Apostila administração de estoque

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    AADDMMIINNIISSTTRRAAOO DDEE EESSTTOOQQUUEESS

    O objetivo do setor de Administrao dos Estoques no deixar faltar material aoprocesso de fabricao, evitando imobilizao em excesso.Administrar os estoques, dentro do processo logstico, significa estipular os

    diversos nveis de materiais e produtos que a organizao deve manter, sempre voltadopara o aspecto econmico.

    So compostos, os estoques, de: matria - prima, material auxiliar, material demanuteno, material de escritrio, material e peas em processos e produtosacabados.

    A funo principal da Administrao de Estoques ser:Maximizar o uso de recursos envolvidos na rea logstica da empresa, atravs do

    atendimento da demanda e minimizao dos investimentos em estoque.

    Aumento dos estoques, atendem a demanda, porm acarretam a necessidade deelevado capital de giro e por sua vez elevados custos. Porm, estoques baixos podemacarretar custo de falta, que as vezes so difceis de contabilizar em face de insatisfaodo cliente ou at a sua perda.

    Verificamos a seguir, os objetivos do planejamento e controle de estoque, osquais so:a) Assegurar o suprimento correto de matria prima, material auxiliar, peas e insumos

    ao processo de fabricao;b) Manter nveis de estoques compatveis com a demanda porm observando os custos;c) Identificar e eliminar os materiais obsoletos;d) No aceitar erros quanto a condio de falta ou excesso em relao s vendas.e) Precaver-se quanto a perdas, danos, extravios ou mau uso;f) Manter as quantidades em relao as necessidades e aos registro;g) Fornecer informaes eficazes para a elaborao de dados ao planejamento de curto,

    mdio e longo prazos, das necessidades de estoque;h) Manter os custos em nveis econmicos, levando em conta os volume de vendas,

    prazos, recursos e seu efeito sobre o custo de venda do produto.Existem diversos tipos de estoques que so estocados em diversos almoxarifados

    os quais mencionamos a seguir:1) Almoxarifados de matrias-primas: so todos os materiais que se agregam ao

    produto, fazendo parte integrante de seu estado. Podem tambm ser itenscomprados prontos ou j processados por outra unidade ou empresa.

    2) Almoxarifado de materiais auxiliares: so os que ajudam na participao, execuo etransformao do produto, porm diferenciam dos anteriores pois no se agregam aele, mas so imprescindveis no processo de fabricao.

    3) Almoxarifado de manuteno: o local onde esto as peas de reposio(apoio emanuteno dos equipamentos e edifcios ou ainda os materiais de escritrio "papele caneta" usados na empresa.)

    4) Almoxarifados intermedirios: local onde ficam os materiais em processo defabricao. (WIP- Work in Process), ou ainda em subconjuntos, que soarmazenados para compor o produto final.

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    5) Almoxarifado de acabados: o local dos produtos prontos e embalados os quaissero distribudos aos clientes. O seu planejamento e controle de suma importnciatendo em vista que o no giro do mesmo ir onerar o custo do produto, alm de forte

    injeo obsolescncia.(Vide Fig. em anexo: Ficha de Estoque)

    CCUUSSTTOOSS DDOOSS EESSTTOOQQUUEESS

    Os mais importantes so os Custo de pedido, Custo de manuteno de estoque eCusto por falta de estoque.a) Custo de pedido: so custos fixos e variveis referentes ao processo de emisso de

    um pedido. Os fixos so os salrios do pessoal envolvidos na emisso dos pedidos eos variveis esto nas fichas de pedidos e nos processos de enviar esses pedidosaos fornecedores, bem como, todos os recursos necessrios para tal procedimento.

    Portanto, o custo de pedido esta diretamente determinado com base no volume dasrequisies ou pedidos que ocorrem no perodo.

    b) Custo de manuteno dos estoques so as despesas de armazenamento(altosvolumes, demasiados controles, enormes espaos fsicos, sistema de armazenageme movimentao e pessoal envolvido no processo, equipamentos e sistemas deinformao especficos). Temos ainda os custos relativos aos impostos e aos segurosde incndio e roubo. Alm disso, os itens esto sujeitos a perdas, roubos eobsolescncias, aumentando ainda mais os custos de mant-los em estoques. Estecusto, de manuteno dos estoques, gira aproximadamente em 25% do valor mdiode seus produtos.

    c) Custo por falta de estoque no caso de no cumprir o prazo de entrega de um pedido

    colocado, poder ocorrer ao infrator o pagamento de uma multa ou at ocancelamento do pedido, prejudicando assim a imagem da empresa perante aocliente. Este problema acarretar um custo elevado e de difcil medio relacionadocom a imagem, custos, confiabilidade, concorrncia etc.Vide figs.: Padres de custos em funo do lote econmico.

    Curva de custo totalCustos Tpicos de manuteno de um EstoqueCusto Total em funo do lote.

    PPLLAANNEEJJAAMMEENNTTOO DDOOSS EESSTTOOQQUUEESS

    Como difcil prever uma demanda futura, temos a necessidade de manterestoques. Devemos, portanto avaliar os objetivos do estoque, que podem ser de custoou de nvel de servio. (Vide fig. em anexo: Analogia dos estoques).a) Objetivo de custo: devemos obter um ponto timo balanceado dos custos de

    armazenagem, de pedidos e de falta, para melhor atender demanda de mercado eaos anseios dos acionistas. O somatrio dos trs custos mencionados,proporcionar uma curva de custos conforme a figura em anexo: "Curva de custototal".

    b) Objetivo de Nvel de Servio: Visa atender as necessidades do cliente em relao adatas e presteza de entrega dos pedidos. Esse modelo procura considerar osestoques para atender qualquer solicitao do mercado, atravs da definio de

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    percentual de grau de atendimento. Quanto maior for o grau de atendimento, maiorser o custo de manuteno de estoque. importante notar que o aumento no custode armazenar tende a elevar os custos a valores altssimos em relao a um

    atendimento 100%.Para planejar os estoques e control-los, existem alguns mtodos, sendo cada

    um aplicado diferenciadamente, necessidade especfica de cada sistema.Para verificarmos como est o planejamento de nossos estoques interessante

    usarmos a avaliao de Retorno de capital e de Giros de estoques.O Retorno de Capital : Investido em estoques (RC) baseado no lucro das vendasanuais sobre o capital investido em estoques o qual o resultado satisfatrio dever seracima de um coeficiente 1

    RC= Lucro : Capital em Estoque

    Exemplo: A Coopatoso apresentou vendas anuais de R$ 600.000,00 e lucro anual deR$ 30.000,00, tendo em seus estoques (matria-prima, auxiliar, manuteno, WIP eacabados) um investimento de R$ 120.000,00.

    Qual ser o retorno de capital em estoque?RC = L : CRC = 30.000,00 = RC = 0,25 (pssimo retorno)

    120.000,00

    Enquanto isto, um concorrente Cemila, o qual tem os mesmos dados, exceto semestoque, que de R$ 20.000,00 (matria - prima, auxiliar, manuteno, WIP eacabados).Qual ser seu retorno de capital em estoque?RC = L : C RC = 30.000,00

    20.000,00

    RC= 1,5 (Bom retorno de capital)

    RROOTTAATTIIVVIIDDAADDEE OOUU GGIIRROO DDOOSS EESSTTOOQQUUEESS

    a quantidade que o valor de estoque gira ao ano, ou seja, o valor investido emestoque ou sua quantidade de peas que atender um determinado perodo de tempo.Para calcularmos a rotatividade, devemos ter o valor dos estoques em quantidadesmonetrias ou quantidades de peas. O Custo anual das vendas ser o valor anual dasvendas menos mo- de - obra e as despesas gerais, que praticamente se resumem noscustos dos materiais comprados no ano.

