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8/4/2019 Arborizao Urbana Viria
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Diretoria de Comunicao Empresarial e Relaes Institucionais
Rodovia Campinas Mogi-Mirim, km 2,5
CEP 13088.900 - Campinas - SP
[email protected] www.cpfl.com.br
PM-
12/2008
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120 | Arborizao Urbana e Viria
Arborizao Urbana ViriaAspectos de planejamento, implantao e manejo
Campinas - 2008
CPFL Energia
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CPFL Energia.
Arborizao urbana viria: aspectos de planejamento, implantao e manejo / CPFL
Energia ed. rev. Campinas, SP: CPFL Energia, 2008.
120 p.; il.
1. Arborizao urbana. 2. Meio ambiente. I. CPFL Energia. II. Ttulo.
CDU 574
CONSELHO DE ADMINISTRAOCPFL ENERGIA
Luiz Anbal de Lima FernandesPresidente
Ceclia M. G. SiqueiraVice-Presidente
CONSELHEIROSAna Dolores M. C. de NovaesArthur Prado SilvaCarlos Alberto Cardoso MoreiraDaniela Corci CardosoFrancisco Caprino NetoHlio CampagnucioHumberto Pires Vianna de LimaMarcelo Pires de Oliveira DiasMilton Luciano dos SantosNelson Koichi ShimadaOtvio Carneiro de Rezende
DIRETORIAWilson P. Ferreira JuniorDiretor Presidente da CPFL eDiretor Vice-presidente de Estratgiae RegulaoHlio Viana PereiraDiretor Vice-presidente de DistribuioPaulo Cezar Coelho TavaresDiretor Vice-presidente de Gesto de EnergiaMiguel Normando Abdalla Saad
Diretor Vice-presidente de GeraoJos Antonio de Almeida FilippoDiretor Vice-presidente Financeiro e deRelaes com InvestidoresJos Marcos Chaves de MeloDiretor Vice-presidente Administrativo
PROJETO GRFICO: Gad' AgencyEDIO DO TEXTO: Ivanisa Alcntara AndersonDuffles AndradeCAPA: Allan Fidelis ToledoFOTOGRAFIAS: Carlos BassanILUSTRAES: Ricardo Quintana
Arborizao Urbana ViriaAspectos de planejamento, implantao e manejo.
REALIZAO:
Diretoria de Desenvolvimento de Projetos - Luiz Carlos Mendes
COORDENAO:
Departamento de Meio Ambiente - Rodolfo Nardez Sirol
PARTICIPAO:
Ana Zanaga Zeitlin CPFL
Danielle Chiuratto Godoy CPFL
Diogo Fugiwara Muchiutti CPFL
Fernanda Furlan Goveia CPFL
Fernando Celso Sedeh Padilha CPFL
Lizzi Lemos Colla CPFL
Marcelo Eduardo de Mattos CPFL
Mariana Nagle dos Reis CPFL
Maurcio de Sousa Moraes CPFL
Melina Casado de Oliveira CPFL
Robson Hitoshi Tanaka CPFL
Rogrio Marchetto Antonio CPFL
CONSULTORIA:
Marcelo de Souza Machado Crestana - Engenheiro Agrnomo Especialista
CPFL Energia
Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca da CPFL Energia
iv | Arborizao Urbana e Viria CPFL Energia
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6.1.2 A idade das plantas 70
6.1.3 O ciclo produtivo e a poca de poda 71
6.2 Tipos de poda 72
6.2.1 Poda de limpeza 73
6.2.2 Poda de levantamento de base de copa 75
6.2.3 Poda em V e poda em furo 78
6.2.4 Poda de rebaixamento 80
6.3 Cortes e tratamento fitossanitrio 82
6.3.1 Posies de corte 82
6.3.2 Pontos de insero dos ramos: crista e colar 84
6.4 Instrumental para o corte 86
6.4.1 Tesouras 86
6.4.2 Podes 87
6.4.3 Serras manuais 88
6.4.4 Motosserras 89
6.4.5 Ferramentas de impacto 90
6.4.6 Equipamentos auxiliares 90
6.5 Segurana no trabalho 91
6.5.1 Cuidados bsicos 94
6.5.2 Equipamentos de proteo individual EPIs 97
6.5.3 Equipamentos de proteo coletiva EPCs 100
7 Glossrio 102Referncias bibliogrficas 109
Sumrio1 Um manual para arborizao urbana: por qu? 22 A importncia das rvores para as cidades 43 A legislao definindo responsabilidades 7
4 Desenvolvimento da arborizao urbana 114.1 Aspectos relevantes para o planejamento da arborizao 15
4.1.1 A escolha das espcies para plantio 28
4.2 Espcies para arborizao pblica 33
4.2.1 rvores de porte baixo mais comuns 34
4.2.2 rvores de porte mdio e alto mais comuns 39
4.2.3 Palmeiras em vias pblicas 52
4.2.3.1 Espcies mais freqentes de tronco mdio e alto 53
4.2.3.2 Espcies mais freqentes de tronco baixo 56
5 Tcnicas para o plantio de rvores 585.1 Padro das mudas 59
5.2 Abertura e preparo das covas 62
5.3 Plantio 64
5.4 Manuteno das mudas 66
6 Poda e conduo de rvores urbanas 67
6.1 Fatores que determinam a aplicao da poda 69
6.1.1 A resistncia poda 69
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As rvores existentes ao longo das vias pblicas integram-se s reas
verdes de uma cidade. Esta arborizao propicia equilbrio ao ambiente
natural modificado. A crescente expanso e complexidade das malhas urbanas
impem o adequado planejamento e a correta implementao da arborizao
viria para que a populao possa melhor desfrutar desses espaos.
As reas verdes ou os espaos verdes tornam-se, cada vez mais, essenciais ao
planejamento urbano, cumprindo funes importantes de paisagismo, de
esttica, de plstica, de higiene e de beleza cnica. So, ainda, fatores que
contribuem para a diminuio do stress da populao urbana e, tambm, para
a valorizao da qualidade de vida local.
Em decorrncia da diversidade de mtodos e conceitos existentes, a escolha
dever dar-se em funo da realidade local, das diferenas ambientais regionais,
dos equipamentos urbanos existentes, das condies da administrao pblica
para sua implantao e manejo, dentre outras. Esta publicao rene as
principais experincias no trato cotidiano da arborizao viria, apontando
algumas solues prticas para os problemas verificados.
Este manual, resultado da reviso de guias e trabalhos anteriores, por intermdio
de criteriosa atualizao, amplia uma srie de informaes tcnicas, mas no
pretende esgotar o assunto nem tampouco se constituir na derradeira forma de
planejamento da arborizao. Alicerado no mtodo que privilegia o critrio do
plantio de rvores adequadas aos espaos disponveis nos logradouros pblicos,
busca respeitar as restries que se apresentam, tais como caladas estreitas,
redes de energia eltrica ou outras.
O manual Arborizao Urbana Viria: Aspectos de planejamento,
implantao e manejoapresenta conceitos para planejamento, plantio, poda
e conduo da arborizao viria, com base na metodologia adotada. Almdisso, aborda aspectos de segurana no trabalho, dos instrumentais para
corte e da legislao pertinente, ressaltando a importncia das rvores
para o ambiente urbano.
UM MANUAL PARA ARBORIZAOURBANA: POR QU?
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A presena das rvores nas cidades interfere no lado psquico do homem,
atenuando o sentimento de opresso. Pelo fato de possurem uma enorme
diversidade de formas, de cores e de tonalidades, as vrias espcies de rvores
proporcionam sensaes de bem-estar, de felicidade e de alegria. Bem localizadas,
as rvores organizam os espaos urbanos e, por sua magnitude, transformam-se
em pontos de referncia movimentao humana.
So notveis e perceptveis os efeitos favorveis que os vegetais
superiores, especialmente as rvores, proporcionam ao ambiente,
renovando o oxignio do ar e hidratando a atmosfera por meio dos
processos da fotossntese e da transpirao.
Plantadas nas proximidades de edifcios, as rvores estabilizam a temperatura
interna dessas construes, possibilitando o menor uso de condicionadores de ar
e, conseqentemente, reduzindo o consumo de energia eltrica. Deve-se ressaltar
tambm que, sob a projeo das copas das rvores, sua sombra, a temperatura
ambiente mais amena e agradvel.
As rvores, dispostas em fileiras ou em macios, constituem-se em
verdadeiras barreiras que podem contribuir sobremaneira para a melhoria
ambiental dos locais onde se situam e gerar benefcios s reas
circundantes. Pela reduo da velocidade e mudana da direo das
correntes de vento, protegem esses espaos, agindo como quebra-
ventos.
A IMPORTNCIA DAS RVORESPARA AS CIDADES
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A LEGISLAO DEFININDORESPONSABILIDADES
3Da mesma forma, desempenham significativo efeito de controle da
poluio sonora, uma vez que absorvem sons e rudos. No bastasse isso,
nas ruas tecnicamente arborizadas, a poeira suspensa na atmosfera
25% menor do que nos locais onde no h rvores: suas folhas retm
partculas de p e tambm de outros agentes poluentes suspensos na
atmosfera.
As rvores so o mais perfeito tipo de cobertura vegetal para proteo do
solo contra os efeitos danosos provocados pela eroso hdrica, uma vez
que suas frondes anulam o impacto das gotas dgua contra o solo. Isto
porque a gua da chuva flui gradual e lentamente pela ramagem at o
solo, neste se infiltrando e se depositando, contribuindo para o aumento
das reservas hdricas subterrneas.
As rvores, em muitos casos, por serem redutos de espcies da fauna e
da flora, inclusive daquelas ameaadas de extino, desempenham
papel de suma relevncia para a preservao destas espcies, ampliando
sua importncia ecolgica.
Por todos os aspectos anteriormente elencados, indispensvel
considerar a funcionalidade da arborizao no planejamento urbano,
lembrando ainda que esta representa, sem dvida, importante elemento
de desenvolvimento educacional.
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As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes
penais e administrativas, independentemente da obrigao de
reparar os danos causados.
A Lei Federal n. 9.605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais,
que dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias,
na Seo II Dos crimes contra a flora, estabelece, no artigo 49:
Destruir, danificar, lesar ou maltratar de qualquer modo ou meio,
plantas de ornamentao de logradouros ou em propriedades
privadas alheias.
Pena deteno de trs meses a um ano, ou multa, ou ambas
cumulativamente.
Pargrafo nico No crime culposo a pena de um a seis meses,
ou multa. "
Esta lei est regulamentada pelo Decreto Federal n. 3.179/99, que
especifica as sanes e multas administrativas aplicveis, fixando o
valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) por rvore, valor a ser corrigido
periodicamente com base nos ndices estabelecidos na legislao.
