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Estudo da Relação entre Actividade Física Habitual e Composição corporal em praticantes de Ginásticas de Academia José Cortez Porto, 2009

Atividade física e composição corporal

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Atividade física e composição corporal

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  • Estudo da Relao entre Actividade FsicaHabitual e Composio corporal empraticantesdeGinsticasdeAcademia

    JosCortez

    Porto,2009

  • Estudo da Relao entre Actividade FsicaHabitual e Composio corporal, empraticantesdeGinsticasdeAcademia.

    Orientador:ProfessorDoutorRuiGarganta

    JosCortez

    Porto,2009

    Monografia realizada no mbitoda disciplina de Seminrio do 5anodalicenciaturaemDesportoeEducao Fsica, na rea deRecreao e Tempos Livres, daFaculdade de Desporto daUniversidadedoPorto.

  • FADEUP JosCortez

    CORTEZ, J. (2009). Estudo da Actividade Fsica Habitual em Praticantes de

    Ginsticas de Academia, com Excesso de Peso. Porto: Jos Cortez. Dissertao de

    Licenciatura apresentada Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

    PALAVRAS-CHAVE:

    ACTIVIDADE FISICA HABITUAL; IMC; OBESIDADE; PEDOMETRIA.

  • FADEUP III JosCortez

    AGRADECIMENTOS

    Ao finalizar este estudo deixo o meu sincero agradecimento a todas as

    pessoas que me auxiliaram na sua realizao, em especial:

    y Ao Professor Doutor Rui Garganta pela sua colaborao como orientador,

    auxiliando-me na execuo do estudo atravs do seu conhecimento; pelo seu

    incentivo e apoio sempre presentes.

    y Aos meus colegas de trabalho e scios do Virgin Active Health Club que

    colaboraram e participaram no estudo e sem os quais no seria possvel

    concretizar este trabalho.

    y Aos meus pais, minha namorada e aos meus grandes amigos que

    nunca me deixaram desistir e estiveram sempre presentes dando-me fora nos

    momentos mais difceis.

  • FADEUP IV JosCortez

    Agradecimentos.III

    ndice Geral....IV

    ndice de Quadros.....V

    ndice de Grficos .................................VI

    Resumo......................................VII

    Abstract .VIII

    Lista de abreviaturas .................................IX

    INDICE GERAL

    1.Introduo......................................................................................................1

    2. Reviso da Literatura.................................3

    2.1. Actividade Fsica...3

    2.2. Actividade Fsica Habitual...6

    2.3. Mtodos de Avaliao da Actividade Fsica.8

    2.3.1. Mtodos Laboratoriais.8

    2.3.2. Mtodos de Terreno.9

    2.4. Obesidade e Excesso de Peso..12

    2.5. ndice de Massa Corporal...13

    3. Objectivos...16

    4. Material e Mtodos.17

    4.1. Caracterizao geral da amostra.17

    4.2.Procedimentos metodolgicos..18

    4.2.1. Questionrio de Baecke...18

    4.2.2. Medidas Somticas20

  • FADEUP V JosCortez

    4.2.3. Pedometria..21

    4.3 Procedimentos estatsticos21

    5. Apresentao dos Resultados......................................................................22

    6. Discusso dos Resulados.............................................................................31

    7.Concluses...35

    8.Bibliografia.37

    9.Anexos...41

    Anexo1: Questionrio de Baecke

    NDICE DE QUADROS

  • FADEUP VI JosCortez

    Quadro 1 - Modelo descritivo das complexas relaes entre a AF Habitual, aptido relacionada com a sade e estado de sade (adaptado de Bouchard e Shephard,

    1994).

    Quadro 2 Classificao do nvel de AF de acordo com o nmero de passos por dia. Quadro 3 - Classificao mundial para adultos com subpeso, excesso de peso e obesidade de acordo com o IMC.

    Quadro 4 Distribuio dos indivduos segundo faixa etria.

    Quadro 5 - Valores das medidas descritivas da amostra.

    Quadro 6 - Resultados do T-Teste comparando sexos relativamente s medidas descritivas da amostra.

    Quadro 7 Mdias e desvios-padro (Sd) dos ndices de Actividade Fsica Habitual segundo o gnero.

    Quadro 8 - Resultados do T-Teste comparando sexos relativamente ao IAFHT.

    Quadro 9 Mdias e desvios-padro do nmero de passos, para ambos os sexos, por cada dia de observao.

    Quadro 10 - Resultados do T-Teste comparando sexos relativamente Mdia Total de Passos (MTP).

    Quadro 11 Correlaes entre Quinta e os restantes dias de observao.

    Quadro 12 Correlaes entre Sexta e os restantes dias de observao.

    Quadro 13 Correlaes entre Sbado e os restantes dias de observao.

    Quadro 14 Correlaes entre Domingo e os restantes dias de observao.

    Quadro 15 Resultados da Regresso Linear do IMC atravs do IAFHT e MTP.

    Quadro 16 Resultados da Regresso Linear da MM atravs do IAFHT e MTP.

    Quadro 17 Resultados da Regresso Linear da MM atravs do IAFHT e MTP.

    NDICE DE GRFICOS

  • FADEUP VII JosCortez

    Grfico 1 Nmero de indivduos do gnero masculino e feminino.

    Grfico 2 - Mdias e devios-padro do nmero de passos por cada dia de observao.

    Grfico 3 - Comparao entre sexos das mdias de passos observados durante a semana e ao fim-de-semana.

    Grfico 4 Rectas de regresso linear para a predio do IMC, a partir dos valores de IAFHT e MTP.

    Grfico 5 Rectas de regresso linear para a predio da MM, a partir dos valores de IAFHT e MTP.

    Grfico 6 Rectas de regresso linear para a predio da MG, a partir dos valores de IAFHT e MTP.

  • FADEUP IX JosCortez

    Resumo

    A AF tem acompanhado a histria do desenvolvimento humano, fazendo

    inevitavelmente parte do quotidiano dos indivduos.

    Sabemos que na sociedade moderna a AF ganhou uma importncia cada vez

    mais significativa, como forma de compensar os efeitos nocivos da mesma. Com a

    industrializao verificou-se uma diminuio dos nveis de AF, contribuindo para um

    aumento de doenas crnicas, entre as quais, assume particular relevncia a

    obesidade.

    Para melhor compreendermos a relao entre a AF e a Sade, torna-se

    necessrio realizar uma avaliao mais especfica da AFH, que surge aqui com papel

    de destaque. Existem inmeras tcnicas para quantificar a AF, como o caso da

    Pedometria e Acelerometria, de questionrios, etc.

    O presente estudo tem como principal objectivo abordar a relao entre o nvel

    de AF e a composio corporal, em praticantes de ginsticas de academia.

    Foram considerados como participantes neste estudo quinze (26) indivduos,

    praticantes de ginsticas de academia, no Virgn Active Health Club. A amostra foi

    constituda por doze (12) sujeitos do sexo masculino e catorze (14) sujeitos do sexo

    feminino. As idades esto compreendidas entre os dezanove (19) e os cinquenta e oito

    (58) anos. Constatou-se que a idade mdia de 38,4 anos, variando de 19 a 58 anos.

    Para o levantamento de dados foi aplicado o questionrio de Baecke (1982) e

    adaptado pelo Gabinete de Cineantropometria da Faculdade de Desporto da

    Universidade do Porto. A Bioimpedncia foi calculada atravs de uma avaliao

    morfolgica numa TANITA Body Composition Analyzer, Modelo TBF 300, da qual

    obtivemos o peso, MG e a Bioimpedncia. Com estes dados foi-nos possvel efectuar

    um clculo da Massa Muscular (MM). Para a determinao do nmero de passos

    efectuados por dia de observao foi utilizado o pedmetro OMRON Walking Style II.

    De entre os principais resultados, observou-se que o IAFHT e a MTP

    apresentam uma correlao positiva e moderada com as variveis da composio

    corporal.

    Dado que a AF influencia directamente a composio corporal e esta

    determinante para o bem-estar do ser humano, torna-se importante investir em

    programas que incentivem e valorizem a mesma.

  • JosCortez X JosCortez

    ABSTRACT

    Physical activity (PA) is strongly connected with the history of human

    development, since it is part of the daily life of individuals.

    The truth is that in our modern society, PA has acquired a growing relevance in

    order to compensate societys negative effects. Industrialization caused a reduction in

    PA levels which actually contributed to an increase in chronic diseases, being obesity

    one of the most well-known ones.

