Auditoria Bacen David 00-03

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    Curso On-Line: Auditoria Governamental Teoria e ExercciosAnalista do Bacen rea 3

    Professores: Davi Barreto e Fernando GraeffAula demonstrativa

    Davi Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1

    Introduo ........................................................................................ 01Noes gerais de auditoria ................................................................... 03

    Governana e anlise de risco (1/2)....................................................... 22Lista de questes ............................................................................... 31Bibliografia ........................................................................................ 37

    Introduo

    Prezado Aluno,

    com muita satisfao que ministraremos para voc, a quatro mos, o cursode Auditoria em exerccios para o concurso de Analista do Banco Central doBrasil rea 3.

    Antes de darmos incio a nossa aula demonstrativa, permitam-nos falar umpouco sobre ns.

    Meu nome Davi Barreto, sou cearense, me graduei em engenharia eletrnicapelo Instituto Tecnolgico de Aeronutica (ITA). Atualmente, sou AuditorFederal de Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio (TCU), tendoobtido o 1 lugar no concurso de 2007, e mestrando em economia na UNB.

    Meu nome Fernando Graeff, sou Gacho de Caxias do Sul. Sou formado emAdministrao de Empresas e, antes de entrar no servio pblico, trabalheimais de 15 anos na iniciativa privada.

    Sou ex-Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, trabalhei nas UnidadesCentrais deste rgo. Atualmente, exero o cargo de Auditor Federal deControle Externo do Tribunal de Contas da Unio. No servio pblico, exerciainda os cargos de Analista de Finanas e Controle da Secretaria do TesouroNacional - rea contbil em Braslia e de Analista de Oramento do Ministrio

    Pblico Federal em So Paulo.

    Ademais, recentemente lanamos, pela editoraMtodo, o livro Auditoria - Teoria e ExerciciosComentados, totalmente atualizado com as novasnormas do CFC (NBC TAs e NBC PAs) e abarcandoo contedo exigido pela grande maioria dosconcursos. Nosso intuito foi produzir uma obracapaz de traduzir as diferentes normas de formamuito objetiva, trazendo questes de concursos

    recentes (algumas delas so comentadas).Feitas as apresentaes, vamos falar um pouco sobre nosso curso.

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    Iremos nos basear no ltimo edital cuja banca organizadora foi a Cesgranrio.

    Como temos um pouco mais de tempo, faremos um curso de teoria exerccios,mas, bem focado naquilo que mais cobrado pelas bancas, principalmentepela Cesgranrio.

    Vamos abordar todos os tpicos do edital, utilizaremos preferencialmentequestes da Cesgranrio, relacionando os diversos conceitos que a matria trazcom as principais normas. Caso seja necessrio, na falta de questes daCesgranrio, utilizaremos questes de outras bancas com estilo semelhante(FCC, ESAF, etc.).

    Muitas vezes, notamos que os alunos se esforam muito tentando decorar asdiferentes normas de auditoria, sem entender os conceitos e a lgica queenvolve essa disciplina.

    Voc ver que auditoria uma cincia muito intuitiva e, se conseguir entenderos diferentes conceitos envolvidos e compreender como as coisas serelacionam, no ser difcil ter sucesso na hora da prova.

    Nosso curso ser dividido em quatro aulas, includa a demonstrativa, uma porsemana. O quadro abaixo resume como ser distribudo nosso cronograma de

    aulas:

    Aula Data Tpicos abordados

    Aula 0Noes gerais de auditoriaGovernana e anlise de risco (1/2)

    Aula 1 20-06-2012Governana e anlise de risco (2/2)Papel da auditoria na estrutura de governana

    Aula 2 04-07-2012Auditoria no setor pblico federalFinalidades e objetivos da auditoria governamental:abrangncia de atuao, formas e tipos.

    Aula 3 18-07-2012 Reviso + Simulado

    Outra coisa: sempre colocaremos as questes discutidas durante a aula nofinal do arquivo, caso voc queira tentar resolver as questes antes de ver oscomentrios.

    E, por ltimo, participe do Frum de dvidas, que um dos diferenciais doPonto. L voc poder tirar suas dvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudarno aprimoramento dos nossos cursos.

    Dito isto, mos obra...

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    Noes Gerais de Auditoria

    Vamos comear nosso curso, com um panorama sobre o que Auditoria,mostrando que se trata de uma cincia muito lgica e intuitiva.

    Apesar de no estar explicitamente destacado no contedo programtico doedital, trata-se de um tpico importante para avanarmos na matria.

    O que iremos discutir agora, apesar de ser um tema introdutrio da disciplina,vai nos fornecer conceitos muito importantes que utilizaremos ao longo docurso e atacar uma pergunta que muitos tm dificuldade em responder: o que auditoria?

    A auditoria surgiu para atender uma necessidade decorrente da evoluo dosistema capitalista. No incio, as empresas eram fechadas e familiares,posteriormente, a evoluo da economia trouxe, para algumas empresas, anecessidade de captar dinheiro de terceiros. Ou seja, para crescer necessriodinheiro e, em muitas ocasies, esse recurso tem que vir de investidoresexternos empresa (bancos, credores, acionistas etc.)

    Bom, agora se coloque na posio desses investidores. Com certeza, voc vai

    querer saber onde est colocando seu dinheiro vai se perguntar se oinvestimento seguro, se a empresa saudvel, quais so seus ativos epassivos...

    Em resumo, esses investidores precisavam conhecer a posio patrimonial efinanceira das empresas em que iriam investir. Essa necessidade deinformao era essencial para que pudessem avaliar a segurana, a liquidez ea rentabilidade de seu futuro investimento.

    As empresas passaram, ento, a publicar suas demonstraes contbeis

    (balano patrimonial, demonstrativo de fluxo de caixa1 etc.), como forma deprover informaes sobre a sua situao econmico-financeira para o mundoexterior.

    Entretanto, ainda havia um problema: como garantir a completude, correo eidoneidade dessas informaes?

    nesse momento que surge a necessidade de uma avaliaoindependente da real situao da empresa. Nasce, ento, a auditoria!Auditar , antes de tudo, avaliar.

    1 A Lei n 11.638/07 substituiu a demonstrao das origens e aplicaes de recursos pela demonstrao dos fluxos de

    caixa, em funo da facilidade de melhor entendimento da posio financeira da empresa.

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    Podemos definir auditoria como o exame sistemtico e independente dasatividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor.

    De forma geral, a auditoria pode ser dividida em dois grandes grupos:auditoria externa e auditoria interna.

    A auditoria externa (=independente) aquela executada por profissionais ouempresas que no possuem vnculo e/ou subordinao empresa auditada,com o objetivo de trazer uma opinio independente sobre a entidade.

    J a auditoria interna aquela executada por profissionais (geralmentefuncionrios da empresa) ou empresas que possuem vnculo e/ou

    subordinao empresa auditada, com o objetivo de auxiliar a entidade aatingir seus objetivos, por meio de uma avaliao sistemtica do seu sistemade controle interno.

    Esse tipo de auditoria surgiu como uma evoluo ou ramificao da auditoriaindependente.

    Historicamente, as empresas passaram a sentir necessidade de dar maisnfase s normas e aos procedimentos internos, como forma de se antecipars demandas por regularidade do ambiente externo. Contudo, de nada

    adiantava criar normas e procedimentos, sem que houvesse oacompanhamento e a avaliao se estes estavam sendo seguidos pelosempregados.

    Enfim, a auditoria interna nasceu da necessidade de acompanhar e deavaliar a correta aplicao das normas e procedimentos internos daempresa. Falaremos com mais detalhes sobre auditoria interna ainda nessaaula.

    Outra forma de classificar auditoria de acordo com seus objetivos especficos.

    Por exemplo, como o prprio nome diz, a auditoria contbil uma tcnica dacontabilidade que objetiva avaliar as demonstraes contbeis de umaentidade.

    Fi q u e a t e n t o :Voc deve saber que a Lei n 11.638/07 instituiu vriasmodificaes nos padres de contabilidade at ento vigente no Brasil.Porm, ficou mantida na norma a expresso demonstraesfinanceiras ao invs de demonstraes contbeis, que anomenclatura correta, por ser mais abrangente do que a adotada nalegislao. Assim, voc pode encontrar na prova tanto uma como outraexpresso, indistintamente.

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    Conforme descrevemos no nosso rpido panorama histrico, a auditoria nasceu

    com o vis contbil, com o objetivo especfico de gerar confiana nasinformaes descritas nos demonstrativos financeiros.

    Nesse ponto, importante destacar as recentes inovaes nas normasbrasileiras de auditoria, editadas no final de 2009 no intuito de convergir asnormas brasileiras (NBC TAs) s internacionais.

    Essas novas normas, apesar de em grande quantidade, no alteraram oesprito, nem os objetivos, muito menos, a lgica da auditoria independenteconsagrada pela legislao hoje revogada (NBC T 11 e seus complementos).

    Veja, por exemplo, o comparativo entre a definio da auditoria dasdemonstraes contbeis antes e depois das alteraes:

    NBC T 11 (revogada) NBC TA 200 (em vigor)A auditoria das demonstraescontbeis constitui o conjunto deprocedimentos tcnicos que tem porobjetivo a emisso de parecer sobre asua adequao, consoante osPrincpios Fundamentais de

    Contabilidade e as Normas Brasileirasde Contabilidade e, no que forpertinente, a legislao especfica.

