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1 BOLETIM INFORMATIVO Editorial Na ocasião em que escrevo este editorial já o ano de 2006 se fenece. Poucos são os dias restantes para que iniciemos um novo ciclo, que se convencionou chamar ano. Muita coisa mudou e teve impacto na actividade das empresas. E refiro-me não só ao nível nacional como ao internacional. Não é necessário rebuscar muito nas profundezas da nossa memória para nos recordarmos da alta dos preços da energia e das matérias-primas. E isto para não falar de todos os outros aumentos induzidos, sendo flagrante o caso dos transportes. E como todos sabemos, ou melhor, sentimos na pele, na formação do preço dos nossos produtos industriais a componente matéria- prima e energia é de sobremaneira importante, quiçá a mais relevante. Felizmente na parte final do ano assistimos ao início da queda do preço do petróleo, associada à fraqueza do Dólar americano face ao Euro, que nos faz prever – sejamos optimistas! – um movimento de correcção nas matérias-primas no sentido da baixa. Esperemos que o dealbar do novo ano não nos faça falhar as nossas previsões. Entretanto, cá pelo nosso burgo as coisas tardam em melhorar. Reconhecemos que o ambiente económico parece um pouco menos pesado, mas ainda é cedo para saber se é apenas uma construção subjectiva ou se, como esperamos e precisamos, há o início de mudanças significativas, que possam ajudar ao reatar do crescimento sustentado. Mas mudar não é o ponto forte nem das nossas empresas e empresários nem dos organismos representantes dos nossos trabalhadores. À custa do chavão dos direitos adquiridos continuamos a viver com legislação reguladora das relações de trabalho que é assíncrona em relação às necessidades de desenvolvimento e criação de emprego qualificado. Esta legislação tem que ser corrigida com urgência, de forma a ser compatível com a pressão da concorrência decorrente da globalização. Demos como exemplo a questão da flexibilidade, ou da falta dela, e o seu impacto nos custos de produção, para vermos quão diferentes são as armas com que temos que combater. E soubemos nos últimos dias que a directiva europeia sobre registo, avaliação e autorização de substancias químicas (REACH) foi aprovada pela Comissão, sem contemplar muitas das reivindicações da indústria. Veremos se a sua aplicação não vai ser mais uma machadada no nosso sector, conduzindo a mais uma onda de deslocalizações para fora da EU. Como vemos, desafios não nos vão faltar em 2007. Em tudo o que esteja ao nosso alcance, podem contar com a vossa associação para a defesa dos interesses do sector. Mas a associação também tem que contar com o apoio e envolvimento de todos os associados, se possível de forma mais empenhada que no ano que ora termina. Para todos votos de um Santo Natal e de um Novo Ano de crescimento económico, com resultados favoráveis e sustentáveis para todos os parceiros de negócio! O Presidente da Direcção da APIB A. Lopes Seabra, Eng.º APIB BOLETIM INFORMATIVO Ano 9 n.º 17 Dezembro 2006

APIB Dezembro 2006 - APIB - Associação Portuguesa de ... · ... Produtora de Componentes para Calçado SA. ... dos Negros de Fumo, em ordem a ... cerca de 87% da sua produção

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1 BOLETIM INFORMATIVO

Editorial Na ocasião em que escrevo este editorial já o ano de 2006 se fenece. Poucos são os dias restantes para que iniciemos um novo ciclo, que se convencionou chamar ano. Muita coisa mudou e teve impacto na actividade das empresas. E refiro-me não só ao nível nacional como ao internacional. Não é necessário rebuscar muito nas profundezas da nossa memória para nos recordarmos da alta dos preços da energia e das matérias-primas. E isto para não falar de todos os outros aumentos induzidos, sendo flagrante o caso dos transportes. E como todos sabemos, ou melhor, sentimos na pele, na formação do preço dos nossos produtos industriais a componente matéria-prima e energia é de sobremaneira importante, quiçá a mais relevante. Felizmente na parte final do ano assistimos ao início da queda do preço do petróleo, associada à fraqueza do Dólar americano face ao Euro, que nos faz prever – sejamos optimistas! – um movimento de correcção nas matérias-primas no sentido da baixa. Esperemos que o dealbar do novo ano não nos faça falhar as nossas previsões. Entretanto, cá pelo nosso burgo as coisas tardam em melhorar. Reconhecemos que o ambiente económico parece um pouco menos pesado, mas ainda é cedo para saber se é apenas uma construção subjectiva ou se, como esperamos e precisamos, há o início de mudanças significativas, que possam ajudar ao reatar do crescimento sustentado. Mas mudar não é o ponto forte nem das nossas empresas e empresários nem dos organismos representantes dos nossos trabalhadores.