Por se tratar de assunto de interesse local, a atribuio para criar legislao que
normalize a arborizao urbana de competncia municipal. Quando esta
legislao municipal no criada, acaba por dificultar o planejamento e facilitar
aes desordenadas na arborizao.
Embora a edio de normas legais que disciplinem esta matria seja atribuio
municipal, existem outras correlatas, dentre as quais podem ser citadas: a
Constituio Federal Brasileira de 1988, artigo n. 30, Inciso VIII, e artigos n. 182,
183 e 225; o Cdigo Civil, artigos n. 98 e 99; a Lei Federal n. 4.717/65 - Ao
Popular; a Lei Federal n. 6.766/79 - Parcelamento do Solo; a Lei Federal n. 7.347/85
- Ao Civil Pblica; a Lei Federal n. 8.078/90, artigos n. 81 e 82 - Cdigo de Defesa
do Consumidor; a Lei Federal n. 9.605/98, artigo n. 49 - Lei de Crimes Ambientais;
e a Lei Federal n. 10.257/01 - Estatuto da Cidade.
A legislao elaborada pelas municipalidades deve sempre estar em consonncia
com as disposies constitucionais e com a legislao federal, podendo sempre
ser mais exigente ou mais severa, mas nunca menos restritiva que a lei maior
naquilo que preceitua.
A Constituio da Repblica Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988, em
seu Captulo VI, que trata das questes relacionadas ao meio ambiente, no Artigo
n. 225 estabelece que:
Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo para as presentes e
futuras geraes.
Indo alm, determina que as condutas lesivas ao meio ambiente seropassveis de sanes conforme seu 3, in verbis:
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DESENVOLVIMENTO DAARBORIZAO URBANA
4Da interpretao dos artigos n. 30, 182 e 183 da Constituio da Repblica
Federativa do Brasil, em vigor, e dos artigos n. 98 e 99 do Cdigo Civil, torna-
se clara a concluso de que das prefeituras municipais a responsabilidade
pelo manejo das rvores urbanas. Respeitando essas atribuies e
prerrogativas, que desde h muito so dos municpios, o Cdigo de guas, de
10 de julho de 1934, em razo dos servios pblicos de eletricidade serem de
competncia da Unio e considerados perigosos, possibilitou s
concessionrias intervirem na arborizao quando as rvores prximas sredes acarretassem riscos de acidentes s pessoas, s instalaes da
empresa e, ainda, riscos de interrupo do fornecimento de energia eltrica.
Por derradeiro, cabe lembrar que a adoo, pelo poder pblico municipal,
de legislao que regulamente os critrios de implantao e interveno na
arborizao urbana um instrumento indispensvel ao seu planejamento e
preservao, evitando conflitos futuros e dispndio desnecessrio de
recursos pblicos, para sua adequao e correo desse patrimnio pblico
e ambiental.
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Posteriormente, o trabalho desenvolvido pelas empresas de energia eltrica
do Estado de So Paulo, com a participao da CPFL, culminou com a
edio do Guia de Planejamento e Manejo da Arborizao Urbana, o que
permitiu que as empresas paulistas levassem comunidade as inovaes
tcnicas e ambientais de forma sistematizada e em linguagem acessvel.
Hoje, a especializao tcnica dos profissionais da rea permite que
facilmente sejam observados os efeitos causados pela arborizao mal
planejada. Esta afeta o dia-a-dia das pessoas, na medida em que causa
danos infra-estrutura urbana. Mesmo assim, destacam-se os notveis
benefcios que as rvores acrescentam qualidade de vida do homem e ao
meio ambiente urbano. Para que esses benefcios advindos da arborizao
sejam plenamente usufrudos, imprescindvel somar adoo do
planejamento tcnico um programa adequado de manejo.
O conhecimento da vegetao j existente primordial para definir
procedimentos, especialmente os relacionados s tcnicas de manejo
dessa vegetao e seleo das espcies que sero introduzidas,
considerando-se suas exigncias naturais e o atendimento aos interessesdos usurios.
O diagnstico da situao urbana deve reunir informaes indispensveis
ao planejamento da arborizao. Dentre outros, citam-se os dados referentes
condio climtica regional, s caractersticas geo-topogrficas dos
De modo geral, a arborizao nas cidades paulistas foi implementada de
maneira desordenada, sem que tivessem sido consideradas as necessidades
mnimas de cultivo das espcies empregadas nas diferentes regies. Esta
situao pode ser justificada pela ausncia, na poca, de profissionais
especialistas no assunto no mercado.
Na dcada de 70, em todo o Estado de So Paulo, generalizou-se o emprego
da sibipiruna para arborizao das ruas e, em algumas regies, foram
introduzidas outras espcies, citando-se como destaques: o alfeneiro, o
casco-de-vaca, as canelinhas, o oiti e o chapu-de-sol.
Atualmente, o plantio indiscriminado dos Ficus, espcie contra-indicada
para as condies de calada, agravou a situao. Podem ser observados
inmeros exemplos negativos na arborizao viria, representados por
rvores de grande porte e sistema radicular agressivo, comprometendo a
fundao das construes, a pavimentao, as redes de esgoto, de gua e
de gs, as galerias de guas pluviais, alm de fiaes areas de energia
eltrica, de telefone, de televiso a cabo e fibras ticas.
O conhecimento tecnolgico e ambiental sobre arborizao urbana vemevoluindo bastante nos ltimos anos. A CPFL assumiu importante papel
nessa evoluo, com a edio, em 1984, da Norma Tcnica NT 154,
Coexistncia dos Sistemas Eltricos de Distribuio Urbana e Arborizao.
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A introduo de rvores nos espaos urbanos deve considerar os interesses da comuni-
dade usuria, o conforto e o equilbrio ambiental. preciso analisar cuidadosamente
cada situao, de modo que a rvore no venha a se transformar em um problema no
futuro, mas que, ao contrrio, possa proporcionar o mximo de benefcios s pessoas e
aos locais onde estiver plantada.A seguir, apresentam-se ilustraes de ocorrncias bastante comuns, as quais exigem
procedimentos tcnicos corretos.
O plantio de rvores prximo a residncias deve, sempre que possvel, levar em con-
siderao a futura projeo da sombra da rvore. Como regra, deve-se plantar as
espcies de mdio e grande porte no lado sul das construes. Tal re comendao
justifica-se, pois no outono-inverno, perodo em que se deseja o mximo aproveitamento
do aquecimento e da iluminao dos raios solares, a sombra das rvores projeta-se ao
sul, no atingindo a casa. O sombreamento, neste perodo, alm de reduzir a temperatura
ambiente, pode umedecer as fachadas residenciais, causando prejuzos. J no vero, a
sombra projeta-se ao norte e, plantando-se a rvore ao sul da moradia, a projeo da
sombra ir diminuir a temperatura nas residncias. Recomenda-se tambm o plantio de
rvores ao sudoeste da residncia, para que os raios solares incidam pela manh e a
projeo da sombra incida na residncia no perodo da tarde.
4.1 Aspectos relevantes para o planejamento da arborizaoespaos e informaes sobre o sistema virio: as dimenses das ruas, dascaladas e dos recuos das construes, assim como a existncia, identi ficao
e localizao dos equipamentos de infra-estrutura urbana. A anlise do
cruzamento dessas informaes possibilitar o desenvolvimento de projeto
para implantao de nova arborizao, a correo da situao diagnosticada
ou a manuteno da vegetao existente.
A implantao do projeto deve seguir criteriosamente as fases previstas no
planejamento. Entretanto, a existncia de inmeras variveis ambientais e
sociais poder dar margem a interferncias externas que obrigaro a
adequaes do projeto desenvolvido. Para esses casos, deve-se sempre
proceder analise do custo-benefcio dessas alteraes.
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O plantio de rvores deve ser planejado de forma a permitir a incidncia dos raios
solares nos jardins residenciais. Para tal, deve-se evitar o uso de espcies com
folhagem permanente nas proximidades de canteiros e jardins, pois geram
sombreamento excessivo. Alm do sombreamento, as rvores tambm concorrem
com as plantas dos jardins na retirada de nutrientes do solo.
A queda de folhas das rvores, quando prximas aos telhados, pode provocar entu-pimentos de calhas, danificar coberturas e telhados. Esta situao se agrava quan-
do so utilizadas espcies decduas ou mesmo as semi-decduas. Deve-se pro ceder
limpeza peridica desses espaos, antes de se decidir pela supresso das
rvores.
O planejamento da arborizao deve considerar a existncia de antenas, painis
solares ou outros equipamentos existentes. Deve-se analisar a distncia entre
esses equipamentos e as rvores a serem plantadas, assim como o porte das
plantas quando adultas, para que no venham a prejudicar o funcionamento dos
equipamentos. Quando da implantao de novos equipamentos, estes devero
ser instalados fora do alcance da copa das plantas.
Pode-se aproveitar o fenmeno de queda das folhas (caducidade) nas espcies
decduas, considerando a posio do sol, para propiciar sombreamento no
vero e aquecimento no inverno.
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Mesmo em uma arborizao viria bem planejada, com rvores de porte adequado
ao espao disponvel, pode ocorrer que as rvores fiquem com a base da copa
muito baixa, atrapalhando a livre passagem de pedestres pelas caladas e o
trnsito de veculos nas ruas. Nestas situaes, deve-se proceder poda de
levantamento de base da copa, conforme descrito no item 6.2.2.
Algumas espcies de rvores, geral-
mente de grande porte, possuem razes
superficiais de dimenses imprprias s
vias pblicas, podendo causar danos
em ruas e caladas. Mesmo espcies
consideradas adequadas, devido a um
crescimento excepcional de razes
superficiais, podem causar esses danos,
ainda que em menor proporo.
Caso isto j esteja ocorrendo, deve-se adotar como medida corretiva o alargamentodo canteiro e, sempre que possvel, evitar o corte de razes superficiais, que tm a
funo de sustentao.
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Ao planejar o plantio de rvores, devem ser levadas em considerao possveis
ampliaes das construes vizinhas. Nos casos em que a rvore j interfere na
ampliao das construes, pode-se proceder eliminao de ramos, desde
que a poda no altere a forma natural das plantas e no provoque seu
desequilbrio. Para tanto, deve-se procurar sempre a orientao de um
profissional devidamente habilitado para que a eliminao desses ramos seja
feita com critrio.
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A escolha errada da espcie arbrea a ser plantada nas vias pblicas causar
uma srie de problemas aos espaos urbanos, demandando interferncias quepodem prejudicar as prprias rvores, como pode ser observado na ilustrao.
LEGENDA1 O tracejado indica a dimenso da copa desta rvore quando chegar
fase adulta.