    O objetivo da auditoria aumentar ograu de confiana nas demonstraescontbeis por parte dos usurios. Isso alcanado mediante a expresso deuma opinio pelo auditor sobre se asdemonstraes contbeis foram

    elaboradas, em todos os aspectosrelevantes, em conformidade comuma estrutura de relatrio financeiroaplicvel.

    Observe que o objetivo do auditor emitir um parecer (norma antiga), quenada mais que uma opinio (norma nova), sobre a adequao dasdemonstraes contbeis, levando em considerao:

    NBC T 11 (revogada) NBC TA 200 (em vigor) os Princpios Fundamentais de

    Contabilidade as Normas Brasileiras de

    Contabilidade a Legislao especfica (no que

    for pertinente)

    a estrutura de relatriofinanceiro aplicvel.

    Ora, a estrutura de relatrio financeiro aplicvel a estrutura do relatriofinanceiro (balano patrimonial, demonstrao de resultados do exerccio etc.)

    adotada pela administrao que considerada aceitvel em vista da naturezada entidade e do objetivo das demonstraes contbeis ou que seja exigidapor lei ou regulamento, ou seja, nada mais do que seguir os mesmos

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    parmetros citados pela revogada NBC T 11, enfim, apesar das palavrasdiferentes, nada mudou.

    Voltando nossa linha de raciocnio, vimos que o objetivo da auditoria expressar uma opinio sobre se as demonstraes contbeis foram elaboradas,em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura derelatrio financeiro aplicvel. Ou seja, opinar sobre a adequao dasdemonstraes contbeis.

    Podemos afirmar ento que, ao conduzir a auditoria de demonstraescontbeis, os objetivos gerais do auditor so:

    (a) obter segurana razovel de que as demonstraes contbeis como umtodo esto livres de distoro relevante, independentemente se causadaspor fraude ou erro;

    (b) expressar sua opinio sobre se as demonstraes contbeis foramelaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com aestrutura de relatrio financeiro aplicvel; e

    (c) apresentar relatrio sobre as demonstraes contbeis e comunicar-se,em conformidade com suas constataes.

    Resta-nos agora identificar tudo aquilo que no objetivo do auditor:

    (a) elaborar relatrios financeiros as demonstraes contbeis sujeitas auditoria so as da entidade, elaboradas pela sua administrao2, comsuperviso geral dos responsveis pela governana3;

    (b) identificar erros e fraudes compete aos responsveis pelagovernana da entidade e sua administrao a preveno e detecode erros e fraudes, cabendo ao auditor realizar seu trabalho de acordocom as normas de auditoria e obter segurana razovel de que asdemonstraes contbeis, como um todo, no contm distoresrelevantes, causadas por fraude ou erro;

    (c) assegurar a viabilidade futura da entidade; e(d) atestar a eficincia ou eficcia dos negcios conduzidos pela

    administrao da entidade.

    2 As NBC TAs no impem responsabilidades administrao ou aos responsveis pela governana e no se sobrepes leis e regulamentos que governam as suas responsabilidades. Contudo, a auditoria conduzida com base na premissa

    de que a administrao e, quando apropriado, os responsveis pela governana, tm conhecimento de certasresponsabilidades que so fundamentais para a conduo da auditoria.3

    So as pessoas com responsabilidade de supervisionar a direo estratgica da entidade e, consequentemente, desupervisionar as atividades da Administrao (isso inclui a superviso geral do relatrio financeiro).

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    Distino entre auditoria interna e auditoria externa

    J falamos que as auditorias podem ser classificas em dois grandes grupos:auditoria externa e auditoria interna.

    A auditoria externa ou independente aquela executada por profissionais ouempresas que no possuem vnculo e/ou subordinao empresa auditada,com o objetivo de trazer uma opinio independente sobre a entidade.

    A auditoria interna, por sua vez, aquela executada pela prpria organizao,com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais, pormeio da avaliao contnua de seus procedimentos e controles internos.

    Os controles internos so o conjunto integrado de mtodos e procedimentosadotados pela prpria organizao para proteo de seu patrimnio epromoo da confiabilidade e tempestividade dos seus registros contbeis.

    Assim, a auditoria interna funciona como um rgo de assessoramento daadministrao e seu objetivo auxiliar no desempenho das funes eresponsabilidades da administrao, fornecendo-lhes anlises, apreciaes, erecomendaes.

    Observe que o auditor interno vai alm da simples verificao da corretaaplicao de normas e procedimentos. Ele atua como um consultor para aempresa, por exemplo, promovendo medidas de incentivo e propondoaperfeioamentos no funcionamento organizacional. Dizemos que, alm daauditoria contbil, tambm realiza auditoria operacional.

    Trata-se, portanto, de uma atuao muito mais proativa, quando comparada do auditor externo ou independente.

    Isso quer dizer que o auditor independente, no decorrer do seu trabalho, no

    pode propor melhorias organizao?

    Claro que no! O auditor independente deve descrever os principais problemasorganizacionais, constatados no curso do seu trabalho, e emitir recomendaessempre que necessrio. Contudo, esse no o seu objetivo principal. Aauditoria independente , primordialmente, contbil, enquanto que a auditoriainterna contbil e operacional.

    Assim, a principal diferena entre as auditorias interna e externa a finalidadedo trabalho.

    Na auditoria independente, o objetivo a emisso da opinio sobre asdemonstraes contbeis, destinado, principalmente, ao pblico externo

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    (acionistas, credores, fisco etc.). J na auditoria interna, o objetivo aelaborao de um relatrio que comunique os trabalhos realizados, as

    concluses obtidas e as recomendaes e providncias a serem tomadas. importante ressaltar que, de acordo com as novas normas de auditoria4,tanto o auditor independente quanto o auditor interno emitem relatrios parafundamentar, respectivamente, sua opinio e suas recomendaes.

    Outra diferena que caracteriza o auditor interno a sua subordinao empresa auditada.

    O auditor interno, geralmente, um empregado da empresa. Isso no querdizer que essa atividade no possa ser desenvolvida, de forma terceirizada,por uma firma de auditoria. O que interessa o grau de subordinaoexistente, seja do empregado pessoa fsica ou do empregado pessoajurdica.

    J o auditor externo ou independente, como o prprio nome remete, no subordinado administrao, pois deve emitir uma opinio sobre asdemonstraes contbeis, fidedigna e livre de qualquer presso da empresaauditada.

    Ainda sobre esse tpico, apesar de ser subordinado administrao, o auditor

    interno deve ter certa autonomia, naturalmente, menor que a do auditorindependente. Contudo, aquele auditor deve produzir um trabalho livre deinterferncias internas.

    Dessa forma, a auditoria interna deve ser subordinada apenas ao mais altonvel da administrao, como, por exemplo, Presidncia ou ao Conselho deAdministrao. O responsvel pelas atividades de auditoria interna deve,portanto, reportar-se a um executivo ou rgo cuja autoridade seja suficiente,para garantir uma ao efetiva, com respeito aos assuntos levantados e implantao das recomendaes efetuadas. fundamental que os auditores

    internos atuem com liberdade dentro da organizao, sem medo de seremdemitidos.

    Em algumas empresas e conglomerados, os auditores internos sosubordinados diretamente holding, permitindo que atuem livres de pressoem todas as controladas, pois apenas a administrao da empresa investidorapode admitir ou demitir esses profissionais.

    4 A NBC TA 700 define que a opinio do auditor independente deve ser expressa em um documento denominado

    relatrio de auditoria. As normas de auditoria anteriormente vigentes e hoje revogadas faziam uma distino nanomenclatura dos documentos emitidos pelo auditor independente (parecer) e o auditor interno (relatrio).

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    Outro ponto importante se refere

    extenso do trabalho nesses dois tiposde auditoria.

    Na auditoria interna, os trabalhos sodesenvolvidos de forma contnua aolongo do tempo, pois isso inerente satividades de acompanhamento eavaliao. Enquanto isso, na auditoriaindependente, os trabalhos so realizados esporadicamente, de acordo com asexigncias legais ou outras demandas para esse tipo de auditoria.Consequentemente, o volume de testes e procedimentos realizados peloauditor interno maior que aquele realizado pelo auditor externo.

    A auditoria interna, assim como a independente, pode ser exercida naspessoas jurdicas de direito pblico, interno ou externo, e de direito privado.Alm disso, o auditor interno tambm deve ser contador registrado noConselho Regional de Contabilidade.

    Vamos resumir as principais diferenas entre a auditoria interna e a auditoriaexterna no quadro abaixo.

    Auditor Interno Auditor Externo ouIndependente

    Relao com aempresa

    empregado da empresano possui vnculo

    empregatcio

    Grau deindependncia

    menor maior

    Finalidade

    elaborao de um relatrioque comunique os trabalhos

    realizados, as concluses

    obtidas e as recomendaese providncias a seremtomadas

    emisso de uma opiniosobre a adequao das

    demonstraes contbeis

    Tipos deauditoria

    contbil e operacional contbil

    Pblico alvo internointerno e externo

    (principalmente o ltimo)

    Durao contnua pontual

    Volume detestes

    maior menor

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    Auditor InternoAuditor Externo ou

    Independente

    Quem exerce aatividade contador com registro no CRC

    Onde realizada

    em pessoas jurdicas de direito pblico, interno ou externo,e de direito privado.

    Auditoria Governamental

    Bom... j falamos que a auditoria nasceu com um vis contbil, contudo,atualmente, a auditoria pode ter diversas vertentes e ramificaes: auditoriagovernamental, auditoria de recursos humanos, auditoria da qualidade,auditoria de demonstraes financeiras, auditoria jurdica, etc.

