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“Memória dos Pontos de Leitura Ancestralidade Africana no Brasil “ foi realizado IPR em parceria com FBN, SEPPIR e SCDC.
10 pontos de leitura em Comunidades Quilombolas e Casas Tradicionais de Matriz Africana, nas cinco regiões do país .
PROJETO
PARCERIA:
FBN/SNBP – política de implantação pontos de leitura, concedente e doação de um conjunto de equipamentos, mobiliários e o acervo básico de literatura.
SEPPIR - responsável pela seleção das 10 comunidades nesse projeto piloto e indicação da lista de 300 obras na temática da cultura negra.
SCDC - responsável pelo repasse do recurso destinado a compra do acervo temático.
IPR - convenente , execução do projeto e registro da memória dos Pontos de Leitura
1- Egbe lIe IVa Omi Davo Ase Obalavo - São Gonçalo, RJ
2- Centro Memorial de Matriz Africana 13 de agosto - POA, RS
3- Comunidade Quilombola Mesquita - Luizânia - GO
4- Quilombo Curiaú – Macapá - AP
5- Assoc. Santuário Sagrado Pai João de Aruanda, Teresina, PI
6- lIê Asé Omidewá - João Pessoa, Paraíba
7- Ilê Iyaba Omi Aciyomi - Belém, Pará
8- Assoc. Moradores e Produtores Rurais das Comunidades do de Macuco, Mata Dois, Pinheiro e Gravatá - Minas Novas, MG
9- Comunidade Negras Rurais de Castro, Paraná
10- Centro Cultural Orùmilá - Ribeirão Preto, SP
DADOS IBGE 2010: 190 milhões - 51% são pretos ou pardos
População marcada pela exclusão e marginalização e pouco acesso dessa população aos direitos humanos.
Divulgação de dados sobre essa realidade não são acompanhados de medidas eficazes no combate às desigualdades raciais.
O racismo estrutura e determina as relações raciais brasileiras e incide nas condições precárias de vida da população negra. (Geledés)
MAPA DA VIOLÊNCIA NO BRASIL
2011 - vitimização juvenil por homicídios cresce
O número de homicídios entre a população negra é explosivo e a vitimização entre jovens negros tem índices muito altos, beira um cenário de "extermínio“.
Morrem proporcionalmente mais do dobro de negros do que brancos, isso em média nacional, quando os dados são mais localizados a proporção é muito maior. Ex. periferia das metrópoles.Publicação Geledés - Violência Racial, uma leitura sobre os dados de homicídios no Brasil, out/2009
Mapa da Violência/2011• “as taxas de homicídios brancos caíram de 20,6 homicídios em 100 mil
brancos em 2002 para 15,9 em 2008.
• entre os negros, as taxas subiram: de 30 em 100 mil negros em 2002 para 33,6 em 2008.
• Entre os jovens, esse processo de vitimização por raça/cor foi mais grave ainda.
• As iniquidades raciais refletem-se na mortalidade da população negra e são decorrentes de condições históricas e institucionais que moldaram a situação do negro na sociedade brasileira.
• Os números revelam o que se deseja silenciar: a morte tem cor e ela é negra. Os jovens negros são as principais vítimas da violência, que vivem um processo de genocídio. (Portal Geledés)
• Publicação do Geledés - Violencia Racial, uma leitura sobre os dados de homicídios no Brasil, publicado em outubro/2009
• http://www.geledes.org.br/geledes/publicacoes-de-geledes/2413-violencia-racial-uma-leitura-sobre-os-dados-de-homicidios-no-brasil
METODOLOGIA
Memória – a experiência vivida se atualiza num fluxo constante com a realidade atual, à qual dá sentido.
Pesquisa: visita às comunidades quilombolas e casas tradicionais de matriz africana (5 a 10 dias) para o registro da memória.
Histórias individuais e de ocupação do espaço: Como vivem? O que fazem? Como se organizam?
Memória dos moradores mais antigos
Conversas com os jovens
Oficinas de histórias em grupo
METODOLOGIA DO TRABALHO DE CAMPO
INCRA - Existem mais de três mil comunidades quilombolas no país
FUNDAÇÃO PALMARES:
2.187 comunidades remanescentes de quilombos
1.845 tiveram certidões de auto-definição
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
As comunidades quilombolas e os povosdos terreiros sempre foram formas deresistência.São recentes no Brasil as definições e o reconhecimento de algunsdireitos desses povos, e escasso o conhecimento desses direitospelas comunidades e pelos agentes sociais.