2 Haver necessidade de poda para a passagem de linha area dacompanhia de servios pblicos.
3 Haver a necessidade de poda para a passagem de veculos.
4 As razes iro danificar as ruas e acostamentos.
5 As razes viro a danificar as caladas.
6 Haver a necessidade de poda para passagem de pedestres.
12
3
5 4
6
O correto planejamento da arborizao viria permite a coexistncia harmoniosa
das plantas com as redes areas, e com os demais equipamentos urbanos,
facilitando seu funcionamento e manuteno.
rvores de pequeno porte e razes superficiais favorecem a construo e o
funcionamento de redes subterrneas de gua, de esgoto e de energia eltrica.
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rvores de porte mdio e com copas densas servem para sombrear reas
de estacionamento. A posio correta de plantio das rvores nos boxes
essencial para que, no futuro, a sombra de suas copas seja projetada
sobre os veculos, e no fora deles.
rvores de porte baixo ou mdio, de at seis metros, devem ser
plantadas em caladas com fiao area e em caladas com construes
pouco recuadas, podendo desenvolver-se livremente sem seremsubmetidas s podas. O plantio destas espcies possibilitar o normal
funcionamento da rede de energia eltrica e a livre passagem de
pedestres, alm de no danificar as canalizaes subterrneas.
Canteiros centrais de avenidas sem redes areas e subterrneas podem
ser ornamentados com palmeiras, havendo a possibilidade de integrar
rvores nesse espao. Deve-se evitar o uso de plantas com bases de
copas baixas que, projetadas na pista de rolamento, prejudicam o
trnsito de veculos. rvores com copas do tipo globosa, pndula,
colunar, cilndrica e umbeliforme, preferencialmente, devem ser
introduzidas em praas e reas verdes, formando macios ou dispostas
em fileiras de mesmas espcies.
A arborizao de ruas com menos de 14 metros de largura est con-
dicionada s larguras das caladas. Situaes de caladas estreitas, com
fiao area e construes sem recuo, podem ou no ser arborizadas. As
palmeiras somente devem ser plantadas em caladas sem fiao.
Ruas com mais de 14 metros de largura, sem fiao e com construes em
recuo, admitem o uso de rvores de porte pequeno, mdio ou grande.
rvores e palmeiras existentes em parques, praas ou jardins devem estar
contidas nesses espaos. No se recomenda arborizar as caladas que
margeiam esses espaos, para no limitar o efeito de profundidade visual
dos espaos abertos.
22 | Arborizao Urbana e Viria CPFL Energia
C
D
E
F
G
H
rvores fornecem sombra s edificaes e ajudam a mant-las frescas
no vero. sombra das rvores, a temperatura ambiente chega a ser
at seis graus centgrados mais baixa que a pleno sol. A existncia
sistemtica de rvores minimiza as variaes trmicas.
Nas reas residenciais particulares, assim como nas pblicas,
recomenda-se o plantio de espcies que no comprometam asconstrues, o sistema de drenagem, o esgoto e as redes areas.B
A
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Em ruas com largura acima de 14m e recuo uniforme, devem ser
plantadas rvores de porte mdio nas caladas leste e sul (G) e de
pequeno porte nas faces oeste e norte (D).
Em ruas com menos de 14m, sem recuo uniforme, podem-se plantar
rvores de pequeno porte ou mant-las sem arborizao.
Caladas que circundam praas (H) devem ficar livres de arborizao. rvores
de porte baixo (D) podem ser plantadas sob fiao eltrica, inclusive sob rede
secundria (baixa tenso). Palmeiras no devem ser plantadas sob fiao.
Avenidas com recuo uniforme e canteiro central (E) de at um metro de largura
devem ter rvores colunares ou palmeiras no canteiro central e rvores de porte
mdio e baixo nas caladas laterais (D).
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Na distribuio das mudas pela malha urbana do municpio ,
recomendvel que sejam plantados exemplares da mesma espcie em
uma determinada via pblica, podendo-se diversificar as espcies entre
as ruas do bairro. Este procedimento fundamental para facilitar o
manejo das plantas.
O espaamento correto entre os indivduos arbreos no eixo da via
pblica outro fator importante a ser observado. Via de regra planta-se
uma muda por lote, com localizao eqidistante de suas divisas laterais.
Considerando-se que normalmente os lotes urbanos tm 10 ou 12 metros
de testada, recomenda-se o plantio das mudas a cinco ou seis metros das
extremidades do lote. rvores pequenas devem ser plantadas com
espaamento nunca menor do que sete ou oito metros entre as plantas.
As rvores plantadas como barreiras quebra-vento reduzem a velocidade das
correntes de ar, direcionando-as para outros pontos. Em locais planos, chegam
a proteger a uma distncia dez vezes maior que sua altura.
Afastamentos mnimos devem ser respeitados para
o plantio de mudas de rvores nas vias pblicas:
dois metros das entradas de veculos, das bocas de lobo e das caixas
de inspeo;
trs metros dos hidrantes;
cinco metros das esquinas e dos postes de iluminao pblica com
luminrias ou no; e
dez metros dos cruzamentos das ruas onde existam semforos.
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28 | Arborizao Urbana e Viria CPFL Energia
Deve-se considerar:
Origem da espcie Nas ruas e avenidas das cidades paulistas,
predominam, hoje, rvores de espciesexticas, ou seja, que no so
espcies brasileiras, totalizando, aproximadamente, 80% dos
exemplares. Tendo em vista a necessidade de manuteno e
conservao da diversidade das espcies da flora nacional, recomenda-se, sempre que possvel, o emprego de plantas nativas da regio, as
quais tm a vantagem de estarem plenamente adaptadas s condies
de solo e clima locais.
Num grande espao urbano e at mesmo numa cidade, a diversidade
de espcies na composio da arborizao viria fundamental;
recomenda-se um percentual mnimo de 10 a 15% por espcie, ndice
este que facilitar o manejo das plantas.
Dimenses e arquitetura das rvores Pelo uso que se dar sespcies, estas devem possuir caule nico e no ramificado,
denominadofuste, at as primeiras ramificaes, e copa com formato
bem definido. A altura e o dimetro plenos de uma rvore, quando
adulta, devem ser compatveis com os espaos a ela destinados,
evitando-se, desta forma, riscos de danos rede eltrica, s construes
do entorno ou, mesmo, a aplicao futura de podas, sempre
indesejveis.
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Muitas vezes cometem-se equvocos irreparveis pela escolha errada da
espcie, em geral agravados pela desconsiderao das necessidades mnimas
das rvores, tais como as relacionadas s caractersticas do solo, quantidade
demandada de gua, necessidade de incidncia de luz solar e de espao
necessrio ao seu desenvolvimento.Para que as rvores plantadas nas vias pblicas no venham a causar
transtornos e conflitos futuros, necessrio conhecer as caractersticas e os
comportamentos que lhes so prprios. A escolha, portanto, h que ser
criteriosa, de modo a atender o maior nmero possvel de quesitos tcnicos
desejveis, principalmente se plantadas em caladas e passeios pblicos,
tendo-se plena conscincia de que impossvel encontrar a rvore ideal, que se
harmonize com todas as situaes.
Embora a diversidade da flora brasileira seja a mais representativa de todo o
planeta, h dificuldades de opo por determinadas espcies em razo da
escassez de dados de pesquisa sobre o assunto. Apesar disso, deve-se indicar
e adotar para plantio em passeios de vias pblicas rvores com caractersticas
favorveis, com eficincia consagrada, e cujas qualidades e efeitos estejam
comprovados pela prtica.
4.1.1 A escolha das espcies para plantio
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Presena de frutos e flores Deve-se evitar o emprego de rvores
produtoras de frutos pesados, volumosos, deiscentes e frutferas
comerciais, que necessitam de cuidados especiais, como adubaes e
tratamentos fitossanitrios especficos. desejvel, porm, o emprego
de espcies silvestres resistentes s intempries, pouco exigentes em
fertilidade de solo e disponibilidade de gua e que produzam pequenos
frutos, teis alimentao de pssaros.
Todos admiram as rvores e os arbustos floridos. Para o plantio em
caladas, devem-se escolher rvores ornamentais que produzam flores
de tamanho pequeno, uma vez que flores grandes depositadas no solo
causam riscos de acidentes s pessoas. Ao escolher rvores ornamentais,
optar pelas produtoras de flores de cores vivas e cujo perodo de
permanncia na planta seja o mais duradouro possvel, evitando-se, por
outro lado, as que exalam fortes odores, que podem tornar-se
enjoativos.
Folhas Com relao permanncia na planta, as folhas podem serdecduas, quando sua queda ocorre normalmente durante o outono-
inverno, ocasio em que a incidncia da luz e aquecimento solar so
mais necessrios s fachadas residenciais; essas espcies so mais
indicadas para regies frias. Por outro lado, as espcies com folhagem
semicaduca ou mesmo persistente apresentam a convenincia da
renovao contnua e gradual durante o ano. A renovao anual das
folhas nas espcies decduas um fenmeno notvel, sendo que a
queda das folhas no deve ser entendida como sujeira.
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Aspectos ornamentais Vrios so os aspectos de beleza de uma
rvore: a forma da copa (globosa, piramidal, cilndrica, umbeliforme e
pndula), a forma e textura da casca, a cor do tronco, ou mesmo a
presena de razes expostas. A combinao de formas, cores, textura
ou mesmo de razes permite a criao de ambientes de rara beleza.
Sistema radicular Para plantio em caladas, locais de trnsito depessoas ou mesmo em funo das caractersticas do entorno, deve-se
escolher, de preferncia, espcies de raizame pivotante, evitando-se o
quanto possvel aquelas de sistema radicular superficial ou tabular,
que prejudicam as fundaes dos prdios e promovem o levantamento
dos pisos e caladas, mesmo que venham a ser plantadas em canteiros
aparentemente bem dimensionados. Com relao a este quesito,
convm lembrar, tambm, que as covas que abrigaro as mudas,
denominadas beros, devero possuir dimenses suficientes para
suportar todo o raizame das plantas.
Crescimento Deve-se evitar o plantio de rvores de grande porte e
rpido desenvolvimento, uma vez que estas espcies, ditas pioneiras,
mesmo sob a proteo fsica de tutores, so pouco resistentes.
interessante lembrar que a ramagem das espcies selecionadas deve
ser compacta, porm no excessivamente volumosa, com resistncia
suficiente para suportar seu prprio peso sob a ao de ventos.
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As espcies utilizadas na arborizao urbana so distribudas em dois grandes
grupos, caracterizados em funo da altura mdia que alcanam: um grupo
constitudo pelas rvores de porte pequeno ou baixo e o outro pelas de porte
mdio e grande ou alto. A conveno para classificao desses grupos de
rvores emprica e subjetiva, posto que uma dada espcie de porte baixo, coma idade, pode tornar-se de porte mdio, e uma de mdio porte pode tornar-se
de porte grande.
