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COTIP Colégio Técnico Industrial de Piracicaba APOSTILA C.L.P. – LOGO! Prof. Anderson Rodrigo Rossi Piracicaba, 11 de fevereiro de 2008.

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COTIP

Colégio Técnico Industrial de Piracicaba

APOSTILA C.L.P. – LOGO!

Prof. Anderson Rodrigo Rossi

Piracicaba, 11 de fevereiro de 2008.

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C.L.P. – CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL - 3º SEMESTRE

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SUMÁRIO

1 – Introdução e História do P.L.C. .............................................................................3

2 – Tipos de Programação ..........................................................................................7

3 – Arquitetura de CLPs ............................................................................................13

4 – C.P.U., Cartões I/O, Fonte e Racks ....................................................................21

5 – Funcionamento e Utilização do Micro C.L.P. LOGO! ..........................................35

6 – Blocos do LOGO! (LOGO! SOFT COMFORT) ....................................................55

7 –Programas Básicos (Exercícios) ..........................................................................72

8 – Programas complexos (Exercícios) .....................................................................78

9 – Desenvolvimento de Projetos..............................................................................82

OBS.: Este curso será baseado em CLP – LOGO!-SIEMENS.

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1 – Introdução e História do P.L.C.

C.L.P. - Controlador Lógico Programável definido primeiramente nos E.U.A.

como P.L.C. – Programmable Logic Controller, são equipamentos responsáveis por

aplicações comerciais e industriais.

O primeiro CLP foi desenvolvido no final de 1960. Foi desenvolvido para

atender a flexibilidade das indústrias, no caso a automobilística onde a linha de

montagem é dinâmica em relação ao modelo do carro a ser produzido. Foi então que

a Bedford Associates ofereceu a General Motors uma solução. Tratava-se de um

dispositivo que poderia funcionar em várias operações distintas e facilmente

programáveis. Esse equipamento era o Modular Digital Controller (MODICON),

sendo o MODICON 084 o primeiro modelo comercial, apresentado na Figura 1.1.

Figura 1.1 – MODICON 084 – primeiro modelo comercial de CLP.

Já em 1970, o CLP era equipado com uma CPU, com processador AMD

2901.

Em 1973 surgiu a primeira comunicação entre CLPs – Mod bus.

Em 1980, surge a primeira comunicação Standard – MAP (Manufacturing

Automation Protocol).

Em 1990 chega a norma IEC 1131-3 que leva todas as linguagens a um

padrão internacional.

Hoje, dentro da nova IEC 61131-3, podemos programar o CLP de quatro

modos: diagrama de blocos, lista de instruções, ladder e texto estruturado.

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Um CLP monitora entradas, toma decisões baseado em uma programação, e

controla saídas para automatizar um processo ou máquina. A Figura 1.2 apresenta a

integração do equipamento com as entradas e saídas.

Figura 1.2 – Integração de PLC com entradas e saídas.

O que são entradas? São dispositivos que introduzem informações ao CLP,

tais dispositivos são como:

-Chaves;

-Botões;

-Sensores;

-Encoders;

-Termopares;

-PT100.

O que são saídas? São dispositivos que recebem uma informação do CLP

para executar uma determinada ação, tais dispositivos são como:

-Motores;

-Bombas;

-Cilindros;

-Resistências.

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Vantagens do CLP:

- Economia na mudança de função (facilidade de programação);

- Alta confiabilidade;

- Aumento da vida útil do controlador;

- Menor manutenção preventiva e corretiva;

- Envio de dados para processamentos centralizados;

- Expansão em módulos;

- Redução de dimensão em relação a painéis de Relês, para redução de

custos.

O funcionamento de um CLP corresponde a três etapas distintas, as quais

são: entradas, processamento e saídas. Essas etapas são ilustradas na Figura 1.3.

Figura 1.3 - Estrutura básica de funcionamento de um CLP.

O hardware de um CLP é formado por 3 unidades distintas, as quais são:

fonte de alimentação, CPU (Unidade Central de Processamento) e interfaces de

entrada e saídas ou I/O, a Figura 1.4 apresenta as unidades em um modelo de micro

CLP.

Figura 1.4 – Unidades de hardware em um micro PLC (LOGO! – Siemens).

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QUESTÕES

1 – Defina CLP.

2 – Quando foi construído e qual o nome do primeiro CLP?

3 – O que são entradas em um CLP? Dê alguns exemplos (mínimo 3).

4 – O que são saídas em um CLP? Dê alguns exemplos (mínimo 3).

5 – Quais são as principais vantagens do PLC?

6 – Quais são as etapas de funcionamento de um PLC?

7 – Do que é formado ,basicamente, o hardware de um CLP?

8 – O que são módulos em um CLP?

9 – Quais são os modos de programação de PLC (dentro da IEC 61131-3)?

10 – Cite alguns fabricantes de CLP que você conhece.

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2 – Tipos de Programação

O que é linguagem de programação?

Uma linguagem de programação é um meio de indicar a um sistema de

execução de tarefas uma série de operações a serem executadas. Uma linguagem

de programação é, sobretudo, um meio de exprimirmos idéias acerca de

metodologias.

Até início de 1990 não existiam técnicas de programação padrão para CLP.

Os sistemas utilizados eram baseados em textos estruturados em linguagens como

Basic, Fortran, C e várias outras linguagens. A não padronização de linguagem tinha

desvantagens como desperdício de tempo, alto custo em treinamento e falta de

integração de sistemas.

O International Electro-technical Commission (IEC) iniciou trabalhos para

padronizar a programação de PLC e atualmente lança mão da IEC 61131-3.

Suas vantagens são:

- Flexibilidade de programação, através de 3 modos gráficos e dois textos

estruturados. O programador pode escolher qual é a melhor linguagem segundo o

processo, e até utilizar várias linguagens em um mesmo processo mantendo a

integração;

- Permite que o programa seja “quebrado” em elementos funcionais;

- Reduz erros, principalmente aos relacionados com a digitação;

- Sistemas seqüenciais podem ser programados passo a passo através de

“sequencial function chart” (SFC) – Grafecet.

Os tipos de linguagens de programação para CLPs são:

- Texto Estruturado - É uma linguagem de alto nível, com uma sintaxe que

lembra o Pascal, e é indicada para uma ampla faixa de aplicações. Figura 2.1.

Figura 2.1 – Exemplo de programação de CLP com texto estruturado.

- Ladder - É uma linguagem baseada na lógica de contatos, como se fosse

um comando elétrico na horizontal. Figura 2.2.

Q3 <= (I1 OR I2) AND I3

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Figura 2.2 – Exemplo de programação de CLP com ladder.

- Lista de Instruções - É uma linguagem de baixo nível, define-se textualmente

os componentes e as instruções que o CLP deverá realizar passo a passo. Figura

2.3.

Figura 2.3 – Exemplo de programação de CLP com lista de instruções.

- Diagrama de Blocos - É semelhante ao circuito digital. Temos portas lógicas

e blocos montados em caixas selecionáveis. Figura 2.4.

Figura 2.4 – Exemplo de programação de CLP com diagrama de blocos.

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- SFC (Sequential Function Chart, conhecido como Grafecet) - É uma

linguagem indicada para processos seqüenciais e pode misturar lista de instruções,

diagramas ladder e blocos de funções. Figura 2.5.

Figura 2.5 – Exemplo de programação de CLP com SFC (Grafecet).

Com relação ao endereçamento (baseado em LOGO! – SIEMENS).

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As funções são definidas como (baseadas em LOGO! – SIEMENS):

- Funções Básicas (GF):

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- Funções Especiais (SF):

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QUESTÕES

1 – Defina linguagem de programação.

2 – Quando e qual o órgão que introduziu a primeira linguagem de

programação de CLP? Quais são os modos de programação de PLC?

3 – Defina linguagem de texto estruturado? Dê algum exemplo.

4 – Defina linguagem ladder? Dê algum exemplo.

5 – Defina linguagem de lista de instruções? Dê algum exemplo.

6 – Defina linguagem de diagrama de blocos? Dê algum exemplo.

7 – Defina linguagem SFC? Dê algum exemplo.

8 – Como funciona o endereçamento em programação de CLP (baseado em

LOGO!) ?

9 – Cite algumas funções básicas e especiais, mínimo 3 (baseadas em

LOGO!).

10 – Qual a linguagem de programação do LOGO! (SIEMENS)?

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3 – Arquitetura de CLPs

A Figura 3.1 ilustra a arquitetura básica de um CLP genérico composto de:

• CPU;

• Memória

• Dispositivos de Entrada e de Saída (módulos de I/Os);

• Interface Homem/Máquina;

• Fonte de Alimentação.

Figura 3.1 – Ilustrativo da arquitetura básica de um CLP.

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A CPU (Central Processing Unit) - Unidade Central de Processamento é a

inteligência do sistema. Ela recebe os sinais digitais e os sinais analógicos dos

sensores conectados aos módulos de entradas e também recebem comandos e os

dados via comunicação em rede (quando usada). Em seguida executa as operações

previamente inseridas na memória de programa pelo usuário e atualiza as saídas

digitais e analógicas. A Figura 3.2 apresenta alguns modelos de CPUs.

Figura 3.2 – Exemplos de CPUs.

A memória é o local onde são armazenados os dados referentes ao

funcionamento do sistema e armazenamento de informações necessárias ao

usuário.

É dividida em duas partes:

- Instruções de programa executivo que controla as atividades da CPU

(Firmware e rascunho do sistema);

- Instruções de programa de aplicação do usuário (Programa de aplicação e

Tabela de dados).

A Figura 3.3 apresenta a localização da memória em um modelo de CLP.

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Figura 3.3 - Modelo de localização da memória em um modelo de CLP.

Os módulos de I/Os possibilitam a interface entre os dispositivos do usuário

com a CPU. Existe uma grande variedade de módulos de entrada e saída: 24Vdc,

220Vac entrada analógica (tensão ou corrente), saída analógica (tensão ou

corrente), módulos para controle de malha, módulos de comunicação, etc.

A Figura 3.4 apresenta um cartão de entrada e a Figura 3.5 apresenta um

cartão de saída.

