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7/23/2019 Apostila Arq. Interiores I - http://slidepdf.com/reader/full/apostila-arq-interiores-i- 1/45  ISECENSA - Curso de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo ARQUITETURA DE INTERIORES I  1     A     R     Q     U     I     T     E     T     U     R     A     D     E     I     N     T     E     R     I     O     R     E     S     I     M     Ó     D     U     L     O     I    2    0    1    3  .    1  Esta apostila tem como objetivo o aprendizado de técnicas, e todos os conhecimentos necessários ao aprendizado da arte de projetar espaços residenciais bonitos e agradáveis para se viver. ISECENSA Prof.: Lílian P. Faria 7º PERÍODO 2013.1

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    A

    R    Q    U    I    T    E    T    U    R

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    I    N    T    E    R    I    O

    R    E    S    I

    M    Ó    D    U    L    O    I

   2

   0   1   3 .

   1 

Esta apostila tem como objetivo o aprendizado de técnicas, etodos os conhecimentos necessários ao aprendizado da arte deprojetar espaços residenciais bonitos e agradáveis para se viver. 

ISECENSA

Prof.: Lílian P. Faria 

7º PERÍODO

2013.1

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1. INTRODUÇÃO

Assim como na moda os estilos mudam a cada estação, na decoração os estilos mudam conforme asmudanças culturais e socioeconômicas de uma sociedade.

O surgimento de um novo estilo de decoração não ocorre automaticamente com o desaparecimentode outro, é preciso alguns anos para que ocorra essa transformação, pois a sociedade não absorvetão rapidamente essas mudanças. Afinal, mudar de estilo de morar não é o mesmo que “trocar deroupa”. 

O estilo de uma decoração envolve uma série de fatores como cultura, história, estética, técnica efuncionalidade.

2. HISTÓRIA

Ao longo do tempo os estilos de arquitetura de interior foram se alterando em função dos desejos e

necessidades da sociedade. A demanda por novidades é sempre uma constante, porém existe umtempo de observação e aceitação das pessoas aos novos estilos de se morar.Destacaremos nesta apostila, os movimentos e estilos mais importantes que ocorreram no mundo eno Brasil.

2.1. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial de 1845, no século XIX foi um marco na história mundial devido à introduçãodas máquinas no processo produtivo em todos os ramos econômicos, assim como no design  de móveise utensílios do lar.Iniciada na Inglaterra, a Revolução Industrial favoreceu o surgimento dos “designers” , pois houve asubstituição dos produtos artesanais, mais clássicos e tradicionais pelos produtos mecanizados.

Portanto eram necessários profissionais que criassem os produtos a serem confeccionados nasindústrias.Desta forma, no final do século XIX e início do século XX predominou o sistema de produção emmassa visando maior produtividade, tendo em vista o crescimento do poder aquisitivo da classemédia neste período.

2.2. ARTS AND CRAFTS (Artes e Ofícios)

Em reação ao consumismo e a criação de produtos em massa, considerada por alguns intediantes,surgiu o movimento Arts and Crafts liderado por William Morris e C. R. Ashbee. Este movimentobuscava a volta do produto artesanal e personalizado. 

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Características:  móveis em madeira local de linhas simples, com pés retos com poucos entalhes nas

extremidades;  dobradiças em ferro ou cobre na sua forma bruta;

  painéis de madeira em cores sólidas;  piso de madeira;  um tapete por cômodo;  decoração sem desordem.

Essa simplicidade e fidelidade aos materiais locais, fez com que o movimento Arts and Crafts fosseconsiderado a semente do movimento moderno., apesar de não ter conseguido grande avanço pelofato de ter produzido peças inacessíveis economicamente pela maioria da sociedade.

Podemos citar como um de seus seguidores, o arquiteto e californiano Frank Loyd Wright.

Frank Loyd Wright

Um apaixonado pela natureza que enxergava sua

arquitetura e decoração com uma arte única.

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2.3. ART NOUVEAU

Quase que simultaneamente ao movimento Arts and Crafts, surgiu o movimento Art Nouveauconsiderado o primeiro movimento moderno ocorrido de 1890 a 1914, quando eclodiu a 1ª GerraMundial.Art Nouveau nasceu na França com o objetivo de adotar uma linguagem desconectada da história evoltada para a união da pintura, escultura e decoração como uma só arte, ou seja, a União dasArtes. 1º MOMENTO – William Morris e Goudi

2º MOMENTO – Linha RetaComo seguidor deste movimento temos o arquiteto e disigner escocês Charles Renni Mackintosh quedesenvolveu uma versão do movimento com influência retilínea.

