Aroldo Jose Mourisco_D

  • Upload
    neomba

  • View
    12

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • 113

    onde Vo o volume molecular (9,2x10" m ) , Su a compliance no relaxada (1,43x10"" N

    m^) e T a temperatura do pico (~950K). Como uma primeira aproximao, possvel se

    estimar AA, a partir dos tamanhos atmicos dos tomos de Al e Ni (AA, = 0,072) e assim

    obter-se:

    A|-iioi ~ 'IS/S 1-1101 = 5,7x10"^ C .(V.3)

    Como j mencionado, a relaxao mxima quando no plano (111) h u m tomo de Al

    extra para cada quatro tomos. Como conseqncia, para u m desvio de 1% atm. da

    estequiometna, a intensidade da relaxao para uma tenso de cisalhamento no plano (111)

    ser:

    A(,u)= dS /S OH) = 2,3x10 \-3 (V.4)

    enquanto as intensidades de relaxao para outras tenses de cisalhamento, em outras

    dkees , so menores:

    A(ioi)= dS/S (101) = 1,25x10"

    A(o,o)= I dS/S 1,0,0) = 0,4x10"'

    .(V.5)

    .(V.6)

    [100]

    foioi

    (a)

    (llDplantf

    O O O O

    O O ^ O ^ O p o [ H O ]

    O - o - p ' o ma

    o o 3 b 0 1 o o " * " ^ \ _ F e x t r a A l

    O O O O o o o o o o \ _

    [loT]

    Figura V.4.- A estrutura cristana com a substituio de um tomo de Ni por um tomo de Al

    extra; (a) num plano (010), a distoro elstica isotrpica e uma tenso de

    cisalhamento aplicada nesse plano no resulta em relaxao anelstica; (b) num

    plano (111), o tomo extra de Al cria um dipolo elstico que alinhado, no

    desenho, segundo a direo[10-1].

  • 114

    Os valores experimentalmente encontrados para as intensidades dos picos foram de

    aproximadamente 6,5; 2 e 0,7x10'^, para cristais orientados segundo os eixos , e

    , respectivamente.

    Efetivamente, a amplitude de relaxao, mesmo sendo menor do que as obtidas

    experimentalmente, em valores absolutos, mostra uma dependncia similar da orientao

    cristalogrfica como nas experimentais. Isto mostra que os defeitos estruturais que esto

    relaxando, esto nos planos tipo (111). Tais defeitos no podem ser discordncias, porque no

    caso de relaxao de discordncias, o pico deveria ser semelhante a um pico de Debye e a

    intensidade desse pico deveria depender fortemente da deformao plstica e da amphtude de

    deformao. Alem do que, sabido que a elevadas temperaturas, ou seja, nas faixas de

    temperaturas do pico-AI detectado, o sistema de escorregamento ativo o cbico primrio

    {a [1-10] (001)} [(Pope, 1984) e (Baluc, 1990)]. Consequentemente, se fosse relaxao de

    discordncias, resukaria em u m pico com mxima intensidade segundo a direo de

    amostras e no em como aqui detectado.

    O modelo aqui proposto baseia-se na idia de uma distoro elstica, devido a tomos

    extras de Al, o que est de acordo, uma vez que a hga aqui utilizada apresenta composio

    N74,3Al24,7Tai. N o entanto, ela no exphcaria o pico que aparece nas hgas binrias de

    composio N76,6Al23,4. Toma-se ento, hnportante, assumir-se que os tomos de Ni podem

    estar em excesso e substituir stios de tomos de Al. fcil ver que, neste caso, as distores

    elsticas, devido a tomos extra de Ni so isotrpicas nos planos (111) e consequentemente, o

    defeito criado no pode dar origem a relaxaes anelasticas. Dessa forma, o conceito de um

    dipolo elstico, baseado em tomos extra de Al ou Ta, que substituem posies de Ni, parece

    o mais razovel para se interpretar o pico-AI apresentado neste trabalho. Resultados obtidos

    por outros pesquisadores (Chakib, 1993) no estudo de ligas N3AI, pelo mtodo de atrito

    intemo, mostraram que, para hgas de composies prximas da estequiometria, ocorreu um

    aumento da intensidade do pico de atrito interno (pico similar ao aqui apresentado) medida

    que o teor de Al aumentava naquelas hgas. No presente caso, considerando-se a liga binria

    somente, pode-se assumir que a concentrao atmica no deve ser uniforme ao longo de cada

    espcime. Algumas partes dos espcimes podem estar enriquecidas por tomos de Al,

    enquanto outras partes podem estar enriquecidas de tomos de Ni, e, assim, as partes

  • 115

    enriquecidas por Al seriam responsveis pelo pico-Al.

    Observa-se (Figuras IV.2.2 e IV.3.1) que a intensidade de relaxao aumenta com o

    aumento de temperatura. Tal comportamento no obedece a relao clssica de Curie-Weiss,

    que , gerabnente, satisfeita no caso de tenso induzindo relaxao. O aumento da amplitude

    de relaxao observado pode ser interpretado de outra forma, como sendo devido a um

    aumento da densidade dos defeitos que relaxam. Dessa forma, um aumento de temperatura

    poderia levar a um aumento da desordem e, consequentemente, probabilidade de se ter

    tomos de Al em sitios de tomos de Ni. De acordo com o modelo aqui proposto, a

    intensidade do pico aumentaria dessa forma.

    Observando-se os tempos de relaxao, pode-se observar que a temperatura do pico-

    Al ligeiramente mais b a k a aps a amostra sofrer deformao plstica. Isso pode ser devido a

    lacunas que foram criadas por deformao plstica e que podem ababcar o coeficiente de

    difiiso. O fato da entalpia de ativao do pico ser prxima do coeficiente de difiiso do Ni em

    N3AI no contraditria com o modelo aqui proposto , pois a reorientao de dipolos elsticos

    Al-Al requer difiiso dos tomos de Ni adjacentes. Por exemplo, na Figura V.4.b, a

    movimentao de tomos extra de Al da posio 1 para a posio 2 envolve difuso de tomos

    de Ni que estavam inicialmente na posio 2.

    Finalizando o presente item, pode-se dizer que o pico-Al est localizado numa faka de

    temperatura ligeiramente acima do pico de anomalia de limite elstico. Assumindo-se que o

    pico-Al esteja associado reordenao de dipolos elsticos, o mesmo deveria aparecer em

    fakas de temperatura onde mecanismos de controle por difuso so importantes. Isto significa

    que o fundo exponencial HTIFB est certamente ligado movimentao de discordncias,

    controladas por difiiso, uma vez que processos de escalagem (climb) assistidos por difuso

    foram detectados por outro pesquisador (Baluc, 1990). Se o pico se deve a reorientao de

    dipolos em planos do tipo (111), toma-se lgico imaginar que esses dipolos possam interagir

    com discordncias influenciando sua mobilidade. Por outro lado, as distores elsticas

    induzidas por tomos de Al, em planos tipo (001) , so isotrpicas. Naqueles planos, a

    interao de tais tomos de Al com discordncias deveria ser muito menor que nos planos tipo

    (111). Este fato pode explicar porque a movimentao de discordncias por escorregamento

    seria mais fcil em planos tipo (001) a altas temperaturas.

  • 116

    V .4.- E s t u d o do M d u l o de C i s a l h a m e n t o

    Os compostos intermethcos ordenados N3(A1,X) so materiais altamente

    anisotrpicos (Pope, 1984). De acordo com a teoria geral de elasticidade, o mdulo de

    cisalhamento ( G ) para cristais cbicos definido como sendo o coeficiente elstico C44

    (G=C44) e pelos clculos da teoria de shdos isotrpicos o fator de anisotropia A, para cristais

    cbicos, definido como A=2C^J(C^^-C^2)^ ^ ig"^^ ^ unidade ( A = l ) para materiais

    completamente isotrpicos.

    Os valores resultantes de G para amostras paralelepipedais, tendo eixo longitudinal

    ao longo da direo so apresentados na Figura IV.4 .1 . Aceita-se que nos materiais

    isotrpicos o mdulo de cisalhamento seja o mesmo para todas as direes cristalogrficas,

    mas tal afirmativa vUda apenas para materiais policristalinos, com gros pequenos, uma vez

    que os metais monocristaUnos, em geral, so materiais anisotrpicos. Pode-se observar na

    Figura IV.4 .1 , que as amostras apresentam diferentes mdulos de cisalhamento de acordo com

    as diferentes orientaes das amostras e que apresentam crescentes valores partido-se do ebco

    de amostra ao ebco . Uma gama de valores de G, variando conforme a orientao

    cristalogrfica seria intuhivamente esperado, devido alta anisotropia que os compostos

    intermethcos ordenados, do tipo N3AI, apresentam.

