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    CARACTERISTICAS EPIDEMIOLGICAS DA SADE MATERNO-INFANTIL1

    Arieli Bisceski2

    Denise Raquel de Souza Rodrigues2

    Julia Simon2Marlia Paula Land da Silva2

    Mayara Eloize Engel2Patricia Covatti2

    Ronaldo Dimas Albarello2Debora Dalegrave3

    Laura Helena Gerber Fransciscatto4

    RESUMO: Trata-se de uma reviso que objetivou descrever as caractersticas clnicas da

    sade materno infantil e verificar a distribuio das publicaes, no que diz respeito, ano,local, profissionais e peridico. A coleta de dados ocorreu entre agosto a novembro de 2011nas bases de dados da Literatura Latino-Americano e do Caribe em Cincias da Sade(LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os critrios de incluso foram:artigos originais publicados em peridicos na rea da enfermagem, entre os anos de 2001 e2011, disponveis on-line e publicados no Brasil. Este trabalho evidenciou caractersticasmaterno infantis onde analisada a idade da me, o seu estado civil, nmero de consultas

    pr-natais realizadas, tipo de parto, nas caractersticas do recm-nascido analisado o peso aonascer e a idade gestacional.

    Palavras-chave: Epidemiologia. Sade materno-infantil. Baixo peso ao nascer.

    INTRODUO

    A sade materno-infantil, no Brasil, vem sofrendo mudanas desde a reforma sanitria

    em 1920, quando foi criada a Seo de Higiene Infantil e Assistncia Infncia no

    Departamento Nacional de Sade Pblica (NOGUEIRA et al., 2008). As aes polticas

    levaram a ampliao da ateno sade, bem como a introduo de programas de sade, no

    campo da assistncia mulher e criana, com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil(NOGUEIRA et al., 2008).

    1Reviso Integrativa2 Acadmicos do Curso de Graduao em Enfermagem do VII semestre pela URI - Campus de FredericoWestphalen, Rio Grande do Sul, Brasil.3Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela EEUFRGS. Enfermeira Supervisora na- Universidade Regional

    Integrada do Alto Uruguai e das Misses Campus de Frederico Westphalen. Membro do Grupo de Estudos ePesquisa do Cuidado de Enfermagem e Promoo da Sade GEPCEPS-URI/FW.4

    Enfermeira. Mestre em Gentica e Toxicologia AplicadaULBRA/RS. Professora do Curso de Graduao emEnfermagem da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses Campus de FredericoWestphalen, Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa do Cuidado de Enfermagem e Promoo da SadeGEPCEPS-URI/FW. Orientadora desse trabalho

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    Segundo o mesmo autor as polticas de sade at a dcada de 60, voltadas para

    proteo da maternidade e da infncia visavam criao de uma nao forte e sadia, onde a

    reproduo era vista como uma funo social e as prticas de higiene como defesa e

    conservao da vida. Assim, a assistncia maternidade e criana tinha como objetivo o

    desenvolvimento de recm-nascidos saudveis e a reduo da mortalidade infantil, alm da

    preocupao social e poltica com o crescimento populacional e o fortalecimento da nao.

    Para tanto, nos anos 70, as questes especficas da sade da mulher e da criana

    comearam a ser discutidas e registradas (NOGUEIRA et al., 2008).

    Em 1983 foi elaborado o Programa de Assistncia Integral Sade da Mulher

    (PAISM), por mudanas na poltica de sade e dos movimentos de mulheres em busca da

    plenitude de seus direitos enquanto cidads (BRASIL, 1983). O PAISM impulsionoumudanas significativas quanto cobertura, ao nmero de consultas e procura precoce do

    atendimento no pr - natal com o intuito de obter conhecimento tcnico-cientfico e

    tecnolgico, a fim de garantir e proteger a sade no s do recm-nato como da mulher

    (NOGUEIRA et al., 2008).

    O conhecimento de determinantes de sade de uma populao de fundamental

    importncia para o planejamento e a implementao de estratgias efetivas para melhoria das

    condies de sade. Especialmente, a identificao dos determinantes da morbimortalidadetem contribudo significativamente para elaborao de planejamento e assistncia adequada.

