Aspectos Tecnologicos de Alimentos Funcionais Contendo cos Oliveira 2002

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Revista Brasileira de Cincias Farmacuticas Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 38, n. 1, jan./mar., 2002

Aspectos tecnolgicos de alimentos funcionais contendo probiticosMaric Nogueira de Oliveira*, Ktia Sivieri, Joo Henrique Alarcon Alegro, Susana Marta Isay SaadDepartamento de Tecnologia Bioqumico-Farmacutica, Faculdade de Cincias Farmacuticas, Universidade de So Paulo.

*Correspondncia: M. N. Oliveira Depto. Tecnologia BioqumicoFarmacutica FCF-USP Av. Prof Lineu Prestes, 580. Bloco 16 05508-900. So Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected].

Os alimentos funcionais constituem hoje prioridade de pesquisa em todo mundo com a finalidade de elucidar as propriedades e os efeitos que estes produtos podem apresentar na promoo da sade. As bactrias probiticas so microrganismos vivos que, quando consumidos, exercem efeitos benficos sobre o hospedeiro conferindo propriedades microbiota endgena. Algumas propriedades benficas atribudas s culturas probiticas necessitam de estudos mais controlados para serem definitivamente esclarecidas. Neste artigo so enfocados os aspectos tecnolgicos dos probiticos, os efeitos associados ao consumo de produtos contendo probiticos e as principais cepas empregadas. So apresentados resultados experimentais originais para ilustrar os aspectos tecnolgicos da fabricao de alimentos contendo probiticos buscando descrever suas limitaes e alternativas.

Unitermos: Alimentos funcionais Probiticos Nutracutico Lactobacillus spp. Bifidobacterium spp.

INTRODUOO efeito benfico de determinados tipos de alimentos sobre a sade do hospedeiro conhecido h muito tempo. Apesar disso, o estudo desses alimentos, atualmente denominados alimentos funcionais, e de seus componentes responsveis por esse efeito, tornou-se intenso apenas nos ltimos anos. So considerados alimentos funcionais aqueles que, alm de fornecerem a nutrio bsica, promovem a sade. Esses alimentos possuem potencial para promover a sade por meio de mecanismos no previstos pela nutrio convencional, devendo ser salientado que esse efeito restringe-se promoo da sade e no cura de doenas. O termo nutracutico diz respeito a um alimento ou ingrediente alimentar que proporciona benefcios mdicos e/ou de sade, incluindo preveno e tratamento de doenas (Sanders, 1998). A Tabela I enumera os aditivos alimentares considerados potencialmente funcionais, bem como o efeito funcional a eles atribudo.

Sanders (1998) enumerou seis causas para o aumento da procura por alimentos funcionais, a saber: os consumidores optam por prevenir ao invs de curar doenas; aumento dos custos mdicos; os consumidores esto mais cientes sobre a relao entre a sade e a nutrio; envelhecimento da populao; desejo de combater os males causados pela poluio, por microrganismos e agentes qumicos no ar, na gua e nos alimentos e aumento das evidncias cientficas sobre a sua eficcia. O objetivo primrio dos alimentos funcionais melhorar, manter e reforar a sade dos consumidores via alimentao. Consumidores e resultados cientficos devem dar suporte s exigncias para que um ingrediente ou alimento seja regulamentado. Autoridades ligadas sade em colaborao com a indstria de alimentos e a universidade tm a responsabilidade de realizar procedimentos para autorizao das atribuies. O estabelecimento de lista positiva e a avaliao do dossi contendo todos os resultados cientficos avaliados devem ser analisados por um comit multidisciplinar. O comit deve promover um dilogo entre representantes cientficos e da indstria vi-

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sando definir as principais justificativas que do suporte s atribuies (Roberfroid, 2000). O registro de alimentos funcionais um problema difcil de ser resolvido, particularmente no que diz respeito aos dizeres da rotulagem. A discusso vem sendo feita no sentido de se estabelecer se o controle feito por meio da legislao existente suficiente para a regulamentao dos alimentos funcionais ou se devem ser introduzidos registros especficos. No Japo, a definio legal de alimento funcional foi estipulada de acordo com o Sistema

Alimento Destinado a Uso Especfico de Sade (Food for Specific Health Use FOSHU) da legislao de alimentos japonesa. De acordo com essa legislao, o alimento funcional definido como aquele ao qual atribudo um efeito positivo sobre a sade (Lee et al., 1999). A Tabela II mostra a situao da legislao para alimentos funcionais em termos globais. No Brasil, a legislao recente (Brasil, 1999a, b, c, d). A resoluo da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria do Ministrio da Sade (ANVS/MS) nmero 15 de