    In order to better understand the connection between PA and Health it becomes

    necessary to carry out a more specific evaluation of the HPA (Habitual Physical

    Activity), which assumes an important role in the study. There are several techniques

    which try to quantify the PA, such as Pedometry and Acelerometry, questionnaires and

    so on.

    This study aims at approaching the connection between the level of PA and the

    body composition of individuals who practise sports in an academy.

    Twenty-six (26) individuals, who practise sports at Virgin Active Health Club,

    took part in the study. The study sample included twelve (12) males and fourteen (14)

    females, with an age-range of nineteen (19) years old to fifty-eight (58) years old. The

    average-age is, however, 38.4 years old.

    Data was collected by means of the Baecke questionnaire (1982) adapted by

    the Faculdade de Desporto (Sports Faculty) of the Universidade do Porto.

    Bioimpedance was calculated through a morphological evaluation in a TANITA body

    composition analyzer, TBF 300 model, from which weight, fat mass and

    bioimpedance were measured. With the data provided it was possible to calculate the

    muscle mass. The Pedometer OMRON Walking Style II was used to determine the

    number of steps carried out by day of observation.

    As far as the results are concerned, the THPAI and the TMS reveal a positive

    correlation moderated with the variables of body composition.

    All in all, once PA directly influences body composition and the latter is determinant for

    the individuals well-being it is crucial to invest in programs that stimulate and improve

    it.

  • FADEUP XI JosCortez

    LISTA DE ABREVIATURAS

    ACSM American College of Sports Medicine

    AF Actividade Fsica

    AFH Actividade Fsica Habitual

    DHHS - Department of Health and Human Services

    IMC ndice de Massa Corporal

    IAFD ndice de Actividade Fsica Desportiva

    IAFT ndice de Actividade Fsica no Trabalho

    IAFTL ndice de Actividade Fsica nos Tempos Livres

    IAFHT ndice de Actividade Fsica Habitual Total

    MET Equivalente Metablico

    MG Massa Gorda

    MM Massa Muscular

    MTP Mdia Total de Passos

    OMS Organizao Mundial de Sade

    R Coeficiente de Correlao

    R - Coeficiente de Determinao

    Sd Desvio-Padro

  • FADEUP 1 JosCortez

    1.Introduo

    A Actividade Fsica (AF) considerada, cada vez mais, um comportamento de

    grande importncia na promoo de um estilo de vida saudvel, assim como na

    preveno do risco do aparecimento de algumas doenas crnicas (Seabra, 2003).

    O contexto que justifica a sua real importncia sofreu vrias alteraes. A

    sociedade moderna, lotada de novas tecnologias, modificou o estilo de vida dos

    cidados. Nas sociedades industrializadas, com estes novos estilos de vida, a maioria

    das ocupaes, os transportes e as tarefas do dia-a-dia requerem menos esforo

    fsico conferindo, cada vez mais, um sedentarismo uniformizado entre os indivduos. A

    maioria das pessoas que vive em grandes cidades apresenta reduzidos ndices de AF.

    Acrescentando a este facto, so de salientar tambm o tipo de alimentao cada vez

    mais desregulada, hbitos tabgicos, entre outros factores, que so comportamentos

    responsveis por vrias doenas crnicas da civilizao actual (Sallis, 1999).

    Tal como a OMS (Organizao Mundial de Sade) (2007) refere, grande parte

    da populao utiliza pouco as suas capacidades fsicas, na medida em que h, cada

    vez menos, profisses em que os esforos fsicos sejam requeridos e a maioria das

    tarefas dirias tm vindo a ser substitudas por alternativas, que conduzem cada vez

    mais o ser humano inrcia. Tudo isto tem feito com que a AF se tenha tornado uma

    escolha, quando na realidade devia ser entendida como uma necessidade.

    A diminuio dos nveis de AF surge, cada vez mais associada a um conjunto

    de doenas crnicas, que proliferam na sociedade actual, entre os quais, assume

    particular relevncia, entre crianas e adolescentes, a obesidade. As mudanas

    sociais e a alterao do tipo de nutrio, um pouco por todo mundo, esto a levar ao

    aumento da percentagem de obesos de forma epidmica. As dietas ricas em hidratos

    de carbono complexos, com uma proporo mais elevada das gorduras,

    nomeadamente, as saturadas e acares tm ganho grande responsabilidade no

    aumento dessa epidemia. Ao mesmo tempo, a necessidade de utilizar o automvel,

    menor actividade fsica no prprio emprego e mesmo durante o tempo de lazer, faz

    com que as actividades se revelem, cada vez mais passivas, contribuindo desta forma

    para o aumento da obesidade escala mundial (OMS, 2003).

    Grandes batalhas so travadas para reduzir os efeitos ambientais que

    influenciam certas doenas, como vacinas, cuidados de higiene e regulamentos de

    segurana, no entanto, ainda tem sido feito muito pouco para combater o

    sedentarismo (Sallis, 2009). O mesmo autor considera que medidas drsticas devero

  • FADEUP 2 JosCortez

    ser tomadas, uma vez que nos afecta directamente a sade e a longevidade e, por

    isso, que depende de ns mudarmos este modo e filosofia de vida. Existem trs

    factores que influenciam a nossa sade e longevidade, nomeadamente: a gentica, o

    meio envolvente e o nosso comportamento. No que concerne gentica, pouco pode

    ser feito, por isso, devemo-nos concentrar nos outros factores igualmente importantes

    e que podem ser melhorados.

    Para melhor compreendermos a relao entre a AF e a Sade, torna-se

    necessrio realizar uma avaliao mais especfica da AFH(Actividade Fsica Habitual),

    que surge aqui com papel de destaque. Existem inmeras tcnicas para quantificar a

    AF, como o caso da Pedometria e Acelerometria (sensores de movimento), de

    questionrios, etc.

    Em suma, este trabalho tem como objectivo abordar a relao entre o nvel de

    AFH e o IMC (ndice Massa Corporal), em praticantes de ginstica de academias e

    observar se os indivduos menos activos so os que tm IMC mais elevado.

  • FADEUP 3 JosCortez

    2.Reviso da literatura

    2.1.Actividade fsica

    A prtica de AF ou de desporto fazem parte do dia-a-dia de muitas pessoas.

    Umas porque se querem divertir, outras porque querem manter um estilo de vida

    activo para prevenir doenas.

    Segundo Lopes (2002), os profissionais de sade recomendam cada vez mais

    e melhor actividade fsica, para uma existncia saudvel. Neste caso, a AF surge com

    o objectivo de preveno. Podemos aqui observar a AF numa dupla perspectiva: como

    preveno primria, quando se pretende evitar o aparecimento de vrios tipos de

    doenas; ou preveno secundria, quando o objectivo auxiliar a recuperao de

    diversos problemas ou doenas j adquiridas (Barata, 1997).

    Outros autores, como Almeida (2005), apresentam cinco tipos de preveno,

    sendo elas, a preveno primordial, que est directamente relacionada com as

    doenas crnico-degenerativas e tem como grande objectivo evitar estilos de vida que

    possibilitem o aparecimento desse tipo de doenas. A preveno primria visa evitar

    ou remover a exposio de um indivduo ou de uma populao a um factor de risco

    antes que se desenvolva um mecanismo patolgico. H, tambm, a preveno

    secundria que tem como objectivo detectar problemas de sade nos indivduos numa

    fase precoce de forma a condicionar positivamente a sua evoluo. J a preveno

    terciria consiste, basicamente, em controlar os estados de doena. Por ltimo, surge

    a preveno quaternria. Esta visa proteger o paciente de actos mdicos

    desnecessrios e fornecer-lhe informao suficiente para que este seja capaz de

    tomar decises relativamente aos mtodos diagnsticos ou teraputicos propostos.

    Nos ltimos anos, as sociedades industrializadas, repletas de novas

    tecnologias sofreram vrias alteraes a nvel social e econmico, que resultaram

    numa mudana comportamental. Esta Industrializao levou mecanizao de grande

    parte dos empregos, o que fez reduzir drasticamente o dispndio energtico dirio na

    maior parte das ocupaes e mesmo fora do trabalho, nas rotinas dirias. (Montoye et

    al. 1996).

    Fruto da reduo de AF e do crescente sedentarismo, a vantagem que o

    progresso tecnolgico e scio-econmico nos poderia fornecer, revela-se uma fonte de

    doena visto estar a ser mal utilizado (Barata, 1997).

    O sedentarismo cada vez mais considerado um factor de risco, tornando os

    sujeitos sedentrios mais susceptveis a doenas, independentemente da sua idade

    ou gnero (Powell e Paffenberger, 1985).