À custa do chavão dos direitos adquiridos continuamos a viver com legislação reguladora das relações de trabalho que é assíncrona em relação às necessidades de desenvolvimento e criação de emprego qualificado. Esta legislação tem que ser corrigida com urgência, de forma a ser compatível com a pressão da concorrência decorrente da globalização. Demos como exemplo a questão da flexibilidade, ou da falta dela, e o seu impacto nos custos de produção, para vermos quão diferentes são as armas com que temos que combater. E soubemos nos últimos dias que a directiva europeia sobre registo, avaliação e autorização de substancias químicas (REACH) foi aprovada pela Comissão, sem contemplar muitas das reivindicações da indústria. Veremos se a sua aplicação não vai ser mais uma machadada no nosso sector, conduzindo a mais uma onda de deslocalizações para fora da EU. Como vemos, desafios não nos vão faltar em 2007. Em tudo o que esteja ao nosso alcance, podem contar com a vossa associação para a defesa dos interesses do sector. Mas a associação também tem que contar com o apoio e envolvimento de todos os associados, se possível de forma mais empenhada que no ano que ora termina. Para todos votos de um Santo Natal e de um Novo Ano de crescimento económico, com resultados favoráveis e sustentáveis para todos os parceiros de negócio!

O Presidente da Direcção da APIB

A. Lopes Seabra, Eng.º

APIB BOLETIM INFORMATIVO

Ano 9 n.º 17 Dezembro 2006

2 BOLETIM INFORMATIVO

ETRMA - Organização que substitui o BLIC Como foi Já comunicado aos nossos Associados, no último Painel da indústria da Borracha, realizado em Aveiro, os fabricantes europeus de Pneus e outros Artigos de Borracha decidiram criar uma nova associação que substitui o BLIC (Bureau de Liaison des Industries du Caoutchouc) que até agora os representava perante os comités especializados da Comunidade Europeia. A designação da nova associação é ETRMA - European Tyre and Rubber Manufacturer's Association e, como tal, será o novo organismo representativo e interlocutor na Europa. No entanto, quer os Órgãos Directivos quer o pessoal e os objectivos estatutários manter-se-ão os mesmos que compunham o anterior BLIC e a sede permanece na Avenue des Arts 2, Box 12, B-1210 Bruxelas (Bélgica). A principal alteração de estrutura reside no facto de qualquer fabricante de pneus poder tornar-se membro da ETRMA, individualmente, enquanto os outros fabricantes de artigos de borracha continuam a ser representados pelas Associações Nacionais ( No caso de Portugal pela APIB).

Na primeira reunião de Direcção, efectuada no dia 11 de Maio último, foram eleitos o Snr. Francesco Gori (Pirelli), como Presidente, e o Snr. Eric de Cromières (Michelin) Vice Presidente. A Sr.ª Fazilet Cinaralp foi escolhida como secretária Geral, cargo que desempenhava há anos no BLIC. A Indústria de Pneus e Artigos de Borracha assegura actualmente mais de 350.000 postos de trabalho , distribuídos por um total de cerca de 4100 empresas, conforme estimativas apresentadas por publicações dedicadas ao sector de borracha.

Índice

1 Editorial

2 Etrma

3 Corpos Sociais APIB

4 - 5 XIII Painel da Ind. Borracha

6 - 7 Diehl Enco Apresentação Empresa

8 - 9 “Reach” uma realidade

10 Comissões técnicas CT-52 e CT-76

11 Publicações Recebidas

3 BOLETIM INFORMATIVO

CORPOS SOCIAIS DA APIB-ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DE BORRACHA, ELEITOS NA ASSEMBLEIA GERAL DE 20

MAIO 2006 Triénio 2006-2008

Assembleia Geral Augusto César Pacheco de Andrade - Presidente Sócio efectivo em nome individual Cornell Gass Em representação de DIHEL ENKO - Elastómeros Unipessoal, L.da. Eng.º. Vasco Pampulim Em representação de RECIPNEUS - Empresa Nacional de Reciclagem de Pneus SA.