“Nós éramos pretos (ou mosquito, ou carvão, na fala dos brancos...) e veio a Fundação Palmares e diz que somos quilombolas”. “Nós temos orgulho disso”.
“Como quilombolas sabemos que temos direitos, mas não conhecemos nossos direitos”, Quilombo Macuco/MG.
•O quilombo Curiaú – se localiza na atual área de balneário de
Macapá: pressão constante!
•O Quilombo Serra do Apon, Castro/PR - a invasão sobre a terra e
pressão intensa na 1a. Reunião para demarcação
•No quilombo Mesquita, a presidente sofre ameaças por ter
denunciado empresas construtoras agindo dentro da área e as
chácaras de lazer de políticos e abastados de Brasília ali dentro.
• No Quilombo de Macuco, em região muito pobre no Vale do
Jequitinhonha, sofrem com o secamento dos rios pelas mineradoras
. “A terra não é problema. Nosso problema é a água”, diz o Sr.
Geraldo Barroso
•CONAQ – Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas,
com algumas representações em nível dos estados, se empenha na
disseminação de informações, na organização dos quilombolas e
intervenções para o acesso aos direitos.
Pesquisa nas Regiões metropolitanas de Recife, Belém, BH e POA:
4.045 casas tracionais de matriz africana preservam a cultura afro-brasileira e afro-indígena.
70,8% - são pardas ou pretas (Alimento:Direito Sagrado, Pesquisa MDS, SEPPIR e Fundação Palmares, 2011)
CASAS TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA
‘O candomblé é um ponto de resistência, de busca e exercício da ancestralidade que foi tomada dos africanos trazidos à força e escravizados’. (Iyá MarciaD´Oxum, São Gonçalo/RJ)
‘Não entendo que Candomblé seja somente uma religião: é uma visão de mundo, uma forma de resistência e colocação, e tem tudo a ver com o modo civilizatório da matriz africana.. E aqui nós ganhamos este nome de batuqueiros por causa do que acontecia na Senzala e ficou:- é o Batuque. Porém, o Batuque pra nós é o barulho do tambor, a essência, a fé, o espaço da fé, a visão de mundo, a civilização e isso inclui a língua, o costume, o modo de andar, a harmonia do povo do terreiro, que é único, que é a matriz africana. O candomblé não quer mostrar que é a única verdade. O que quer é igualdade e respeito. (Iyá Vera Soares, Porto Alegre)
Luta pelo reconhecimento da identidade negra e a equidade: o acesso aos direitos-algumas comunidades conseguiram através de suas lutas o acesso a alguns direitos -porém as informações sobre esses direitos são dispersas e fragmentadas.
Superação da discriminação racial e a reparação.
O QUE OS UNE
Visitamos as comunidades tradicionais que têm atuado mais ativamente no cenário político.
Quantas comunidades quilombolas e quantos casas tradicionais têm o acesso ao conhecimento de seus direitos?
CONCLUINDO...
RESULTADOS
10 Pontos de Leitura implantados:
Acervo temático Acervo tradicional Estante de livros Mesa e cadeira Computador e impressora Puffs e tapete
RESULTADOS DA PESQUISA 150 horas de gravação em vídeo 300 horas de áudio coletado 1.200 fotos 10 Relatórios de campo; Mapa do Google e dados socioeconômicos Biblioteca multimídia com fotos e vídeos; Painel Colaborativo; Biblioteca virtual de livros e textos www.ancestralidadeafricana.org.br Livro
www.ancestralidadeafricana.org.br
MAPA GEORREFERNCIADO
POVOS TRADICIONAIS
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
MULTIMIDIA - 10 VIDEOS DE 15 MIN.
MULTIMIDIA – GALERIA DE FOTOS
BIBLIOTECA VIRTUAL
#memoriaafroInstagram
PAINEL COLABORATIVO E NOTÍCIAS
ww.facebook.com/AncestralidadeAfricana
2.294 PESSOAS
www.flickr.com/photos/ancestralidadeafricana/
Canal YouTube Ancestralidade Africana
LIVRO
LIVRO
Importância e necessidade debibliotecas temáticas.
Alguns locais: Pontos de Leitura eoutras casas que visitamos jáconstituíam bibliotecas com atemática de Matriz Africana, comenorme esforço próprio.
Pontos de Leitura da AncestralidadeAfricana no Brasil pode sermultiplicado em todo o territórionacional e pode ser considerado oponto de partida para trabalhar outrosgrupos que englobam a grandediversidade cultural brasileira.
PROJETO PILOTO
www.ancestralidadeafricana.org.br