Upload
willian-fontes
View
1.039
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
OS PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS DO MARXISMO
Anderson Brito M. da Silva1
Karina Carvalho2
Vanessa Mattos3
Willian Ribeiro Fontes4
Teófilo Lourenço de Lima5
Resumo
Como fator de grande influencia, e por assim ser também, de muita importância na
sociedade, o estudo do marxismo se torna essencial para se compreender alguns
momentos da história, e às criticas mencionando elementos como o capitalismo, a
industrialização, a economia, a indústria, etc., sendo Karl Marx (1818-1883),
fundador do pensamento marxista. Essa corrente de pensamento e política
influenciou de uma forma bastante visível a sociedade com suas correntes de
pensamento, sendo grande impulsionador de mudanças sociais, e de lutas políticas,
quando o marxismo se torna uma corrente politica. A metodologia utilizada foi a
pesquisa de conteúdos teóricos relacionados ao marxismo, procurando focar nos
principais pressupostos do marxismo, sendo estes, a alienação, classes sociais,
lutas sociais, a mais valia, infraestrutura e superestrutura, capitalismo, economia,
1 Acadêmico do 3º período do curso de Ciências Contábeis no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI). E-mail: [email protected] Acadêmica do 3º período do curso de Biomedicina no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI). E-mail: [email protected] Acadêmica do 3º período do curso de Biomedicina no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI). E-mail: [email protected] Acadêmico do 3º período do curso de Administração no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI). E-mail: [email protected] Pedagogo, especialista em Supervisão Escolar e Magistério, especialista em Administração e Planejamento para Docentes, professor de Instrumentalização do Trabalho Científico, Ações Investigativas em Educação e Sociedade e Contemporaneidade, no CEULJI/ULBRA, onde também responde pela Coordenação de Monografia Jurídica. É autor – dentre outros - do livro Manual básico para elaboração de monografias, já na sua 4ª edição, e autor/organizador do livro Metodologia de Pesquisa Científica: orientações para elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos (v. 305 – Cadernos Universitários) pela Editora da ULBRA.
entre outros pressupostos de grande importância para o desenvolvimento dessa
corrente de pensamento.
Palavras-chave: Marxismo, Pressupostos, Marx, Pensamento, Sociais.
Introdução
Na sociologia, na filosofia e em outras ciências, que buscam compreender o
ser humano como ser social e individual e os diversos fatores que estão
relacionados à sociedade, pode-se encontrar diversas teorias e rumores que
possam justificar ou dar uma ideia mais clara na compreensão de diversos fatores
da sociedade, trazendo diversos pressupostos, que são de muita importância e
contribuição para a fundamentação de um conceito. Da mesma forma, se vê o
marxismo, com seus pressupostos e suposições da sociedade, como sendo de
grande importância para a compreensão da sociedade e dos fatores que a
influenciam.
Quando dentro de um espaço que contém vários objetos é iluminado por
luzes vindas de diversas fontes, obtemos diversas imagens diferentes, em que em
cada uma delas, cada contorno e imagens são colocados em diferentes destaques.
E é semelhante ao exemplo dado que acontece com o campo científico: “os
pressupostos teóricos iluminam de forma peculiar a realidade, resultando níveis de
abordagens diferentes e modelos teóricos particulares” (Costa, 2005). Com os
diferentes modelos teóricos, “pondo à luz” determinados aspectos da realidade
social, são oferecidas diferentes perspectivas que se complementam. Karl Marx
(1818-1883) impactou de uma forma bastante visível a sociedade com suas
correntes de pensamento, onde suas ideias foram defendidas com luta como
princípios direcionadores para o desenvolvimento da sociedade, nos quais diversos
grupos sociais, se confrontaram, quando o marxismo se torna uma corrente política.
O pensamento marxista sintetizou diferentes preocupações filosóficas,
políticas, científicas e sócias da época. Suas correntes de pensamentos, também
foram formadas através de outros fundamentos de outros autores. Através deles,
Marx, desenvolveu diferentes percepções da história e da sociedade,
verdadeiramente positiva.