TABELA I Principais aditivos alimentares com potencial funcional Aditivos alimentares com potencial funcional fibra de soja, bactrias probiticas, pectina -caroteno, extratos de alho, esterides, compostos fenlicos, psyllium alho, ch verde, bactrias probiticas, psyllium cido g-aminobutrico, pectina clcio, boro, fosfopeptdios de casena cidos graxos -3, extratos de gengibre, colgeno licopeno, frutas e verduras contendo anti-oxidantes bactrias probiticas, zinco ionizado, extrato de elderberry FONTE: Adaptado de Sanders, 1998. TABELA II Situao da legislao para alimentos funcionais em termos globais Padro para Alimento Funcional Codex Alimentarius Japo Estados Unidos Canad Austrlia Nova Zelndia Unio Europia Sucia Holanda No regulamentado FOSHU No regulamentado No regulamentado No regulamentado No regulamentado No regulamentado No regulamentado Posio sobre Atribuio de Efeitos sobre a Sade No permitido Permitido, seguindo as normas do FOSHU Permitido Permitido Sendo revisto No permitido Sendo revisto No permitido Permitidas algumas atribuies especficas estipuladas por um grupo de especialistas e indstrias Atribuies especficas auto-regulamentadas, aprovadas por um grupo de especialistas Efeito atribudo Reduo do colesterol Combate a problemas cardacos Anti-carcingenos Anti-hipertensivo Preveno da osteoporose Preveno da artrite Alterao do dano oxidativo Agentes anti-infecciosos

FONTE: Adaptado de Lee et al., 1999.

Aspectos tecnolgicos de alimentos funcionais contendo probiticos

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30/04/1999 institui junto Cmara Tcnica de Alimentos, a Comisso de Assessoramento Tcnico Cientfico de alimentos funcionais e novos alimentos. Esta passa a ter a incumbncia de prestar consultoria e assessoramento em matrias relacionadas com os alimentos funcionais e novos alimentos, bem como a segurana de consumo e a alegao de funo nos rtulos. A portaria de nmero 16 de 30/04/1999 corresponde ao regulamento tcnico de procedimentos para registro de alimentos e/ou de novos ingredientes. Alimentos ou ingredientes novos so os alimentos ou substncias sem histrico de consumo no pas, ou alimentos com substncias j consumidas, e que, entretanto venham a ser adicionadas ou utilizadas em nveis muito superiores aos atualmente observados nos alimentos utilizados na dieta regular. Uma avaliao objetiva de segurana deve ser feita por uma Comisso de Assessoramento Tcnico Cientfica em alimentos funcionais e novos alimentos constituda pela ANVS. A portaria ANVS/ MS nmero 18 de 30/04/1999 d as diretrizes bsicas para a anlise e comprovao de propriedades funcionais e/ou de sade alegadas na rotulagem de alimentos. So discutidos trs tipos de alegaes sobre o contedo, a funo metablica e de sade, sendo permitidas apenas de reduo de risco. A alegao de propriedades funcionais ou de sade permitida em carter opcional. O alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de sade pode, alm de funes nutricionais bsicas, quando se tratar de nutriente, produzir efeitos metablicos, fisiolgicos e/ou efeitos benficos sade, devendo ser seguro para o consumo sem superviso mdica. A portaria ANVS/MS nmero 19 de 30/04/1999 regulamenta os procedimentos para o registro de alimento com alegao de propriedades funcionais e/ou de sade em sua rotulagem. Dentre a documentao necessria esto previstos o texto e a cpia do esboo com os dizeres da rotulagem do produto e as diretrizes bsicas para anlise e comprovao de propriedade funcional ou de sade alegadas na rotulagem do produto. Alimentos que j possuem registro e que queiram fazer alegaes de propriedades funcionais, alm de adotar os procedimentos administrativos para a modificao de frmula e de rotulagem, devem apresentar o relatrio tcnico-cientfico. As bactrias probiticas A suplementao de componentes com atividade reconhecidamente benfica sade, como clcio e vitaminas, constituam os alimentos funcionais de primeira gerao. Nos ltimos anos, por outro lado, esse conceito voltou-se principalmente para aditivos alimentares, que podem exercer efeito benfico sobre a composio da