Direcção

Eng.º. António Lopes Seabra – Presidente Em representação de Continental Mabor - Indústria de Pneus, S A. Engª. Maria da Conceição Amorim Sousa - Secretária Em representação de FABOR– Fábrica de Artefactos de Borracha SA. Eng.º. José Simões de Sousa – Tesoureiro Em representação de EMPOBOR -Empresa Portuguesa de Borrachas, L.da. Filipe de Almeida Santos Em representação de LUSOBOR - Indústria de Borrachas e Reciclagem, Lda. Dr.ª. Maria de Fátima Pinto Em representação de PROCALÇADO - Produtora de Componentes para Calçado SA.

Conselho Fiscal

Eng.º. Luís Augusto Salvador Coutinho Em representação de EIB – Empresa Industrial de Borracha SA Duval Teixeira Lopes Fábrica de Produtos de Borracha, Lda. Engª. Neusa Guerreiro

Em representação de CARBOGAL- Carbonos de Portugal SA.

4 BOLETIM INFORMATIVO

XIII PAINEL DA INDÚSTRIA DA BORRACHA Realizou-se nos dias 19 e 20 de Maio, no HOTEL MELIÁ RIA, em AVEIRO, o XIII Painel da Indústria da Borracha, promovido pela APIB, que, como tem sido habitual, reúne a maioria dos seus Associados, Fabricantes e Fornecedores do sector. Este ano, apesar das datas coincidirem com outros eventos que mobilizaram um número significativo de habituais participantes, o Painel registou 47 inscrições. Antecedendo o Programa de Actividades do Painel, realizou-se a Assembleia Geral anual dos Associados da APIB que se iniciou às 08H45 e deu por concluídos os seus trabalhos às 10H15. Às 10H30, o Presidente da Direcção da APIB, Sr. Eng.º. Lopes Seabra saudou os presentes e, ele mesmo, se encarregou de desenvolver o 1º tema do Painel, explicando os motivos pelos quais o BLIC foi extinto e, em substituição, foi criado o ETRMA - European Tyre and Rubber Manufacturer’s Association. A designação actual traduz mais precisamente o âmbito das responsabilidades que incumbem à organização, abandonando as características de órgão de ligação à Comunidade Europeia para assumir perante ela a representação e defesa dos interesses de toda a indústria da Borracha – Pneus e Artefactos. Seguidamente, em representação do ETRMA, o Sr. Joeri Leenaers, desenvolveu o tema “SEVESO II- Impacto na indústria e no comércio dos produtos químicos”. A Directiva SEVESO II, como esclareceu, foi revista em ordem a definir uma classificação mais correcta das

substâncias e preparações químicas perigosas para a saúde humana. Após enumerar as diligências feitas pelo grupo de trabalho destacado pela ETRMA no sentido de provar a não - toxicidade das misturas preparadas na Indústria de Borracha, o Sr. J. Leenaers apresentou vários quadros representativos das quantidades máximas de substâncias consideradas perigosas que podem ser armazenadas pelos industriais e do número limitado de “Rubber Blends” seleccionados para análise de eventual perigosidade, sobretudo para os meios aquáticos. Concluiu com a afirmação de que, em face do estudo apresentado por aquele grupo de trabalho, “a vasta maioria das indústrias de borracha ficará fora da esfera de acção da directiva SEVESO II”. Na discussão aberta sobre o tema, surgiram perguntas relacionadas com o “REACH” (Registo, avaliação e autorização de produtos químicos) cujo o regulamento visa definir uma política de registo de todos os produtos utilizados nas industrias químicas. Concordou-se que a problemática do REACH terá de ser analisada especificamente, em reunião própria, já que os seus objectivos são diferentes dos que a directiva SEVESO contempla. O Sr. Dr. João Varela, da APEQ, historiou depois o longo processo negocial do CCTV da Indústria Química que tem vindo a ser discutido com os Sindicatos do sector. Continuam as reuniões , no sentido de chegar a um entendimento sobre as clausulas que, desde início, suscitaram divergências entre as partes contratantes.