Figura 3.4 – Modelo de cartão de entrada.

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Figura 3.5 – Modelo de cartão de saída.

A fonte de alimentação fornece todos os níveis de tensão exigidos para as

operações internas do CLP. Existem casos que uma segunda fonte é necessária

devido ao aumento de consumo com a expansão dos módulos de saída. Certos

modelos de CLPs são projetados para operarem com uma tensão de alimentação de

220Vac, outros trabalham com 24Vdc. A Figura 3.6 apresenta alguns modelos de

fonte de alimentação de CLPs.

Figura 3.6 – Modelos de fontes de alimentação para CLPs.

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As interfaces são os dispositivos que realizam a interface Homem/Máquina

conectados aos CLPs. Servem para programação local e também para monitorar o

andamento do programa, as variáveis internas e os dispositivos de campo. Podem

ser portáteis ou não. Alguns exemplos são:

• IHM;

• Panel View;

• PC;

• Impressoras;

• Módulos de programação;

• Etc.

A Figura 3.7 apresenta algumas interfaces.

Figura 3.7 – Interfaces de PLCs.

Os CLPs classificam-se de acordo com os pontos de I/Os e a quantidade de

memória de programação disponível. A Tabela 3.1 apresenta a classificação.

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Tabela 3.1 – Classificação de CLPs.

Tipo Pontos de I/O Quantidade de Memória

Micros CLPs Até 64 Até 2 Kwords

Pequenos CLPs De 64 a 512 pontos Até 4 Kwords

CLPs Médios De 256 a 2048 pontos Dezenas de Kwords

CLPs Grandes Acima de 2048 pontos Centenas de Kwords

Entre os Micros e Pequenos CLPs, ainda é possível encontrar outra divisão:

- Compactos: que têm quantidade fixa de pontos de I/O;

- Modulares: que permitem a configuração, por parte do usuário, da

quantidade e combinação dos pontos de I/O.

Em alguns CLPs Compactos, é possível a adição de pontos de I/O por meio

de módulos de expansão, com limite determinado pelo fabricante, porém

apresentam poucas opções de configuração.

O SCAN do CLP em modo de execução pode ser descrito resumidamente

pelo fluxograma apresentado na Figura 3.8.

SCAN TIME (Tempo de Varredura) é a quantidade de tempo consumida para

realizar as tarefas específicas do SCAN. Tipicamente medido em ms.

Os fatores que tem influência direta sobre o Scan Time são:

• Quantidade de módulos e pontos de entrada;

• Conexão de dispositivos periféricos;

• Tamanho do programa de aplicação e tipo de instruções utilizadas;

• Quantidade de módulos e pontos de saída.

SCAN RATE (Taxa de SCAN) é a quantidade de tempo consumida para

realizar as tarefas em relação à quantidade de memória. Tipicamente medido em

ms/K. Se um CLP tem um SCAN RATE de 8ms/K e o programa possui 6K de

memória, então o CLP leva 48 ms para completar um SCAN de programa.

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Figura 3.8 – Fluxograma Básico do Sistema de Operação de um CLP.

Atualização das Entradas (Leitura das Entradas)

Execução do Programa de Aplicação

Atualização das Saídas (Escrita das Saídas)

Realização de Diagnósticos

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QUESTÕES

1 – Quais são os componentes básicos da arquitetura de um C.L.P.?

2 – Defina CPU.

3 – Defina Memória. Quais são os tipos presentes em um CLP?

4 – Defina cartões/módulos de I/Os. Quais são os principais tipos?

5 – Defina fonte de alimentação. Quais são os principais tipos?

6 – Defina interface. Quais são os principais tipos?

7 – Quais são os tipos de CLPs? Como são qualificados?

8 – Defina SCAN.

9 – Defina SCAN TIME?

10 – Se um programa de CLP tem 7,5K e o SCAN RATE é de 7,5 ms/K, qual

será o tempo de atualização de I/Os?

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4 – C.P.U., Cartões I/O, Fonte e Racks

C.P.U.

A Figura 4.1 ilustra a estrutura básica de uma C.P.U. composta de:

• Processador;

• Sistema de Memória;

• Circuitos Auxiliares de Controle.

Figura 4.1 – Estrutura básica de uma C.P.U.

Processador.

O processador é responsável pelo gerenciamento total do sistema,

controlando os barramentos de endereços, de dados e de controle. Interpreta e

executa as instruções inseridas no programa inserido pelo usuário, controla a

comunicação com dispositivos externos e verifica toda a integridade do sistema

(diagnóstico).

O desenvolvimento tecnológico de um CLP depende principalmente do

processador utilizado que pode ser desde um microprocessador convencional (8051

, 80286, 80386, PIC16F877, etc.) até um processador dedicado.

Há C.P.U.s que possuem processamento paralelo e outros co-processadores

que auxiliam em funções específicas (operações complexas).

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Sistema de Memória.

A Figura 4.2 apresenta a estrutura da memória em C.L.P.

Figura 4.2 – Estrutura da memória em um C.L.P.

Existem casos em que a C.P.U. é fornecida com uma quantidade básica de

memória, a qual pode ser expandida por meio de cartuchos.

As características normalmente apresentadas nas especificações técnicas de

uma CPU e que devem ser consideradas são:

• Capacidade de memória: quantidade máxima que a CPU pode conter,

sendo indicadas separadamente: Memória Total para Programa de Aplicação e

Memória Total para Tabela de Dados;

• Tipo de Memória: forma de armazenamento para o Programa de

Aplicação (EPROM, EEPROM, etc.);

• Bateria de Backup: indica se a CPU permite utilização de bateria para

manutenção da Tabela de Dados mesmo sem alimentação;

• Pontos de I/O total: Quantidade máxima de pontos de I/O que a CPU

pode controlar;

Sistema de Memória

Memór ia de Operação

Memória de Aplicação

Programa de Execução

Rascunho do Sistema

Programa de Aplicação

Tabela de Dados

Programa desenvolvido pelo fabricante, o qual determina como o sistema deve operar. Responsável pela “tradução” para a linguagem de máquina

Área da memória reservada para o armazenamento temporário. De acesso rápido, sendo do tipo RAM.

Área onde é armazenado o programa desenvolvido pelo usuário.

Área que armazena dados que serão utilizados pelo Programa de Aplicação. Tipo RAM sendo alimentada com bateria.

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• Tempo de Processamento: tempo necessário para a CPU executar

uma instrução booleana (contato ou bobina);

• Linguagem de Programação: indica as linguagens de programação que

pode ser utilizada;

• Recursos de Programação: indica os recursos que possam ser

utilizados, por exemplo: temporizadores, contadores, PID, etc.;

• Portas de comunicação: quantidade de portas existentes na CPU,

indicando tipo (RS-232, RS-422, etc.) e protocolos suportados;

• Potência consumida da base.

Cartões de I/O.

Os módulos são responsáveis pela comunicação entre a C.P.U. e o mundo

externo, além de garantir isolação e proteção à C.P.U. São divididos em módulos de

entrada (recebem sinais e os convertem em níveis adequados para a CPU) e

módulos de saída (enviam sinais dependendo do programa de aplicação ou “force”

pelo usuário), existem também os módulos combinados (CLP modulares).

Normalmente os módulos de I/O são dotados de:

• Isolação Óptica para proteção da CPU, fonte de alimentação e demais

módulos;

• Indicadores de STATUS, e indicadores de falhas (diagnóstico);

• Conectores removíveis que reduzem o tempo de manutenção.

A Figura 4.3 apresenta tais características.

Figura 4.3 – Características dos módulos de I/O.

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Os módulos de I/O são classificados em:

• Discretos:

� Tratam sinais digitais (on/off ou 0/1);

� Cada ponto corresponde a um bit de endereçamento da

Tabela de Dados.

• Analógicos (sinais):

� Tratam sinais analógicos (tensão, corrente);

� Convertem sinais analógicos em sinais digitais para o

processamento;

� Cada entrada ou saída são tratadas como canais;

� Quantidade de bits relativo à resolução;

� Cada módulo consome uma quantidade de I/O

disponíveis de acordo com o fabricante.

Módulos discretos de entrada.

Os módulos discretos de entrada apresentam as seguintes características:

• Filtros de sinal que eliminam efeitos de 'bounces' (pulsos indesejados,

rebatimentos);

• Tipo e faixa de tensão de entrada: AC (110V ou 220V), DC (12V, 24V

ou 125V), AC/DC - 'either' (12V, 24V, 110V), TTL ou 'contato seco';

• As entradas DC podem ter configuração current sinking (consumidora

de corrente - comum negativo), current sourcing (fornecedora de corrente - comum

positivo) ou current sinking/sourcing (quando possuem um opto-acoplador com dois

LEDs em antiparalelo).

Além dessas características, os seguintes itens são normalmente

apresentados nas especificações técnicas dos módulos discretos de entrada:

• Tensão máxima para o nível 0: máxima tensão permitida que o módulo

reconhece como nível 0;

• Tensão mínima para o nível 1: mínima tensão permitida que o módulo

reconhece como nível 1;

• Tensão de pico: máxima tensão permitida para cada ponto,

normalmente com limite de tempo para que se mantenha nesse valor;

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• Corrente máxima em nível 0: máxima corrente que a entrada consome

operando em nível 0;

• Corrente mínima em nível 1: mínima corrente que a entrada consome

operando em nível 1;

• Corrente de entrada: corrente típica de operação para uma entrada em

nível 1;

• Impedância de entrada: resistência que cada entrada representa para o

dispositivo a ela conectado;

• Tempo de resposta de 0 para 1: tempo (típico) que o módulo necessita

para reconhecer a transição de uma entrada, do nível 0 para o 1;

• Tempo de resposta de 1 para 0: tempo (típico) que o módulo necessita

para reconhecer a transição de uma entrada, do nível 1 para o 0;

• Pontos comuns por módulo: quantidade de 'pontos comuns'

disponíveis no módulo, indicando se eles são isolados ou não;

• Freqüência AC: freqüência em que o módulo pode operar. Somente

para módulos de entrada AC;

• Potência consumida da base: especifica a corrente em que o módulo

consome da fonte de alimentação;

• Necessidade de alimentação externa.

