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Aspectos sociais, psicológicos e biológicos da adolescência e da puberdade. Prof. Fabio Azevedo

Aspectos sociais, psicológicos e biológicos da ...ƒ... · Adolescência propriamente dita ... Confusões devido ao crescimento rápido do corpo, podendo perder a sua personalidade

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Aspectos sociais, psicológicos e biológicos da adolescência e da puberdade.

Prof. Fabio Azevedo

I. Ser Adolescente

Importante separação entre o seu estado de criança em dependência dos pais e a sua preparação para a condição de adulto emancipado. Hormonais Físicas Comportamentais Sexualidade

Níveis de maturação

Puberdade

Adolescência propriamente dita; e

Adolescência tardia.

Puberdade (meninos)

12 aos 14 anos;

Pelos pubianos;

Cordas vocais mais grossas;

Capacidade procriativa.

Puberdade (meninas)

12 aos 14 anos;

Pelos pubianos;

Menstruação;

Desenvolvimento das mamas.

Adolescência propriamente dita

Busca de si através dos processos de diferenciação, separação e individualidade:

15 aos 17 anos;

Mudanças psicológicas;

Comportamento; e

Sexualidade.

Adolescência tardia

Busca de uma identidade própria.

Individual;

Grupal;

Social.

Adolescência

Testar o reconhecimento dos outros, sendo que as condutas mesmo sendo bizarras reflete uma necessidade de se autoafirmar.

Fantasias;

Intelectualização;

Criação.

Adolescência

Atitude vs Contestação

Necessidade de tentar mudar o mundo, devido a dificuldade de adaptação. Utilizando as crenças, filosofias, religiões...

Adolescência

Inconstância de Humor e tomada de decisões

Sente-se pressionado a agir e a seguir determinadas regras as quais ele não ajudou a construir.

Por quê?

Adolescência

Imagem Corporal

Confusões devido ao crescimento rápido do corpo, podendo perder a sua personalidade.

Culto ao corpo

Preocupações estéticas

Antiestética

Adolescência

Sexualidade

Despertar de paixões adolescentes.

Amor

Ódio

Adolescência

A família

Turbulência com os pais para testar a flexibilidade, a sensibilidade e o grau de interesse dos pais por eles, devido a necessidade de diferenciação.

Modelo de identidade

Participação

Impor uma identidade de gerações

Satisfazer as ambições

Adolescência

Pode ocorrer uma consequência importante que é a do adolescente preferir ser um nada ou ninguém do que ser o que estão lhe impondo.

Forte tendência a grupalidade.

Assinale a afirmativa correta quanto aos aspectos biológicos da adolescência:

I. A adolescência inicia o seu período de puberdade aos 14 anos.

II. As diferenças corporais começam a ser observadas antes mesmo da puberdade

III. Há uma confusão quanto a imagem corporal

a) Somente a I está correta

b) I e II apenas estão corretas

c) I, II e III estão corretas

d) Apenas III está correta

e) Apenas II está correta

A família tem grande influência no comportamento dos filhos e na definição da sua identidade futura. Assinale a alternativa que retrata o ponto principal dos pais na formação da identidade dos filhos.

a) A imposição de limites

b) O acompanhamento escolar

c) A preocupação com o estado nutricional

d) O direcionamento profissional

e) Servirem de modelo de identificação

Qual dos itens abaixo não constitui uma falha dos pais nos casos patogênicos dos filhos?

a) Forças o filho a sua imagem e semelhança

b) Compreender as necessidade de colocação na sociedade

c) Completar suas ambições através dos filhos

d) Ser um pai ausente ou intolerante

e) Incoerência na determinação de limites

Socialização e Grupos Sociais: Interação e Desenvolvimento.

Prof. Fabio Azevedo

I. Classificação Geral dos Grupos

A essência dos fenômenos grupais é a mesma em qualquer tipo de grupo, e o que determina as diferenças entre os distintos grupos é a finalidade para a qual eles foram criados e compostos.

Grupos Operativos

Um continente de todos os demais grupos, inclusive os terapêuticos, mesmo os especificamente psicanalíticos.

Mente;

Corpo; e

Mundo exterior.

Grupos Operativos

Centralizar unicamente na tarefa proposta com pouca intervenção, a não ser que:

Fatores inconscientes inter-relacionais ameacem a integração ou evolução exitosa do grupo

Grupos Operativos

Em linhas gerais, os grupos operativos propriamente ditos cobrem os seguintes quatro campos:

Ensino-aprendizagem;

Institucionais;

Comunitários; e

Terapêuticos.