    Nosso curso focado em Auditoria Governamental, entretanto, a noo bsicade auditoria, seja qual for o seu foco, sempre a mesma: avaliar, emitir umaopinio, dar segurana aos usurios (credores, acionistas, fisco, gestorespblicos, cidados etc.) das informaes geradas pelas instituies, sejam elasprivadas ou pblicas.

    Fica ento a pergunta: e o que auditoria governamental?

    Mas, antes de definir auditoria governamental, interessante apresentar paravoc as EFS e a INTOSAI5.

    As Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS) so as instituies do Estadoresponsveis por executar a auditoria governamental. Aqui no Brasil, essepapel exercido pelo Tribunal de Contas da Unio (TCU).

    A Constituio Federal de 1988, em seu artigo 70, estabelece que afiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da

    Unio e das entidades da administrao direta e indireta ser exercida peloCongresso Nacional (com o auxlio do TCU), mediante controle externo, e pelosistema de controle interno de cada Poder.

    Essas instituies verificam as demonstraes financeiras, a obedincia snormas, regulamentos e buscam salvaguardar ativos de fraudes e desvios derecursos no setor pblico. Enfim, so os auditores externos e internos dessagrande empresa que o governo.

    5International Organization of Supreme Audit Institutions

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    J a INTOSAI entidade internacional que congrega as EFS de diversos pasese emite normas e regulamentos que orientam as atividades e procedimentos

    de auditoria governamental.Dessa forma, segundo a INTOSAI, a auditoria governamental a atividadeindependente e objetiva que, atravs da aplicao de procedimentosespecficos, tem a finalidade de emitir opinio sobre a adequao dascontas governamentais, assim como apresentar comentrios sobre odesempenho organizacional e o resultado dos programas de governo.

    Veja que, de forma semelhante auditoria independente das demonstraescontbeis, a auditoria governamental tambm se caracteriza por uma atuaoautnoma (independente) com dois objetivos especficos:

    emitir uma opinio sobre a adequao das contas governamentais(=auditoria de regularidade ou auditoria de conformidade ou auditoria decompliance); e

    avaliar e apresentar recomendaes sobre o desempenho das atividadese programas governamentais (=auditoria de desempenho ou auditoriaoperacional ou auditoria de otimizao de recursos).

    Dessa forma, as auditorias de regularidade objetivam avaliar a legalidade e a

    legitimidade dos atos de gesto do ente pblico, certificando-se, por exemplo,que as entidades responsveis cumpriram sua obrigao de prestar contas,que as decises administrativas foram tomadas com probidade e que osdispositivos legais e normativos esto sendo seguidos.

    J, a auditoria de desempenho preocupa-se em verificar a economia, aeficincia e a eficcia da gesto pblica.

    Segundo a INTOSAI, a auditoria de regularidade tem por objetivo:

    (a) certificar que as entidades responsveis cumpriram sua obrigaode prestar contas, o que inclui o exame e a avaliao dos registrosfinanceiros e a emisso de parecer sobre as demonstraescontbeis;

    (b) emitir parecer sobre as contas do governo;(c) auditar os sistemas e as operaes financeiras, incluindo o exame

    da observncia s disposies legais e regulamentares aplicveis;

    (d) auditar o sistema de controle interno e as funes da auditoriainterna;

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    (e) verificar a probidade e a adequao das decises administrativasadotadas pela entidade auditada; e

    (f) informar sobre quaisquer outros assuntos, decorrentes ourelacionados com a auditoria, que a EFS considere necessriorevelar.

    Enfim, note que todos esses objetivos esto ligados por um elo emcomum a anlise da regularidade. Guarde isso!

    Veja que verificar a obrigao de prestar contas, avaliar as contas de governoe os sistemas de controles, avaliar a probidade das decises administrativas,tudo isso est ligado ao exame da legalidade e da legitimidade da gesto.

    Legalidade se refere ao cumprimento das leis, normas e regulamentos. J alegitimidade um conceito um pouco mais abrangente e envolve as noes deticas que existem em uma sociedade.

    Por exemplo, vamos supor que o prefeito de uma cidade decide renovar a frotade carros que servem a prefeitura. Decide trocar todos os Fiat Uno por BMW!

    Por mais que todas as normas licitatrias sejam fielmente cumpridas(legalidade), a futilidade do gasto faz com que esse ato no tenha

    legitimidade.

    J, a auditoria de desempenho, segundo a INTOSAI, preocupa-se emverificar a economia, a eficincia e a eficcia, e tem por objetivo determinar:

    (a) se a administrao desempenhou suas atividades com economia, deacordo com princpios, prticas e polticas administrativas corretas;

    (b) se os recursos humanos, financeiros e de qualquer outra natureza soutilizados com eficincia, incluindo o exame dos sistemas de

    informao, dos procedimentos de mensurao e controle dodesempenho e as providncias adotadas pelas entidades auditadaspara sanar as deficincias detectadas; e

    (c) a eficcia do desempenho das entidades auditadas em relao aoalcance de seus objetivos e a avaliao dos resultados alcanados emrelao queles pretendidos.

    Portanto, fique atento: a auditoria governamental pode ser deregularidade ou de desempenho e o que as diferencia o seu escopo. A

    primeira foca os critrios de legalidade e legitimidade, enquanto que a segundafoca os critrios de economicidade, eficcia, eficincia e efetividade.

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    As EFS devem buscar executar auditorias de conformidade ou de desempenhoem todas as organizaes pblicas, de modo a realizar o exame das Contas de

    Governo de forma mais efetiva.Um detalhe bastante importante: pode haver, na prtica, umasuperposio entre as auditorias de regularidade e operacional.

    Ou seja, uma auditoria operacional pode avaliar aspectos de legalidade elegitimidade, assim como uma auditoria de regularidade pode avaliar aspectosde eficincia e economicidade.

    Nesses casos, a classificao da auditoria depender de seu objetivo principal.

    Ainda vamos retomar a discusso sobre as diferentes classificaes deauditoria governamental na aula 03.

    Muito bem, vamos ver agora como tudo que acabamos de discutir costuma sercobrado em provas:

    1. (Cesgranrio/Analista Bacen - rea 5/2010) Quanto s caractersticasda auditoria interna e externa, analise as afirmativas a seguir.

    I - O processo pelo qual o auditor se certifica de que as demonstraes

    financeiras representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, aposio patrimonial e financeira da empresa, por meio da emisso de parecer,caracteriza a auditoria externa.II - O exerccio da auditoria interna privativo de contabilista registrado noConselho Regional de Contabilidade da jurisdio.III - A principal caracterstica da auditoria interna a independncia, ou seja,no possui vnculo com a empresa auditada.IV - O parecer do auditor independente pode ser classificado em: semressalva, com ressalva, adverso ou com absteno de opinio.

    Est correto SOMENTE o que se afirma em

    A) I e II.B) I e IV.C) II e III.D) III e IV.E) I, II e III.

    Resoluo:

    Item I Correto. Lembre-se que demonstraes financeiras o mesmo quedemonstraes contbeis e que agora com as novas normas de auditoriapassou a ser chamado de relatrio financeiro aplicvel. Lembre-se tambm que

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    hoje o auditor emite uma opinio por meio de um relatrio (=parecer, nasnormas revogadas).

    Item II Errado. O exerccio da auditoria interna privativo de Contador comregistro no CRC e no de contabilistas (nestes tambm se enquadram ostcnicos contbeis, por exemplo).

    Item III Errado. Essa caracterstica da auditoria externa e no da interna.

    Item IV Correto. Lembre-se que com as novas normas de auditoria a opiniodo auditor passou a ser emitida por meio de relatrio (=parecer), essa opiniopode ser sem ressalva, com ressalva, adversa ou, ainda, o auditor podeabster-se de opinar.

    Gabarito: Letra B.

    02. (Cesgranrio/Auditor Jnior - Petrobras/1-2010) Atualmente, aauditoria interna uma atividade de grande importncia dentro dasorganizaes no s pelo fato de ser exigida por lei, mas tambm por

    I - ser uma atividade de avaliao independente que assessora a alta gestoda empresa;II - visar avaliao da eficcia dos sistemas de controle e procedimentos

    operacionais;III - verificar o devido cumprimento das normas internas e externas;IV - emitir parecer sobre as demonstraes contbeis, publicadas no final doexerccio;V - executar a fiscalizao tributria na empresa, emitindo autuaes, quandonecessrio.

    Correspondem a aspectos que conferem importncia auditoria interna asproposies

    (A) I e III, apenas.(B) I, II e III, apenas.(C) I, II, e IV, apenas.(D) II, III, IV e V, apenas.(E) I, II, III, IV e V.

    Comentrios:

    Vejamos mais uma vez cada item...

    Item I: Certo.A auditoria interna deve ser autnoma e existe para assessorar aadministrao da entidade no atingimento dos objetivos organizacionais.

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    Itens II e III: Certos.

    A auditoria interna avalia, revisa e prope melhorias para o sistema decontrole interno da entidade.

    Item IV: Errado.Isso funo do auditor externo.

    Item V: Errado.Isso funo do auditor tributrio.

    Logo, o gabarito o item B.

    03. (Cesgranrio/Auditor Jnior - Petrobras/2-2010) As atividades deauditoria interna e de auditoria externa muitas vezes so executadassimultaneamente dentro das Companhias, porm essas atividades possuemobjetivos diferentes. Nas Companhias de capital aberto, o principal objetivo daauditoria externa

    (A) verificar se as normas internas esto sendo seguidas.(B) atestar a integridade dos procedimentos internos.(C) emitir um parecer sobre as demonstraes contbeis.(D) verificar se o fluxo de caixa est de acordo com as normas externas.