    R = Custos das Vendas Anuais : Estoque

    RC = L : C

    R = CV : E

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    Exemplo: A Servo Automatizao tem vendas anuais de R$ 600.000 ,00, sendoque o seu custo anual das vendas foi de R$ 390.000,00 e seu lucro anual, de R$32.500,00 e tendo seus estoques ( matria - prima, auxiliar, manuteno, WIP e

    acabados) um investimento de R $ 120.000,00, qual a rotatividade dos seus estoques?

    R = C : E R = 390.000,00 R = 3,25120.000,00

    O estoque gira 3,25 vezes ao ano.

    Exemplo: Se a Coopatoso possui vendas anuais de leite longa vida em 2625 unidades eo estoque deste produto de 625 unidades, qual ser a rotatividade de seu estoque?Podemos verificar que, quando utilizamos quantidade de peas, somente usamos aquantidade de peas vendidas no ano e a quantidade dessas peas em estoque.

    R= QV : E R = 2625 R = 4,2625

    O estoque g ira 4,2 vezes ao ano

    Se soubermos a rotatividade dos estoques, podemos determinar tambm operodo de tempo que ele ira suportar, ou seja, o estoque serve para atender a umademanda de "tantos dias, semanas ou meses". Para calcularmos dividimos 12 mesespelo valor da rotatividade encontrada, e teremos tempo(em meses) pelo qual o estoquesuportar a atual demanda.

    Utilizando os exemplos anteriores temos:

    Para rotatividade de 3,25 giros ao ano

    Tempo em meses T(m) = 12 meses / 3,25 giros ao anoT(m) = 3,69 meses ou seja 3 meses e 21 dias aproximadamente

    3,69 m.............. X X = 110,7 Dias (aprox imadamente1 m.................. 30 Dias 3 meses e 21 dias)

    Tempo em semanas T(s) = 52 Semanas T(s) = 16 Semanas3,25 giros ao ano

    Tempo em dias T(d) = 365 Dias T(d)= 112 Dias3,25 giros ao ano

    Tempo em dias teis T(du) = 240 dias teis T(du) = 57,14 Dias teis, ou seja,3,25 arredondando: 57 Dias

    teis

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    Quanto maior for o nmero da rotatividade, melhor ser a administ rao logstica(menores custos e maior competitividade.)

    Atualmente no Brasil o giro de estoques esto em mdia em torno de 14 ao ano ou seja,T(m)= 12 meses / 14 ao ano T(m)= 0,850,86 x 30 Dias = aproximadamente 26 diasVerificamos a seguir que um valor muito baixo comparado aos padresmundiais:

    Ateno: Giros de estoques por ano, mdias das empresasndices de 97(mdias)

    Brasil Mundial (EUA,Europa e sia)

    Japo

    Rotatividade

    (giros do estoqueao ano)

    14 80 160

    Tempo em dias 26dias

    5 dias 2 dias

    Exemplo:Custos das Vendas = US$ 25.000,00 (Considerando uma empresa com asmesmas condies e operando no Brasil, nos EUA mdio e no Japo).

    Rotatividade = 14 giros ao ano no Brasil80 giros ao ano nos EUA, Europa e sia

    160 giros ao ano no JapoCalculando o capital investido (parado) em estoques:

    R = CV : E E = CV : R

    Brasil = E = CV : RE = US$ 25.000,00 : 14E = US$ 1.785.714,20 (Valor imobili zado em estoque)

    EUA= E= CV : RE= US$25.000,00 : 80E= US$312.500,00 (Valor imobilizado em estoque)

    Japo E= CV : RE= US$ 25000,00 / 160E= US$ 156.250,00 ( Valor imobil izado em estoque)

    Verificamos que a necessidade de capital de giro entre as empresas dos pases,faz uma importante diferena no aspecto competitivo.

    Percebe-se assim, o grande diferencial que permite uma boa gesto de estoquescom elevado giro, reduzindo drasticamente os custos , melhorando a flexibilidade deatender a demanda de mercado e satisfazer ao cliente e, principalmente, otimizando osrecursos financeiros em tecnologia e P&D e no imobilizando estoques.

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    Brasil : 14 giros ao ano US$ 1.785.714,20

    USA: 80 giros ao ano - US$312.500,00

    Japo: 160 giros ao ano = US$ 156.250,00

    Notamos, portanto, necessidades de capital imobilizado em estoques e,conseqentemente, a necessidade de capital de giro, no mesmo valor, para reporestoques. Portanto, as empresas brasileiras encontram-se com grandes problemasfinanceiros e de competitividade.

    PPRREEVVIISSOO DDEE EESSTTOOQQUUEESS

    Normalmente, a previso dos estoques fundamentada de acordo com a rea de

    vendas, mas em muitos casos de logstica, em especfico a Administrao de Estoques,precisa prover os fornecedores de informaes quanto a necessidades de materiais paraatender a demanda mesmo no tendo dados da rea de vendas/ marketing.

    A proviso das quantidades futuras uma tarefa importantssima no planejamentoempresarial e esta dever levar em considerao os fatores que mais afetam o ambientee que possam interferir no comportamento dos clientes.

    Segundo DIAS, 1996 devemos considerar duas categorias de informaes as quaisso:1) Informaes quantitativas : Influencia da propaganda. Evoluo das vendas no tempo. Variaes decorrentes de modismos. Variaes decorrentes de situaes econmicas. Crescimento populacional.2) Informaes Qualitativas Opinio de gerentes. Opinio de vendedores. Opinio de compradores. Pesquisa de mercado.

    bom reforar, que por si s no so suficientes as informaes quantitativas e

    qualitativas, necessrio tambm, a utilizao de modelos matemticos.Analisando os grficos de evoluo de demanda de mercado esboados a seguir,podemos verificar: (Vide Figuras: "Modelo de evoluo de consumo constante")

    Quanto a Evoluo de Consumo Constante (ECC), notamos que o volume deconsumo permanece constante, sem alteraes significativas, portanto, seria asempresas que mantm suas vendas estveis, seja l qual for seu produto, mercado ouconcorrentes.

    Quanto a Evoluo do Consumo Sazonal (ECS), (Vide fig. em anexo), o volumede consumo passa por oscilaes regulares no decorrer de certos perodo ou do ano,sendo influenciado por fatores culturais e ambientais, com desvios de demanda

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    superiores/inferiores a 30% de valores mdios o caso de: sorvetes, enfeites de natal,ovos de pscoa etc.

    Em relao a Evoluo do consumo e tendncias (ECT) (Vide fig. em anexo), o

    volume de consumo aumenta ou diminui drasticamente no decorrer de um perodo ou doano, sendo influenciado por fatores culturais, ambientais, conjunturais e econmicos,acarretando desvios de demanda positiva ou negativa. Exemplos: negativos sero osprodutos que ficaram ultrapassados no mercado(maquina de escrever) ou que estosofrendo grande concorrncia ou ainda, por motivos financeiros (a empresa perde seucrdito e passa areduzir sua produo). Em relao aos desvios positivos, temos asindustrias de computadores com uma crescimento ascendente no mercado.

    Na prtica podemos visualizar combinaes dos diversos modelos de evoluo dedemanda, em decorrncia das variveis que influenciam as empresas, mas numpercentual maior pela qualidade da administrao empresarial realizada.

    Se conhecermos bem a evoluo de demanda, ficar mais fcil elaborarmos a

    previso futura de demanda, e para tanto poderemos usar diversos modelos disponveisno mercado como:

    Mtodo do ltimo perodo (MUP)

    o mais simples, sem fundamento matemtico, utiliza como previso para oprximo perodo o valor real do perodo anterior.