    O menor mdulo de cisalhamento foi medido nas amostras tendo ebco segundo a

    direo cristalogrfica . Isto pode ser exphcado pelo fato de que os testes de toro

    aphcam urna tenso de cisalhamento mxima, para estas amostras, nos planos tipo (111) que

    so os planos do sistema de escorregamento ativo para temperaturas ababco do pico de

    anomaha de Hmite elstico. Por outro lado, o maior mdulo de cisalhamento foi medido para

    amostras tendo orientao cristalogrfica ao longo da dh-eo e tambm uma tenso de

    cisalhamento mxhna aphcada em um plano do tipo (001). Esta afirmativa decorrncia da

    observao direta dos fatores de Schmid, mostrados no captulo III para cada tipo de

    orientao das amostras aqui usadas. Desta forma, o menor e o maior valor de mdulo de

    cisalhamento, medidos para os planos (111) e (001), respectivamente, esto de acordo com as

    observaes da hteratura sobre os dois sistemas de escorregamento e podem explicar porque

    as superdiscordncias se movem mais facihnente nos planos tipo (111). Quando o movimento

    destas superdiscordncias se t o m a mais difcil nos planos tipo (111), a tenso necessria para o

    movimento destas discordncias, aumenta o suficiente para ativar um segundo sistema de

  • 117

    escorregamento num plano tipo (001). Observa-se aqui que a direo de escorregamento

    [110], pertence a ambos os planos citados. Pode-se ainda observar que o mdulo de

    cisalhamento para amostras com orientao de eixo segundo dmiinui mais rapidamente

    que para amostras tendo eixo com orientao . Este fato contribui para uma mudana do

    sistema de escorregamento ativo quando uma amostra plasticamente deformada.

    De acordo com as chamadas ''regras de seleo" (Nowick e Berry, 1972:194), os

    cristais cbicos apresentam duas compliances que sofrem relaxao que so S44 e (S11-S12).

    Usando-se os valores de mdulo de cisalhamento mostrados na Figura IV.4 .1 , pode-se

    observar trs diferentes, mas inconsistentes relaes a partir da equao II.8, j apresentada no

    captulo 11. Atravs das trs expresses dos cossenos diretores (yi, y2, ya) entre o ebco das

    amostras e os trs ebcos cristahnos padres (equao 11.7) em conjunto com a equao 11.8

    para uma barra sujeita a vibraes sob toro, e considerando-se somente as direes de maior

    simetria, ou seja e , pode-se determinar os valores de S44 e ( S n - S n ) . A equao

    acima mencionada resuha nas expresses numricas V.3(a, b, c), onde as expresses (b) e (c)

    podem ser pioladas em lino da temperatura como mostrado na Figura V.5.

    G-' = S44 + 4 ( S -S,2 -I/2.S44) r (11.7) r = (Y.Y2)' + (Y2Y3)' + (Y3Y.)' (II.8)

    r = 0 r , , > = l / 3 (V.7a)

    g'' = S44 = (C44)"' (V.7b)

    g"' = 1/3 [S44 + 4 (S - S n ) ] (V.7c)

    O coeciente elstico C44 foi interpretado por Zener (Zener, 1955:35) como sendo a

    medida da resistncia deformao quando uma tenso de cisalhamento apcada a uma

    direo [010] de um plano (100). Os coeficientes Cu e C12 no tm a mesma mterpretao

    fsica simples, como C44, requerendo assim algumas combinaes lineares. Uma destas

    combmaes lineares a expresso (Cii-2Ci2)/3 que tem como interpretao fsica o mdulo

    de compressibidade que mede a resistncia deformao hidrosttica. Outra combinao

    near a expresso (Cii-Ci2)/2, que significa a resistncia deformao por cisalhamento na

    direo [110], no plano (110).

  • 118

    (0

    UJ

    eu

    c G

    o o

    L

    o c

    200

    Figura V.5.- Valores calculados das constantes elsticas C u , C12 e C44, bem como valores

    das constantes Ks, e do fator de anisotropia A, todos em funo da

    temperatura.

    Pode-se ver na Figura V.5 que o coeficiente C44 diminui mais rapidamente do que (Ci 1-

    C12) . Como conseqncia, o fator de anisotropia (A) aumenta em lino da temperatura,

    sugerindo que a mudana no sistema de escorregamento ativo ocorra devido ao aumento da

    diferena de propriedades mecnicas para diferentes orientaes cristalogrficas. Os valores

    dos fatores de anisotropia (A) tm sido relatados, temperatura ambiente, entre 3,02 a 3,30.

    Mazot (Mazot, 1992) estudou as constantes elsticas em uma liga monocristalina

    base de nquel (AMI) , usando diferentes orientaes cristalogrficas. Foram utilizadas

    reqncias de vibrao naturais em modo longitudinal e modo de vibrao por flexo, em uma

    gama de temperatura variando de (-80C) a (+1100C). Os valores de mdulo de Young (E),

    coeficiente de Poisson (v), e, consequentemente, os valores do mdulo de cisalhamento (G) e

    compliance (S), para as orientaes , e , confirmaram os elevados valores

    de anisotropia do material, como mostrado na Tabela V. 1.

  • 119

    Tabela V. 1.- Resultados Experimentais de E e V, como tambm valores de G

    orientao E (GPa) V G(GPa)

    129,50,05 0,408 124,8

    318,10,05 0,274 58,2

    226,70,5 0,5* 87,4*

    *- valor mdio calculado

    U m coeficiente de anisotropia (A) foi definido pelos mesmos autores como:

    / l = 2 ( S - S , , ) - S , , ( M P a ' )

    Foram tambm observadas pelos mesmos, experimentalmente, leis de variao

    parablicas do mdulo de cisalhamento e compHances em fimo da temperatura. Foram

    tambm calculados os valores de compUances, temperatura ambiente, como sendo : Sn =

    7,72x10"', S ,2 - -3 ,15x l0" \ S44 = 8,01x10"' eA= 13,73x10"', ou sejav4=2,71.

    Os valores do fator de anisotropia relatados por aqueles pesquisadores apresentam

    comportamento shnilar aos resuhados aqui apresentados, sendo que os valores de A,

    determinados neste trabalho, vo de 2,85, temperatura ambiente, a 3,35 a 1250K. A

    diferena entre os valores aqui apresentados e aqueles da hteratura pode ser atribuda

    diferena de composio qumica das ligas estudadas, bem como diferena entre mtodos de

    medida.

    Como resuhados secundrios os mesmos autores obtiveram espectros AI para cada

    uma destas orientaes. No entanto, os mesmos no comentam qualquer coisa sobre suas

    possveis origens. Nenhum pico foi achado para as orientaes e , mas dois picos

    foram observados para a orientao : um aproximadamente 200C ( -473K) , e outro a

    aproximadamente 680C (~953K) que, por coincidncia, aparece na mesma fabca de

    temperatura que o pico de atrito intemo detectado no presente trabalho.

    Levando-se em considerao a airmao geral de que o concerto de uma elasticidade

    isotrpica de um cristal uma idealizao e que os cristais reais so anisotrpicos. Reuss e

    Voigt (Hirth. 1968:417) defmem um fator de anisotropia H. no como uma razo mas como

    uma diferena entre a constante elstica para cristais cbicos, que zero para materiais

    isotrpicos. Os valores de mdulo de cisalhamento Grv , podem ser considerados como valores

    anisotrpicos que foram corrigidos pelo fator de anisotropia H.

  • 120

    H = 2 C 4 4 + ( C - C , 2 ) Grv=C44-(H/5)

    Tem sido considerado [(Shetty, 1981) e (Yoo, 1986)] que o principal efeito de

    anisotropia na energia de discordncias dado pelos fatores de energia K , e Ke, mostrados

    pelas equaes 11.5 e 11.6, do captulo 11. Observa-se que os fatores K , e Kg, mostrados

    ababco, substituem respectivamente o parmetro isotrpico ( G ) para os segmentos de

    discordncia em hhce e G / ( l - n ) para as discordncias em cunha. O fator K , substhui o

    tradicional mdulo de cisalhamento e assume que a anomalia de hmite elstico um

    mecanismo relacionado a discordncias e que o limite de escoamento dos mtermethcos

    ordenados controlado por discordncias em hhce. Os valores aqui calculados de Ks

    concordam com os valores apresentados na hteratura. Os resuhados apresentados por Yoo

    mostram o fator Ks, para compostos N3AI, variando de 70 GPa, temperatura ambiente, a

    50GPa a 1150K. Os valores de Ks calculados neste trabalho, so mostrados na Figura V.4 e

    estes variam entre de 64GPa temperatura ambiente, a 50GPa a 1200K.