Vista da Sala

5 BOLETIM INFORMATIVO

XIII PAINEL DA INDÚSTRIA DA BORRACHA Ainda da parte de manhã, cerca das 12H15, o Sr. Dr. Manuel Moura, Director do Banco Português de Negócios, explicou aos presentes os pressupostos em que vai assentar o Novo Quadro Comunitário de Apoio que está ainda na fase final de estudo. Após o almoço, reiniciaram-se os trabalhos, às 15H00, com a apresentação do tema “A espiral do preço da Energia – Como reduzir a factura das Empresas” pelo Sr. Prof. Joaquim Borges Gouveia, da Universidade de Aveiro. Começando por uma análise da situação actual em matéria de consumos e custos da Energia nas nossas empresas, o orador enumerou um conjunto de regras e procedimentos que estão já a ser adoptados em algumas organizações nacionais e estrangeiras, para redução dos seus gastos energéticos, como consequência dos estudos realizados em conjunto pelos técnicos das indústrias e por investigadores universitários. A exposição final esteve a cargo do Sr. Dr. Michael Heinz, da Degussa AG, que elucidou os participantes sobre as conclusões das experiências laboratoriais efectuadas por este fornecedor no sector dos Negros de Fumo, em ordem a maximizar as propriedades dos compostos para pisos de pneus segundo um sistema que entitulou de “Magic Triangle”. Como tivemos oportunidade de informar, este e os outros trabalhos apresentados no Painel estão à disposição dos interessados no “site” da APIB na Internet.

Eram 16H30 quando o Presidente da Direcção da APIB apresentou as conclusões deste XIII Painel da Indústria da Borracha, saudou os participantes, agradeceu a todos os oradores a sua contribuição valiosa para o êxito deste evento e dirigiu uma palavra final de agradecimento aos patrocinadores que, uma vez mais, permitiram que a APIB pudesse encarar com certo desafogo as dificuldades materiais que as realizações deste género sempre acarretam. Como tinha sido anunciado, os organizadores do Painel, proporcionaram-nos um passeio - surpresa que se iniciou às 17H00: Nada mais nada menos que uma digressão pelos canais da ria de Aveiro, nos típicos barcos moliceiros, magnificamente decorados com as pinturas multicores que encantam os olhares e fazem as delícias dos turistas nacionais e estrangeiros. Como é da praxe dos nossos Painéis, o Jantar de Encerramento constituiu a chave de ouro de um convívio alegre que deixou saudades e fortaleceu o desejo de que...para o ano haja mais !

Competição Salutar!....

Sr. Augusto Andrade a controlar!.....

6 BOLETIM INFORMATIVO

Breve História A DIEHL ENCO Elastómeros Unipessoal, L.da iniciou a sua actividade em Portugal em 1995 sob a designação de Diehl Fapobol – Borracha Lda, resultado de uma joint-venture entre a empresa alemã Diehl Flensburg GmbH & Co. e a portuguesa Fapobol – Fábrica Portuense de Borracha, S.A. O principal objectivo da empresa nesse ano foi o projecto Auto Europa. A empresa foi crescendo e desenvolvendo o seu negócio no sector automóvel com uma diminuição gradual da participação da Fapobol no capital da empresa e reforço da participação do grupo Diehl. Situação Actual

A gama de produtos é composta por peças técnicas de injecção como passa - fios, tampões, borracha para pedais, peças borracha - metal e peças montadas de borracha / plástico., Desde a sua fundação, a DIEHL ENCO tem aumentado consecutivamente a sua quota de exportação. Actualmente exporta cerca de 87% da sua produção para países tais como a Alemanha, Espanha, França, Itália, Bélgica, Polónia, Hungria, Turquia, E.U.A., Filipinas, Argentina, Brasil, Honduras, China, Eslováquia, México, Tunísia, Áustria, Marrocos, etc...

