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Apostila do curso de introdução ao estudo do oráculo de Ifá "Deus não impôs ao ignorante a obrigação de aprender, sem antes ter tomado de quem sabe, o juramento de ensinar”. Sabedoria Oriental SETE REGRAS PARA VIVER FELIZ 1. ADQUIRA O HÁBITO DA FELICIDADE. Sorria, intimamente e torne este sentimento parte de você mesmo. Crie um mundo feliz para si. Aguarde cada dia, mesmo quando algumas nuvens obscurecerem o sol, sempre encontra algo de bom. 2. DECLARE GUERRA A SENTIMENTOS NEGATIVOS. Não permita que aborrecimentos irreais o devorem. Se algum pensamento negativo lhe invadir o espírito, combata-o. Pergunte de si para si, porque você, que tem todo direito natural à felicidade, deve passar horas do dia em luta com o temor, o aborrecimento, o ódio. Ganhe a guerra contra esses flagelos insidiosos do Século XX. 3. REFORCE A IMAGEM DE SI PRÓPRIO. Veja-se como foi nos seus melhores momentos e dê a si próprio certa atenção. Imagine os tempos felizes e o orgulho que sentiu de si. Crie experiências futuras agradáveis; dê a si mesmo, crédito pelo que é. Deixe de bater na própria cabeça. 4. APRENDA A RIR. Às vezes, os adultos sorriem ou riem entre os dentes, mas nem todos riem realmente, isto é, risada verdadeira que dê a impressão de alivio e liberdade. O riso, quando genuíno purifica, faz parte do mecanismo do sucesso, lançando-o às vitórias da vida. Se você deixou de rir desde os 10 ou 40 anos, volte à escola do espírito e aprenda novamente o que nunca deveria ter esquecido. 5. DESENTERRE OS TESOUROS ESCONDIDOS. Não permita que as suas aptidões e os seus recursos morram dentro de si; dê-lhes uma oportunidade para se submeterem às provas da vida. 6. AJUDE O PRÓXIMO. Dar aos seus semelhantes poderá ser a experiência mais compensadora da sua vida. Não seja cínico; compreenda que muitas pessoas que parecem desagradáveis ou hostis estão usando fachada que acham capaz de protegê-las contra outros. Se der ao próximo, ficará admirado na reação grata, pelo reconhecimento que terão. Pessoas que parecem duras são, na realidade gentis e vulneráveis. Você sentir-se-á satisfeito quando der sem pensar em proveito para si. 7. PROCURE ATIVIDADES QUE O TORNEM FELIZ. A natação, o tênis, o vôlei ? Pintar, cantar, coser? Não posso dizer-lhe. Você mesmo terá de escolher. Mas a vida é feliz, se fizer o que lhe agrada. Existe uma tendência no ser humano de reduzir os novos fenômenos com que ele se defronta a idéias e definições preexistentes em sua mente oriundas de fatos anteriormente conhecidos. Esta redução dificulta uma visão e uma interpretação corretas do que se analisa. Assim, os fatos culturais dos negros do Golfo do Benin nos seus cerimoniais e ritos transformam-se, nesta visão deformadora, em religião primitiva. O Candomblé não é primitivo e muito menos religião, antes de tudo, este conjunto de preceitos, regras, ritos e práticas forma um weltanchau (visão do mundo, concepção global de apreensão da realidade - termo usado em filosofia) e uma técnica que permite o confronto com a natureza e com seus semelhantes, utilizando a energia de sua própria mente (o Òrí). Os Òrísá (de Òrí: cabeça, mente; Àsé: força, magia) não existem fora da mente humana, não são deuses primitivos de um panteão imaginado pela concepção cultural do branco nem são espíritos de luz comandando "falanges" de almas como os idealizam os descendentes dos povos bantos, associado ao fenômeno da cosmogonia nagô à sua cultura religiosa, que se fundamenta no culto dos ancestrais. Devemos despir o Candomblé da carga sincrética que for desvirtuante, para fazer emergir o entendimento do que é a mais pura tradição nagô. Os rituais e cerimônias não serão descritas, pois isto já foi feito e muito bem por mestres como Descoredes dos Santos, Fred Aflalo, Roger Bastide, Pierre "Fatumbi"

Apostila do curso de introdução ao estudo do oráculo de Ifá

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Apostila do curso de introdução ao estudo do oráculo de Ifá

"Deus não impôs ao ignorante a obrigação de aprender, sem antes ter tomado de quem sabe, o juramento de ensinar”.Sabedoria Oriental