  • FADEUP 4 JosCortez

    A AF um conceito que engloba todo o movimento corporal realizado pela

    musculatura esqueltica e que resulta de um dispndio energtico ligeiramente

    superior ao necessrio para a manuteno das funes vitais em repouso (Howley,

    2001).

    A AF uma forma de comportamento humano que determinada, pelo menos

    em parte, por caractersticas da pessoa, do envolvimento e da prpria actividade.

    Existem algumas diferenas que se tornam importantes na expresso e manuteno

    da AF e que dependem de se saber se o comportamento adoptado e mantido de

    uma forma correcta, se ocorre atravs de uma programa supervisionado ou se

    realizado espontaneamente pelo sujeito (Barcelos, 1997).

    A AF deve ser incentivada principalmente nas primeiras duas dcadas de vida,

    porque a melhor fase para a obteno de hbitos de vida saudveis e de prtica

    regular de AF. Esta previne de doenas como a obesidade, ajuda na preveno de

    cancros e de osteoporose (Sallis e Patrick, 1994).

    Actividades de lazer realizadas em tempos indiscriminados podem

    potencialmente conduzir a um aumento significativo no gasto energtico dirio. As

    opes incluem o exerccio, o desporto, o treino, a dana, jogos, etc (Shephard,

    1994).

    Matsudo e Matsudo (2000) afirmam que os principais benefcios para a sade

    resultantes da prtica de AF referem-se aos aspectos antropomtricos,

    neuromusculares, metablicos e psicolgicos. Alguns dos efeitos antropomtricos e

    neuromusculares a que os autores se referem so a diminuio da gordura corporal, o

    aumento da fora e da massa muscular, da densidade ssea e da flexibilidade.

    Segundo Barata (1997), o Homem, quando se afasta dos padres de vida

    naturais, entra em sofrimento, porque se afasta da sade e pe em causa o seu

    prprio equilbrio, surgindo assim a doena. Afirma, tambm, que entre esses padres

    de vida se encontram os alimentares, de movimento e AF, afectivos, sociais, sexuais,

    de sono, entre outros.

    Um estilo de via activo no requer um regime vigoroso de programas de

    exerccio. Pequenas mudanas nas rotinas dirias podem ajudar a aumentar a

    actividade fsica, reduzindo o risco de doenas crnicas, contribuindo para um

    aumento da qualidade de vida (Pate et al. 1995).

    A AF entendida de forma multidimensional, englobando aspectos diversos

    tais como o tipo de actividade, a intensidade desta, a sua frequncia, a sua durao,

    caractersticas circunstanciais e o propsito dessa mesma actividade (Bouchard et al.,

    1994; Montoye et al., 1996). A primeira definida em minutos ou horas; a frequncia

    poder ser definida pelo nmero de vezes por semana que se pratica AF; a

  • FADEUP 5 JosCortez

    intensidade por dispndio de energia em Kcal por minuto ou Met/min. No entanto,

    existe uma outra dimenso que nem sempre considerada, relacionada com

    situaes circunstanciais e com os propsitos da actividade fsica. (Montoye et al.

    1996).

    Segundo Barata (1997), existem dois tipos de AF, a espontnea e a

    organizada. A AF espontnea aquela que decorre no quotidiano, nas tarefas dirias,

    no trabalho ou no tempo livre, como caminhar, subir escadas, ir s compras, tarefas

    que no tm grandes custos econmicos ou energticos e que no demonstram

    inteno de desenvolvimento de capacidades fsicas.

    A AF organizada realizada em clubes, ginsios ou em instituies

    desportivas. Tem mais benefcios que a primeira, porque esta j mostra

    intencionalidade de desenvolvimento da aptido fsica.

    Os ltimos estudos realizados pela ACSM (American College of Sports

    Medicine), AHA (American Heart Association) e pelo DHHS (Department of Health and

    Human Services), demonstram que a prtica de AF, mesmo que em pouca

    quantidade, proporciona um aumento da capacidade cardiorespiratria das pessoas

    inactivas e melhora o seu estado de sade, podendo assim reduzir controlar o seu

    peso. Apenas com 30 minutos de actividade fsica por dia, em cinco sesses semanais

    ou acumulando 150 minutos por semana, a uma intensidade moderada, possvel

    atingir esses resultados (ACSM, 2006).

    Segundo Sallis (2009), o exerccio medicina e, na verdade, pode ser visto

    quase como uma vacina para a preveno de doenas crnicas e de mortes

    prematuras. Com os efeitos que o exerccio causa no nosso corpo, se existisse um

    comprimido que nos possibilitasse esses benefcios, seria o medicamento mais

    vendido do mundo e a prpria indstria farmacutica pagaria qualquer preo para o

    poder comercializar.

    Em 2007, foi criada uma iniciativa, nos EUA, pelo presidente do Center for

    Health Promotion and Disease Prevention, que defende a ideia da prescrio de

    exerccio, defendendo, igualmente, que esta se deve tornar uma medida

    estandardizada e praticada pelos mdicos. Este convenceu a American Medical

    Association (AMA), a criar uma parceria com a ACSM por forma a suportar esta ideia e

    ter uma base cientifica para a sua aplicao. Esta medida foi denominada de Exercise

    is Medicine (Sallis, 2009).

  • FADEUP 6 JosCortez

    2.2.Actividade Fsica Habitual

    Na sociedade actual existe uma grande preocupao em encontrar as

    melhores estratgias para ter uma vida com mais qualidade. Uma dessas estratgias

    o aumento da actividade fsica regular, ou AFH (Smith, 2004).

    A AFH um comportamento complexo que tem por base inmeras actividades

    e prticas individuais que podem variar de dia para dia, de estao para estao ou

    at mesmo de ano para ano. (Lopes, 2003).

    Segundo estes autores, quer o envolvimento fsico, quer o envolvimento

    emocional, podem alterar os efeitos fisiolgicos de uma actividade.

    Montoye et al. (1996), apresenta tambm trs componentes que demonstram o

    dispndio energtico dirio total, nomeadamente a quantidade de energia dispendida

    na AF, onde todo o movimento realizado durante o dia de forma voluntria. A

    segunda componente diz respeito taxa de metabolismo basal, que consiste na

    energia necessria para o corpo manter a sua temperatura e realizar as contraces

    musculares involuntrias.

    Por ltimo, de referir, igualmente, o efeito trmico da alimentao, que se

    traduz na energia necessria para a digesto e assimilao dos alimentos.

    Estudos de Pate et al. (1995) mostram que baixos nveis de AFH esto

    associados com aumentos marcados de todas as taxas de mortalidade, demonstrando

    tambm, que o risco de doenas cardiovasculares aumenta com a diminuio da AF.

  • FADEUP 7 JosCortez

    Quadro n1: Modelo descritivo das complexas relaes entre a AF Habitual, aptido relacionada com a sade e estado de sade (adaptado de Bouchard e Shephard, 1994).

    Este modelo revela como a AFH pode influenciar a AF e que esta pode, da

    mesma forma, influenciar a AFH do indivduo.

    A AF e a Sade influenciam-se reciprocamente e conjuntamente podem

    contribuir para um aumento da AFH.

    Existem outros factores que influenciam o estado de sade do sujeito, mas

    estes esto relacionados com as diferenas individuais, sociais, condicionantes

    ambientais e caractersticas genticas (Santos, 2006).

    HEREDITARIEDADE

    APTIDOREL.SADE

    Morfologia Muscular Cardiorespiratria Metablica

    SADE

    Bemestar Morbilidade Mortalidade

    SADE

    Bemestar Morbilidade Mortalidade

    ACTIVIDADEFSICA

    Lazer Ocupacional Outrastarefas

    ESTILODEVIDA

    Atributospessoais Meiofsico Meiosocial

  • FADEUP 8 JosCortez

    2.3.Mtodos de Avaliao da Actividade Fsica

    A avaliao da AF tem sido uma preocupao muito grande tanto por tcnicos

    de desporto, como por profissionais de sade. Ela traduz um comportamento

    complexo e, por isso difcil de medir (Sallis e Owen, 1999).

    Na avaliao da AF existem alguns problemas e, segundo Caspersen (1989),

    so devidos: 1) a existirem diversas definies de AF e exerccio; 2) falta de

    instrumentos vlidos e seguros que possam ser utilizados em vrios estudos; 3)

    pouca validade dos instrumentos; 4) a m utilizao das medidas de AF e 5) a falta de

    um instrumento que mostre a relao entre a AF e a Sade.

    Harro e Riddoch (2000), identificaram mais de 30 mtodos de avaliao fsica

    na literatura e afirmam no existir uma metodologia que possa ser universalmente

    aplicvel.