Convencionou-se que as rvores de porte baixo so as que possuem altura
entre quatro a seis metros. So as espcies que comumente no interferem na
fiao area.
As espcies de porte mdio atingem de oito a 10 metros de altura, e as de porte
grande atingem mais de 10 metros. As rvores destes dois grupos formam
copas que podem variar de sete a mais de 10 metros de dimetro e,
normalmente, so as que interferem na fiao eventualmente existente.
As rvores com copas tpicas, colunares, cnicas ou piramidais formam copas
cujos dimetros podem atingir at mais de 10 metros.
4.2 Espcies para arborizao pblicaResistncia a pragas e doenas Sempre que possvel, devem serescolhidas espcies de conhecida resistncia ao ataque de insetos
e microorganismos patognicos, dadas as dificuldades e mesmo
as restries de uso e aplicao de defensivos no meio urbano. Em
caso de ocorrncia, obrigatrio solicitar o suporte de profissional
capacitado.
Rusticidade desejvel empregar espcies resistentes s condies
adversas do meio urbano, no que diz respeito s caractersticas
qumicas e fsicas do solo e ocorrncia de perodos prolongados de
estiagem, ventos e geadas.
Toxicidade e agressividade No devem ser utilizadas plantas que
tenham espinhos ou aquelas que possuam princpios nocivos, como o
ltex, custico mucosa humana, e nem mesmo espcies que possam
vir a provocar reaes de alergia no homem.
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Dombeya wallichii
Erythrina speciosa
Eucalyptus ficifolia
Grevillea banksii var. Forsteri
Hibiscus rosa-sinensis
Lagerstroemia indica
Ligustrum sinense
Esterculicea astrapia rosa. Madagascar. Flores rseas
em inflorescncias pendentes, de abril a agosto, muito
visitadas por abelhas. Multiplicao por estaca ou alporque.
Leguminosa eritrina candelabro. Nativa. lnflorescncias
ascendentes, vermelhas, de junho a setembro, muito visitada
por pssaros. Ocorre a variedade de flores rseas e brancas.Possui espinhos.
Mirtcea eucalipto vermelho. Austrlia. Flores vermelhas
de setembro a maro. Crescimento lento.
Protecea grevilea an. Austrlia. Flores em inflorescncias
vermelhas, densas, durante quase o ano todo, muito
visitadas por beija-flores
Malvcea hibisco da China. sia. Flores grandes,
vermelhas, rseas, amarelas, alaranjadas ou brancas,durante quase o ano todo. Multiplicao por estaca ou
alporque.
Litrcea resed. sia. Flores em cachos densos, rseos,
brancas ou roxeados, de outubro a maro. Tronco bronzeado,
liso. Multiplicao por estaca ou alporque.
Olecea alfeneiro da China. sia, inflorescncias brancas
de dezembro a maro. Frutos arroxeados apreciados por
pssaros. Multiplicao por estaca ou alporque.
As listas a seguir apresentam, na seqncia, o gnero e a
espcie das plantas, a famlia botnica qual pertencem,
seu nome comum, procedncia e algumas caractersticas
que lhes so prprias.
Leguminosa flamboyantzinho. Amrica Tropical. Flores em
cachos vermelhos, vrias vezes por ano. Na variedade flava,
as flores so amarelas. Possui espinhos.
Verbencea calicarpa. sia. Flores em cachos densos,
arroxeados, de fevereiro a abril. Frutos pequenos, branco-
arroxeados, apreciados por pssaros.
Tecea camlia. sia. Flores rseas, vermelhas ou brancas,
de maro a agosto. Multiplicao por estaca ou alporque.
Crescimento lento.
Leguminosa canudo de pito. Nativa. Flores em cachos
amarelos, de janeiro a junho.
Esterculicea astrapia branca. frica. Flores brancas com
o centro rseo, de abril a agosto, muito visitadas por abelhas.
Multiplicao por estaca ou alporque.
Esterculicea astrapia branca. frica. Flores brancas, de
abril a agosto, muito visitadas por abelhas. Multiplicao por
estaca ou alporque.
4.2.1 rvores de porte baixo mais comuns
Caesalpinia pulcherrima
Callicarpa reevesii
Camelia japonica
Cassia bicapsularis
Dombeya burgessiae
Dombeya spectabilis
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Flacurticea guaatonga. Nativa, Flores diminutas ao longo
dos ramos, brancas. Frutos apreciados por pssaros.
Leguminosa fedegoso do rio. Nativa. lnflorescncias
amarelas.
Rubicea quina quina. Nativa. Flores rseas.
Sapindcea vassoura vermelha. Nativa. Folhagemornamental, flores amarelo-esverdeadas, frutos e tronco
ornamentais, vermelhos.
Bombaccea embiruu mirim. Nativo. Flores brancas.
Leguminosa eritrina. frica. Inflorescncias vermelhas,
pendentes.
Rutcea mamoninha. E. grandiflora - guaxupita. Nativas.
Flores brancas.
Rutcea jasmim do mato. Nativa. lnflorescncias brancas
muito perfumadas.
Rutcea osso-de-burro. Nativa. Flores creme-
amareladas.
Bignonicea caroba. Nativas. lnflorscencias rosa-
arroxeadas.
Bauhinia bongardi
Caesalpinia gardneriana, C. pyramidalis
Casearia inaequilatera, C. sylvestris
Cassia macranthera
Coutarea hexandra
Dodonaea viscosa
Eriotheca gracilipes
Erythrina humeana
Esenbeckia febrifuga
Galipea jasminiflora
Helietta longifoliata
Saliccea choupo branco. Europa e sia. Folhas ornamentais,
brancas inferiormente. Apropriado para regies alpinas.
Multiplicao por estaca ou alporque.
Bignonicea ip rosa ano. Nativa. Flores rosa-arroxeadas,
de abril a junho. Flor smbolo do Estado de So Paulo.
Inmeras espcies possuem porte baixo, mas no so
multiplicadas em viveiros. Encontram-se nativas ou
compem arboretos e parques botnicos, sem que tenham
despertado interesse no seu emprego em arborizao
urbana. Entre muitas, destacam-se as seguintes:
Leguminosa chapadinha. Nativa. Inflorescncias brancas.
Crescimento lento.
Sapindcea titoki. sia. Folhagem ornamental, copa
globosa, frutos vermelhos, ornamentais, apreciados por
pssaros.
Leguminosa angelim. Flores rosa-arroxeadas. Espcies
nativas, de crescimento lento.
Leguminosa unha-de-vaca. Nativa. Flores brancas.
Leguminosa catingueira. Nativas. lnflorescncias
amarelas. C. mexicana - cesalpinia do Mxico. Mxico.
lnflorescncias amarelas.
Tabebuia avellanedae var. paulensis
Acosmium sub-elegans
Alectryon tomentosum
Andira anthelmia, A. fraxinifolia, A.
parvifolia
Populus alba
Jacaranda brasiliana, J. oxyphylla,
J. puberula, J. semiserrata
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Leguminosa olho de pavo. sia. lnflorescncia
amareladas de janeiro a maro. Sementes vermelhas,
ornamentais.
Melicea aglaia. China. Copa colunar, folhagemornamental. Flores diminutas ao longo dos ramos, muito
perfumadas, em julho-agosto. Frutos estreis, muito
apreciados por pssaros. Multiplicao por estaca,
alporque e por "ladres".
Leguminosa falso bano. sia. Folhas decduas,
inflorescncias branco-creme, muito perfumadas, de
outubro a dezembro. Vagens grandes, ornamentais.
Leguminosa angico branco. Nativa. Inflorescncias
brancas, de setembro a dezembro.
Leguminosa baunia rosa, unha-de-vaca, casco-de-vaca.
sia. Flores rosa-arroxeadas de julho a outubro. Na
variedade candida as flores so brancas.
Leguminosa baunia rosa. sia. Flores rseas, de
maro a maio.
Esterculicea perna-de-moa. Austrlia. Tronco ornamental,
copa piramidal, folhas ornamentais de forma varivel. Flores
brancas de agosto a novembro. As plantas podem ser
masculinas ou femininas.
4.2.2 rvores de porte mdio e alto mais comuns
Adenanthera pavonina
Aglaia odorata
Albizia lebbeck
Anadenanthera colubrina
Bauhinia variegata
Bauhinia triandra
Brachychiton populneum
Celastrcea cafezinho. Nativa. Flores brancas e frutos
apreciados por pssaros.
Rutcea chupa ferro. Nativa. Flores avermelhadas.
Mirtcea cambus. Nativas. Diversas espcies de tronco
marmorizado, avermelhado, flores brancas e frutos apreciados
por pssaros.
Ocncea Nativa. Folhas ornamentais e inflorescncias
amarelas.
Apocincea leiteiro. Nativa. Flores brancas.
Rubicea limo do mato. Nativa. Flores brancas, muito
perfumadas.
Composta estiftia branca. Nativa. lnflorescncias
brancas, densas.
Melicea catigu. Flores creme-amareladas (no tem a
procedncia).
Verbencea tarum. Nativa. Flores brancas.
Maytenus alaternoides
Metrodorea nigra
Myrciaria spp
Ouratea castanaetolia
Peschiera fuchsiaefolia
Randia latifolia
Stifftia parviflora
Trichilia weddellii
Vitex montevidensis
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Borragincea babosa branca. Nativa. Flores brancas de
setembro a maro, frutos ornamentais, branco-cerosos.
Borragincea louro branco. Nativo. lnflorescncias
densas, brancas, de maio a setembro, muito visitadas por
abelhas.
Caparidcea tapi. Nativa. Inflorescncias branco-
rosadas em setembro a outubro.
Rutcea guarant. Nativa. Inflorescncias creme-
amareladas, densas, de setembro a novembro.
Leguminosa me-do-cacau, madre del cacao. Amrica
Tropical. Folhas decduas, inflorescncias rosa claro ao
longo dos ramos, de julho a outubro.
Protecea grevlea gigante. Austrlia. Copa piramidal,
folhas ornamentais, inflorescncias amarelo-ouro,
densas, em setembro-outubro.
Leguminosa alecrim. Nativa. Copa globosa, densa, flores
esverdeadas de junho a agosto, no vistosas.
Leguminosa ing branco. Nativo. Inflorescncias brancas
em setembro-outubro. Frutos brancos, suculentos.
Bignonicea jacarand mimoso. Originrio da Argentina,
Bolvia e Paraguai. Folhagem ornamental, inflorescncias
grandes, lilases, de agosto a dezembro.