SETE REGRAS PARA VIVER FELIZ1. ADQUIRA O HÁBITO DA FELICIDADE. Sorria, intimamente e torne este sentimento parte de você mesmo. Crie um mundo feliz para si. Aguarde cada dia, mesmo quando algumas nuvens obscurecerem o sol, sempre encontra algo de bom. 2. DECLARE GUERRA A SENTIMENTOS NEGATIVOS. Não permita que aborrecimentos irreais o devorem. Se algum pensamento negativo lhe invadir o espírito, combata-o. Pergunte de si para si, porque você, que tem todo direito natural à felicidade, deve passar horas do dia em luta com o temor, o aborrecimento, o ódio. Ganhe a guerra contra esses flagelos insidiosos do Século XX. 3. REFORCE A IMAGEM DE SI PRÓPRIO. Veja-se como foi nos seus melhores momentos e dê a si próprio certa atenção. Imagine os tempos felizes e o orgulho que sentiu de si. Crie experiências futuras agradáveis; dê a si mesmo, crédito pelo que é. Deixe de bater na própria cabeça. 4. APRENDA A RIR. Às vezes, os adultos sorriem ou riem entre os dentes, mas nem todos riem realmente, isto é, risada verdadeira que dê a impressão de alivio e liberdade. O riso, quando genuíno purifica, faz parte do mecanismo do sucesso, lançando-o às vitórias da vida. Se você deixou de rir desde os 10 ou 40 anos, volte à escola do espírito e aprenda novamente o que nunca deveria ter esquecido. 5. DESENTERRE OS TESOUROS ESCONDIDOS. Não permita que as suas aptidões e os seus recursos morram dentro de si; dê-lhes uma oportunidade para se submeterem às provas da vida. 6. AJUDE O PRÓXIMO. Dar aos seus semelhantes poderá ser a experiência mais compensadora da sua vida. Não seja cínico; compreenda que muitas pessoas que parecem desagradáveis ou hostis estão usando fachada que acham capaz de protegê-las contra outros. Se der ao próximo, ficará admirado na reação grata, pelo reconhecimento que terão. Pessoas que parecem duras são, na realidade gentis e vulneráveis. Você sentir-se-á satisfeito quando der sem pensar em proveito para si. 7. PROCURE ATIVIDADES QUE O TORNEM FELIZ. A natação, o tênis, o vôlei ? Pintar, cantar, coser? Não posso dizer-lhe. Você mesmo terá de escolher. Mas a vida é feliz, se fizer o que lhe agrada. Existe uma tendência no ser humano de reduzir os novos fenômenos com que ele se defronta a idéias e definições preexistentes em sua mente oriundas de fatos anteriormente conhecidos. Esta redução dificulta uma visão e uma interpretação corretas do que se analisa. Assim, os fatos culturais dos negros do Golfo do Benin nos seus cerimoniais e ritos transformam-se, nesta visão deformadora, em religião primitiva.O Candomblé não é primitivo e muito menos religião, antes de tudo, este conjunto de preceitos, regras, ritos e práticas forma um weltanchau (visão do mundo, concepção global de apreensão da realidade - termo usado em filosofia) e uma técnica que permite o confronto com a natureza e com seus semelhantes, utilizando a energia de sua própria mente (o Òrí).Os Òrísá (de Òrí: cabeça, mente; Àsé: força, magia) não existem fora da mente humana, não são deuses primitivos de um panteão imaginado pela concepção cultural do branco nem são espíritos de luz comandando "falanges" de almas como os idealizam os descendentes dos povos bantos, associado ao fenômeno da cosmogonia nagô à sua cultura religiosa, que se fundamenta no culto dos ancestrais.Devemos despir o Candomblé da carga sincrética que for desvirtuante, para fazer emergir o entendimento do que é a mais pura tradição nagô. Os rituais e cerimônias não serão descritas, pois isto já foi feito e muito bem por mestres como Descoredes dos Santos, Fred Aflalo, Roger Bastide, Pierre "Fatumbi" Verger e tantos outros.O que realmente importa, é comentar cada cerimônia, cada festa, cada fundamento e cada obrigação, buscando sua explicação purificada do misticismo branco ou banto, para fazer aflorar a verdadeira função de "Òrí", único alvo e agente do culto nagô, e a de "Ifá" como orientador e verdadeiro Oluwô.A intenção deste redimensionamento não é diminuir a importância dos fatos, mas sim, um engrandecimento, na proporção humana, para que se desvende a sua grandeza original. Fazer voltar a luz, saindo das trevas da religiosidade ignorante, na sabedoria milenar que permite desenvolver a capacidade do homem de se situar e de interagir na sua formação, na natureza e no convívio social.Se recusando a divinizar Òsàlá, satanizar Èsú ou santificar todos os Òrísá, devemos isolar os erros, afastar os temores, expulsar os demônios brancos de nossa ontogonia, abrindo as portas a entendimento, o que permitirá que mais pessoas possam utilizar este importante sistema de controle da própria mente e, em conseqüência, dos fatos naturais e sociais nos quais atua.