Grupos Operativos

Ensino-aprendizagem

A ideologia fundamental deste tipo de grupo é a de que o essencial é "aprender aprender", e que "mais importante do que encher a cabeça de conhecimentos é formar cabeças".

Grupos Operativos

Ensino-aprendizagem

Grupos T (training);

Grupos F (free ou formation);

Grupos Balint; e

Grupos de Reflexão.

Grupos Operativos

Institucionais

As escolas estão promovendo reuniões que congregam pais, mestres e alunos com vistas a debaterem e encontrarem uma ideologia comum para uma adequada formação humanística.

Podendo ser expandido para os sindicatos, na igreja, no exército. Esses estudos são dirigidos por psicólogos organizacionais, que se destinam a aumentar o rendimento de produção de empresa, investindo no pessoal da mesma.

Grupos Operativos

Comunitários

O melhor exemplo nos programas voltados para a saúde mental. Partindo da definição que a OMS deu à saúde como sendo a de "um completo bem-estar físico, psíquico e social“.

Grupos Operativos

Comunitários

É fácil entender porque as técnicas grupais encontram uma ampla área de utilização; gestantes, crianças, pais, adolescentes sadios, líderes naturais da comunidade, etc.

Grupos Operativos

Comunitários

Técnicos especializados (além de psiquiatras e outros médicos não-psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, sanitaristas, etc.) podem, com relativa facilidade, ser bem treinados para essa importante tarefa de integração e de incentivo às capacidades positivas, desde que eles fiquem unicamente centrados na tarefa proposta e conheçam os seus respectivos limites.

Grupos Operativos

Terapêuticos

Visam a uma melhoria de alguma situação de patologia dos indivíduos, quer seja estritamente no plano da saúde orgânica, quer no do psiquismo, ou em ambos ao mesmo tempo.

Grupos Operativos

Terapêuticos

Grupos Operativos

Terapêuticos

Auto-ajuda

Grupos Psicoterápicos

Grupos que se destinam prioritariamente à aquisição de insight, dos aspectos inconscientes dos indivíduos e da totalidade grupal.

Não há um específico acabado corpo teórico-técnico que dê sólida fundamentação a grupoterapias.

Grupos Psicoterápicos

Grupos Psicoterápicos

Psicodramática

Elementos do eixo fundamental

Grupos Psicoterápicos

Psicodramática

Pode propiciar a reconstituição dos primitivos estágios evolutivos do indivíduo.

Técnica da dupla (“eu” e o “outro”);

Técnica do espelho (outro imita ele);

Técnica da inversão de papéis (se colocar no lugar do outro).

Grupos Psicoterápicos

Teoria Sistêmica

Princípio de que os grupos funcionam como um sistema, ou seja, que há uma constante interação, complementação e suplementação dos distintos papéis que foram atribuídos.

Terapia de família

Grupos Psicoterápicos

Cognitivo-comportamental

Processo de aprendizagem social, sendo que todo indivíduo é um organismo processador de informações, recebendo estímulos e dados e gerando apreciações.

Grupos Psicoterápicos

Cognitivo-comportamental

Corrente comportamentalista (behavioristas). Necessidade de uma clara cognição dos aspectos antes referidos.

Reeducação

Treinamento

Modificação

Grupos Psicoterápicos

Cognitivo-comportamental

Bastante utilizada nos casos de drogadictos em geral e no caso de adição sem drogas (obesos), sendo para esse caso haja um desenvolvimento do ego consciente.

Antecipar

Prevenir

Modificar

Risco

de Reincidência

Grupos Psicoterápicos

Psicanalística

Apesar de toda divergência em terapias sobre o psiquismo, todos convergem no que há de essencial aos fenômenos provindos de um inconsciente dinâmico.

Formação de natureza múltipla

Grupos Psicoterápicos

Psicanalística

Finalidade precípua de insight;

Remoção de sintomas ou resolução de crises;

Adaptabilidade das inter-relações (FPS);

Manutenção de um equilíbrio psíquico;

Despertar ocultas capacidades positivas.

Grupos Psicoterápicos

Psicanalística

A aplicabilidade pode ser não somente as do clássico “setting” com pacientes neuróticos, mas o emprego da “psicanálise das configurações vinculares” (instituições, casais, familiares...).

Estado Atual dos Diversas Formas de Grupos

Grupos operativos com destaque para os grupos de autoajuda e mútua-ajuda e em relação as grupo terapias constam uma progressiva com

relação a casais e a de família (emprego de técnicas psicodramáticas.

