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8/20/2019 Apr_final
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Novas Formas de Participação e Mobilização
Cívicas nas Redes Sociais
Filipe Teixeira Portela
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ON/OFF: Navegando pelas culturas digitais, tecnologias e conhecimento
INTRODUÇÃO
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As tecnologias relacionadas com as redes sociaisdigitais são ferramentas. São axiologicamente
neutras.
As redes sociais digitais não são uma panaceiapara as intervenções e mobilizações cívicas.
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ASPETOS FACILITADORES
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Aumentam o conhecimento sobre a diversidade do Mundo(diversidade cultural, política e social);
Permitem uma verdadeira sociedade em rede;
A comunicação móvel associada com as redes sociaisreforça a autonomia das pessoas;
Múltiplas formas de complementaridade entre as diversastecnologias;
Canal de comunicação de vasto alcance, com um elevadograu de personalização e interatividade;
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Alteram-se as formas de revelação e denúncia de injustiças einiquidades;
Partilha de conteúdos organizada por comunidades de interesses.Facilitam as construções partilhadas (crowdsourcing );
Minimização da economia de esforço na troca de informação, quereforça a capacidade de partilha;
Empoderamento dos utilizadores, consequência do crescimentoda via informacional;
De meros recetores de informações passam a criadores edistribuidores de inform
ação, qualquer cidadão é um potencial
ativista que mobiliza outros;
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Incentivam à criação de redes online baseadas nas redes sociaispessoais, offline;
Possibilidade de criar o seu próprio sistema de comunicação de
massas de um modo simples e económico;
Permitem a criação de uma cultura e identidade próprias, umaespécie de “comunidade imaginada global” dispersa pela rede;
Geram uma estrutura em rede que se caracteriza pela
horizontalidade de relacionamentos entre os membros;
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ASPETOS CONDICIONADORES
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Relação vertical entre os proprietários das redes sociais eos utilizadores, causando condicionamentos edependências.
A facilidade de criação, união e afastamento virtual dos
ativistas podem prejudicar a organização e coordenaçãodos esforços das mobilizações;
A iniquidade ou falta de coerência de algumas mobilizaçõessão irrelevantes para as mudanças sociais.
Efemeridade de algumas mobilizações e intervençõescívicas
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A desigualdade no acesso e utilização das tecnologias e dainternet;
As redes sociais são um campo privilegiado para astransgressões éticas:
Propagação da mentira;
Criação e recriação da realidade;
Manipulação e virtualização da vida e de informações;
Propagação de valores ofensivos/Insultuosos
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PARADIGMA TEÓRICO (Castells, 2014)
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I) Estão ligados em rede de múltiplas formas;
II) Iniciam nas redes sociais e transformam-se em movimentos
de ocupação de espaços urbanos;
III) São simultaneamente globais e locais (Glocal);
IV) São maioritariamente espontâneos;
V) Tornam-se virais, seguem a lógica das redes e da Internet;
VI) A transição da “indignação” para a “esperança” é
acompanhada pela deliberação de um “espaço de autonomia”
(the space of autonomy);
VII) Desenvolve-se a ideia de união entre os seus membros;
VIII) São movimentos “altamente autorreflexivos”;
IX) Muito raramente são “movimentos programáticos”.
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CONCLUSÃO
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As redes sociais afetam profundamente as mobilizações eintervenções cívicas;
Os novos movimentos sociais encontram nas redes digitais umaimportante ferramenta de mobilização e intervenção;
A emergência dos media sociais muda a natureza do ativismo e daslutas sociais (políticas, culturais, económicas);
Funcionam como um ferramenta coletiva que auxilia no despoletar,na organização e na conetividade dos ativistas em ambos osespaços: espaço virtual e espaço físico.
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Doutorando no Programa Relações Interculturais
Universidade aberta, Lisboa
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