    Existem dois tipos de mtodos de avaliao de AF, de laboratrio e de terreno.

    2.3.1.Mtodos Laboratoriais Os mtodos laboratoriais, apesar de mais exactos, exigem equipamentos mais dispendiosos e como tal, envolvem processos mais complexos para a sua anlise

    (Harro e Riddoch, 2000) e, segundo os mesmos autores, no podem ser aplicados em

    estudos de natureza epidemiolgica. Estes dividem-se, basicamente, em mtodos

    fisiolgicos e biomecnicos.

    Os mtodos fisiolgicos avaliam o gasto energtico atravs das perdas de calor

    do sujeito, por calorimetria directa ou indirecta. J os mtodos biomecnicos medem a

    actividade muscular, a acelerao e o deslocamento do corpo do sujeito, atravs de

    plataformas de fora ou fotografia (Montoye e tal., 1996).

    No que concerne Calorimetria, esta consiste em avaliar o gasto energtico

    atravs da produo de calor, recolhendo detalhes muito precisos sobre o gasto

    energtico durante o perodo de avaliao.

    Pode-se medir directa ou indirectamente. Enquanto que na calorimetria directa,

    o avaliador baseia-se no princpio de que a perda de calor exprime o consumo

    energtico do sujeito avaliado, na calorimetria indirecta contabiliza-se esse gasto

    atravs do consumo de VO2 e produo de VCO2.

    Este mtodo no se aplica em amostras de grande dimenso, j que

    dispendioso e porque nem sempre os sujeitos da amostra se encontram disponveis

  • FADEUP 9 JosCortez

    para o realizar. Da, que se torne muito difcil a sua utilizao em estudos

    epidemiolgicos.

    2.3.2.Mtodos de Terreno Os mtodos de terreno so menos dispendiosos, podendo ser aplicados em

    estudos epidemiolgicos e em grandes amostras, sendo, contudo, indiscutivelmente

    menos precisos (Montoye et al., 1996). , ainda, importante referir que englobam

    tcnicas objectivas, como a observao directa, monitorizao da frequncia cardaca

    e a utilizao de sensores de movimento ou tcnicas mais subjectivas, como o

    caso dos questionrios, entrevistas e dirios (Harro e Riddoch, 2000).

    O mtodo Doubly Labeled Water considerado um dos melhores e mais

    preciso na avaliao da AF, devido sua preciso em gastos energticos mdios em

    situaes reais, apesar dos elevados custos na sua utilizao e na reduzida

    praticabilidade em estudos epidemiolgicos (Santos, 1996).

    Essencialmente, o mtodo consiste na ingesto de istopos de gua e tem

    como objectivo medir a produo de CO2, atravs de algumas tcnicas especficas

    durante um perodo de trs semanas. E devido sua preciso que este mtodo vai

    apresentar vantagens sobre as restantes tcnicas. Uma vez que no restritivo,

    indicativo em situaes reais dos indivduos avaliados e pode surgir como critrio de

    validao de outras tcnicas (Santos, 1996).

    No entanto, apresenta algumas limitaes, como o dispndio de tempo e os

    custos elevados. Para alm dessas limitaes, as observaes efectuam-se com

    frequncia em curtos intervalos de tempo, o que torna o mtodo do quadro

    polifacetado da AFH pouco representativo.

    Segundo Brito (1994), a observao directa consiste num registo contnuo, num

    filmar com os olhos, de tudo o que se passa no espao global da observao.

    Este mtodo apresenta vrias vantagens relativamente a outras tcnicas. Ou

    seja, como no existe equipamento especfico pode ser utilizado em qualquer stio, em

    vrias situaes e durante curtos ou longos perodos de tempo (Ainsworth, 1994).

    Contudo, um mtodo dispendioso e que necessita de bastante tempo para se

    realizar, dificultando assim, a sua aplicao em estudos epidemiolgicos com grandes

    amostras e podendo, tambm, provocar alteraes no comportamento tpico dos

    observados (Ainsworth, et al., 1994; Harro e Riddoch, 2000).

  • FADEUP 10 JosCortez

    A avaliao da AF atravs de dirios consiste em registar todas as actividades

    durante intervalos de tempo pr-determinados. Para ser possvel estimar a quantidade

    de actividade do sujeito preciso efectuar registos durante vrios dias, em diferentes

    pocas, devido s alteraes do nvel de AF que se regista ao longo do ano (Santos,

    2000).

    Este mtodo requer alguma dedicao por parte dos sujeitos, no s nos

    registos, mas tambm na escolha certa acerca do tipo, frequncia, intensidade e

    durao das actividades.

    Os acelermetros so sensores de movimento que percepcionam os

    movimentos corporais num ou em trs eixos. Conseguem fazer uma medio objectiva

    da frequncia, intensidade e durao dos movimentos realizados pelo sujeito. E, tal

    como todos os mecanismos que avaliam gastos energticos, tambm estes possuem

    vantagens e desvantagens, sendo que no calculam gastos calricos extra quando os

    indivduos transportam pesos ou realizam qualquer tipo de esforo em que no haja

    movimento. J o acelermetro porttil triaxial (TRITRAC) classifica a AFH dos

    indivduos, considerando os trs planos de movimento e, no caso do Tri-Trac-R3D,

    regista os dados da AF entre 1-15 minutos, guardando-os em memria at 30 dias.

    (Oliveira, 2001).

    Os pedmetros so aparelhos que contabilizam e fazem uma estimativa do

    nmero de passos que um indivduo realiza, atravs de oscilaes verticais do corpo

    (Lopes, V.P. et al., 2003).

    O primeiro pedmetro foi inventado por Leonardo Da Vinci. Este no era to

    completo ou preciso, uma vez que era mecnico e possua inmeras falhas. Foi,

    ento, que nos anos 90, surgiu o pedmetro electrnico que muito mais preciso

    (ACSM, 2005).

    So capazes de memorizar o nmero de passos atravs de uma caminhada,

    jogging, corrida, no entanto, no fazem qualquer contagem quando os indivduos

    andam de bicicleta, remam ou realizam exerccios com o tronco (ACSM, 2005).

  • FADEUP 11 JosCortez

    Quadro 2 Classificao do nvel de AF de acordo com o nmero de passos por dia.

    Passos por dia Nvel de Actividade

    12.500 Muito Activo Desenvolvido por Tudor Locke e Dr. Bassett Jr (2004) citado em ACSM, 2005

    Segundo Eakin et al. (2007), os pedmetros tornam-se cada vez mais

    frequentes na promoo da AF. No entanto, existe pouca informao sobre os

    mesmos. Inicialmente, eram simples instrumentos de medida, mas, actualmente, so

    utilizados como importantes instrumentos de interveno para a promoo da AF. Para que o aparelho determine com maior preciso a distncia percorrida pelo

    sujeito, introduz-se o valor calculado do comprimento dos passos e, assim, teremos

    uma distncia percorrida. O nmero de passos ou mesmo a distncia percorrida pelo

    sujeito demonstram, sobretudo a quantidade de AF realizada (Lopes, V.P. et al.,

    2003).

    Os pedmetros so cada vez mais utilizados como forma de avaliao da AF.

    Como prova disso h um estudo, que foi realizado em 2007, com 2478 indivduos de

    ambos os sexos e vrias idades, denominado 10.000 Steps a Day. Este foi criado

    com o intuito de promover e incentivar os sujeitos a superar o nmero de passos

    dirios habituais, para assim, aumentar a AFH para os 10.000 passos dirios.

    Verificou-se, igualmente, que parte da amostra, mais precisamente 291 participantes

    tinham utilizado um pedmetro nos ltimos 18 meses (Eakin, 2007).

    Os questionrios so considerados os instrumentos mais utilizados em estudos

    epidemiolgicos, principalmente quando so normalizados, uniformizados e de fcil

    utilizao.

    Tm a possibilidade de agrupar os sujeitos em diferentes categorias baseadas

    na expresso quantitativa da AFH (Montoye et al., 1996), e, desta forma, vo facilitar

    os resultados do estudo tornando-os mais rpidos e eficazes.

    Os questionrios tambm tm sido utilizados para determinar a prevalncia da

    AF numa populao em estudo, sendo que verificam os efeitos do programa utilizado

    e identificam a relao entre a AF e os seus benefcios para a sade (Sallis e Owen,

    1999).

    Contudo, este mtodo no uma excepo e apresenta algumas limitaes.