Módulos discretos de saída.

Os módulos discretos de saída normalmente apresentam as seguintes

características:

• Tipo e faixa de tensão de saída: AC - triac ou scr (24V, 110V ou 220V),

DC transistor bipolar ou MOS-FET (5V, 12V, 24V ou 125V) ou relé (AC e DC);

• As saídas DC podem ser tipo sinking (consumidora - comum negativo)

ou sourcing (fornecedora - comum positivo);

• As saídas à relé podem ter contatos simples (NA) ou reversíveis

(NA/NF).

Os seguintes itens são normalmente apresentados nas especificações

técnicas dos módulos discretos de saída:

• Tensão de pico: tensão máxima permitida para cada ponto de saída,

normalmente com limite de tempo para permanência neste valor;

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• Queda de tensão: indica a tensão medida entre um ponto de saída

(enquanto acionado) e o comum, com carga máxima;

• Corrente máxima: máxima corrente permitida para cada ponto de

saída;

• Corrente de pico: máxima corrente que pode ser fornecida à carga por

um curto intervalo de tempo durante a transição de 0 para 1;

• Corrente de fuga: máxima corrente que poderá circular pelo dispositivo

de saída com o ponto de saída não acionado;

• Carga mínima: menor corrente que o ponto de saída deve fornecer à

carga para operar adequadamente;

• Tempo de resposta de 0 para 1: tempo (típico) que o módulo necessita

para realizar a transição de uma saída, do nível 0 para o 1;

• Tempo de resposta de 1 para 0: tempo (típico) que o módulo necessita

para realizar a transição de uma saída, do nível 1 para o 0;

• Pontos comuns por módulo: quantidade de pontos comuns disponíveis

no módulo, indicando se eles são isolados ou não;

• Freqüência AC: freqüência em que o módulo pode operar. Somente

para módulos de saída AC e relé;

• Potência consumida da base: especifica a corrente em que o módulo

consome da fonte de alimentação;

• Necessidade de alimentação externa;

• Fusíveis de proteção.

Módulos analógicos de entrada.

Os módulos analógicos de entrada normalmente apresentam as seguintes

características:

• Filtro ativo para eliminação de possíveis ruídos presentes nos sinais;

• Alta impedância de entrada para os canais com faixas de operação de

tensão, que possibilita conexão a uma vasta gama de dispositivos, eliminando

problemas de incompatibilidade de sinais;

• Multiplexador para os canais de entrada, que determina o canal a ser

enviado ao conversor A/D;

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• Processador dedicado, responsável pelo processamento e precisão do

sinal digital enviado à C.P.U., além de diagnósticos referentes ao módulo;

• Tipo e faixa de operação dos canais: corrente (0-20mA, 4-20mA),

tensão (0-5V, ±5V, 0-10V, ±10V) ou termosensores (termopares, termoresistências,

Pt100);

• Um mesmo módulo pode operar em mais de uma faixa, a qual é

selecionada através de chaves ou jumpers internos ao módulo.

As características normalmente apresentadas nas especificações técnicas

são:

• Isolação dos canais: isolados (isolação galvânica) possibilita conexão a

dispositivos com saída diferencial ou não isolados (comuns) um dos pólos é

conectado ao terra da fonte;

• Resolução: menor incremento possível no valor analógico de entrada

que pode ser detectado pelo conversor A/D, normalmente expresso em bits;

• Tipo de conversão: método utilizado para converter o sinal analógico

em sinal digital, normalmente por aproximação sucessiva;

• Razão de atualização: tempo necessário para que os sinais analógicos

sejam digitalizados e disponibilizados para a C.P.U., normalmente expresso em

canal/scan;

• Erro de linearidade: precisão relativa da representação digital sobre a

faixa de operação do sinal de entrada. Expressa em bits ou porcentagem;

• Erro máximo: erro máximo absoluto que pode haver entre a

representação digital e o valor do sinal analógico existente na entrada do canal;

• Pontos de I/O consumidos: quantidade de pontos de entrada que o

módulo consome da C.P.U.;

• Potência consumida da base;

• Fonte de alimentação externa.

Módulos analógicos de saída.

Os módulos analógicos de saída normalmente apresentam as seguintes

características:

• Tipo e faixa de operação dos canais: corrente (0-20mA, 4-20mA) ou

tensão (0-5V, ±5V, 0-10V, ±10V);

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• Um mesmo módulo pode operar em mais de uma faixa, a qual é

selecionada através de chaves ou jumpers internos ao módulo.

As características normalmente apresentadas nas especificações técnicas

são:

• Isolação dos canais: isolados (isolação galvânica) ou não isolados

(comuns);

• Impedância de saída: apresenta as resistências mínima e máxima a

que o canal de saída pode ser conectado, para sinais de corrente e tensão

específicos;

• Resolução: o menor incremento que o dado enviado ao conversor D/A

pode causar no valor analógico de saída, normalmente expresso em bits;

• Razão de atualização: tempo necessário para que os valores digitais

provenientes da C.P.U. sejam convertidos em sinais analógicos para as saídas,

normalmente expresso em canal/scan;

• Erro de linearidade: precisão relativa da representação digital sobre a

faixa de operação do sinal de saída. Pode ser expressa em bits ou porcentagem;

• Erro máximo: erro máximo absoluto que pode haver entre a

representação digital e o valor analógico disponível na saída do canal;

• Pontos de I/O consumidos: quantidade de pontos de saída que o

módulo consome da C.P.U.;

• Potência consumida da base;

• Fonte de alimentação externa.

Fonte de Alimentação

A fonte de alimentação além de fornecer todos os níveis de tensão para

alimentação da C.P.U. e dos módulos de I/O, funciona como um dispositivo de

proteção.

Atualmente, as fontes de alimentação dos CLPs utilizam tecnologia de

chaveamento de freqüência (fontes chaveadas). Em alguns casos, a tensão de

entrada possui ajuste automático.

As proteções externas recomendadas para a fonte de alimentação dos CLPs

variam conforme o fabricante, mas basicamente consiste de transformadores

isoladores ou supressores de ruídos de rede.

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29

Normalmente, as fontes dos CLPs proporcionam saída auxiliar de tensão em

24Vdc, com limite reduzido de corrente (300 – 800mA).

A fonte de alimentação tem aspectos variados. Pode apresentar-se em

conjunto com a CPU, como módulo independente para ser conectado ao rack ou ser

parte integrante do próprio rack.

As características normalmente apresentadas nas especificações técnicas

são:

• Faixa de tensão de entrada: AC (85-132V, 170-264V, 85-264V), DC

(12V, 24V, 10-28V, 125V);

• Seleção de faixa de entrada: automática, jumpers ou terminais de

conexão;

• Potência fornecida: máxima corrente fornecida ao barramento do Rack,

normalmente relacionada à tensão de 5Vdc, para alimentação dos módulos de I/O e

da CPU, se for o caso. Este valor é utilizado no Cálculo de Consumo de Potência;

• Saída auxiliar de 24Vdc: apresenta as características da saída auxiliar

de 24Vdc (somente para fontes AC).

Com relação ao Cálculo de Consumo de Potência, cada módulo especifica a

corrente consumida e se é do rack (5Vdc) ou de uma fonte de alimentação externa

(24Vdc). Faz-se necessário determinar qual a corrente consumida pelos módulos

que compõe o CLP e se ela ultrapassa o limite de corrente que a Fonte de

Alimentação pode fornecer. Sabendo que:

P = U.I

Por exemplo:

• Rack de 3, 4, 6 slots = fonte de alimentação de 1550mA;

• Rack de 9 slots = fonte de alimentação de 2.600mA;

• CPU = consome 120mA (5Vdc – rack);

• Módulo com 16 pontos de entrada = 100mA (5Vdc – rack);

• Módulo com 16 pontos de saída = 200mA (5Vdc – rack) e 80mA

(24Vdc-fonte externa).

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30

Para montar um sistema, utiliza-se:

SLOT Módulo 5 Vdc (mA) 24Vdc (mA)

CPU CPU 120 ---

0 Entrada 100 ---

1 Saída 200 80

2 Saída 200 80

3 Saída 200 80

Consumo Total 820 240

Potência 4,1 W 5,76 W

Portanto para montar o CLP em questão são necessários 5 slots e 820mA do

barramento do rack e uma fonte externa de 24Vdc com 240mA. Assim conclui-se

que a base com 6 slots é adequada, sendo necessário à utilização de uma fonte de

alimentação externa.

Rack ou Base

A base ou rack é responsável pela sustentação mecânica dos elementos que

compõem o CLP. Contém o barramento que faz a conexão elétrica entre eles, no

qual estão presentes os sinais de dados, endereço e controle, além dos níveis de

tensão fornecidos pela fonte de alimentação. A Figura 4.4 apresenta um modelo de

rack.

Figura 4.4 – Modelo de rack.

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31

Cada posição do rack, possível de receber um módulo de I/O ou a CPU é

denominada de slots (ranhura/abertura). Normalmente os slots ficam dispostos

conforme a Figura 4.5.

Fonte de

Alimentação

SLOT

DA

CPU

SLOT 0

SLOT 1

SLOT 2

SLOT 3

SLOT 4

Figura 4.5 – Disposição dos slots em um rack.

Pode ocorrer a expansão de racks para um total controle do sistema das

formas: expansão local, conforme apresentado na Figura 4.6, e expansão remota,

conforme apresentado na Figura 4.7.

4.6 – Modelo de expansão local de racks.

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32

4.7 – Modelo de expansão remota de racks.

A expansão local é utilizada quando se necessita de pontos de I/O em

quantidade superior ao fornecido pela base local ou quando a fonte de alimentação

local não suporta a quantidade de potência necessária ao sistema. O acréscimo dos

módulos é feito por meio de bases de expansão situadas localmente (próximo à

base local). Nas bases de expansão não há CPU, apenas fonte de alimentação.