Em 2005, a DIEHL ENCO Elastomertechnik GmbH (51% DIEHL - Alemanha, 49% ENCO spol. s.r.o. - Eslováquia) na Alemanha assumiu na totalidade as quotas da Diehl Beteiligungen GmbH e Fapobol – Fábrica Portuense de Borracha S.A. passando a ser o único sócio da empresa em Portugal. Como resultado, a empresa mudou a sua designação para DIEHL ENCO Elastómeros Unipessoal, L.da. A DIEHL ENCO está principalmente vocacionada para a produção de componentes técnicos em borracha para a indústria automóvel. Fornece peças para produtores de cablagens, tais como Delphi, Siemens-Yazaki, Leoni, Lear, entre outros, e construtores automóveis tais como Volkswagen, Ford, Opel, Mitsubishi, DaimlerChrysler.

DIEHL ENCO

7 BOLETIM INFORMATIVO

Consciente da importância de áreas como a Qualidade, Ambiente e Segurança na competitividade e internacionalização, a empresa implementou um sistema de gestão de acordo com os requisitos da indústria automóvel em geral e dos seus clientes, em particular, e que cumpre normas internacionais de gestão ambiental e de segurança. A empresa, ao longo da sua história, obteve as seguintes certificações:

� NP EN ISO 9002:1995 (certificação em 1996)

� MBTA (Mercedes Benz Technical Audit) (1997)

� ISO 9002 / QS 9000 (3ª edição) (certificação em 1998)

� VDA 6.1 (4ª edição) (certificação em 2000)

� ISO 14001:2004 (desde Novembro 2003)

� ISO TS 16949:2002 (Janeiro 2004) – exclusão dos requisitos 7.3 aplicáveis

ao produto

� ISO TS 16949:2002 (Fevereiro 2005) – sem exclusões

Como resultado da qualidade dos seus fornecimentos, foi-lhe igualmente atribuído em 1997 o Q1 da Ford. Ainda no âmbito da segurança a DIEHL ENCO foi, em 2001, galardoada com o prémio “Trabalho Seguro – Segurança Sectorial Indústria” e em 2003 com o galardão “Segurança Total”, ambos atribuídos pelo IDICT. Em 2005, a DIEHL ENCO facturou 7,165 Mio EURO, contando com 119 colaboradores e um parque de 18

máquinas de injecção. Para o ano corrente está previsto um aumento da facturação para 7,4 Mio EURO. Dispõe ainda de um laboratório e capacidade de investigação e desenvolvimento na Alemanha. No âmbito da sua estratégia, a empresa definiu ainda um conjunto de objectivos que incluem também o reforço da sua relação de parceria com os seus fornecedores e a consolidação das boas práticas de gestão de operações internas que a empresa tem vindo a desenvolver nos anos anteriores, nomeadamente com a implementação do Lean Manufacturing.

8 BOLETIM INFORMATIVO

R - REGISTO E - AVALIAÇÃO A - AUTORIZAÇÃO (E RESTRIÇÃO) CH - DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

“ No data no market”....

Enquadramento histórico Enquadramento histórico Em 1998 discutiu-se no Conselho e na Comissão Europeia a necessidade de fazer a reforma da legislação referente à notificação de substâncias químicas, com o intuito de identificar quais as mais perigosas e quais os riscos a elas associados, em particular para o ambiente e para a saúde humana. Em Fevereiro de 2002, a Comissão publicou um Livro Branco sobre a “Estratégia para a Futura Política em Matéria de Produtos Químicos”. A Comissão conclui que era necessário reformar a actual legislação referente à notificação de substâncias químicas – quer as relacionadas com as novas substâncias, quer as já existentes. Assim, o Parlamento Europeu e a Comissão apresentaram um projecto de Regulamento REACH, que cria a Agência Europeia dos Produtos Químicos. A data prevista para entrada em vigor deste Regulamento é o 2º trimestre de 2007.