    No fornece informaes precisas relativamente aos gastos energticos individuais, o

  • FADEUP 12 JosCortez

    que faz com que os sujeitos nem sempre se recordem com preciso das suas

    actividades e podem distorcer a realidade, sobrevalorizando o tempo ou a intensidade

    das mesmas (Montoye et al., 1996).

    Na aplicao de questionrios com o objectivo de medir a AFH surgem

    algumas diferenas relativamente ao tempo dispendido na medio de cada

    actividade, no tipo de actividade e na medio da escala utilizada (Washburn e

    Montoye, 1986).

    2.4.Obesidade e Excesso de peso

    Actualmente, na populao mundial, existem mais de 1 bilio de pessoas com

    excesso de peso, dos quais 300 milhes so obesos. A obesidade uma situao

    complexa, com dimenses sociais e psicolgicas srias, afectando todas as idades e

    todos os grupos socioeconmicos (OMS, 2003).

    Segundo Mota (1992), devido ao sbito desenvolvimento tecnolgico, verifica-

    se um aumento de doenas, consideradas da civilizao e um incremento de

    despesas por elas geradas. Em grande parte dos pases desenvolvidos, 6% a 7% dos

    custos do sistema de sade devem-se a doenas provocadas pela obesidade (OMS,

    2003).

    Dados dos EUA demonstram que este problema se verifica desde a infncia. O

    nmero de crianas com excesso de peso duplicou e o nmero de adolescentes com

    excesso de peso triplicou desde 1980 (OMS, 2003).

    O Excesso de peso e a Obesidade so definidos como uma acumulao

    anormal ou excessiva de massa gorda, que pode trazer graves problemas de sade e

    a sua principal causa deve-se ao desequilbrio energtico entre as calorias

    consumidas e as calorias gastas, ou seja, o consumo elevado de alimentos com

    grandes quantidades de acar e gorduras, mas pobres em vitaminas, minerais e

    nutrientes necessrios.

    Maffeis (2000), define a obesidade como um problema multifactorial e o seu

    desenvolvimento resulta de vrias interaces entre os genes do indivduo e o seu

    meio envolvente.

    Outro factor que contribui para o excesso de peso e obesidade a reduo da

    AF, devido natureza do trabalho do indivduo, da maior comodidade dos meios de

    transporte e outros factores individuais e sociais que contribuem para uma AF cada

    vez mais reduzida nos nossos que correm (OMS, 2003).

  • FADEUP 13 JosCortez

    O ser humano gasta energia para realizar todo tipo de actividades no

    quotidiano, mas o dispndio energtico no pode ser considerado um sinnimo de

    actividade fsica, visto que possvel gastar a mesma energia num espao de tempo

    inferior ou ento em actividades mais longas, mas menos intensas (Montoye e col.,

    1996).

    A intensidade fsica classificada tendo em conta a unidade MET. O MET

    (equivalente metablico) tem sido aceite e utilizado por fisiologistas do exerccio para

    expressar o gasto energtico em funo do peso corporal do sujeito (Montoye e

    col.,1996).

    O equivalente metablico consiste no valor correspondente energia

    dispendida por um sujeito numa posio confortvel, isto , em repouso. Considera-se

    que uma actividade com o dobro da intensidade do metabolismo basal avaliada

    como tendo uma intensidade de 2 METs; com o triplo da intensidade, 3 METs e assim

    sucessivamente. As actividades so descritas como ligeiras, quando o valor

    dispendido menor do que 3 METs, moderadas entre as 4 a 6 vezes do valor do

    metabolismo basal ou vigorosas quando atingem os 7 ou mais METs. Existem outros

    factores que influenciam a taxa metablica de repouso, como, por exemplo, o gnero,

    tendendo esta a ser superior nos homens do que nas mulheres. Varia, tambm, com a

    idade e diminui com o envelhecimento (Tavares et al., 2002).

    2.5.ndice de massa corporal (IMC)

    O IMC um ndice entre a altura e o peso. regularmente utilizado para

    classificar indivduos que esto abaixo do seu peso ideal, bem como com excesso de

    peso ou se so obesos. Este definido pelo peso em quilogramas que vai ser dividido

    pelo quadrado do peso em metros (kg/m).

  • FADEUP 14 JosCortez

    Quadro 3 - Classificao mundial para adultos com subpeso, excesso de peso e obesidade de acordo com o IMC.

    Classificao IMC (kg/m)

    Cortes

    principaisCortes

    adicionais Subpeso

  • FADEUP 15 JosCortez

    A obesidade , tambm, um dos grandes factores de risco para outras doenas

    crnicas, juntamente com o consumo de tabaco, tenso arterial elevada e colesterol

    elevado no sangue. Aps vrias anlises realizadas no relatrio de 2002 da OMS,

    cerca de 58%dos diabetes, 21% da doena isqumica do corao e de 8 a 42% de

    determinados cancros, eram casos de indivduos cujo IMC era superior a 21Kg/m.

    O excesso de peso e a obesidade, assim como outras doenas associadas,

    podem ser prevenidas por alguns comportamentos, tais como:

    Maior equilbrio alimentar; Baixo consumo de gorduras, principalmente gorduras saturadas; Aumento do consumo de fruta, vegetais e legumes; Poucos acares; Mais AF, pelo menos 30 minutos dirios.

  • FADEUP 16 JosCortez

    3.OBJECTIVOS

    Geral: Avaliar o nvel de AFH e a Composio Corporal em praticantes de ginstica de academia.

    Especficos:

    Verificar qual a varivel, do questionrio de Baecke, que apresenta um maior ndice;

    Verificar se existem diferenas entre gneros relativamente MTP e AFH;

    Verificar se existe relao entre os dias de observao e o nmero de passos apresentados pela amostra;

    Observar se existem diferenas entre gneros relativamente ao nmero de passos em cada dia de observao;

    Observar a relao entre o nvel de AFH e o IMC, MM e MG; Observar a relao entre a MTP e o IMC, MM e MG.

  • FADE

    4.M

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  • FADEUP 18 JosCortez

    4.2. Procedimentos metodolgicos

    4.2.1. Questionrio de Baecke

    O levantamento de dados foi efectuado atravs de um questionrio (anexo 1)

    constitudo por questes fechadas e abertas do tipo semi-estruturado, adaptado de

    Baecke (1982) e adaptado pelo Gabinete de Cineantropometria da Faculdade de

    Desporto da Universidade do Porto.

    O Questionrio de Actividade Fsica Habitual preconizado por Baecke et al. tem a

    sua origem na Holanda e vem sendo disseminado em vrios pases, inclusive em

    pases de lngua portuguesa.

    O questionrio de Baecke auto-administrado, tendo como perodo de referncia

    os ltimos 12 meses, estruturado por 16 questes distribudas em trs seces

    distintas, cada uma procurando estabelecer estimativas quanto a uma dimenso

    especfica do nvel de prtica habitual de actividade fsica. As opes de respostas so

    codificadas mediante uma escala Lickert de 5 pontos, com excepo da ocupao

    profissional e da modalidade desportiva praticada, se for o caso. As questes de 1 a 8

    constituem a primeira seco do questionrio e procuram abranger as actividades

    fsicas dirias realizadas na escola ou no trabalho. A segunda seco do questionrio

    envolve as questes de 9 a 12 e renem informaes quanto s actividades

    desportivas, aos programas de exerccios fsicos e s prticas de lazer. J a terceira

    seco do questionrio visa obter indicaes relacionadas com as actividades de

    ocupao do tempo livre e de locomoo. Mediante o somatrio das pontuaes

    especficas atribudas s questes agrupadas, em cada uma das partes do

    questionrio, so estabelecidos resultados equivalentes ao ndice de Actividade Fsica

    no Trabalho (IAFT), ao ndice de Actividade Fsica Desportiva (IAFD) e, finalmente ao

    ndice de Actividade Fsica do Tempo de Lazer (IAFTL).

    Atravs deste questionrio podem-se, tambm, estabelecer estimativas quanto ao

    ndice da Actividade Fsica Habitual Total (IAFHT), mediante o somatrio dos valores

    atribudos a cada uma das dimenses de AF (Guedes, 2006; Baecke, 1982).

    ndice de Actividade Fsica no Trabalho (IAFT)

    IAFT = [I1+ (6-I2) +I3+I4+I5+I6+I7+I8] /8

  • FADEUP 19 JosCortez

    1 IAFT 5

    ndice de Tempo de Lazer (IAFTL)

    IAFTL = [(6I13)+I14+I15+I16] /4

    1 IAFTL 5

    ndice de Actividade Desportiva (IAFD)

    IAFD = [I9+I10+I11+I12] /4. I9 obtido do seguinte modo:

    (intensidade x tempo x proporo) I=1

    O conceito de intensidade refere-se a estimativas de gastos calricos mdios em

    diferentes actividades tal como proposto por Durnin e Passmore (1967, citado em

    Barcelos, 1997).