A expansão remota é utilizada quando os dispositivos de entrada/saída estão

localizados distantes da base local ou quando se necessita de quantidade superior

de pontos de I/O suportada pela base local e bases de expansão locais. Nas bases

de expansão remota não há CPU apenas fonte de alimentação e módulo especial de

comunicação (Módulo Remoto Escravo). O Módulo Remoto Mestre é instalado em

um slot da base local.

Com relação à comunicação, de acordo com a aplicação pode ser necessário

a conexão do CLP com IHMs, PCs ou redes de CLPs. Nestes casos, faz-se

necessário configurá-los corretamente para atender às necessidades de

comunicação exigidas.

Normalmente, as CPUs contêm pelo menos uma porta serial. De maneira

geral, as características que devem ser consideradas durante a configuração do CLP

são:

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33

• Hardware:

o Padrão da porta serial:

� RS-232: utiliza cabo “par trançado” em distâncias de até

15m. É o padrão existente nas portas dos PCs;

� RS-422: Possui balanceamento de sinal (linhas de

transmissão e recepção tem comuns independentes),

proporcionando maior imunidade a ruídos, maior

velocidade de transmissão e distâncias mais longas (até

1.200m). A comunicação é full-duplex (pode enviar e

receber dados simultaneamente);

� RS-485: Similar ao RS-422, porém a comunicação é half-

duplex (pode apenas enviar ou receber dados em um

mesmo instante).

• Software:

o Protocolo de comunicação: Determina a forma de transmissão

de dados (formato dos dados, temporização, sinais de controle

utilizados, etc.);

o Taxa de transmissão (Baud Rate): Determina a velocidade,

expressa em bits por segundo (bps).

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QUESTÕES

1 – O que compreende a estrutura básica de uma C.P.U.?

2 – Quais são as características do processador?

3 – Como é subdividido o sistema de memória? Defina cada subdivisão.

4 – Quais são as principais especificações técnicas da C.P.U.?

5 – Quais são as principais especificações técnicas do módulo discreto de

entrada?

6 – Quais são as principais especificações técnicas do módulo discreto de

saída?

7 – Quais são as principais especificações técnicas do módulo analógico de

entrada?

8 – Quais são as principais especificações técnicas do módulo analógico de

saída?

9 – Quais são as características de uma fonte de alimentação?

10 – O que é SLOT? Defina os modos de expansão de RACKS.

11 - Quais são as características de hardware em comunicação de C.L.P.?

Defina as características e seus pontos principais.

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35

5 – Funcionamento e Utilização do Micro C.L.P. LOGO !

O LOGO! é o módulo lógico universal da Siemens, LOGO! é um micro CLP

com linguagem de programação baseada em diagrama de blocos. A Figura 5.1

apresenta o LOGO!

Figura 5.1 – Micro CLP LOGO! Siemens.

Os modelos de LOGO! disponíveis são para 12 V DC, 24 V DC, 24 V AC e

230 V AC com:

• Variante padrão com 6 entradas e 4 saídas integradas em 72 x 90 x 55mm;

• Variante sem display com 6 entradas e 4 saídas integradas em 72 x 90 x

55mm;

• Variante com 8 entradas e 4 saídas integradas em 72 x 90 x 55mm;

• Variante Long com 12 entradas e 8 saídas. Integrados em 126 x 90 x 55mm;

• Variante Bus com 12 entradas e 8 saídas, além disso, conexão para Bus com

AS-Interface, através de mais 4 entradas e mais 4 saídas no sistema de Bus

integrado em 126 x 90 x 55 mm.

As nomenclaturas utilizadas para diferenciar o modelo no seu nome são:

• 12: Versão para 12 V;

• 24: Versão para 24 V;

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36

• 230: Versão para 115/230 V;

• R: Saída de relés;

• C: Integrado relógio interruptor de horas;

• o: Variante sem display;

• L: número duplo de saídas e entradas;

• B11: Slave com conexão para Bus com AS-Interface;

A Tabela 5.1 apresenta um resumo dos modelos LOGO!

Tabela 5.1 – Modelos de LOGO!

A estrutura do LOGO! está disposta como a Figura 5.2.

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Figura 5.2 – Estrutura do LOGO!

Deve-se tomar alguns cuidados com relação à instalação do LOGO!. Tais

cuidados são:

• Estar atento às normas nacionais e regionais de instalação;

• Utilizar cabos com secção entre 1,5mm² e 2,5mm²;

• Não apertar os bornes de conexão demais;

• Assentar os cabos da forma mais curta possível;

• Se necessários cabos longos, utilizar cabos blindados;

• Separar cabos CA e CC de alta tensão dos cabos de sinais de baixa tensão;

• Utilizar trilhos com perfil de 35mm de largura (DIN EM 50022);

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38

• Não conectar uma alimentação externa paralela a uma saída DC em uma

carga de saída se não utilizar diodo ou sistema de bloqueio de corrente de

retorno.

Para montar o LOGO! em um painel de maneira correta deve-se:

Colocar o LOGO! no trilho com perfil e reclinar levemente o LOGO! no trilho.

A garra no lado traseiro do LOGO! deve engatar.

O mecanismo para o engatar pode ser, dependendo do tipo do trilho com

perfil, um pouco apertado. Se houver dificuldades durante o engatar, pode-se puxar

um pouco a garra.

Para desmontar o LOGO! de maneira correta deve-se:

Introduzir uma chave de fenda no ilhós mostrado na Figura 5.3 e na parte final

abaixo da garra e puxar a garra para baixo. Movimentar ligeiramente o LOGO! do

trilho com perfil.

Figura 5.3 – LOGO! em um perfil de quadro elétrico.

Para conectar a alimentação de tensão ao LOGO! faça como a Figura 5.4.

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39

Figura 5.4 – Esquemas de alimentação para o LOGO!.

As entradas (chaves, sensores, teclas, barreiras ópticas, etc.) devem ser

ligadas conforme a Figura 5.5.

Figura 5.5 – Esquemas de ligação das entradas para o LOGO!.

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40

Para conectar as entradas no LOGO! as mesmas devem possuir as

características apresentadas na Tabela 5.2 para serem reconhecidas nos estados de

conexão adequados.

Tabela 5.2 – Níveis de tensão e corrente adequados para cada estado (1ou 0 –

on/off).

Durante a troca de estado deve haver um tempo mínimo para que o CLP

possa reconhecer o estado solicitado. Esse tempo é o tempo de ciclo.

O tempo de ciclo pode ser calculado com o auxílio de um programa de teste

conforme a Figura 5.6.

Figura 5.6 – Programa de teste para cálculo de tempo de ciclo.

E deve possuir os parâmetros conforme a Figura 5.7.

Figura 5.7 – Parametrização para o programa de teste para cálculo de tempo de

ciclo.

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41

Deve-se então partir o LOGO! e ligar o modo de parametrização e verificar o

valor do bloco B01, conforme a Figura 5.8.

Figura 5.8 – Verificação da soma de impulsos em um ciclo de programa.

O valor recíproco de fa é o mesmo do tempo de ciclo do LOGO! com o

programa atual que se encontra na memória.

1/fa = tempo de ciclo em s.

LOGO! possui entradas para funções de freqüências, são as entradas

rápidas. As limitações de comutação de 0 � 1 e de 1 � 0 (tempo de ciclo) não são

válidas para as entradas rápidas. As entradas rápidas são:

• LOGO! Versão Padrão: I5 / I6 ;

• LOGO! Versão L: I11 / I12.

Nos tipos de LOGO!24, LOGO!12/24RC e LOGO!12/24RCo as entradas I7 e

I8 podem ser utilizadas como entradas analógicas utilizando as designações AI1 e

AI2. Quando ligar sinais analógicos sempre utilize condutores transpostos e colocar

os sensores o mais próximo possível do LOGO!.

As saídas do LOGO! (R) são relés. Quanto ao potencial, os contatos dos relés

são separados da alimentação de tensão e das entradas.

Nas saídas de relés podem ser conectados cargas diferentes, por ex.

lâmpadas, lâmpadas fluorescentes, motores, protetores, etc. A carga conectada em

um LOGO! (R) precisa apresentar as seguintes características:

• A corrente de comutação máxima depende do tipo de carga e do

número desejado de manobras.

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42

• No estado ligado (Q = 1) e em caso de carga ôhmica, deve ser

conduzida uma corrente de no máximo 10 A (8 A tratando-se de 230 V

AC), em caso de carga indutiva de no máximo 3 A (2 A tratando-se de

12/24 V AC/DC).

A Figura 5.9 apresenta o esquema de ligação para saídas em LOGO! com

saída à relé.

Figura 5.9 – Esquema de ligação para saídas em LOGO! com saída à relé.

Existe a variante de LOGO! com saída a transistores, pode-se reconhecer a

variante LOGO! com saídas para transistores através da falta de letra da

denominação do tipo R na nomenclatura. As saídas são resistentes a curto-circuito e

resistentes à sobrecarga. Não é necessária uma alimentação separada da tensão de

funcionamento visto que LOGO! suporta a alimentação de tensão da carga. Porém a

corrente de comutação em cada saída deve possuir no máximo 0,3 A.

A Figura 5.10 apresenta o esquema de ligação para saídas em LOGO! com

saída a transistores.

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Figura 5.10 – Esquema de ligação para saídas em LOGO! com saída a transistores.

Existe a variante LOGO!.B11 o qual se refere à comunicação entre LOGO!

através de ASi-Bus.

LOGO!...B11 pode ser integrado como slave (escravo) ASi em uma rede.

Através de um cabo condutor bifilar pode-se fazer a leitura e processar 4 entradas

suplementares com o auxílio do ASi-Bus e operar com 4 saídas suplementares para

o master (mestre) do ASi-Bus dominante.

Deve-se apenas efetuar a configuração de LOGO!...B11 no ASi-Bus com o

ASi-Slave.

LOGO! ...B11 deve estar registrado no Sistema ASi, ou seja, o Busmaster

atribui ao LOGO! um endereço. Mas cuidado, o endereço ASi é mutável no máximo

10 vezes para todas as variantes ...B11 do LOGO!.