    Finazando, a dvida sobre qual dos mtodos de clculo fornece o verdadeiro mdulo

    de cisalhamento pode ser encarada de duas maneiras. Enfocando-se a questo do ponto de

    vista macroscpico, sem se ter o menor conhecimento da existncia de defehos atmicos de

    qualquer forma, pode-se dizer que o mdulo de cisalhamento de materiais anisotrpicos, como

    o caso aqui estudado, varia segundo a orientao cristalogrfica, como no caso das medidas

    apresentadas na Figura IV.4 .1 . N o entanto, levando-se em considerao a existncia de

    defeitos atmicos, como discordncias, e partindo-se da premissa de que o mdulo de

    cisalhamento de um dado material a tenso necessria para se movhnentar discordncias

    nesse material, o mdulo de cisalhamento pode ser considerado como sendo um dos ou uma

    combinao dos fatores de energia K , ou Ke.

    ;rc.f

  • 121

    CONCLUSES Os espectros de atrito intemo obtidos para os dois espcimes, NisAlTa e N3Al-binrio,

    so compostos de um pico de relaxao que divide a faixa de temperatura estudada em dois

    regimes. N o regime a baixas temperaturas ( T < 8 0 0 K ) o atrito intemo mede a mobilidade de

    discordncis, que diminue rapidamente entre 4 5 0 e 6 0 0 K , o que est de acordo com a faixa

    onde a anomalia de limite elstico tem sido detectada. N a fabca de temperatura acima do pico

    de relaxao ( T > 1 1 0 0 K ) , um aumento exponencial do atrito intemo observado e isso reflete

    um aumento na mobilidade de discordancias a altas temperaturas.

    O pico de relaxao um pico muito prximo de um pico de Debye e termicamente

    ativado. Sua entalpia de ativao muito prxima da energia de migrao do Ni em N3AI. A

    interpretao mais razovel para este pico implica em fenmeno de relaxao atmica. Este

    pico provavelmente devido reorientao, induzida por tenso aplicada, de dipolos elsticos

    nos planos tipo ( 1 1 1 ) . A interao destes dipolos com discordncias pode ter significativa

    importncia na diferena de mobilidade que tm as discordncias nos planos octadricos ( 1 1 1 )

    quando comparados com os planos primrios ( 0 0 1 ) .

    O fator de energia Ks fomece imia aproximao do mdulo de cisalhamento de

    intermethcos ordenados N3AI, muito vlida quando se quer tratar de mecanismos de

    movimentao de discordncias e outros mecanismos relativos a discordncias, mas valores

    distmtos do mdulo de cisalhamento, para diferentes orientaes cristalogrficas, so mais

    significativos quando se trata de materiais ahamente anisotrpicos e se tem em vista uma

    caracterizao mais mecnica e macroscpica.

  • 1 2 2

    A N E X O - A

    Tenso Crtica Resolvida em Toro ^

    Em testes de monocristais, a tenso de cisalhamento aphcada deve ser resolvida,

    ou seja, apenas a tenso de cisalhamento aplicada no plano de escorregamento e na direo

    de escorregamento, produz uma fora de escorregamento em uma discordncia.

    Os clculos foram desenvolvidos considerando-se um cilindro sob esforos de

    toro pura, como apresentado na Fig. A . I . A escolha dos eixos indicada nesta figura

    onde x l , perpendicular ao eixo do espcimen x3 e normal ao plano de escorregamento

    x 3 ' . A direo de escorregamento x l 6 o ngulo entre x3 e x 3 ' e k o ngulo entre x l e

    x l ' .

    Figura A. 1.- Coordenadas para um monocristal cilindrico sob toro.

    N o presente clculo a deformao helicoidal foi considerada desprezvel e a tenso

    de cisalhamento crtica resolvida para esta situao dada pela projeo das duas tenses

    de cisalhamento e 023 no plano de escorregamento e na direo de escorregamento x l '.

    CT13' = CJo ( m i senv|/ + aiz cosv|;) = (7 m( f )

    onde ao= (2 P r/ p R ' ) = (015 + 02.^"^ a tenso de cisalhamento total aplicada e \|; o

    ngulo de toro.

    Os fatores mi e m2 podem ser obdos da Fig.A-2 abaixo. Escolhendo-se uma

    projeo estereogrfica padro normal ao plano de escorregamento e com a direo de

    escorregamento no polo norte, os dois fatores podem ser obtidos da projeo

  • 1 2 3

    estereogrfica, sobre a projeo do eixo do cilindro. Os valores absolutos mximos e

    mnimos de m(*F) so 1 quando 9 =0, ou seja, o plano de escorregamento normal ao eixo

    da amostra ensaiada.

    m 2

    Figura A - 2 . - Plotagem estereogrfica dos fatores de tenso de cisalhamento resolvida mi e

    m2.

    (1) -J.P.Hirth. J.Lothe: "Theory of Dislocations", ed. McGraw-Hill Inc.. USA. p.272-74. (1968).

  • 124

    APENDICE-B

    D E F O R M A O P O R T O R O

    Introduo

    B. 1.- Barras Circulares em Regimes Elsticos

    B. 2. - Mtodo de Saint- Venant

    B.3.- Resposta Elstica Linear e Resposta Plstica de Slidos Perfeitamente Elsticos

    R4.- Analogia da Membrana Elstica de Prandtl

    B. 5. - Barras de Seces No Circulares

    B. 5.1.-Barras Finas de Seces No Circulares

    B. 6. - Deformaes No Homogneas ao Longo de Barras

    Referncias

    Introduo

    A compreenso da deformao por toro de fundamental importncia para o

    presente estudo, mesmo no sendo este o objetivo deste trabalho, uma vez que tanto as pr-

    deformaes plsticas quanto nas medidas de atrito intemo em regime elstico, ocorrem sob

    toro.

    O tpico ''toro de barras" no que tange ao seu tratamento matemtico pode ser

    encontrado em vrias publicaes relativas ao tema Resitencia dos Materiais, e tem sido

    apresentadas em diferentes niveis de complexidade. Em geral, o problema de toro resolvido

    por meio de equaes da teoria elstica de materiais isotrpicos. As barras mais usuais em

    estudo sob esforo de toro so aqueles com seco circular homognea.

    As barras de seces no-circulares, tais como as de seco retangular usadas no

    presente estudo, exibem algumas complicaes adicionais. Dentre os mtodos mais conhecidos

    usados pra resolver o problema de toro em seces no circulares esto as solues pelo

    mtodo de sries e pelo mtodo semi-inverso de Saint-Venant, apresentado em 1855, em

    conjunto com a analogia da membrana elstica de Prandtl (1903).

    B . I - BARRAS DE SECO TRANSVERSAL CIRCULAR [(Dieter, 1988.18) e (Boresi, 1989)]

    Quando um cilindro slido com rea de seo transversal circular A e comprimento L

    (Figura B I ) est sujeito a um momento torsor, representado por um vetor T, aphcado parte

    no engastada da barra, um torque de equilbrio -T age na extremidade engastada, sendo

    ambos ao longo do eixo-z central, de modo que uma linha geratriz do cilindro (AB) tende a se

    deformar segundo uma curva helicoidal (AB') .

    Para pequenos deslocamentos, o torque T causa uma rotao em cada seo transversal

    de um corpo rgido em t o m o do eixo-z. Admite-se que uma quantidade de rotao P de uma

    determinada seo depende hnearmente (P = 0 z) de sua distncia do plano z =0.

  • - T A

    Posio indeformada do gerador

    T

    ^ ' 0 -Posio deformada do gerador

    B-

    i-Tenso Linear Tenses nSo lineares

    Deformao Linear

    T

    125

    Regio Elstica

    Regio Inelstica

    Figura B.I.- Barra com seo transversal circular fixa em uma das extremidades (z =0) e

    sujeita a um torque T em sua extremidade livre (z =L); (a) seo longitudinal,

    (b) seo transversal, (c) seo transversal quando submetida a deformao

    plstica.