    Vrios estudos tm abordado o perfil de natalidade e mortalidade da populao materno

    infantil, considerando-se fatores de risco como peso ao nascimento, durao da gestao e

    condies socioeconmicas (FRICHE et al., 2001).

    Os estudos realizados para determinar os indicadores de sade da populao materno-

    infantil, so importantes, pois expressam a desigualdade social no pas e a possibilidade de

    modific-la atravs das estratgias realizadas pelas equipes de ateno bsica. Contribuindoassim para melhorar a sade da populao brasileira, atravs de polticas pblicas e aes

    voltadas para grupos especficas.

    No obstante a sociedade ainda questiona a respeito da qualidade da ateno prestada

    pelos servios e profissionais, que atuam na rede publica de sade, e a dificuldade de acesso

    aos servios pelos usurios. Assim gera-se como questo norteadora: Quais as caractersticas

    clnicas da sade materno-infantil no Brasil?

    O presente estudo tem como objetivo descrever as caractersticas clnicas da sade

    materno-infantil e verificar a distribuio das publicaes, no que diz respeito, ano, local,

    profissionais e peridico. Sabendo que as caractersticas de sade do recm-nascido esto

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    diretamente relacionadas ao comportamento da gestante durante o perodo gestacional. Em

    suma, a realizao deste trabalho se deve grande importncia em analisar a qualidade da

    assistncia prestada s gestantes e aos usurios dos servios, que se d atravs dos estudos

    epidemiolgicos realizados na rea da sade.

    1 MTODOS

    A coleta de dados foi realizada por sete pesquisadores no perodo de agosto a

    novembro de 2011. Realizada nas bases de dados da Literatura Latino-Americano e do Caribe

    em Cincias da Sade (LILACS) e Scientific Electronic Library Online(SciELO), utilizando-

    se os Descritores em Cincias da Sade (DeCS): Epidemiologia, Sade Materno-Infantil eBaixo peso ao nascer.

    Os critrios de incluso foram: artigos originais publicados em peridicos na rea da

    sade, entre os anos de 2001 e 2011, disponveis on-line e publicados no Brasil. A primeira

    seleo dos trabalhos foi feita a partir da leitura dos ttulos e resumos de todos os artigos

    identificados na busca eletrnica, que se relacionavam com o objetivo da pesquisa.

    Os critrios de excluso foram artigos que no se enquadram nos critrios acima

    mencionados.Para a avaliao dos dados elaborou-se um quadro sinptico para a coleta das

    informaes visando responder a questo norteadora desta reviso. A anlise e interpretao

    dos dados foram realizadas de forma organizada e sintetizada por meio da elaborao de um

    quadro sinptico que compreendeu os seguintes itens: peridico de publicao, ano de

    realizao, a profisso dos autores e a procedncia desses artigos e as caractersticas materno-

    infantil onde analisada a idade da me, o seu estado civil, o nmero de consulta pr-natais

    realizadas e o tipo de parto, nas caractersticas do recm-nascido so analisados o peso ao

    nascer e a idade gestacional.

    Os artigos foram selecionados e analisados na ntegra e agrupados por reas temticas,

    a anlise quantitativa da pesquisa ser meio da anlise estatstica de frequncia absoluta e

    relativa. Quanto aos aspectos ticos, salienta-se que os preceitos de autoria e o

    referenciamento das obras consultadas foram respeitados.

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    2 RESULTADOS E DISCUSSO

    Dos 14 artigos analisados verificou-se que 21,4% foram publicados em Cadernos de

    Sade Pblica, nas Revistas de Enfermagem da Universidade do Rio de Janeiro, na FundaoOswaldo Cruz e no Jornal de Pediatria foram publicadas 14,3% em cada. Na Revista

    Brasileira Crescimento e Desenvolvimento Humano, Revista Sociedade Brasileira de

    Fonoaudiologia, Revista de Medicina Minas Gerais, Cincia e Sade Coletiva e Revista

    Brasileira de Ginecologia e Obstetrcia apresentaram-se 7,14% de publicaes em cada.