1. Abordagens do Marxismo
Comte e logo depois Durkhiem, abordaram o modelo positivista em que
segundo o mesmo a sociedade nada mais é do que a soma dos indivíduos,
composta por normas, e valores sociais. Logo depois, Weber, de uma forma mais
dinâmica, explicou os fatos sociais a “luz” da história e da subjetividade social.
(Costa, 2005).
Dentro da perspectiva e visões de outros teóricos fundadores da sociologia,
adicionado a outras questões da realidade social, desenvolve-se o pensamento de
Karl Marx, no qual é expresso pelo materialismo histórico, sendo originada a
corrente de pensamento mais revolucionário, tanto teoricamente, como socialmente.
São considerados pensamentos complexos, onde é difícil compreender e
explicar. Marx pretendia com seus pensamentos entender e transformar o
capitalismo, escrevendo sobre filosofia, economia e sociologia. Sua intenção não era
apenas contribuir de forma cientifica, mas propor uma nova perspectiva social,
econômica e política.
Um dos importantes trabalhos de Marx foi O Capital, em que ele a destina a
todos os homens, que tivessem em si, uma vocação revolucionária.
Marx impactou de uma forma bastante visível a sociedade com suas
correntes de pensamento, onde suas ideias foram defendidas com luta como
princípios direcionadores par o desenvolvimento da sociedade, nos quais diversos
grupos sociais, se confrontaram, quando o marxismo se torna uma corrente política.
Uma adversidade encontrada por Marx que o sensibilizava, era a situação da
Europa, no qual havia um pleno desenvolvimento do capitalismo, enquanto se
tornavam mais graves os conflitos e dissensões.
As contradições e as possibilidades de superação que foram apontadas pelo
marxismo, não puderam ser ignoradas, pois ela englobava desde os cientistas
sociais aos cidadãos comuns, onde todos estavam sob uma ordem social, que ele
procurava criticar e interpretar.
Nasceu na cidade de Treves, na Alemanhã. Em 1836, matriculou-se na
universidade de Berlim, doutorando-se em filosófica, em Iena. Foi redator de
uma gazeta liberal em Colônia. Mudou-se em 1842 para Paris, onde
conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de ideias e publicações por
toda a vida. Expulso da França em 1845, foi para Bruxelas, onde participou
da recém-fundada Liga dos Comunistas. Em 1848 escreve com Engels O
Manifesto do Partido Comunista, obra fundadora do “marxismo” como
movimentos politico e social a favor do proletariado. Com o malogro das
revoluções sociais de 1848, Marx mudou-se para Londres, onde se dedicou
a um grandioso estudo critico da economia politica. Foi um dos fundadores
da Associação Internacional dos Operários ou Primeira Internacional.
Morreu em 1883, após intensa vida política e intelectual. Suas principais
obras foram: A ideologia Alemã, Miséria da Filosofia, Para a critica da
economia política, A luta das classes em França, O capital (primeiro volume,
segundo volume e terceiro foram obras póstumas organizadas por Engels,
com base nas anotações deixadas por Marx). (Costa, 2005).
O pensamento marxista sintetizou diferentes preocupações filosóficas,
políticas, científicas e sócias da época. Suas correntes de pensamentos, também
foram formadas através de outros fundamentos de outros autores. Através deles,
Marx, desenvolveu diferentes percepções da história e da sociedade. Um deles foi
Hegel. O mesmo entendia e história como um processo que envolvia diversas
instancias da sociedade – da religião à economia – sendo que essas oposições de
dava por forças contrárias, denominadas, tese e antítese. Marx explica, que os
agentes sociais, apesar da consciência não são os únicos responsáveis pela
dinâmica doa acontecimentos, mas essas forças em oposição agem sobre essa
dinâmica.
Gerg W. Hegel (1770 – 1831), filósofo alemão nascido em Stuttgart, estudou
teologia e filosofia, tornando-se professor de diversas universidades.