Cadeiras curvas feitas por Michael Tonet (1900) ecadeira reta criada por Charles Rennie.

Características:  estilo rebuscado, ornamentação irregular e assimétrica;  desenhos orgânicos com referência às curvas da natureza, pés de cadeiras em forma de

hastes vegetais com decoração floral;  cores em tons pastéis;  papel de parede com motivos exóticos e temas vegetais e florais;  luminárias em ferro e vitrais em forma de corpo de mulher em bronze dourado, cristal,

vidro e ferro;  piso de parquet com tapetes de flores;   jogos de sofazinho e duas poltronas de encosto arredondados (influência do Art Nouveau

no Brasil);  Mesas sinuosas ornadas em marfim, madrepérola, madeiras exóticas, Vidor pintado e

pedras semipreciosas – Influência oriental;  Armários com muitos espelhos, de formato assimétrico, laqueados de preto ou com

detalhes em madrepérola.

Charles Renni MackintoshSutileza, austeridade, rigor e simplicidadeestrutural

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2.4. ART DÉCO

Com temas exóticos astecas, maias e africanos, surgiu no período entre guerras (1918 – 1939), omovimento Art Déco que substituiu as curvas do Art Nouveau pelas linhas retas e as cores patéispelas vibrantes, em busca da simplicidade, utilidade e economia.

Surgido após a 1ª Guerra, em função da urgência de reconstrução das cidades, acompanhou asnovas necessidades da população e absorveu os novos materiais que foram descobertos edesenvolvidos pelas indústrias.Neste período as peças de design precisavam ser rápidas, funcionais e produzidas em grande escalae os artistas começam a projetar para as indústrias.

2.5. DE STIJL (STYLE – ESTILO)

Paralelamente ao Art Déco surgiu na Dinamarca em 1917, o movimento chamado De Stijl que vigorouaté 1931.Inserido também no cenário do entre-guerras, buscava formas simples e abstratas em todas asexpressões de arte, inclusive na arquitetura. O nome do movimento era também o nome de um jornalpublicado pelo pintor, designer e escritor Theo van Doesburg para difundir sua idéia de simplificar aarte.

Um dos seguidores de movimento De Stijl foi o arquiteto e disigner Gerrit Rietveld  criador dacadeira Red-Blue e da Rietveld Schroder House, única residência puramente nesse estilo.De Stijl influenciou movimentos, outros estilos e escolas como a Bauhaus.

Características:  Móveis maciços em linhas geométricas, simples e retas com terminações em curvas

suaves;  Painéis de madeira em cores sólidas ou empapeladas ou paredes totalmente nuas;  Pisos de parquet com acabamento polido;  Tapetes geométricos;  Mesas de centro em conjunto com estofados;  Sofás e cadeiras baixos com encosto e braços curvos recobertos por veludo, couro;  

Uso de lacas, metais e edras. 

Características:  Formas geométricas de ângulos retos;  Cores primárias associadas ao preto, branco e/ou cinza;  Assimetria.

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Gerrit Rietveld 

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2.6. BAUHAUS – Beleza a serviço da praticidade

A escola Bauhaus foi criada em (1919 –  1933) Berlim na Alemanha pelo então diretor WalterGropius, arquiteto e disigner.1º A principio a escola Bauhaus estava voltada para a pintura e para a escultura, visando umaprendizado ligado a criação e execução de produtos artesanais.2º Em 1923 a escola se voltou para a industrialização crescente e começou a buscar produtosmecanizados, funcionais e práticos.Materiais como cromados, ferro, plásticos, couro, aço e vidro foram usados em larga escala, porserem mais maleáveis.

O designer húngaro Marcel Breuer foi “chefe” da carpintaria da escola e criou a primeira cadeirafeita com ferro tubular.O arquiteto alemão Ludwing Mies Van der Rohe foi o segundo diretor da escola até 1933, quandoesta foi fechada pelos nazistas em função das idéias comunistas de Walter Gropious.Infelizmente a escola, enquanto aberta, não alcançou seu objetivo de tornar as peças em massa

acessíveis.