    (E) emitir opinio sobre as normas internas.

    Comentrios:

    Essa bem tranquila, no?

    Falamos que o objetivo do auditor externo (independente) emitir umaopinio (parecer) sobre as demonstraes contbeis. Logo, o gabarito o itemC.

    04. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primria na preveno edeteco de fraudes e erros :

    (A) da administrao.(B) da auditoria interna.(C) do conselho de administrao.(D) da auditoria externa.(E) do comit de auditoria.

    Resoluo:

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    Vimos que, diferente do que muitos pensam, a deteco de erros e fraudesno responsabilidade do auditor independente, mas da administrao da

    empresa e dos responsveis pela governana.Veremos na aula 01 do nosso curso as definies de fraude e erro, mas jadiantamos que a fraude decorre de ato intencional, o erro de ato nointencional, resultantes de omisso, de desateno, de negligncia etc.Portanto, o diferencial entre um e outro a vontade do agente.

    Nesse sentido, veja o que diz a NBC TA 240: As distores nas demonstraescontbeis podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraudee erro est no fato de ser intencional ou no intencional a ao subjacente queresulta em distoro nas demonstraes contbeis.

    Portanto, cuidado! Veja que o auditor busca dar uma opinio sobre se asdemonstraes contbeis esto livres de distores relevantes, independentese foram causadas por fraudes ou erros.

    Logo, o gabarito a letra A.

    05. (ESAF/APOFP Sefaz SP/2009 - Adaptada) Sobre a auditoriaindependente, correto afirmar que tem por objetivo:

    (A) auxiliar a administrao da entidade no cumprimento de seus objetivos.(B) apresentar subsdios para o aperfeioamento da gesto e dos controlesinternos.(C) emitir opinio sobre a adequao das demonstraes contbeis.(D) levar instncia decisria elementos de prova necessrios a subsidiar ajusta soluo do litgio.(E) recomendar solues para as no conformidades apontadas nos relatrios.

    Resoluo:

    Vamos analisar item a item:

    Item A: Errado.

    O objetivo do auditor independente no ajudar a administrao a cumprirseus objetivos, isso papel do auditor interno ou de um consultor (falaremosj sobre isso). O objetivo primordial da auditoria externa aumentar o grau deconfiana nas demonstraes contbeis por parte dos usurios, por intermdioda emisso de uma opinio tcnica e independente.

    Item B: Errado.

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    O auditor independente pode apresentar esses subsdios, contudo, este no oseu objetivo principal.

    Item C: Certo.

    Esse o objetivo da auditoria independente. Perceba que as normas em vigora partir de 2010 no citam mais o termo parecer, mas sim, opinio doauditor sobre as demonstraes contbeis, cuja emisso se d por intermdiode um relatrio.

    Contudo, tal termo (parecer) consagrado na literatura tcnica, desta forma,entendemos que sua manuteno vlida mesmo sob a tica das normasnovas.

    bom ressaltar que essa opinio de auditoria no assegura, por exemplo, aviabilidade futura da entidade nem a eficincia ou eficcia com a qual aadministrao conduziu os negcios da entidade. Trata-se somente de umaopinio sobre se as demonstraes contbeis apresentadas pela entidade estoadequadas.

    Item D: Errado.

    A afirmao dessa assertiva representa o papel do perito contbil, no do

    auditor independente.

    Item E: Errado.

    O auditor externo tambm pode e deve fazer recomendaes para aadministrao por intermdio do chamado relatrio comentrio, todavia esseno seu objetivo final.

    Logo, o gabarito o item C.

    06. (FGV/Fiscal de Rendas Sefaz RJ/2010) No momento da elaboraodas demonstraes contbeis, o profissional de contabilidade responsveldever definir a estrutura do balano patrimonial, considerando anormatizao contbil. Esse procedimento tem como objetivo principal:

    (A) aprimorar a capacidade informativa para os usurios das demonstraescontbeis.(B) atender s determinaes das autoridades tributrias.(C) seguir as clusulas previstas nos contratos de financiamento com osbancos.

    (D) acompanhar as caractersticas aplicadas no setor econmico de atuao daempresa.(E) manter a consistncia com os exerccios anteriores.

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    Resoluo:

    A NBC TA 200 (Resoluo CFC n 1.203/09) a norma basilar da auditoriaindependente e traz seus principais conceitos e objetivos.

    Segundo essa norma, o objetivo da auditoria aumentar o grau de confiananas demonstraes contbeis por parte dos usurios. Isso alcanadomediante a expresso de uma opinio pelo auditor sobre se as demonstraescontbeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, emconformidade com uma estrutura de relatrio financeiro aplicvel.

    Estrutura de relatrio financeiro aplicvel a estrutura de relatrio financeiroadotada pela administrao na elaborao das demonstraes contbeis, que aceitvel em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstraescontbeis ou que seja exigida por lei ou regulamento.

    Assim, um profissional de contabilidade define a estrutura do balanopatrimonial, considerando a normatizao contbil, para aumentar o grau deconfiana nas demonstraes contbeis por parte dos usurios, ou seja, paraaprimorar a capacidade informativa para os usurios das demonstraescontbeis.

    Dessa forma, o gabarito a letra A.

    07. (Cesgranrio - Contador/TCE-RO - 2007) De modo diferente do auditorexterno, o auditor interno um empregado da empresa, o que lhe permite, emdecorrncia, maior dedicao para realizar o seu trabalho. Alm dessa, outradiferena do trabalho do auditor interno em relao ao auditor externo :

    (A) emitir opinio fundamentada sobre as demonstraes contbeis.(B) executar, apenas, auditoria contbil.(C) realizar menor volume de testes.

    (D) utilizar testes que visam a identificar erros que possam alterarsubstancialmente as demonstraes.(E) verificar a necessidade de aprimorar normas operacionais.

    Resoluo:

    Item A: errado.

    Essa uma diferena, porm, quem emite a opinio fundamentada sobre asdemonstraes contbeis o auditor externo e no o interno.

    Item B: errado.

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    J vimos que o auditor interno, alm da auditoria contbil, executa tambm aauditoria operacional.

    Item C: errado.

    exatamente o contrrio, o auditor interno realiza um nmero maior de testesem relao ao auditor externo.

    Perceba que esse tipo de assertiva se repete constantemente, portanto, gravebem isso.

    Item D: errado.

    Quem executa esses testes o auditor externo, que tem por objetivo emitirum parecer sobre as demonstraes contbeis.

    Item E: certo.

    Esse o gabarito. O auditor interno tem por objetivo verificar a necessidade deaprimorar as normas operacionais da entidade, enquanto que, o auditorexterno tem por objetivo avaliar e emitir uma opinio sobre as demonstraescontbeis.

    Logo, o gabarito o item E.

    08. (Cesgranrio - Contador/Pref. Manaus - 2004) A respeito de auditorinterno e auditor externo, so feitas as afirmativas abaixo. Assinale a nicacorreta.

    (A) Ambos tm vinculo empregatcio.(B) O auditor interno executa auditoria contbil e operacional e o externo, sauditoria contbil.(C) O nvel de independncia igual para os dois auditores.

    (D) O auditor interno faz menor nmero de testes que o externo.(E) As duas auditorias tm por objetivo auditar as diversas reas dasdemonstraes contbeis.

    Resoluo:

    Item A: errado.

    Apenas o auditor interno tem vnculo empregatcio com a entidade. O auditorindependente no pode ter vnculo empregatcio com a entidade auditada, isso

    ofenderia sua independncia.

    Item B: certo.

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    Perfeito, vimos que o auditor interno, alm da auditoria contbil, executa

    tambm a auditoria operacional, por sua vez, o auditor externo executasomente a auditoria contbil.

    Item C: errado.

    No esquea que os dois so independentes, contudo, o grau dessaindependncia varia, sendo maior no auditor externo. Apesar de o auditorinterno exercer suas atividades com autonomia, sua independncia em relao entidade menor em relao ao auditor externo.

    Item D: errado.

    exatamente o contrrio, o auditor interno realiza um nmero maior de testesem relao ao auditor externo.

    Item E: errado.

    No, apenas a auditoria realizada pelo auditor externo tem por objetivo auditaras demonstraes contbeis, a auditoria realizada pelo auditor interno tem porobjetivo avaliar a integridade, adequao, eficcia, eficincia e economicidadedos processos, dos sistemas de informaes e dos controles internos da

    entidade.

    Logo, o gabarito o item B.

    09. (Cincias Contbeis/BNDES 2009 Cesgranrio) Quando se objetivadeterminar se certas atividades financeiras ou operacionais de uma entidadeobedecem s regras ou regulamentos que a elas se aplicam, realiza-se umaauditoria

    (A) de demonstraes contbeis.

    (B) de compliance.(C) administrativa.(D) operacional.(E) transacional.

    Resoluo:

    Vimos que a auditoria governamental pode ser de regularidade (conformidadeou compliance) ou de desempenho (operacional ou performance) e o que asdiferencia o seu escopo.

    A primeira foca os critrios de legalidade e legitimidade, enquanto que asegunda foca os critrios de economicidade, eficcia, eficincia e efetividade.

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    Assim, quando o interesse verificar se as entidades obedecem s regras

    ou regulamentos que a elas se aplicam, falamos em auditoria deconformidade ou compliance.