Desenvolveu um modelo teórico historicista pelo qual cada momento
histórico define-se pela oposição dialética entre tendência opostas. Entre
seus princípios está também a identidade entre razão e realidade. (Costa,
2005).
Outros teóricos influenciaram as ideias de Marx e a perspectiva como via a
sociedade, por mais que Marx acha suas ideias utópicas, irreais ou fantasiadas.
Porém todos, propunham uma transformação social, em uma nova ordem social
justa e igualitária, em que seriam eliminados o individualismo, a competição e a
propriedade privada, inexistindo de vez, o capitalismo.
Marx os denominava utópicos, pelo fato dos mesmo não haver considerado
seriamente a necessidade de luta politica entre as classes sócias, e o papel
revolucionário do proletariado na implantação de uma nova ordem social.
Friedrich Engels, um economista politico e revolucionário alemão, trabalho
com Marx de 1844 até sua morte, sendo o co-fundador do socialismo científico,
também conhecido como “comunismo”. Em que demonstrava pela análise cientifica
e dialética da realidade social, que as contradições históricas do capitalismo,
levariam, necessariamente, à sua superação de um regime igualitário e democrático,
que seria sua antítese.
Friedrich Engels (1820-1895). Nasceu em Barme, na Alemanhã, e morreu
em Londres, na Inglaterra. Filho de uma família burguesa, dedicada à
indústria, foi revolucionário, grande observador da realidade do seu tempo.
Participou ativamente da formação de uma Associação Internacional de
Trabalhadores, foi co-autor do Manifesto do Partido Comunista e
organizador de O capital. Escreveu trabalhos próprios como A situação da
casse trabalhadora na Inglaterra e A origem da família, da propriedade e do
Estado. (Costa, 2005).
2. Alienação
Em termos econômicos, a Alienação tem um conteúdo jurídico que significa,
venda, ou transferência de um bem. Porém, após a publicação da obra de Rousseau
(1712-1778), o termo passa a predominar com uma ideia de privação, falta ou
exclusão. Alguns filósofos fazem uso da palavra, emprestando-lhe um sentido de
desumanização e injustiça, no qual foi absorvido por Marx.
Ele observou que na indústria, a propriedade privada e o assalariamento
alienavam ou separavam o operário dos meios de produção e do fruto do seu
trabalho, que se tornaram uma propriedade privada do empresário capitalista.
Marx, também mostrou que na sociedade de classes esse Estado representa
apenas a classe dominante e age conformo o interessa desta.
Segundo Marx, “a divisão social do trabalho” fez com que o pensamento
filosófico se tornasse atividade exclusiva deum determinado grupo. O mesmo
aconteceu com o pensamento científico que, pretendendo-se universal, passou a
expressar a parcialidade da classe social que ele representa. Esse
comprometimento do filosofo e do cientista em face do poder resultou também em
nova forma de alienação para o homem.
Alienado, separado e mutilado, o homem só pode recuperar a integridade de
sua condição humana pela critica radical ao sistema econômico, à politica e à
filosofia que o excluíram da participação efetiva na vida social.
3. As classes sociais
Outro conceito basilar do marxismo é o de classes sociais, que Marx
desenvolve na busca por denunciar as desigualdades sociais contra a falsa ideia de
igualdade política e jurídica proclamada pelos liberais.
Com uma divisão se originam as classes sociais: os “proletários”
trabalhadores despossuídos dos “meios de produção” , que vendem sua força de
trabalho em troca de salário e os “capitalistas” , que, possuindo meios de produção
sob a forma legal da propriedade privada, “apropriam-se” do produto do trabalho de
seus operários em troca do salário do qual eles dependem para sobreviver.
As classes sociais formados no capitalismo burgueses e proletários
estabelecem intransponíveis desigualdades entre os homens e relações que são,
antes de tudo, de antagonismo e exploração.