    Uma vez que as sees transversais permanecem planas, a componente de

    deslocamento w (warp), paralela ao z-ebco, zero. As componentes de deslocamento u e v

    relacionadas (x,y), assumindo w =0, so dependentes da rotao P de cada seo transversal,

    como mostrado nas equaes (B. l . a , b).

    u = -yP, v = x p (B . l . a )

    u = -yze, v = xze (B. l .b)

    Considerando-se a teoria de tenso-deformao da elasticidade linear e as equaes

    (B. I . a, b) obtem-se as componentes da tenso e deformao que agem no cilindro, dadas

    pelas equaes (B.2.(a), (b) e (c)), onde G o mdulo de cisalhamento isotrpico.

    de fo rmao t enso

    EXX Eyv = EzZ = EXV = 0 C x x = CTw = Ozz ^ CTXV 0

    2 S z x - Y z x = -ey a z x = -eGy 2Szy = Yzv = 0 X azv = 6 G X

    (B.2.a)

    (B.2.b)

    (B.2 .C)

    Uma somatria dos momentos em relao ao eixo-z, resultante das tenses em uma de

    rea dA do cilindro, resulta na equao B.3 . Esta equao relaciona a toro angular O por

    unidade de comprimento da barra sujeita a um torque aplicado T, onde J o momento de

    inrcia polar, relativa a seu eixo central z.

    e = T / G J , J = (Tb'*) / 2 .(B.3)

    As equaes (B.2.(a), (b) e (c)) indicam que CT^ e CT^ independentes de z, ento a

    distribuio de tenses a mesma para todas as sees transversais. Assim, o vetor tenso de

  • 126

    B . 2 -MTODO SEMI-INVERSO DE SAINT-VENANT [(Boresi, 1985)e(Kal inszky, 1989)]

    De acordo com o principio de St-Venant, a distribuio de tenso em sees

    suficientemente distantes de ambas as extremidades, depende principalmente da magnitude de

    T e no da distribuio de tenso em ambas extremidades. Assim, para barras suficientemente

    longas, sob toro, a distribuio de tenso nas extremidades no afeta a distribuio de tenso

    em grande parte da barra. Um barra com uma seo transversal uniforme de forma genrica,

    sujeita a toro, mostrado na fig.B.II onde trs eixos ortogonais genricos (x,y,z) so

    mostrados. Qualquer tipo de distribuio de tenses nas em suas extremidades pode p roduza

    um torque T.

    O mtodo semi-inverso de St-Venant comea por uma aproximao dos deslocamentos

    (u,v,w) baseado em mudanas geomtricas observadas numa barra deformada sob toro

    devido ao torque T. Admite-se que toda barra de toro, com seo transversal constante em

    relao ao eixo z, tem um eixo de toro onde cada seo transversal gira aproximadamente

    como um corpo rgido. Considerando um ponto P (Fig.B.II), com coordenadas (x,y,z) na barra

    no-deformada, e o mesmo ponto P' sob deformao. Os deslocamentos (u,v,w), onde w ^0,

    relacionados aos eixos x, y e z respectivamente, e P gira de um ngulo P em relao seo

    transversal na origem. Admite-se para pequenos deslocamentos que ( P = 0 z ) , onde 9 ngulo

    de toro por unidade de comprimento e as componentes de deslocamento podem ser obtidas

    das equaes (B.6), onde V}/(x, y) a fimo de ' V a / p / w ^ ' que pode ser determinada de tal

    modo que as equaes de elasticidade e suas condies esto satisfeitas.

    u = - y z 9 , v = x z 9 , w = 0V | / ( x , y) (B 6)

    Para pequenos deslocamentos as relaes (B.7.a, b e c) do o estado de deformao em

    um ponto genrico na barra sob toro.

    e x x = eyy = 8zz = Exy = O (B.7.a)

    28^x = Yzx = e {{^i> I dx) - y)} (B.7 b)

    28zy = Yzy = 9 {(5v|/ / Oy + x)} (B.7.c)

    cisalhamento % para qualquer ponto P em uma seo transversal determinado pelas equaes

    (B.4.a, b). N a mesma relao pode ser verificado que a mxima tenso de cisalhamento Xm

    acontece para r = b ( r e o rio de seo atravessado), de outra forma, a tenso de cisalhamento

    mxima acontece nas fibras mais extemas da seo transversal circular. Substituindo (B.3) em

    (B.4.b) resulta na equao (B.5) que relaciona as magnitudes de x e T.

    T = - e G y + 0 G x j (B.4.a)

    l T l = e G ( y ^ + xY'' =eGr (B.4.b)

    I O = T r / J (B.5)

    Em resumo, para barras de seo transversal circular, sujehas a toro, cada seo

    transversal do barra permanece plana, em outras palavras, apresenta estados planos de

    deformao e tenso. Porm, pode-se ver na Figura B.I.c que a forma da curva de tenso-

    deformao na regio elstica pode ser admitida como tendo uma relao linear, mas na regio

    de plstica a linearidade entre tenso e deformao raramente observada.

  • 127

    Figura B.II.- (a)- barra sob toro com seo transversal uniforme e forma genrica.

    (b)- vista genrica da seo transversal da barra sob toro. (Boresi, 1985)

    Diferenciando parcialmente as equaes para e yzy em relao a y e x

    respectivamente, e subtraindo as equaes resultantes dessas derivaes, a lino warping

    pode ser eliminada, resultando na relao (B.8).

    &1zxldy -dy^y/x = -2Q .(B.8)

    Desta forma, se o problema de toro formulado em termos de (y^^ , dj^^X a

    equao acima uma condio geomtrica a ser satisfeita em problemas de toro.

    ' y no presente traballio usada como engineering shear strain, a qual o dobro da chamda true shear strain 8

  • 128

    Para membros de materiais isotrpicos, sob toro, relaes tenso-deformao tanto

    para condies elsticas como para no-elsticas podem ser dadas pela equao (B .9).

    Levando-se em conta que e DZY no so nulas, e se as foras e aceleraes sobre o corpo

    podem ser desprezadas, as equaes de elasticidade e as condies de equilbrio so satisfeitas

    para um membro sob toro. Tais condies de equilbrio expressam condies necessrias e

    suficientes para a existncia de uma funo de tenso (|>(x,y), tambm chamada de Funo de

    Tenso de Prandtl (mais detalties sero apresentados em B.4) dada pela equao (B. lO.a, b).

    a = (( l . /y) (B . lO.a)

    o^ = -{^ldx) (B . lO.b)

    Visando-se a obteno de tal funo de tenso para cada carregamento, pode-se

    assumir algumas condie s de contorno para cada membro sob toro, tal como: ter seco

    uniforme que no varia ao longo do eixo z; ser feito de material isotrpico e o carregamento

    resukar em pequenas deformaes.

    Uma vez que a superfcie lateral de um mbreo sob toro est livre de tenses normais

    aphcadas, as duas componentes de tenso de cisalhamento ( C T ^ e CTZY) podem ser escritas em

    termos de T o qual zero na direo normal em relao ao contorno da sua seco transversal.

    Este fato resulta numa fimo tenso (j) constante em tal contorno da seco transversal.

    Uma vez que as tenses so dadas pelas derivadas parciais de (|), e assumindo que esta

    cosntante zero, pode-se concluir que a tenso de cisalhamento T em qualquer ponto da

    seco transversal tangente a curva (j).

    Tomando-se as duas componentes da tenso de cisalhamento agindo sobre um

    elemento da seco transversal (Figura B.II.b) tendo lados dx, dy e ds (onde ds um elemento

    na superfcie) e assumindo esta superficie em contato com o contorno da seco transversal,

    resulta em (j)=0 no contorno ds do elemento. Tal argumento pode ser usado para mostrar que

    a tenso de cisalhamento T, cuja intensidade pode ser dada por (B. 11) em qualquer ponto da

    seco transversal, tangente a curva (j) que por sua vez constante.

    X = ({S5j^{C5^fr ( B . l l )

    Desta forma, a funo tenso (j) pode ser considerada como representando uma

    superficie em t o m o da seco transversal do membro sob toro. Assim, pode-se provar

    matematicamente que o torque igual do dobro do volume entre a lino tenso e o plano da

    seco transversal, como mostrado pela equao (B .12).

    T=2\\(t>dxdy (B .12)

    Visando-se melhor entender os comportamentos elsticos e plsticos de eixos, as

    respostas dos materiais tem sido classificada em dois tipos principais: resposta elsticamente

    linear e resposta plstica de slidos perfeitamente elsticos.

  • 129

    -Resposta Plstica de Slidos Perfeitamente Elsticos

    U m slido perfeitamente elstico apresenta um diagrama tenso versus deformao por

    cisalhamento achatado no seu ponto de escoamento por cisalhamento Xy. Considando um

    membro sob toro feito de um material perfeitamente elstico. A medida que o torque

    gradualmente aumentado, o escoamento comea em um ou mais pontos do contorno da seco

    transversal deste membro e aumenta no sentido de se interiorizar a medida que o torque

    aumenta. Finalmente, toda a seo transversal se t o m a plstica para um torque limite. Neste

    torque limite, a tenso de cisalhamento resultante T =Ty em cada ponto da seco

    transversal. Como as equaes B.lO.a e B.lO.b so vlidas tanto para regies plsticas como

    elsticas, pode-se obter pela equao B.16, a qual determina a fijno tenso (|)(x, y) para um

    dado membro sob toro sob condies totalmente plsticas.