    Logo, o gabarito o item B

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    Gerenciamento de Risco

    Antes de falar sobre gerenciamento de riscos, vamos falar brevemente sobreGovernana Corporativa.

    Em nossa aula de hoje, discutimos o conceito e a evoluo da auditoria, deforma a deixar claro o que significa auditoria e o que se espera da suaaplicao.

    Voc deve lembrar que a auditoria surgiu para atender uma necessidadedecorrente da evoluo do sistema capitalista, nasceu de uma demanda deterceiros externos administrao das empresas (acionistas, investidores,credores, clientes, fisco etc.) por uma avaliao imparcial e independente dasituao financeira, patrimonial e operacional das instituies.

    Enfim, vimos que a auditoria consiste no exame sistemtico eindependente das atividades desenvolvidas em determinada empresaou setor.

    J a governana um conceito estritamente ligado a tudo que discutimos ataqui, que existe com a finalidade assegurar que o comportamento da

    administrao esteja sempre alinhado ao interesse dos acionistas da entidade.

    Bom... na realidade, trata-se de um conceito bem recente, iniciado emempresas norte-americanas nos anos 90.

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Governana Corporativa IBGC, agovernana corporativa surgiu da necessidade de acionistas em promovernovas regras que os protegessem dos abusos da diretoria executiva dasempresas, da inrcia de conselhos de administrao inoperantes e dasomisses das auditorias externas.

    Conceitualmente, surgiu para superar o "conflito de agncia", decorrente daseparao entre a propriedade e a gesto empresarial.

    O conflito de agncia um tipo de assimetria de informao na qual oproprietrio (acionista) delega a um agente especializado (executivo) o poderde deciso sobre sua propriedade. No entanto, os interesses do gestor nemsempre estaro alinhados com os do proprietrio, resultando em um conflitode agncia ou conflito agente-principal.

    Imagine a seguinte situao: voc investe seu dinheiro em uma barraquinhade cachorro-quente e contrata algum para gerenciar o seu negcio (comprar

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    o po e as salsichas, abrir a barraquinha s seis horas da manh e trabalharat o final da noite etc.).

    Nesse caso, voc o principal e o seu gerente o agente.

    Como voc pode garantir que o seu gerente vai ser eficiente? Como garantirque ele vai se esforar para procurar os preos mais baixos de matria prima?Como ter certeza que ele vai comear a trabalhar cedinho, atender bem seusclientes...?

    Essa incerteza que voc tem em relao ao seu gerente que chamamos deconflito de agncia ou conflito agente-principal. Veja que, para ter sucesso noseu negcio, ser preciso desenvolver mecanismos que garantam que o seugerente (agente) se comporte da forma como voc (principal) quer.

    Portanto, de acordo com o IBGC, Governana Corporativa o sistema peloqual as organizaes so dirigidas, monitoradas e incentivadas,envolvendo os relacionamentos entre proprietrios, conselho deadministrao, diretoria e rgos de controle.

    As boas prticas de governana corporativa convertem princpios emrecomendaes objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar eotimizar o valor da organizao, facilitando seu acesso ao capital e

    contribuindo para a sua longevidade.

    A empresa que opta pelas boas prticas de Governana Corporativa adotacomo linhas mestras a transparncia, a prestao de contas, a equidade e aresponsabilidade corporativa.

    A ausncia de conselheiros qualificados e de bons sistemas de GovernanaCorporativa tem levado empresas a fracassos decorrentes de:

    Abusos de poder do acionista controlador sobre minoritrios, da diretoriasobre o acionista e dos administradores sobre terceiros;

    Erros estratgicos resultados de muito poder concentrado no executivoprincipal; e

    Fraudes, uso de informao privilegiada em benefcio prprio, atuaoem conflito de interesses.

    Vejamos uma questo que trata exatamente do que acabamos de falar...

    10. (Cesgranrio/Auditor Jnior - Petrobras/1-2010) GovernanaCorporativa o sistema pelo qual as organizaes so dirigidas, monitoradas e

    incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietrios, conselho deadministrao, diretoria e rgos de controle. As boas prticas de governanacorporativa possuem a finalidade bsica de

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    (A) preservar e otimizar o valor da organizao, facilitando seu acesso ao

    capital e contribuindo para a sua longevidade.(B) emitir um parecer sem ressalvas no tocante s prticas financeiras econtbeis da organizao.(C) mapear os controles internos inerentes aos processos contbeis,identificando os riscos existentes.(D) revisar os procedimentos executados pela alta administrao das empresascom emisso de parecer para os rgos reguladores.(E) preparar a estrutura da organizao para a implantao de um sistema decontroles internos.

    Comentrios:

    Vimos que as boas prticas de governana corporativa convertem princpiosem recomendaes objetivas, alinhando interesses com a finalidade depreservar e otimizar o valor da organizao, facilitando seu acesso ao capital econtribuindo para a sua longevidade.

    Logo, o gabarito o item A.

    11. (Cesgranrio/Auditor Junior: Contabilidade Petrobrs/2008) Coma crescente necessidade das partes interessadas em agregar valor e criar

    mecanismos para proteo das Companhias, surgiu o conceito de GovernanaCorporativa que basicamente o

    (A) sistema pelo qual as Companhias so dirigidas e monitoradas, para reduziros conflitos de interesse, envolvendo os relacionamentos entre acionistas,Conselho de Administrao, diretoria, auditoria independente e ConselhoFiscal.(B) sistema de monitoramento dos riscos que podem afetar,significativamente, as demonstraes contbeis das sociedades de capitalaberto, fornecendo relatrios mensais para os acionistas e para o Conselho de

    Administrao.(C) mtodo pelo qual o sistema de controles internos de uma empresa analisado, direcionando as concluses para tratamento nas reunies doConselho Fiscal e da Diretoria Executiva.(D) conjunto de prticas estabelecidas pela auditoria interna, em conjunto coma alta administrao das sociedades, objetivando a reduo dos riscos deimagem, de crdito e operacionais.(E) conjunto de normas e procedimentos estabelecidos pelo mercado,principalmente para reduzir o conflito de interesses entre acionistas efuncionrios das Companhias.

    Comentrios:

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    Essa questo pede basicamente a definio de Governana Corporativa,transcrita no item A.

    A governana corporativa nasceu da necessidade de acionistas e scios (partesinteressadas) em criar mecanismos que permitissem o alinhamento das aesdos gestores aos seus interesses, amenizando o conflito agente-principal.

    12. (Cesgranrio/Administrador Junior Termoau/2007) A GovernanaCorporativa diz respeito aos sistemas de controle e monitoramentoestabelecidos para atender aos interesses dos

    (A) gestores.(B) governos.(C) auditores.(D) sindicatos.(E) acionistas.

    Comentrios:

    Essa questo traz um ponto que muita gente se confunde. Agora, depois doque vimos, temos certeza que no ser o seu caso.

    A governana no objetiva atender uma necessidade da administrao, dos

    gestores da empresa, do sindicato, do governo etc., mas suprir umanecessidade dos acionistas frente a possveis desmandos e operaoineficiente dessa administrao.

    No podemos confundir governana com controle interno. Enquanto o primeirobusca atender as necessidades dos acionistas, por meio de mecanismos quemitiguem o conflito de agncia, o segundo busca desenvolver mecanismos queauxiliam a administrao no atingimento dos objetivos da entidade.

    Logo, o gabarito o item E.

    13. (ESAF/AFC CGU/2008) No final da dcada de 1990, empresas comoEnron, Tyco, HealthSouth e WorldCom entraram em processo de falncia emdecorrncia de graves escndalos contbeis, gerando uma forte crise nomercado de capitais norte-americano. Por causa disso, em julho de 2002,entrou em vigor dispositivo legal que, visando melhorias em governanacorporativa, definiu novos controles para as operaes de negcio e processosrelacionados aos relatrios financeiros, afetando no s o comportamento dasorganizaes, em especial as de capital aberto cujos papis circulam pelosprincipais mercados financeiros mundiais, mas tambm as prticas

    internacionais de auditoria interna at ento vigentes. Trata-se, aqui, da:

    (A) Lei de Responsabilidade Fiscal.

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    (B) Lei Sarbanes-Oxley.(C) Lei Barack-Obama.

    (D) Lei das Sociedades por Ao.(E) Normas da INTOSAI.

    Comentrios:

    No falamos ainda especificamente sobre a Lei Sarbanes-Oxley, vamosaproveitar essa questo para isso.

    A Lei Sarbanes-Oxley (Sarbox ou SOX) um dispositivo norte-americano quevisa garantir a criao de mecanismos de governana (ex.: regras de auditoriae de controles internos) nas empresas, de modo a mitigar riscos nos negcios,evitar a ocorrncia de fraudes, garantindo a transparncia na gesto dasempresas.

    Foi motivada por escndalos financeiros coorporativos ocorridos no incio dadcada de 2000 (dentre eles o da Enron, que acabou por afetar drasticamentea empresa de auditoria Arthur Andersen) e criada com o objetivo de evitar oesvaziamento dos investimentos financeiros e a fuga dos investidores causadapela aparente insegurana e desrespeito governana adequada das empresas poca dos escndalos.

    Logo, a resposta correta e o item B.

    Continuando nossa discusso, podemos dizer que o sistema de governanacorporativa um organismo complexo que envolve diversos atores, internos eexternos empresa, com atribuies distintas dentro desse sistema.

    Ao lado, ilustramos os diversosenvolvidos nos processos degovernana corporativa.