O trabalhador, por sua vez, luta contra a exploração, reivindicando menor
jornada de trabalho, melhores salários e participação nos lucros que se acumulam
com a venda daquilo que ele produziu. Apesar das oposições, as classes sociais são
também complementares e interdependentes, pois uma só existe em função da
outra.
Para Marx, a história humana é a história da luta de classes, da disputa
constante por interesses que se opõem, embora essa oposição nem sempre se
manifeste socialmente sob a forma de conflito ou guerra declarada.
4. A origem histórica do capitalismo
Para desenvolver sua teoria, Marx se vale de conceitos abrangentes, da
análise crítica do momento que vive e de uma sólida visão histórica como os quais
procura explicar a origem das classes sociais e do capitalismo. É assim que ele
atribui a origem das desigualdades sociais a uma enorme quantidade de riquezas
que ele concentra, na Europa.
A comercialização, principalmente com as colônias, era a grande fonte de
rendimentos para os Estados e a nascente burguesia.
Na produção artesanal europeia da Idade Média e do Renascimento (Idade
Moderna), o trabalhador mantinha em sua casa os instrumentos de produção. Porém
surgindo oficinas organizadas por comerciantes enriquecidos que produziam mais e
baixo custo.
As máquinas e tudo o mais necessário ao processo produtivo, força motriz,
instalações, matérias primas, ficaram acessíveis somente aos empresários
capitalistas com os quais os artesãos, isolados, não podiam competir. Assim,
multiplicou-se o numero de operários, isto é, trabalhadores livres.
5. O salário
O operário é o individuo que nada possuindo, é obrigado a sobreviver da sua
força de trabalho. O salário é, assim, o valor da força de trabalho, considerada como
mercadoria.
O salário deve corresponder á quantia que permita ao operário alimentar-se,
vestir-se, cuidar dos filhos, recuperar as energias e, assim, estar de volta ao serviço
no dia seguinte.
O calculo do salário depende o preço dos bens necessários á subsistência do
trabalhador. No calculo do salário de um operário qualificado deve-se computar o
tempo que ele gastou com educação e treinamento para desenvolver suas
capacidades.
6. Trabalho, valor e lucro
O capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria, mas é claro que não
se trata de uma mercadoria qualquer, ela é a única capaz de criar valor.
Marx foi além. Para ele, o trabalho, ao se exercer sobre determinados objetos,
provoca nestes uma espécie de ressurreição. Tudo o que é criado pelo homem, diz
Marx, contém em si um trabalho passado, morto, que só pode ser reanimado por
outro trabalho.
Os economistas ingleses já haviam postulado que o valor das mercadorias
dependia do tempo de trabalho gasto na sua produção. Marx acrescentou que esse
tempo de trabalho se estabelecia em relação ás habilidades individuais médias e ás
condições técnicas vigentes na sociedade.
De modo geral, as mercadorias resultam da colaboração de várias
habilidades profissionais distintas; por isso, seu valor incorpora todos os tempos de
trabalho específicos. O valor de todos esses trabalhos está embutido no preço que o
capitalista paga ao adquirir essas matérias primas e instrumentos quais, juntamente
com a quantia paga a titulo de salário, serão incorporados ao valor do produto.
Sabermos que o capitalista produz para obter lucro, isto é, quer ganhar com
seus produtos mais do que investiu. O capitalista poderia lucrar simplesmente
aumentando o preço de venda do produto, por exemplo, cobrando 200 unidades de
moeda pelo par de sapatos.
De acordo com a análise de Marx, não é no âmbito da compra e da venda de
mercadorias que se encontram bases estáveis para o lucro dos capitalistas
individuais nem para a manutenção do sistema capitalista, a valorização da
mercadoria se dá no âmbito de sua produção.
7. A mais valia
Entende-se por mais-valia todo o excedente ao valor do trabalho, todo o lucro
excedente que vai para o patrão. A duração da jornada de trabalho resulta, portanto,
de um cálculo que leva em consideração o quanto interessa ao capitalista produzir
para obter lucro sem desvalorizar seu produto (COSTA, 2005).