Conecte o Cabo de conexão do bus no conector de tomada em anexo ou em

um cabo de conexão de bus autorizado no sistema, se a polaridade estiver correta.

Introduza a tomada cablada na interface caracterizada com AS-Interface,

conforme a Figura 5.11.

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Figura 5.11 – Ligação do LOGO! ... B11 com ASi-Bus.

A fim de que se possa utilizar a função do ASi, o LOGO!...B11 precisa ser

conhecido pelo Busmaster. O que ocorrerá se ligar o LOGO!...B11 com a ligação do

Bus. O master ou mestre reconhece o endereço do slave ou escravo. No caso de

LOGO!...B11 o endereço pré-ajustado pela fábrica = é 0. O master atribui um

endereço novo desigual a 0.

Não existindo no sistema nenhum conflito a respeito do endereço ou só há um

escravo com o endereço 0, não é necessário que dar outros passos.

É possível ligar vários grupos construtivos de escravos (por ex. LOGO!...B11)

simultaneamente com o Bus.

LOGO! também possui módulos de programação, que são cartões de

memória que podem arquivar programas para serem lidos posteriormente.

O programa memorizado no LOGO! pode ser copiado em um módulo de

programa. O módulo de programa pode ser conectado em um outro LOGO! e desta

forma pode-se copiar o programa em um outro LOGO!. Com o auxílio do módulo de

programa pode-se:

• Arquivar programas;

• Reproduzir programas;

• Enviar programas por correio;

• Escrever e testar programas no escritório e depois transmitir para um

outro LOGO! no armário de distribuição.

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45

A localização do módulo é apresentada na Figura 5.12.

Figura 5.12 – Localização do módulo de programa em um LOGO!.

Existem dois tipos de módulos de programa:

Módulo amarelo: Os programas podem ser lidos e escritos (editados);

Módulo vermelho: Os programas podem apenas ser escrito (impossível

editar). Rodam apenas conectados ao equipamento.

Para realizar a cópia do programa do LOGO! para o módulo de programação

deve-se realizar as seguintes ações:

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Para realizar a cópia do programa do módulo de programação para o LOGO!

deve-se realizar as seguintes ações:

Para realizar uma programação eficiente e funcional deve-se estar atento,

durante o planejamento, a dois aspectos:

• O número dos blocos conectados sucessivamente (nível de embutimento);

• O espaço de memória (ocupação da memória dos blocos).

A capacidade (ou o espaço) de memória para funções especiais pode ser

dividida em 4 zonas de memória:

• Par: Zona, na qual LOGO! memoriza os valores nominais, por ex.

valores limites de um contador;

• RAM: Zona na qual LOGO! deposita os valores reais, por ex. estado do

contador;

• Timer: Zona que o LOGO! utiliza para as funções de tempo, por ex.

retardamento de desconexão;

• REM: Zona na qual LOGO! deposita valores atuais e reais a serem

mantidos, como por ex. o valor de contagem de um contador de horas

de serviço. Em blocos com uso facultativo da função de remanência

este setor da memória só será ocupado, se também tiver sido ajustada

remanência.

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47

Um programa em LOGO! pode ocupar no máximo os recursos apresentados

na Tabela 5.3.

Tabela 5.3 – Recursos de memória disponíveis.

Blocos Par RAM Timer REM Marcador

56 48 27 16 15 8

LOGO! supervisiona o uso da memória e oferece nas relações de função

apenas funções para as quais ainda haja de fato memória suficiente.

A Tabela 5.4 apresenta os recursos de memória de cada função especial.

Tabela 5.4 – Recursos de memória de cada função.

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Um caminho de programa é composto de uma série de blocos de funções,

que por sua vez começam e terminam com um bloco terminal. O número de blocos

em um caminho de programa descreve o nível de embutimento.

Blocos terminais são entradas e nível (I, Ia, Hi, Lo), bem como saídas e

marcadores (flags) (Q, Qa, M). No LOGO! os blocos terminais não são

representados por meio de símbolo de bloco.

Como se pode utilizar no máximo 58 blocos de funções no LOGO!, o nível de

embutimento máximo é o seguinte:

56 blocos de funções + blocos de terminal = 58.

Programar é transformar aplicação/circuito em programas de linguagem do

LOGO!

Para realizar a programação, deve-se ter conhecimento dos conceitos:

• Borne;

• Bloco.

BORNE (Co) refere-se às conexões e estados disponíveis no LOGO!.

A Tabela 5.5 apresenta os tipos de borne.

Tabela 5.5 – Tipos de bornes

BLOCO (BN), representando funções (GF – Funções básicas e SF – Funções

especiais) as quais transformam as informações de entrada em informações de

saída. A Figura 5.13 apresenta a estrutura do bloco.

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Figura 5.13 – Estrutura de bloco.

O número do bloco será introduzido assim que o bloco for inserido. O número é

importante para interligação entre blocos e facilidade em parametrizar sistemas.

Vamos agora realizar uma programação manual do esquema representado

pela Figura 5.14 para a fixação.

Figura 5.14 – Esquema de ligação para exemplificação.

O sistema deverá ser concluído conforme a Figura 5.15.

Figura 5.15 – Sistema em LOGO! do exemplo proposto.

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50

Os passos a seguir deverão ser realizados para a montagem completa do

sistema. Em LOGO! deve-se iniciar pela saída do programa.

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Com relação à parametrização, Parametrizar é realizar os ajustes de

parâmetros dos blocos de funções.

Podem-se ajustar os parâmetros nas seguintes condições:

• No modo de funcionamento Programar (Programa Parado);

• No modo de funcionamento Parametrização (Programa em Funcionamento).

Para entrar no modo Parametrização

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Com relação à partida no equipamento (colocar em modo RUN) deve-se:

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QUESTÕES

1 – O que é LOGO!?

2 – Quais são os cuidados com a instalação do LOGO!?

3 – Desenhe as formas de alimentação do LOGO!.

4 – Desenhe as formas de conectar as entradas no LOGO!.

5 – Descreva a forma de definir o tempo de ciclo do LOGO!.

6 – Desenhe as formas de conectar as saídas no LOGO!.

7 – O que são módulos de programa? Quais são as vantagens? Quais são os

tipos?

8 – Faça o cálculo de memória e o nível de embutimento para o seguinte

programa.

9 – O que é Borne? O que é Bloco?

10 – Faça a programação manual, parametrize e dê partida ao seguinte

circuito. Descreva passo a passo.

V1

127 Vrms 60 Hz 0°

LIGA

EMERGÊNCIA_BOTAO_COGUMELO

1

2

SENSOR_1 SENSOR_2

3

MOTOR

M

4

5

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6 – Blocos do LOGO! (LOGO! SOFT COMFORT)

O LOGO! Soft Comfort é o software utilizado para programar LOGO! através

de diagrama de blocos com simulação off line. O LOGO! Soft Comfort possui as

seguintes vantagens:

• Criação simples e confortável de programas de comutação;

• Ampla documentação de programas de comutação;

• Diversas funções de impressão;

• A mais baixa quota de avarias nos programas de comutação graças à

simulação no PC.

O LOGO! Soft Comfort possui a superfície de operação conforme

apresentada na Figura 6.1.

Figura 6.1 – Superfície de operação do LOGO! Soft Comfort.

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A superfície de operação possui os seguintes itens:

• Barra de Menu : Encentram-se os mais diversos comandos para editar

e gerenciar os programas. Isto engloba também pré-ajustes e funções

para a transmissão de programas.

• Barra de Ícones : Permite acesso rápido e confortável às mais

importantes e mais utilizadas funções.

• Barra de Ferramenta : Permite acesso rápido aos blocos e funções de

programação.

• Linha de Status : Encontram-se algumas informações sobre a

ferramenta ativa, o status do programa e o fator zoom ajustado, o lado

da imagem geral da comutação e o aparelho LOGO! selecionado.

• Superfície de Programação : Na superfície de programação serão

ordenados os ícones e vínculos do programa. Trata-se da janela de

trabalho propriamente dita.

• Barras de rolagem : Para não perder a noção geral de programas mais

complexos as barras de rolagem auxiliam na visualização da imagem

do programa através de movimentação horizontal e vertical.

A barra de menu e suas ramificações são apresentadas na Figura 6.2.

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Figura 6.2 – Barra de Menu e suas ramificações.

A barra de menu apresenta os seguintes campos:

• Arquivo : Sob o menu Arquivo serão executados comandos para

gerenciar os arquivos, tais como:

o Novo : Abre uma nova superfície de programação para ser

criado um novo programa.

o Abrir : Abre uma tela para o usuário selecionar algum programa

memorizado anteriormente para ser aberto.

o Memorizar : Salva o programa com um nome e em um local

determinados pelo usuário. Em caso de programa existente

apenas salva o programa atual com o mesmo nome e endereço.

o Memorizar sob : Mesmo sendo arquivo existente, abre uma tela

para determinar nome e local onde o arquivo será salvo.

o Ajustar página : Abre uma janela na qual as configurações

(Formato da página, margens, alinhamento) da página para o

programa podem ser estabelecidas.

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o Visualizar impressão : Pode ter uma idéia de qual a imagem

que o programa impresso terá.

o Imprimir : Dá liberdade a opções para a seleção de impressoras

e as propriedades da impressão.

o Propriedades : Encontram-se 3 folhas de dados para

propriedades (geral, comentários e estatísticas). Em “geral”

pode-se dar entrada a dados (projeto ou dados internos da

empresa) sobre o programa atual. Em “comentários” podem ser

depositadas descrições do programa ou anotações diversas. Na

folha de dados “estatísticas” é mostrado quando foi criado o

programa e quando foi realizada a última modificação.

o Finalizar : A aplicação do LOGO!Soft Comfort é encerrada.