    Exemplo: A VIPAS, teve neste ano o volume de vendas de vidros canelados:Janeiro, 5. 000; Fevereiro 4.400; Maro 5.300; Abril 5.600; Maio 5.700, Junho5.800;e Julho 6.000. De acordo com o mtodo MUP calcular a previso de demanda paraagosto.

    Para agosto(MUP)= o ultimo perodo foi julho, 6.000 unidades portanto, apreviso para agosto ser de 6.000 unidades. Verificamos a precariedade destemtodo e infelizmente muito utilizado nas empresas devido as vezes pela prpriafalta de maiores conhecimentos por parte dos responsveis pelas previses naempresa.

    Mtodo de Mdia Ar itmtica (MMA)

    A previso do prximo perodo obtida por meio de calculo da media aritmticado consumo dos perodos anteriores. Como resultado desse modelo teremos valores

    menores que os ocorridos caso o consumo tenha tendncias crescente, e maiores se oconsumo tiver tendncias decrescentes, nos ltimos perodos.

    Verificamos tambm, que trata de um modelo muito utilizado por empresas semmuito conhecimento sobre o assunto em questo, no traz tal modeloconfiabilidade de previso pelos motivos informados anteriormente.

    Exemplo: Usando os mesmos valores do exemplo anterior temos:

    P.p. (MMA)= (C1+C2+C3+...............+ Cn) : nP.p. Previso para o prximo perodon = nmero de perodos

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    C1,C2,C3,Cn = Consumo nos perodos anteriores

    P(MMA)= 5.000+4.400+5.300+5.600+5.700+5.800+6.000

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    Pagosto(MMA) = 5.400 (previso para agosto ser 5.400)

    Como podemos observar temos uma tendncia crescente porm o resultado foimenor, neste caso mostra a no preciso deste mtodo. Para amenizar a fragilidade detal sistema poderamos usar os dados mais recentes, ou seja, os ltimos quatros, comocalcularemos a seguir:

    Pagosto (MMA)= (C1+C2+C3........+Cn) : n Pagosto (MMA)= 5.600+5.700+5.800+6.000n : 4

    Pagosto (MMA)= 5.775 Unidades

    Caso no tenhamos outro mtodo e tivermos de optar, o segundo caso (os 4ltimos meses) traz maior credibilidade para previso de agosto. Para melhorvisualizao esboamos o grfico em anexo: Fig. "Grficos de tendncias de demandade vendas reais".

    Mtodo da Mdia Ponderada (MMP)A previso dada atravs de ponderao dada a cada perodo, porm o perodo

    mais prximo recebe peso maior e para os outros haver uma reduo gradativa para osmais distantes. Devemos observar que a soma das ponderaes deve ser sempre 100%

    (40 a 60 % para os mais recentes e para o ultimo, 5%). Este modelo elimina em partealgumas precariedades dos modelos anteriores, mas mesmo assim verifica algunsproblemas como a alocao dos percentuais ser sempre funo da sensibilidade doresponsvel pela previso portanto, se no for bem analisado as variveis, poderocasionar erros de previso.

    Exemplo: Usando os mesmos parmetros dos consumos nos exemplos anterioresteremos:

    Janeiro 5.000Fevereiro 4.400

    Maro 5.300Abri l 5.600Maio 5.700Junho 5.800Julho 6.000

    Ppp(MMP)= (C1 x P1) + (C2xP2) + (C3xP3)+ ........+(CnxPn)

    Onde Ppp(MMP)= Proviso prximo perodo atravs do mtodo da mdia ponderada.C1,C2,C3,Cn= Consumo nos perodos anteriores

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    P1,P2,P3,Pn = Ponderao dada a cada perodo

    Para exemplo em questo daremos as ponderaes para cada perodo , conforme

    o enunciado (regra) mencionada)

    Julho 40%Junho 20%Maio 15%

    Abri l 8%Maro 7%Fevereiro 5%Janeiro 5%Total 100%

    Obs.: Reforando o enunciado anterior, as ponderaes so fundamentadas deacordo com influncia do mercado. A soma dever ser100% sendo o maior valor para oultimo perodo (o anterior ao que ser calculado) Para o perodo mais recente (40% a60%) e para o ultimo (5%).

    Ppp(MMP)=(C1xP1)+(C2xP2)+(C3xP3)+(C4xP4)+(C5+P5)+(C6xP6)+(C7+P7)

    Pagosto(MMP)=(6.000x0,4)+(5.800x0,2)+(5.700x0,15)+(5.600x0,08)+(5.300x0,07)+(4.400x0,05)+(5.000x0,05)

    Pagosto(MMP)=(2.400)+(1160)+(855)+(448)+(371)+(220)+(250)

    Pagosto(MMP)=5.704 (Previso para Agosto)

    Podemos tambm para melhor aprimoramento da previso usarmos os 4 ltimosperodos, principalmente pela tendncia positiva observada.

    Julho 6.000 50%Junho 5.800 30%Maio 5.700 15%

    Abri l 5.600 5%

    PP(MMP)=(6.000x0,50)+(5.800x0,30)+(5.700x0,15)+(5.600x0,05)

    Ppp(MMP)=3.000+1740+855+280

    Ppp(MMP)=5.875 (Previso para Agosto)

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    Para melhor visualizao de qual modelo teria bem caracterizado a previso deagosto, verificar figura em anexo: "Grfico de tendncias de demanda e vendas reais".

    Mtodo da Mdia com Suavizao Exponencial (MMSE)

    Neste mtodo, a previso obtida de acordo com a ponderao dada ao ltimoperodo, e teremos que utilizar tambm a previso do ltimo perodo. Ele procura fazer aeliminao das situaes exageradas que ocorreram em perodo anteriores. simples deusar e necessita de poucos dados acumulados sendo auto-adaptvel, corrigindo-seconstantemente de acordo com as mudanas dos volumes das vendas. A ponderaoutilizada e denominada constante de suavizao exponencial que tem o smbolo (@) epode variar de 1>@>0.

    Na prtica @ tem uma variao de 0,1 a 0,3 dependendo dos fatores que afetam ademanda.

    Para melhor entendimento teremos:Ppp(MMSE)= [(Ra x @) + (1 - @) x P a]

    Onde: Ppp(MMSE)= Previso prximo perodo atravs do mtodo da mdia comsuavizao exponencial

    Ra = Consumo real no perodo anteriorPa = Previso do perodo anterior@ = Constante de suavizao exponencial

    Exemplo: Usando os mesmos valores dos exemplos anteriores e sabendo-se quea previso de julho foi de 6.200 (calculada anteriormente no final de junho), calcule apreviso para agosto com uma constante de suavizao exponencial de 0,15(achou-se deacordo com os valores que afetam atualmente a demanda- variam de 0,1 a 0,3)

    Ppp(MMSE)= [(Ra x@) + (1 - @) x Pa]Pago(MMSE)= [(6.000x0,15)+(1-0,15)x 6.200]Pago(MMSE)=[900+(0,85x6.200)]Pago(MMSE)=900+5.270)

    Pago(MMSE)=6.170 UnidadesA previso para agosto ser 6.170 Unidades

    Este mtodo permite que obtenhamos um padro de conduo das previses comvalores prximos da realidade. Assim as vendas reais e as previses seguem umatendncia que facilita as projees do administrador. Este modelo eficaz quando apenastrabalhamos com ele. Para melhor visualizao do exposto verificar a figura em anexo:"Curva de Previso pela mdia suavizada exponencialmente e as vendas reais".

    Mtodo da Mdia dos Mnimos Quadrados (MMNQ)

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    De fato o melhor em relao aos outros relacionados, pois um processo deajuste que aproxima os valores existentes, minimizando as distncias entre cadaconsumo realizado. Baseia-se na equao da reta [ Y=a+bx] para o calculo da previso

    de demanda, portanto permite um traado bem realista do que poder ocorrer, com aprojeo da reta. Usando a equao da reta, teremos que calcular a,b e x. Para o calculodos mesmos usaremos as equaes normais, onde os dados so obtidos da tabulaodos dados existentes.