    (^zf + i%f = (5 / + ^* / = (-Cv)' (B.16)

    Considere o problema de constmir a funo tenso (f) para uma seco transversal

    quadrada de lado 2a, como mostrado na Figura B.l l l . Em um dado ponto P, a tenso de

    cisalhamento resultante l y e dirigida ao longo de uma curva de contorno de constante (|); o

    B . 3 . - RESPOSTA ELSTICA LINEAR E RESPOSTA PLSTICA DE SLIDOS PERFEITAMENTE

    ELSTICOS

    -Resposta Linear Elstica KBores l 1985) e (Kalinszky, 1989)]

    A resposta elstica linear leva a urna soluo elstica linear do problema de toro,

    enquanto que uma resposta plstic a de um slido perfeitamente plstico leva a solues

    totalmente plsticas de barras sujeitas a toro, para as quais a totalidade da seco transversal

    se deforma plsticamente.

    Solues elsticas lineares de problemas de toro apresentam relaes tenso-

    deformao em um material isotrpico, dada pela lei de Hooke , o que resulta nas equaes

    (B .13 .a ,b , c).

    a = (a(|)/ay) = G y (B. lS .a)

    cT^ = - (5 ( |> /5x) = G y 2 y (B. lS .b)

    / ay^ + a (j> / x^ = - 2 G 0 (B .13.c)

    Substituindo-se (B.12) em (B.8) resulta em uma relao (B.14), onde se especifica o

    ngulo unitrio de toro 0 para um dado membro sob toro, e

  • 130

    valor da funo tenso (j) em um ponto P igual a Ty multiplicado por sua distncia

    perpendicular ao contorno mais prximo. Assim, a funo tenso, para uma seco transversal

    quadrada uma pirmide de altura (Ty * a ) .

    O torque para total deformao plstica ( T p ) para a seco quadrada pode ser obtido

    por meio de B.12, a qual indica que o torque igual ao dobro do volume sob a lino tenso.

    Desta forma, para a pirmide exemplificada na Figura B.III, o valor do torque para total

    deformao plstica (S/SXya"*).

    Contorno (() = o

    Curva de contorno

    j de constante ^

    Figura B.III.- Superfcie de uma fimo de tenso para uma seco transversal deformada

    totalmente plasticmanete: (a) vista superior; (b) vista lateral (Boresi, 1985).

    B.4- ANALOGIA DA MEMBRANA ELSTICA DE PRANDTL (Boresi, 1987)

    A analogia da mebrana elstica baseada na equivalncia de uma equao de toro

    tomando-se o deslocamento lateral de uma membrana elstica sujeita a uma presso lateral

    devido a uma tenso inicial, em termos de fora por unidade de comprimento.

    A equao que define o pequeno deslocamento de uma membrana elstica plana, sujeita

    a presso lateral, idntica, em sua forma matemtica, a fimo tenso B.13 .C. A funo

    deslocamento de uma membrana matematicamente equivalente a um funo tenso, uma vez

    que a forma de contorno da membrana idntica a forma de contorno da seco transversal do

    membro sob toro. Tomando-se uma abertura que tem a mesma forma que a seco

    transversal do membro sob toro investigado. Cobrindo-se tal abertura com uma membrana

    elstica homognea (e.g. filme de sabo) e aplicando-se uma presso a um dos lados da

    membrana, faz-se com que a membrana se curve. Se a inclinao da superficie da membrana

    suficientemente pequeno, pode-se mostrar que o deslocamento lateral da membrana e a funo

    tenso (|)(x, y) satistazem a mesma equao matemtica em (x,y). O deslocamento lateral de

    uma membrana elstica (z), sujeita a uma presso lateral p (fora por unidade de rea) e uma

    tenso inicial S (fora por unidade de comprimento), mostrada pela equao B.17.

    d\ / ay^ + a-z / x- = - p / S .(B.17)

    A Figura B.IV exemplifica tal membrana. Para pequenos deslocamentos (sen a * t g a ) .

  • 131

    ento a soma da fora na direo vertical alcana um equilbrio para o elemento da membrana

    (dx dy) , dado pela equao B. 18.

    Sa'z / dy^ dx dy + d \ I dx^ dx dy + p dx dy = O ( B I S )

    Figura B.IV.- Analogia da Membrana Elstica: (a)- vista plana; (b)- vista de topo.

    Urna comparao anloga de (B.13.c) e (B.17) resulta na equao (B.19), onde c

    uma constante de proporcionalidade.

    z = c

    p / S = c 2 G 0

    (|) = 2 G e S z / p (B.19)

    Da equao acima, o deslocamento da membrana z proporcional a funo tenso de

    Prandtl

  • 132

    - Barras Finas de Seccoes Nao-Circulares [(Boresi, 1985 e 1987) (Kalinszky, 1989)]

    Para tais seces retangulares possvel o uso da analogia da membrana elstica para

    se obter a soluo para o torque e tenses e deformaes por cisalhamento mximas, quando

    esta submetida a carregamento sob toro.

    Considere a barra de seco transversal retangular uniforme, como mostrado na Figura

    B.V.(a) , onde a largura de 2a e a espessura 2 b , tal que b a.

    A membrana associada mostrada na Figura B.V.(b), e exceto para regies prximas a

    x= b , a deflexo da membrana aproximadamente independente de x. Desta forma,

    assumindo-se que a deflexo da membrana independente de x, e que a deflexo com relao

    a y parablica, o deslocamento da membrana dado, aproximadamente, pela equao

    (B.20), onde za. mxima deflexo desta membrana.

    z = Z o l l - ( y /a )^ ] .(B.20)

    A equao acima satisfaz a condio z = O no con tomo y= a. Se (p /S) constante na

    equao (B.17), o parmetro Zo pode ser slecionado de tal forma que a equao (B.20)

    representa uma soluo da equao (B.17). Derivando (B.20) encontra-se (B.21); por meio

    das equaes (B.21) , (B.17) e (B.19), pode-se escrever (B.21) e tambm se rescrever (B.20)

    como (B.22.a, b).

    5 ' z / a y ' + a ' z / 5 x ' = - 2 z / a ' .(B.21)

    -2z/a^ = - 2 c G e

  • 133

    Por meio da equao (B.IO), a derivada de (B.22) resulta na relao (B.23.a), onde o

    mximo valor de tenso de cisalhemento CT dado por (B.23.b), para um dado valor de

    torque aphcado por (B.23.c), e a tenso de cisalhamento

  • 134

    Tabela B I - Os coeficientes ki e para diferentes dimenses de sees retangulares

    b / a 1.00 1.50 1.75 2 . 0 0 2 . 5 0 3 . 0 0 4 . 0 0 6 8 1 0 00

    k, 0 . 2 0 8 0 . 2 3 1 0 . 2 3 9 0 . 2 4 6 0 . 2 5 8 0 . 2 6 7 0 . 2 8 2 0 . 2 9 9 0 . 3 0 7 0 . 3 1 3 0 . 3 3 3

    k2 0 . 1 4 1 0 . 1 9 6 0 . 2 1 4 0 . 2 2 9 0 . 2 4 9 0 . 2 6 3 0 . 2 8 1 0 . 2 9 9 0 . 3 0 7 0 . 3 1 3 0 . 3 3 3

    (Timoshenko, 1963)

    O torque para total deformao plstica Tp e o mximo torque elstico Ty so

    comparados para algumas seces transversais e listados na Tabela (B.2). Pode-se ver que o

    torque para deformaes plsticas , como esperado intuitivamente, maior do que o torque

    para deformao elstica, quando uma barra de seco fina e uma no-fina so comparadas, e

    para barras finas T y e 9y so dependentes de ambas as dimenses aeb.

