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A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA OPERACIONAL E GERENCIAL PARA AS
INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS
THE IMPORTANCE OF THE AUDIT AND OPERATIONAL MANAGEMENT FOR
PUBLIC AND PRIVATE INSTITUTIONS
Mario Ferreira Neto; [email protected]
Deise Regina Cabrera - CRA/GO 15021; [email protected]
Derival Alves Ferro - CRC/GO 16079; [email protected]
Orientador - Prof. Dr. Antônio de Loureiro Gil; [email protected]
MBA em Perícia Judicial e Auditoria – IPECON/PUC-GO
RESUMO
A auditoria em estudo tem se destacado como uma eficiente ferramenta de apoio e
controle de desempenhos e de resultados da administração das organizações governamentais e
não governamentais, por ser uma atividade universal.
O texto deste artigo tem como objetivo primordial demonstrar a importância da
auditoria operacional e gerencial nas instituições públicas ou privadas, subsidiariamente tem
objetivo de analisar a contribuição da auditoria operacional e de gestão para as entidades
públicas ou privadas, por meio de suas normas, visando evidenciar a economicidade, a
eficácia e a eficiência do processo/produto dessas normas dentro destas organizações e
verificar se as normas são ou não cumpridas, bem como identificar as vantagens dessa
auditoria para a administração das instituições públicas, privadas ou não-governamentais, de
caráter filantrópico, política, religiosa, social, entre outras.
1 Especializando da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria – PUC-GO/IPECON. 2 Especializanda da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria – PUC-GO/IPECON. 3 Especializando da Pós-Graduação: MAB em Perícia Judicial e Auditoria – PUC-GO/IPECON. 4 Professor Mestre e Doutor pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo – FEA/USP.
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As modalidades de auditoria em estudo tem se destacado com uma eficiente
ferramenta de apoio e controle do desempenho e dos resultados da administração das
organizações governamentais e não-governamentais, por ser uma atividade universal.
A fundamentação teórica da auditoria foi alicerçada em diversas teorias, que
abordam as questões relacionadas com auditoria operacional e de gestão, onde as funções
administrativas de planejamento – estabelecimento de objetivos e processos necessários ao
fornecimento de resultados de acordo com os requisitos e políticas pré-determinadas;
execução – implementar as ações necessárias; controle – monitorar e medir os processos e os
produtos em relação às políticas, aos objetivos e aos requisitos estabelecidos e relatar os
resultados; ação – executar ações para promover continuamente a melhoria dos processos.
Esta ferramenta leva o nome de ciclo PDCA (Planejar - plan, Executar - do, Controlar - check,
Agir - act).
A função básica da auditoria operacional e gerencial é elaborar diagnósticos que
permitam visualizar e avaliar a situação da instituição ou organização público-privada
auditada de acordo com o desempenho relativo ao funcionamento e desenvolvimento das
atividades e à utilização dos recursos e meios da maneira mais eficiente, com economicidade
para atingir a eficácia. A auditoria operacional e de gestão é uma ferramenta de elevado
potencial no gerenciamento e na redução de riscos e fraudes, garantindo a economicidade, a
eficiência e a eficácia dos seus resultados.
PALAVRAS-CHAVE: Auditoria. Controle. Economicidade. Eficácia. Eficiência.
Efetividade. Gestão. Operacional. Produtividade.
ABSTRACT
The audit study has emerged as an efficient tool support and control performance and
results of the administration of governmental and nongovernmental organizations, as it is a
universal activity.
The text of this article aims to demonstrate the paramount importance of auditing and
management in public or private institutions, the alternative is to analyze the contribution
of auditing and management for both public and private, through its rules, aimed at
highlighting the economy, efficiency and effectiveness of the process / product standards
within these organizations and see if these standards are not met, and identify the
advantages of this audit for the administration of public, private or non-governmental,
philanthropic, political, religious, social, among others.
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The arrangements for audit study has excelled with an efficient tool to support and control
the performance and results of the administration of government and non-governmental, as
a universal activity.
The theoretical basis of the audit was rooted in several theories that address issues related
to auditing and management, where the administrative functions of planning - setting
objectives and processes necessary to provide results in accordance with the requirements
and policies predetermined ; implementation - implement the necessary actions, control -
monitor and measure processes and product against policies, objectives and requirements
and report results; action - take actions to continually improve processes. This tool takes
the name of the PDCA cycle (Plan - plan, Run - do, Check - Check, Act - act).
The basic function of auditing and management is to develop diagnostics that allow
viewing and evaluating the situation of the institution or organization public / private
audited in accordance with the performance on the operation and development of activities
and use of resources and the most efficient way, with economy to achieve efficacy.
Performance auditing and management is a tool with great potential in managing and
reducing risk and fraud, ensuring economy, efficiency and effectiveness of their results.
KEY-WORDS: Audit. Control. Economy. Effectiveness. Efficiency. Effectiveness.
Management. Operational. Productivity.
INTRODUÇÃO
A nominada terceira revolução industrial não está relacionada ao aço, ao carvão, a
eletricidade ou ao petróleo, mas está ligada a informação e, posteriormente ao conjunto destas
informações sedimentadas em conhecimento, capazes de fornecer subsídios aos sistemas
eletrônicos e intelecto humano que deverão administrar e gerenciar mais eficaz/eficiente os
processos/produtos atinentes aos recursos econômicos, humanos, materias e tecnológicos em
relação aos bens, produtos e serviços cada vez mais escassos.
Com a evolução da instituição/organização, ao atingir determinada aparência ou
nível de expansão, por mais que o administrador ou gestor controle ou fiscalize os
procedimentos e rotinas estabelecidas nas normas ou regimentos da entidade, a eficácia estará
comprometida. Á medida que a instituição/organização se expande, as possibilidades de perda
de valores ou de comprometimento de produtividade aumentam, quando, as operações
diversificam-se, os departamentos de administração e de gestão geralmente são deslocados
para outros endereços. Não há mais condições para que uma pessoa ou um pequeno grupo de
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pessoas detenham o controle administrativo e/ou operacional de um complexo organizacional
onde haja garantia de total proteção.
As transformações ocorridas no perfil da sociedade brasileira exigem o
redimensionamento do Estado, bem como das Empresas Privadas; as experiências recentes
que envolvem modelos alternativos de administração e gestão pública e privada exigem
mudanças que têm evidenciado o fortalecimento da necessidade de auditoria operacional e de
gestão na administração das diversas organizações.
São consideráveis as transformações que vêm ocorrendo no mundo das organizações
em face da globalização, exigindo cada vez mais, a busca por novas estratégias para garantir a
sobrevivência. A auditoria operacional e de gestão tem se destacado como uma importante
ferramenta administrativa que visa constituir um controle gerencial com atuação na
verificação, no exame e na avaliação da eficácia nos controles.
Esse paradigma emergente da administração e da gestão público-privada, entre
outros aspectos, enfatiza os ideais de democracia e cidadania, ressaltando a participação e o
controle da sociedade civil sobre a administração.
Um dos principais problemas que atinge tanto as instituições da administração
pública quanto privada são os desvios, erros, falhas e fraudes que são denominadas de
corrupção; procedimento este que está relacionado com a falta de controle adequado sobre um
determinado processo, implicando em um conjunto de atos que provocam a utilização
indevida do processo e dos recursos pertencentes às entidades, seja para benefício próprio ou
de terceiros.
Nesse contexto de mudanças onde o cidadão é elevado a um patamar maior de
destaque no planejamento, execução, controle e auditoria, tanto na condução das políticas
públicas como nas empresas privadas, impõe-se a qualificação operacional e da gestão,
principalmente no que concerne ao correto diagnóstico, à implementação e ao
acompanhamento dos resultados das políticas, de forma consistente e sistemática.
A auditoria - chamada independente - quanto interna tem muito a colaborar na
administração operacional e de gestão das entidades públicas e privadas. A complexidade
operacional e as demandas geradas por controles do patrimônio exige um acompanhamento
efetivo por parte dos administradores, acionistas, controladores, fornecedores e dos gestores
de capital.
A auditoria operacional também chamada de auditoria de desempenho (visa
examinar as atividades dentro de aspectos de economicidade, eficácia e eficiência) e da
auditoria de resultados ou de gestão, tem seu foco no processo de gestão. Não atua na busca
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de irregularidades - como acontece com as modalidades de auditoria de conformidade e
legalidade (visa examinar a conformidade e a legalidade das ações e dos atos de gestão dos
responsáveis pela administração em relação aos aspectos: contábil, financeiro, orçamentário e
patrimonial).
Auditoria é uma atividade destinada a examinar, indagar, observar, questionar -
tendo como base o controle administrativo - para que possa assessorar a administração. Sua
principal função é avaliar, verificar economicidade, a eficácia e a eficiência dos controles para
levar informações e recomendações seguras aos interessados, respeitando os critérios de
conformidade, integridade e legalidade contábil, financeira, gerencial e operacional.
O presente trabalho surgiu da necessidade de esclarecer a importância da Auditoria
Operacional e Gerencial para as instituições públicas ou privadas diante dos cenários hostis
que se configuram para as mesmas, em função da: competitividade em nível global; aumento
do nível de exigência dos consumidores/clientes; máxima necessidade de transparência no
cumprimento da responsabilidade política e social; dificuldades ou escassez de recursos
financeiros, humanos, materiais e tecnológicos.
Procura ressaltar a importância e a relevância da auditoria operacional e de gestão no
cenário atual para as organizações públicas ou privadas como surgimento de proposta para
responder às exigências de um mundo empresarial abrangente e dinâmico e cujos
procedimentos podem ser aplicados pelas diversas áreas da organização.
