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''Já passou pela sua mente se apaixonar pelo o mesmo cara em que você jurou conseguir uni-lo com outra pessoa?'' Pois foi exatamente isso que aconteceu com Ana Clara a protagonista desta história. Ana Clara estuda na mesma sala onde o atual garoto se encontra. E já não tem mais coragem de conversar com o galã desta história após descobrir que está loucamente, incondicionalmente, perdidamente apaixonada por ele. O pior de tudo é, mesmo sabendo que ele poderia ser o seu PRÍNCIPE ENCANTADO, Ana Clara já havia feito questão de arrumar outra princesa para ocupar o seu coração. Depois de descobrir que seu talento para ''Encontrar'' e ''Juntar'' almas gemias era apenas uma farsa, ela decide então destruir esse namoro para tentar conquistar o cara idiota pela qual se apaixonou.
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Copyright © 2015 do texto: Divino Batista Copyright © 2015 da edição: GTV Editorial
editora executiva: Amanda Batista
preparação de texto:
Divino Batista projeto
da capa: Divino Batista
finalização do arquivo:
Divino Batista
———————————————————————— Batista, Divino Luíza, Maria
Apaixonada por um idiota!/ Divino Batista — Goiás, GTV Editorial, 2015
1. Romance, Ficção – Juvenil I. Título. II. Recurso
Eletrônico III. Chick-lit ————————————————————————
1ª edição – Abril – 2015
Reprodução proibida.
Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GTV Editorial [email protected]
''Já passou pela sua mente se apaixonar pelo o
mesmo cara em que você jurou conseguir uni-lo com
outra pessoa?''
Pois foi exatamente isso que aconteceu com Ana
Clara – a protagonista desta história. Ana Clara
estuda na mesma sala onde o atual garoto se
encontra. E já não tem mais coragem de conversar
com o galã desta história após descobrir que está
loucamente, incondicionalmente, perdidamente
apaixonada por ele.
O pior de tudo é, mesmo sabendo que ele poderia
ser o seu PRÍNCIPE ENCANTADO, Ana Clara já
havia feito questão de arrumar outra princesa para
ocupar o seu coração. Depois de descobrir que seu
talento para ''Encontrar'' e ''Juntar'' almas gemias
era apenas uma farsa, ela decide então destruir esse
namoro para tentar conquistar o cara idiota pela qual
se apaixonou.
» Prólogo «
Não sei porque, mas sinto que, de repente, minha
vida parece ter feito um ziguezague tremendo. Em
um minuto eu tinha tudo que sempre desejei, e no
outro, tudo que eu nunca imaginei passar. E aí, como
posso explicar uma situação dessas se nem eu
mesmo consigo compreender o que está
acontecendo comigo?
A situação pode até ter se embaralhado um pouco,
pelo fato de não ter justificado os acontecimentos
ainda. Quem sabe se eu fizer uma retrospectiva
deste momento, eu consiga desvendar o porquê de
tanta esquisitice… Tudo bem, vamos lá:
Primeiro, conheci um garoto pela qual frequenta o
mesmo ano letivo em que me encontro, e por alguns
segundos, por incrível que pareça, nos tornando
melhores amigos. Tudo bem, o problema ainda não
apareceu, pois ele é tudo que uma garota pode
desejar, sonhar, conquistar… Mas a verdade
verdadeira, é que eu não consigo mais chegar nem
perto dele.
Se é Amor?
Não, não estou apaixonada de maneira alguma.
Até porque seria um privilégio estar apaixonada por
um Adão como ele…
Mas o porque é que, por minha causa, minha
prima é o principal alvo dele, e por quem ele estar
loucamente apaixonado.
Trágico?
Se é!
Mas o fato foi que a ideia disso tudo é minha.
Pode até não acreditar, mas no inicio eu bem que
queria ver os dois juntos, mas agora, sei lá, acho
esquisito, estranho, fora do comum.
O pior disso? Sim, é agora que vem o problema!
Descobrir que estou loucamente,
incondicionalmente, perdidamente apaixonada por
ele, mesmo sabendo de tudo que eu havia planejado,
depois de tudo que eu havia feito com a minha prima,
eu fui logo me apaixonar por ele.
Já até sonhei com o garoto, acredita?
O pior é que não tem como me afastar dele, se de
um lado, minha prima pede para conversar com ele,
e isso só é possível se eu traze-lo aqui, o que fará
com que eu o vejo. E por outro lado, ele estuda na
mesma sala, como eu havia dito, e ainda tem o
prazer de se sentar ao meu lado.
Imagina que crueldade dos deuses fazer uma coisa dessas
com uma pessoa tão normal como eu?
Isso não estar certo!
