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APRENDIZADO E MEMÓRIA
Rovena Engelberth
“Somos aquilo que recordamos”Norberto Bobbio
“ .... E também somos o que resolvemos
esquecer”.Iván Izquierdo
“ O conjunto de memórias de cada um
determina a sua personalidade”Iván Izquierdo
O que é memória para cada um de nós ?
Como fazemos a experiência individual e coletiva da
memória?
Tem algo que obrigatoriamente devemos esquecer?
Será que gêmeos univitelinos apresentam
Memória é a capacidade de reter informações
e de recuperá-las em diferentes momentos
Individualidade
Alto valor adaptativo Produto do sistema
nervoso central
Emoções
Níveis de atenção
Homeostasia
O que aprendemos!
“O aprendizado é uma alteração relativamente permanente no comportamento real ou
potencial que ocorre como consequência da prática ou experiência.”
Aprendizagem envolve a aquisição de nova informação (ou novas relações entre
informações pré-existentes).
Esta informação adquirida constitui uma memória. Por extensão, denominamos
memória ao produto mais ou menos permanente que sobejasse o processo que
chamamos aprendizagem.
Ou, em outras palavras…
“…se a aprendizagem é o processo de adquirir nova informação, então o termo
memória se refere à persistência deste aprendizado em um estado tal que possa
ser revelado mais adiante.”
E aprendizado depende de PLASTICIDADE
Células nervosas do córtex
Células nervosas do córtex
Aquisição: se refere ao mecanismo mediante o qual a informação percebida
é processada antes de ser armazenada.
ConsolidaçãoAquisição Expressão
Consolidação: Criação e manutenção um registro mnemônico (traço)
perdurável.
Expressão: utiliza a informação armazenada para criar uma representação
consciente ou para executar um comportamento aprendido.
AQUISIÇÃO CONSOLIDAÇÃO EXPRESSÃO
TEMPO
EXPRESSÃO
EXTINÇÃO
RECONSOLIDAÇÃO
ESQUECIMENTOAQUISIÇÃO CONSOLIDAÇÃO
• Pelo tempo que duram
Curta ou longa duração
• Pelo conteúdo que apresentam
Semântica, episódica
• Pela função que exercem
Memória de trabalho, procedural, habilidades..
Memória Sensorial ou ultra-rápida
Retém a breve impressão de um estímulo sensorial após este ter desaparecido.
Exemplo: “lembrar” a última frase dita durante uma conversa telefônica a qual
não
prestamos atenção porque estávamos assistindo televisão.
Tipos de memória: duração
Pode ser definida como aquela memória que nos permite manter “em mente” uma
pequena quantidade de informação recentemente adquirida que pode
proceder da memória sensorial e/ou da memória de longa duração (“evocação”) ou
bem ser o resultado recente do processamento de informação (memória de
trabalho).
Exemplo: “lembrar” enquanto discamos um número telefônico que acabamos
de ver na internet.
Memória de curta duração
Tipos de memória: duração
É aquela a qual normalmente nos referimos quando coloquialmente falamos de
“memória”. Contém a informação armazenada de maneira mais ou menos
permanente. Constitui um sistema dinâmico que contém itens altamente
interconectados.
Exemplo: qual é o seu número telefônico?
Memória de longa duração
Tipos de memória: duração
SENSORIAL CURTA LONGA
Modelo de armazenamento da informação
O experimentador apresenta ao sujeito uma de uma série possível de listas de itens a serem
lembrados. As listas contém um número variável de itens que podem ser dígitos, letras, siglas, números
de 3 dígitos, etc.
125867943 125; 867;
943CIAFBIIBMATT
CIA; FBI;
IBM;ATT
?
Logo após um intervalo de tempo variável (seg a min), o experimentador pede ao sujeito que escreva ou
diga os itens que lembra.
Memória de curta duração
O número máximo de itens efetivamente
armazenado na memória de curta duração
parece ser em torno de 7.
É importante notar que a memória de curta
duração guarda unidades informacionais.
Memória de curta duração
A história de H. M.
Perde
•Orientação em novos
espaços
•Reconhecimento de
pessoas apresentadas
•Permanência da
informação por mais que
alguns minutos
Mantém
•Memórias formadas antes da
cirurgia
•Informações autobiográficas
•Q.I.
•Retenção da informação por
período curto de tempo
•Aprendizado de novas
habilidades motoras
A história de H. M.
A história de H. M.
Explícitas
Implícitas
Declarativas
Não - Declarativas
Estas distinções indicam que todo o conhecimento não é idêntico!
Explícita ou declarativa significa que estas memórias contém informação
que usualmente sabemos que possuímos e a qual temos acesso consciente.
Este tipo de memórias incluem o conhecimento sobre nossa história pessoal e
sobre o mundo que nos rodeia.
Memória de longa duração
Ao contrário, as memórias implícitas e não-declarativas contém informação
qual
não temos acesso consciente, tal como conhecimento procedural e informação
Explícitas
Implícitas
Declarativas
Não - Declarativas
Estas distinções indicam que todo o conhecimento não é idêntico!
Memória de longa duração
Ao contrário, as memórias implícitas e não-declarativas contém informação que
não temos acesso consciente, tal como conhecimento procedural e informação
obtida a partir de aprendizagens simples como condicionamento e habituação.