Cordia superba
Cordia trichotoma
Crataeva tapia
Esenbeckia leiocarpa
Gliricidia sepium
Grevilllea robusta
Holocalyx glaziovii
lnga fagifolia
Jacaranda mimosifolia
Gutfera guanandi. Nativa. Copa piramidal, flores brancas
em outubro-novembro.
Leguminosa pau-brasil. Nativa. Flores amarelas, muito
perfumadas, em setembro-outubro. rvore Nacional. Possui
espinhos.
Leguminosa sibipiruna. Nativa. Folhas decduas,
inflorescncias densas, cnicas, amarelas, de agosto a
outubro.
Leguminosa cssia carnaval. Argentina. Folhas pinadas
verde claro, inflorescncias densas, amarelas, de dezembro
a maro.
Leguminosa cssia excelsa. Nativa. Folhas pinadas verde
escuro. Inflorescncias grandes, eretas, amarelo-ouro.
Leguminosa pau-de-cigarra. Nativa. Inflorescncias
amarelas densas, de janeiro a maro.
Leguminosa manduirana. Nativa. Flores amarelas,
grandes.
Leguminosa cssia siamesa. sia. Inflorescncias
amarelo-limo, de dezembro a maro.
Leguminosa sombreiro. Nativa. lnflorescncias rosa-
arroxeadas de novembro a abril.
Calophyllum brasiliense
Caesalpinia echinata
Caesalpinia peltophorodes
Cassia carnaval
Cassia excelsa
Cassia multijuga
Cassia speciosa
Cassia siamea
Clitoria racemosa
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Laurcea canelinha. Nativa. Inflorescncias brancas
em outubro-novembro. Frutos apreciados por pssaros.
Bombaccea monguba. Nativa. Flores branco-rosadas,
grandes, de setembro a fevereiro.
Leguminosa ibir puit. Nativa. Inflorescncias eretas,
amarelas, de fevereiro a maio. Folhas decduas.
Pitosporcea pau-de-incenso. Austrlia. Folhagem
ornamental, flores brancas de setembro a novembro.
Leguminosa aldrago. Nativa. lnflorescncias amarelas
em setembro-outubro.
Sapindcea sabo-de-soldado. Nativa. lnflorescncias
brancas, densas, em julho-agosto. Frutos amarelados,
ornamentais.
Anacardicea aroeira pimenteira. Nativa. Inflorescn-cias brancas de outubro a fevereiro. Frutos vermelhos,
brilhantes, ornamentais, apreciados por pssaros.
Anacardicea aroeira salsa. Nativa. Folhagem
ornamental, ramagem pendente. Inflorescncias creme-
amareladas, de agosto a outubro. Frutos amarelados,
apreciados por pssaros.
Nectandra megapotamica
Pachira aquatica
Peltophorum dubium
Pittosporum undulatum
Pterocarpus violaceus
Sapindus saponaria
Schinus lentiscifolius
Schinus molle
Sapindcea rvore da China, China. Folhagem ornamental,
inflorescncias grandes, amarelas, de fevereiro a abril.
Frutos vermelhos ornamentais.
Litrcea dedaleiro. Nativa. Inflorescncias brancas de
abril a julho.
Litrcea resed gigante. Origem tropical. lnflorescncias
grandes, rseas ou rosa-arroxeadas, de novembro a janeiro.
Folhas decduas.
Olecea alfeneiro do Japo. sia. Inflorescncias grandes,
brancas, de outubro a dezembro. Frutos arroxeados,
ornamentais.
Melicea cinamomo, Santa Brbara ou pra-raio. sia.
Inflorescncias grandes, arroxeadas de julho a outubro.
Folhas decduas.
Magnolicea magnlia amarela. ndia. Flores amarelas,
muito perfumadas, de setembro a janeiro. Sementes
apreciadas por pssaros.
Crisobalancea oiti. Nativa. Flores no vistosas, brancas,
de julho a setembro.
Leguminosa cabreva. Nativa. Inflorescncias brancas
em outubro-novembro, muito visitadas por beija-flores.
Frutos aromticos.
Koelreuteria bipinnata
Lafoensia pacari
Lagerstroemia speciosa
Ligustrum lucidum
Melia azedarach
Michelia champaca
Moquilea tomentosa
Myroxylon peruiferum
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44 | Arborizao Urbana e Viria CPFL Energia
Bignonicea ip-amarelo. Nativa. lnflorescncias
amarelas em agosto-setembro. Folhas decduas.
Bignonicea ip-amarelo. Nativa. lnflorescncias
amarelas, grandes, em agosto-setembro. Flor smbolo do
pas. Folhas decduas.
Combretcea chapu-de-sol, sete copas. India. Copa
piramidal. Flores creme-esverdeadas em setembro-
outubro. Folhas decduas, com colorido outonal. Os frutos
so conhecidos por cuca.
Melastomatcea quaresmeira roxa. Nativa.
Inflorescncias roxas, de dezembro a julho. Na variedade
rsea as flores so cor-de-rosa.
Melastomatcea manac-da-serra. Nativa. Flores
mutveis do branco ao rosa escuro, brilhantes. Adaptada
s regies alpinas.
Melastomatcea manac-da-serra. Nativa. Flores
grandes, mutveis do branco a cor-de-rosa, de outubro a
maro. Adaptada s regies litorneas.
Inmeras espcies incluem-se no grupo de rvores de
porte mdio e alto, mas no so multiplicadas comer-
cialmente. Normalmente, so encontradas em estado
nativo ou compem arboretos e parques botnicos.
Dentre muitas outras, destacam-se as seguintes:
Tabebuia serratifolia
Tabebuia vellosoi
Terminalia catappa
Tibouchna granulosa
Tibouchina mutabilis
Tibouchina pulchra
Anacardicea aroeira pimenteira. Nativa. Inflorescncias
brancas de outubro a fevereiro. Frutos cor de vinagre,
opacos, apreciados por pssaros.
Bignonicea ip-de-jardim. Amrica Tropical. Folhagem
ornamental, inflorescncias amarelas vrias vezes durante
o ano.
Bignonicea ip-roxo. Nativa. lnflorescncias rosa-
arroxeadas em julho-agosto. Folhas decduas.
Bignonicea ip-amarelo. Nativa. lnflorescncias
amarelas de julho a outubro. Folhas decduas.
Bignonicea ip-roxo. Nativa. Inflorescncias roxas em
junho-julho. Folhas decduas.
Bignonicea ip-roxo de bola. Nativa. Inflorescncias
globosas, rosa-arroxeadas, de maio a julho. Folhas
decduas.
Bignonicea ip-blsamo. Antilhas. Inflorescncias rosa-
arroxeadas de agosto a novembro. Folhas decduas.
Bignonicea ip-branco. Nativa. lnflorescncias brancas
ou rosadas, de julho a setembro. Na variedade violascens,
de regies alpinas, as flores so grandes e arroxeadas.
Folhas decduas.
Schinus terebinthifolius
Stenolobium stans
Tabebuia avellanedae
Tabebuia chrysotricha
Tabebuia heptaphylla
Tabebuia impetiginosa
Tabebuia pentaphylla
Tabebuia roseo-alba
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Leguminosa ararib. Nativa. Inflorescncias
amarelas.
Laurcea canforeira. ndia. Folhagem ornamental. Flores
creme-amareladas.
Leguminosa pau-de-leo, copaba. Nativa. Folhagem
nova avermelhada, ornamental. Inflorescncias brancas.
Laurcea canela-batalha. Nativa, Flores esverdeadas,
frutos brancos e ornamentais.
Sapindcea arco-de-peneira. Nativa. Folhagem,
ornamental, inflorescncias creme-amareladas.
Bignonicea ip-de-flor-verde. Nativa. Inflorescncias
esverdeadas.
Rutcea tingui preto. Nativa. Folhagem ornamental,
inflorescncias grandes, creme-amareladas.
Bombaccea embiruu-mirim. Nativa, folhagem
ornamental, flores brancas.
Leguminosa E. falcata - suin. lnflorescncias vermelhas,
pendentes. E. glauca - eritrina amarela. lnflorescncias
amareladas. E. mulungu - mulungu. Tronco ornamental,
inflorescncias briques. E. velutina - eritrina da Bahia.
Flores amarelo-alaranjadas, E. verna - suin.
lnflorescncias vermelhas, brilhantes, pendentes.
Espcies nativas.
Centrolobium tomentosum
Cinnamomum camphora
Copaifera langsdorffii
Cryptocarya moschata
Cupania vernalis
Cybistax antisyphilitica
Dictyoloma incanescens
Eriotheca candolleana
Erythrina
Leguminosa sia. Inflorescncias amareladas.
Leguminosa sia. Tronco ornamental branco-esverdeado.
Flores branco-esverdeadas.
Euforbicea sia. Inflorescncias amareladas, densas.
Apocincea guatambu. Copa piramidal, flores brancas.
Aspidosperma olivaceum guatambu-oliva. Folhagemornamental, flores brancas. Espcies nativas.
Rutcea pau-marfim. Nativa. lnflorescncias
esbranquiadas.
Leguminosa sucupira. Nativa. Flores lilases.
Esterculicea rvore-de-fogo. Folhagem ornamental,
inflorescncias vermelhas, pendentes (no tem
procedncia).
Melicea cangerana. Nativa. Folhagem ornamental,
inflorescncias creme-esverdeadas. Frutos vermelhos,
ornamentais.
Rubicea pau mulato. Nativa. Copa colunar, tronco
bronzeado, ornamental. lnflorescncias brancas.
Melicea cedro rosa. Nativa. Folhagem ornamental, flores
creme.
Albizia falcata
Albizia procera
Aleurites trisperma
Aspidosperma ramiflorum
Balfourodendron riedelianum
Bowdichia virgiloides
Brachychiton acerifolium
Cabralea multijuga
Calicophyllum spruceanum
Cedrela fissilis
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48 | Arborizao Urbana e Viria CPFL Energia
Sapindcea camboat. Nativa. lnflorescncias brancas.
Frutos para pssaros.
Ebencea fruta-de-jacu. Nativa. Flores branco-creme.
Leguminosa jacarand-paulista. Nativa. lnflorescncias
arroxeadas.
Rutcea caputuna. Nativa. inflorescncias brancas.
Leguminosa cabreva parda. Nativa. Inflorescncias
creme-amareladas, muito visitadas por abelhas.
Laurcea Diversas espcies nativas, denominadas
genericamente canelas.
Laurcea Diversas espcies nativas, denominadas
comumente canelas. O. odorifera - sassafrs. Copa
globosa, inflorescncias creme.
Euforbicea tamanqueira. Nativa. Copa piramidal, flores
de cor creme.
Laurcea embuia. Nativa. Inflorescncias creme-
amareladas.
Laurcea massaranduba. Nativa. Inflorescncias
amareladas.
Leguminosa pau-pereira. Nativa. Inflorescncias roxas.