Ludwing Mies Van der Rohe 

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2.7. ESTILO INTERNACIONAL

Após o fechamento da escola Bauhaus, muitos de seus seguidores foram para os Estados Unidosonde encontraram mais liberdade para se expressar.

O movimento moderno se estabeleceu em todo o mundo com as características: minimalista,atemporal, globalizado e funcional.Os trabalhos de alguns arquitetos de vários países, que seguiram essa linguagem foramreconhecidos como formadores de um novo estilo nomeado Estilo Internacional. Durou de 1932 a

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1945 e teve como alguns de seus protagonistas os arquitetos Mies Van de Rohe, Walter Gropious eLe Corbusier.O arquiteto franco-suíço Charles-Edouard Jeanneret, conhecido como Le Corbusier começou em1928 a se interessar pelo design de móveis e criou peças tubulares famosas como sua chaise longuee a poltrona cubo..

Le CorbusierEm busca da estética “purista”, apesar de não

seguidor da Bauhaus, segue a funcionalidade elimpeza de estilo em suas peças. 

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2.8. DÉCADA DE 1950

Na década de 1950, as pessoas haviam se cansado de tanta funcionalidade, e partiram em busca deespaços mais amplos e modernos, espaços com algum diferencial. Esse diferencial veio com o avançoda tecnologia do pós-guerra, que permitiu a criação de novos tipos de vidro, borrachas e plásticostrabalhados com formas e cores variadas. Os móveis se tornaram mais leves e ousados.

Cadeira “tulipa” 1955 subverteu a idéia tradicional dos péspalito. Criada pelo visionário designer finlandês EeroSaarinen  que customizou suas peças com personalidade eousadia tridimensional.

Cadeira Diamante – jogo de formas eflexibilidade do aço cromado. Criação do ítalo

americano Harry Bertoia, em 1952, queacreditava que o espaço, a forma e o uso dos

materiais eram tão preciosos quanto afuncionalidade de um móvel.

Características:  Acessórios, luminárias e móveis trabalhados em formas abstratas ;  Cores vivas associadas ao preto ou cinza;  Móveis em madeira clara e pés palito com estofados em almofadas soltas;  Móveis em plástico oriundo da Itália, Estados Unidos e Escandinávia;  Madeiras no interior das casas pintadas em tinta esmalte creme brilhante;  Cromado presente em quase todas as peças do mobiliário aos eletrodomésticos.

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2.9. DÉCADA DE 1960 (final)

Apogeu do plástico com peças em mobiliário inflável criando um estilo alegre e irreverente =LÚDICO – dialogam com a POP ART.Quando uma garrafa de coca-cola adquiriu status de obra de arte, pelo simples fato de alguémmudá-la de lugar (da geladeira para o museu), aconteceu algo novo no nosso cotidiano. Em primeirolugar libertou todos os objetos da sua função convencional ou utilitária. Em segundo, criou, pelosimples deslocamento, uma aura em torno das coisas mais banais, abrindo infinitas possibilidades.Esse movimento ficou conhecido como POP-ART e tem levado às últimas e imprevisíveisconseqüências a arte ocidental. Esse movimento diz que tudo é relativo.

Almofada “Sacco” – criada em 1968 pelosdesigners Piero Gatti, Cesare Paolini & Franco

Teodoro.

“Sacco” de vinil cheio de bolinhas depoliestireno semi expandido.

Adapta-se a qualquer posição do seu utilizador.

Cadeira empilhável (Panton) – criada por Verner Panton (1926- 1998), arquiteto e designer dinamarquês, e trabalhada emformas sinuosas e cores fortes foi o primeiro projeto de designa usar o plástico sem emendas. Começou a ser produzida emescala em 1967.

Características:  Cores fortes;  Piso de madeira coberto por tapetes;  Paredes brancas;  Assento modular possibilitando formação de vários conjuntos de sofás;  Móveis coloridos e arrojados.

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2.10. MINIMALISMO (1970-1990)Nos vários campos de atividade do design (como a programação visual, o desenho industrial, assimcomo na arquitetura) o minimalismo tornou-se uma linha de pensamento quase predominante duranteo século XX.A arquitetura moderna, especialmente a produzida por arquitetos como Mies van der Rohe, buscavaformas simples e ausência de adornos e objetos supéfulos, sendo resumida na expressão "Menos émais". Atualmente, arquitetos que procuram recuperar o projeto moderno como Álvaro Siza, PauloMendes da Rocha, Luis Barragan, Tadao Ando, entre outros, são ditos "minimalistas".