    Cada um desses personagens tem seupapel dentro de um sistema degovernana.

    O Conselho de Administrao, porexemplo, rgo colegiadoencarregado do processo de deciso deuma organizao em relao ao seudirecionamento estratgico. Constitui o

    principal componente do sistema degovernana. Seu papel ser o elo entre a propriedade (scios e acionistas) e agesto (presidente e diretores) para orientar e supervisionar a relao desta

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    ltima com as demais partes interessadas, recebendo assim poderes dosscios e, consequentemente, prestando contas a eles.

    Dentre as responsabilidades do Conselho de Administrao destacam-se adiscusso, aprovao e monitoramento de decises, envolvendo:

    Estratgia; Estrutura de capital; Apetite e tolerncia a risco (perfil de risco); Fuses e aquisies; Escolha e avaliao da auditoria independente; Processo sucessrio dos conselheiros e executivos; Prticas de Governana Corporativa; Relacionamento com partes interessadas; Sistema de controles internos (incluindo polticas e limites de alada); Poltica de gesto de pessoas; Cdigo de Conduta

    Outro exemplo, de personagem envolvido no processo de governana aauditoria independente que desempenha papel importante nesse contexto.

    O auditor externo independente verifica se as demonstraes financeirasrefletem adequadamente a realidade da sociedade, incluindo, muitas vezes, a

    reviso e a avaliao dos controles internos da organizao.

    Dessa forma, alm de emitir uma opinio imparcial sobre a adequao dasdemonstraes contbeis de uma empresa, esse profissional pode fornecer umrelatrio especfico de recomendaes sobre melhoria e aperfeioamento doscontroles internos.

    Veja como o processo de governana complexo e envolve diversasatividades, rgos e profissionais.

    Finalmente, vamos falar dos princpios bsicos que, segundo do IBGC,envolvem a governana corporativa:

    Transparncia (d isc l os u r e): Mais do que a obrigao de informar odesejo de disponibilizar para as partes interessadas as informaes quesejam de seu interesse e no apenas aquelas impostas por disposiesde leis ou regulamentos.

    A adequada transparncia resulta em um clima de confiana, tantointernamente quanto nas relaes da empresa com terceiros. No deve

    restringir-se ao desempenho econmico-financeiro, contemplandotambm os demais fatores (inclusive intangveis) que norteiam a aogerencial e que conduzem criao de valor.

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    Equidade (f a i r n es s): Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos osscios e demais partes interessadas (stakeholders). Atitudes ou polticasdiscriminatrias, sob qualquer pretexto, so totalmente inaceitveis.

    Prestao de Contas (a cc o u n t a b i l i t y): Os agentes de governana6devem prestar contas de sua atuao, assumindo integralmente asconsequncias de seus atos e omisses.

    Responsabilidade Corporativa: Os agentes de governana devemzelar pela sustentabilidade das organizaes, visando sua longevidade,incorporando consideraes de ordem social e ambiental na definio dosnegcios e operaes.

    Adicionalmente, alguns autores citam outros princpios de governana comotica e Cumprimento das Leis (co m p l i a n ce).

    E como a auditoria interna entra nesse contexto?

    Segundo o IIA, a auditoria interna deve avaliar e fazer recomendaesapropriadas para a melhoria do processo de governana corporativa,objetivando:

    Promoo tica e valores apropriados dentro da organizao; Assegurar a gesto do desempenho eficaz da organizao e a

    responsabilidade por prestao de contas; Comunicar s reas apropriadas da organizao, as informaes

    relacionadas a risco e controle; Coordenar as atividades e comunicar a informao entre o conselho, os

    auditores externos e internos e administrao.

    Vejamos algumas questes...

    14. (SMA/ Tcnico de Controle Externo TCM RJ/2011) No que dizrespeito aos pressupostos da governana corporativa e s recomendaes doCOSO acerca das referncias sobre controles internos, verifica-se que:

    (A) independncia constitui um dos quatro conceitos-chave apresentados peloCOSO(B) certeza e garantia total a respeito da qualidade da informao o que seespera de uma adequada poltica de controles internos(C) por conformidade, entende-se que os agentes da governana corporativadevem prestar contas dos seus atos administrativos, a fim de justificarem sua

    eleio, remunerao e desempenho6

    O termo agentes de governana (=responsveis pela governana) refere-se a scios, administradores (conselheiros deadministrao e executivos/ gestores), conselheiros fiscais e auditores.

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    (D) so pressupostos para caracterizao das boas prticas de governanacorporativa: a transparncia, a equidade, o accountability e o compliance

    (E) no mago da governana corporativa existe necessariamente apreocupao com o poder, caracterizando uma forma de assegurar a eficciadas decises

    Comentrios:

    Essa uma recente questo que misturou alguns conceitos de COSO (falamossobre isso em nossa aula demonstrativa) e de Governana. Vejamos cadaitem...

    Item (A): Errado.

    A metodologia do COSO baseada em 5 elementos Ambiente de Controle;Avaliao e Gerenciamento dos Riscos; Atividade de Controle; Informao eComunicao; e Monitoramento.

    Independncia no um conceito-chave da metodologia COSO.

    Item (B): Errado.

    J vimos que no h certeza ou garantia absoluta em nenhum aspecto do

    controle interno.

    Item (C): Errado.

    Essa a definio de accountability. Conformidade ou compliance aaderncia s normas.

    Item (D): Certo.

    Esses so alguns dos elementos esperados em uma estrutura de governana.

    Item (E): Errado.

    A preocupao com o poder no o mago da governana coorporativa.

    Portanto, o gabarito a letra D.

    15. (Cespe/Analista de Controle Externo TCU/2007) A funo dosadministradores pblicos utilizar, de forma econmica, eficiente e eficaz, osrecursos ao seu dispor para a consecuo das metas que lhes foram

    determinadas, devendo ser observado, nesse aspecto, em sentido amplo, oconceito de governana, cuja finalidade atingida por meio da tcnicadenominada anlise de risco.

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    Comentrios:

    Realmente, a funo dos administradores pblicos (e tambm privados) administrar os recursos de forma econmica, eficiente e eficaz.

    Esse fato representa certamente o conceito amplo de governana que oalinhamento dos gestores aos objetivos dos acionistas (setor privado) ou dapopulao (setor pblico). Ora, o dono de qualquer empresa deseja que seupatrimnio seja administrado de forma econmica, eficiente e eficaz.

    Alm disso, a anlise de risco uma atividade fundamental na estrutura degovernana, dado que auxilia na adoo de medidas de mitigao de riscos deerros e fraudes, permitindo atingir os objetivos das instituies.

    Logo, o item est correto.

    16. (Cespe/Auditor de Contas Pblicas CGE PB/2008) ADAPTADA O Instituto Brasileiro de Governana Corporativa define aslinhas mestras das boas prticas de governana corporativa, relacionando-asem quatro vertentes. Uma dessas vertentes denominada transparncia(disclosure).

    Comentrios:

    Vimos que, segundo o IBGC, h 4 (quatro) princpios bsicos que envolvem agovernana corporativa, entre ele a transparncia que busca, alm daobrigao de informar, o desejo de disponibilizar para as partes interessadasas informaes que sejam de seu interesse e no apenas aquelas impostas pordisposies de leis ou regulamentos.

    Esse princpio, como vimos, resulta em um clima de confiana nas relaesagente-principal.

    Logo, o item est correto.

    Finalizamos, aqui, a nossa primeira aula.

    Na prxima aula, continuaremos falando sobre governana e gesto deriscos...

    Um grande abrao,Davi e Fernando

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    Lista de Questes

    1. (Cesgranrio/Analista Bacen - rea 5/2010) Quanto s caractersticasda auditoria interna e externa, analise as afirmativas a seguir.

    I - O processo pelo qual o auditor se certifica de que as demonstraesfinanceiras representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, aposio patrimonial e financeira da empresa, por meio da emisso de parecer,caracteriza a auditoria externa.II - O exerccio da auditoria interna privativo de contabilista registrado noConselho Regional de Contabilidade da jurisdio.III - A principal caracterstica da auditoria interna a independncia, ou seja,no possui vnculo com a empresa auditada.IV - O parecer do auditor independente pode ser classificado em: semressalva, com ressalva, adverso ou com absteno de opinio.

    Est correto SOMENTE o que se afirma em

    A) I e II.B) I e IV.C) II e III.

    D) III e IV.E) I, II e III.

    02. (Cesgranrio/Auditor Jnior - Petrobras/1-2010) Atualmente, aauditoria interna uma atividade de grande importncia dentro dasorganizaes no s pelo fato de ser exigida por lei, mas tambm por

    I - ser uma atividade de avaliao independente que assessora a alta gestoda empresa;II - visar avaliao da eficcia dos sistemas de controle e procedimentos

    operacionais;III - verificar o devido cumprimento das normas internas e externas;IV - emitir parecer sobre as demonstraes contbeis, publicadas no final doexerccio;V - executar a fiscalizao tributria na empresa, emitindo autuaes, quandonecessrio.

    Correspondem a aspectos que conferem importncia auditoria interna asproposies

    (A) I e III, apenas.(B) I, II e III, apenas.(C) I, II, e IV, apenas.

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    (D) II, III, IV e V, apenas.(E) I, II, III, IV e V.