    Seco Transversal Torque Elstico Mximo (Tv) e Angulo Unitrio de Toro (Ov)

    Torque para Total Deformao Plstica (Tp)

    Relao Tp/Ty

    Quadrado Lados = 2a

    TY = 1.664 Ty a' eY = (1.475 T ^ ^ ) / ( 2 G a )

    8/3 Ty a 1.605

    Retnsulo (2b > 2a)

    b/a = 2

    TY = 3 . 9 3 6 T y a '

    e Y = 1.074 T v / ( 2 G a )

    20/3 Ty a 1.69

    b/a = 00 TY = 8 / 3 T y b a ^

    eY = T , / ( 2 G a ) 4 Ty b a 1.50

    Circular raio = a

    TY = 7t/2 Ty

    0Y = Tv aV (Ga) 2/3 71 Ty a' 1.33

    Ty=> tenso de escoamento por cisalhamento

    B . 6 - DEFORMAES HETEROGNEAS AO LONGO DE BARRAS ENGASTADAS

    [(Kalinszky, 1989) e (Boresi, 1985)]

    Considera-se um membro sob toro tendo seco transversal retangular com as

    dimenses mostradas na Figura B.VI.a, a qual corresponde a condio sem carregamento, e

    uma membrana estendida sobre esta seco, tendo deflexo nula. Quando um pequeno torque

    aplicado barra, os contomsos desta membrana devem ser descritos pela Figura B.VI.b. As

    maiores tenses devem ser nos pontos A, mas a tenso de cisalhemento sendo menor do que a

    tenso de escoamento.

    Aumentado-se a tenso sob a membrana, ter-se- que a bolha sob a membrana ser

    inflada, e assim tem-se um efeito semelhante a um toro adicional a barra. A mudana de

    volume sob a membrana representa o aumento no torque requerido para dar ao eixo a toro

    extra, e a mudana na inclinao da mesma no ponto A (Figura B.VI.c), indica a adio

    mxima tenso. Se a tenso emA menor do que a tenso de escoamento, pode-se ter certeza

    de que todas as fibras esto em regime elstico (Figura B.VI.c).

    Aphcando-se um novo incremento a toro pode-se atingir uma deformao tal que em

    reas prximas de A atingem o Ihnite elstico. As regies plsticas, so mostradas pelas reas

    sombreadas na Figura B.IV.e, onde a tenso mostrada na Figura B.VI.d. Tal tenso de

    cisalhamento constante na regio e paralela aresta. A membrana no mais d uma correta

    representao da tenso na regio plstica. Uma vez que a tenso constante, a mxima

  • 135

    inclinao, que forma um ngulo reto com a tenso, normal aresta. A membrana, para a

    regio plstica, portanto um plano com inclinao crescente a partir da aresta. A membrana,

    na regio elstica tem ainda um formato curvo de uma bolha. Com um aumento da toro, as

    regies em B tambm sofrero deformao plstica e os contornos sero como mostrado na

    Figura B.VI.e.

    Visando construir tal membrana e determinar os contornos da regio plstica, pode-se

    erigir sobre a membrana, um conjunto de superfcies planas que iro conter a membrana. Isto

    pode ser feito erigindo-se um teto sobre a membrana (Figura B.VI.e) , onde a incUnao deste

    teto (seco B-B e A-A) corresponde tenso de escoamento. Quando as tenses so baixas

    as tenses a membrana no toca o teto e assim no participa da distribuio de tenses. N o

    entanto, quando a tenso tal que o escoamento plstico ocorre, o te to ir hmitar a membrana

    em reas onde a tenso tenha alcanado o hmite de escoamento. Quando o torque resulta em

    total deformao plstica, a membrana comprimida contra todos os pontos desse teto.

    i (6)

    XY em todos os pontos

    Corte A-A Corte A-A

    Figure B.VI.- Analogia com membrana na regio plstica, (a) seco de uma barra no

    carregada, (b) contorno da membrana para tenses elsticas, (c) micio de

    regies plsticas em A, (d) tenses em regies plsticas, (e) contornos para regies pacialmente plsticas, (f) te to hmitante. (Kalinszky, 1989)

    A deformao por toro de uma barra paralelepipedica engastada no homognea ao

    longo de sua direo longitudinal (z) da amostra, e nem ao longo de sua seco transversal.

    Como j mencionado em (B. I ) , o ngulo de rotao 9 de uma dada seco depender de sua

    distncia a esta extremidade (P= 9 z), onde P o ngulo indicado na Figura B.II. Quando a tenso permanece no domnio elstico, a deformao ao longodo eixo da barra, ou

    warp, pode ser desprezado e a toro pode ser considerada como cisalhamento puro com

    componentes CT^^ e perpendiculares. Nes te caso, cada seco transversal submetida a um

    estado duplo de deformao e a seco transversal permanece plana. A tenso de cisalhamento

    mxima pode ser decomposta em duas componentes, chamadas tenses principais e geralmente

    definidas na literatura como CTj e a , , uma a 45 no sentido anti-horrio, comprimindo um

    elemento mtemo da barra, e a outra a 45, mas no sentido horrio, tensionando o mesmo

    elemento.

  • 136

    Referncias

    BALL, J.; GOTTSTEIN, G. Large strain deformation of NisAl + B : Part. I I microstructure

    and texture evolution during rolling. Intermetallics. v. I, p . 171-185, 1993.

    BALL, J.; GOTTSTEIN, G. Large strain deformation of NisAl + B: Part. I l l microstructure

    and texture evolution during recrystallization. Intermetallics. v . l , p . 171-185, 1993.

    BALUC, N. Contribution l'Etude des Dfauts et de la Plasticit d'un Compos

    Intermetallique Ordonn: NisAl, 1990. Tese n. 886 (Dou to ramen to ) , EPFL - Suisse.

    BALUC, N. ; SHAUBLIN, R.; HEMKER, K.J. Methods for determimng precise values

    antiphase-boundary energies in NisAI. PML Mag. Let., v.64, n .5 , p . 327-334, 1991.

    BALUC, N. ; KARNTHALER, H.P.; MILLS , M.J. T E M observation of the fourfold

    dissociation of superlattice dislocations and the determination of the fauh energies in

    NijAl (Al, Ta) . Phil Mag. A., v.64, n . l , p .137-150, 1991.

    BASINSKI, Z.S. ThermaUy activated ghde in FCC metals and hs apphcation to the theory of

    strain hardenmg. PhiL Mag. Ser. n.8, v.4, PI.56, p .393-432, 1958.

    BAUR, J.; KULIK, A. Apphcation of signal analysis to mtemal iriction measurements. / .

    Physique, v.44, p .C9-357-361, D e c , 1983.

    BENOIT, W.; G R E M A U D , G.; SCHALLER, R. Plastic Deformation of Amorphous and

    Semi-Crystalline Materials, Paris: B. Escaig and G.'seU, Les Editions de Physique,

    1982, p . 6 5 - 9 1 .

    BENOIT, W.; MARTIN, J.L. Mthodes d'identification des mcanismes de deformation

    plastique des cristaux. Helv. Phys. Acta, v.58, p .484-486, 1985.

    BOLLMANN, W. Crystal defects and crystalline interfaces. Berlhn: Springer-Verlag, 1970,

    p.124-128.

    BORDONI, P.G. RicercaScient. v . l 9 , 1949, p .851-862.

    BORESI, A.P.; S IDEBOTTOM, O.M. Advanced Mechanics of Materials. London, John

    Whey & Sons, 1985, p.226-272.

    BORESI, A.P.; C H O N G , K.P. Elasticity in Engeneering Mechanics, N e w York, Elsevier

    Science Pub., 1987, p.527-610.

  • 137

    C A G N O N , M. Dislocations et Deformation Plastique, ch.2 - Tremodynamique de la

    Deformation et Essais Mcaniques, Thorie de V activation Thermique. Ecole d't

    d'Yravals, Sept. 1979, sous la direction de P.Groh. L..P.Kubin et J.-L. Martin, dite

    par "Les Editions de Physique".

    CAHN, R.W.; S IEMERS, P. A.; GEIGER, J.E.; B A R D H A N , P. The order-disorder

    transformation in NisAl and NisAl-Fe aUoys-i. determination of the transition

    temperatures and the- relation to ductihty. Acta MetalL, v .35, n . l l , p .2737-2751,

    1987.

    CAHN, R.W.; S IEMERS, P . A.; HALL, E.L. The order-disorder transformation m NijAl and

    NisAl-Fe aUoys-II. Phase transformations and micro structures. Acta MetalL, v .35,

    n . l l , p . 2753-2764, 1987.

    CALLEN, H.B. Thermodynamics, N e w York: John WUey, 1960, p-213-237.

    CHAKIB, K., Etude par frottement interne haute temperature de composes

    intermetalliques et de superalliages base nickel. 1993. Ph .D. Thesis- Universit de

    Poitiers.

    DIETER, G.E. Mechanical Metallurgy. United King: McGraw-Hill , 1988.

    DIMIDUK, D.M. Strengthening by substitutional solutes and the temperature dependence

    of the flow stress in NijAl, 1989. PhD. Thesis, Wright Research & Development

    Center, Materials Laboratory.

    E N T W I S T L E , K. M. The internal friction of metals. Met Review, v.l, n.26, p . 175-239, 1962.

    ESCHER, C ; GOTTSTEIN, G. Investigation into the nucleation process of recrystaUization in

    cold roUed boron doped NijAl. Mater. ScL Forum, v. 157-162, p.945-952, 1994.