Marx define duas estratégias do capitalista para sua taxa de lucro que são a
mais-valia absoluta, estendendo a jornada de trabalho e mantendo o salário
constante e a mais-valia relativa, que amplia a produtividade física do trabalho
através da mecanização, a tecnologia aplicada faz aumentar a produtividade sem ter
que aumentar a carga horária.
Toda essa dependência do capitalismo às tecnologias de produção torna o
trabalho algo maçante e faz com que o operário fique alienado, pois este vai fazer
um serviço repetitivo, alienado que não tem o resultado final e sim apenas uma parte
do resultado, perdendo todo o atrativo do trabalho. O trabalhador de hoje fica muito
mais susceptível ao stress, pois não consegue ter uma visão ampla do que está
produzindo e tem sim o dever de trabalhar e poucas vezes o prazer.
O trabalhador assalariado de hoje fica preso apenas às suas contas a pagar e
no que a moda capitalista dita que muitas vezes não investe em seu próprio
crescimento econômico estando sempre medíocre, deixando-se levar na ideia de
que tem o último lançamento tecnológico, até que este seja substituído e ele
perceba que deve comprar o novo, entrando num ciclo vicioso de comprar coisas
supérfluas.
Karl Marx acreditava que a religião tinha um grande poder de alienar o
homem, dizia ser o ópio para o povo, um calmante para as massas que sofrem a
miséria produzida pela exploração econômica. Marx concluiu que, sendo a religião
reflexo espiritual da miséria real do homem numa sociedade opressora, a supressão
da religião não se dará só pela crítica intelectual, de nada serviria livrar o povo do
ópio e não mudar nada. A religião consiste para ele em um mundo fantástico, criado
pela mente humana que tenta dar a certos fenômenos naturais um ar sobrenatural.
Uma teoria marxistas sustentam, como por exemplo, Engels, é que a religião
surgiu através do espanto, medo. Ao observar a fúria de certos fenômenos naturais
que ocorriam ao seu redor os homens primitivos começaram a atribuir tais forças a
alguma entidade sobrenatural, e a partir desta descoberta ele passou a criar certos
ritos e oferecer determinados sacrifícios para apaziguar a divindade ofendida.
Passaram a acreditar também que certas dádivas, tais como chuva para os campos,
boa colheita são sinais da benevolência divina (FADDEN, 1963).
8. As relações políticas
As diferenças entre as classes sociais não se reduzem a diversas
quantidades de riquezas, mas expressam uma diferença de existência material. A
essas diferenças econômicas e sociais segue-se uma desigual distribuição de poder.
Diante da alienação do operariado, as classes economicamente dominantes
desenvolveram formas de dominação políticas que lhes permitem apropriar-se do
aparato de poder do Estado e, com ele, legitimar seus interesses sob a forma de leis
e planos econômicos e políticos. (COSTA, 2005)
Ele define a natureza humana por suas carências ou necessidades e pela
dialética da satisfação dessas necessidades, desdobrando-se seja na relação do
homem com a natureza exterior pelo trabalho, seja em sua relação com os outros
homens pela natureza (LIMA VAZ, 2000, p. 129).
Desde momentos mais remotos na nossa história já temos homem
dominando homem e para Marx era isso que deveria mudar, ele buscava uma
igualdade na sociedade, reprovava essa relação de dominância.
9. Materialismo histórico
Marx procurou compreender a história real dos seres humanos em sociedade
a partir de condições materiais nas quais eles vivem. Essa visão da história foi
chamada de materialismo histórico.
A estrutura de uma sociedade qualquer reflete a forma como os homens se
organizam para a produção social de bens que engloba dois fatores: as forças
produtivas, que constituem as condições materiais de toda a produção e relações de
produção, que são as formas pelas quais os homens se organizam para executar a
atividade produtiva.