    TABELA 1 Distribuio das publicaes na rea da Sade Materno Infantil no perodo de 2001 a 2010.Frederico Westphalen, RS, 2011

    PERIDICO N %Revista de Enfermagem da Universidade do Rio deJaneiro (UERJ)

    2 14, 3

    Cadernos de Sade Pblica 3 21,4Revista Brasileira Crescimento e DesenvolvimentoHumano

    1 7,14

    Fundao Oswaldo Cruz 2 14,3Jornal de Pediatria 2 14,3Revista Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia 1 7,14Revista de Medicina Minas Gerais 1 7,14Cincia e Sade Coletiva 1 7,14Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrcia 1 7,14

    TOTAL 14 100Fonte: (ALBARELLO, BISCESKI et al., 2011)

    Dos 14 artigos analisados, verificou que o maior nmero de publicaes ocorreu no

    ano de 2010 (quatro), no ano de 2007 (trs), em 2001 e 2009 (dois) e nos anos de 2005, 2006

    e 2008 (um).

    TABELA 2 Distribuio do perodo na rea da Sade Materno Infantil no perodo de 2001 a 2010 de acordo

    com o seu ano de realizao. Frederico Westphalen, RS, 2011

    ANO N %

    2001 2 14,22005 1 7, 142006 1 7,142007 3 21,42008 1 7,142009 2 14,22010 4 28TOTAL 14 100Fonte: (ALBARELLO, BISCESKI et al., 2011).

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    Conforme a tabela 3 verificou-se que o maior nmero de publicaes de acordo com a

    profisso foi de Doutoras e Pesquisadoras com 3 publicaes, constatou-se que foram

    publicados apenas 2 artigos por profissionais de enfermagem, tambm foram encontrados

    artigos publicados por Acadmicos, Instituies e Mdicos. Porm, na Tabela foi apresentada

    somente a profisso do primeiro autor, mas nos artigos consta a profisso de todos os autores.

    TABELA 3 Distribuio no perodo das publicaes na rea da Sade Materno Infantil no perodo de 2001 a2010 de acordo com a profisso de seus autores. Frederico Westphalen, RS, 2011

    PROFISSO N %Enfermeira 2 14,2Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte eFaculdade de Medicina, Universidade Federal deMinas Gerais

    1 7,14

    Acadmica do Curso de Especializao em SadePblica

    Doutora e Pesquisadora

    2

    3

    14,2

    21,4

    Acadmico do Curso de Graduao em Medicina 2 14,2Departamento de Psiquiatria, Universidade Federalde So Paulo, So Paulo, Brasil.

    1 7,14

    Nutricionista 1 7,14MdicaFundao Sistema Estadual de Anlise de Dados,So Paulo, Brasil. Faculdade de Sade Pblica,Universidade de So Paulo, So Paulo, Brasil

    11

    7,147,14

    TOTAL 14 100Fonte: (ALBARELLO, BISCESKI et al., 2011)

    Conforme demonstra a tabela 4, o maior nmero de publicaes de enfermagem com o

    tema relacionado Sade materno-infantil ocorreu no Rio de Janeiro, caracterizando 28,6%

    das publicaes totais, o segundo estado com 21,4% destas publicaes foi So Paulo, em

    Minas Gerais ocorreram 14,3% de publicaes e nos demais estados citados na tabela

    ocorreram 7,14%.TABELA 4 Distribuio no perodo das publicaes na rea da Sade Materno Infantil no perodo de 2001 a2010 de acordo com a procedncia dos artigos. Frederico Westphalen, RS, 2011

    PROCEDNCIA N %Esprito Santo 1 7,14Minas Gerais 2 14,3So Paulo 3 21,4Pernambuco 1 7,14Bahia 1 7,14Rio de Janeiro 4 28,6Maranho 1 7,14

    Recife 1 7,14TOTAL 14 100Fonte: (ALBARELLO, BISCESKI et al., 2011)

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    No que diz respeito faixa etria, 50% das mes apresentam-se com idade entre 20 e

    25 anos, o que demonstra que as mulheres esto engravidando precocemente. Na faixa etria

    de 26 a 30 anos foi encontrado um percentual de 28,6% e entre os 15 e 20 anos um percentual

    consideravelmente alto de gravidez na adolescncia, o que demonstra a necessidade de

    orientaes quanto e sexualidade e planejamento familiar.