A arquitetura e o design minimalistas propõem, em geral, um jogo de volumes e formas que estejareduzido às suas configurações não mais que essenciais a suas funções. Entretanto, o uso do termo"minimalista" é considerado polêmico, sendo recusado por muitos dos considerados minimalistas.

O Minimalismo, que se desenvolveu no final dos anos 60 prolongando-se até à década de 70,apresenta a tendência para uma arte despojada e simples, objectiva e anónima. Recorre a poucoselementos plásticos e compositivos reduzidos a geometrias básicas, procura a essência expressiva

das formas, do espaço, da cor e dos materiais enquanto elementos fundadores da obra de arte.

Embora tenha começado na pintura, a Arte Minimalista conheceu o seu maior desenvolvimento naescultura. Os escultores usam normalmente processos e materiais industriais, como aço, plástico oulâmpadas fluorescentes, na produção de formas geométricas, explorando as relações espaciais e acapacidade de a escultura interagir com o espaço envolvente, apostando na experiência corporal dopróprio espectador.

Características:  Cores suaves;  Poucos móveis no ambiente; 

Espaços vazios com visual simples e limpo;  Uso de arandelas, mas ausência de muitos adornos;  Cortinas simples como as persianas horizontais.

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2.11. HI-TECH OU HIGH-TECH

O estilo high-tech explodiu nos anos 80. Abandonando os materiais naturais se voltou somente paramateriais artificiais utilizados nas indústrias. Contra o rústico, rejeitava a idéia de espaço

unicamente confortável, mas sim surpreendente através de combinações de elementos e materiaisnão usuais.Esse estilo trouxe para a decoração, materiais emprestados das linhas de montagem: borracha, aço,vinil e plástico.

Imagem ao lado de cozinha hight-tech, projeto

recente do arquiteto Glen Finch, em residência

paulista.

Características:  Visual industrial com tendência minimalista;  Cores vivas;  Poucos móveis no ambiente;  Piso em concreto aparente, carpete, emborrachados ou cerâmicos sem desenhos;  Muito metal em todo o ambientes desde o piso até eletrodomésticos;  Cortinas simples como as persianas horizontais e verticais;  Tubulação hidráulica e elétrica aparente, assim como a superestrutura.

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Cada vez mais as casas tendem a ser plugadas na tecnologia. Entra ano e sai ano, os arquitetosaproveitam os avanços tecnológicos para tornar nossa vida mais fácil e prazerosa. Os aparelhoseletrônicos modernos caminham para acabar com o estigma da fragilidade.

2.12. PÓS-MODERNO (início da década de 90) = ECLÉTICO E FUNCIONAL.Inaugurou releituras e reinterpretações de outros estilos.O estilo pós-moderno surgiu para questionar os ideais modernistas. De acordo com os novosarquitetos e designers da época, o estilo modernista era frio, impessoal, abstrato e inexpressivo.Surgiu com mais força na Itália, buscando introduzir elementos históricos no contextocontemporâneo, de uma forma sofisticada, inteligente e “brincalhona”.

O Pós-moderno é a releituras de outros estilos. Ecletismo e funcionalidade estão entre as palavrasde ordem e teve sua origem no movimento Memphis.

Na Itália houve em 1981 a formação de um grupo de designers chamado Memphis, liderado pelodesigner Ettore Sottsass. O grupo era ousado, e impactou o mundo com móveis audaciosos e atémesmo fora de escala. Utilizava revestimentos plásticos coloridos imitando materiais naturais comoo mármore.Memphis fora reconhecido então como movimento focado na criação de móveis que na maioria das

vezes questionavam os conceitos de sentar, guardar coisas, etc.

Abaixo Ettore Sottsass e ao lado sua famosaestante para livros “Calton” de 1981. 

Características:  Utilização de colunas e motivos gregos;

  Cores harmoniosas e fortes;  Visual semelhante ao desenho animado.

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3. UM POUCO DO DESIGN BRASILEIRO

3.1. Década de 1920

A história das artes no Brasil teve a “Semana 22” como um importante marco. O único designer a participar do evento foi o suíço John Graz  (1891-1980), que se manteve emdestaque como único designer de móveis no país até 1930.

Espaço e poltronaJohn Grazz

Em 1923 começou a trabalhar como decorador em parceria com o arquiteto russo GregoriWarchavchik.