TEMA
A importância da auditoria operacional e de gestão para as instituições públicas ou
privadas na tomada de decisões evidencia a necessidade da utilização das novas vertentes
dessa área de conhecimento, ao demonstrar suas definições e aplicações de forma clara e
abrangente.
JUSTIFICATIVA
Desde o século passado, importantes mutações econômicas, filosóficas, religiosas,
políticas e sociais estão alterando características das diversas regiões do mundo, ampliando
conceitos para um mundo globalizado. Inovações tecnológicas e a informação disseminada de
forma muito rápida têm contribuído para o aumento da competitividade e a diminuição das
barreiras físicas entre as organizações em todo o mundo.
Essas modificações têm induzido às instituições públicas ou privadas a se utilizarem,
cada vez mais, de novos métodos e procedimentos administrativos e de gestão, novos
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processos/produtos, novas metodologias e projetos com alto índice de inovação, resultando na
reavaliação de diversos paradigmas.
Tais transformações fazem com que, as instituições estatais ou privadas se focalizem
em seus objetivos, missões, metas, funções, finalidades alternativas para se manter no
mercado dos negócios com foco na competitividade cotidiana. Essa necessidade de assegurar
a continuidade das organizações também se reproduz e repercute na preocupação com a
qualidade, a produtividade e a inovação resultantes do conhecimento do trabalho operacional
e gerencial.
Atualmente, são priorizadas as atividades fins para que as instituições públicas ou
privadas possam responder com economicidade, efetividade, eficácia, eficiência,
produtividade e rapidez, às exigências do mercado de negócios e as necessidades dos
consumidores/usuários, transmitindo-se a outrem profissional a execução das atividades meio,
principalmente a auditoria. Nesta perspectiva, essas atividades atuam como participantes das
mutações processadas nas entidades estatais, paraestatais, privadas ou organizações para
avaliar os controles e recomendar ou sugerir as ações e os ajustes necessários nos sistemas e
procedimentos internos gerenciais.
Com a evolução e competitividade dos mercados, cada vez mais as instituições
públicas e privadas estão na busca de novas tecnologias operacionais e de gestão, que
permitam a administração vislumbrar perspectivas futuras para a organização.
É comum visualizar-se que boa parte das instituições seja pública ou privada não
conseguem cumprir adequadamente suas atribuições legais não só por falta de capacitação
adequada de seus funcionários (servidores técnicos), mas principalmente pela falta de uma
estrutura organizacional eficiente. Essa deficiência é mais visível quando ocorrem alterações
na atuação institucional oriundas de novas exigências impostas pela sociedade competitiva do
mercado, que implicam em novos conhecimentos técnico-científicos e novas habilidades
comportamentais das pessoas que compõem tais organizações, pois ainda que as pessoas se
adaptem mais facilmente a essas novas exigências, as estruturas organizacionais tendem a
perpetuar o “status quo”.
A evidência pode ser obtida, durante a auditoria operacional e de gestão, com ênfase
sobre aquelas ações, atividades, processos/produtos e tarefas onde a intervenção humana pode
ter um impacto maior. O profissional da auditoria pode analisar as instruções de trabalho,
atividades de testes, inspeções ou monitoramento, registros da análise crítica da gerência,
definições de responsabilidades e autoridades, registros de não-conformidades, relatórios de
auditorias, reclamações de clientes, registros de validação de processos.
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A relevância desse trabalho apresenta importantes dimensões: a) os benefícios
ocasionados para a administração e gestão das instituições de um modo geral; b) as
contribuições para o desenvolvimento da administração, ciência contábil e áreas afins de
conhecimento; c) contribuir com a melhoria do desempenho da atividade econômico
administrativa proporcionando o equilíbrio das funções patrimoniais para acarretar nos
resultados operacionais no aperfeiçoamento do estudo e otimização da auditoria operacional e
de gestão; d) servir-se de instrumento para futuros aprofundamentos relacionados ao tema.
Os ciclos e controles das instituições organizacionais podem focar no universo
pertinente a determinada área, departamento, órgão ou setor, mas não sempre integrada e
relacionada harmoniosamente com outras áreas.
Os resultados de uma auditoria operacional e de gestão trazem uma visão global
dessas áreas, departamentos, órgãos, segmentos ou setores das instituições pública ou privada,
dessa forma podem contribuir para a otimização dos processos/produtos.
PROBLEMAS
Que tipo de informação é importante ou relevante para a auditoria operacional e de
gestão?
Quais os resultados que se podem alcançar com a implantação da auditoria
operacional e de gestão nas instituições públicas ou privadas?
Como auditar a “competência” e a eficácia das ações tomadas pelos administradores-
gestores?
Qual a relevância da auditoria operacional e de gestão como instrumento de
assessoramento na avaliação dos controles?
Qual a importância ou a utilidade da auditoria operacional e de gestão para a
continuidade operacional das políticas públicas e dos negócios?
HIPÓTESES
A hipótese básica é que tanto a auditoria operacional quanto a de gestão são
atividades afetas ao processo/produto que modernizaram o perfil das modalidades de auditoria
e vieram para somar no processo operacional e de gestão de uma entidade pública ou privada.
A auditoria não vive somente de dados passados, a auditoria operacional e de gestão
basicamente é alicerçada do passado para o presente enquanto a auditoria gerencial é
fundamentada no presente para o futuro, pois a tomada de decisões é somente para frente,
porque não se decide com a informação, mas com conhecimento.
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Dentro das várias ramificações interessantes da auditoria operacional e de gestão,
talvez a que agregue maior valor aos interessados seja a auditoria de gestão, porque a
matemática faz com que o ser humano audita para conseguir atingir o futuro, pois o risco é
um cálculo matemático no evento futuro.
O critério é à base do julgamento. Os trabalhos de auditoria operacional e de gestão
envolvem a aplicação explícita ou implícita de alguns critérios por meio dos quais o
profissional de auditoria irá julgar o comportamento da atividade, da organização ou do
projeto que está sendo avaliado, examinado ou verificado, com vistas a auxiliar aquele
profissional a fazer algum julgamento ou recomendação.
A auditoria operacional e de gestão tem a pretensão de analisar o planejamento, a
organização e os sistemas internos de controle administrativo e avaliar a eficiência, a
economicidade e a produtividade com que são utilizados os recursos financeiros, humanos e
materiais.
A auditoria operacional e de gestão é um instrumento de significativa importância no
assessoramento e contribuição da avaliação dos ciclos e controles nas entidades
organizacionais públicas ou privadas.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi o estudo, a interpretação e a revisão bibliográfica dos
diversos autores das mais variadas áreas de auditorias em todo o referencial teórico e em
alguns periódicos especializados, a partir de materiais já publicados (artigos, livros e sites
especializados) analisando-se os métodos comparativos, dedutivos e bibliográficos com a
utilização de fontes primárias e secundárias, examinando a atuação da auditoria operacional e
de gestão como um instrumento de assessoramento e contribuição dos ciclos e controles,
analisando o processo de mudanças de paradigmas na concepção e evolução da auditoria,
mostrando objetivos e finalidades, buscando também nesse estudo aspectos atuais de trabalho.
Esse procedimento metodológico para este trabalho foi de caráter qualitativo, no
âmbito da abordagem da atuação da auditoria operacional e de gestão como instrumento de
assessoramento dos ciclos e controles.
OBJETIVOS GERAIS
Assessorar no desempenho de suas funções e responsabilidades, de acordo com o
planejamento, com o programa de trabalho, avaliando se a organização, o departamento, as
atividades, os sistemas, os controles, as funções ou as operações estão alcançando os objetivos
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das instituições ou das organizações públicas ou privadas na busca da economicidade,
eficácia, eficiência e produtividade.
Verificar, diretamente, a importância e a relevância da auditoria operacional e de
gestão e indiretamente a essencialidade da auditoria interna ou externa, suas contribuições
para a melhoria dos procedimentos operacionais e gerenciais das organizações públicas ou
privadas.
Demonstrar a importância da participação da auditoria operacional e de gestão no
assessoramento e contribuição da avaliação dos ciclos e controles nas instituições pública e
privada.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Analisar a importância da auditoria operacional e de gestão para as instituições
pública ou privada afetas à economicidade, efetividade, eficácia e eficiência do planejamento,
execução, controle e auditoria;
Assessorar os membros da administração e da gestão de uma instituição a exercer de
forma efetiva e produtiva suas responsabilidades, fornecendo-lhes análises objetivas,
recomendações e outros comentários pertinentes às atividades revisadas;
Examinar minuciosamente a posição hierárquica da auditoria operacional e de gestão
na estrutura organizacional das instituições pública ou privada;
Comparar os objetivos e finalidades da auditoria operacional e de gestão com a
auditoria interna e externa, independente;
Identificar os tipos de ciclos e controles utilizadas pelas instituições públicas ou
privadas;
Identificar as normas e órgãos relacionados à auditoria operacional e de gestão e os
instrumentos de análise utilizados pela auditoria na avaliação dos ciclos e controles;
Distinguir os modelos, procedimentos e técnicas da auditoria operacional e de gestão
aplicável a todas as áreas das organizações estatais, paraestatais e privadas;
Identificar as barreiras encontradas na implantação da auditoria operacional e de
gestão na estrutura das instituições públicas ou privadas;
Observar minuciosa e criticamente a eficiência e a eficácia das ações tomadas para
satisfazer as necessárias competências;
Reconhecer a relevância da auditoria operacional e de gestão como uma ferramenta
indispensável para a segurança na tomada de decisões administrativas e gerenciais das
instituições.
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A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA OPERACIONAL E DE GESTÃO
A evolução da auditoria surgiu com o desenvolvimento econômico-industrial que
impulsionou as grandes empresas, formadas por capitais de diversas pessoas que buscaram
nos princípios gerais de contabilidade e matemática financeira controlar e proteger o seu
patrimônio.