    Onde: a = valor a ser obt ido na equao normal por meio da tabulao de dados;b = valor a ser obtido na equao normal mediante a tabulao de dados;x = quantidades de perodos de consumo utilizados para calcular a previso.

    Para calcularmos os termos a e b, necessrio tabularmos os dados existentes parapreparar as equaes normais, dadas por:

    Exemplo: Usando os mesmos dados dos exemplos anteriores teremos:

    Tabulao dos dados de vendas para elaborar as equaes normais

    Tabulao dos dados de vendas para elaborar as equaes normaisN = Quantidade

    Perodos Perodos Y X X2 XY1 Janeiro 5.000 0 0 02 Fevereiro 4.400 1 1 4.4003 Maro 5.300 2 4 10.6004 Abril 5.600 3 9 16.8005 Maio 5.700 4 16 22.8006 Junho 5.800 5 25 29.0007 Julho 6.000 6 36 36.000

    7 37.800 21 91 119.600

    37.800 = (7 x a) + (21 x b) (1) (1) 37.800 = 7a + 21b119.600 = (21 x a) + (91 x b) (2) (2)119.600 = 21a + 91b

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    Como temos duas equaes com duas incgnitas (a e b) teremos que resolv-lassimultaneamente. Portanto precisamos eliminar uma das incgnitas; para isso teremosque igualar, numericamente, o coeficiente de a ou b, o que for mais fcil, porm com

    sinais opostos. Neste exemplo, iremos igualar o coeficiente a multiplicando toda aequao (1) por 3.

    (1) 37.800 = 7a + 21 b x (-3)(1) 119.600 = 21a + 91 b

    -113.400 = -21 a - 63 b119.600 = 21 a + 91 b

    6.200 = 0 + 28 b

    b= 6.200 : 28b b = 221,43

    Como achamos uma das incgnitas basta agora achar a out ra

    37.800 = 7a + 21 b37.800 = 7a + 21(221,43)37.800= 7a + 4650,0337.800 - 4650,03 = 7a33.149,97 = 7aa = 33.149,00 a = 4.735,71

    7Ppp(MMMQ) = a + bx = Ppp (MMMQ) = 4.735,71 + 221,43 x 7)

    a = 4.735,71b = 221,43 achados na equao Ppp(MMMQ)= 4.735,71 + 1.550,01

    Pagosto (MMMQ)= 6.285,72 oux = 7 (Quantidade de Perodos) Pagosto(MMMQ)= 6.286 unidades

    Este modelo est representado na figura em anexo: "Grfico de tendncias edemandas e vendas reais", onde verificamos que a meta traada representa a tendnciade consumo para o prximo perodo, baseado nos consumos anteriores, eliminandoassim as possveis distores e interpretaes errneas que poderiam ocorrer desentimentos pessoais e criar problemas na previso.

    NNVVEEIISS DDEE EESSTTOOQQUUEE

    importante determinarmos um nvel dos estoques mais econmicos para aorganizao. Uma das tcnicas utilizadas o enfoque da dimenso do lote econmicopara manuteno de nveis de estoques satisfatrios o qual chamamos de Mximos eMnimos conforme visualizamos na figura em anexo: "Caracterstica do Sistema deControle de Estoque mximo - mnimo".

    Explicando termos:

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    TR= Tempo de reposio de peasPP= Ponto de colocao de uma solicitao de compras ou de reposio de estoquesLC= Quantidade a ser comprada para repor estoque (LC o lote de compras)

    Emax = Volume mximo de peas em estoqueEmim = Volume mnimo de peas em estoque

    Podemos verificar que na figura o lote de compras de 350 unidades, o Ponto doPedido 200 Unidades, o tempo de Reposio 3,5 unidades de tempo, o estoque mnimozero e estoque mximo 350 unidades.

    Para melhor entendimento do sistemas mximos e mnimos temos:

    TR= o espao de tempo que vai desde o momento da solicitao noalmoxarifado, colocao do pedido de compra, passando pelo processo de fabricao em

    nosso fornecedor at quando recebemos o material e este estiver liberado para aproduo, ou seja:

    Primeiro tempo Solicitao, analise, aprovao, elaborao e confirmao depedido do fornecedor (burocracia interna para a liberao do pedido)

    Segundo tempo o que o fornecedor leva para processar e entrega o pedidosolicitado.

    Terceiro tempo o que se leva para processar e liberar o pedido, entregue pelofornecedor, em nossa empresa.

    TR= Primeiro tempo + Segundo tempo + Terceiro tempo

    Diferenas de nomenclaturas Tempo de ressuprimento Tempo de reposio Tempo de procura e aquisio

    PP= quando um determinado item atinge a seu ponto de reposio, o qual dever serprovidenciado o seu ressuprimento atravs da colocao de uma solicitao de reposioou pedido de compra

    PP= ( C x Tr) + ES

    Onde PP= Ponto do pedidoC = Consumo normal de peaTr = Tempo de ReposioEs = Estoque de Segurana

    Exemplo: O consumo de leite longa vida 5.000 unidades mensalmente e o tempo dereposio de 45 dias.Qual ser portanto o seu ponto de pedido, tendo em vista que o seu estoque desegurana e de 800 unidades?PP= (C x Tr ) + Es = PP = ( 5.000 x 45/30) + 800

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    PP= (5.000 x 1,5) + 800PP= 7.500 + 800PP= 8.300 Unidades

    Importante: O Tr dever ser em ms tendo em vista que o consumo estrepresentado por ms.

    EMAX= a quantidade mxima que devemos ter do item em questo ou ainda a somado estoque de segurana mais o lote de compra (quantidade recomendada a se comprarou ressuprir)

    EMAX= ES +LC

    Se tivermos um lote de compra de 1.000 unidades e o estoque de segurana iguala metade do lote de compra qual ser seu estoque mximo?

    Emax = ES + LCEmax = (1.000 : 2 ) + 1.000Emax = 500 + 100Emax = 1.500 Unidades

    ES= tambm conhecido como estoque mnimo ou estoque de reserva ( funo decobrir possveis variaes de sistema - atraso de fornecedores, aumento doconsumo, rejeio do lo te de compras, ou contingncias). O ideal e termos o estoquede segurana no valor de zero(0) , porem sabemos que os materiais no so utilizadosem uma taxa uniforme, e que, tambm, o Trno fixo, forando assim o estabelecimento

    de uma quantidade mnima (Es) para cobrir algumas possveis eventualidades. Para adeterminao do Es existem muitos mtodos, dos quais iremos demonstrar alguns aseguir:

    Mtodo de Grau de Risco (MGR)

    Tal mtodo usa um fator de risco dado em porcentagem, que definido peloprofissional em funo de sua sensibilidade de mercado e informaes que colhe atravsde vendas e suprimentos.

    ES= C x K

    Onde: ES = Estoque de seguranaC= Consumo mdio no perodoK= Coeficiente de grau de atendimento

    Exemplo: Se um determinado item tem uma demanda media mensal de 1.200 unidadese, de acordo com a situao da empresa e do mercado, foi definido um grau de risco de35%. Portanto , qual ser o Estoque de Segurana para este item?

    ES=C x KES= 1.200 x 0,35ES= 420 Unidades

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    Mtodo com Variao de Consumo e/ou Tempo de Reposio (MVC)

    utilizado quando as variaes de demanda e ou o tempo de reposio (TR) foremmaiores que os dados definidos, ou seja, quando houver atrasos na entrega do pedido eou aumento nas vendas.