Warchavchik  vê os prédios como máquinas de morar. Paraele, o "detalhe é inútil e absurdo ". Por isso suas linhas retas,criando espaços livres e objetivos. 

Ao lado cadeiracriada por Warchavchik.

Características:  Estilo Art Déco;  Espaços com grande variedade de elementos entre caixilhos, vitrais, luminárias, móveis,

pisos, etc;  Iluminação indireta e superfícies cromadas.

JOHN GRAZ

GREGORI WARCHAVCHIK

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3.2. Década de 1930 e 1940

Joaquim Tenreiro nasceu no ano de 1906 em Melo (Portugal) e faleceu em Itapira (SP) em 1992.Filho de um marceneiro, aos nove anos começou a mexer com ferramentas na oficina do pai,ajudando-o em pequenos trabalhos e adquirindo assim, desde pequeno, a habilidade artesanal e a

familiaridade com a madeira.Tenreiro já conhecia o Brasil. Trazidopelos pais, viveu aqui em doisperíodos, dos 3 aos 7 anos e, depois,dos 19 aos 20 anos emigrando maistarde de vez para o Rio de Janeiro,onde a princípio ganhou a vida comocarpinteiro.

Surgiram, então, os móveis inteiramente concebidos,projetados e executados por ele, e admiráveis pelasobriedade e beleza da forma e pela sábia utilização daspreciosas madeiras brasileiras, combinadas entre si, ou atêxteis especialmente criados por artistas plásticos derenome. Para realizar tais móveis, Tenreiro debruçou-seatavicamente sobre a sua ancestralidade lusitana,responsável em séculos pelo surgimento de tantas obras-primas de singeleza e funcionalidade, e não em jornais elivros estrangeiros.

Cadeira três pés de 1947,executada com cinco tipos de madeira – 

imbuia, pau-marfim, jacarandá, roxinho e mogno.Ao lado a linda mesa de pau-marfim com tampo de mosaico,

criada em 1949, que deixa nítida a influênciadas raízes portuguesas no trabalho do artista. 

Terneiro é considerado por alguns autores como o “pai” do

mobiliário brasileiro.

Características:  Design adaptado ao clima tropical;  Peças limpas e funcionais;  Grande utilização de madeiras brasileiras e palha.

JOAQUIM TERNEIRO (1906-1992)

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3.3. Década de 1950

O Design brasileiro deslanchou mesmo por volta dos anos 50, eo arquiteto Sérgio Rodrigues foi um dos seus maiores aliados. 

Nasceu em 1927 (hoje com 80 anos) no Rio de Janeiro, tornou-se um grande designer de móveis, e foi pioneiro em tornar odesign nacional conhecido mundialmente com uma linguagemprópria e bem brasileira.

Seu diferencial era móveis com formas mais ousadas e com mais funcionalidade.

Em 1953 criou a loja Móveis Artesanal Paranaense, a 1° loja de arte e mobiliário moderno em

Curitiba em sociedade com os irmãos Hauner (designers italianos).Em 1954 foi convidado para chefiar o departamento de criação de arquitetura de interiores daForma S/A. (São Paulo) recém-inaugurada.Fundou em 1955 a indústria Oca, nome que define uma intenção: retomar o espírito da simplicidadeda casa indígena, integrar passado e presente na cultura material brasileira. 

Acima Estrado Mucki , de 1958 e ao lado apoltrona Diz de 2002.

No topo da página o arquiteto encontra-sesentado em uma de suas peças reconhecidas

mundialmente, a Poltrona Mole.

SERGIO RODRIGUES

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Chegando ao Brasil, insatisfeita com os móveis existentes no

mercado, decidiu criar todas as peças de composição de suadecoração. Acreditava que os móveis deveriam ter coerência como momento em que são criados.

Famosa cadeira Bowlde Lina Bo Bardi, criada em 1951.

O arquiteto Paulo Mendes da Rocha também se destacou nos anos50 desenvolvendo um trabalho de repercussão internacional daarquitetura e do design brasileiro. Em 1957, crioua poltrona paulistano (imagem ao lado) queapresentava em sua composição leve uma única

barra de ferro e umaúnica peça de tecidoformando o encosto e oassento.O arquiteto continuousua trajetória de sucesso, vindo a ser osegundo brasileiro, depois de Oscar

Niemeyer, a ganhar o prêmio norte-americano Pritzker, o mais importante em arquitetura.O Pritzker existe desde 1979 e já foi dado a arquitetos como Frank O. Gehry, Álvaro Siza, Luís

Barragan e Tadao Ando, entre outros.