Objectivo do regulamento O Regulamento baseia-se no princípio de que cabe aos fabricantes, aos importadores e aos utilizadores a jusante, garantir que as substâncias que fabricam, colocam no mercado ou utilizam, não afectam negativamente a saúde humana nem o ambiente. As suas disposições sustentam-se no princípio da precaução. Assim, a Agência Europeia de Químicos, registará os dados referentes a todas as substâncias que vierem a ser comercializadas. Os benefícios declarados pelo legislador europeu são: - Proteger a saúde humana e o

ambiente - Reduzir as despesas com saúde em

50 biliões de Euros, ao longo de 30 anos

- Manter e melhorar a competitividade

da indústria química da EU - Garantir a livre circulação das

substâncias no mercado interno - Maior transparência para os

consumidores - Integração nas acções internacionais - Promoção de ensaios que não

envolvam animais

Utilizador? Importador?

Produtor?

9 BOLETIM INFORMATIVO

Segundo a Comissão, as metas do REACH incluem: - Obrigar as empresas produtoras a

fornecer dados de segurança no que respeita à saúde e ao ambiente dos produtos que comercializam.

- Identificar e substituir substâncias “

mais” perigosas, por outras - Melhorar a competitividade da

Indústria Química Europeia:

1º) Reduzindo as barreiras à inovação e ao desenvolvimento de produtos

2º) Reforçando a confiança dos

consumidores, trabalhadores, investidores

3º) Incentivando a indústria no

desenvolvimento de produtos seguros e amigos do ambiente.

Possíveis consequências da entrada em vigor deste regulamento: - Os elevados custos com os testes

necessários ao registo das substâncias na base de dados afectarão negativamente as empresas, em especial as PME’s, com consequente perda de competitividade na EU. Quem paga a factura é o utilizador final.

- Declínio do PIB da EU entre 1 e 3 %

- Perda de milhões de postos de

trabalho na indústria química e utilizadores a jusante;

- Custo directo para a indústria química

estimado em 8,5 biliões de Euros; indirecto a jusante, cerca de 125-250 biliões de Euros;

- Cerca de 2% das substâncias retiradas

do mercado; logo elevada probabilidade de reformulação de produtos multi - componente;

- Deslocalização de know-how, de

competências e de investimentos para países terceiros

- Agravamento da situação social, da

pobreza e do desemprego na Europa - Desinteresse pela pesquisa e inovação - Carência de novas matérias-primas e

de novos produtos - Responsabilidade acrescida dos

utilizadores a jusante – se o uso de uma substância não é coberto pelo registo da entidade a montante, o utilizador industrial deve proporcionar a informação adicional; pode ser obrigado a testes adicionais se o novo uso diferir dos anteriormente registados;

- Produtos oriundos de países terceiros

não obrigam ao registo das substâncias que os compõem na Agência Europeia.

Informação existente sobre substâncias químicas

10 BOLETIM INFORMATIVO

COMISSÕES TÉCNICAS CT-52 e CT-76 da A.P.I.B. Como é do conhecimento dos Senhores Associados, a APIB foi oficialmente reconhecida como o Organismo de Normalização Sectorial (ONS), competindo-lhe estudar as disposições normativas sobre o sector da borracha, provenientes dos Organismos responsáveis da União Europeia, traduzi-las e propor à Direcção Geral da Indústria, para aprovação e aplicação em Portugal, as Normas Portuguesas (NP) correspondentes. Em consequência, houve necessidade de criar dentro da APIB duas Comissões Técnicas – a CT 52 e a CT 76 – que assumiram, na prática, aquelas responsabilidades. A CT 52 ocupa-se da actividade no sector de “Pneus e Câmaras de Ar” e a CT 76 trata os assuntos relativos Aos “Artefactos de Borracha”. Todas as NP (Normas Portuguesas) que regulamentam tecnicamente as referidas actividades foram trabalhadas, ao longo dos anos, por ambas as Comissões Técnicas. As duas Comissões reúnem de acordo com o calendário aprovado no início de cada ano e delas fazem parte técnicos que exercem ou exerceram a sua actividade nos maiores fabricantes de borracha do nosso País. A partir de Setembro de 2005, assumiu o cargo de Coordenador da ONS o Sr. Eng.º. Victor Maia. A Comissão Técnica CT 52, além dos contactos periódicos entre os seus membros, efectuou 5 reuniões plenárias durante o ano de 2005, mantendo em 2006 a mesma regularidade de reuniões e encontros. Compõem a Comissão, além do Coordenador da ONS, os técnicos Srs. Miguel Fontes, da Continental Mabor, que exerce a função de presidente, Eng.º. Carlos Miranda (perito), Eng.º. Alexandre Ferreira Neves, da CNB - Camac, Engº. Manuel Joaquim Cepeda Matos (perito), Eng.º. Jorge Brito, da Recauchutagem Nortenha, Eng.º. Rui Camisa Lopes, da Recauchutagem Império, Eng.º. Silva Carvalho, da DGV- Direcção Geral de