Grupos Espontâneos:

As Turmas e Gangues de Adolescentes

Ser essencialmente gregário. Por isso sempre haverá uma busca natural das pessoas entre si.

Artificialmente

Espontaneamente

Atuação é análoga a todos os campos grupais, com algumas variantes específicas, é claro.

Fenômenos psicológicos

conscientes Inconscientes

Grupos Espontâneos:

As Turmas e Gangues de Adolescentes

Grupos pequenos: que pertencem a área da psicologia;

Grupos grandes: são os da comunidades, sociedades, nações, seitas e multidões e pertencem tanto ao campo da psicologia como o da sociologia.

Grupos Espontâneos:

As Turmas e Gangues de Adolescentes

A formação de diferentes tipos de grupos

O grupo familiar nuclear pode ser considerado o protótipo de todos os demais grupos.

A família como uma nova e abstrata entidade peculiar

Grupos Espontâneos:

As Turmas e Gangues de Adolescentes

A família

Interação comunicativa entre cada um e todos.

Grupos Espontâneos:

As Turmas e Gangues de Adolescentes

A família

Contínuo jogo de projeções e introjeções, e, sobretudo, formação da identidade, resultante de valores, predições, proibições e expectativas em no mínimo 3 gerações.

Grupos Espontâneos:

As Turmas e Gangues de Adolescentes

A família

Estruturam-se de forma variável, porém com uma especificidade típica de cada uma delas:

Bem estruturadas e

Sadias

Grupos Espontâneos:

As Turmas e Gangues de Adolescentes

Dinâmica psicológica das multidões

Perde-se o controle sobre os seus valores habituais e, ou entram em um estado caótico ou seguem fielmente uma liderança forte.

HITLER GUIANAS

Deslumbre

Grupos Espontâneos:

Formação de Turmas e Gangues

Grupos básicos formados por adolescentes

Normais

Drogativos

Delinquentes

Grupos Espontâneos:

Formação de Turmas e Gangues

Normais

Características típicas a faixa etária. No grupo púbere prevalece a linguagem corporal e lúdica, de acordo com suas mudanças corporais.

Grupos Espontâneos:

Formação de Turmas e Gangues

Drogativo

Diferente do drogadicto, pode ser até normal, sendo a droga servindo de modismo de coragem e valorização dos pares.

Grupos Espontâneos:

Formação de Turmas e Gangues

Drogadicto vs Drogativo

O drogadicto é um doente que possui adicção química. Já o drogativo é um ilusório ritual de passagem à condição de adulto livre e reconhecido pelos seus pares.

Um drogativo pode se tornar um drogadicto?

Grupos Espontâneos:

Formação de Turmas e Gangues

Delinquentes

É a condição a que o sistema submete o indivíduo, estigmatizando-o e controlando-o formal ou informalmente, inclusive após ter cumprido sua pena. (Foucault)

Grupos Espontâneos:

Formação de Turmas e Gangues

Adolescência propriamente dita e tardia

Linguagem verbal contestatória, e não-verbal de atitudes e conduta.

Grupos Espontâneos:

Formação de Turmas e Gangues

Adolescência propriamente dita e tardia

Agressividade construtiva e agressão destrutiva tanto podem se manifestar de forma delimitada e diferenciada, como podem tangenciar, alternar, confundir-se entre si e assumir formas que confundem.

Grupos Espontâneos:

Formação de Turmas e Gangues

“vigor” e “violência”

É de responsabilidade dos educadores o destino construtivo ou destrutivo da energia dos adolescentes.

Agressividade sadia

Patologia da violência

Grupos Espontâneos:

Formação de Turmas e Gangues

Grupos Espontâneos:

O porquê da formação dos grupos

“Habitat” natural do adolescente, turma é sadio e gangue destrutivo. Objeto de um espaço transicional, sendo uma saudável criação de uma zona imaginária.

Grupos Espontâneos: Assunção e

exercícios de novos papéis.

Não podem e não querem cumprir os valores dos

pais

Não importa se da mídia, de ideais,

se bonito, se talentoso, rico,

prestígio...

Menos expostos a críticas e diluem os

sentimentos de vergonha, medo, culpa

e inferioridade, assegurando a

autoestima através da imagem que os outros

lhe remetem.

Grupos Espontâneos:

TURMA

Reconhecer e ser reconhecido, pelos outros, como alguém que realmente existe como individuo e tem espaço próprio.