3.4. Década de 1960

Com Golpe Militar de 64 e o AI-5 (Ato Institucional) em 1969, a cultura e a arte brasileira foimuito reprimida no país, se destacando mais no exterior onde encontrou mais liberdade deexpressão.

Nos anos 60 os designers e arquitetos buscavam um estilo maisintelectual, minimalista e gráfico.O arquiteto Bernardo Figueiredo o lado do mexicano Aurélio MartinezFlores foram importantes ícones do design brasileiro nesse período.

Ao lado cadeira em jacarandá e palhinhados anos 60 de Bernardo Figueiredo.

LINA BO BARDI (1915-1992)

PAULO MENDES DA ROCHA 

BERNARDO FIGUEIREDO

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Essa poltrona, que reúne a inusitada mistura demadeira nobre com lona de caminhão, criada

pelo fantástico arquiteto mexicano AurélioMartinez Flores.

Cadeira Recurva de Espaldar Alto,1949 Joaquim TenreiroJacarandá e palhinha

Coleção Jones Bergamin/RJ 

3.5. Década de 1970

Nesta década no Brasil, ocorreu o nascimento de novas escolas de arquitetura formando novosdesigners. Neste momento o mundo inteiro já estava totalmente voltado para a globalização. Neste

período temos como destaque o arquiteto Oscar Niemeyer.

Oscar Niemeyer inicia a sua incursão nodesign de móveis em 1971. "O problema que

encontrei no equipamento dos edifícios é que,muitas vezes, o mobiliário, o arranjo interno,

prejudica completamente a arquitetura", diz oarquiteto no livro Móvel moderno no Brasil, de

Maria Cecilia Loschiavo dos Santos, aoexplicar o porquê do interesse em projetarmobiliário: considera-os parte fundamental da

composição arquitetônica.

AURÉLIO MARTINEZ FLORES

OSCAR NIEMEYER 

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Na mesma publicação, Niemeyer revela aindaque prevê em seus projetos os espaçosdestinados aos grupos de móveis e, se

colocados de maneira indevida, todo o projeto

é prejudicado. "Às vezes eles não estão deacordo com a arquitetura, e o ambiente se fazsem a unidade que a gente gostaria. Por isso é

que eu comecei", diz, e segue, "todos os móveisestão presos ao princípio de que são

complemento da arquitetura e devem seratualizados e modernos como a própria

arquitetura".

3.6. Década de 1980

Neste período no Brasil, houve uma grandeexaltação dos móveis estrangeiros através daimportação de produtos oriundos da Europa e dosEstados Unidos. A produção brasileira se voltoupara a reprodução de ícones estrangeiros como acadeira Wassily (foto ao lado) e a chaise longuede Le Corbusier.

3.6. Década de 1990

Em final dos anos 80 e durante os anos 90 surgiram várias oficinas e lojas de fabricação demobiliário nacional. O Design deste período foi marcado pelo principio de móveis mais funcionais quebonitos, mais práticos do que teóricos.Podemos citar como designers dessa época Carlos Motta, Ruy Otake e os irmãos Campana.

Características:  Design mais próximo da arte que da funcionalidade;  Grande multiplicidade de tendências.

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Imagens de projetos com influenciabrasileiras, escandinavas e norte-americanas.

Os dois viveram sua infância e adolescência em Brotas; jáformados, foram para São Paulo, onde iniciaram sua carreira artística; nestes quase 20 anos,viajaram pelo mundo todo, fazendo exposições pessoais e coletivas, workshops, palestras, cursos,ganharam inúmeros prêmios, tem suas obras expostas nos principais museus do mundo e são hoje,sem dúvida, reconhecidos pela crítica especializada, como designers de maior criatividade do séculoXXI. Sem dúvida os irmãos Campana abriram portas para a criatividade brasileira.

Poltrona Pedaços feita compedaços de madeira inspirada nasfavelas brasileiras. 

Poltrona cone 1997 – aço inox epolicarbonato, uma de suas obras

mais recentes.