    TABELA 5 Distribuio no perodo das publicaes na rea da Sade Materno Infantil no perodo de 2001 a2010 de acordo com a idade da me. Frederico Westphalen, RS, 2011

    IDADE N %15 a 20 anos

    20 a 25 anos26 a 30 anos

    3

    74

    21, 4%

    50%28,6%

    TOTAL 14 100Fonte: (ALBARELLO, BISCESKI et al., 2011)

    Com relao ao estado civil, 35,7% das mes vive em unio consensual/unio estvel

    com seus parceiros dividindo assim a responsabilidade de criao de seus filhos com seus

    parceiros. De acordo com a Lei n 9.278/96, Art. 1 Unio estvel a convivncia duradoura,

    que tem por objetivo constituir famlia. No h prazo mnimo estabelecido para que seconfigure determinado regime. Na unio estvel prevalece o regime de comunho parcial de

    bens, podendo sofrer alterao atravs de contrato. Para que a unio estvel seja reconhecida

    necessrio: convivncia duradoura, pblica e contnua, sempre com o objetivo de constituir

    famlia (BRASIL. Lei N 9.278).

    TABELA 6 Distribuio no perodo das publicaes na rea da Sade Materno Infantil no perodo de 2001 a2010 de acordo com o estado civil da me. Frederico Westphalen, RS, 2011

    ESTADO CIVIL N %Unio Consensual/ Unio estvelSolteira

    53

    35, 721,4

    Casada 1 7,2N/I 5 35,7TOTAL 14 100Fonte: (ALBARELLO, BISCESKI et al., 2011)

    Com referncia ao nmero de acompanhamento do pr-natal realizado pelas gestantes,

    42,8% dessas gestantes realizam de 4 a 6 consultas, sendo que esse valor est dentro dos

    parmetros preconizados pelo Ministrio da Sade, garantindo dessa forma uma boa evoluo

    da gravidez e uma preparao adequada para o parto e para o cuidado da criana.

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    TABELA 7 Distribuio no perodo das publicaes na rea da Sade Materno Infantil no perodo de 2001 a2010 de acordo com o nmero de consultas pr-natais. Frederico Westphalen, RS, 2011

    NMERO DE CONSULTAS N %Menos de 4 2 14,4

    4 6Mais de 663

    42,821,4

    N/I 3 21,4

    TOTAL 14 100Fonte: (ALBARELLO, BISCESKI et al., 2011)

    Quanto ao tipo de parto, 57,1% das gestantes realizou parto vaginal e apenas 7,2%

    realizaram cesrea. Quando falado em parto natural, no pensado apenas em um

    nascimento saudvel para o recm nascido e uma melhor recuperao para a me, nele ocorre

    A formao de um vnculo afetivo entre esse recm-nascido e sua me. A consolidao de um

    vnculo afetivo, logo aps o nascimento essencial para a formao de crianas mais

    saudveis, fsica e emocionalmente, a me se torna muito atenciosa e maternal. Neste tipo de

    parto o profissional de sade envolvido interfere o menos possvel, a no ser em casos de

    complicaes (BONOMI, 2002).

    TABELA 8 Distribuio no perodo das publicaes na rea da Sade Materno Infantil no perodo de 2001 a2010 de acordo com o tipo de parto. Frederico Westphalen, RS, 2011

    TIPO DE PARTO N %Vaginal 8 57,1Cesrea 1 7,2

    N/I 5 35,7TOTAL 14 100Fonte: (ALBARELLO, BISCESKI et al. 2011)

    No que se refere ao peso do recm-nascido, constatou-se que 28,6% nasceram com

    peso acima de 2.500g e 21,4% nasceram abaixo de 2.500g. Sabe-se que o peso do recm-

    nascido est diretamente relacionado com o comportamento da gestante durante a gravidez. Obaixo peso conseqncia de um crescimento intrauterino inadequado, de um menor perodo

    gestacional e constitui um importante determinante da mortalidade neonatal, perinatal e

    infantil (MINAGAWA et al., 2005).