    03. (Cesgranrio/Auditor Jnior - Petrobras/2-2010) As atividades deauditoria interna e de auditoria externa muitas vezes so executadassimultaneamente dentro das Companhias, porm essas atividades possuemobjetivos diferentes. Nas Companhias de capital aberto, o principal objetivo daauditoria externa

    (A) verificar se as normas internas esto sendo seguidas.(B) atestar a integridade dos procedimentos internos.(C) emitir um parecer sobre as demonstraes contbeis.(D) verificar se o fluxo de caixa est de acordo com as normas externas.(E) emitir opinio sobre as normas internas.

    04. (ESAF/AFRFB/2009) A responsabilidade primria na preveno edeteco de fraudes e erros :

    (A) da administrao.(B) da auditoria interna.(C) do conselho de administrao.(D) da auditoria externa.(E) do comit de auditoria.

    05. (ESAF/APOFP Sefaz SP/2009 - Adaptada) Sobre a auditoriaindependente, correto afirmar que tem por objetivo:

    (A) auxiliar a administrao da entidade no cumprimento de seus objetivos.(B) apresentar subsdios para o aperfeioamento da gesto e dos controlesinternos.(C) emitir opinio sobre a adequao das demonstraes contbeis.(D) levar instncia decisria elementos de prova necessrios a subsidiar ajusta soluo do litgio.

    (E) recomendar solues para as no conformidades apontadas nos relatrios.

    06. (FGV/Fiscal de Rendas Sefaz RJ/2010) No momento da elaboraodas demonstraes contbeis, o profissional de contabilidade responsveldever definir a estrutura do balano patrimonial, considerando anormatizao contbil. Esse procedimento tem como objetivo principal:

    (A) aprimorar a capacidade informativa para os usurios das demonstraescontbeis.(B) atender s determinaes das autoridades tributrias.

    (C) seguir as clusulas previstas nos contratos de financiamento com osbancos.

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    (D) acompanhar as caractersticas aplicadas no setor econmico de atuao daempresa.

    (E) manter a consistncia com os exerccios anteriores.07. (Cesgranrio - Contador/TCE-RO - 2007) De modo diferente do auditorexterno, o auditor interno um empregado da empresa, o que lhe permite, emdecorrncia, maior dedicao para realizar o seu trabalho. Alm dessa, outradiferena do trabalho do auditor interno em relao ao auditor externo :

    (A) emitir opinio fundamentada sobre as demonstraes contbeis.(B) executar, apenas, auditoria contbil.(C) realizar menor volume de testes.(D) utilizar testes que visam a identificar erros que possam alterarsubstancialmente as demonstraes.(E) verificar a necessidade de aprimorar normas operacionais.

    08. (Cesgranrio - Contador/Pref. Manaus - 2004) A respeito de auditorinterno e auditor externo, so feitas as afirmativas abaixo. Assinale a nicacorreta.

    (A) Ambos tm vinculo empregatcio.(B) O auditor interno executa auditoria contbil e operacional e o externo, sauditoria contbil.

    (C) O nvel de independncia igual para os dois auditores.(D) O auditor interno faz menor nmero de testes que o externo.(E) As duas auditorias tm por objetivo auditar as diversas reas dasdemonstraes contbeis.

    09. (Cincias Contbeis/BNDES 2009 Cesgranrio) Quando se objetivadeterminar se certas atividades financeiras ou operacionais de uma entidadeobedecem s regras ou regulamentos que a elas se aplicam, realiza-se umaauditoria

    (A) de demonstraes contbeis.(B) de compliance.(C) administrativa.(D) operacional.(E) transacional.

    10. (Cesgranrio/Auditor Jnior - Petrobras/1-2010) GovernanaCorporativa o sistema pelo qual as organizaes so dirigidas, monitoradas eincentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietrios, conselho deadministrao, diretoria e rgos de controle. As boas prticas de governana

    corporativa possuem a finalidade bsica de

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    (A) preservar e otimizar o valor da organizao, facilitando seu acesso aocapital e contribuindo para a sua longevidade.

    (B) emitir um parecer sem ressalvas no tocante s prticas financeiras econtbeis da organizao.(C) mapear os controles internos inerentes aos processos contbeis,identificando os riscos existentes.(D) revisar os procedimentos executados pela alta administrao das empresascom emisso de parecer para os rgos reguladores.(E) preparar a estrutura da organizao para a implantao de um sistema decontroles internos.

    11. (Cesgranrio/Auditor Junior: Contabilidade Petrobrs/2008) Coma crescente necessidade das partes interessadas em agregar valor e criarmecanismos para proteo das Companhias, surgiu o conceito de GovernanaCorporativa que basicamente o

    (A) sistema pelo qual as Companhias so dirigidas e monitoradas, para reduziros conflitos de interesse, envolvendo os relacionamentos entre acionistas,Conselho de Administrao, diretoria, auditoria independente e ConselhoFiscal.(B) sistema de monitoramento dos riscos que podem afetar,significativamente, as demonstraes contbeis das sociedades de capitalaberto, fornecendo relatrios mensais para os acionistas e para o Conselho de

    Administrao.(C) mtodo pelo qual o sistema de controles internos de uma empresa analisado, direcionando as concluses para tratamento nas reunies doConselho Fiscal e da Diretoria Executiva.(D) conjunto de prticas estabelecidas pela auditoria interna, em conjunto coma alta administrao das sociedades, objetivando a reduo dos riscos deimagem, de crdito e operacionais.(E) conjunto de normas e procedimentos estabelecidos pelo mercado,principalmente para reduzir o conflito de interesses entre acionistas efuncionrios das Companhias.

    12. (Cesgranrio/Administrador Junior Termoau/2007) A GovernanaCorporativa diz respeito aos sistemas de controle e monitoramentoestabelecidos para atender aos interesses dos

    (A) gestores.(B) governos.(C) auditores.(D) sindicatos.(E) acionistas.

    13. (ESAF/AFC CGU/2008) No final da dcada de 1990, empresas comoEnron, Tyco, HealthSouth e WorldCom entraram em processo de falncia em

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    decorrncia de graves escndalos contbeis, gerando uma forte crise nomercado de capitais norte-americano. Por causa disso, em julho de 2002,

    entrou em vigor dispositivo legal que, visando melhorias em governanacorporativa, definiu novos controles para as operaes de negcio e processosrelacionados aos relatrios financeiros, afetando no s o comportamento dasorganizaes, em especial as de capital aberto cujos papis circulam pelosprincipais mercados financeiros mundiais, mas tambm as prticasinternacionais de auditoria interna at ento vigentes. Trata-se, aqui, da:

    (A) Lei de Responsabilidade Fiscal.(B) Lei Sarbanes-Oxley.(C) Lei Barack-Obama.(D) Lei das Sociedades por Ao.(E) Normas da INTOSAI.

    14. (SMA/ Tcnico de Controle Externo TCM RJ/2011) No que dizrespeito aos pressupostos da governana corporativa e s recomendaes doCOSO acerca das referncias sobre controles internos, verifica-se que:

    (A) independncia constitui um dos quatro conceitos-chave apresentados peloCOSO(B) certeza e garantia total a respeito da qualidade da informao o que seespera de uma adequada poltica de controles internos

    (C) por conformidade, entende-se que os agentes da governana corporativadevem prestar contas dos seus atos administrativos, a fim de justificarem suaeleio, remunerao e desempenho(D) so pressupostos para caracterizao das boas prticas de governanacorporativa: a transparncia, a equidade, o accountability e o compliance(E) no mago da governana corporativa existe necessariamente apreocupao com o poder, caracterizando uma forma de assegurar a eficciadas decises

    15. (Cespe/Analista de Controle Externo TCU/2007) A funo dos

    administradores pblicos utilizar, de forma econmica, eficiente e eficaz, osrecursos ao seu dispor para a consecuo das metas que lhes foramdeterminadas, devendo ser observado, nesse aspecto, em sentido amplo, oconceito de governana, cuja finalidade atingida por meio da tcnicadenominada anlise de risco.

    16. (Cespe/Auditor de Contas Pblicas CGE PB/2008) ADAPTADA O Instituto Brasileiro de Governana Corporativa define aslinhas mestras das boas prticas de governana corporativa, relacionando-asem quatro vertentes. Uma dessas vertentes denominada transparncia

    (disclosure).

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    Gabarito:

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10B B C A C A E B B A

    11 12 13 14 15 16A E B D Certo Certo

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    Bibliografia

    BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resoluo CFC 1.203/09 - NBC TA200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Conduo da Auditoria emConformidade com Normas de Auditoria).

    Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (e suas atualizaes).

    Instituto Brasileiro de Governana Corporativa. Cdigo das melhores prticasde governana corporativa. 4.ed. So Paulo,SP : IBGC, 2009.

    ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. SoPaulo: Ed. Atlas, 2007.

    ATTIE, Wiliam. Auditoria Conceitos e Aplicaes. So Paulo: Ed. Atlas, 2009.

    BARRETO, Davi; GRAEFF, Fernando. Auditoria: teoria e exerccios comentados.Mtodo, 2010.

    BOYNTON, Marcelo Willian C. Auditoria. So Paulo: Ed. Atlas, 2002.

    BRAGA, Hugo Rocha & Almeida, Marcelo Cavalcanti. Mudanas Contbeis naLei Societria. So Paulo: Ed. Atlas, 2009.

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    Introduo ........................................................................................ 01Governana e anlise de risco (2/2)....................................................... 02

    Papel da Auditoria ...............................................................................23Lista de questes ............................................................................... 27Bibliografia ........................................................................................ 33

    Introduo

    Prezado Aluno,

    Vamos dar continuidade ao nosso curso falando mais um pouso sobre

    governana e anlise de risco, tambm trataremos do papel da auditoria naestrutura de governana.