• Editar : Sob o menu Editar serão executados comandos para editar o

programa, tais como:

o Desfazer : As ações realizadas podem ser desfeitas, sempre a

última ação será desfeita primeira.

o Restituir : Os atos desfeitos podem ser restituídos, sempre o

último ato desfeito primeiro.

o Cancelar : Os objetos marcados serão cancelados (deletados).

o Recortar : Os objetos marcados serão cancelados da superfície

de programação e serão transferidos para a área de

transferência.

o Copiar : Os objetos marcados serão copiados da superfície de

programação para a área de transferência.

o Inserir : Os objetos da área de transferência serão inseridos na

superfície de programação.

o Marcar tudo : Todos os objetos da superfície de programação

serão marcados.

o Vai para bloco : Faz a exibição de uma relação de blocos

utilizados.

o Marcados no primeiro plano : Aciona um objeto marcado no

primeiro plano.

o Marcados no último plano : Aciona um objeto marcado no

último plano.

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59

o Nomes de conexão : Abre uma janela para denominação das

conexões (entradas e saídas).

o Propriedades do bloco : Abre a janela de parâmetros do bloco

selecionado.

• Formato : Oferece possibilidades de formatação de textos e grupos de

funções, tais como:

o Fonte : Ajusta tipo da fonte, estilo da fonte, tamanho da fonte e

cor da fonte.

o Alinhar : Podem-se alinhar objetos de forma vertical e paisagem

(horizontal).

o Ajustar na grade : Auxílio para ordenar os objetos de forma

clara. Pode-se ajustar a distância dos pontos e a visibilidade da

grade.

o Alinhar na grade : Para eliminar deslocamentos desordenados

de objetos.

• Visão : Pode-se ajustar o tamanho da representação do programa e

aciona e cancela diversas janelas, tais ações são:

o Zoom : Abre uma janela para selecionar qual o fator de

ampliação de visualização.

o Ampliar : Aumenta a visualização de acordo com passos

definidos.

o Reduzir : Reduz a visualização de acordo com passos definidos.

o Barra de Ferramentas : Aciona ou cancela a visualização de

barras na superfície de operação.

o Mensagens : exibe mensagens sobre o programa criado.

o Linha de status : Aciona ou cancela a exibição do status do

programa.

o Tipos de ferramentas : Aciona ou cancela a exibição do nome

da ferramenta após ser posicionado e mantido por 1 segundo

sobre a ferramenta.

• Extras : Neste menu pode-se encontrar ajustes de transmissão e

ajustes do aparelho LOGO!, tais ajustes são:

o Transmitir : Executa a transmissão do LOGO! e o PC.

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60

o Determinar LOGO! : O software calcula as necessidades do

programa criado e seleciona a opção de LOGO! que atende as

características.

o Seleção de aparelho : Possibilita determinar qual LOGO! será

utilizado.

o Ajustar relógio : Configuração de data e hora para o LOGO!.

o Simulação : Liga a simulação do programa.

o Parâmetro de simulação : Abre uma janela para ajustes para os

objetos da simulação, tais como tipo de entrada (tecla, chave ou

freqüência).

o Opções : Abre janela para opções, sendo: informações gerais

(número de páginas, idioma), monitor (exibição), imprimir

(campos a serem impressos), interface (porta de comunicação),

cores (cores de fundo e simulação) e simulação (exibição dos

estados e valores).

• Ajuda : A ajuda é composta de conteúdo, centro de atualização de

software (Update Center) e Informações sobre o software.

A barra dos ícones é apenas um facilitador da barra de menu. A barra de

ícones é apresentada na Figura 6.3.

Figura 6.3 – Barra de ícones.

A barra de ferramentas é apresentada na Figura 6.4.

Abrir Salvar Recortar Copiar Colar Desfazer Restaurar

Alinhar vertical Alinhar Horizontal Download Upload Ampliar Reduzir

Novo

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61

Figura 6.4 – Barra de ferramentas.

A ferramenta de seleção serve para selecionar e mover objetos (blocos de

funções, textos e linhas de ligação).

A ferramenta de texto serve para dispor ou modificar textos e comentários.

A ferramenta de recortar serve para separar e ligar novamente ligações

entre blocos de função.

A ferramenta de ligar serve para conectar as entradas e saídas dos blocos

de funções.

Constantes e Bornes serve para inserir blocos de entradas, blocos de

saídas, marcadores ou constantes (high, low).

Funções básicas serve para dispor as funções básicas para serem inseridas.

Funções especiais serve para dispor as funções especiais para serem

inseridas.

A ferramenta de simulação serve para iniciar a simulação do programa ela

abre um menu com as entradas e saídas disponíveis no programa.

Com relação às FUNÇÕES BÁSICAS, elas podem ser caracterizadas como

booleanas (lógicas). As FUNÇÕES BÁSICAS - BOOLEANAS são:

Ferramenta de Seleção Recortar Constantes e Bornes Funções Especiais

Ferramenta de Texto Ligar Funções Básicas Simulação

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62

A saída Q somente será 1 (ligada), se e somente se todas as entradas forem 1. Se alguma entrada não for conectada, será determinada como “1”.

A saída Q será invertida em relação à entrada, ou seja, se a entrada for 0 (desligada), a saída será 1 (ligada), se a entrada for 1, a saída será 0.

A saída Q somente será 0, se e somente se todas as entradas forem 1. Se alguma entrada não for conectada, será determinada como “1”.

A saída Q será 0 (desligada), se pelo menos uma das entradas for 1. Se todas as entradas forem 0 a saída será 1. Se alguma entrada não for conectada, será determinada como “0”.

A saída Q será 1 (ligada), se pelo menos uma das entradas for 1. Se alguma entrada não for conectada, será determinada como “0”.

A saída Q somente será 1, se e somente se as entradas tiverem valores diferentes . Se alguma entrada não for conectada, será determinada como “0”.

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63

A saída Q somente será 0, se e somente se todas as entradas forem 1 e no ciclo anterior ao menos uma entrada tiver tido o estado 0.

A saída Q somente será 1 (ligada), se e somente se todas as entradas forem 1 e se no ciclo anterior ao menos uma entrada tiver tido o estado 0.

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64

Com relação às FUNÇÕES ESPECIAIS, elas podem ser caracterizadas como

retenção, temporização, contagem, freqüência e miscelâneas. As FUNÇÕES

ESPECIAIS - RETENÇÃO são:

Relé de Automanutenção: Se a entrada S for colocada em 1 à saída ficará em 1, se a entrada R for colocada em 1 à saída ficará em 0 e se ambas estiverem em 1 a saída ficará em 0 (R tem prioridade em relação a S).

Relé de Impulso de Corrente: Tanto para setar como para ressetar a saída Q, deve-se realizar impulsos na entrada Trg. Cada vez que Trg comutar de 0 para 1, a saída Q mudará seu estado. A entrada R ressetará a saída Q.

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65

As FUNÇÕES ESPECIAIS – TEMPORIZAÇÃO são:

Retardamento de Conexão: Quando a entrada Trg vai de 0 para 1, o Ta (tempo atual) começará a correr. Se o estado na entrada Trg permanecer longo o suficiente em 1, depois do transcurso do tempo T a saída será setada em 1. Se o estado na entrada Trg mudar antes do transcurso do tempo novamente para 0, o tempo será resetado novamente. A saída será setada novamente em 0, se houver o estado 0 na entrada Trg.

Retardamento de Desconexão: Quando a entrada Trg vai de 1 para 0, será dado partida Ta, a saída contudo permanecerá setada. Se Ta através de T atingir o valor ajustado (Ta=T), a saída Q será resetada para o estado 0. Se a entrada Trg acionar e desacionar novamente, será dado novamente partida ao tempo Ta. A entrada R (reset) coloca o Ta e a saída na posição inicial.

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Retardamento de Conexão a ser Memorizado: Quando a entrada Trg alterar de 0 para 1, o tempo atual Ta começará a correr. Quando Ta = T, a saída Q será setada em 1. Um acionamento novo na entrada Trg não irá influenciar Ta. A saída e o tempo Ta serão resetados agora novamente para 0, se a entrada R for para 1.

Retardamento de Conexão e Desconexão: Quando a entrada Trg alterar de 0 para 1, o tempo Ta se iniciará, se o estado permanecer na entrada Trg em 1 durante TH, a saída será setada em 1. Se o estado na entrada mudar novamente para 0, o Ta começará a transcorrer, se o estado permanecer em 0 durante TL, a saída será setada em 0.

Relé de Contato Passageiro: Se a entrada Trg for de 0 para 1, a saída Q irá para 1 imediatamente e o tempo Ta começará a correr, quando Ta = T, a saída Q será ressetada. Se antes do tempo T a entrada Trg mudar de 1 para 0, a saída também irá a 0.

Relé de Contato Passageiro Gatilhado por Flanco: Quando a entrada Trg ir de 0 para 1, a saída Q irá para 1 e o tempo Ta se iniciará. Se Ta = T, a saída Q irá para 0. Se a entrada Trg for de 0 para 1 antes do tempo Ta = T, então o tempo Ta será ressetado.

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As FUNÇÕES ESPECIAIS –CONTAGEM são:

Interruptor de Hora para Semana: Cada interruptor de tempo para semana possui três cames de ajuste por meio do qual pode-se parametrizar uma janela de tempo.

Interruptor de Tempo para o Ano: Cada interruptor de tempo para o ano tem um tempo de acionamento e de desacionamento. Em uma determinada hora de acionamento o interruptor de tempo para o ano irá desacionar a saída. A data de desacionamento caracteriza o dia no qual a saída será novamente colocada em 0.

Contador Crescente e Decrescente: A cada borda de subida em Cnt o contador será aumentado em 1 (Dir = 0) ou diminuído em 1 (Dir = 1). Se o valor da contagem interna for igual ou maior do que o valor predeterminado, a saída Q será setada em 1. Com a entrada R pode-se colocar na posição inicial.

Contador de Horas de Serviço: Enquanto En tiver o valor 1, LOGO! calculará o tempo transcorrido e o tempo restante MN. Se o tempo residual que tiver restado MN for igual a 0, a saída Q será setada para 1. Com R=1 resete a saída Q. Continuará a ser feita à contagem do contador interno OT. Com Ral=1 resete a saída Q. O contador interno OT será colocado de volta em 0.