A Revolução Industrial na segunda metade do século XVIII veio consolidar a
necessidade da auditoria nas instituições tanto privadas quanto públicas devido ao aumento da
complexidade societária pela abertura do capital a terceiros como pela instituição de impostos
e taxas às empresas com base nos lucros para constituir-se as rendas (receitas) do Estado.
No Brasil, a auditoria emergiu com a instalação das empresas multinacionais,
principalmente no período do Governo de Getúlio Vargas que iniciou a empenhar-se na luta
para reverter o excessivo predomínio das atividades ruralistas e o domínio dos grandes
produtores agrícolas.
As inovações administrativas e gerenciais que decorreram da nova cultura
operacional e organizacional conduzida pelas empresas multinacionais, consideram-se como o
grande incentivo para a auditoria no Brasil, passando a representar a profissionalização do
setor empresarial e acabou por enraizar-se também no setor público, no qual cada vez mais se
impõe a prática do ciclo da qualidade de organização do processo/produto: planejamento,
execução, controle e auditoria.
Um dos tipos de auditoria é a auditoria operacional e de gestão, as quais
conjuntamente consistem em revisões metódicas de ações, atividades, metas, processos,
programas, projetos ou segmentos operacionais e gerenciais dos setores público ou privado,
com a finalidade de avaliar, comunicar e examinar (verificar) se os recursos das instituições
são utilizados com economicidade (comprovação da justificativa econômica do ato praticado
pelo administrador-gestor), efetividade, eficácia e eficiência, se estão sendo atingidos os
objetivos operacionais e de gestões propostos e desejados, bem como se há produtividade na
operacionalização e na gestão destas instituições.
A auditoria operacional consiste na avaliação dos critérios, mecanismos,
parâmetros e procedimentos de controle adotados por uma instituição, certificando a sua
regularidade, por meio de estudos e exames de documentação comprobatória das ações, dos
atos e fatos administrativos e a verificação da eficiência dos sistemas de controles
administrativo, contábil, operacional e organizacional.
Auditoria neste aspecto é chamada de auditoria de conformidade e legalidade.
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A auditoria operacional auxilia a administração-gestão no gerenciamento e nos
resultados, por meio de recomendações ou sugestões que visem aprimorar parâmetros e
procedimentos, melhorar controles, aumentar e partilhar a responsabilidade gerencial.
Há mais de 35 anos, Cook (1976) a auditoria operacional e de gestão, já era
considerada como:
“Um exame e uma avaliação abrangente das operações de uma empresa, com a finalidade de
informar a administração se as várias atividades são ou não cumpridas de um modo compatível
às políticas estabelecidas, com vistas à consecução dos objetivos”.
O citado autor explicita que está correlacionado a auditoria operacional e de gestão,
uma avaliação da utilização de recursos financeiros, humanos, materiais e tecnológicos, bem
como uma recomendação ou sugestão dos critérios ou procedimentos operacionais e
gerenciais. Essa auditoria deve compreender as recomendações ou sugestões para soluções de
problemas e dos métodos para aumentarem a eficiência e os lucros.
Entende Haller (1986) que a auditoria operacional define-se:
“Revisões metódicas de programas, organizações, atividades ou segmentos operacionais dos
setores público e privado, com finalidade de avaliar e comunicar se os recursos da organização
estão sendo usados eficientemente e se estão sendo alcançados os objetivos operacionais”.
A auditoria operacional pode ser considerada como um processo/produto, isto é,
relação entre custos e gastos com bens e serviços de avaliação do desempenho real em
comparação com o desempenho previsto, conduzindo-se a recomendações ou sugestões
destinadas a melhorar este desempenho.
De acordo com Sá (1998, p. 449), a Auditoria Operacional é a “auditoria que visa
ao exame do desempenho administrativo em face do patrimônio em gestão”.
Segundo Crepaldi (2000, p. 32), a Auditoria Operacional:
“Consiste de revisões metodológicas de programas, atitudes ou segmentos operacionais dos
setores públicos e privados, com a finalidade de avaliar e comunicar se os setores da
organização estão sendo usados eficientemente e se estão sendo alcançados os objetivos
operacionais”.
Conforme Gil (1999, p. 13), a Auditoria Operacional e de Gestão:
“é função organizacional de revisão, avaliação e emissão de opinião quanto ao ciclo
administrativo (planejamento, execução e controle) em todos os momentos/ambientes das
entidades”.
Citado autor entende que os resultados exercidos em uma linha de negócios, produtos
ou serviços, podem ser analisados no horizonte temporal passado/presente pela auditoria
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operacional e no horizonte presente/futuro pela auditoria de gestão, obtendo-se momentos de
auditoria a nível operacional e de gestão.
No interior dos níveis encontram-se processos e resultados; sequências de atividades
e tarefas, produtos e serviços; realização de ações e atividades administrativas, contábeis e
financeiras, de planejamentos e pesquisas, desenvolvimento de novos sistemas e tecnologias,
qualidade de execução, de informações e de contrainformações.
Por outra face, a auditoria operacional governamental é a avaliação acerca da
economicidade, efetividade, eficácia, eficiência e produtividade dos departamentos, órgãos ou
setores auditados; programas e projetos de governo; ações e atividades ou segmentos das
políticas públicas, empenhando-se em auxiliar a administração pública direta ou indireta no
gerenciamento e nos resultados, por meio de recomendações ou resoluções (determinações)
que visem aperfeiçoar os métodos e procedimentos, melhorar os controles de desempenho e
resultados, aumentar e distribuir a responsabilidade de administração e de gestão.
Por estes conceitos, restam demonstrados de maneira abrangente a importância, as
finalidades e os objetivos da Auditoria Operacional e de Gestão dentro das instituições.
Assim, analisando os conceitos mencionados, pode-se afirmar taxativamente que a auditoria
operacional e de gestão é uma ferramenta ou um instrumento, por utilizar-se de
procedimentos e técnicas específicas, de maneira eficaz e eficiente na administração e na
gestão das instituições, se operacionalizados e realizados adequada e corretamente.
Neste sentido tem por objetivo avaliar e fiscalizar as informações a respeito da
utilização adequada e correta ou não dos recursos contábil-financeiros, humanos, materiais e
tecnológicos das instituições; emitir opiniões, recomendações ou sugestões técnico-
profissionais dos resultados obtidos durante a realização dos trabalhos, apresentando-os
imparcialmente à administração e a gestão das instituições.
A auditoria operacional e de gestão também tem por finalidade auxiliar a
administração e a gestão de uma empresa ou entidade ou organização, examinando os
procedimentos internos em busca de atingir maior economicidade, efetividade, eficácia,
eficiência e produtividade, através de análises, estudos e exames entre períodos com critérios
e métodos para recomendar ou sugerir melhorias para cada setor ou órgão analisado-auditado.
A auditoria se aplica aos diversos tipos de instituições pública ou privada, de
variados ramos de atividades, por utilizar-se de informações e registros contábeis e gerenciais
para avaliar os custos, os benefícios, as despesas, os rendimentos e os prejuízos, buscando
indispensavelmente a otimização para o desempenho operacional da administração e da
gestão.
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Um dos pontos relevantes da auditoria operacional e de gestão é por ser um novo
enfoque da auditoria, diferenciando-se da auditoria tradicional, a qual está direcionada
somente para detectar se há ou não a ocorrência desvios, erros, falhas, fraudes ou
irregularidades, por basear-se nas análises e exames de documentos, de manuais ou rotinas de
atividades contábeis ou administrativas, bem como na avaliação de desempenho atual e real
da instituição.
A auditoria operacional e de gestão é de suma importância nas instituições pública ou
privada por ter uma tendência moderna para melhoria da operacionalização e da gestão, por
meio de uma análise, estudo, exame e verificação minuciosa mais completa de todo o
contexto operacional e organizacional, porque realiza, previamente, uma revisão avaliativa do
passado, presente e futuro das ações e atividades das instituições, estudando e examinando a
estrutura formal e informal, as linhas de comunicação, o fluxo das informações internas e
externas, os ciclos e procedimentos operacionais e a evolução da capacidade, eficácia,
eficiência e produtividade da atividade de pessoal.
A auditoria operacional e de gestão atua em todos os sistemas, setores, órgãos,
departamentos, ambientes e áreas das instituições pública ou privada. Deste modo, todos os
processos podem ser analisados, avaliados e orientados, passo a possa ou ponto a ponto,
identificando os possíveis desvios, erros, falhas, fraudes ou irregularidades para emitir
recomendações ou sugestões de ação para otimizar as atividades operacional, organizacional e
gerencial das entidades.
Uma das funções da auditoria operacional e de gestão é a aplicação de testes que
avaliem se os critérios, procedimentos ou padrões contidos são efetivamente seguidos pelos
funcionários (servidores), se existe a necessidade de treinamento, capacitação e adequação aos
critérios de seleção de pessoal. Ainda recorre-se a verificação da ocorrência de desvios, erros,
falhas, fraudes ou irregularidades nos setores operacionais e administrativos.
São de suma importância o exame e a avaliação em que o objetivo geral é assessorar
a administração-gestão para analisar se as ações, atividades, departamentos, órgãos,
operações, projetos, programas ou que passaram pela auditoria, alcançaram ou não os
objetivos de economia, eficácia e eficiência, de organização e gerenciamento.
Em uma auditoria operacional, os critérios ou padrões pelos quais o desempenho de
um departamento, órgão ou programa público ou privado será aferido com as definições para
cada auditoria. Mas, os critérios podem ser definidos em função de: a) objetivos e metas
fixados em contrato, lei, manual, regulamento ou regimento interno; b) doutrinas e opiniões
de especialistas na área; c) desempenho de entidades similares.