microbiota intestinal. Os prebiticos e os probiticos so atualmente os aditivos alimentares que compem esses alimentos funcionais (Ziemer, Gibson, 1998). Os probiticos so ingredientes no digerveis incorporados aos alimentos no sentido de selecionar determinadas bactrias da microbiota intestinal, por meio de sua atuao como um substrato seletivo no nvel do clon (Ziemer, Gibson, 1998; Lee et al., 1999). Determinadas bactrias lticas e outras bactrias, alm de atuarem favoravelmente no produto alimentcio ao qual foram adicionados, fazem parte dos microrganismos capazes de exercer efeitos benficos no hospedeiro. So os denominados microrganismos probiticos. Um microrganismo probitico deve necessariamente sobreviver s condies adversas do estmago e colonizar o intestino, mesmo que temporariamente, por meio da adeso ao epitlio intestinal (Ziemer, Gibson, 1998; Lee et al., 1999). Em condies normais, inmeras espcies de bactrias esto presentes no intestino, a maioria delas anaerbias estritas. Essa composio torna o intestino capaz de responder a possveis variaes anatmicas e fsico-qumicas (Lee et al., 1999). A microbiota intestinal exerce influncia considervel sobre srie de reaes bioqumicas do hospedeiro. Paralelamente, quando em equilbrio, impede que microrganismos potencialmente patognicos nela presentes exeram seus efeitos patognicos. Por outro lado, o desequilbrio dessa microbiota pode resultar na proliferao de patgenos, com conseqente infeco bacteriana (Ziemer, Gibson, 1998). Segundo Goldin (1998), a palavra probitico foi introduzida por Lilley e Stillwell, em 1965, para descrever microorganismos que desempenham atividades benficas. Os probiticos so definidos como microorganismos vivos que, quando so consumidos, agem no trato gastrintestinal do organismo hospedeiro melhorando o balano microbiano intestinal (Kurmann, 1988; Fuller, 1989, 1994). Considerando, como admitido comumente, que a fermentao pode melhorar o digestibilidade de alimentos e produzir vitaminas e co-fatores nos produtos alimentcios, existem atualmente alguns trabalhos cientficos que permitem afirmar que as bactrias probiticas tm um efeito benfico na sade humana (Gilliland, 1989). Holzapfel et al. (1998) optam pela definio de probiticos proposta por Havenaar et al. (1992), a qual define probiticos como culturas puras ou mistas de microrganismos vivos (bactrias lticas e outras bactrias ou leveduras aplicadas como clulas secas ou em um produto fermentado) que quando aplicadas aos animais ou ao homem, tem efeitos benficos ao hospedeiro promoven-

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do o balano de sua microbiota intestinal. Os autores discutem que esta definio mais ampla e vantajosa, pois no restringe os efeitos probiticos microbiota intestinal, mas tambm s comunidades microbianas de outras partes do corpo; os probiticos podem consistir de uma ou mais espcies; podem ser aplicadas aos animais e ao homem. Efeitos biolgicos dos probiticos Fuller (1989) enumerou trs possveis mecanismos de atuao dos probiticos, sendo o primeiro deles a supresso do nmero de clulas viveis mediante produo de compostos com atividade antimicrobiana, a competio por nutrientes e a competio por stios de adeso. O segundo desses mecanismos seria a alterao do metabolismo microbiano, pelo aumento ou diminuio da atividade enzimtica. O terceiro seria o estmulo da imunidade do hospedeiro, por meio do aumento dos nveis de anticorpos e o aumento da atividade dos macrfagos. Segundo Naidu e Clemens (2000), o espectro de atividade dos probiticos pode ser dividido em efeitos nutricionais, fisiolgicos e antimicrobianos. Diversos autores vm sugerindo possveis efeitos benficos de culturas probiticas sobre a sade do hospedeiro. Entre esses efeitos benficos, merecem destaque o controle das infeces intestinais, o estmulo da motilidade intestinal, com conseqente alvio da constipao intestinal, a melhor absoro de determinados nutrientes, a melhor utilizao de lactose e o alvio dos sintomas de intolerncia a esse acar, a diminuio dos nveis de colesterol, o efeito anticarcinognico e o estmulo do sistema imunolgico, pelo estmulo da produo de anticorpos e da atividade fagoctica contra patgenos no intestino e em outros tecidos do hospedeiro, alm da excluso competitiva e da produo de compostos antimicrobianos (Sandine et al., 1972; Gilliland, Speck, 1977; Kim, Gilliland, 1983; Fuller, 1989; Gilliland, 1989; Tejada-Simon et al., 1999; Lee et al., 1999; Gomes, Malcata, 1999; Shortt, 1999; Sreekumar, Hosono, 2000; Naidu, Clemens, 2000). Lee et al. (1999) e Gomes, Malcata (1999) enumeraram os diferentes estudos realizados no sentido de elucidar os efeitos benficos das culturas probiticas sobre o hospedeiro. Segundo Gomes e Malcata (1999), os resultados desses estudos so bastante variveis, chegando a ser contraditrios em alguns casos. Os autores concluram que algumas propriedades benficas atribudas s culturas probiticas necessitam de estudos mais controlados para serem definitivamente estabelecidas. Como conseqncia da falta de estudos cientficos clnicos conclusivos foi criado, em 1996, o projeto

