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Fórum Trabalhado em Grupo - Seminário Virtual - Grupo D- Computador e Internet O computador e a internet na Educação Muito se fala sobre a inclusão digital e seus desdobramentos na busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Percebemos a cada instante inovações tecnológicas invadindo nosso cotidiano e transformando nossa realidade. A sociedade de agora não é mais como a do século passado. A sociedade de agora não é mais como a da semana passada! Se antes esperávamos décadas por novidades, hoje esperamos horas. Se antes a comunicação era feita através de telégrafo e mensageiros montados em cavalos, hoje temos o Twitter enviando seus 140 caracteres em tempo real para todos do planeta. É claro que a comunicação tornou a sociedade mais ágil. A internet, o computador e a forma como pensamos a informação nos dias de hoje representam mudanças dignas de filmes de ficção científica. Se olharmos por outro lado, todos os meios de comunicação hoje se fazem presentes nos computadores. Jornais, revistas, emissoras de TV, de rádio, tudo está na internet e no computador, tudo está ao alcance das mãos. O cinema e o DVD rendem-se ao computador. Somente as grandes ditaduras ainda protelam a entrada da comunicação em suas fronteiras. A somatória de todos esses fatores altera profundamente a forma de pensarmos em educação. Melhor dizendo, altera a forma como pensamos em Educação. Com maiúscula. Nossa escola que se diz moderna olha altiva para o século XXI enquanto mantém os dois pés no século XVII, quiçá, XIV. Os resultados são desastrosos. Nossas crianças estão a cada dia menos interessadas num ambiente que mantém formação militar no meio de uma sociedade caótica e extremamente informada/desinformada. A escola consegue ser conservadora e antiquada enquanto recebe alunos da geração 3.0; crianças que nasceram empunhando o equipamento do ultrassom de dentro da barriga de suas mães, crianças que nasceram mexendo e remexendo, apertando botões e assistindo TV. Pensamos em mudar a história e ainda empunhamos tacapes no lugar de mouses. Nossas crianças merecem prêmios só por

Atividade "O computador e a internet"

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Atividade e-proinfo 2010. Professora Isabel.

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Fórum Trabalhado em Grupo - Seminário Virtual - Grupo D- Computador e Internet

O computador e a internet na Educação 

Muito se fala sobre a inclusão digital e seus desdobramentos na busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Percebemos a cada instante inovações tecnológicas invadindo nosso cotidiano e transformando nossa realidade. A sociedade de agora não é mais como a do século passado. A sociedade de agora não é mais como a da semana passada! Se antes esperávamos décadas por novidades, hoje esperamos horas. Se antes a comunicação era feita através de telégrafo e mensageiros montados em cavalos, hoje temos o Twitter enviando seus 140 caracteres em tempo real para todos do planeta.

É claro que a comunicação tornou a sociedade mais ágil. A internet, o computador e a forma como pensamos a informação nos dias de hoje representam mudanças dignas de filmes de ficção científica. Se olharmos por outro lado, todos os meios de comunicação hoje se fazem presentes nos computadores. Jornais, revistas, emissoras de TV, de rádio, tudo está na internet e no computador, tudo está ao alcance das mãos. O cinema e o DVD rendem-se ao computador. Somente as grandes ditaduras ainda protelam a entrada da comunicação em suas fronteiras.

A somatória de todos esses fatores altera profundamente a forma de pensarmos em educação. Melhor dizendo, altera a forma como pensamos em Educação. Com maiúscula.

Nossa escola que se diz moderna olha altiva para o século XXI enquanto mantém os dois pés no século XVII, quiçá, XIV. Os resultados são desastrosos. Nossas crianças estão a cada dia menos interessadas num ambiente que mantém formação militar no meio de uma sociedade caótica e extremamente informada/desinformada. A escola consegue ser conservadora e antiquada enquanto recebe alunos da geração 3.0; crianças que nasceram empunhando o equipamento do ultrassom de dentro da barriga de suas mães, crianças que nasceram mexendo e remexendo, apertando botões e assistindo TV.