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Assim, como o propósito dessa auditoria é melhorar o desempenho de
departamentos, órgãos, programas e projetos, pois os pareceres ou relatórios produzidos pelo
profissional da auditoria operacional devem conter recomendações ou sugestões para o
aperfeiçoamento da gestão, dos processos/produtos, dos controles, dos resultados, entre
outros.
Um dos objetivos da auditoria na área operacional é assessorar a administração no
desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, avaliando se a instituição ou
organização, departamentos ou setores, funções, operações, programas e sistemas auditados
estão atingindo os objetivos propostos com identificação de desvios, erros, falhas, fraudes ou
irregularidades no sistema operacional.
Outro objetivo da modalidade de auditoria operacional refere-se à avaliação das
metas, programas e projetos é examinar a efetividade destas metas, programas e projetos das
entidades públicas ou privadas, isto é, os benefícios e impactos gerados com as ações, atos e
atividades destas instituições.
Nestes sentidos, os objetivos da auditoria operacional e gestão dependem das
necessidades das instituições auditadas, porém de forma geral, procuram apresentar um
diagnóstico da situação atual das ações e atividades desenvolvidas pelas entidades, para
depois, apontar um caminho para a realização das ações e atividades futuras.
De acordo com Gil (1999, p. 25), os objetivos da auditoria operacional são definidos
como formas de:
“avaliar o nível de operacionalização das unidades consoantes os normativos vigentes;
contribuir para otimização da dinâmica de atuação das unidades via auditoria preventiva,
baseada na aplicação de ckecklist, cobrindo produtos, serviços e infraestrutura; verificar a
adequacidade das normas operacionais das unidades em função da evolução da tecnologia de
cada organização; estimular a qualidade organizacional”.
A auditoria de avaliação das metas, programas e projetos verificam em que medida
as ações implementadas lograram êxito em produzir os efeitos pretendidos pela gestão
administrativa e a de desempenho operacional busca apurar, além da eficiência operativa, o
grau de cumprimento das metas, programas e projetos, comparando as previstas com as
realizadas.
A auditoria de gestão consiste em acompanhar, avaliar e examinar a execução de
programas e projetos específicos, atuando nas áreas inter-relacionadas da organização, a fim
de avaliar a eficácia de seus resultados em relação aos recursos humanos, materiais e
tecnológicos disponíveis. Neste tipo de auditoria é procedida à análise da realização físico-
financeira em face dos objetivos e metas estabelecidos, ainda a análise dos demonstrativos e
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dos relatórios de acompanhamento produzidos com vistas à avaliação dos resultados
alcançados e à eficiência gerencial.
A auditoria de gestão, conhecida por auditoria operacional, de acordo com Crepaldi
(2009, p.12), pode ser definida: “um processo de avaliação do desempenho real, em
confronto com o esperado, o que leva, inevitavelmente, à apresentação de
recomendações destinadas a melhorar e a aumentar o êxito da organização”.
Esse tipo de auditoria destina-se a revisar as operações, como um serviço prestado às
instituições públicas ou privadas, conforme explicitado por Crepaldi (2009, p. 14): “Constitui
um controle gerencial que funciona mediante análise e avaliação da eficácia de outros
controles”.
A auditoria de desempenho operacional e de gestão constitui uma das formas de
autoria de natureza operacional, por estarem direcionados para o exame da ação
governamental ou não-governamental quantos aos aspectos da economicidade, eficácia e
eficiência, tem como foco principal o processo/produto de gestão nos seus diversos aspectos
de: planejamento, execução, controle, auditoria, acompanhamento gerencial, organização,
procedimentos operacionais, inclusive quanto aos seus resultados em termos de metas
atingidas.
A auditoria em nível de gestão desempenha suas atividades, participando de reuniões
de diretoria, comitês operacional-financeiros, grupos envolvidos com programas e projetos de
qualidade total, entre outros. A auditoria gerencial trabalha em nível de planejamento
estratégico, tático e no processo decisório decorrente da aplicação de critérios, parâmetros,
políticas e procedimentos.
Por auditoria de gestão, Gil (1999, p. 21) entende-se como, a “revisão, avaliação,
emissão de opinião de processos e resultados exercidos em linhas de negócios, produtos,
serviços no horizonte temporal presente/futuro”.
Conforme esse autor, Gil (1999, p. 39/40), os objetivos da auditoria de gestão são
definidos como formas de:
“participação da auditoria interna em todos os membros empresariais; contribuição da
auditoria interna para manutenção da organização na vanguarda tecnológica e do segmento
econômico de que participa; avaliação do posicionamento/situação futura da organização via
auditoria de simulações e previsões organizacionais; selar o leque de opções de auditoria;
estimular os líderes empreendedores; institucionalizar os critérios de
rodízio/polivalência/negociação/participação no ambiente auditoria/empresa; avaliação das
iniciativas empresariais propostas”.
Os objetivos da auditoria operacional e de gestão podem ser resumidos: a) assegurar
e garantir o cumprimento das normas internas e legislações externas (se houver) e dos
16
procedimentos administrativos, estruturais, gerenciais e organizacionais vigentes; b) analisar
se os procedimentos ou as rotinas das atividades da instituição, órgão ou setor são ou não
adequados e próprios às circunstâncias atuais; c) avaliar a importância dos fatos analisados,
estudados, examinados e revisados para emitir recomendações ou sugestões; d) comunicar ou
informar à administração ou gestão da instituição se está em condições de efetuar as
operações administrativas, gerenciais e organizacionais presentes e futuras.
Essa economicidade trata de exame da essencialidade do ato praticado sob o ponto de
vista de sua adequação econômica no ambiente, no tempo, na forma e nas condições em que
ocorreu. Volta-se à forma, otimização e razoabilidade da obtenção e aplicação dos recursos
condizentes com a operação ou atividade praticada.
A auditoria operacional e de gestão esforça-se para fazer ou alcançar alguma
probabilidade de avaliar projetos, programas e setores ou órgãos ou departamentos das
instituições públicas ou privadas na perspectiva da economicidade, efetividade, eficácia,
eficiência e produtividade. Para o presente estudo é necessário e precisa-se compreender e
entender qual é a diferença entre essas dimensões, a fim de que se possam obter resultados
coerentes e convenientes, essencialmente ao que se refere a entender e compreender o que
seja eficácia.
Economicidade refere-se ao menor custo, isto é, ao preço coerente com o que
praticado na sociedade. Essa economicidade é a minimização dos custos dos recursos
utilizados no planejamento e na execução de uma ação, atividade ou meta, sem comprometer
os padrões de qualidade, referindo-se à capacidade de uma instituição pública ou privada de
administrar ou gerenciar adequada e corretamente os recursos, não só financeiros, mas os
recursos humanos, materiais e tecnológicos que estiverem à sua disposição.
A eficácia implica em dispor de definição clara de objetivos, quantificação de metas,
para um determinado tempo, isto é, necessita de um sistema de informações financeiras e
técnicas.
A eficácia está afeta ao grau de alcance dos programas, projetos ou metas, por
realizar as ações e atividades com economicidade e produtividade, em determinado período de
tempo, independente dos custos implicados. A eficácia é fazer o que deve ser feito, mas a
eficiência é fazer algo da melhor forma possível.
A eficiência implica em dispor de definição clara de objetivos, quantificação de
metas, para um determinado tempo e um determinado custo, isto é, necessita de um sistema
de informações financeiras e técnicas. Eficiência e produtividade são conceitos semelhantes,
17
pois relacionam recursos com resultados, mas a produtividade considera os recursos em
unidades físicas, enquanto a eficiência traduz os fatores de produção em unidades monetárias.
A eficiência está afeta ao cumprimento desejado no programa, projeto ou meta, por
realizar as ações e atividades com economicidade e produtividade, ao minimizar os custos e
produzir efetivamente os trabalhos necessários para a consecução da qualidade do
processo/produto, relação entre custos e gastos com bens e serviços.
A economicidade é a utilização dos recursos financeiros, humanos e materiais,
considerando a relação custo ÷ benefício. Por exemplo: é a parte da gerência das virtudes de
poupança e da boa economia doméstica.
A economicidade é a obtenção do máximo resultado possível com os meios
necessários ou obtenção do resultado desejado com o mínimo de meios necessários, isso
centra no menor custo possível. Comparação de: Custos ÷ Benefícios.
Equação:
Economicidade = Custos ÷ Benefícios.
Segundo Araújo (2007: p. 35) a economicidade se refere à produtividade ao menor
custo. Uma ação é econômica quando proporciona a aquisição de um produto (bem ou
prestação de serviço) ao menor preço de mercado, sem prejuízo da qualidade. Essa ação deve
ser avaliada no transcorrer de certo período de tempo, mas jamais em função de seu resultado
imediato.
A eficácia são os resultados obtidos que estão de acordo com os objetivos propostos
pela instituição ou organização, conforme as políticas estabelecidas, as metas operativas,
outros resultados e efeitos previstos.
A eficácia são as metas em relação aos tempos reais em relação aos previstos. Metas
÷ Tempos, isto é, resultados reais ÷ resultados previstos. (Metas reais ÷ Tempos reais) ÷
(Metas previstas ÷Tempos previstos).
Equação:
Eficácia = (Metas reais ÷ Tempos reais) ÷ (Metas previstas ÷ Tempos previstos)→
Eficácia = (Metas reais × Tempos previstos) ÷ (Metas previstas × Tempos reais).
A eficácia corresponde à consecução dos resultados econômicos e sociais. Por
definição matemática corresponde à solução do problema. Uma ação é eficaz quando atingir
os seus objetivos propostos ou previstos, quer sejam materiais ou não.
De acordo com Araújo (2007, p. 36) a eficácia é mensurada pela relação entre os
resultados, efetivamente, alcançados e os resultados pretendidos.