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As FUNÇÕES ESPECIAIS – FREQÜÊNCIA são:

Gerador de Impulsos Simétrico: Através do parâmetro T define quanto tempo deverá durar o tempo do acionamento e do desacionamento. Através da entrada En, acione o gerador de impulsos. O gerador de impulsos coloca para o tempo T a saída em 1, finalmente para o tempo T a saída em 0 etc., até que a En = 0.

Gerador de Impulsos Assíncrono: Através do parâmetro TH e TL podem ser ajustados a duração do impulso e a pausa do impulso. A entrada INV permite uma inversão da saída. EM ativa o sistema.

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As FUNÇÕES ESPECIAIS – ANALÓGICO são:

Gerador de Sinal Aleatório: Se En = 1, será determinado um tempo entre 0 s e TH. Se En permanecer no mínimo pelo tempo de acionamento do tempo em 1, a saída será setada em 1. Se En = 0, será determinado um tempo entre 0s e TL. Se En permanecer no mínimo pelo tempo de duração do tempo de desacionamento em 0, a saída será setada em 0.

Interruptor de Valor Limiar de Freqüência .

Interruptor de Valor Limiar Analó gico: A função faz a leitura do valor analógico AI1 ou AI2, ao qual o parâmetro Offset será adicionado ao seu valor e este valor será multiplicado por ampliação. Se este valor ultrapassar o limite de conexão Q será 1, se o valor ultrapassar o limite de desconexão Q será 0.

Comparador Analógico .

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As FUNÇÕES ESPECIAIS – MISCELÂNEAS são:

Interruptor de Luz de Escada: Se Trg = 1, o tempo atual Ta começa a correr e a saída Q será 1. 15 s antes de Ta ter atingido o tempo T, a saída Q fica 1 s em 0. Atingindo Ta o tempo T, a saída Q será resetada em 0. Um novo conectar na entrada Trg durante o tempo no qual Ta corre, irá resetar Ta (possibilidade de regatilho).

Atuador Confortável: Se Trg = 1, o tempo atual Ta começa a correr e a saída Q será 1. Se Ta atingir o tempo TH, a saída Q será 0. Se em Trg o estado 0 mudar para 1, e 1 no mínimo permanece setado para o tempo TL, será ativada a função de luz permanente e a saída Q será acionada para um tempo permanente. Um novo acionar na entrada Trg resetará TH e a saída Q será desacionada.

Texto de Aviso: Se En = 1, será feito uma saída do texto de aviso parametrizado no monitor no modo run. Se o estado na entrada mudar para 0, o texto de aviso será ocultado. Se forem disparadas diversas funções de texto de aviso com En=1, a mensagem que tiver a maior prioridade será exibida.

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QUESTÕES

1 – O que é LOGO! Soft Comfort e quais as suas vantagens?

2 – Do que é composta a superfície de operação?

3 – Como é composta a barra de menu?

4 – Do que é composta a barra de ícones?

5 – Como é composta a barra de ferramenta?

6 – Descreva as funções básicas (booleanas).

7 – Descreva as funções básicas (retenção).

8 – Descreva as funções básicas (temporização).

9 – Descreva as funções básicas (contagem).

10 – Descreva as funções básicas (analógica).

11 – Descreva as funções básicas (miscelâneas).

12 – Faça a programação, parametrize e salve o seguinte circuito.

V1

127 Vrms 60 Hz 0°

LIGA

EMERGÊNCIA_BOTAO_COGUMELO

1

2

SENSOR_1 SENSOR_2

3

MOTOR

M

4

5

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7 –Programas Básicos (Exercícios)

Este capítulo destina-se à prática de exercícios para o entendimento da teoria

e aplicação do equipamento em ambientes imaginários.

Os exercícios irão estar divididos em características de blocos de funções

para facilitar na compreensão.

1º) Funções Básicas – Booleanas

Crie, simule e salve os seguintes programas (salve como 1a, 1b, 1c ... ).

a)

J1Key = A

V112 V

1

2

0X1

12V_10W

b)

J2Key = A

V112 V

20

X112V_10W

J1Key = A

1

3

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c)

J2Key = A

V112 V

0

X112V_10W

J1Key = A

1

2

d)

V112 V

X112V_10W

J1Key = A

2

X212V_10W

1

0

e)

V112 V

X112V_10W

J1Key = A

2

0

J2Key = A

J3Key = A

1

3

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f)

V112 V

X112V_10W

J1Key = Space

1

X212V_10W

3

0

2

Obs: Fisicamente existe apenas um botão com dois contatos N.A. que acionam as lâmpadas

de máquina parada e máquina funcionando.

g)

V112 V

X112V_10W

0

J1Key = A

1

J2Key = A

J3Key = A

2

J4Key = A

3

4

h)

V112 V

J1Key = A

1

J2Key = A

X112V_10W K

K1

EMR011A12

0

6

3

Obs: O componente K1 é um contator e utiliza-se um contato N.A. para selar o botão J2.

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i)

V112 V

X112V_10W

J1Key = A

1

J2Key = A

J3Key = A

3

J4Key = A

J5Key = A

J6Key = A

5

J7Key = A

20

4

6

j)

V112 V

J1Key = A

J3Key = A

X112V_10W

0

3J2

Key = A

1

J4Key = A

6

2

k) Monte um circuito para realizar teste de lâmpadas em um painel de uma

máquina. A máquina possui 4 lâmpadas e devem ser testadas por 1 botão N.A.

l) Projete um circuito lógico para acionar uma lâmpada sempre que uma ou

todas as 3 chaves estejam acionadas.

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2º) Funções Especiais – Retenção

Senha

Criar um programa que permita energizar a solenóide da tranca de um cofre

se for pressionado quatro botões, sendo um de cada vez. A energização se dará,

após pressionado o quarto botão, caso os mesmos tenham sido identificados.

Motor Liga/Desliga

Utilizando apenas um botão N.A. ligue e desligue um motor elétrico.

3º) Funções Especiais – Temporização

Pisca-Pisca

Desenvolver um pisca-pisca com controle de tempo diferente para ligar e

desligar. Conforme:

a1) ligado 2 s, desligado 4 s;

a2) ligado 4 s, desligado 2 s;

a3) ligado 1 s, desligado 2 s.

4º) Funções Especiais – Contagem

Rotação de Motor

Desenvolva um programa para determinar, a partir de um encoder, a rotação

de um motor (r.p.m.). Característica do encoder: 1 pulso por volta.

Se a rotação for maior que 3.600 r.p.m., deve-se acionar um alarme.

5º) Funções Especiais – Freqüência

Controle de Velocidade

Um motor é alimentado por 3 contatores sendo cada um alimentado com as

freqüências de 40 Hz, 60Hz e 80Hz. Faça o programa do sistema. Obs.: após os

contatores, existe um dispositivo de conversão de onda quadrada para senóide

automaticamente.

Medição de Velocidade

Um motor possui um sensor que verifica uma roda que emite um sinal a cada

volta. Faça o programa que detecte se o motor está abaixo de 1500rpm ou acima de

1700rpm.

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6º) Funções Especiais – Analógicas

Controle de Temperatura

Desenvolva um programa para controlar uma bomba de resfriamento, tal que

ela seja acionada quando a temperatura for maior ou igual a 500ºC e seja desligada

quando a temperatura for menor ou igual a 300ºC. O sensor utilizado é um termopar

com:

• 4 – 20 mA;

• 0 – 640 ºC.

7º) Funções Especiais – Miscelâneas

a) Monte um programa que realize a iluminação de um andar em um

prédio de maneira econômica.

b) Monte um programa que ligue um motor e avise no painel do LOGO!

quando o motor está ligado e quando o motor está desligado.

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8 – Programas complexos (Exercícios)

1-Sistema de Partida Estrela-Triângulo

Um motor trifásico deve ser acionado por meio de partida estrela-triângulo.

Para isto são utilizados três contatores (acionamento geral, chaveamento estrela e

chaveamento triângulo) e uma botoeira. O sistema automatizado deve apresentar o

seguinte comportamento:

• ao ser acionada a botoeira pela primeira vez, os contatores de

acionamento geral e chaveamento estrela são acionados;

• dois segundos após, apenas o contator de chaveamento estrela é

desligado;

• ao ser confirmado o desligamento do contator de chaveamento estrela,

o contator de chaveamento triângulo é acionado;

• os contatores de acionamento geral e chaveamento triângulo

permanecem acionados;

• a qualquer instante, um novo acionamento da botoeira ocasiona o

desligamento dos contatores acionados, retornando à condição inicial.

2-Portão Automático

O acionamento de um portão deve ser realizado automaticamente. Por

intermédio de uma única botoeira podem-se realizar a abertura e o fechamento total

do portão, além de interromper tais movimentos a qualquer instante. Acoplado

mecanicamente ao portão, um motor elétrico realiza os movimentos pela inversão do

sentido de rotação. O Sistema Automatizado deve proporcionar o seguinte

comportamento:

• no primeiro acionamento da botoeira, inicia-se a abertura do portão;

• a parada da abertura se dá por meio de novo acionamento da botoeira

(com o portão em movimento) ou pela abertura total do portão (acionamento do fim

de curso 1);

• estando o portão totalmente aberto (fim de curso 1 acionado), ou tendo

sido interrompida a abertura, no próximo acionamento da botoeira inicia-se o

fechamento do portão;

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• a parada do fechamento se dá por meio de novo acionamento da

botoeira (com o portão em movimento) ou pelo fechamento total do portão

(acionamento do fim de curso 2);

• estando o portão totalmente fechado (fim de curso 2 acionado), ou

tendo sido interrompido o fechamento, no próximo acionamento da botoeira inicia-se

a abertura do portão;

• esta seqüência deve se repetir indefinidamente.

3-Semáforo

Um sistema de semáforo simples deve ser utilizado para controlar o fluxo de

veículos no cruzamento de duas vias (A e B).

A seqüência de acionamento deve respeitar o tempo determinado para cada

fase, conforme a Tabela x.1.