    TABELA 9 Distribuio no perodo das publicaes na rea da ateno Sade Materno Infantil no perodo de2001 a 2010 de acordo com o peso do recm-nascido. Frederico Westphalen, RS, 2011

    PESO AO NASCER N %N/I 7 50%< 2.500g 3 21,4%

    > 2.500g 4 28,6%TOTAL 14 100Fonte: (Albarello, Bisceski et al. 2011)

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    Quanto idade gestacional identifica-se que 42,9% das gestantes tinham de 37 41

    semanas de gestao predominando nascidos a termo. Segundo a Organizao Mundial de

    Sade (OMS), um feto ou neonato pode ser classificado em pr-termo (menos de 37

    semanas), a termo (37-42 semanas) e ps-termo (maior que 42 semanas de gestao).

    TABELA 10 Distribuio no perodo das publicaes na rea da Sade Materno Infantil no perodo de 2001 a2010 de acordo com a idade gestacional. Frederico Westphalen, RS, 2011

    IDADE GESTACIONAL N %37-41Abaixo de 37

    61

    42,9%7,1%

    N/I 7 50%TOTAL 14 100Fonte: (ALBARELLO, BISCESKI et al.)

    CONCLUSO

    Por meio desta reviso, buscou-se identificar e analisar os estudos publicados em

    peridicos da rea da sade, que focalizam aes na sade materno-infantil. Enfocando

    questes referentes s caractersticas sociodemogrficas, reprodutivas e clnicas da me e

    caractersticas clnicas do recm-nascido.

    Os achados dos estudos evidenciaram um alto ndice de gravidez na adolescncia,

    servindo como base de dados para um melhor estabelecimento de estratgias e orientaes

    que visam reduo desse comportamento de risco at por que a gestao no s um

    problema clnico, mas tambm um problema social, porque interfere na vida da mulher,

    alterando suas perspectivas e de sua famlia.

    A maioria das gestantes vive em unio consensual com seus parceiros, sabendo que a

    situao conjugal insegura apontada como uma condio desfavorvel gravidez, causando

    danos irreparveis me e ao bebe. Esta situao acaba interferindo no comportamento

    materno, que deixa de se preocupar com a gestao prejudicando assim a evoluo do

    crescimento fetal.

    Quanto ao acompanhamento do pr-natal, as gestantes esto realizado em media de 4 a

    6 consultas, preferindo quando possvel o parto vaginal. Consequentemente os recm-

    nascidos esto nascendo com peso superior a 2.500g, e os partos esto ocorrendo no perodo

    ideal segundo a idade gestacional (37 a 41 semanas).

    Este estudo permitiu traar o perfil social e clinico das gestantes e do recm-nascido,

    disponibilizando dados para servirem como subsdio pelos profissionais de sade na

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    organizao e no planejamento de aes especificas para o perfil da populao usuria dos

    servios de sade.

    EPIDEMIOLOGICAL FEATURES OF MATERNAL AND CHILD HEALTH

    ABSTRACT: This is a review that aimed to describe the clinical characteristics of maternaland child health and to investigate the distribution of publications, regarding, year, location,

    professionals and periodical. Data collection occurred between August and November 2011 inthe bases data from the Latin American and Caribbean Health Sciences (LILACS) andScientific Electronic Library Online (SciELO). Inclusion criteria were: original articles

    published in journals in nursing, between the years 2001 and 2011, available online andpublished in Brazil. This work showed characteristics maternal - infant where it is analyzedthe mother's age, her marital status, number of antenatal consultations held, type of delivery;

    and for the characteristics of the newborn it is examined birth weight and gestational age.

    Keywords:Epidemiology. Maternal and child health. Low birth weight.

    REFERNCIAS

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