Sinais

Roupas

Penteados

Motos Pranchas

ADULTOS

Grupos Espontâneos:

Fortalecimento da identidade sexual

Isso é homossexualidade?

Grupos Espontâneos:

Fuga do sexo oposto

Grupos Espontâneos:

A Formação de Gangues

Predominância das pulsões agressivo-destrutivas, muitas vezes com requintes de perversidade de crueldade. Por que?

Grupos Espontâneos:

A Formação de Gangues

Existe constante interação entre o indivíduo e sua sociedade, sendo sua identidade ameaçada quando há angústia seja dele ou de fora, mas que abatem-se sobre ele com exigências e privações.

Grupos Espontâneos:

A Formação de Gangues

É óbvio a agressão representa um grito de desespero e de protesto contra a sociedade.

desampara

humilha

mente degrada

corrompe

não entende

Grupos Espontâneos:

A Formação de Gangues

Paradoxo grande devido a organização da gangue seguir tão rígido código de lealdade a seus valores (novo cativeiro).

Natureza socio-econômica

Grupos Espontâneos:

A Formação de Gangues

O extravasamento de sentimentos de ódio, inveja destrutiva e ímpetos de vingança cruel não é exclusividade das classe e de pessoas economicamente carenciadas.

Onipotência e

prepotência

Grupos Espontâneos:

A Formação de Gangues

Recorrer a onipotência é fugir da depressão subjacente, da sua fragilidade e da sua dependência.

O grupo favorece a diluição do fardo de responsabilidades e culpas de cada um, separadamente, em relação aos danos causados os outros.

Grupos Espontâneos:

A Formação de Gangues

É importante saber que nas turmas sadias temos o emblema, com músicas, penteados, tatuagens. Assim como a droga para os delinquenciais.

G A N G U E S

Grupos Espontâneos:

A Formação de Gangues

Modelo de uma cúpula corrompida tanto na família quanto pelo governo;

Mídia como fator modelador não deve ser exagerada;

Sociedade paralela.

Grupos Espontâneos:

Como resolver o problema

Continua crescente, sem solução definitiva à vista; MAS......

Resgate do diálogo entre pais e filhos;

Promoção de grupos de reflexão;

Mudança na mentalidade dos dirigentes;

Modificação na distribuição de renda; e

Participação do Estado nas comunidades.

Grupos Espontâneos:

Como resolver o problema

Conclusão: A real tomada de iniciativas que se dirijam não tanto unicamente à necessária ação repressiva dirigida isoladamente a indivíduos ou algumas gangues, mas o investimento em processos educacionais, de tal sorte que, desde muito cedo, a criança marginalizada possa respeitar, admirar, e assim incorporar novos modelos de valores provindos de técnicos e educadores.

1. Virtualmente, a essência dos fenômenos grupais é a mesma em qualquer tipo de Grupo. O que determina óbvias diferenças entre grupos distintos?

a) O fato de todos os grupos tratarem de pacientes psicóticos diferentes

b) A finalidade para a qual eles foram criados e compostos

c) A atuação ser feita por profissionais do tipo psicoterapeutas com ideais diferentes

d) O objetivo ser o mesmo, a melhora dos pacientes

e) A resposta de cada paciente ao tratamento

2. Em que campo de atuação dos grupos, seja ele do grupo operativo ou do grupo psicoterápico está relacionado a uma grupoterapia que visa fundamentalmente a uma melhoria de alguma situação de patologia dos indivíduos, seja estritamente orgânica ou psíquica ou ambas?

a) Grupos operativos terapêuticos b) Grupos psicoterápicos cognitivo-

comportamental c) Grupos operativos comunitários d) Grupos psicoterápicos psicanalíticos e) Grupos operativos institucionais

3. Quais são os três tipos básicos de grupos formados espontaneamente por adolescentes?

a) Psicoterápicos, psíquicos e revolucionários

b) Anarquistas, sedentários e informatizados

c) Gangues, normais e drogados

d) Bandidos, pervertidos e normais

e) Normais, drogativos e delinquentes

4. Sabemos que existe constante interação entre indivíduos e a sociedade e que a identidade do adolescente fica seriamente ameaçada por angústias. O que representa a formação de uma gangue agressiva nas exigências e privações de toda ordem?

a) Uma necessidade de ir contra o sistema b) Uma forma de se autoafirmar c) Um legado a ser deixado para as gerações

posteriores d) Um grito de desespero e de protesto contra

sociedade e) Uma forma de chamar atenção dos pais