    Assim, os desportos organizam-se segundo trs nveis:

    Nvel baixo, por ex: bilhar, vela, bowling e golf, com um consumo calrico mdio de 0,76 MJ/h.

    Nvel mdio, por ex: badminton, ciclismo, dana, natao e tnis, com um consumo calrico mdio de 1,26 MJ/h.

    Nvel alto, por ex: boxe, basquetebol, futebol, rguebi e remo, com um consumo calrico mdio de 1,76 MJ/h.

    O tempo mede as horas por semana em que praticada a actividade fsica, tendo as

    seguintes cotaes:

    0,5 menos de uma hora; 1,5 entre 1 e 2 horas semanais; 2,5 entre 2 e 3 horas semanais; 3,5 entre 3 e 4 horas semanais;

  • FADEUP 20 JosCortez

    4,5 mais de 4 horas semanais.

    A proporo indica o nmero de meses que aquela actividade praticada

    habitualmente, onde pode assumir as seguintes pontuaes:

    0,04 menos de 1 ms por ano; 0,17 entre 1 a 3 meses; 0,42 entre 4 a 6 meses; 0,67 entre 7 a 9 meses; 0,92 mais de 9 meses por ano.

    Atribudas estas pontuaes efectuamos o produto para cada actividade praticada e

    somamos, obtendo o valor I17.

    0,7538 IAFD 7,3932

    4.2.2. Medidas Somticas

    O peso corporal e a altura foram medidos com aproximao a 0,1kg e 0,01m. O

    IMC foi calculado atravs da frmula peso/altura (kg/m). A Bioimpedncia foi

    calculada atravs de uma avaliao morfolgica numa TANITA Body Composition

    Analyzer, Modelo TBF 300, da qual obtivemos o peso, MG e a Bioimpedncia. Com

    estes dados foi-nos possvel efectuar um clculo da Massa Muscular (MM).

    Clculo da massa muscular:

    Massa muscular (kg) = [(altura/BIA-resistncia x 0,401) + (sexo x 3,825) +(idade x

    -0,071)] + 5,102

    Nesta frmula, a altura representada em cm, a BIA-resistncia (Bioimpedncia)

    em Ohms, o sexo definido por: Homem=1 e Mulher=0, a idade representada em

    anos. Esta equao de Bioimpedncia foi desenvolvida e reavaliada em oposio

    ressonncia magntica, imaginando a massa muscular do corpo. Foi desenvolvida

    num estudo com uma amostra de 269 indivduos, na qual as idades variam entre os

    18-86 anos e o IMC varia entre 16-48 kg/m (Jansen et al., 2002).

  • FADEUP 21 JosCortez

    4.2.3. Pedometria

    O pedmetro utilizado foi o OMRON Walking Style II. Durante o processo de

    avaliao, o pedmetro foi colocado volta do pescoo ou, ento, na cintura. Este

    pedmetro possui memria para sete dias, sendo que a avaliao decorreu durante

    quatro dias, dois durante a semana e dois ao fim de semana.

    4.3. Procedimentos estatsticos

    Procedeu-se a uma anlise dos dados com o objectivo de verificar a distribuio

    de cada uma das variveis em estudo. Para o tratamento estatstico foi utilizada a

    estatstica descritiva, com base na mdia, desvio-padro. De seguida foram utilizados

    os seguintes testes:

    T-Teste Coeficiente de Correlao de Pearson e Regresso Linear para verificar se existe

    relao entre as variveis.

    O programa estatstico utilizado foi o SPSS Statistics 17.0.

    O nvel de significncia foi de 5%.

  • FADEUP 22 JosCortez

    5.Apresentao dos resultados

    Neste captulo, sero apresentados os resultados obtidos nos testes anteriormente referenciados.

    Os dados foram recolhidos de alguns scios/praticantes de ginsticas de academia, neste caso no Virgin Active Health Club, onde eu trabalho e desempenho

    funes como monitor de musculao e cardiofitness. A nossa amostra composta

    por 14 elementos do sexo feminino e 12 do sexo masculino e as idades variam entre

    os 19 e os 58 anos de idade.

    Quadro 5 - Valores das medidas descritivas da amostra.

    Mdia Sd

    Homens Mulheres

    Mdia Sd Mdia Sd

    Idade 38,4 12,7 38 14 39 12

    Peso 74,1 10 82,1 6,8 67,3 6,5

    Altura 1,70 1,8 1,73 0,05 1,65 0,06

    IMC 26 2,1 27,5 1,3 25 1,9

    MG 27 6 22,4 4,9 31 3,5

    MM 28,6 7,3 35 5,3 23 2,4

    No quadro anterior apresentamos os resultados mdios, desvios-padro

    mdios, relativos ao sexo masculino e feminino. A mdia de idades da amostra de

    38,4 anos com um desvio-padro (Sd) de 12,7 anos. A mdia do IMC de 26 2,1. A

    MG tem como valor mdio 27%6 e, por fim, o valor mdio da MM, que de

    28,6kg7,3kg.

    No que diz respeito ao sexo feminino, este apresenta valores inferiores de IMC,

    relativamente ao sexo masculino, no entanto verifica-se que estas possuem um valor

    superior de MG. J os homens evidenciam ndices superiores de MM.

  • FADEUP 23 JosCortez

    Quadro 6 - Resultados do T-Teste comparando sexos relativamente s medidas descritivas da amostra.

    t P

    IMC -4,101 ,000

    MG 5,188 ,000

    MM -7,634 ,000

    *p0,05

    No Quadro 6 verifica-se que existem diferenas estatisticamente significativas

    em ambos os sexos, relativamente ao IMC, percentagem de MG e MM, assumindo

    o nvel de significncia de 5%: p0,05.

    Os homens apresentam ndices de IMC (27,5) mais elevados do que as

    mulheres, assim como de MM (35Kg). As mulheres possuem maiores ndices de MG

    (31%).

    Quadro 7 Mdias e desvios-padro (Sd) dos ndices de Actividade Fsica Habitual segundo o gnero.

    Mdia Sd

    Homens Mulheres

    Mdia Sd Mdia Sd

    IAFT 2,7 0,2 2,8 0,2 2,6 0,16

    IAFD 3,4 0,6 3,2 0,5 3,5 0,69

    IAFTL 2,9 0,4 2,9 0,3 3 0,43

    IAFHT 9 0,6 8,8 0,6 9,1 0,7

    Dos ndices contemplados pela escala de Baecke, na nossa amostra o valor

    que regista maior mdia o IAFD. Quanto ao gnero, constatamos que nos vrios

    ndices de actividade fsica as mulheres apresentam valores superiores relativamente

    aos homens, excepto no IAFT.

    Verificamos que o IAFD o que revela ndices mais elevados relativamente

    aos restantes.

    As mulheres apresentam um IAFHT mais elevado do que os homens.

  • FADEUP 24 JosCortez

    Quadro 8 - Resultados do T-Teste comparando sexos relativamente ao IAFHT.

    T P

    IAFHT 1,069 ,296

    *p0,05

    Ao observar o Quadro 8 podemos ver que apesar das diferenas entre sexos e

    de o sexo masculino apresentar, em todos os dias observados, um maior nmero de

    passos, relativamente ao feminino, no se observam diferenas estatisticamente

    significativas entre sexos.

    Quadro 9 Mdias e desvios-padro do nmero de passos, para ambos os sexos, por cada dia de

    observao.

    Mdia Sd

    Homens Mulheres

    Mdia Sd Mdia Sd

    Quinta 9834 1833 10635 1566 8435 2373

    Sexta 9982 2401 11281 2249 8476 2181

    Sbado 7936 2299 9176 1539 6705 2429

    Domingo 7033 1853 8046 1746 6005 1641

    Tal como se depreende do quadro acima, o dia em que se verifica um maior

    nmero de passos, em ambos os sexos, Sexta-feira e o Domingo o dia em que

    se observa o menor nmero de passos. No que concerne ao gnero, o sexo

    masculino que apresenta, em todos os dias observados, valores superiores

    relativamente ao sexo feminino.

    Quadro 10 - Resultados do T-Teste comparando sexos relativamente Mdia Total de Passos (MTP).

    T P

    MTP -3,135 ,004

    *p0,05

    No Quadro 10 observamos que existem diferenas estatisticamente

    significativas em ambos os sexos, relativamente MTP (valor de prova p=0.004). A

    MTP dos homens , em todos os dias da observao, superior das mulheres.