Matayba elaeagnoides
Maba inconstans
Machaerium villosum
Metrodorea stipularis
Myrocarpus frondosus
Nectandra spp.
Ocotea spp.
Pera obovata
Phoebe porosa
Persea cordata
Platycyamus regnellii
Rutcea guarant. Nativa. Inflorescncias creme-
amareladas, densas.
Flacurticea pau-de-espeto. Nativa. Inflorescncias
creme-amareladas, densas. Copa piramidal.
Bignonicea jacarand-de-minas. Inflorescncias roxas.
J. macrantha - carobo - Copa colunar, folhagem
ornamental, inflorescncias roxas. J. micrantha - carobo.
Copa colunar, folhagem ornamental, inflorescncias roxas.
Espcies nativas.
Cunonicea cangalheira. Nativa. Folhagem ornamental
inflorescncias brancas.
Leguminosa embira. lnflorescncia brancas. L.
muehlbergianus - guaian. lnflorescncias rosa-arroxeadas
(no tem procedncia).
Tilicea aoita-cavalo. Nativa, inflorescncias rosa-
arroxeadas.
Leguminosa guaiara. Nativa. Copa globosa, flores
vermelhas.
Magnolicea magnlia grande, magnlia branca. Amrica
do Norte. Copa piramidal, folhagem ornamental, flores
brancas, grandes.
Esenbeckia leiocarpa
Casearia gossypiososperma
Jacarand cuspidifolia
Lamanonia ternata
Lonchocarpus guilleminianus
Luehea divaricata
Luetzelburgia pterocarpoides
Magnolia grandiflora
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50 | Arborizao Urbana e Viria CPFL Energia
Anacardicea peito-de-pomba. Nativa. Flores creme-
amareladas.
Combretcea amarelinho. Nativa. Inflorescncia creme-
esverdeadas.
Leguminosa angelim. Nativa. Inflorescncias rosa-
arroxeadas.
Voquisicea cinzeiro. Nativa. Inflorescncias amarelas,
eretas
Bignonicea ip-felpudo. Nativa. Folhagem ornamental,
inflorescncias creme-amareladas
Tapirira guianensis
Terminalia brasiliensis
Vatairea heteroptera
Vochysia tucanorum
Zeyhera tuberculosa
Leguminosa sacambu. Nativa. Inflorescncias amarelas.
Leguminosa amendoim. Nativa. Inflorescncias
amarelas.
Bombaccea embiruu. Nativa. Flores brancas, grandes.
Leguminosa amendoim do campo. Nativa. Inflorescncias
amarelas.
Mirsincea capororoca. Nativa. Copa colunar, flores
branco-creme. Frutos para pssaros.
Apocincea casca-danta. Nativa. Inflorescncias creme-
amareladas.
Aralicea carobo. Nativa. Folhagem e tronco
ornamentais. lnflorescncias cor creme. Frutos para
pssaros.
Euforbicea guaraiuva. Nativa. Tronco marmorizado,
ornamental. lnflorescncias creme-amareladas.
Leguminosa passuar. Nativa. Inflorescncias creme-
esverdeadas.
Bignonicea caroba branca. Nativa. Inflorescncias
brancas.
Bignonicea T. alba - ip-amarelo-de-serra. Folhagem
ornamental, inflorescncias amarelas. T. ochracea - ip-amarelo-do-campo. Inflorescncia amarelo-ouro. Nativas.
Platymiscium floribundum
Platypodium elegans
Pseudobombax grandiflorum
Pterogyne nitens
Rapanea umbellata
Rauwolfia sellowii
Sciadodendron excelsum
Securinega guaraiuva
Sclerolobium denudatum
Sparattosperma vernicosum
Tabebuia spp.
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4.2.3.1 Espcies mais freqentes com tronco mdio e alto
Palmeiras com folhas pinadas
Seafrtia Austrlia. Tronco anelado, dilatado na base.Folhas planas. Na variedade Beatricae o tronco esbelto e
mais anelado. Frutos vermelhos.
Seafrtia Austrlia. Tronco cilndrico, anelado. Frutos
vermelhos.
Indai-do-litoral Folhas longas, planas. Frutos castanhos.
Indai-do-litoral Folhas longas, crespas. Frutos
amarelados.
Cariota sia. Folhas grandes com fololos deltides.
Frutos urticantes, inconvenientes.
Areca-de-Lucuba Madagascar. Tronco esbranquiado,
anelado. Folhas crespas.
Ilhas Mascarenas Palmito vistoso, folhas planas. Frutos
arroxeados, escuros.
Dendezeiro frica. Folhas longas, crespas. Frutos
bicolores, vermelho e preto.
A
Archontophoenix alexandrae
Archontophoenix cunninghamiana
Attalea compta
Attalea dubia
Caryota urens
Chrysalidocarpus lucubensis
Dictyosperma album
Elaeis guineensis
Palmeiras tambm costumam ser utilizadas em arborizao de ruas e
avenidas. O emprego de palmeiras nos espaos urbanos est condicionado
ausncia de fiao area, uma vez que no possvel a realizao de
podas de conteno. As palmeiras so mais frequentes em canteiros
centrais de avenidas.
De acordo com a espcie, as palmeiras formam troncos (estipes) nicos ou
mltiplos, neste ltimo caso dando origem a touceiras. Somente devem ser
utilizadas em vias pblicas as que tm tronco nico.
Com relao ao porte, as palmeiras podem ser sem troncos (acaules), com
troncos baixos ou, ainda, com troncos mdios e altos. As acaules no devem
ser utilizadas na arborizao viria.
As palmeiras apresentam dois tipos de folhas: em forma de pena (pinadas)
ou em forma de leque (palmada). Esses tipos de folha permitem
caracterizar as espcies.
4.2.3 Palmeiras em vias pblicas
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Palmeiras com folhas em leque
Porto Rico Tronco esbelto, elegante. Frutos pretos.
Carand Nativa. Frutos pretos.
Carnaba Nativa. Frutos pretos.
Iatnia Ilhas Mascarenas. Folhas avermelhadas. Frutos
castanho-esverdeados.
Austrlia Tronco claro. Frutos pardacentos.
Malsia Tronco revestido pelas bases dos pecolos. Frutos
azuis.
Malsia Tronco anelado. Frutos vermelhos.
Sabal azulado Caribe. Folhas azuladas na superfcie
inferior. Frutos pretos.
Palmeira saia da Califrnia Estados Unidos. Tronco
ornamental revestido pelas bases castanho-bronzeadas dos
pecolos. Folhas secas revestem o tronco por dezenas de
anos. Frutos pardos.
Palmeira saia do Mxico Tronco dilatado na base, com
caractersticas semelhantes s da espcie anterior.
B
Coccothrinax alta
Copernicia alba
Copernicia prunifera
Latania verschaffeltii
Livistona decipiens
Livistona hoogendorpii
Livistona rotundifolia
Sabal glaucescens
Washingtonia filifera
Washingtonia robusta
Juara Nativa. Palmito vistoso, folhas planas de fololos
pendentes. Frutos pretos.
Tamareira das Canrias Ilhas Canrias. Tronco espesso,
folhas grandes, planas. Frutos amarelos.
Tamareira das pedras ndia. Folhas recurvadas, planas.
Frutos vermelhos.
Austrlia Tronco esbelto, folhas planas. Frutos vermelhos.
Borinquena Porto Rico. Tronco sinuoso, harmonioso.
Folhas grandes, crespas. Frutos cor de vinho.
Palmeira imperial Caribe. Tronco cilndrico, uniforme.
Folhas grandes, planas. Frutos cor-de-vinho.
Palmeira real Cuba. Tronco sinuoso, irregular. Folhas
grandes, crespas. Frutos cor de vinho.
Guariroba Nativa. Tronco claro, fissurado. Folhas crespas.
Frutos verde-amarelados.
Jeriv Nativa. Tronco varivel, esbelto ou espesso. Folhas
crespas. Frutos amarelos.
Veitchia Origem desconhecida. Folhas planas, frutos
vermelhos.
Euterpe edulis
Phoenix canariensis
Phoenix rupicola
Ptychosperma elegans
Roystonea borinquena
Roystonea oleracea
Roystonea regia
Syagrus oleracea
Syagrus romanzoffiana
Veitchia montgomeryana
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Sabal palmetto
Sabal mexicana
Sabal texana
Trachycarpus fortunei
Trithrinax brasiliensis
4.2.3.2 Espcies mais freqentes com tronco baixo
Palmeto Estados Unidos. Tronco revestido pelas bases dos
pecolos, formando um desenho. Frutos pretos.
Sabal-do-Mxico Mxico. Tronco espesso revestido pelas
bases dos pecolos. Frutos pretos.
Sabal-do-Texas Estados Unidos. Tronco revestido pelas bases
dos pecolos. Folhas muito rijas.
Trachycarpus fortunei China. Tronco revestido por tecido
fibroso, denso, escuro. Frutos reniformes, verde-acinzentados.
Caranda Nativa. Tronco revestido por plos densos, acamados,
semelhantes a espinhos. Frutos verde-amarelados.
Com folhas pinadas
Buti Nativa. Folhas planas, recurvadas. Frutos amarelados.
Buti cinzento Nativa. Folhas acinzentadas, planas,
recurvadas. Frutos amarelos, suculentos, perfumados.
Buti felpudo Nativa. Folhas planas, recurvadas. Espata
felpuda. Frutos verde-amarelados.
Tamareira-de-jardim frica. Folhas planas. Frutos negro-
arroxeados.
Palmeiras com folhas em leque
Livistona chinensis China. Frutos verde-arroxeados,
brilhantes.
Livistona australis Austrlia. Tronco revestido por tecido
fibroso e pelas bases dos pecolos. Frutos verde-arroxeados,
brilhantes.
A
Butia capitata
Butia capitata var. odorata
Butia eriospatha
Phoenix roebelinii
B
Livistona chinensis
Livistona australis
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Muitas vezes, d-se pouca importncia aos cuidados essenciais ao plantio das
espcies arbreas nos ambientes urbanos. Entretanto, estes so fatores determinantes
para que as plantas se desenvolvam corretamente e possam desempenhar as
funes esperadas. Devem-se tomar todas as precaues para que as plantas no
venham a causar problemas no futuro como, por exemplo, a queda por falta de
sistema radicular que as sustentem adequadamente ou venham a obstruir o trnsito
de pessoas e de veculos, por formao defeituosa da parte area.
Existe uma discusso em torno da altura mnima para plantio de mudas em
caladas, em razo da melhor adaptao da planta ao local quando esta
plantada menor, o que um fato. Entretanto, mudas menores esto mais
sujeitas ao vandalismo.