Viação e Eng.º. Jorge Matos Nunes, da ANIRP- Associação Nacional dos Industriais de Recauchutagem. Do plano de actividades da CT 52 para o ano transacto constava a análise e preparação de 5 Normas ISO que foram traduzidas com vista à sua publicação como Normas Portuguesas. Além destes trabalhos, ocupou-se também de problemas relacionados com ensaios de ruídos, em ligação com a ADAL- Laboratório de Ensaios da Universidade de Coimbra, e do estudo sobre a venda de pneus usados no mercado nacional, em condições de segurança não garantidas. A CT 52 propôs à APIB a criação de uma Bolsa de Peritos de pneus que teria interesse relevante quer para a própria Direcção Geral de Viação, Instituto Português de Qualidade e Tribunais quer para os Associados da APIB e o público em geral. A Comissão Técnica CT 76 foi presidida durante muitos anos pela Sr.ª. Engª. Maria Fernanda Santos (Amorim Industrial Solutions) que terminou a sua colaboração directa no final do ano de 2005. A Direcção da APIB prestou-lhe a homenagem devida pela sua permanente disponibilidade e colaboração dedicada na solução de inúmeros problemas do sector de artefactos de borracha. A classe deve-lhe imenso, já que se encarregou pessoalmente de adaptar ao nosso País as directivas provenientes da União Europeia, das quais resultaram as Normas Portuguesas em vigor na área dos “Artefactos de Borracha”. Sucedeu-lhe, na presidência desta Comissão, a Sr.ª. Engª. Idalina Morgado, da PROCALÇADO - Produtora de Componentes para Calçado. Fizeram e fazem parte da CT 76, como colaboradores permanentes, além desta Sr.ª, os Srs. Eng.º. João Henriques Alexandre, do INETI - Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial, Eng.º. Alexandre Ferreira Neves, da CNB-Camac, Eng.º José Malheiros, da FABOR, Engª. Maria Emília Marques,da Empobor-Empresa Portuguesa de Borrachas. Os Srs. Eng.º. Manuel José Morato Gomes, de A. Henriques e Engª. Paula Reis, da Dihel Enco Elastómeros Unipessoal participaram na última reunião de 2006, prevendo-se a sua colaboração permanente em 2007.

Importa assinalar que todos os técnicos que fazem parte ou colaboram com estas Comissões Técnicas prestam o seu contributo em regime de voluntariado.

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PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

À disposição, para consulta, no Secretariado da APIB

A E P – Associação Empresarial de Portugal

Notícias

APEQ – Associação Portuguesa das Empresas Químicas Programa “Actuação Responsável em Portugal” – Relatório 1996-2004 E R J – European Rubber Journal Edições de Janeiro a Outubro 2006-11-21 ETRMA – European Tyre and Rubber Manufacturers’ Association (ex-BLIC) Annual activity report 2005-2006 Info FES – Fundo Social Europeu Horizonte 2013 – Depoimento Info VALORPNEU – Sociedade de Gestão de Pneus, L.da. KOTRA (Korea Trade Center) Brochura de apresentação Embaixada da República da Coreia do Sul MACPLAS – Revista mensal para a Indústria de Plásticos e Borracha Edição Italiana da Promoplast SRL, Milão MACPLAS International –Tecnical Magazine for the Plastics and Rubber Industry – ELECTRONICS Edição mensal em Inglês Relatório mensal de ECONOMIA distribuído pela A E P – Associação Empresarial de Portugal SAPATO – Moda Tecnológica – Criatividade e Inovação Edição do Centro Tecnológico do Calçado – S. João da Madeira