Eficácia = Resultados alcançados ÷ Resultados pretendidos.
18
A eficiência é a relação entre a obtenção de níveis máximos de produção com o
mínimo de recursos possíveis, tendo em conta a quantidade e qualidade apropriada, os
recursos utilizados para produzir ou atingi-los; menor custo, maior velocidade, melhor
qualidade.
A eficiência são as metas em relação aos tempos versus custos reais e previstos.
A eficiência: Metas ÷ (Tempos × Custos), isto é, resultados reais ÷ resultados
previstos. [Metas reais ÷ (Tempos reais × Custos reais)] ÷ [Metas previstas ÷ (Tempos
previstos × Custos previstos)].
Equação:
Eficiência = [Metas reais ÷ (Tempos reais × Custos reais)] ÷ [Metas previstas ÷
(Tempos previstos × Custos previstos)].
Eficiência = Metas reais × Tempos previstos × Custos previstos ÷ Metas previstas ×
Tempos reais × Custos reais.
Eficiência = Custos previstos × (Metas reais × Tempos previstos) ÷ Custos reais ×
(Metas previstas × Tempos reais).
Eficiência = (Metais reais × Tempos previstos) ÷ (Metas previstas × Tempos reais) ×
(Custos reais ÷ Custos previstos).
Eficiência = Eficácia × (Custos reais ÷ Custos previstos).
A eficiência se relaciona com economicidade, por correlacionar-se aos recursos
utilizados, mas a economicidade se preocupa com os recursos adquiridos, ainda que não
necessariamente utilizados em certo processo produtivo.
A eficiência está diretamente relacionada com a utilização racional dos recursos. Um
aumento na eficiência correspondente proporcionalmente a um incremento na produtividade.
Uma ação produtiva contribui para melhorar o que já era realizado. Portanto, de acordo com
Araújo (2007, p. 36) a eficiência equivale à relação entre resultados alcançados e recursos
consumidos.
Eficiência = Resultados alcançados ÷ Recursos consumidos.
Existem duas estratégias para atingir a eficiência: I- se com a mesma quantidade de
recursos (tempos, pessoas, materiais, espaço, entre outras) consumidos, conseguir-se o melhor
resultado; II- se obter-se o resultado esperado/proposto (desejado/previsto), com o menor
consumo de recursos.
A produtividade é o quociente da eficácia pela eficiência.
Equação:
Produtividade = Eficácia ÷ Eficiência.
19
Assim, a relação: Produtividade x Eficácia x Eficiência:
Produtividade = Eficácia ÷ Eficiência:
Isolando-se algebricamente a variável eficácia, tem-se:
Eficácia = Produtividade × Eficiência.
Isolando-se algebricamente a variável eficiência, tem-se:
Eficiência = Produtividade ÷ Eficácia.
Segundo Aurélio (2004: p. 333 e p. 656):
“Economia: Ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, distribuição e consumo de
bens. Contenção de gastos. Economia de mercado: sistema econômico em que as decisões
relativas à produção, preços, salários, etc., são tomadas predominantemente pela interação dos
compradores e vendedores no mercado, com pouca influência governamental”.
“Faculdade de produtivo. Economia: Relação entre a quantidade ou valor produzido e a
quantidade ou valor dos insumos aplicados à produção”.
Diante dessas definições, tem-se:
Economicidade = Custos ÷ Benefícios.
Portanto, economia é igual ao quociente de custos por benefícios. Isso contempla a
definição de economicidade, porque quanto maior for o custo em relação ao menor ou igual
benefício, maior será a economicidade, assim o inverso, quanto menor for o custo em relação
ao igual ou maior benefício, menor será a economicidade.
Neste aspecto, pode-se afirmar, sem exagero que, produtividade é o inverso da
economicidade.
Deste modo, Produtividade = Eficácia ÷ Eficiência, passar a ser definida como:
Produtividade = 1 ÷ (Custos ÷ Benefícios) = 1 × (Benefícios ÷ Custos), assim:
Produtividade = Benefícios ÷ Custos.
Portanto, produção é igual ao quociente de benefícios por custos. Isso contempla a
definição de produtividade, porque quanto maior for o benefício em relação ao menor ou igual
custo, maior será a produtividade, assim o inverso, quanto menor for o benefício em relação
ao igual ou maior custo, menor será a produtividade.
Diante destes aspectos economicidade e produtividade, percebe-se que há uma intima
relação que podem comprometer a eficácia e a eficiência na operacionalização e gestão das
organizações públicas ou privadas.
A efetividade é algo bem mais abrangente e relevante, por determinarem se os
objetivos alcançados ou atingidos foram suficientes para solucionar o problema que deu
origem. A eficácia e a efetividade são usadas, algumas vezes, indistintamente, apesar de seus
significados serem distintos. Efetividade é considerada o indicador mais apropriado para
20
enfocar o ponto de vista do cidadão, por avaliar a produção estatal e empresarial sob a ótica
de quem a recebe.
A efetividade é também denominada de indicador de satisfação, trata-se de uma
medida mais qualitativa do que quantitativa. As medidas das coisas que o Estado ou a
Empresa faz ou produz, estão mais relacionadas à eficácia, que não é adequada para mensurar
a qualidade de suas ações, atividades e serviços.
A efetividade se afere no mundo real, fora da organização ou programa, enquanto a
eficácia - do mesmo modo que a economicidade e a eficiência - pode ser mensurada, sem sair
dessa organização ou programa.
A auditoria operacional e de gestão é de suma importância e relevância por ter
objetivo de otimizar (aperfeiçoar, realizar melhor ou de forma mais produtiva) o
planejamento, a execução e o controle, porque a auditoria facilita e propicia a tomada da
melhor decisão, não se decide com a informação, mas com o conhecimento.
A auditoria operacional propõe-se a avaliar e examinar (verificar) as ações
governamentais e não-governamentais quanto à economicidade, eficácia e eficiência.
Entende-se por ações governamentais: atividades, políticas, processos, programas, projetos e
sistemas. Essa auditoria também pode ser aplicada a qualquer entidade ou órgão público ou
privado. A convergência dessa auditoria é o processo/produto de gestão. A avaliação de
modalidade da auditoria operacional propõe-se a avaliar e examinar as ações, atividades,
metas, processos, programas, projetos. O foco centra-se nos resultados obtidos comparados
com os previstos.
A auditoria operacional propõe-se a avaliar e examinar a ação estatal ou privada
quanto à economicidade; eficiência na gestão de seus recursos, de todas as naturezas,
produzindo mais a menores custos; eficácia na execução de seus programas e projetos,
alcançando objetivos e metas previstas e formular recomendações ou exarar determinações
que visem o aumento dos graus da economicidade, eficiência e eficácia, isto é, contribuir para
o aprimoramento da gestão da ação governamental e não governamental considerada como
objeto.
A auditoria operacional caracteriza-se pela aplicação da avaliação operacional na
organização estatal ou privada em que é implantada. Cada instituição ou organização possui
necessidades próprias, sendo assim, é aplicado e desenvolvido um programa para a avaliação
dos controles internos de acordo com os processos, a carteira de clientes e fornecedores, os
projetos, as atividades segmentadas ou não, o sistema, os departamentos e as operações. A
auditoria operacional tem como característica utilizar a avaliação da gestão nos diversos
21
níveis hierárquicos de cada área, de acordo com o programa e também de acordo com a
extensão de exames, como: a) Planejamento estratégico, políticas, planos e metas; b) Estrutura
funcional, instalações, produção, processos, entre outros; c) Métodos e rotinas das atividades
desenvolvidas de acordo com o planejamento; d) Controles internos e controles
administrativos e gerenciais; e) Aproveitamento dos recursos, perdas prováveis e
improváveis; f) Resultados alcançados; g) Verificação quanto à utilização e aplicação de
normas, leis, regulamentação e normatização aplicada à atividade.
Para tanto, todas estas etapas que caracterizam a Auditoria Operacional, realizada de
acordo com o programa adequado às atividades da instituição ou organização visam à
verificação das atividades e processos na busca constante do aperfeiçoamento dos controles,
da racionalização dos processos e do aprimoramento da gestão administrativa e gerencial, de
forma a influenciar na tomada de decisões.
A visão do controle operacional centra-se na função administrativa que consiste em
avaliar, calcular e mensurar o desempenho dos funcionários (servidores) para assegurar que os
objetivos das organizações públicas ou privadas sejam alcançados.
A tarefa do controle é a investigação (verificação) para busca da verdade real, se tudo
está se realizando em conformidade e legalidade com que fora planejado e organizado, de
acordo com as regulamentações e ordens dadas para identificar os possíveis desvios, erros,
falhas ou fraudes para que possa corrigi-las e evitar-se sua repetição.
O controle operacional deve seguir critérios e padrões das instituições para o objetivo
comum, resultado satisfatório, haja vista o ciclo administrativo do PDCA (Planejamento -
plan, Desvio - do, Controle - check, Ação - action). O PECA (Planejamento, Execução,
Controle, Auditoria) é um ciclo da qualidade organizacional em que está inserida a função
administrativa da auditoria, segundo Gil (1999, p. 56), que segue a execução do plano,
programa ou projeto para verificar a manutenção dos critérios ou padrões preestabelecidos
para procurar assinalar e remover qualquer anomalia prejudicial ao regular funcionamento da
instituição pública ou privada.
A auditoria de gestão deve estar centrada em situações empresariais de maior risco
para a continuidade dos negócios, proporcionando às organizações recomendações que
auxiliem na tomada de decisões.