    ES= (Cm - Cm) + Cm X PtrOnde:

    ES= Estoque de SeguranaCn = Consumo normal do produtoCm = Consumo maior previsto do produtoPtr = Porcentagem em atraso em tempo de reposio

    Exemplo: Qual ser o ES de um produto que tem uma demanda mdia mensal de 300unidades e o profissional da rea prev um aumento de 25% e recebeu informaes deseu fornecedor que haver um atraso de 10 dias na entrega do pedido, cujo o TR normal de um ms?

    ES=(Cn - Cn) + Cm x Ptr

    Cm = (300 x 1,25) = 375

    TR= 1 ms = 30 dias

    Ptr = 10 dias 30 dias = 33,3%

    ES= (Cm - Cn ) + Cm x P tr

    ES= (375 - 300) + (375 x 0,33)

    ES= 75 + 123,75 ES= 200 unidades

    Se no mesmo exemplo, no ocorressem atraso na entrega do pedido, ou aumentode demanda, qual seria o ES?

    1) Atraso no tempo de reposio

    ES= (Cm - Cn) + Cm x PtrNo ocorrendo aumento de vendas, Cm = Cn ou seja, (Cm- Cn) = 0

    ES= (0) + 300 x 0,333

    ES= 100 unidades

    2) Aumento de vendas

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    ES= (Cm- Cn) + Cm x PtrComo no teremos atraso no Tr., Ptr = ZeroOu seja,

    (Cm x Ptr) = (375 x 0) =0

    ES= (Cm-Cn) + 0

    ES= (375-300) + 0

    ES= 75 unidades

    Mtodo com Grau de Atendimento Definido (MGAD)

    Visa determinar um ES baseando-se em um consumo mdio do produto durante

    um determinado perodo e um atendimento da demanda no em sua totalidade, mas emdeterminado grau de atendimento. Atravs deste mtodo podemos comparar em termospercentuais e financeiros as diversas alternativas de grau de atendimento, de posse dasquais, deveremos decidir pelo que melhor atenda as polticas da organizao e o quecausar menor impacto negativo por no entregar empresa todos os pedidos. Paratanto deveremos utilizar 3 etapas, as quais so:

    Primeira etapa: Calcular o Consumo Mdio (Cmd)

    Segunda etapa: Calcular o Desvio Padro ( )

    Terceira etapa: Calcular o Estoque de Segurana ( ES)

    Cmd = ( C) : n

    Onde Cmd= Consumo mdio mensalC = Consumo mensaln = Nmero de perodos

    = Desvio padroK = Coeficiente de risco (Ver tabela do coeficiente K para graus de atendimento comriscos percentuais.)

    Exemplo: A Servo Automatizao, obteve o seguinte volume de vendas para"Vlvulas AZD":

    Janeiro 5.000

    Fevereiro 4.400

    Maro 5.300

    Abril 5.600

    Maio 5.700

    Junho 5.800

    =n

    ( C- Cmd)2

    ES = x K

    n -1

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    Julho 6.000

    Calcule o ES com o grande atendimento de 90% .

    Para calcular do ES pelas 3 etapas mencionadas temos:

    Primeira etapa- Calculando o consumo mdioCmd= ( C) : nCmd= ( 5.000+ 4.400+ 5.300 + 5.600 + 5.700 + 5.800 + 6.000) : 7Cmd= 5.400 unidades

    Segunda etapa - Calculando o desvio padro

    Para dar continuidade devemos tabular os dados, conforme tabela a seguir:

    Tabela - Tabulao das vendas para calcular o desvio padroPerodo C [C-Cmd] [C-Cmd]2

    Janeiro 5.000 5000 - 5.400 = -400 160.000Fevereiro 4.400 4.400 - 5.400 = -1.000 1.000.000Maro 5.300 5.300 - 5.400 =-100 10.000Abril 5.600 5.600 - 5.400 = 200 40.000

    Maio 5.700 5.700 - 5.400 = 300 90.000Junho 5.800 5.800 - 5.400 = 400 160.000Julho 6.000 6.000 - 5.400 = 600 360.000

    Cmd 5.400 Somatrio: 1.820.000Unidades

    Terceira etapa- Calculando o estoque de segurana

    ES= x K Sendo K= Ver tabela de valores do coeficiente K para graus de atendimentocom riscos percentuais.

    ES= 550,76 x 1,282

    ES= 706,07 unidades

    Tabela: Valores do coeficiente K para graus de atendimento com ri scos percentuaisRisco % K Risco % K Risco % K

    = n (C-Cmd)2n-1

    = 1.820.000 = 1.820.000

    7 - 1 6

    = 303333,33 = 550,76

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    52,00 0,102 80,00 0,842 90,00 1,28255,00 0,126 85,00 1,036 95,00 1,64560,00 0,253 86,00 1,085 97,50 1,96065,00 0,385 87,00 1,134 98,00 2,08270,00 0,524 87,50 1,159 99,00 2,32675,00 0,674 88,00 1,184 99,50 2,57678,00 0,775 89,00 1,233 99,90 3,090

    Definindo o estoque de segurana , e considerando o consumo mdio, podemoscalcular com essas informaes, e com um grau de atendimento definido em 90%, qualser o volume mximo desse produto que poderemos vender, utilizando um lote decompra de 5.400 unidades (consumo mdio no perodo) e um estoque de segurana de706,07 unidades. Para o calculo de estoque de segurana com variao de :

    ES=(C-Cmd)

    706,07=(C-5.400)706,07 + 5.400 =CC= 6.106,07 unidades

    Portanto, o volume mximo de vendas dessa pea, com grau de atendimento de90%, ser de 6.106,07 unidades. Ou seja, possivelmente , deixaremos de atender a 10%de demanda

    Verificamos que com este modelo podemos comparar valores para atender aomercado com maior ou menor grau de atendimento ao cliente, tomando decises sobrecustos e benefcios dos volumes de estoque. Para melhor entendimento, compararemos oresultado obtido com os 90% de grau de atendimento com outros, avaliando tambm, opercentual de aumento dos estoques comparando-o com o aumento percentual deincremento do volume de vendas.

    90% de atendimento , ES= 706,07 unidades

    1) Calcular para 95% do atendimento

    = 550,76 (Calculado anteriormente)

    K= 1,645 (obtido da tabela de valores do coeficiente K)

    ES = x K ES= 550,76 x 1,645

    ES= 906 unidades

    A) Calcular para 98% do atendimento

    = 550,76 (Calculado anteriormente)

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    K= 2,082 (obtido na tabela valores do coeficiente K)

    ES= x K ES= 550,76 x 2,082

    ES= 1146,68 unidades

    Fazendo uma comparao dos valores temos:

    90% : ES = 706,07 e vendas mximas = 6.106,07 unidades

    clculos feitos anteriormente

    95%: ES = 906 unidades e vendas mximas 6.306 unidades

    ES= C - Cm

    906= C - 5.400 ( vide o calculo do consumo mdio anteriormente)

    906 + 5.400 = C C = 6.306 unid

    98% : ES= 1146,68 unidades e Vendas mximas = 6.546,68

    ES= C -Cm

    1146,68= C - 5.400 C= 1146,68 + 5.400

    C=6.546,68

    Tomando como base o grau de atendimento em 90% e se quisermos saber vantagem ouno de aumentar o atendimento ao mercado, basta verificarmos os aumentos em vendase em estoques que teremos.

    1) Aumento de vendas com grau de atendimento 95%

    Vendas com 95% GA= 6.306 unidades Representam 3,27 % a mais nas vendas

    90% 6.106,07 ------- 100% 6.306 - 6.106,07 = 199,93199,93 ------- X X = 3,27% a mais na vendas

    ES com 95% , GA = 906 unidades , Representa 28,32 % a mais de vendas

    906 - 706,07 : 199,93

    706,07 --------- 100% X=28,32 a mais no estoque199,93 --------- X

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    2) Aumentar as vendas com grau de atendimento em 98% . Vendas com 98%,

    GA = 6.546,68 unidades. Representa 7,22 % a mais nas vendas.