    EZZ, S.; POPE D. P.; PAIDAR, V. Acta MetalL v.30, p.921-926, 1982.

    F L E M I N G S , M. C. Solidification Processing, McGraw-HiU, N e w York, 1974.

    FLINN, P.A., Trans. TMS-AIME, v .218, p.145-154, 1960.

    FRIEDEL, J. Dislocations. N e w York: Pergamon Press, 1964, p .357-360.

    FRIDEL, J. Electron theoretical fundamentals in order disorder transformations of metaUic

    aUoys. In; INTERNATIONAL S Y M P O S I U M ON ORDER-DISORDER

    T R A N S F O R M A T I O N S IN ALLOYS, Sept., 1973, Tubingen, Germany.

    Proceedings...BeT]m: Sprmg-Verlag, 1974.

    FORDE, P.T. Tantalum in superaUoys. Adv. Mater. Process, n.4, 1996.

  • 138

    G A D A U D , P.; CHAKIB, K. High temperature mtemal friction measurements m y ' - NisAl.

    Mater. ScL Forum, v . l 19-121, p. 397-400, 1993 .

    GADAUD, P.; W O I R G A R D , J.; M A Z O T , P.; D E M E N E T , J.L.; FOUQUET, J. Intemal

    friction o f the high temperature dislocation mobihty in Si single crystals. J. Physique.

    n . l 2 , P.C8-101-106, 1987.

    G A D A U D , P.; GUISOLAN, B . ; KULIK, A.; SCHALLER, R. Apparatus for big-temperature

    intemal friction differential measurements, Rev. Sci. Instrum. 61(10), p.2670-2675,

    1990.

    G E O R G E , E.P.; LIU, C.T.; P O P E , D.P. Mechanical behavior o f NijAl: effects of environment,

    strain rate, temperature and boron doping. Acta Mater., v.44, n .5 , p . 1757-1763, 1996.

    G R E M A U D , G. The hysteretic dampmg mechanisms related to dislocation motion. J.

    Physique, n . l 2 , p .C8-15-29, 1987.

    H A M , R . K . ; SHARPE, N.G. PhiL Mag. 6, p . 1193, 1961.

    HANCOCK, G.F. DiSiision of Nickel in AUoys Based on the IntermetaUic Compound

    Ni3Al(Y'). Phys. Stat SoL(a), v.7, p.535-540, 1971.

    HE, Z.; CHATURVEDI , M.C. A study of the asymmetry in intensity of the side-band around a

    (200) x-ray diffraction peak in a Ni-Ge aUoy. Scripta MetalL Mater., v.27, p . 247-251 ,

    1992.

    HEREDIA, F.E.; POPE, D.P. Effect of boron additions on the ductility and fracture behavior

    of NiaAl smgle crystals. Acta MetalL Mater., v. 39, n.8, p . 2017-2026, 1991.

    HEREDIA, F.E.; POPE, D.P. The plastic flow of binary NiaAl smgle crystals. Acta MetalL

    Mater., v. 39, n .8, p . 2027-2036, 1991.

    H E R M A N N , W.; SOCKEL, H.G. Investigation of the high-temperature damping of the nickel-

    base superaUoy CMSX-4 m the kHz-Range. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM

    ON M3D I l l -MECHANICS A N D M E C H A N I S M S OF MATERIAL DAMPING.

    H E R M A N N , W.; V O R T , TH. , SOCKEL, H.G. , Intemal friction m nickel-base superaUoys in

    the kHz-range at temperature between 20 and 1250C. In: 11th ICIFUAS, Pohiers,

    France, 1996.

    HIRSCH, P.B.; HOWIE, A.; N I C H O L S O N , R.; PASHLEY, D.W.; WHELAN, M.J.. Electron

    Microscopy of Thin Crystals, Krieger Pubhc. Co. , USA, p . 148-155, 1977.

    HIRSCH, P.B. Kear-WUdorf locks, jogs and the formation of antiphase-boundary tubes in

    NijAl. PhiL Mag. A, v.74, p.1019-1040, 1996.

  • 139

    fflRSCH, P.B. PhiL Mag. A, v .65, p .569, 1992.

    fflRSCHER, M.; SCWEIZER, E.; WELLER, M.; K R O N M L L E R , H. Intemal friction in

    NiAl crystals. PhiL Let, v. 74, n .3 , p . 189-194, 1996.

    H I R T H , J.P.; L O T H E , J., Theory of Dislocations. USA: McGraw-HiU, 1968.

    H O R T O N , J.A.; BAKER, I.; Y O O , M.H. Slip-plane disordering in stoichiometric N3AI. PhiL

    Mag. A, V .63 , n.2, p . 319-335, 1991.

    H U N T I N G T O N , H .B . CrystaUine Elasticity. In: Microplasticity, N e w York: John Wiley, p . l -

    15, 1968.

    KALISZKY, S. Plasticity- Theory and Engineering Applications, N e w York, Elsevier

    Science Pub., 1989, p .143-163.

    KEAR, B.H.; GIAMEI, A.F.; L E V E R A N T , G.R.; OBLAK, J .M. On mtrinsic/extrinsic

    stacking fauh pairs in the L I 2 lattice. Scripta MetalL, v .3 , p .123-130, 1969.

    KEAR, B.H.; GIAMEI, A.F.; L E V E R A N T , G.R.; OBLAK, J .M. Viscous shp in the L I 2

    lattice. Scripta MetalL, v .3 , p .455-460, 1969.

    KEAR, B.H.; WILSDORF, H.G.F. Trans. TMS-AIME. v.224, p .382-386, 1962.

    K H A C H A T U R Y A N , A.G.; M O R R I S Jr., J.W. A possibihty of experimental determmation of

    nonequihbriimi free energy of an ordered aUoy. Acta MetalL Mater., v.24, p.391-394,

    1990.

    K H A N T A , M.; CSERTl , J.C.; VITEK, V. Acta MetalL Mater., v. 27 , p . 4 8 1 , 1992.

    KHONIK, V.A.; SPIVAK, L.V. On the nature of low temperature intemal friction peaks in

    metaUic glasses, ^ c t o Mater . . v.44, n . l , p -367-381 , 1996.

    KORNER, A.; Weak-beam study on superlattice dislocations moving on cube planes in N3

    (Al, Ti) deformed at room temperature. PhiL Mag. A., v .58 , n .3 , p . 507-522, 1988.

    KORNER, A. Weak-beam study on superlattice dislocations in N3 Al ahoy m the temperature

    range of the flow stress anomaly. . PhiL Mag. Let, v.59, n . l , p . 1-7, 1989.

    KORNER, A.; KARNTHLER, H.P. ; HITZENBERGER, C. Transmission electron microscopy

    study of cross-shp and of Kear-Wildorf locks in L I 2 ordered N3Fe. PhiL Mag. A.,

    V . 56 , n . l , p . 7 3 - 8 8 , 1987.

    KURZ, W.; FISHER, D.J. Fundamentals of Solidification, Trans Tech Pubhcations Ltd.,

    Switzerland, 1992, p.45-90.

    LAKKI, A. Mechanical spectroscopy of fine-grained zirconia, alumina and silicon nitride.

    Lausanne, Sua: 1994. Tese (Doutoramento) - EPFL, p .57-63 .

  • 140

    LOPEZ, J.A.; H A N C O C K , G.F. Phys. Stat. SoL (a), v.2, p .467-479, 1970.

    M A Z O T , P. ; F O U Q U E T , J. Mem. Et. Reveu de Mtallurgie, n .3 , p . 165-170, 1992.

    MEHL, M.J.; KELIN, B.M.; P A P A C O N S T A N T O P O U L O S , D.A. First-principles calculation

    of elastic properties. In: Intermetallics Compounds. N e w York: John Wiley, v. 12,

    1994, p . 195-210.

    M E Y E R S , M. A.; CHAWLA, K. K. Mechanical metallurgy - principles and applications,

    N e w Jersey: Prentice-HaU.

    MULLER, D.A.; SUBRAMANIAN, S.; B A T S O N , P.E.; SASS, S.L.; SILCOX, J. Near

    atomic scale studies of electronic structure at grain boundaries in NisAl. . Phys. Rev.

    Let. , V . 7 5 , n.26, p . 4744-4747, 1995.

    N A K A M U R A , M. Elastic Properties. In: Intermetallics Compounds. N e w York: John Wiley,

    v . l , 1994, p . 873-893.

    NASH, P.; S INGLETON, M. F.; MURRAY, J.I. Phase diagrams of binary nickel alloys,

    Ohio, Metals Park: American Society for Metals P u b l , 1991, p .3 -11 .