Por exemplo, na aquisição de uma empresa já estabelecida, o adquirente passa a
assumir a responsabilidade do empreendimento e precisa conhecer como constam os registros
contábeis e gerenciais, qual a situação patrimonial da empresa adquirida, isto é, precisa
conhecer aquilo que assumirá. É indispensável conhecer todas as contas do ativo e do passivo,
22
os direitos e obrigações, a curto e em longo prazo, tudo mais, antes de tomar a decisão de
adquirir um negócio já instalado e organizado.
A auditoria operacional e de gestão tem uma função de regular, porque ajuda a
eliminar desperdícios, simplificar tarefas, servir de ferramenta de apoio à administração e
gestão, transmitir informações aos administradores sobre o desenvolvimento das atividades
executadas, um administrador-gestor pode servir-se desta auditoria para planejar, executar e
controlar o gerenciamento da instituição.
A auditoria operacional e de gestão, seja por exigência de órgãos reguladores, dos
órgãos societários ou para atender as exigências legais, suprirão os administradores e
acionistas com uma opinião notável e competente sobre as demonstrações tanto contábeis
quanto administrativas gerenciais, de modo que essas passem a merecer a credibilidade
necessária por parte dos clientes/usuários das informações econômico-financeiras e gerenciais
auditadas.
A existência de auditorias regulares permite minimizar a possibilidade de desvios,
falhas, fraudes, negligências e omissões. Uma boa auditoria revela, nos relatórios, falhas de
controles que deverão ser supridas, permitindo aos gestores ações práticas em prol da defesa
do patrimônio.
Um bom gestor sempre valorizará as atividades de auditorias, sejam internas ou
externas (operacional e de gestão), pois auditar é para colaborar com a qualidade e melhoria
da instituição. Quando se iria realizar uma auditoria, de imediato, o administrador dizia aos
auditados, "quem não deve não teme". Porém, a transparência é a marca e a qualidade de um
bom administrador-gestor.
Os administradores-gestores que agirem desta forma que prestaram contas de
maneira aberta se cercaram de cuidados com relação ao ambiente de controles da instituição.
Esses gestores melhoraram seus sistemas de contabilidade e controles gerenciais, criando
condições para que a contabilidade e a gestão produzissem demonstrações contábeis e
controles confiáveis e que representassem a posição administrativa, financeira e patrimonial
da organização, bem como o resultado de suas operações no exercício em avaliação.
A tendência é que a auditoria seja uma ferramenta cada vez mais presente e eficiente
nas organizações, quem desprezá-la tornar-se-á suspeito sobre si. Assim, poderá surgir a
indagação: Por que não utilizar-se de uma ferramenta que comprovadamente traz benefícios
aos controles de qualquer entidade?
A auditoria operacional destina-se à avaliação da economicidade, eficiência e
eficácia do processo/produto e dos resultados em relação aos recursos materiais e humanos
23
disponíveis. Realiza a função de assessorar e gerenciar a administração no desempenho
efetivo de suas funções e responsabilidades, avaliando se os objetivos organizacionais e
gerenciais estão sendo atingidos com eficiência, eficácia e economia na obtenção e utilização
dos recursos (financeiros, humanos, materiais, e tecnológicos), bem como em observância às
leis, manuais, normas, recomendações e regulamentos aplicáveis e com devida segurança.
O desempenho é resultado obtido dos principais indicadores de processos e de
produto que permitem avaliar e compará-los em relação às metas, padrões, referenciais
pertinentes e outros processos e produtos. Estes resultados devem expressar satisfação,
insatisfação, eficiência e eficácia, podem ser apresentados em termos financeiros ou não.
A título de exemplo, a auditoria de desempenho poderá tratar, conforme os
programas e projetos de qualidade no Serviço Público ou Privado, dos seguintes pontos: a)
resultados relativos aos clientes; b) resultados orçamentários e financeiros; c) resultados
relativos aos servidores; d) resultados relativos aos fornecedores e às parcerias institucionais;
e) resultados relativos aos serviços/produtos e aos processos organizacionais.
A auditoria operacional é a auditoria de gestão, que tem foco não na despesa em si,
mas no funcionamento do mecanismo tanto estatal como paraestatal e não estatal.
O processo de gestão em seus aspectos de planejamento, execução, controle,
organização, procedimentos operacionais, alcance de metas, acompanhamento gerencial e
auditoria.
O controle é uma função administrativa operacional e de gestão com objetivo de
controlar, demonstrar e registrar toda atividade exercida em determinado período para
correção dos desvios, erros, falhas ou fraudes e para prevenção de novas ou repetições destes
desvios, erros, falhas ou fraudes, quer nas direções e gestões das instituições e em seus
planejamentos, a fim de se criar restrições (Teoria das Restrições).
A ação preventiva ou corretiva deve ter reflexos a médio e em longo prazo, em
tempo hábil para que possa ocorrer uma melhora gradativa em todo o processo operacional e
de gestão.
Lembre-se que as instituições estatais e paraestatais, o resultado é o social/político
enquanto as instituições privadas, o resultado é o lucro.
Em uma auditoria convencional é averiguado se todos os dispêndios obedeceram ao
rito previsto nos manuais, nas normas ou regulamentações administrativo-financeiras. Na
auditoria operacional é verificado se o dispêndio está inserido em uma moldura maior de
correta atuação da esfera pública ou privada; se está de acordo com os cânones da
economicidade, eficácia e eficiência; se está afinado com as ações, atividades, metas,
24
programas, projetos ou segmentos operacionais dos setores público e privado vinculados a
uma determinada política pública ou privada; se esta política pública ou privada está atingindo
os resultados almejados ou propostos.
A auditoria operacional abrange a verificação do processo/produto: a) da existência
de recursos ociosos ou insuficientemente empregados; b) da eficácia, da eficiência e da
economicidade da gestão através da apuração dos custos dos produtos e serviços.
A auditoria de gestão tem por finalidade emitir opinião sobre a regularidade dos
procedimentos administrativos e gerenciais e das contas; verificar a execução de acordos,
contratos, convênios e a execução da probidade na aplicação de dinheiro público ou privado,
na administração e guarda dos bens e valores do Estado ou instituição privada; conhecer e
avaliar políticas, decisões, metas, planos, programas e projetos ocorridos na consecução dos
objetivos filosóficos, políticos e sociais das organizações governamentais e não
governamentais.
A auditoria operacional e de gestão abrange a verificação do processo/produto: a) da
execução dos planos, programas e projetos de trabalho e avaliação dos resultados em termos
monetários e de realização de obras e prestação de serviços; b) da distorção ou pontos de
estrangulamento na execução dos planos, programas e projetos; c) da execução de acordos,
contratos e convênios de fornecimentos, obras ou prestação de serviços e seus cronogramas
financeiros e físicos.
Por fim, pode-se definir que a auditoria operacional e de gestão baseia-se em avaliar
ações administrativas e gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo/produto
operacional ou parte dele, dos departamentos, entidades ou órgãos públicos ou privados,
atividades, metas, programas, projetos ou segmentos destes, com a finalidade de emitir
recomendação ou sugestão sobre a gestão. Atua nas áreas inter-relacionadas das entidades ou
órgãos, avaliando a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos financeiros,
humanos, materiais e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e eficiência dos
controles existentes para a gestão dos recursos públicos ou privados. A filosofia de
abordagem dos fatos é de apoio pela avaliação do atendimento às diretrizes, normas e
regulamentações, bem como pela apresentação de recomendações ou sugestões para seu
aperfeiçoamento.
Os indispensáveis objetivos desta modalidade de auditoria operacional e gerencial
são: a) comprovar a conformidade, legalidade e legitimidade das diretrizes, normas e
regulamentações, políticas e estratégias; b) avaliar os controles internos ou externos; c)
identificar procedimentos desnecessários ou duplos para recomendar sua correção; d)
25
identificar as áreas críticas e riscos potenciais, proporcionando as bases para sua minimização,
redução ou eliminação; e) melhorar o desempenho para aumentar o êxito das
organizações/entidades; f) avaliar as medidas adotadas para a preservação dos ativos e do
patrimônio para evitar-se os desperdícios de recursos; g) aferir a confiabilidade, a
fidedignidade, a segurança e a consistência dos sistemas administrativos, gerenciais e de
informações; h) avaliar o alcance das metas, programas, projetos e objetivos para identificar
as causas dos desvios, erros, falhas, fraudes ou irregularidades, quando houver; i) identificar
as áreas que concorrem para aumento ou diminuição de custos ou receitas; j) assessorar,
recomendar e sugerir a implantação de mudanças.
Os procedimentos de auditoria representam um conjunto de técnicas que o auditor
utiliza para colher as evidências sobre as informações das demonstrações financeiras e
gerenciais. Esses procedimentos devem ser efetivos e eficientes.
A qualquer espécie de auditoria, mas a auditoria operacional e de gestão deve seguir
os principais procedimentos:
a) Contagem física: procedimento utilizado para as contas do ativo e consiste em
identificar fisicamente o bem declarado nas demonstrações financeiras, como dinheiro em
caixa, estoques, títulos de aplicações, bens do ativo imobilizado, entre outros;
b) Confirmação de terceiros: procedimento utilizado pelo auditor para confirmar,
por meio de carta (carta de circularização), bens de propriedade da empresa em poder de
terceiros, direitos a receber e obrigações;
c) Conferência de cálculos: contador efetua diversos cálculos em todo o processo de
elaboração das demonstrações financeiras e gerenciais, na base de teste. São testados, por
exemplo, os cálculos de valorização de estoques, de amortização de despesas antecipadas e
diferidas, das depreciações dos bens do ativo imobilizado, dos juros provisionados, entre
outros;
d) Inspeção de documentos: existem dois tipos de documentos, os internos e os
externos. Esses documentos representam os comprovantes hábeis que suportam os
lançamentos nas contas contábeis. Exemplo: documentos internos: relatório de despesas,
boletim de caixa, apropriação de custos, depreciação, registro de empregado, folha de
pagamento, entre outros; documentos externos: notas fiscais, duplicatas de fornecedores,
apólice de seguro, contratos, escritura de imóveis, certificado de propriedade de veículos,
entre outros.