    ES com 98% , GA= 1146,68 unid. Representa 62,40% a mais no estoque

    ES 90% = 706,07 Vendas 90% = 6.106,07 unidadesES 98% = 1.146,68 Vendas 98% = 6.546,68 unidadesDiferena 440,61 440,61 unidades

    706,07 -------- 100% 6.106,07 --------100%440,61 -------- X 440,61 -------- X

    X= 62,40 % X= 7,22%

    De posse dos clculos perguntaramos:

    Compensaria aumentar aproximadamente 28% de estoques e seus custos para somentemais 3% de vendas no caso de GA 95%?Compensaria aumentar aproximadamente 63% de estoques e seus custos para somentemais 7% de vendas no caso de GA 98%?

    Para resposta adequada deveramos analisar outros dados como:Poltica da empresa, conjuntura e objetivos a atingir, porm, como fator exclusivo decustos envolvidos e lucratividade, no se justificam pequenos ganhos de vendas com

    base em estoques elevadssimos.Como sabemos, a funo do estoque de segurana prover condies de

    atendimento adequado ao mercado e um retorno de capital satisfatrio aos acionistas,caso haja um aumento de demanda ou atraso do fornecedor na entrega do materialsolicitado. Para melhor caracterizar o grfico dentro do quanto ser a um aumento doconsumo ou atraso no atendimento solicitado, caracterizamos as duas alternativas nafigura em anexo: "Estoque reserva e variao do tempo de reposio e de demanda"

    CCUUSSTTOOSS DDEEAARRMMAAZZEENNAAGGEEMM

    No dia a dia das empresas defrontamos com fatores, que encorajam a manuteno

    de estoques mais elevados e outros que nos levam a manter o mnimo de estoquepossvel.

    Para administrar os estoques, devemos calcular quais os custos que os afetam. Osfatores que compem o custo de armazenagem so: Custo de Edificao Custo de Manuteno

    Custos de Materiais: valor real de todos os materiais que esto na empresa, parados ousendo usados para atender a demanda de mercado. Trata do custo financeiro do dinheirocorrespondente a todos esses materiais parados

    Custos de materiais Custo de pessoal

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    Custo de Material Envolvido: o custo mensal de toda mo- de- obra envolvida naatividade de estoques (pessoal de manuteno, de controle e gerenciamento, inclusive osencargos trabalhistas.

    Custos de Equipamentos e Manuteno: So as despesas mensais para manterestoques, incluindo a depreciao dos equipamentos, o maquinrio ai utilizados e suasdespesas de manuteno.Custos de Edificao: representado pelo aluguel das edificaes que so destinados aestocagem, seus impostos e seguros.

    Estes valores so calculados com base nos estoques mdios das matrias primase produtos e nas despesas mensais dos demais componentes.

    O custo de armazenagem diretamente proporcional ao tempo e a quantidade depeas em estoque. Ele identifica o quanto a empresa est perdendo por manter osmateriais parados em estoque. Pede-se calcular o custo de armazenagem para cada itemem estoque ou para todo o estoque, sendo o mais comum o segundo tipo . Para melhor

    compreenso sobre o assunto acompanhe os clculos feitos a seguir:

    Custos de armazenagem para peas:

    CA=[Q : 2]x P x T x i

    Custos de armazenagem geral

    CA = {[( Q : 2 ) x P ] + Df} T x i

    Onde: CA = Custo de armazenagem geral

    Q= Quantidade de peas em estoqueP= Preo unitrio por peaT= Perodo de estocagemDf= Despesas de material auxiliar, de manuteno, de edificaes, de

    equipamentos, de mo- de - obra etc.i= Taxa de juros, custo do dinheiro no perodo

    Exemplo: De acordo com os dados identificados a seguir, calcular o custo dearmazenagem anual de um item em estoque, e de todo o estoque de uma empresa.

    100 unidades em estoque, que custa R$ 25,00 a unidade; R$ 625.000,00 de estoques (matria-prima, WIP e estoque acabado); R$42.500,00 mensais de gastos gerais da rea de materiais; R$7.500,00 mensais de gastos com pessoal (sem encargos) R$12.500,00 de despesas gerais de compras;

    Obs.: No se usa o dado da rea de compras por no fazer parte de atividades deestoques.

    80 % de encargos da folha salarial; 22% de custo de dinheiro ao ano.

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    Primeiro: Clculos do custo de armazenagem do item

    CA= [ Q / 2 ] x P x T x i

    CA= [ 100 / 2 ] x 25,00 x 1 x 0,22

    CA= 50 x 25,00 x 1 x 0,22

    CA= 275,00

    Portanto, o custo anual de armazenagem do item de R$ 275,00.

    Segundo: Clculo do custo de armazenagem de todo o estoque:

    CA= { [ ( Q / 2) x P ] + Df } T x i

    {[ ( Q / 2) x P]} = R$ 625.000,00 : 2

    CA= 312.500,00

    Df = R$ 4.250 , 00 + R $ 7.500,00 + ( R$ 7.500 x 1,80 )

    Df= R$ 4.250, 00 + R$ 7.500,00 + R $ 13.500,00

    Df= 25.250,00

    CA= { R$ 312.500,00 + R$ 25.250,00 } x 1 x 0,22

    CA= R$ 337.750,00 x 0,22

    CA= R$ 74.305,00 Ser o custo anual de armazenagem.

    O PAPEL DOS ESTOQUES NA EMPRESA

    Hoje todas as empresas procuram, de uma forma ou de outra, a obteno de uma

    vantagem competitiva em relao a seus concorrentes, e a oportunidade de atend-losprontamente, no momento e na quantidade desejada, grandemente facilitada com aadministrao eficaz dos estoques.

    A gesto do fluxo de materiais, servios e informaes, desde o fornecedor inicialat o consumidor final, constitui a essncia da logstica.

    Tipos de Estoques

    Os estoques tm a funo de funcionar como reguladores do fluxo de negcios. Aanalogia com a caixa dgua de nossas residncias muito adequada.

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    Os recursos materiais, ou estoques, podem ser classificados em demandadependente ou independente. Os materiais, componentes, partes e peas da demandaindependente so os itens cuja demanda decorre, em sua maioria, dos pedidos dos

    clientes externos como, por exemplo, os produtos acabados, que a empresa vendediretamente a seus clientes externos, e itens de manuteno, de uso interno erequisitados por clientes internos, como material de escritrio.

    Um item dito de demanda dependente quando a quantidade a ser utilizadadepende da demanda de um item de demanda independente. Assim, um pneu e umamontadora um item de demanda dependente, pois a quantidade total a ser utilizadadepender da previso de automveis a serem montados (5 unidades por automvel).Para um comerciante de pneus, no mercado de reposio, o mesmo pneu um item dedemanda independente.

    Os estoques so classificados, principalmente para efeitos contbeis, em cincograndes categorias:

    - Estoques de matrias-primas: so todos os itens utilizados nos processos detransformao em produtos acabados. Aqui incluem-se tambm os materiaisauxiliares, ou seja, itens utilizados pela empresa mas que pouco ou nada serelacionam com o processo produtivo, como os materiais de escritrio e delimpeza.

    - Estoques de produtos em processo: correspondem a todos os itens que jentraram em processo produtivo, mas que ainda no so produtos acabados.

    - Estoques de produtos acabados: so todos os itens que j esto prontos paraser entregues aos consumidores finais.

