2.3.3 As mudanas de direo nos trechos horizontais devem ser feitas com peas com ngulo central igual ou inferior a 45.

    As mudanas de direo (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peas com ngulo central igual ou inferior a 90.

    vedada a ligao de ramal de descarga ou ramal de esgoto, atravs de inspeo existente em joelho ou curva, ao ramal de descarga de bacia sanitria.

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    Os ramais de descarga e de esgoto devem permitir fcil acesso para desobstruo e limpeza.

    A questo est errada porque nos ramais de descarga e de esgoto, as mudanas de direo (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peas com ngulo central igual ou inferior a 90.

    Gabarito: Item ERRADO.

    37. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) No subsistema de ventilao de um sistema de esgoto, toda a coluna de ventilao deve ter dimetro uniforme.

    Segundo a NBR 8160, toda coluna de ventilao deve ter:

    a) dimetro uniforme;

    b) a extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto situado abaixo da ligao do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga;

    c) a extremidade superior situada acima da cobertura do edifcio, ou ligada a um tubo ventilador primrio a 0,15 m, ou mais, acima do nvel de transbordamento da gua do mais elevado aparelho sanitrio por ele servido.

    Gabarito: Item CERTO.

    38. (CESPE/ABIN 2010 - Cargo 12: Oficial Tcnico de Inteligncia rea de Engenharia Civil) O bombeamento, mtodo mais simples de desobstruo de pequenos entupimentos em pias e bacias sanitrias, constitudo de uma bomba de borracha adequada para cada tipo de aparelho sanitrio.

    Conforme vimos, o bombeamento o mtodo mais simples de desobstruo de pequenos entupimentos em pias e bacias sanitrias. Consiste no uso de uma bomba de borracha adequada para cada tipo de aparelho sanitrio. A ao da bomba provoca impulsos de presso que expulsam os detritos acumulados na tubulao.

    Logo, a questo est correta.

    Gabarito: Item CERTO.

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    39. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) No que se refere a instalaes hidrossanitrias de edificaes, entende-se por fecho hdrico a coluna lquida que est sobre a vlvula de descarga. A presso exercida por essa coluna depende da quota entre a vlvula e a caixa de gua.

    Os esgotos oriundos dos prdios so normalmente lanados nas redes coletoras existentes nas vias pblicas. Em casos particulares, onde no existam essas redes, os mesmos so destinados s fossas spticas. O dimensionamento desse sistema regido pela NBR 8160 - Sistemas prediais de esgoto sanitrio - Projeto e execuo. Dentre os vrios itens de uma instalao de esgoto sanitrio, citaremos os principais:

    Esgoto primrio: o trecho conectado ao coletor pblico que tm acesso aos gases provenientes desse coletor (ou de uma fossa).

    Esgoto secundrio: Compreende os trechos de ramais de descarga e de esgoto, separados da rede primria por um desconector.

    Desconector: Para impedir o acesso de gases ao ambiente, necessrio um desconector dotado de fecho hdrico.

    Fecho hdrico: a camada lquida que, em um desconector, veda a passagem dos gases.

    Fecho hdrico de um sifo:

    Fecho hdrico de uma bacia

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    Assim, a questo est errada porque a coluna lquida que est sobre a vlvula de descarga a alimentao da descarga e faz parte do sistema de alimentao de gua fria e no do sistema de esgotos, no qual utilizado o fecho hdrico.

    Gabarito: Item ERRADO.

    Julgue os itens seguintes, referentes a instalaes prediais de esgotos sanitrios.

    40. (CESPE/STM/Analista Judicirio/Especialidade Engenharia Civil/2011) Em instalaes de recalque, as tubulaes de suco devem ser previstas a fim de que haja uma tubulao de suco para cada bomba e um dimetro nominal uniforme, que nunca deve ser inferior ao das tubulaes de recalque.

    Nos termos da NBR 8160 temos o seguinte:

    Instalao de recalque - definio

    Os efluentes de aparelhos sanitrios e de dispositivos instalados em nvel inferior ao do logradouro devem ser descarregados em uma ou mais caixas de inspeo, as quais devem ser ligadas a uma caixa coletora, disposta de modo a receber o esgoto por gravidade. A partir da caixa coletora, por meio de bombas, devem ser recalcados para uma caixa de inspeo (ou poo de visita), ramal de esgoto ligado por gravidade ao coletor predial, ou diretamente ao mesmo, ou ao sistema de tratamento de esgoto.

    No caso de esgoto proveniente unicamente da lavagem de pisos ou de automveis, dispensa-se o uso de caixas de inspeo, devendo os efluentes ser encaminhados, neste caso, a uma caixa sifonada de dimetro mnimo igual a 0,40 m, a qual pode ser ligada diretamente a uma caixa coletora.

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    A caixa coletora deve ser perfeitamente impermeabilizada, provida de dispositivos adequados para inspeo, limpeza e ventilao; de tampa hermtica e ser constituda de materiais no atacveis pelo esgoto.

    As bombas devem ser de construo especial, prova de obstrues por guas servidas, massas e lquidos viscosos.

    O funcionamento das bombas deve ser automtico e alternado, comandado por chaves magnticas conjugadas com chaves de bia, devendo essa instalao ser equipada com dispositivo de alarme para sinalizar a ocorrncia de falhas mecnicas.

    A tubulao de recalque deve ser ligada rede de esgoto (coletor ou caixa de inspeo) de tal forma que seja impossvel o refluxo do esgoto sanitrio caixa coletora.

    Instalao de recalque - dimensionamento

    O dimensionamento da instalao de recalque deve ser feito considerando-se, basicamente, os seguintes aspectos:

    a) a capacidade da bomba, que deve atender vazo mxima provvel de contribuio dos aparelhos e dos dispositivos instalados que possam estar em funcionamento simultneo;

    b) o tempo de deteno do esgoto na caixa;

    c) o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do moto