    N E M B A C H , E.; N E I T E , G. Progr. Mater. ScL n.29, p . 177, 1985.

    N E V E A U , C. Etudes des mcanismes de deformation de NisAl, 1991. Tese PhD. , Onera-

    Orsay, France.

    NGAN, A.H.W. A shnple struig model for annihilation of antiphase-boundary tubes in

    intermetaUic compounds. PhiL Mag. A, v .71 , n. 3, p . 725-734, 1995.

    NIBLET, D. H.; WILKS J. Dislocation Damping m Metals. Advances in Physics - A

    Quarterly supplement of the Philosophical Magazine, v.9, n .33, p. 1-88, 1960.

    NITZ, A.; L A G E R P U S C H , U.; N E M B A C H , E. CRSS anisotropy and tension/compression

    asymmetry of a commercial superaUoy. Acta Mater., v.46, n . l 3 , p . 4769-4779, 1998.

    NOWICK, A.S. ; BERRY, B.S. The high-temperature background. In: Anelastic relaxation in

    crystalline solids, p .454-461.

    ONO, K.; STERN, R. Trans. AIME, n .245, p.171,1969.

    PAIDAR, v.; POPE, D.P. ; VITEK, V. A theory o f the anomalous yield behavior in L I 2

    ordered alloys. Acta MetalL v.32, n. 3, p .435-448, 1984.

    PICHLER, A.; ARZT, E. Intemal friction in f e e . aUoys due to solute drag on dislocations-I.

    A model for the effect of core diffusion. Acta MetalL Mater. , v. 42, n. 11, p. 3785-

    3800, 1994.

  • 141

    POPE, D.P. Mechanical properties of mtermetaUic compounds. In: Physical Metallurgy, p .

    2076-2104, 1996.

    POPE, D . P.; EZZ, S.S. Mechanical properties of N3AI and Nickel-Base aUoys with high

    volume fraction of gama-prime. Inter. Met Rev., v.29, n .3 , p .136-167,1984.

    P O T T E B O H M , H.; N E I T E , G.; N E M B A C H , E. Elastic properties (the stif&iess constants, the

    shear modulus and the dislocation hne energy and tension) of Ni-Al sohd solutions and

    of the mmonic aUoy PE16. Mater. ScL Eng., n.60, p . 189-194, 1983.

    P O V O L O , P.; L A M B R I , O.A.; TORIO, M.E. High temperature background damping, / . of

    Alloys and Compounds, v. 211/212, 1994, p .518-521 .

    RAWLINGS, R.D. ; STATON-BEVAN, A. / . Mater. ScL v. 10, p.505-514, 1975.

    ROBROCK, K.H. Mechanical relaxation studies of pomt defects in metals. / . Physique, n. 10,

    p . C5-709-721 , 1981.

    SCHOECK, G. The activation energy of dislocation movement. Phys. Stat SoL v. 8, p .499-

    507, 1965.

    SCHOECK, G.; BISOGNI , E.; SHYNE, J. The activation energy of high temperature mtemal

    friction. Acta MetalL, v. 12, p . 1466-1468, 1964.

    SHETTY, M.N. ; The temperature dependence of the stacking fauh energy of copper from x-

    ray peak shift measurements. Z. Metallkunde, Bd.72, h.9, p . 648-651. , 1981.

    SHI, X. ; SAADA, G.; VEYSS1RE, P. The formation of antiphase-boundary tubes in N3AI.

    PhiL Mag. A, v .73, p . l 159-1171, 1996.

    SHIBAYANAGl , T.; S U M I M O T O , K., U M A K O S H l , Y. Grain rotation m N3AI. Scripta

    Mater, v.34, n.9, p . 1491-1495, 1996.

    S IMMONS, G.; W A N G , H. Single Crystal elastic constants and calculated aggregate

    properties: a handbook. 2 ed., England: M. l .T . Press, 1971.

    SMITH, C.C.; LEAK, G.M. Grain boundary damping and the high-temperature background.

    IL Nuovo Cimento. V .33B, n . l , p . 388-397, 1976.

    SNOEK, J.L. Physica, v.8, 1941, p.711-724

    SPATIG, P.; B O N N E V I L L E , J. MARTIN, J.L. Activation Volume in the yield strength

    anomaly domam of Ni3AlTa, Mater. Res. Soc. Proc, MRS-94

    SPATIG, P. Rle de L'Activation Thermique dans la Plasticit de Composs

    Intermtalliques Ordonns: Nis(Al,X), tese EPFL n . l 4 0 7 (Doutoramento) , Lausanne,

    Sua, 1995.

  • 142

    STEIN, D.F. A dislocations-dynamics treatment of microstrain. In: Microplasticity, N e w

    York: John Whey, 1968, p . 141-157.

    SUN, Y.Q. Structure of antiphase boundaries and domams. In:, Intermetallic compounds -

    principles and practice. N e w York: John Wiley, 1995, v . l , p . 495-517.

    SUN, Y.Q. Diffraction contrast from the displacement field of antiphase-domam-boundary

    tubes, PhiL Mag. A, v .65, n.2, p . 287-309, 1992.

    TAKEUCHI , S.; K U R A M O T O , E. Temperature and orientation dependence of the yield stress

    in NisGa single crystals. Acta MetalL v .21 , p .415-425, 1973.

    TAKEUCHI , S.; SUZUKI, K.; ICHIHARA, M. Anomalous temperature dependence o f the

    strength of nickel-based intermetaUic compounds with the L I 2 structure. Trans JIM,

    V .20, p .263-268, 1979.

    T I M O S H E N K O , S. Resistence des Matriaux, Paris, Librahie Polytecnique Branger, 1963,

    p.268-277.

    T H O R T O N , P.H.; D A VIES , R.G.; J O H N S T O N , T.L. The temperature dependence of the

    flow stress of the y' phase based upon N3AI. MetalL Trans., v . l , p .207-218, 1970.

    V A R O T S O S , A.P.; A L E X O P O U L O S , K.D. Thermodynamics of point defects an their

    relation with bulk properties. Oxford: North-HoUand, 1986, p . 11-62.

    VEISSIERE, P. , DOOUIN, J . , B E A U C H A M P , P. PhiL Mag., v.59, p .469-481, 1985.

    WALLOW, F.; N E I T E , G.; SCHOER, W.; N E M B A C H , E. Stiffiiess constants, dislocation

    Une energies, and tension of N3AI and of the y'-phases of N I M O N I C 105 and of

    N I M O N I C PE16 . Phys. Stat. SoL (a), v.99, p .483-490, 1987.

    WELLER, M. Anelastic relation of point defects b cubic crystals. Journal de Physique, v.6,

    p . C8-63-72, D e c , 1996.

    WESTBROOK, J.H. Trans. TMS-AIME, v.209, p .898, 1957.

    WOIGARD, J.; AMIRAULT, J.P, DE FOUQUET.;J . Etude de la relaxation des joints de

    grains de l'argent de haute puret. Acta MetalL, v.22, p . 1003-1014, 1974.

    WOIGARD, J.; AppareU permettant la mesure du frottement mtreur en fonction de la

    frquence, destm l 'tude du fond continu de haute temprature des mtaux. IL

    Nuovo Cimento, V .33B, n . l , p. 424-433, 1976.

    WU, Y.P.; SANCHEZ, J.M.; TIEN, J.K. High temperature ordered intermetaUic aUoys I V "

    (ed. C.T.Liu, A.I .Taub, N .S . StolofF, C.C.Koch), Mater. Res. Soc. Proc, v . l 3 3 , p . l 19.

  • 143

    Y A N G , Y.; BAKER, I. Recrystallization of FeAl and N3AI with and without boron. Scripta

    Mater, v.34, n.5, p . 803-807, 1996.

    YOSff lDA, T.; SUGAI, S.; TANI , M.; M O T E G I , M.; M I N A M I D A , H.; HAYAKAWA. J.

    Physique., v.42, p .C5- l 123, 1981.

    YOSHINARI , O.; TANAKA, K. Intemal friction due to hydrogen jumps between timnel

    systems in Nb-Ti aUoy. PhiL Mag. A, v.74, n.2, p .495-507, 1996.

    Y O O , M.H. On the Theory of Anomalous Yield Behavior of N3AI - Effect of Elastic

    Anisotophy. Scripta Met., v.20, p.915-920, 1986.

    ZENER, C. lasticit et Anlasticit des Mtaux. Paris: Dunod, 1955.

    Z E N E R , C. Stress induced preferential orientation of pairs of solute a toms in metaUic soUd

    solution. Physical Rev., v. 7 1 , n . l , p . 34-38, 1947