EVENTOS
SELEÇÃO
AQUISIÇÃO Retenção
TemporáriaCONSOLIDAÇÃO
Retenção
Duradoura
ESQUECIMENTO
EVOCAÇÃO
COMPORTAMENTO
EVENTOS
INTERNO
▪ Caso Shereshevsky- “ A mente de um mnemonista”
EVOCAÇÃO
EVOCAÇÃO
EVOCAÇÃO
MLD
Memória Declarativa
(saber que)
FATOS
(aprovação no enem)
EVENTOS
(eclipse lunar em
2021)
Memória não-declarativa
(saber como)
PROCEDURAL
(andar de bicicleta)
APRENDIZADO NÃO-
ASSOCIATIVO
(hábitos e sensibilização)
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
(resposta emocional)
▪ MEMÓRIA DECLARATIVA
- Explícita
- Evocação consciente
▪ MEMÓRIA NÃO DECLARATIVA
(Associativa e não associativa
- Implícita
- Habilidades, hábitos ...
MEMÓRIA DE TRABALHO • Alto comando pré-frontal graças a atividade dos sistemas colinérgicos e
dopaminérgicos
• Sistema gerenciador central
• Esquizofrênicos apresentam falhas de memória de trabalho
MEMÓRIA DE TRABALHO • Esquizofrênicos apresentam falhas de memória de trabalho
• Clássica alteração de pré-frontal em psicopatas
Normal Assassino com
traumas de
infância
Sociopata
Caso Phineas Gage
Aprendizado associativo
Condicionamento clássico (Pavlov)
O condicionamento clássico envolve a associação de dois estímulos
Aprendizado associativo
Condicionamento operante (Skinner)
O condicionamento operante envolve a associação de um comportamento específico com um
evento reforçador
Aprendizado não associativo
Descreve mudanças comportamentais que ocorrem em resposta à um estímulo.
Habituação: Forma mais simples de aprendizado implícito.
Aprender a ignorar estímulos que não tem importância fisiológica. Diminuição da
resposta frente à um estímulo.
Barulho do trânsito, cachorros latindo....
Aprendizado não associativo
Habituação
Aprendizado não associativo
Descreve mudanças comportamentais que ocorrem em resposta à um estímulo.
Sensibilização:
Diante de um estímulo nocivo, o animal aprende a temê-lo, respondendo
vigorosamente não somente ao estímulo nocivo, mas também a estímulos
relacionados. A resposta é intensificada em relação ao estímulo.
Aprendizado não associativo
Sensibilização
CONDICIONAMENTO OPERANTE
Comportamentos influenciados por suas consequências
a consequência é a razão do comportamento
• vir a esta aula
• Ler noticias sobre a política brasileira
• convidar alguém para sairComponentes:
1. Resposta produz consequências
2. Consequência serve para aumentar ou
diminuir resposta
Resposta varia a cada repetição, embora sejam do mesmo
tipo:
* Rato pressiona a barra quando esta com fome
Como ele pressiona? Forte, fraco, com o pé, cauda, cabeça,
de olhos fechados,…
Skinner, 1920 – estudou condicionamento operante por outro
caminho…
Classificou o comportamento em 2 categorias:
• involuntário, reflexivo , podendo ser
condicionado classicamente
• operante – voluntario, controlado por
consequências e não por estímulos
Início – Thorndike 1890
Lei do efeito: comportamentos
que levam a recompensa são
reforçados, e comportamentos
que levam a insatisfação são
enfraquecidos
CONSEQUENCIAS: reforçadoras Sr ou punitivas Sp
Fortalescem ou Enfraquecem o comportamento R
R Sp
* Não se diz que o animal foi punido/reforçado, mas sim o comportamento foi punido/reforçado
Pressinar a barra → comida
R Sr
Pressinar a barra → choque
R Sp
Itens importantes:
1. Relação entre reforço e comportamento reforçadoResposta é
limitada ao
comportamento
natural das
espéciesAnimais com fome → cavar, rodar,
inspecionar paredes
Outros comportamentos não relacionados:
grooming, limpeza de face, marcação de
cheiro
2. Contingencia entre reforço/punição e comportamento
Itens importantes:
3. Desvalorização do reforço
4. Desamparo aprendido
Mudanças nas expectativas dependem do que você aprendeu a receber
corre mais
devagar
Muito devagar
Muito rápido
Situações negativas incontroláveis produzem a
sensação de desamparo e perda de controle
que afetam o desempenho em tarefas
subsequentes
Itens importantes:
5. Cronograma de reforços determinam a resposta comportamental
1. Fase de aprendizagem
necessita de repetição
consistente e organizada
2. Uma vez que o comportamento
foi modificado, podemos
gradualmente decrescer o
reforço:
• 1 a cada 3
• 1 a cada 10
• Numero de trial antes que o
comportamento se extinguaJogadores compulsivos
Batedores de basebol
Crianças
Sujeito pode mudar o cenário
Namorado conversa com outra Namorada briga
Namorada briga Namorado não conversa com outras
Para ELE
Conversa com outra briga
R Sp
Para ELA
Pára conversas
R Srbriga
Por isso PUNIR é tão sedutor para alguns!!