, .IPÒ ATI OYE

Cargos e títulos

Oye é uma posiçao sacerdotal nos Ilês Asés, as pessoas são escolhidas para exercer funções para o bom andamento da casa religiosa.

Aqueles que possuem “Oyes” são chamados “ oloye masculinos” e “ajoye” feminino.

Essas pessoas são adosu ou não, recebem o cargo de confiança na sua iniciaçao ou durante o seu sacerdócio de acordo com sua capacidade.

Os não adosu são os “ogan ou Ekedi” que nascem com essa função como diz a tradiçao.

Há casas que raspam para estes cargos, porém estes iniciados não possuem status de antigos de devem contar o seu tempo de iniciaçao como se fossem iyáwò.

Todos os Oye são para os orisás!!!!

Os títulos em Keto correspondem, sobretudo à estrutura de cada casa com seus fundamentos.

Obá : Na cultura lesse Orumilá, aquele que conduz todas as obrigações do Ilê Ase, pode ser o Babalorisá ou o Babalasé.

Ìyálòrisà ou Ìyálàsè ou Babalorisà ou Babalàsé :

Possuem as mesmas funções, sendo que a segunda responde na ausência da primeira, quando há duas na casa, geralmente a Ìyálàsè torna-se a segunda.Com o falecimento da Ìyálòrisà ela é a pretendente a assumir seu lugar, e se for o caso receberia a cuia da falecida.

Esse Oye só se recebe nos sete anos, e é uma posiçao de adosu não de cargo de ogan ou ekedi.

Ìya Kèkerè ou Bábàkèkerè : Auxiliar direta da Ìyá ou do Bábà e de toda casa, são escolhidos pelo Orisà responsável pelo Asé.

Ajibona : Mãe Criadeira, escolhida pela Ìyà/Bábà para criar Ìyáwó.

No culto lesse Orumilà chama-se Ojubona e éum cargo masculino cuja funçao é ensinar o futuro Omo-Ifá.

Ìyá Egbe: Mãe da comunidade, tem as mesmas responsabilidades da Ìyá Kékeré Ilè, ou seja, da Mãe Pequena da casa. Geralmente são escolhidas entre as egbomi mais antigas da casa e ás vezes são até mais antigos do que a própria Ìyálòrisà devido à antiguidade da casa. Lembrando que o òrìsà não tem idade é inexistente, quem tem idade são as pessoas.

Ìyàmorò : Responsável pelo Ipadê de Esú, junto com a Ajimuda, Agba e Igèna. Aquela que dança com a cuia no ritual de Ipade, Casas sem ibós, sem arvores, não devem possuir esse oye, sobre tudo as que não rodam Ipade. As Iyamoro cuidam dos Esa ( falecidos inciados na casa com posto) e Ìyámi Osoronga .Oye só recebido nos sete anos.

Ìyádagan : Auxiliar direta da Ìyàmorò, Oye dado aos 7 anos também.Possui sub-postos Otun-Dagan e Osi-Dagan.

Ajìmuda : Cargo feminino, posto do culto à Oyá e faz parte do ritual do Ipade e despacho das grandes obrigações. Um fato interessante, que Ajìmida é também um egúm ligado ao órisá Oya. Oye dado aos 7 anos. Cargo dado somente às filhas de Oyá.

Ìyá Efun : Cuida não só das pinturas dos ìwáwò, como eve saber também fazer pós para todos os órìsá. Oye dado aos 7 anos. Este oyé é dado às pessoas de Osálà e não muito longe das pessoas de Yamonjà.Ìyàlabaké : Responsável pela alimetnaçao do iniciado, enquanto o mesmo se encotnrar de

obrigação.

Olopondá : Grande responsabilidade na iniciaçao no âmbito altamente secreto, pessoa de alta confiança da Ìyá/Babá.

Omolàra: Posto de confiançaÌyágbase : Ìyá = mãe, se = que cozinha.Responsável no preparo dos alimentos sagrados. Todos os Olorisas podem ajuda-la, sendo ela a única responsável por qualquer falha eventual.Deve conhecer pratos de comida de todos òrisà em grandes variedades.

Ìyabá Ewe : Responsável em determinados atos em obrigações de “ cants folhas. Geralmente são filhas de Osun.

Ìyátebese: Responsável pelas cantigas, rezas, encatamentos, etc.. .é a solista do ilê.

Todos os estes cargos possuem Otun e Osi que são os primeiro e segundo auxiliar, ou mais precisamente o lado direito e o lado esquerdo do titular do cargo ou posto.