    Outra coisa: sempre colocaremos as questes discutidas durante a aula nofinal do arquivo, caso voc queira tentar resolver as questes antes de ver oscomentrios.

    E, por ltimo, participe do Frum de dvidas, que um dos diferenciais doPonto. L voc poder tirar suas dvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudarno aprimoramento dos nossos cursos.

    Dito isto, mos obra...

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    Gerenciamento de Risco

    Bom... na aula passada falamos bastante sobre governana corporativa. Mascomo esses conceitos so aplicados no setor pblico?

    Com relao governana do setor pblico, a literatura escassa, assim,busca-se fazer um paralelo das definies e ensinamento do setor privado,importando esses conceitos para o setor governamental.

    No estamos falando aqui de empresas estatais, como a Petrobrs e Banco doBrasil, que, muitas vezes tm at capital aberto em bolsa de valores e, poresse motivo, adotam as regras de governana corporativas que j discutimos.Enfim, esses casos no trazem grandes novidades.

    O X da questo definir uma estrutura de governana para a administraopblica lato sensu, que envolve rgos governamentais da administraodireta e indireta, diretamente envolvidos com o bem estar pblico.

    Veja... no caso do setor pblico, quem o acionista? Somos ns!

    O principal do setor pblico o Estado que, por sua vez, representa a

    sociedade, enquanto que o agente representado pelo governo, pelosservidores pblico, enfim, por todos aqueles que administram a mquinapblica.

    Assim, um conceito vlido de governana pblica o de um sistema pelo qualas organizaes so dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo osrelacionamentos entre a sociedade e os gestores estatais.

    Bresser-Pereira1, definiu governana estatal como os meios financeiros eadministrativos para que ele possa intervir efetivamente sempre que o

    mercado no tiver condies de estimular a capacidade competitiva dasempresas nacionais e de coordenar adequadamente a economia.

    Em outras palavras, governana no setor pblico consiste nosmecanismos que permitem ao Estado gerir de forma legal, legtima,econmica, eficiente e eficaz a implementao de suas polticaspblicas legitimadas pela sociedade.

    De acordo com o autor, governana difere de governabilidade. O primeiroconceito se refere capacidade do Estado de implementar as polticas pblicas,

    1Captulo 16 de Bresser-Pereira, Luiz Carlos, Crise Econmica e Reforma do Estado no Brasil. So Paulo, Editora 34,

    1996: 269-294.

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    enquanto que o segundo se refere legitimidade democrtica e o apoio que oEstado conta na sociedade civil.

    Por fim, julgamos importante discutir as definies do IFAC (InternationalFederation of Accountants) que, no estudo Governance in the Public Sector(2001), definiu governana como o sistema no qual as instituies sodirigidas e monitoradas, com base em trs princpios fundamentais:

    Abertura (openness): garante aos stakeholders confiana no processodecisrio e nas aes conduzidas pelas entidades do setor pblico, bemcomo na gesto das atividades administrativas e nos indivduos dentrodesse processo.

    Integridade (integrity): baseada na honestidade e objetividade, e emaltos padres de normas de propriedade e probidade na administraodos recursos pblicos e na gesto das atividades institucionais.

    Responsabilizao e Prestao de Contas (accountability):processo no qual as entidades do setor pblico e os indivduos que delasparticipam so responsveis por suas aes, em termos de conformidadee performance, bem como se submetem ao processos apropriados deprestao de contas com o pblico externo.

    De acordo com o IFAC, esses princpios so refletidos em dimensesespecficas de governana do setor pblico, como na definio de padres decomportamento, no desenho de estrutura e processos organizacionais, e noprocesso de controle.

    Caro concurseiro, no precisa ficar preocupado em decorar todos essesconceitos, princpios etc. Veja que tudo bastante intuitivo. Ora, claro queintegridade, abertura, transparncia, equidade, accountabilituyfazem parte dequalquer processo de governana.

    Portanto, leia com calma as questes e ver que no h nenhum bicho desete cabeas.

    Vejamos algumas questes sobre esse assunto.

    01. (Cespe/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO TCU/2008) Para ogoverno federal, aumentar a governana promover a capacidade do governode formular e implementar polticas pblicas e de decidir, entre diversasopes, qual seria a mais adequada. A implementao dessas polticas requerque as organizaes pblicas com foco nos resultados disponham de

    sistemas contnuos de monitoramento e avaliao dos programas e dodesempenho institucional.

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    Resoluo:

    Essa questo reflete bastante o que acabamos de discutir.

    Realmente, o aumento da governana pblica significa promover a capacidadedo governo de formular e implementar suas polticas pblicas, de acordo comos anseios da sociedade.

    Como vimos, isso s possvel seguindo princpios de integridade, abertura eaccountability dentro dos diversos processos de governana, comomonitoramento e avaliao de resultados.

    02. (ESAF/AFC CGU/2008) Durante a crise do Estado dos anos 1980 e1990, palavras e expresses foram forjadas para possibilitar o entendimentode suas diferentes dimenses e propiciar a busca de solues. Neste contexto,quando um governo est preocupado em legitimar decises e aes se diz queele est buscando maior ...........

    Complete a frase com a opo correta.

    (A) governabilidade.(B) efetividade.(C) governana.

    (D) accountability.(E) eficincia.

    Resoluo:

    Vimos que Bresser-Pereira difere governana de governabilidade. Oprimeiro conceito se refere capacidade do Estado de implementar as polticaspblicas, enquanto que o segundo se refere legitimidade democrtica e oapoio que o Estado conta na sociedade civil.

    Portanto, o gabarito da nossa questo o item A.

    Vale observar, no entanto, que a ESAF anulou a referida questo.

    03. (FCC/Analista de Controle Externo TCE CE/2008) No processo deGovernana Corporativa Governamental, so elementos que identificam a boaconduta e podem compor o cdigo de tica:

    (A) integridade, negligncia e honestidade.(B) relacionamento cordial, subjetividade e integridade.

    (C) probidade e propriedade, objetividade e integridade.(D) centralizao, transparncia e evidncia.(E) parcialidade, imprudncia e propriedade.

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    Resoluo:

    No preciso muito esforo para identificar os itens que esto errados. Vejas...

    (A) integridade, negligncia e honestidade.(B) relacionamento cordial, subjetividade e integridade.(D) centralizao, transparncia e evidncia.(E) parcialidade, imprudncia e propriedade.

    Logo, o gabarito o item C.

    04. (ESAF/APOFP SEFAZ SP/2009) Considerado fundamental governana no setor pblico, o processo pelo qual as entidades pblicas e seusresponsveis devem prestar contas dos resultados obtidos, em funo dasresponsabilidades que lhes foram atribudas por delegao de poder,denomina-se:

    (A) Transparncia.(B) Integridade.(C) Equidade.(D)Accountability.(E) Responsabilidade Fiscal.

    Resoluo:

    Vimos que a responsabilizao e prestao de contas (accountability)consiste no processo no qual as entidades do setor pblico e os indivduos quedelas participam so responsveis por suas aes, em termos de conformidadee performance, bem como se submetem ao processos apropriados deprestao de contas com o pblico externo.

    Logo, o gabarito o item D.

    Bom j podemos falar de gesto de riscos.

    Antes de tudo precisamos entender bem o que controle interno, lembrandonovamente que a auditoria interna um tipo de controle interno.

    O controle uma das funes bsicas da administrao e tem como objetivoprimordial garantir que os diferentes processos e atividades institucionais estode acordo com o que foi planejado, permitindo que sejam efetuadas correessempre que necessrio.

    Assim, controle interno so aes tomadas pela Administrao paraaumentar a probabilidade de que os objetivos e as metas estabelecidos

  • 8/22/2019 Auditoria Bacen David 00-03

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    sero atingidos. Dessa forma, um funcionrio conferindo notas fiscais demercadorias que entram e saem do almoxarifado, um sistema informatizado

    que previne erros na contabilizao de dados, um sistema de controle dequalidade de produo que minimize desperdcios so exemplos de controlesinternos.

    A NBC TA 3152 define controle interno como: o processo planejado,implementado e mantido pelos responsveis da governana, administrao eoutros funcionrios para fornecer segurana razovel quanto realizao dosobjetivos da entidade no que se refere confiabilidade dos relatriosfinanceiros, efetividade e eficincia das operaes e conformidade com leis eregulamentos aplicveis.

    A partir dessa definio, possvel extrair algumas caractersticas importantesdo controle interno:

    um processo planejado, implementado e mantido pelosresponsveis da governana3, administrao e outros funcionrios, ouseja, responsabilidade de todos operrios de linha, gerentes,diretores etc. , assim, o controle interno somente ser efetivo setodos os envolvidos na consecuo dos objetivos da empresatomarem parte dessa responsabilidade.

    fornecer segurana razovel quanto realizao dos objetivos daentidade, assim, o controle interno um processo desenvolvido paragarantir, com razovel certeza (nunca com garantia absoluta) quesejam atingidos os objetivos da empresa.

    no que se refere confiabilidade dos relatrios financeiros,efetividade e eficincia das operaes e conformidade com leis eregulamentos aplicveis. Dessa forma, o controle interno representaem uma organizao o conjunto de procedimentos, mtodos ourotinas com os objetivos de proteger os ativos e produzir dados

    contbeis confiveis (controles contbeis); bem como ajudar aadministrao na conduo dos negcios (controlesadministrativos).

    Alguns exemplos de control