As normas de auditoria abrangem instruções, manuais, procedimentos, regulamentos
a serem observados pelo auditor quando da realização do seu trabalho. Foram estabelecidas
26
com a finalidade de orientar as atividades a serem desenvolvidas, bem como proporcionar a
aplicação sistemática e metodológica de suas ações.
Os mais variados fins da auditoria operacional e de gestão atestam, por si só, a
grande utilidade desta técnica de economicidade, eficácia e eficiência do processo/produto. A
sua profundidade, pelo contato direto com os elementos, atribui a essa auditoria um caráter de
grande auxiliar da análise dos balanços, das operações e das situações, requerendo cuidados
especiais.
O aspecto psicológico da auditoria exige os mais profundos cuidados por parte dos
executores dos serviços e trabalhos, conforme a política seguida, a auditoria pode até
apresentar aspectos negativos. O profissional de auditoria deve ser convenientemente hábil
para conviver com o pessoal de seu cliente.
Diversos profissionais protestam até contra o conceito comum que se firmou, de que
a auditoria é uma chave para descobrir desvios, erros, falhas, fraudes, negligências e omissões
procurando esclarecer que modernamente não se pode mais encarar assim o assunto. A fraude
não pode ser excluída dos propósitos de exame do auditor. A fraude consiste em uma ação
deliberada prejudicial a alguém (outrem) com benefício a quem pratica a ação, no ambiente
do intangível. Exemplo: alterar artigo, cláusula ou parte de um contrato.
Toda análise, verificação e acompanhamento das ações e atividades precisam estar
de acordo com o que a instituição ou organização estatal, paraestatal ou privada pretende com
o trabalho a ser desempenhado ou desenvolvido, mesmo considerando as questões
“presente/passado” e “presente/futuro”. Lembre-se que o passado das organizações públicas
ou privadas é o melhor parâmetro para aferir qualquer medição, medida ou definição de novas
metas de acordo com a capacidade instalada e de pessoal.
No mundo atual, com a decadência dos princípios de ética, de honestidade, de moral
e de verdade, acentuado com a pobreza moral que domina as administrações de instituições
públicas ou privadas, dentre: instituições bancárias e seguradoras, grandes grupos
empresariais, entre outras, é impossível desconhecer a influência desse mal social. A
corrupção assusta e a Administração, a Contabilidade, a Gestão, a Matemática, dentre outras,
não pode sonegar sua contribuição na descoberta da desonestidade contra o patrimônio
público e particular. Escândalos sucessivos ocorrem requerendo o trabalho sério e competente
tanto da auditoria operacional e de gestão quanto da auditoria interna para a apuração das
responsabilidades de seus administradores-gestores.
A importância essencial para a continuidade das políticas públicas e dos negócios das
instituições públicas ou privadas centra-se que a auditoria de natureza operacional e de gestão
27
é um processo de coleta para estudo ou exame; análise minuciosa ou sistemática de
informações sobre características; processos e impactos de uma ação, atividade, meta,
programa, projeto ou organização, com base em critérios e parâmetros fundamentados de
indicadores e métricas, com objetivo de avaliar a economicidade, efetividade, eficácia,
eficiência e a produtividade; desenvolver recomendações ou sugestões para aperfeiçoamento
da administração-gestão e contribuir para a responsabilização dos administradores-gestores
pelo desempenho da ação estatal ou da operacionalização organizacional dos negócios da
empresa.
Com base nos estudos de Albuquerque (2007, p.117), para que a auditoria
operacional se consolide é necessário que importantes instrumentos da doutrina a respeito de
administração/gestão, como o desenvolvimento de indicadores de desempenho e a
disseminação de sistemas de gestão por objetivos e metas, sejam efetivamente
implementados.
Em diversos países, já ocorreram reformas e implantações de novos mecanismos de
planejamento governamental e empresarial. Na prática referem-se ao dilema entre controlar o
processo administrativo e os gastos em função da necessidade de ajustes pretendidos nesse
processo para dotar-lhe maior flexibilidade e sistemas de controle - medida de implementação
gradual e complexa essencial na concepção de gestão no sentido de institucionalizar as
mudanças com foco no resultado.
A ausência de sistemas de controle de custos na Administração Pública ou Privada
são fatores que contribuem para limitar os objetivos quanto às questões de economicidade,
bem como aquelas atinentes à eficiência operacional, direcionadas para custos em sentido
estrito e medidas através da relação direta entre processos/produtos.
A auditoria operacional compreende uma série de procedimentos aplicados de forma
independente com o objetivo de avaliar os aspectos de economia, eficácia, eficiência,
produtividade e efetividade de uma gestão. Isso está afeto, se as operações estão
proporcionando aumento de receitas e diminuição dos custos, reduzindo práticas ineficientes e
eliminando desperdícios, se for o caso, propondo recomendações e sugestões para melhorar o
desempenho.
Cabe ao administrador/gestor à responsabilidade pela implementação das ações
capazes de assegurar o incremento do desempenho operacional. Ao auditor operacional a
tarefa de acompanhar e avaliar, se o administrador/gestor tem assumido à sua
responsabilidade.
28
A RESPOSTA AO PROBLEMA PRINCIPAL
Qual a importância ou a utilidade da auditoria operacional e de gestão para a
continuidade operacional dos negócios?
Entre os tipos de auditoria que podem ser realizados em uma empresa, estão à
auditoria operacional e de gestão. Consistem em revisões metódicas de ações, atividades,
metas, processos/produtos, programas, projetos ou segmentos operacionais dos setores
público ou privado, com a finalidade de avaliar, comunicar e examinar (verificar) se os
recursos das organizações são utilizados com economicidade (comprovação da justificativa
econômica do ato praticado pelo administrador-gestor), efetividade, eficácia e eficiência, se
estão sendo atingidos os objetivos operacionais e de gestão propostos e/ou esperados.
A auditoria operacional consiste em avaliar os procedimentos e mecanismos de
controle adotados por uma organização, certificando a sua regularidade, por meio de exames
de documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos e a verificação da eficiência
dos sistemas de controle administrativo e contábil – também chamada de auditoria de
conformidade. A auditoria operacional auxilia a administração na gerência e nos resultados,
por meio de recomendações que visem aprimorar procedimentos, melhorar controles e
aumentar a responsabilidade gerencial.
A auditoria operacional tem como característica utilizar a avaliação da gestão nos
diversos níveis hierárquicos de cada área, de acordo com o programa e também de acordo
com a extensão de exames, como: a) Planejamento estratégico, políticas, planos e metas; b)
Estrutura funcional, instalações, produção, processos, entre outros; c) Métodos e rotinas das
atividades desenvolvidas de acordo com o planejamento; d) Controles internos e controles
administrativos e gerenciais; e) Aproveitamento dos recursos, perdas prováveis e
improváveis; f) Resultados alcançados; g) Verificação quanto à utilização e aplicação de
normas, leis, regulamentação e normatização aplicada à atividade.
Tem a finalidade de auxiliar a administração de uma empresa ou entidade,
examinando procedimentos internos que buscam atingir maior economicidade, efetividade e
eficiência, através de estudos e análise entre períodos e métodos para recomendar ou sugerir
melhorias para cada setor analisado para atingir a eficácia. Também tem como função a
aplicação de testes que avaliem se os critérios, procedimentos ou padrões contidos são
efetivamente seguidos pelos funcionários, se existe a necessidade de treinamento, capacitação
e adequação aos critérios de seleção de pessoal.
Em uma auditoria operacional, os critérios ou padrões pelos quais o desempenho de
um departamento, órgão ou programa será aferido com as definições obtidas em cada
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auditoria. Mas, os critérios podem ser definidos em função de: a) objetivos e metas fixados
em contrato, lei, manual, regulamento ou determinado em regimento interno pela
administração; b) doutrinas e opiniões de especialistas; c) desempenho de entidades similares.
Assim, como o propósito dessa auditoria é melhorar o desempenho de
departamentos, órgãos, programas e projetos - pois os pareceres ou relatórios produzidos pelo
profissional da auditoria operacional - devem conter recomendações ou sugestões para o
aperfeiçoamento da gestão, dos processos/produtos, dos controles, dos resultados, entre
outros.
Um dos objetivos da auditoria na área operacional é assessorar a administração no
desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, avaliando se a instituição ou
organização, departamentos ou setores, funções, operações, programas e sistemas auditados
estão atingindo os objetivos propostos com identificação de desvios, erros, falhas, fraudes ou
irregularidades no sistema operacional.
Outro objetivo afeta a avaliação das metas, programas e projetos examinando a
efetividade destas metas, programas e projetos das entidades públicas ou privadas, isto é, os
benefícios e impactos gerados com as ações, atos e atividades destas instituições.
Os objetivos são: a) a auditoria operacional é uma ação ou atividade de avaliação
independente, nas instituições públicas ou privadas, com a finalidade de revisar as operações
administrativas, contábeis, gerenciais, financeiras e outras, com o um serviço prestado aos
administradores ou gestores; b) um controle de gestão com a finalidade de medir a eficácia
dos outros controles; c) objetivo integral ou total da auditoria operacional e de gestão é de
assessorar os membros da administração ou gestão a exercer, efetivamente suas
responsabilidades, fornecendo-lhes analises concretas e objetivas, recomendações ou
sugestões e outros comentários pertinentes às ações ou atividades revisadas; d) a auditoria
operacional e de gestão deve estar igual ou semelhante de todas as fases das ações ou
atividades das instituições, nas quais possa vir a servir aos administradores ou gestores da
empresa, entidade ou organização.