  • FADE

    dimin

    aos r

    Grfic

    sema

    nme

    tamb

    EUP

    Grfi

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    nuio sign

    restantes di

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    O Grfic

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    bm ao fim-

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    2

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    10

    12

    ico 2 - Mdias

    odemos ve

    ificativa do

    ias da sema

    arao entre s

    co 3 most

    sos dirios

    de-semana

    922

    0

    2000

    4000

    6000

    8000

    0000

    2000

    Quin

    M

    0

    2000

    4000

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    1

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    a.

    29 8910

    nta Sexta

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    Semana

    10958

    9008

    25

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    8611

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    6419

    Domingo

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    de observao

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    o.

    uma

    mente

    fim-de-

    te ao

    mas,

  • FADEUP 26 JosCortez

    notrio que durante o fim-de-semana, o nmero de passos baixa bastante,

    sendo que a mdia (mdia do fim-de-semana) dos homens considerada

    Relativamente Activa (8611 passos). J durante a semana, os indivduos do sexo

    masculino da nossa amostra so Activos (10958 passos).

    No que diz respeito ao sexo feminino, este apresenta ndices muito baixos

    durante o fim-de-semana, o que faz com que sejam consideradas como Pouco Activas

    (6519 passos), j durante a semana, os valores sobem ligeiramente, ou seja, j so

    Ligeiramente Activas (9008 passos).

    No quadro seguinte podemos observar a correlao e os valores de prova,

    existentes entre os dias de observao, relativamente ao nmero de passos.

    Quadro 11 Correlaes entre Quinta e os restantes dias de observao.

    Sexta Sbado Domingo

    Quinta

    Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

    R:.676 R:.835 R:.592 R:.731 R:.759 R:.516

    Ao analisar os resultados do quadro acima, podemos verificar que existe

    sempre uma correlao positiva entre os restantes dias de observao relativamente a

    Quinta-Feira. O valor de correlao mais elevado relativo ao sexo feminino, entre

    Quinta e Sexta (R=0,835). Observamos tambm, que existe uma correlao positiva

    moderada para o sexo masculino entre Quinta e Sexta, assim como entre Quinta e

    Sbado e para o sexo feminino, a mesma correlao positiva moderada entre Quinta e

    Domingo. As restantes correlaes so fortes e positivas.

  • FADEUP 27 JosCortez

    Quadro 12 Correlaes entre Sexta e os restantes dias de observao.

    Quinta Sbado Domingo

    Sexta

    Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

    R:.676 R:.835 R:.685 R:.747 R:.510 R:.715

    Neste quadro, importa dizer que todas as correlaes so positivas, sendo que

    para o sexo masculino entre Sexta e os restantes dias, as correlaes so moderadas

    e para o sexo feminino so todas fortes. A correlao mais baixa relativamente ao

    sexo masculino entre a Sexta e o Domingo.

    Quadro 13 Correlaes entre Sbado e os restantes dias de observao.

    Quinta Sexta Domingo

    Sbado

    Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

    R:.592 R:.731 R:.685 R:.747 R:.866 R:.827

    No Quadro 13 podemos observar que para o sexo feminino, as correlaes so

    todas fortes. Entre Sbado e Domingo verificamos os valores mais elevados de

    correlao para ambos os sexos, R=0,866 para homens e R=0,827 para mulheres.

  • FADEUP 28 JosCortez

    Quadro 14 Correlaes entre Domingo e os restantes dias de observao.

    Quinta Sexta Sbado

    Domingo

    Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

    R:.759 R:.516 R:.510 R:.715 R:.866 R:.827

    Neste quadro podemos observar os valores mais baixos da observao, entre

    Domingo e Quinta para o sexo feminino (R=0,516) e para o sexo masculino entre

    Domingo e Sexta (R=0,510). Aqui, tambm esto presentes os valores mais altos de

    toda a observao, apresentados no quadro anterior, entre Sbado e Domingo (Sexo

    masculino R=0,866; Sexo feminino R=0,827).

    De seguida, iremos utilizar a regresso linear, tendo como objectivo averiguar

    se existe relao entre a massa corporal marcada pelos IMC, MM e MG, com o

    recurso aos ndices de AF obtidos pelo questionrio de Baecke e pela MTP da

    Pedometria.

    Grfico 4 Rectas de regresso linear para a predio do IMC, a partir dos valores de IAFHT e MTP.

    y=0,1071x+11,782

    7,5

    8,5

    9,5

    10,5

    20,00 25,00 30,00

    IAFHT

    IMC

    y=250,35x+2181,3

    5000

    7000

    9000

    11000

    13000

    20,00 30,00

    MTP

    IMC

  • FADEUP 29 JosCortez

    Quadro 15 Resultados da Regresso Linear do IMC atravs do IAFHT e MTP.

    Coeficiente de Correlao - R Coeficiente de Determinao - R

    O,511 O,261

    Atravs destes dados, podemos inferir que o IAFHT e a MTP conseguem

    explicar 26,1% do IMC, sendo a restante percentagem devido a outros factores.

    Atravs do modelo de Regresso Linear no relao estatisticamente significativa

    entre as variveis.

    Grfico 5 Rectas de regresso linear para a predio da MM, a partir dos valores de IAFHT e MTP.

    Quadro 16 Resultados da Regresso Linear da MM atravs do IAFHT e MTP.

    Coeficiente de Correlao - R Coeficiente de Determinao - R

    O,614 O,377

    O resultado obtido para a predio do valor de MM atravs do valor

    apresentado pelo IAFHT e MTP de 37,7%. Estes apresentam tambm uma R: 0,614,

    logo uma correlao positiva e moderada. Ao analisar estes valores atravs do modelo

    de regresso linear, no existem dados estatisticamente significativos entre as

    variveis.

    y=0,0095x+9,266

    7,58,08,59,09,5

    10,010,5

    15 35 55

    IAFHT

    MM

    y=89,841x+6129,2

    5000

    7000

    9000

    11000

    13000

    15 35

    MTP

    MM

  • FADEUP 30 JosCortez

    Grfico 6 Rectas de regresso linear para a predio da MG, a partir dos valores de IAFHT e MTP.

    Quadro 17 Resultados da Regresso Linear da MM atravs do IAFHT e MTP.

    Coeficiente de Correlao - R Coeficiente de Determinao - R

    0,632 0,399

    Nos valores do quadro anterior, encontramos um valor de predio para a MG

    de 39,9%. Verifica-se tambm uma correlao positiva e moderada com o valor de R:

    0,632. Apesar dos valores anteriores serem as correlaes mais elevadas da amostra,

    os dados no se revelam estatisticamente significativos entre as variveis

    apresentadas.

    y=0,0107x+8,7048

    7,58,08,59,09,5

    10,010,5

    17 27 37

    IAFHT

    MG

    y=90,956x+11154

    5000

    7000

    9000

    11000

    13000

    15 25 35 45

    MTP

    MG

  • FADEUP 31 JosCortez

    6.Discusso de Resultados

    Este estudo est em consonncia com a literatura ao evidenciar a existncia

    de um forte dimorfismo relativamente ao peso e altura entre indivduos do sexo

    masculino e indivduos do sexo feminino (Santos, 1996). De facto, o gnero masculino

    apresenta valores mais elevados, quer no que concerne ao peso quer relativamente

    altura.

    No que diz respeito aos homens, estes apresentam uma altura mdia de 1,73m,

    enquanto que as mulheres tm em mdia 1,65m e, o mesmo se verifica no que

    concerne ao peso, isto , verifica-se a mesma diferena j que os homens so

    bastante mais pesados do que as mulheres, apresentando um peso mdio de 82,1Kg,

    enquanto que as mulheres pesam, em mdia, 67,3Kg.

    Os dados do estudo de Santos (1996) mostram que os homens pesam, em

    mdia, mais de 18kg do que as mulheres. No nosso estudo, a mdia do peso corporal

    dos homens, difere da mdia feminina em aproximadamente 15kg.

    No que se refere altura, os valores masculinos apresentaram-se superiores

    aos femininos, aproximadamente em 15cm, coincidindo com o estudo de Santos

    (1996).

    Aps efectuar uma comparao entre as medidas descritivas e as suas

    mdias, realizmos um T-test comparando as mesmas e, verificmos que existem

    diferenas, estatisticamente significativas, entre sexos (p=0).

    Jacobs et al. (1993) referem que as mulheres apresentam uma maior

    percentagem de gordura corporal em relao aos homens, o que tambm se verifica

    no presente estudo, uma vez que as mulheres apresentam uma percentagem mdia

    de 31% de MG e os homens de 22,4%.