Forças produtivas e relações de produção são condições naturais e históricas
de toda atividade produtiva que ocorre em sociedade. A forma pela qual ambas
existem e são reproduzidas numa determinada sociedade constitui o que Marx
denominou modo de produção. (COSTA, 2005)
Marx identificou alguns modos de produção específicos analisando a história:
sistema comunal antigo, modo de produção asiático, que era fundamentado na
organização da agricultura e da manufatura em unidades comunais autossuficientes,
modo de produção germânico, onde cada lar ou unidade doméstica isolada
constituía um centro independente de produção e era essencialmente rural, modo de
produção antigo onde as pessoas mantêm relações de localidade e não de
consanguinidade, onde a vida é urbana, mas baseada na propriedade rural o que
Marx chamou de ruralização da cidade e o modo de produção capitalista.
A desigualdade de propriedade, como fundamento das relações de produção,
cria contradições básicas com o desenvolvimento das forças produtivas.
10. A historicidade e a totalitade
Com o passar do tempo o marxismo se espalhou pelo mundo, e não só na
Europa como era o objetivo inicial (se firmar nas colônias e em movimentos de
independência). O marxismo invadiu as fábricas, incentivou sindicatos para essa
revolução, trouxe aos intelectuais da época essa nova visão científica de que o
capitalismo estava sugando a classe operária em prol da “burguesia” da época.
Com essa ideia de Marx, foi possível não só levantar a voz revolucionária do
proletariado contra o parasitismo da espoliação capitalista, mas estabelecer como
nunca a ligação entre realidade, filosofia e ciência.
Marx como filósofo, via a realidade dos trabalhadores como um conjunto de
ações que caracterizavam a sociedade da época. Cada sociedade representava
uma totalidade, de modo que cada uma apresentava um conjunto de características
diferentes nas famílias, modo de poder, religião, entre outros. Mesmo com essa
consciência Marx adequava sua ideia, extraindo conclusões e pessoalidades a cada
uma.
11. A Amplitude das contribuições de Marx
Essa proliferação dessa ideia, que punia o capitalismo como vilão de quem
realmente merece a recompensa (classe trabalhadora), deve-se ao fato de seus
princípios atingirem tanto o meio social como o meio político, o caráter militante de
prática dessas ideias e a práxis revolucionária que ele implantou.
Cientistas sociais positivistas só queriam ver a sociedade em ordem,
trabalhando e mantendo a “comunidade” em conformidade, enquanto Marx queria
incentivar as mudanças, os pensamentos, as opiniões... Fenômenos como lutas,
revolução e exploração não são problemas insolúveis ou disfunções sociais, são
formadores de ideais históricos e constituintes de uma sociedade pensante e ativa.
Hegel promovia essa ideia de por em prática a teoria, e Weber se utilizava da
história e cultura em suas conclusões. Marx uniu essas duas bases e redimensionou
o estudo da sociedade humana.
A filosofia de Marx contribuiu grandemente para o desenvolvimento da
sociedade em ciências sociais, a abordagem de co0nflitos, da dinâmica histórica, da
relação entre consciência e realidade, e corrigindo a inserção do homem e seu
poder no contexto social, passaram a ser mais exploradas em contextos de
sociólogos e jamais abandonados. Sem falar na praticidade de trazer o bem geral
para o particular, das leis estabelecidas para sociedade como todo e as
manifestações históricas, do movimento social estruturado e as ações individuais e
coletivas das classes.
12. A sociologia, o socialismo e o marxismo
A teoria marxista teve ampla aceitação teórica, política e revolucionária,
também por sua metodologia “praticável”. Em 1864, em Londres, Karl Marx e Engels
estruturaram a Primeira Associação Internacional de Operários, com protestos e
manifestações promovendo o ideal de vida para o proletariado explorado e a defesa
dos direitos dos operários em nível internacional. Extinta em 1873, a difusão dessas
ideia ficou por conta de pensadores mais omissos, dos sindicados que se formaram
pelo mundo e partidos políticos, em especial os social-democratas.