    - Estoques em trnsito: correspondem a todos os itens que j foram despachadosde uma unidade fabril para outra, normalmente da mesma empresa, e que

    ainda no chegaram a seu destino final.- Estoques em consignao: so os materiais que continuam sendo propriedade

    do fornecedor at que sejam vendidos. Em caso contrrio, so devolvidos semnus.

    Os materiais, como recursos que so, recebem as mais variadas denominaes:- Materiais diretos: tambm denominados materiais produtivos ou matrias-

    primas, so aqueles que se agregam ao produto final, isto , saem com oproduto final. Exemplos: os pneus de um automvel e o copo de umliquidificador.

    - Materiais indiretos: tambm denominados materiais no produtivos ou materiaisauxiliares, so aqueles que no se agregam, isto , no saem com o produto

    final. Exemplos: leos de corte das mquinas ferramentas que so utilizados nausinagem de um material direto.

    Em 1978, Ronald H. Ballou, um dos mais respeitados gurus da logstica, afirmouque, em sistemas logsticos, os inventrios so mantidos para:- melhorar o servio ao cliente: dando suporte rea de marketing, material

    disponvel para concretizar vendas;- economia de escala: os custos so tipicamente menores quando o produto

    fabricado continuamente e em quantidades constantes;- proteo contra mudanas de preos em tempo de inflao alta: um alto volume

    de compras minimiza o impacto do aumento de preos pelos fornecedores;

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    - proteo contra incertezas na demanda e no tempo de entrega: considera oproblema que advm aos sistemas logsticos quando tanto o comportamento dedemanda dos clientes quanto o tempo de entrega dos fornecedores no so

    perfeitamente conhecidos, ou seja, para atender os clientes so necessriosestoques de segurana;

    - proteo contra contingncias: proteger a empresa contra greves, incndios,inundaes, instabilidades polticas e outras variveis exgenas.

    Atender aos clientes na hora certa, com a quantidade certa e requerida, tem sido oobjetivo da maioria das empresas. Assim, a rapidez e presteza na distribuio dasmercadorias assumem cada vez mais um papel preponderante na vantagemcompetitiva.Alm disso, os estoques tambm podem ser usados nas negociaes de preos

    com os fornecedores.Novas formas de estocagem de materiais, tendo em vista sua alta rotatividade, tm

    levado a sistemas altamente automatizados.

    Grficos de Estoques

    So chamados de dente de serra por causa de sua semelhana com os dentes deuma serra. (vide em anexo figura: Grfico Dente de Serra).

    Custos dos Estoques

    A necessidade de manter estoques acarreta uma srie de custos. Os japonesesconsideram os estoques como desperdcio.

    Os custos diretamente proporcionais ocorrem quando os custos crescem com oaumento da quantidade mdia estocada. Por exemplo, quanto maior o estoque, maior ocusto de capital investido. Do mesmo modo, quanto maior a quantidade de itensarmazenados, maior a rea necessria e maior o custo de aluguel. Veja outros exemplosnas informaes a seguir:

    - Armazenagem -> quanto mais estoque -> mais rea necessria -> mais custo dealuguel.- Manuseio -> quanto mais estoque -> mais pessoas e equipamentos necessrios paramanusear os estoques -> mais custo de mo-de-obra e de equipamentos.- Perdas -> quanto mais estoque -> maiores as chances e perdas -> mais custo

    decorrentes de perdas.- Obsolescncia -> quanto mais estoque -> maiores as chances de materiais tornarem-seobsoletos -> mais custos decorrentes de materiais que no mais sero utilizados.- Furtos e roubos -> quanto mais estoques -> maiores as chances de materiais seremfurtados e/ou roubados -> mais custos de correntes.

    Por todos estes fatores de custos serem decorrentes da necessidade da empresamanter ou carregar os estoques, eles tambm so chamados de custos de carregamentodos estoques. Trs termos sero usados indistintamente: custos diretamenteproporcionais s quantidades estocadas, fatores de custos diretamente proporcionais squantidades estocadas e custos de carregamento.

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    tambm bastante usual a diviso desses custos em duas subcategorias: custo decapital, correspondendo ao custo do capital investido, o custo de armazenagem,compreendendo o somatrio de todos os demais fatores de custos, como a prpria

    armazenagem, o manuseio e as perdas. Representando por i a taxa de juros correntes epor P o preo de compra do item de estoque, quando fornecido por terceiros, ou o custode fabricao, quando produzido internamente, podemos escrever:

    Custo do capital = i x P

    Se CA indicar o somatrio de custos relacionados armazenagem, como manuseioe obsolescncia, ou seja:

    Custo de armazenagem = CA

    O custo de carregamento dos estoques ser:

    CC = CA + i x P

    Os custos inversamente proporcionais so os custos ou fatores de custos quediminuem com o aumento do estoque mdio, isto , quanto mais elevados os estoquesmdios, menores sero tais custos (ou vice-versa). So os denominados custos deobteno, no caso de itens comprados, e custos de preparao, no caso de itensfabricados internamente.

    Quanto mais vezes se comprar ou se preparar a fabricao, menores sero osestoques mdios e maiores sero os custos decorrentes do processo tanto de compras

    como de preparao. Assim, os custos de compras e preparao so inversamenteproporcionais aos estoques mdios.

    Raciocnio anlogo se aplica quando se trata de custos de preparao de ordensde fabricao ou produo. A nica diferena que em vez de lote de compras, temosagora o lote de fabricao.

    Para calcular o nmero de pedidos ou ordens emitidos por unidade de tempo,consideraremos a demanda por unidade de tempo como D, o tamanho do lote decompras ou de fabricao em unidades como Q, e o custo de obteno ou preparaocomo CP. Assim, o nmero de pedidos (n) ser:

    n = D

    Q

    C(inversamente proporcionais) = n x CP ou C(inversamente proporcionais) = D x CPQ

    Os custos de obteno e de transporte, por serem inversamente proporcionais aoestoque mdio, se somam:

    Os custos independentes so aqueles que independem do estoque mdio mantidopela empresa, como, por exemplo, o custo do aluguel de um galpo. Ele geralmente umvalor fixo, independente da quantidade estocada.

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    Se somarmos os trs fatores de custos teremos os custos totais decorrentes danecessidade de se manter estoques (CT):

    CT = custos diretamente proporcionais + custos inversamente proporcionais + custosindependentes

    Lembrando-se de que os custos diretamente proporcionais so iguais a (CA + i x P)x (estoque mdio) e de que os custos inversamente proporcionais so iguais a (CP) x(nmero de pedidos efetuados), os custos totais de estocagem tambm podem serrepresentados por:

    CT = (CA + i x P) x (estoque mdio) + (CP) x (nmero de pedidos efetuados) + custosindependentes

    Se considerarmos como sendo Q o tamanho (invarivel) do lote de compras ou defabricao em unidades, o estoque mdio ser Q. Assim, temos:

    2

    CT = (CA + i x P) x (Q/2) + (CP) x (D/Q) + CI

    Presses para a Manuteno de Baixos Nveis de Estoques

    Os estoques devem ser eliminados ou reduzidos a um mnimo possvel. Essaproposio, uma das pedras angulares dojust-in-time, advoga a eliminao dos estoquesat chegar-se ao fluxo de uma nica pea (one piece flow).

    Assim, para que haja uma recompensa nos custos totais, h a necessidade de umagrande reduo nos custos de preparao ou setup.

    Mas o que pode ser feito para reduzir inventrios? As principais so melhorar apreciso, em termos de quantidades e prazos, das previses de vendas, reduzir os ciclosde manufatura e conseguir parcerias com os fornecedores.