Para se ter uma idia do problema, no Estado de So Paulo, de cada 100 mudas
plantadas, entre 50 e 80 certamente sero mutiladas! Desta forma, como preveno
s aes de vandalismo, tem-se adotado o plantio de mudas com, no mnimo, dois
metros de altura, medida considerada entre o colo e as primeiras ramificaes da
futura copa, denominadas pernadas bsicas.
Produzidas em viveiros, essas plantas so conduzidas no sistema
denominado conduo em haste nica at que seu caule atinja o dimetro
de dois centmetros, envasadas em embalagens de 10 a 20 litros de volume.
No viveiro, at atingirem esse padro, so feitas desbrotas laterais,
periodicamente, evitando-se o entouceiramento e o conseqente atraso no
desenvolvimento das mudas.
5.1 Padro das mudas
TCNICAS PARA O PLANTIODE RVORES
5
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Esta forma de produo exige um tempo maior de conduo, com substituio
peridica das embalagens, sempre passando as mudas para embalagens de
maiores volumes. Caso no exista data determinada para o plantio definitivo,
depois de algum tempo essas mudas podem ser produzidas no prprio solo do
viveiro, num processo tambm especfico de conduo para obteno de mudas
de padro superior para plantio em caladas. Nessas condies, as mudas podem
permanecer em espera por perodo de dois a trs anos.
Mudas em espera conduzidas no prprio solo do viveiro
Mudas embaladas em saco plstico
A partir de ento, na maioria dos casos, elimina-se a ponta do ramo principal, que
exerce a dominncia apical, forando-se o crescimento dos ramos laterais da
planta. Assim, vai-se delineando a base da futura copa, que conduzida em trs
a cinco pernadas.
Quando as ramificaes primrias tiverem de um a dois centmetros de
dimetro, retira-se de cada uma o prprio pice, surgindo da novos ramos
e, assim, sucessivamente, at ter-se uma copa bem formada com ramos
secundrios e tercirios.
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Abertura de cova com o preparo do substrato, retirada de
embalagem e colocao da muda e da estaca no bero.
Quanto maiores as covas para plantio, melhores as chances das plantas se
desenvolverem adequadamente. Como recomendao bsica, covas cbicas
com 60 centmetros de seo atendem s necessidades mnimas para um
bom desenvolvimento inicial das plantas.
Nas condies urbanas, normalmente a terra de baixa fertilidade ou
excessivamente compactada, contendo entulhos, o que a torna imprpria
para o plantio. Recomenda-se que, por ocasio da abertura das covas, o
solo retirado seja descartado e substitudo por igual volume de substrato
preparado da seguinte forma:
Corretivos de solo 500 gramas de calcrio calctico ou dolomtico. O
calcrio tem a finalidade de corrigir a acidez e disponibilizar os nutrientes
necessrios ao desenvolvimento da planta.
Matria orgnica 20 litros de esterco de curral curtido ou sete litros deesterco de granja avcola ou 250 gramas de torta de mamona por cova. A
matria orgnica promove a melhoria das propriedades fsicas, qumicas e
biolgicas do solo.
Fertilizantes 200 gramas da frmula 4-14-8 ou 10-10-10. Os fertilizantes
fornecem s plantas os nutrientes necessrios ao seu desenvolvimento.
Terra de boa qualidade para completar o volume necessrio.
5.2 Abertura e preparo das covas
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Muda padronizada e tutorada corretamente. No detalhe, o amarrilho
em oito deitado.
As mudas tambm podem ser protegidas
por gradil, existindo os mais diversos
modelos: de seo quadrada, triangular
e mesmo circular. bsico, porm, que
a proteo seja suficientemente arejada,
de maneira a no abafar as mudas,possibilitando a livre penetrao dos
raios solares e o necessrio arejamento,
para garantir o adequado desenvolvi-
mento da planta.
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No Estado de So Paulo, a poca mais adequada para o plantio de mudas a estao
chuvosa, durante a primavera e o vero. No entanto, a implantao de mudas pode
ser feita em qualquer poca do ano, desde que estas sejam irrigadas com quantidade
de gua suficiente para o pegamento.
Para realizao do plantio, as mudas devem ser retiradas das embalagens com todocuidado para no esboroar o torro que abriga suas razes. Normalmente, as plantas
so produzidas em sacos plsticos, vasos ou latas, devendo essas embalagens ser
descartadas de forma adequada. Exceo deve ser feita aos jacs, tipo de
embalagem semelhante a um cesto de palha, que podem ser enterrados junto com
as mudas, pois se desintegram com o tempo.
Visando a garantir o estabelecimento da muda no local, deve-se amarr-la a uma
estaca de bambu ou de madeira serrada (tutor), com a parte inferior enterrada e altura
aproximada de 1,50m a 2,00m, com barbante ou corda de sisal ou mesmo com tira
de borracha de cmara-de-ar, em forma de oito deitado.
A muda e o tutor devero ser manualmente colocados bem a prumo no interior da
cova ou do bero, completando-se com a terra preparada, a qual dever ser firmada
de modo a preencher os espaos vazios e as bolsas de ar eventualmente existentes,
esta operao tambm dar sustentao ao tutor. No plantio, importante observar
que o colo, base da muda, dever ficar no mesmo nvel da superfcie do solo. O plantio
com o colo enterrado poder causar o "afogamento" e at a morte da muda.
Antes do plantio, as mudas podero ter a superfcie foliar reduzida, de modo a evitar
perda de gua por transpirao. Depois do plantio, dever ser feita uma coroa na
superfcie do solo, na extenso da cova, sobre a qual ser posto algum tipo de
cobertura morta como, por exemplo, capim seco. Este procedimento contribuir
para manter a umidade do solo depois das regas.
5.3 Plantio
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PODA E CONDUO DERVORES URBANAS
6Para que a muda se transforme em rvore e propicie os benefcios esperados, necessrio dedicar-lhe alguns cuidados: regar freqentemente, sem
exagerar; retirar o mato que surge na superfcie do solo, consumindo
nutrientes e concorrendo com a planta; fixar o tutor no solo; renovar o
amarrilho quando apodrecer; combater formigas cortadeiras; adubar em
cobertura no perodo quente e chuvoso do ano e eliminar, com tesoura-de-
poda, os ramos que surgirem abaixo da futura copa.
5.4 Manuteno das mudas
Muda plantada em calada, protegida com gradil metlico.
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A aplicao da poda em rvores requer que sejam respeitados os fatores
que as predispem, quais sejam: as espcies envolvidas e sua resistncia
interveno, o estdio de desenvolvimento das plantas, a poca de sua
aplicao e o rigor ou intensidade da interveno.
6.1 Fatores que determinam a aplicao da poda
Cada rvore pertence a uma determinada famlia, gnero e espcie
botnica, possuindo caractersticas e peculiaridades. Pelas inerentes
caractersticas morfolgicas e fisiolgicas, nem todas as rvores resistem
ao corte de sua ramagem, reagindo de modo diferente: umas apresentam
grande rebrotao, outras, o secamento dos ramos.
No Estado de So Paulo, a maioria das rvores em vias pblicas tem copacom forma arredondada, as quais aceitam podas corretivas e se regeneram.
J a aplicao de podas em rvores que apresentam formas tpicas -
globosa, colunar, cnica, piramidal e umbeliforme - deve ser evitada, uma
vez que descaracterizam a forma original. O mesmo vale para as palmeiras,
que no aceitam podas.
Exemplares adultos de Terminalia catappa, conhecida pelos nomes comuns
de sete copas ou chapu-de-sol, rvore de desenvolvimento monopodial,
cujas ramificaes so diretamente ligadas ao eixo do caule, quando
plantadas sob fiao area, podem ser conduzidas na altura de uma dessas
ramificaes. Caso a base de sua copa esteja muito prxima da rede
secundria, conveniente conduzir a planta recompondo sua copa, cuja
base deve ficar acima da fiao.
6.1.1 A resistncia poda
A coexistncia entre rvores, equipamentos e servios pblicos no meio urbano
tem obrigado o emprego de podas, de modo generalizado na maior parte do
mundo, visando a adequ-las s finalidades estticas, como forma de proteo
fitossanitria e, principalmente, com objetivo funcional.
Podar reduzir oportunamente os ramos de uma planta, de modo a benefici-la
e aqueles por ela favorecidos. uma operao que rene, a um s tempo, arte,
cincia e tcnica. A aplicao da poda se justifica para a manuteno das formas
das plantas, para a correo do seu desenvolvimento anormal e para diminuiodo ritmo de crescimento, mas nunca para det-lo.
Na fruticultura, embora nem todas as espcies a requeiram, a poda prtica
corrente e tem por finalidade a regularizao do ciclo produtivo, o aumento da
produtividade e a melhoria da qualidade dos frutos. Utilizada para reduzir o ritmo
de crescimento e direcionar o desenvolvimento da rvore, a poda deve ser
aplicada em ramos tecnicamente escolhidos, evitando-se o surgimento de efeitos
adversos, os quais podem aumentar o problema que se tentou corrigir.
A prtica da poda muitas vezes tambm necessria manuteno das formas
das plantas e pode ser empregada como nica opo tcnica para a recuperaode espcimes importantes da flora. Alm da poda de ramos e galhos, existe
tambm a poda de razes. Entretanto, este tipo de interferncia deve ser evitado
ao mximo, utilizando-se somente em situaes muito especiais, pois as razes
superficiais tm a funo de garantir a estabilidade e sustentao das rvores.
Desta forma, uma vez cortadas, afetam o equilbrio das plantas, tornado-as
suscetveis queda. A falta de planejamento da arborizao viria e o plantio de
espcies imprprias determinam a necessidade de aplicao de podas, prtica
corrente em razo da interferncia nos equipamentos urbanos. Quando existe
conflito entre a fiao area e as rvores, gerando situao de risco comunidade,
as empresas concessionrias de servios pblicos de eletricidade adotam a podade carter emergencial.
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A cada ano que passa e durante as estaes, ocorrem alguns fenmenos com as
rvores, que se distinguem em fases denominadas em conjuntociclo produtivo.
Durante o repouso vegetativo, normalmente no perodo de outono-inverno, as
espcies decduas perdem as folhas. a fase em que a planta reduz seu
metabolismo e, conseqentemente, consome menos energia.
Na primavera-vero, quando mudam as condies do ambiente,
especialmente a temperatura e a umidade, as plantas se renovam, entrando
em fase de desenvolvimento vegetativo com intensa produo de ramos
verdes e folhas. Com o surgimento de flores, frutos e sementes, completam
a fase reprodutiva, a qual garante a perpetuidade das espcies, voltando,
depois de algum tempo, novamente fase de repou so vegetativo. As
rvores, conforme a espcie, se comportam de maneira di ferente em
relao ao ciclo produtivo. Assim, para efeito de poca de poda, podemos
separar as espcies de arborizao urbana em trs grupos.