Em 1889, na época do centenário da Revolução Francesa, quando diversos
congressos socialistas tiveram lugar nas principais capitais da Europa, houve a
Segunda Internacional. A primeira Guerra Mundial pôs fim e este em 1914, mas
mantém sua sede em Londres, sendo ocupada pelo partido social-democrata ainda
hoje.
Em 1917 houve a Revolução Bolchevique na Rússia, que criava o primeiro
estado operário do mundo. Em 1919 inaugurava-se a Terceira Internacional, com a
mesma ideia das anteriores, sendo dissolvido em 1943, como gesto de amizade com
o bloco aliado na Segunda Guerra.
Essa movimentação era na Europa e refletia pelo mundo todo. Onde havia
foco de operários, surgiam sindicatos e partidos marxistas pelos direitos humanos no
trabalho e manutenção dos mesmos. Em 1919 e 1920 surgiram na América do
Norte, China, México e no Uruguai, partidos comunistas, e no Brasil em 1922. Com a
disputa entre EUA e URSS o movimento se fortalecia, intensificada em 1950 e 1960.
Essa disseminação fez com que o marxismo fosse também conhecido como
propulsor do combate a desigualdade entre mulheres e homens e diferentes grupos
étnicos e religiosos pelo mundo, misturando-o com outros movimentos.
Conclusão
O estudo realizado com relação ao marxismo apresentou diversas definições
de conceitos que hoje se utiliza, e de ideias e mudanças sociais que se vê
atualmente, que foram descritas por Karl Max.
Com a pesquisa, foi possível visualizar o quanto os pensamentos do
marxismo, impactaram de forma intensa, e sociedade da época, e como até hoje
influencia, pois ainda se vive debaixo de uma sociedade capitalista.
É possível perceber, nos conceitos de Marx, sua oposição ao Capitalismo, e
as suas concepções de sociedade, que centralizadas, formam o que se chama de
Comunismo, ou Socialismo. As tentativas de transformação social, e de implantação
de modelos como esses na sociedade não foram poucos, porém, pelo domínio do
capitalismo, pelo poder que o mesmo traz, e pelas falhas que foi possível visualizar
no estudo do socialismo, não houve sucesso na implantação de uma nova ordem
social.
É visível, ainda hoje, como o capitalismo domina o planeta, e como as suas
consequências são grandes na sociedade, por que mesmo após a Revolução
Industrial, depois das inovações tecnológicas e das transformações econômicas,
que levam ao crescimento e desenvolvimento da nação, os problemas sociais, a
desigualdade, a fome, a pobreza e diversos outros problemas são intensos na
sociedade. Estado social, que contrariavam Marx, e que impulsionaram diversas
teorias e lutas sociais.
THE MAIN PRESUPPOSITIONS OF MARXISM
Abstract
As a factor of great influence, and thus also be of great importance in society,
the study of Marxism becomes essential to understand some moments of history,
criticism and mentioning things like capitalism, industrialization, the economy,
industry , etc.., and Karl Marx (1818-1883), founder of Marxist thought. This current
of thought and political influence in a highly visible company with its currents of
thought, and great driving force for social change and political struggles, when
Marxism becomes a current policy. The methodology was the research of theoretical
concepts related to Marxism, trying to focus on the key assumptions of Marxism, and
these, alienation, social class, social struggles, the more valuable, infrastructure and
superstructure, capitalism, economy, among other conditions of great importance for
the development of this current of thought.
Keywords: Marxism, Aassumptions, Marx, Thought, Social.
Referências
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3ed. São Paulo: Moderna, 2005.DEMO, Pedro. Sociologia: uma introdução crítica. 2ed. São Paulo: Atlas, 1987.MARTINS, Lucas. Marxismo. Disponível em: http://www.infoescola.com/sociologia/karl-marx-e-o-marxismo/. Acesso em: 29/04/2012.MARX, K. Introdução de 1857: Manuscritos econômico-filosóficos e outros textos escolhidos. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Os Pensadores).