A auditoria operacional e de gestão é de suma importância e relevância por ter
objetivo de otimizar (aperfeiçoar, realizar melhor ou de forma mais produtiva) o
planejamento, a execução e o controle, porque a auditoria facilita e propicia a tomada da
melhor decisão, não se decide com a informação, mas com o conhecimento.
A auditoria operacional destina-se à avaliação da economicidade, eficiência e eficácia
do processo/produto e dos resultados em relação aos recursos materiais e humanos
disponíveis. Realiza a função de assessorar e gerenciar a administração no desempenho
30
efetivo de suas funções e responsabilidades, avaliando se os objetivos organizacionais e
gerenciais estão sendo atingidos com eficiência, eficácia e economia na obtenção e utilização
dos recursos (financeiros, humanos, materiais, e tecnológicos), bem como em observância às
leis, manuais, normas, recomendações e regulamentos aplicáveis e com devida segurança.
A auditoria de gestão consiste em acompanhar, avaliar e examinar a execução de
programas e projetos específicos, atuando nas áreas inter-relacionadas da organização, a fim
de avaliar a eficácia de seus resultados em relação aos recursos humanos, materiais e
tecnológicos disponíveis.
A auditoria de gestão deve estar centrada em situações empresariais de maior risco
para a continuidade dos negócios, proporcionando às organizações recomendações que
auxiliem na tomada de decisões.
A auditoria de gestão tem por finalidade emitir opinião sobre a regularidade dos
procedimentos administrativos e gerenciais e das contas; verificar a execução de acordos,
contratos, convênios e a execução da probidade na aplicação de dinheiro público ou privado,
na administração e guarda dos bens e valores do Estado ou instituição privada; conhecer e
avaliar políticas, decisões, metas, planos, programas e projetos ocorridos na consecução dos
objetivos filosóficos, políticos e sociais das organizações governamentais e não
governamentais.
Por fim, pode-se definir que a auditoria operacional e de gestão baseia-se em avaliar
ações administrativas e gerenciais e os procedimentos relacionados ao processo/produto
operacional ou parte dele, dos departamentos, entidades ou órgãos públicos ou privados,
atividades, metas, programas, projetos ou segmentos destes, com a finalidade de emitir
recomendação ou sugestão sobre a gestão. Atua nas áreas inter-relacionadas das entidades ou
órgãos, avaliando a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos financeiros,
humanos, materiais e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e eficiência dos
controles existentes para a gestão dos recursos públicos ou privados. A filosofia de
abordagem dos fatos é de apoio pela avaliação do atendimento às diretrizes, normas e
regulamentações, bem como pela apresentação de recomendações ou sugestões para seu
aperfeiçoamento.
Os indispensáveis objetivos desta modalidade de auditoria operacional e de gestão são:
a) comprovar a conformidade, legalidade e legitimidade das diretrizes, normas e
regulamentações, políticas e estratégias; b) avaliar os controles internos ou externos; c)
identificar procedimentos desnecessários ou duplos para recomendar sua correção; d)
identificar as áreas críticas e riscos potenciais, proporcionando as bases para sua minimização,
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redução ou eliminação; e) melhorar o desempenho para aumentar o êxito das
organizações/entidades; f) avaliar as medidas adotadas para a preservação dos ativos e do
patrimônio para evitar-se os desperdícios de recursos; g) aferir a confiabilidade, a
fidedignidade, a segurança e a consistência dos sistemas administrativos, gerenciais e de
informações; h) avaliar o alcance das metas, programas, projetos e objetivos para identificar
as causas dos desvios, erros, falhas, fraudes ou irregularidades, quando houver; i) identificar
as áreas que concorrem para aumento ou diminuição de custos ou receitas; j) assessorar,
recomendar e sugerir a implantação de mudanças.
A auditoria operacional e de gestão é importante para a adequada operacionalização e
gestão dos recursos públicos ou privados, a prevenção e detecção de desvios, erros, falhas ou
fraudes.
Assim, com a auditoria operacional e de gestão, tanto as instituições públicas ou
privadas, através de seus órgãos de controle, dispõem de um relevante instrumento para
defesa da efetividade de nossa Lei Constitucional, defesa necessária para desempenho e
desenvolvimento adequado de qualquer organização governamental ou não governamental.
A auditoria operacional é idêntica em todas as dimensões ou níveis de gestão, nas
etapas de planejamento, execução e supervisão, controle e autoauditoria sob o ponto de vista
da economicidade, efetividade, eficácia, eficiência e produtividade. Essa auditoria também
conhecida como auditoria de gestão, de eficiência, de resultados ou de práticas de gestão,
centrando-se na avaliação ou verificação de todos os métodos ou sistemas utilizados pelo
administrador ou gestor para tomar decisões. Analisa a execução e supervisão das decisões
tomadas e observa se os resultados pretendidos foram ou não atingidos.
Fundamentado na inteligência competitiva, afirma-se que há fragilidades que podem
implicar a eficácia de por em prática ou execução das recomendações ou sugestões opinadas
ou pronunciadas pela auditoria operacional e de gestão, caso identificadas admitir-se-ão que
as instituições públicas ou privadas, tanto uma ou outra estratégia de prevenção quanto uma
ou outra estratégia de contingência para fazer oposição aos fatores de risco, se houver
concretização.
CONCLUSÃO
A auditoria operacional e de gestão é importante para a adequada operacionalização
e gerenciamento dos recursos; a prevenção e detecção de desvios, erros, falhas, fraudes,
negligências e omissões; o cumprimento do que estabelece a Constituição Federal de 1988 no
que se refere aos controles operacionais internos em todos os Poderes.
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A auditoria operacional e de gestão, pode ser definida, como aquela que avalia -
segue a mesma direção, por ser da mesma filosofia ou política - verifica a ação para por, em
prática, metas, planos, programas e projetos; executar as ações, atividades, metas, programas
e projetos, a gestão dos sistemas e a administração dos órgãos ou departamentos, tendo em
vista a utilização econômica de seus recursos, com eficaz e eficiente geração de processos e
produtos - bens e serviços - o efetivo resultado de suas ações, atividades, metas, programas e
projetos.
A auditoria operacional e de gestão nas instituições públicas ou privadas, através de
seus órgãos de controle, dispõem de um relevante instrumento para defesa da efetividade de
nossa Lei Constitucional, defesa necessária para desempenho e desenvolvimento adequado de
qualquer organização governamental ou não-governamental.
A instituição que utiliza a auditoria operacional e de gestão como ferramenta de
apoio a administração/gestão é beneficiada na economicidade, eficácia, eficiência, gerência,
liderança, manutenção, produtividade e na criação de outros controles internos ou externos.
Essa auditoria é uma das ferramentas mais importantes para avaliar o grau ou nível de
conformidade de uma organização ou de um sistema operacional e gerencial implantada em
uma instituição pública ou privada com um critério e procedimento estabelecido.
A auditoria operacional e de gestão, por definição, auditoria de desempenho, deve
buscar precipuamente avaliar o nível de excelência das organizações públicas ou privadas, a
partir de seus aspectos: economicidade, eficácia, eficiência, efetividade e produtividade que
existem para auxiliar os órgãos de controle, no atendimento das novas ações.
Verificou-se que a auditoria operacional e de gestão tem desempenhando um papel
de grande relevância para qualquer organização pública ou privada, por exemplo: a
eliminação de desperdícios, a simplificação de tarefas, a minimização de erros e falhas até
mesmo de desvios e fraudes, o apoio aos administradores-diretores na tomada de decisões
com base em informações e recomendações contidas nos relatórios emitidos pelo (s) auditor
(es): verificação e constatação de irregularidades, regulamentação das atividades da
instituição, avaliação da capacidade dos administradores-gestores dentre outras
recomendações sobre possíveis melhorias e ações que devem ser tomadas.
Auditoria de natureza operacional e de gestão é um processo de coleta e análise
sistemáticas de informações sobre características, processos e impactos de um programa,
atividade ou organização, com base em critérios fundamentados, com o objetivo de avaliar a
economicidade, eficiência, eficácia, efetividade e produtividade, gerar recomendações para
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aperfeiçoar a gestão e contribuir para a responsabilização dos administradores/gestores pelo
desempenho da ação estatal ou empresarial.
Observa-se que o objetivo da auditoria operacional e de gestão é dar subsídios para
todos os membros da administração, com o intuito de fazer melhorar a gestão na busca da
eficiência por meio da economicidade para atingir a eficácia.
A auditoria operacional e de gestão também tem o objetivo de emitir recomendação
ou sugestão com vistas a certificar a regularidade dos recursos econômicos; a verificar a
execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos recursos;
guardar e zelar os valores e o patrimônio das instituições públicas ou privadas.
Finalmente, evidencia-se que diretamente, a auditoria operacional e de gestão e
indiretamente, o controle interno, são indispensáveis, pois é através desses controles que as
instituições públicas ou privadas garantem a veracidade de suas informações para a tomada de
decisões futuras com a segurança necessária.
Ressalta que este estudo não procurou esgotar inteiramente o tema a respeito da
auditoria operacional e de gestão, mas examinar e investigar um pouco o assunto, visando
aprofundar o conhecimento e a sua importância para as organizações públicas ou privadas que
se beneficiam direta ou indiretamente dos resultados das diversas áreas que podem ser
auditadas.
Face às considerações expostas, pode-se afirmar categoricamente que a auditoria
operacional e de gestão é um instrumento de suma importância de economicidade,
efetividade, eficácia, eficiência e produtividade voltada para o desempenho e
desenvolvimento dos resultados administrativos gerenciais e organizacionais, principalmente
como resposta às exigências impostas pelo mercado de concorrências e competitividades dos
negócios.
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