CARLOS MOTTA 

IRMÃOS CAMPANA (FERNANDO E HUMBERTO)

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Poltrona Bola 

Poltrona Sushi IVChair

3.7. Atualidade – Século XXIA globalização vem se fortalecendo ainda mais em todos os setores das artes e tecnologias. Surgiuentão uma decoração impessoal e muitas vezes sem raízes culturais.Por tanto é possível ver residências extremamente parecidas interiormente em diferentes paízes.

Atualmente estamos entrando na era da Arquitetura Cibernética criada pelo arquiteto britânicoJames Law. É uma arquitetura flexível e altamente mutável, pois busca quebrar conceitos pré-estabelecidos sobre o uso costumeiro de elementos do design de interior, tornando-osmultifuncionais.Como exemplo desse estilo temos a cama que vira sofá, e o projeto do edifício residencialcomputadorizado em Dubai.

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4. ESTILOS DE DECORAÇÃO

De acordo com Vera Fraga Leslie em seu livro LUGAR COMUM “Auto – Ajuda” de decoração eestilo; o Estilo é uma forma particular ou distintiva de expressão artística, característica de um

indivíduo, povo ou período. “Ter estilo é criar uma narrativa pessoal que ultrapasse as fronteiras dacasa.”  

Vera diz que, antes de mais nada, um projeto de decoração deve: livrar-se das prisões históricas,ter a audácia de assumir um compromisso moral com o seu tempo; ser prático, ter ordem,dependendo do ponto de vista ou da perspectiva; desfrutar da liberdade de comprar qualquer tecidoe ter a criatividade de transformá-lo em veludo azul.

“Criar é tirar partido das carências pessoais e históricas. É fazer com que os objetos transcendamo seu valor de uso, criando uma linguagem. Um sentido que vai além da pura ostentação de status, nabusca das mais sutis e delicadas posições diante da vida. Quando não se aceita um sentido definidoa partir do que é “in or out”, tem -se a estética da contradição.”  

A revolução industrial e as exigências da vida moderna substituíram esses móveis de “estilo” pela

funcionalidade dos móveis encaixáveis e dobráveis, nos quais a forma segue a função. As madeirasforam trocadas por fórmicas e outros materiais sintéticos. Aquele velho e bom móvel antigo temagora outra função. É uma citação, uma memória – objeto que só permanecerá vivo na companhia donovo.

“ Nossa casa não é uma instalação nem um cenário, entretanto podemos eleger certos objetos, prontos e prosaicos, como um ícone ou uma escultura. O mais genial dessa idéia é que ela não custanada.”  

“Nenhum objeto possui valor absoluto, mas um valor relativo, que será dado por você, no contextoda sua casa, não importa de onde vem, Londres ou Paragua i.”  

Vera Fraga Leslie

Como vimos, o conceito de morar não é absoluto, é mutável conforme os avanços tecnológicos,

econômicos, políticos e culturais de um povo. Observe as imagens a seguir que mostram a evolução

do conceito de Quarto no Brasil de 1970 até o ano 2000.

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4.1. DECORAÇÃO JAPONESA

Sobriedade, simplicidade e naturalidade são as 3 chaves da decoração japonesa. 

O interior japonês é sóbrio e ordenado. As casas japonesas não estão obstruídas por muitos objetosdecorativos. A diferença do modelo de decoração interior ocidental, é que a decoração japonesaprivilegia a vida simples com os móveis essenciais. A característica principal da concepção japonesados interiores é a simplicidade e a pureza das coisas.

Devido à falta de espaço, os japoneses se servem da técnica da paisagem artificial, que dá umasensação de liberdade e de espaço.

Outra característica do estilo tradicional é o fato dos japoneses se sentarem no chão, em tatames.Umas almofadas sobre os tatames proporcionam comodidade extra.

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Os elementos orientais estão presentes nos ambientes em cerâmicas, mobiliário, luminárias,biombos e ofurôs. Já os tatames, revestimentos de palha de arroz e junco, são encontrados nosambientes mais típicos. Os móveis baixos, onde quase tudo é feito próximo ao chão, as cores fortescomo o vermelho e o preto, o bambu, os futons e os papéis utilizados na produção de divisórias eluminárias caracterizam esse estilo. E é claro a madeira, o ponto alto da arquitetura japonesa.