    H atualmente diversas metodologias. O housekeeping e o modelo dos 5 Sspodem ajudar nesse objetivo. Outras medidas so:

    - reduo dos prazos dos fornecedores (JIT);- aumento da produtividade;- eliminao das atividades que no agreguem valor ao produto;- estabelecimento de estoques de segurana mnimos e realistas (inventrios

    permanentes e PDCA);- introduo do gerenciamento por atividades, pode-se usar o custo ABC;- balanceamento entre ser um bom fornecedor para seu cliente e um gerador de

    lucros para sua empresa.

    Presses para a Manuteno de Altos Nveis de Estoques

    Altos nveis de estoques significam maior probabilidade de pronto atendimento. Opessoal de vendas gostaria que os estoques fossem sempre elevados e com grandevariedade.

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    O no atendimento de um pedido, na quantidade e prazo solicitado pelo cliente,traz, certamente, prejuzo empresa.

    Mas, quem cria inventrio em excesso? Muitas empresas no percebem que esto

    trabalhando com inventrios muito acima do ideal, e quando se do conta, noconseguem entender a origem do problema.

    A rea de marketing aumenta o estoque quando emite planos de venda otimistas,quando se empenha em exigir o cumprimento do plano de vendas e, em consequncia,do plano de manufatura, sem ter pedidos suficientes em carteira, e quando vende acimada capacidade de produo ou introduz novos produtos sem um plano bem definido deesgotamento dos inventrios relativos aos produtos substitudos.

    A rea de engenharia pode ser responsvel pelo crescimento do inventrio ao fazermodificaes de produto que levem criao de refugos ou materiais obsoletos.

    O controle da qualidade pode estabelecer procedimentos que no so compatveisou que levam a uma frequncia exagerada de interrupes, estabelecendo exigncias de

    controle acima dos nveis de mercado ou no calibrando corretamente os instrumentos deinspeo.

    O aumento do inventrio pode ser criado pela manufatura, se ela fizer os pedidosde materiais considerando um lead time do fornecedor maior do que o necessrio.

    A rea de suprimentos poder ser responsabilizada pelo excesso de inventrio seno conseguir obter materiais dentro das condies de preo e qualidade acertados, sepermitir entregas de materiais antes do prazo ou em quantidades diferentes doestabelecido.

    Os gerentes tambm podem causar excesso de inventrio. Se eles foremincapazes de aceitar riscos calculados, se criarem um ambiente em que qualquer erro fatal, se no conseguirem estabilizar o projeto do produto, se falharem ao considerar o

    custo do dinheiro; ou se s se preocuparem com os nveis de inventrios na poca dobalano anual ou deixarem refugos e materiais obsoletos se acumularem sem um planode ao para dispor deles.

    ANLISE DOS ESTOQUES

    Os estoques representam parcela substancial dos ativos das empresas. Assim,cabe ao administrador verificar se esto tendo a utilidade adequada ou sendo um pesomorto, no apresentando o retorno sobre o capital neles invertido.

    Em pocas de alta inflao, manter estoques elevados poderia ser a forma maisadequada de obter grandes lucros. Numa economia mais estvel e de baixa inflao, isso

    no verdadeiro.A gesto de estoques constitui uma srie de aes que permitem ao

    administrador verificar se os estoques esto sendo bem utilizados.

    Inventrio Fsico

    O inventrio fsico consiste na contagem fsica dos itens de estoque. Diferenasentre o inventrio fsico e os registros do controle de estoques, devem ser feitos osajustes.

    O inventrio fsico efetuado de dois modos: peridico ou rotativo.

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    Ele chamado de peridico quando em determinados perodos normalmente noencerramento dos exerccios fiscais, ou duas vezes por ano faz-se a contagem fsica detodos os itens do estoque.

    O inventrio rotativo quando permanentemente se contam os itens em estoque.Um critrio usual contar a cada trs meses 100% dos itens da classe A (33,3%

    ao ms, aproximadamente), 50% dos itens da classe B (16,6% ao ms) e 5% dos itens daclasse C (1,6% ao ms).

    Acurcia dos Controles

    Terminado o inventrio, pode-se calcular a acurcia dos controles, que mede aporcentagem de itens corretos, tanto em quantidade quanto em valor.

    Acurcia = Nmero de itens corretos

    Nmero total de itensOu:

    Acurcia = Valor de itens corretosValor total de itens

    Nvel de Servio ou Nvel de Atendimento

    o indicador de quo eficaz foi o estoque para atender s solicitaes dosusurios. Assim, quanto mais requisies forem atendidas, nas quantidades eespecificaes solicitadas, tanto maior ser o nvel de servio.

    Nvel de Servio = Nmero de requisies atendidasNmeros de requisies efetuadas

    Giro de Estoques

    Mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou.

    Giro de estoques = Valor consumido no perodoValor do estoque mdio no perodo

    Cobertura de Estoques

    Indica o nmero de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque mdioser suficiente para cobrir a demanda mdia.

    Cobertura (em dias) = Nmero de dias no perodo em estudoGiro

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    Localizao dos Estoques

    A localizao dos estoques uma forma de endereamento dos itens estocados

    para que eles possam ser facilmente localizados. Vejamos uma das vrias formas deendereamento utilizadas.

    Endereo: AA.B.C.D.E

    Onde: AA: Cdigo do almoxarifado ou rea de estocagemB: Nmero da ruaC: Nmero da prateleira ou estanteD: Posio verticalE: Posio horizontal dentro da posio vertical

    Reduo de Estoques

    O fato de considerar os estoques como um desperdcio levou os japoneses adesenvolver as tcnicas dojust-in-time com a utilizao de cartes kanban.

    No outro extremo da cadeia produtiva esto os estoques de produtos acabados.Para diminu-los ao mximo, a empresa deve contar com um esquema de distribuioaltamente eficaz, que um dos objetivos da logstica empresarial.

    Dentro do processo produtivo, os estoques em processo podem ser reduzidos coma utilizao de clulas de manufatura, produo sincronizada e outras tcnicascontemporneas.

    Anlise ABC

    A anlise ABC consiste na verificao (normalmente 6 meses ou 1 ano), doconsumo, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importncia.Aos itens mais importantes, d-se a denominao itens classe A, aos intermedirios,itens classe B, e aos menos importantes, itens classe C.

    A experincia demonstra que poucos itens, de 10% a 20% do total, so da classeA, enquanto uma grande quantidade, em torno de 50%, so da classe C e 30% a 40%so da classe B.

    Os itens da classe A devem receber mais ateno, pois uma economia ou melhoriaem sua utilizao representa no total dos gastos com materiais.

    Por outro lado, uma anlise exclusiva da relao pode levar a distores perigosas empresa, pois ela no considera a importncia do item em relao operao dosistema como um todo. Itens de manuteno de baixo preo unitrio e comprados empequenas quantidades podem afetar o funcionamento do sistema produtivo e a seguranada fbrica. Um simples parafuso, de baixo custo e consumo, , geralmente, um item daclasse C. No entanto, ele pode interromper a operao de um equipamento ou instalaoessencial produo dos bens e servios.

    Para resolver essa eficincia, muitas empresas utilizam um conceito chamadocriticidade dos itens de estoque. Criticidade a avaliao dos itens quanto ao impactoque sua falta causar na operao da empresa, na imagem da empresa perante os

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    clientes, na facilidade de substituio do item por um outro e na velocidade deobsolescncia.

    Dentro do conceito de criticidade, os itens podem ser classificados em classe A

    (itens cuja falta provoca a interrupo do produo dos bens e servios e cuja substituio difcil e sem fornecedor alternativo) classe B (itens cuja falta no provoca efeitos naproduo de bens e/ou servios no curto prazo) e classe C (os demais itens).

    Classe Grau de importncia dos itensA imprescindveis (sua falta interrompe a produo)B importantes (sua falta no impacta a produo no curto prazo)C demais