    Relativamente ao nosso estudo, realizmos o clculo da MM, em que a mdia

    dos homens (35kg), se aproxima dos valores encontrados no estudo de Janssen

    (2000), cuja mdia de 34kg, sendo a mdia das mulheres mais baixa, com o valor de

    23kg.

    A aplicao do questionrio de Baecke (1982), sobre a AFH permitiu analisar

    as trs componentes consideradas, isto , o IAFT, o IAFD e o IAFTL. Uma vez

    conhecidos estes ndices, foi-nos possvel encontrar um resultado total e um IAFHT.

    O nosso estudo mostra que em termos mdios, as mulheres so

    significativamente mais activas do que os homens no IAFD (M=3,50,69; H=3,20,5) e

    no IAFTL (M=30,43; H=2,90,3), sendo que os homens apresentam um IAFT mais

  • FADEUP 32 JosCortez

    elevado que as mulheres (M=2,60,16; H=2,80,2). Estes resultados vo contra a

    literatura, visto que, segundo os estudos de Baecke (1982) e Santos (1996), as

    mulheres apresentam, em mdia, um IAFT superior aos homens e estes apresentam

    resultados mdios superiores para os restantes ndices. Este facto poder dever-se a

    variadssimos factores, como por exemplo, o facto de a nossa amostra praticar

    exerccio fsico de forma regular e organizada. No entanto, s os poderamos analisar

    e compreender melhor se aplicssemos um questionrio que nos fornecesse

    informaes acerca das motivaes para a prtica desportiva.

    No nosso estudo, no existem diferenas significativas entre sexos

    relativamente ao IAFTL, tal como os dados apresentados por Santos (1996). J o

    contrrio se verifica no estudo de Baecke et al. (1982), no qual as mulheres obtiveram

    valores significativamente mais elevados do que os homens (M=3,1; H=2,8).

    Quanto ao IAFHT, as mulheres apresentam um valor superior

    comparativamente com os homens (M=9,10,7; H=8,80,6), sendo que nos resultados

    apresentados por Ladeira (2004), se observa o oposto (M=7,231,11; H=7,701,33).

    O estudo de Jacobs et al. (1993) caracterizou os homens, como sendo mais

    activos do que as mulheres, sendo estes os que mais actividades realizam durante o

    seu tempo de lazer, podendo estas ser mais ou menos vigorosas. Por seu lado, so

    as mulheres que realizam mais actividades domsticas.

    Ainsworth (2000) considera que as mulheres so bastante activas e sugere que

    pesquisas anteriores podem no estar a avaliar correctamente a AF das mesmas.

    Assim, na sua pesquisa, as mulheres apresentaram mais AF do que os homens,

    quando foram acrescentadas as actividades domsticas dirias. Sugere, tambm, que

    os instrumentos utilizados para avaliar a AF, devem ter em conta outras actividades

    importantes que so bastante desenvolvidas pelas mulheres, como as actividades

    ocupacionais, trabalho domstico, cuidados com a famlia, etc.

    Um dos objectivos especficos deste estudo de avaliar a AFH. Para isso,

    realizmos um estudo com o recurso pedometria, por forma a medir o nmero de

    passos que os indivduos realizam por dia.

    Os valores de referncia, utilizados para classificar um sujeito como activo ou

    sedentrio so: 12500 Muito Activo.

    Segundo esta classificao, a mdia total da nossa amostra, nos trs primeiros dias (Quinta-Feira de 9834 passos, Sexta-Feira de 9982 passos e ao Sbado de

    7936 passos) pode ser considerada como Relativamente Activa, mas no ltimo dia

  • FADEUP 33 JosCortez

    (Domingo - 7033 passos) essa mdia baixa um pouco, colocando-se no intervalo

    Pouco Activo.

    Atravs destes dados, podemos deduzir que, durante a semana, se verifica um

    maior nmero de passos, possivelmente por se tratar de dias teis, nos quais as

    pessoas esto mais activas nos seus postos de trabalho fazendo, desta forma, com

    que aumente o ndice de AF.

    Para ambos os sexos, o dia em que se verifica um maior nmero de passos

    Sexta-Feira. Por outro lado, o Domingo o dia da semana em que apresenta um

    menor nmero de passos. Podemos observar estes mesmos resultados, no estudo de

    Clemes (2006), que mostra uma grande diminuio do nmero de passos realizados

    ao Domingo comparativamente com os restantes dias da semana.

    Aps a realizao de um T-Test para medidas independentes, comparando a

    MTP entre sexos, encontrmos diferenas estatisticamente significativas (p=0,004), e

    observmos que a MTP dos homens , em todos os dias da observao, superior

    das mulheres. Segundo Clemes (2006), existe uma tendncia para os homens

    apresentarem mdias de passos dirios superiores das mulheres.

    Efectumos uma correlao entre os dias de observao, na qual foram

    encontradas somente correlaes positivas. Assim, verificmos que entre Quinta-Feira

    e Sexta-Feira, relativamente ao sexo feminino, existe uma correlao forte, R=0,835.

    Existem tambm correlaes fortes e positivas entre Sbado e Domingo, para ambos

    os sexos M: R=0,827; H: R=0,866. Os valores de correlao mais baixos verificam-se

    entre Quinta-Feira e Domingo para o sexo feminino, R=0,516 e entre Sexta-Feira e

    Domingo para o sexo masculino, R=0,510.

    Tendo como objectivo averiguar se existe relao entre a massa corporal

    marcada pelos IMC, MM e MG, atravs do IAFHT e da MTP, recorremos ao

    Coeficiente de Correlao e Regresso Linear. Determinamos que relativamente ao

    IMC, existe uma correlao positiva entre este, o IAFHT e a MTP (R=0,511). Esses

    ndices predizem 26,1% do IMC, sendo o resto explicado por outros factores. No que

    diz respeito MG, quando correlacionada com o IAFHT e a MTP, encontramos uma

    correlao positiva e moderada, R=0,632 e um R=0,399, isto 39,9% da MG

    explicada pela AFH e pelo nmero de passos dirios. Por fim, a MM apresenta uma

    correlao positiva e moderada com os mesmos ndices, R=0,614, com um R=0,377,

    ou 37,7% da MM explicada pelo IAFHT e pela MTP.

  • FADEUP 34 JosCortez

    Ao analisarmos a equao da recta, no observamos dados estatisticamente

    significativos, no entanto, a correlao entre as variveis positiva e moderada. Desta

    forma o IAFHT e a MTP revelam-se factores importantes para uma adequada

    composio corporal e para a aquisio e manuteno de um estilo de vida saudvel.

  • FADEUP 35 JosCortez

    7.Concluses

    Conforme os objectivos propostos pelo estudo e de acordo com a anlise e discusso

    de resultados emergem as seguintes concluses:

    No questionrio de Baecke, o ndice que apresenta a maior mdia o IAFD.

    As mulheres apresentam valores superiores no IAFD, no IAFTL e no IAFHT, relativamente aos homens.

    Os homens apresentam valores superiores no IAFT.

    A Sexta-Feira apresenta-se como o dia em que se observa maior nmero de passos. Em contra partida, o Domingo o dia em que a amostra se revela

    menos activa.

    Durante a semana verifica-se um maior nmero de passos relativamente ao fim de semana.

    O gnero masculino apresenta valores superiores na MTP, em todos os dias observados.

    O IAFHT e a MTP apresentam uma correlao positiva e moderada com as variveis da composio corporal.

    De acordo com o exposto, torna-se necessrio investir em programas de AF

    que valorizem a ocupao dos tempos livres com actividades mais intensas, na

    tentativa de minimizar e compensar o baixo dispndio energtico do trabalho moderno.

    As polticas de organizao do desporto devem ir ao encontro das tendncias

    contemporneas, de forma a oferecer opes que se enquadrem nas exigncias do

    novo mercado. Para alm destas iniciativas, devemos incentivar as pessoas para que

    aumentem a sua AFH, nas situaes mais simples do dia-a-dia, adoptando estratgias

    tais como, estacionar o veculo mais longe do trabalho, sempre que possvel, deslocar-

    se a p ou de bicicleta nas distncias mais curtas, utilizar mais as escadas em

  • FADEUP 36 JosCortez

    detrimento do elevador, entre muitas outras situaes bsicas que diariamente

    fazemos pois, s assim, conseguiremos melhorar a nossa AFH.

  • FADEUP 37 JosCortez

    8.Bibliografia

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  • FADEUP 39 JosCortez

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    9.Anexos