PROBDEMO Demonstration of the Nutritional Functionality of Probiotic Foods, envolvendo universidades, centros de pesquisa e indstrias de toda a Europa. A principal meta desse estudo colaborativo recm-concludo era demonstrar a influncia dos probiticos sobre a microbiota intestinal e a sade humana, empregando-se estudos clnicos pilotos controlados. Os estudos, finalizados em fevereiro de 2000, tinham como alvo tanto indivduos saudveis quanto com problemas de sade para os quais o tratamento com probiticos apresentava um embasamento terico para a ao profilctica ou teraputica (Mattila-Sandholm, 1999). Segundo Mattila-Sandholm (1999), os estudos do projeto PROBDEMO demonstraram que alguns probiticos podem influenciar na composio da microbiota intestinal e modular o sistema imunolgico do hospedeiro, resultando em efeitos benficos mensurveis sobre a sua sade, incluindo o controle de eczema atpico de criana com alergia alimentar. Os autores relataram que o emprego de probiticos selecionados mostrou-se bastante promissor no controle de doenas intestinais inflamatrias e de infeces em crianas e idosos. Em um estudo envolvendo 80 indivduos observouse que tanto o leite como o iogurte foram eficazes como veculos de uma cepa de Lb. salivarius. Nesse estudo, o leite era aparentemente mais eficaz como veculo, uma vez que o nvel de probitico vivel nas fezes dos indivduos que receberem leite contendo probitico era significativamente superior. Entretanto, os indivduos que receberam iogurte contendo probitico apresentaram respostas mais acentuadas no que diz respeito modulao da microbiota intestinal (reduo da contagem de enterococus e clostrdios) e induo da resposta imune no nvel de mucosa (Mattila-Sandholm et al. 1999). As bactrias probiticas s apresentam efeitos biolgicos no ambiente intestinal se atingirem um nmero mnimo. Por exemplo, o nmero de L. rhamnosus para reduzir significativamente a ocorrncia da chamada diarria dos viajantes de 109 UFC/g (Oksanen et al., 1990). Assim, considerando um consumo de produtos lcteos de 100 g, estes devem conter pelo menos 107 UFC/g de bactrias probiticas viveis no momento da compra do produto. Este o nmero recomendvel por diversos autores (Rybka, Fleet, 1997; Vinderola, Renheimer, 2000). Seleo de bactrias probiticas A seleo de bactrias probiticas tem como base os seguintes critrios preferenciais: o gnero ao qual pertence a bactria ser de origem humana, a estabilidade frente ao cido e bile, a capacidade de aderir mucosa intestinal,

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a capacidade de colonizar, ao menos temporariamente, o trato gastrintestinal humano, a capacidade de produzir compostos antimicrobianos e ser metabolicamente ativo no nvel do intestino. Ainda, a segurana para uso humano, ter histrico de no patogenicidade e no devem estar associadas a outras doenas tais como endocardite, alm da ausncia de genes determinantes da resistncia aos antibiticos (Collins et al., 1998; Lee et al., 1999; Saarela et al., 2000). A Figura 1 mostra a rvore decisria empregada para o desenvolvimento de novos probiticos. Segundo o FDA, algumas bactrias so permitidas para o emprego em alimentos e entre elas esto as probiticas. A Tabela III apresenta as principais cepas de bactrias probiticas empregadas. Entre os microrganismos empregados como probiticos, destacam-se as bactrias pertencentes aos gneros Bifidobacterium e Lactobacillus e, em menor escala, as bactrias Enterococcus faecium e Streptococcus thermophilus. Dentre as bactrias pertencentes ao gnero Bifidobacterium, destacam-se B. bifidum, B. breve, B infantis, B. lactis, B. longum e B.thermophilum. Dentre as bactrias lticas pertencentes ao gnero Lactobacillus, destacam-se L. acidophilus, L. delbrueckii subsp. bulgaricus, L. helveticus, L. casei - subsp. paracasei e subsp. tolerans, L. paracasei, L. fermentum, L. reuteri, L. johnsonii, L. plantarum, L. rhamnosus e L. salivarius (Collins et al., 1998; Lee et al., 1999; Sanders, Klaenhammer, 2001). Segundo Lee et al. (1999), as bactrias mais amplamente utilizadas pela indstria de alimentos pertencem ao grupo das bactrias lticas, embora algumas bifidobactrias e leveduras tambm sejam utilizadas. Klein et al. (1998),

por outro lado, relatam que o gnero Bifidobacterium tambm considerado como pertencente ao grupo das bactrias lticas devido a propriedades bioqumicas e fisiolgicas e nichos ecolgicos (inclusive o trato gastrintestinal) em comum com os outros gneros de bactrias lticas. Esse fato ocorre apesar dos gneros mais importantes do grupo das bactrias lticas Lactobacillus, Lactococcus, Enterococcus, Streptococcus, Pediococcus, Leuconostoc, Weissela, Carnobacterium e Tetragenococcus pertencerem ao filo das bactrias Gram-positivas com um baixo (