Nas casas grandes casas tradicionais há Otun e Osi até para Ìyálòrisà, por exemplo, José Flávio Pessoa registra em seu livro o posto da popular Nitinha dÓsún como Osì Ìyálóris`do candomblé da Casa Branca.

Apetebi – Oye feminino recebido no culto de OrumiláAwofakan – Oye masculino no culto de Orumila

Ogan > Ogá em yorubá, protetores civis do terreiro antigamente, hoje passa a exercer funções religiosas também.. Entre os Ogan destacamos funçoes importantes e de mando dentro do terreiro, junto com os sacerdotes, eles administram o ilê.

Ologun : Cargo masculino, despacha os ebós das grandes obrigaçoes, a preferência é para os filhos de Ogun, depois Odé e Oluwaiyê.

Alagbê : Responsável pelos toques rituais, alimentação, conservaçao e preservação dos Ilús, os instrumetnos musicais sagrados. Se um autoridade de um outro Asé chegar ao Ilê, o Alagbê, tem de lhe prestar as devidas homenagens “ dobrar o ilù” oferecer até sua própria cadeira. Também possui sub-posto Otune Osi.

É o escolhido para tocar o atabaque denominado run, possui seu Otun Alagbe e seu Osi Alagbe, que tocam os outros atabaques e também cantam nos candombles.

Pejigan : Zelador de Paji e responsável pelo ilê òrisà. Posto da etnia ketu .

Asogun : Responsável direto pelo inicio e fim dos sacrificios.Soberano nestas obrigaçoes, é quem se comunica com o Orisá para uqem se destina as obrigações, transmitindo ao Iyà/Baba as respostas e conselhos. Deve ser chamado de Pai. Traz ase de Ogun, trabalha em conjunto com a Ìyàlorisà/Babal;orisà, Oloyes e Ogans.Não pode errar.Sacrifica os animais de quatro pés a priori, e os outros também quando não há na casa seu Otun e seu Osi responsável para isso.Posto proveniente do culto de Ogún na África e sua comunidade.

Balodè : Ogan de Odé.

Alagbede : Pessoa que trabalha no ramo de ferro e metais e forja as ferramentas do ase.

Olobé : Que vem a ser um epiteto de Esu é comum chamar-se de Adébo a esse oye. Responsavél pelos oros de Esu.

Balógun : Título ligado ao Ilê de Ogun

Sarapegbe : Era quem transmitia as decisões da comunidade. Era ele que fazia os convites das festas, geralmente este posto era dados aos filhos de Ogun. Hoje esquecido principalmente nas grandes cidades.

Babalossaiyn : Sacerdote preparado para conhecer todas as folhas e o culto a Ossaiyn

Kaweó : Ligado ao tudo que se refere a Ossaiyn.

Apeja : Cargo esquecido no Brasil por não haver sacrificios de cães selvagens como na África.

Abogun : Ogan que cultua Ogun.

Ogòtun : Ligado ao Ilê Osun e todas ao obrigaçoes de Osun.Alugbin : Ogan de Osalufan e Osaguiã que toca o Ilú dedicado a Osala.

Oba Odofin : Ligado ao Ilê de Osalá, normalmente filhos de Sango.

Elemaso ( Elémòsó ) : Oyé referente a casa de Osalá, e é um título do próprio orisá Osalá como conta seu mito, há oye no culto para situaçoes que envovlem seu culto como baba mi oro, faz-se necessário que os titulares sejam de Osalá. Suas atuaçoes não se limitam apenas a cerimônia do Pilão como muita gente pensa.

Iwin Dunse : Ligado ao Ilê de Osala

Apokan : Ligado ao ilê de Omulu

Gymu : Oyé de ogan/ekeji de omulu, cuida de tudo que se relaciona a Omulu, Nanã e Ossany

Akirijebó : Pessoas que frequentam varias casas e não se ficam em nenhuma, antigamente eram chamadas de akirijebó, também é uj oyé de maior importância relacionado à entrega de ebós em locais determinados.

Eperin ou Ypery : Posto dado aos filhos do orisá Osòósi( determinado Osòóssi) e refere-se ao seu culto específico nas casas cantigas de candomblé.

Ekeji : Auxilia a todos e na ausência das outras Ajoyes ela assume, algumas se destacam e são chamadas carinhosamente de mães, não só pelos filho do orisá que a suspendeu como por toda comunidade.

As ekejis podem ser : Ìyárobá : Mulher do Rei, responsável pelas coisas do Orisá dono do AséIyàlaso : Cuida das roupas dos orisá.

Ìyále : Mãe da casa, auxiliar direta da Ìyálòrisà e Ìyà Kekere.

Ekedi é o Ipo ( cargo ), depois vem o Oye especifico às condições de cada uma.