Num primeiro grupo de plantas encontram-se as espcies derepouso verdadeiro
- aquelas rvores que soltam as folhas no outono-inverno e depois rebrotam,
como por exemplo a sibipiruna, o chapu-de-sol e a espatdea. A poca
apropriada para intervir neste grupo a de menor atividade metablica, quando
as plantas esto sem folhas.
Um segundo grupo de plantas representado pelas espcies que soltam as folhas
no outono-inverno florescendo logo a seguir, ainda no inverno ou incio da
primavera. Temos neste segundo grupo os ips, as bauhinias, as eritrinas e a
mirindiba-rosa. Num terceiro grupo esto as plantas que no desprendem as
folhas de uma s vez, renovando-as gradualmente, ditassemi-caducas ou perenes,
como por exemplo: oiti, monguba, ficus, magnlia amarela, alfeneiro e ligustro.
6.1.3 O ciclo produtivo e a poca de podaExemplar de Terminalia catappa (Chapu-de-Sol) antes e depois da poda
As rvores esto na idade adulta quando em franco processo produtivo e
em pleno vigor vegetativo, ocasio em que se pode submet-las a podas
corretivas. Na medida em que envelhecem, h alteraes neste processo e
estas se tornam pouco resistentes s intervenes.
Em plantas jovens, pode-se aplicar a poda corretiva, pois muito comum
encontrar, em caladas, rvores com ramagem mal formada, plantas
originrias de mudas defeituosas, mal produzidas nos viveiros.
6.1.2 A idade das plantas
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A fronde das rvores o local que recebe diretamente os raios solares,
sendo este o ponto em que se processa com maior intensidade a
fotossntese. No centro da copa, onde a luz solar menos intensa, na
denominadazona no-produtiva, a quantidade de ramos verdes e de folhas menor, podendo ocorrer a secagem de ramos.
O objetivo da poda de limpeza eliminar os ramos secos da zona no-
produtiva, ramos doentes, tocos e aqueles que se dirigem para baixo, nos
quais a intensidade seivosa menor. A poda de limpeza pode ser aplicada
em qualquer tipo de rvore tanto nas de baixa, como nas de elevada
densidade foliar.
6.2.1 Poda de limpeza
Nos segundo e terceiro grupos, no havendo interesse na colheita das sementes,
a poca para podar logo aps sua florada.
Salvo em anos atpicos, no Estado de So Paulo, a poca adequada para
podar rvores concentra-se nos meses cujos nomes no tm a letra erre,
portanto demaio a agosto. Aconselha-se o final desse perodo para proceder
interveno, visto ser possvel a ocorrncia de geadas que podem afetar a
rebrotao das plantas. Entretanto, so realizadas podas ao longo de todo o
ano para garantir o bom funcionamento dos equipamentos urbanos taiscomo: placas de trnsito, semforos, construes, redes hidrulicas, obras
de pavimentao e fiaes areas.
equivocado e controverso o conceito de que a aplicao de podas
drsticas em rvores resolve o problema do contato destas com a fiao.
Quando as plantas reagem favoravelmente, a brotao de suas gemas
acaba produzindo ramos de rpido crescimento, fracos e verticalizados,
denominadosramos epicrmicos. Tem-se como resultado oenvassouramento
da copa, que propicia, em curto espao de tempo, a volta da interferncia
na fiao, dificultando o controle do problema. A aplicao seguida de
podas drsticas em rvores adultas debilita demais as plantas, reduzindosua vida til, e podendo conduzi-las morte.
Diferentes tipos de poda so aplicados nas plantas visando a harmoniz-las
com o meio urbano.
Toda vez que se cortam os ramos de uma rvore, necessrio saber em que
medida isso pode ser prejudicial planta. A prtica tem demonstrado que,
mesmo quando se respeitam todas as exigncias citadas anteriormente, a
eliminao de grande volume de ramagem danosa planta, podendo
conduzir o vegetal exausto.
Tem-se como regra bsica que a poda de mais de 30% do volume foliar da
copa de uma rvore inadequada e drstica, devendo ser aplicada apenas
em casos especiais. Assim, se necessrio, recomenda-se retirar at 30% do
volume de copa de uma rvore, promovendo o arejamento e a renovao da
planta, bem como o redirecionamento de sua ramagem.
6.2 Tipos de poda
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rvores cuja base de copa atrapalhe a passagem de pedestres pelas caladas, o
trnsito ou as paradas de veculos nas ruas necessitam passar por manejo
especfico, denominado poda delevantamento de saia oupoda de base de copa.
Este tipo de poda tambm aplicado para corrigir mudas pequenas ou mal
produzidas e conduzidas ou, ainda, as que tenham sido mutiladas duranteseu crescimento.
Outra convenincia desta forma de poda o aumento dos nveis de
iluminao noturna das vias e caladas, especialmente quando o
posteamento e as luminrias esto localizados na calada oposta e
paralelamente linha das rvores.
A maioria das plantas aceita bem esse procedimento, desde que estejam em
estdio de desenvolvimento juvenil, em processo de crescimento. Embora outras
espcies a requeiram, a necessidade de aplicao mais freqente em rvores de
copa pndula, plantadas em caladas, como o Choro Sallix babilonica , a Aroeirasalsa Schinus molle e a Escova-de-garrafa Callistemon spp.
6.2.2 Poda de levantamento de base de copaExemplar deCaesalpinea ferrea v. leiostachya (pau-ferro) antes e aps apoda de limpeza.
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rvore de Schinus mole (aroeira salsa ou falso-choro)
antes e depois da poda de levantamento de base de copa.
Exemplar de Ocotea spp (canelinha) antes e depois da
poda de levantamento de base de copa.
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Exemplar de Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna) submetida poda em furo.
Exemplar de Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna), submetida poda em
furo, com fiao passando livremente no interior e acima de sua copa.
Estes tipos de podas podem ser aplicados emrvores de folhagens decduas ou pouco
densas, cujas copas tenham parte dos ramos interferindo na fiao area. So mais
aplicadas em rvores das espcies: Pau-ferro Caesalpinia ferrea v. leiostachya, Sibipiruna
Caesalpinia peltophoroides e Tipuana Tipuana tipu, dentre outras.
fundamental observar que, ao desenvolver as podas em V e em furo, deve-serestringir ao mximo os cortes, eliminando-se, nica e exclusivamente, os ramos que estejam
interferindo na fiao ou cujo crescimento v se direcionar para a fiao. importante
lembrar que deve-se evitar a poda de ramos grossos e lenhosos, uma vez que seu corte
indevido, ao invs de conter o seu crescimento, estimula o desenvolvimento das gemas
expostas ao sol, com conseqente rebrota. Portanto, recomenda-se apenas a eliminao
dos ramos finos.
Deve-se atentar para as distncias, estabelecidas como Limites de Segurana, entre os
ramos e as redes: dois metros no caso da rede primria e um metro da rede secundria.
Nos casos em que a rede primria compacta (unida por um espaador em forma de
losango - spacer cable) ou naqueles em que a rede secundria multiplexada (isolados
e juntos) ou de cabo nu com espaadores verticais, recomendada apenas a poda dosgalhos finos que se projetam em sua direo.
6.2.3 Poda em V e poda em furo
Exemplar de Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna) submetido poda em V.
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Exemplares deFicus submetidos poda ornamental.
fundamental saber que, quanto mais elevada a altura dos cortes, menor
ser o crescimento anual das plantas e mais longa sua vida til.
comum encontrar, nas cidades paulistas, podadores prestando servios
autnomos de poda em espcies de folhagem semi-caduca, aplicando a
denominada poda ornamental. Esta uma modificao da poda de
rebaixamento, mediante a qual se confere copa um formato diferente do
original. So comuns as formas cilndrica, piramidal e cbica. Embora
descaracterizem a originalidade, essas podas tm evitado a aplicao deintervenes mais drsticas nessas plantas.
Rebaixar significa tornar mais baixo. A poda de rebaixamento deve ser
aplicada reduzindo-se a altura da rvore em toda a extenso de sua copa,
na intensidade mnima e que no modifique sua forma e estrutura,
mantendo-se, portanto, sua arquitetura.
Esta modalidade de poda tambm pode ser aplicada em plantas de copaarredondada que tiveram sua forma comprometida por intervenes
anteriores mal feitas, ficando claro que esta a ltima opo tcnica em
busca da recomposio da copa dessas rvores.
Espcies arbreas de folhagem densa e semidecdua, como o Oiti
Moquilea tomentosa, Canelinhas dos gneros Ocotea e Nectandra,
Alfeneiro-do-Japo Ligustrum lucidum e vrias espcies do gneroFicus,
podem passar por esse processo de poda.
6.2.4 Poda de rebaixamento
Exemplar deLigustrum lucidum (Alfeneiro) podado corretamente.
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Presena de tocos que devem ser eliminados.
Se o ramo a ser podado for vertical, sero necessrios trs cortes: os doisprimeiros, do lado do tombamento do ramo, em forma de cunha, sem atingir
a linha de eixo do ramo.
O terceiro corte do lado oposto, de cima para baixo na direo do segundo e
at encontr-lo.
O ato de cortar um galho de rvore deve ser feito conforme os preceitos
tcnicos descritos a seguir, para favorecer a cicatrizao, evitar danos e
melhorar as condies fitossanitrias da planta.
6.3 Cortes e tratamento fitossanitrio
A reduo parcial de ramos longos, deixando-se parte deles para rebrotao,
deve ser criteriosa, observando-se e a existncia e posio das gemas e a
posio dos cortes, que devem ser feitos inclinados (embisel), para impedir
a penetrao da gua de chuva e de microrganismos patognicos no seuinterior. Definidos os ramos indesejveis, deve-se proceder total eliminao,
uma vez que acabam secando.
Os cortes a serem feitos numa planta obedecem a uma seqncia, deixando-se para
o final os ramos maiores e mais volumosos. Os cortes devem ocorrer da parte externa
para o interior da copa e de cima para baixo, sempre eliminando pequenas
quantidades de ramos e observando os efeitos desse procedimento na estrutura da
copa da rvore. A reduo drstica da ramagem pode impossibilitar a regenerao
futura da planta.
Ramos de grande dimetro e volumosos, pelo prprio peso, quando em queda,
podem lascar e provocar ferimentos nas cascas, os quais no cicatrizaro. Um ramo
volumoso deve ser seccionado em partes menores, respeitando uma seqncia de
cortes ascendentes precedendo cortes descendentes.
6.3.1 Posies de corte
Seqncia de cortes de ramos volumosos
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8/4/2019 Arborizao Urbana Viria
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Ponto de insero de ramos, na crista e colar.
Cortes em processo de cicatrizao da leso;percebe