Fase Tempo (s) Semáforo A Semáforo B

1 30 Verde Vermelho

2 5 Amarelo Vermelho

3 2,5 Vermelho Vermelho

4 30 Vermelho Verde

5 5 Vermelho Amarelo

6 2,5 Vermelho Vermelho

4-Segurança Química

Um técnico de laboratório químico possui 4 produtos químicos, A B C D,

quem devem ser guardados em um ou outro depósito. Por conveniência é

necessário mover 1 ou mais produtos de um depósito para o outro de tempos em

tempos. A natureza dos produtos é tal, que é perigoso guardar B com C juntos, a

menos que A esteja no mesmo depósito. Também é perigoso guardar C e D juntos

se A não estiver no depósito. Escreva um programa que ligue uma sirene sempre

que os sensores A B C D detectarem uma situação de perigo em qualquer um dos

depósitos.

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5-Embalagem

Uma esteira transportadora alimenta caixas de papelão com peças que saem

de uma prensa. Um sensor detecta cada peça que passa pela esteira. Quando a

passam 100 peças pela esteira, a mesma deve acionar o sistema de fechamento da

caixa e o sistema de alimentação com nova caixa. Depois de realizado isso, deve-se

religar a esteira. O funcionamento do sistema depende de um botão de liga e outro

de desliga e de um sinal de que a prensa esteja funcionando.

6-Acionamento Econômico de Iluminação

A idéia principal é segmentar um corredor em setores, os quais apresentarão

luminosidade adequada ao setor. Serão acesos somente se estiver uma pessoa por

esse setor e apagará se nenhuma pessoa estiver em tal segmento.

Cada setor possui a estrutura conforme a Figura 8.1.

Figura 8.1 – Sistema de iluminação segmentado.

1.1 1.2 2.2 2.1

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7-Sistema de Segurança de Estacionamento Empresaria l

Alguns automóveis possuem instalado um TAG que envia um sinal de

freqüência quando solicitado. A portaria da empresa possui a antena que recebe o

sinal do veículo. Caso o veículo seja cadastrado, a cancela se abre para a

passagem do veículo, caso o veículo não seja cadastrado, somente o porteiro tem

acesso a uma botoeira que autoriza a passagem de veículos. Montar o programa.

8-Ônibus para Deficientes Físicos

Um ônibus possui suspensão que se ajusta na altura da calçada através de

um sensor (s_baixo) e um sensor que está localizado na sua altura de trabalho

(s_alto). O mesmo também possui um sensor de porta fechada (porta) e um sensor

para detectar se o ônibus está em movimento ou parado (giro).

Dessa forma, quando o motorista desejar abrir a porta à mesma poderá ser

aberta nas seguintes condições:

-Ônibus parado e sensor s_baixo acionado OU

-Botão de emergência pressionado.

O ônibus também somente poderá voltar a se movimentar após a seguinte

condição:

-Sensor s_alto acionado e sensor de porta fechada.

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82

9 – Desenvolvimento de Projetos

Deve-se apresentar como parte dos requisitos para aprovação na disciplina

um projeto contendo:

• Capa: Nome da escola, nome da disciplina, tema, nome dos

componentes do grupo, local e data;

• Resumo: Breve comentário sobre o problema, sua resolução e

conclusões;

• Objetivo: Definição do problema;

• Metodologia: Modo como foi abordado o projeto para resolução do

problema;

• Projeto: Descrição da resolução;

• Apresentação: Apresentação da resolução com simulações e/ou fotos

do sistema;

• Conclusões

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Máquina de Café

Uma máquina de café produz 2 tipos de produto:

Café curto / Café longo.

Os produtos possuem 3 tipos para adoçar:

Sem açúcar / Doce / Muito doce.

A máquina possui capacidade para armazenar:

3,5 Kg de café e 4,2 Kg de açúcar.

A máquina consome:

• Café longo: 30g de café;

• Café curto: 10g de café;

• Sem açúcar: 0 g de açúcar;

• Doce: 20g de açúcar para café curto e 60g de açúcar para café longo;

• Muito doce: 30g de açúcar para café curto e 90g de açúcar para café

longo.

Primeiramente o visor apresenta uma mensagem para que o cliente selecione

o tipo de produto que deseja. Após isso, a máquina verifica se possuem os materiais

necessários para processar o produto. Se não possui informa ao cliente para

selecionar outro produto durante alguns segundos. Se não selecionado volta à tela

inicial. Se selecionado um produto que contenha os materiais necessários, a

máquina solicita o pagamento. Se pagamento não for realizado por alguns minutos a

máquina volta à tela inicial. Se o pagamento for realizado então ela processa o

produto.

Obs.: Para verificar se possui os materiais, utiliza-se de sensores de peso com saída

analógica de 4 - 20mA (0 – 5Kg). Para o pagamento apenas um sensor de OK ou não OK (o sinal é

enviado por um sistema eletrônico de identificação de dinheiro).

Entradas:

Sensores de peso (p1 e p2);

Botões de seleção (Longo / Curto / Sem açúcar / Doce / Muito doce);

Sinal de pagamento.

Saídas:

Válvula de água (quantidade controlada por tempo);

Válvula de café (quantidade controlada por tempo);

Válvula de açúcar (quantidade controlada por tempo).

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Máquina de Lavar Roupas

Uma máquina de lavar roupas possui os estados:

• Início: Aguarda ação do usuário;

• Molho: Enche o reservatório de água e

sabão e aguarda um tempo;

• Bater: Gira o motor nos dois sentidos;

• Enxágüe: Retira a água e o sabão;

• Erro: Em caso de abertura da tampa

paralisa todas as ações;

• Centrífuga: Gira a máquina em um

único sentido;

• Final: desliga todas as saídas da

máquina.

Primeiramente a máquina aguarda o botão Liga para dar início ao ciclo de

lavagem, o ciclo de lavagem se dará se o sensor de segurança estiver acionado.

Depois de realizada essa situação, a máquina enche o reservatório com água e

sabão e aguarda um tempo determinado (molho). Após esse processo a máquina

gira o motor em ambos os lados (bate) por um determinado tempo. Depois ela

esvazia o conteúdo, enche novamente, bate por um tempo menor e esvazia

novamente (enxágüe). Depois de realizado isso ela gira a máquina em um único

sentido (centrífuga) por um determinado tempo. Então ela finaliza a operação.

Obs.: Sempre que o sensor de segurança estiver desligado, a máquina deve parar o

funcionamento.

Entradas:

Sensores (segurança da tampa s1 / nível cheio s2 / nível vazio s3);

Botões de seleção (Liga / Desliga).

Saídas:

Válvula de abertura de água (quantidade controlada por nível);

Válvula para esvaziamento (quantidade controlada por nível);

Válvula de sabão (quantidade controlada por tempo);

Motor elétrico.

Deve-se chegar o mais próximo das condições reais.

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Máquina de Furar Automatizada

Ao ligar a furadeira, o motor inicia o funcionamento e após um tempo o

mandril desce em direção a peça, através da energização de um solenóide. Um

tempo após atingir o fim-de-curso o mandril retorna e ao pressionar o fim-de-curso

de retorno o motor desliga. Sinalizar através de uma lâmpada pisca-pisca o

funcionamento do solenóide e através de uma lâmpada comum o funcionamento do

motor. A furadeira só funcionará se estiver com o mandril na parte superior. Prever

desligamento em qualquer ponto do funcionamento (emergência).

A furadeira deverá parar para lubrificação a cada 10 peças furadas, e só será

liberado seu funcionamento após o operador energizar manualmente o botão de

lubrificação (o qual aciona um solenóide de bomba de lubrificação) 5 vezes. Deve-se

apresentar no visor o número de peças furadas.

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Máquina Misturadora de Tintas

A máquina de mistura usada para fazer cores personalizadas de tinta possui

dois encanamentos entrando no topo do tanque, fornecendo dois ingredientes

diferentes, e um único encanamento no fundo do tanque para transportar a tinta

misturada finalizada. Nessa aplicação você vai controlar a operação de

preenchimento, monitorar o nível do tanque, e controlar o misturador e o período de

aquecimento. Seguir os passos 1 até o 8 listados abaixo.

1o passo – Encha o tanque com o ingrediente 1;

2o passo – Encha o tanque com o ingrediente 2 (a utilização do 1o ou do 2o

ingrediente são independentes);

3o passo – Monitore o nível do tanque para o acionamento da chave “High-

Level”, utilizando um sensor de nível;

4o passo – Manter o status da bomba se a chave “Start” está aberta, isto é,

a chave “start’’ deve ser independente (também perceba que o contato a ser

utilizado deve ser normal fechado)”;

5o passo – Comece a misturar os ingredientes e o período de aquecimento

(10 Seg., por exemplo);

6o passo – Ligue o motor do misturador e a válvula de vapor (através destes

haverá a mistura e aquecimento, respectivamente);

7o passo – Drene o tanque da mistura através da válvula "Drain

Valve"(válvula de drenagem) e do motor "Drain Pump"( bomba de drenagem );

8o passo – Crie um modo de contar quantas vezes este processo (descrito

do 1o ao 7o passo) é realizado por completo.

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Máquina Montadora de Caixas

Seu funcionamento consiste de:

O material é retirado do magazine com o auxílio de uma ventosa e posicionado nas

guias.

O cilindro empurra o material até que passe pelos bicos coleiros, passando cola na

caixa, e pare no local apropriado do formador.

Um cilindro desce como punção, e força a montagem da caixa na matriz.

A caixa formada cai em uma esteira e é direcionada ao próximo passo da produção.

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BIBLIOGRAFIA

CAPELLI, Alexandre. CLP Controladores Lógicos Programáveis na Prática.

Rio de Janeiro: Antenna Edições Técnicas Ltda, 2007.

GEORGINI, Marcelo. Automação Aplicada – Descrição e Implementação de

Sistemas Seqüenciais com PLCs. 7 ed. São Paulo: Editora Érica, 2006.

Manual de Instruções do LOGO! (SIEMENS). A5E00067788 01.

Manual de Instruções do LOGO! Soft Comfort.

Manual do Curso STEP 7 – SIEMENS (BASICS OF PLC).

ORTEGA, José. Curso de Programación y mantenimiento de PLC´s

industriales.

PARR, E. A. Programmable Controllers An Engineering´s Guide. 3 Ed.

Amsterdan: Newnes, 2003.