Pensamos em mudar a história e ainda empunhamos tacapes no lugar de mouses. Nossas crianças merecem prêmios só por comparecerem a essa escola tacanha. As disparidades em educação são imensas. Nossa escola é heterogênea. Falamos da escola brasileira, essa na qual estamos inseridos até os ossos. Nas dimensões de um país continental, temos realidades tão distintas que podemos ser comparados com a Suíça em algumas escolas e com Ruanda em outras. E precisamos, muitas vezes, atravessar apenas uns poucos quarteirões para ir de uma a outra.

Há as escolas particulares e as públicas; as dos centros urbanos, as das periferias, as das zonas rurais e as das megalópoles. Há escolas mantidas por igrejas e por pessoas de carne e osso. Há escolas para ricos e para pobres, para crianças disciplinadas e para as indisciplinadas. O advento dos sistemas de avaliação como ENADE, ENEM, SARESP, Prova Brasil e tantos outros abre margem para um novo nível de propaganda de escolas particulares: o que mostra rankings de desempenho como forma de coação para pais abastados.

Nesse universo plural, continental e municipal, temos o uso do computador pelas crianças de formas tão distintas quanto se julgaria possível imaginar. Já os professores...

É inacreditável como alguns profissionais de Educação ainda mantêm-se atrelados aos métodos antigos e não mais tão funcionais do passado. É impressionante perceber a aversão de tantos profissionais de educação pelo computador e pela internet. Alguns orgulham-se de

não ter e-mail com o argumento paleolítico de que estão à beira da aposentadoria. Como se aposentadoria fosse justificativa para o “tornar-se obsoleto”, como se aposentadoria fosse sinônimo de invalidez psicológica.

E as crianças... bem, as crianças continuam achando que esses professores são aqueles insuportáveis que justificam dores de barriga em dias de prova e matança de aula para jogar vídeo-game, para fumar maconha ou para andar pelos shoppings. Os professores não evoluíram com a mesma rapidez com que as crianças cresceram. Quem carece de crescer hoje não é mais o discente, e sim, o docente.

O computador abre portas, janelas, perspectivas. O computador permite mais. E pelo despreparo do professor, o computador atinge menos. O aumento excessivo de analfabetos funcionais mostra que o recurso “copia e cola” está chegando ao seu limite de uso, a autoria é algo do passado e o plágio é a única forma de atingir resultados. A sociedade perturba-se assim numa descoberta de que o computador pode não ser tão bom assim.

Ah, mas este artigo deve falar do aspecto positivo do uso da máquina no processo educacional! Pois bem, heroicos professores preocupados com o desempenho de seus educandos, uni-vos! Trocai e-mails, participai de fóruns, chats e SMSs!

Em terra de sapos, de cócoras! Se nossas crianças utilizam com maestria as ferramentas do futuro, a única maneira do professor atingir seus objetivos enquanto profissional será a adequação ao contexto escolar. Professores que aprenderam a utilizar o computador como meio didático de atingir objetivos são mais dinâmicos e não encardem-se ininterruptamente com o giz e seu pó alérgico.

O computador e a internet são possibilidades infinitas de recursos didáticos. E tudo que precisamos fazer é esquecer que não sabemos e tentar descobrir coisas novas. Com a habilidade de metamorfosear-se em todas as outras mídias, o computador é ferramenta para todo tipo de aula para todo tipo de público. E os crescentes investimentos do governo em digitalização escolar tornam impossível fazer diferente.

Com o acesso ao computador chegando a todas as esferas, é hora de repensarmos nossa postura. Se quisermos trabalhar com essa geração 3.0, é bom que saibamos que não podemos ser obsoletos. O computador oferece milhares de possibilidades... desde que atrelado a pessoas sem limites.

Qualificar a mão de obra básica que nos atenderá em nossas velhices depende – por demais! – da forma como capacitaremos essa mão de obra. Resumindo, o futuro do país passa pela mão do professor. O jargão é antigo, mas muitos ainda têm dificuldade de entendê-lo.

O computador e a internet são realidades irreversíveis. Até quando o magistério as negará?

Erika N. R. da Silva Rodrigo Cruzel Ingrid Luiz Aline G. de S. Prestes Carmem L. de Lara Cristiane Salviano Felippe Chaluppe Filomena Ruivo Marco Antº M. Escobar Luciana H. Romão Mariana P. A. dos Santos Rita de Cássia B. Cunha