Entre os atributos da decoração japonesa, a assimetria tem um papel importantíssimo. A simetriarepresenta para eles o estancamento, contrariamente à assimetria, que é criativa. Nenhum interior

 japonês poderá considerar-se como tal sem um Ikebana, um arranjo floral tradicional do Japão.Esse pequeno arranjo dá uma sensação de equilíbrio ambiental. O número de flores ou de ramosutilizados é sempre impar.

A cultura oriental teve um boom na virada do século com a valorização do estilo zen, à busca daqualidade de vida. Atualmente as pessoas estão usando o toque oriental em ambientes de meditaçãoe áreas externas.

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4.2. DECORAÇÃO ÁRABE

Os tapetes e tecidos  desempenharam um papelessencial na cultura islâmica.

Na época em que prevaleceu o nomadismo, as tendaseram decoradas com estas peças. À medida que osmuçulmanos se tornaram sedentários, sedas, brocadose tapetes ganharam status de decoração em paláciose castelos, bem como nas mesquitas, nas quais oscrentes ajoelham-se sobre tapetes, pois não devemficar em contato com a terra.

Uma rica diversidade de estilos e o uso de técnicaseficazes marcaram as artes visuais islâmicas, essencialmente decorativas e coloridas. Os arabescoseram utilizados tanto na arquitetura quanto na decoração de objetos. A produção de cerâmicas,vidros, a ilustração de manuscritos e o artesanato de madeira ou metal também foram muitoimportantes na cultura islâmica.

A cerâmica é uma das primeiras artes decorativasmuçulmanas, principalmente a decoração da louçade barro em esmalte, uma das mais admiráveiscontribuições do Islã para esta arte. A ilustraçãode manuscritos é igualmente muito reverenciadanos países árabes, especialmente a pintura emminiatura, no período posterior às invasões dosmongóis (1220-1260). Da mesma forma a caligrafia

teve seu papel de destaque como motivodecorativo, uma vez que a palavra escrita éconsiderada pelos muçulmanos como uma revelaçãodivina.

A pintura islâmica é expressa por meio de afrescos e miniaturas. Infelizmente, poucas pinturassobreviveram ao tempo em bom estado. Elas eram em geral empregadas na decoração das paredesdos palácios ou de edifícios públicos. Seus temas abrangiam episódios de caça e do cotidiano dacorte.

Almofadas cômodas e confortáveis, mesas baixas ebandejas de cobre são alguns elementos quecompõem este tipo decoração. Sentados no chão,os árabes sentem uma comodidade igual comosentir no sofá.

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Sejam do tipo que sejam, os tapetessão elementos indispensáveis paracriar um ambiente caloroso econfortável. Poder-se sentar paratomar um chá ou para comer… poder

falar com os hóspedesrelaxadamente… podem contrariar o

frio do chão… Os tapetes são muitofuncionais. E mais, muito decorativos!Mas muito mais que um elemento dedecoração, os tapetes podem sertambém elementos significativos,pelas suas cores e confecção.

Na decoração árabe, as cores são as seguintes: rosa caramelo, verde anis, vermelho profundo,laranja vitaminado, azul turquesa. As cores mais vivas do arco-íris são necessárias para este estilo

de decoração. Esta paleta explosiva de cores enriquece todo o tipo de lantejoulas e bordadosdourados ou prateados. Agora vamos passar para outro tópico importante: os materiais.

Móveis em cores vivas, cadeiras de Marajá ou espelhos de ferro forjado também serão ideais paraeste tipo de decoração. Inseridos nesse contexto encontramos todo o tipo de elementos prateadosou dourados: cadeiras, espelhos, mesas rasas, etc.

4.3. DECORAÇÃO INDIANA

Do país das divindades, dos tecidos coloridos, dos temperos picantes e da delicadeza no olharchegam objetos carregados de simbologia e de boas vibrações. A casa agradece sempre que passa a

abrigar uma peça cujo significado é importante para o morador, como uma cabeça de Buda, umaestátua de Shiva ou até mesmo um pórtico entalhado. O resultado é um ambiente que emanaserenidade e criatividade. Turquesa e vinho, entre outras cores intensas, também remetem àatmosfera Indiana e podem ser traços mais suaves da presença dessa influência étnica nadecoração. Vasos, copos, tecidos, incenses, móveis e objetos de evocação hindu também trazemares da índia sem transformar a casa num cenário excessivamente típico. Peças pequenas usadas deforma pontual facilitam inclusive a mudança de estilo.

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4.2. DECORAÇÃO FRANCESA

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