Embora… espere um pouco, parece que agora eu
embaralhei ainda mais essa história, e isso não está
me ajudando em nada. Tudo bem, vamos voltar do
início… COMO TUDO COMEÇOU.
» Simplesmente, infeliz «
Há uma semana atrás, eu estava passando minhas
férias na sítio dos meus avôs e, assim que soube da
volta as aulas, retornei de volta para a cidade onde
atualmente moro. E por um segundo motivo, minha
prima estava loucamente desesperada pelo fato de
que eu havia lhe prometido que eu só iria com uma
condição: que voltasse logo.
Assim que cheguei, faltava dois dias para o meu
niver, o que possibilitou muitas alegrias, além dos
beijinhos e abraços que recebi com muito carinho.
A minha prima veio logo na frente me abraçando e,
ao mesmo tempo, me puxando pelos braços em
direção ao nosso quarto.
Como de costume, queria ouvir as aventuras que
vivi neste período em que estive na fazenda. Só que
não tinha nenhuma chance de viver uma aventura
cercada pela imensidão de árvores e mais árvores
(Que na minha opinião, de preferência, no meio do
mato). E então, narrei que a única diversão naquele
lugar era poder assistir – repetidas vezes – o filme
crepúsculo, a qual eu idolatrava debilmente. E por
isso, em algumas vezes, vasculhava a pequena
floresta formada ao redor do sítio a procura de um
Edward – ou de um Jacob.
Depois de tanto blá-blá-blá em relação há essas e
outras peripécias nada emocionantes, os dias se
passaram e, finalmente, o dia do meu aniversário
havia chegado.
Não teve festa, não teve bolo, e principalmente,
não teve presentes. Não porque minha família não
gostasse de mim, eles me adoram, mas, a verdade é
que ninguém simplesmente se lembrou deste dia tão
especial.
Tudo bem, eu nem liguei. Não estava tão
desesperada assim. Mas também não significa que
isso tenha aliviado minha dor por dentro. É triste ter
que passar seu aniversário ao lado de tantas pessoas
que a ama, sem ao menos receber beijinhos e
abraços no dia do seu aniversário. Ou simplesmente
um ''PARABÉNS''.
Por essa razão, tranquei-me no quarto durante a
tarde toda como uma presidiaria é trancafiada em
uma sela, assistindo aos meus filmes prediletos. E
como não havia ganhado nenhum presente, decidi
que eu mesma me presentearia com um DVD a qual
eu ansiava para ver há muito tempo: Lua Nova. Já
havia me acostumado a fingir que a pequena tela do
meu laptop era uma imensa tela de cinema. No
período em que estive na fazenda, a única diversão
que tive era assistir aos meus filmes (e tenho quase
certeza de que esse era o único motivo para
conseguirem me manter viva durante todo esse
período lá).
Meus olhos já ameaçavam distribuir lágrimas,
enquanto eu entrava vagamente em um estado de
choro emocional pela cena em que o Edward Cullen
termina o namoro com a Bella Swan para tentar
protegé-la, quando Nanda (esse é o nome da minha
prima de quem eu tanto falo) veio conversar
comigo…
— Ana Clara? — a porta estava entreaberta
quando minha prima adentrou de penetra no quarto,
me dando o maior susto.
Não sei se era pela cena do filme, ou pelo simples
fato de que eu ainda guardava um pequeno rancor
por minha família ter praticamente esquecido que
HOJE é o meu aniversário, acabei encarando-a,
meio que tentado disfarçar a tristeza no olhar que eu
possuía naquele momento.
— Vai fazer o quê agora a noite? — continuou
Nanda, agora bem ao meu lado. Percebi que seus
olhos foram atraídos para a tela do meu laptop.
— Acho que… NADA! — menti. Iria passar
meu aniversário sozinha, mas me recusava
lembrálos de que hoje era um dia muito importante.
— Fui convidada para ir em uma comemoração de
algumas amigas da minha sala. — ela parou de
observar a cena em que a Bella praticamente se
perde no bosque a procura do Edward. — Você…
quer ir comigo?
Qualquer coisa seria melhor do que passar o meu
aniversário solitária. Por mais que eu me recusasse
contar.
— Eu aceito! — eu disse, ainda olhando para o
meu laptop — E… que horas iremos sair para essa
comemoração? — eu quis saber, já que naquele
momento eu me encontrava totalmente ocupada.
— As quatro e meia da tarde… — prosseguiu Nanda,
olhando para o seu relógio de pulso. — Se você
quiser, podemos ir mais cedo. E podemos caminhar
por ai… O que você acha?
Fui obrigada a olhar as horas, só que desta vez pelo
meu ladtop. Eram duas da tarde. Isso significava que
eu teria mais duas horas para assistir ao meu filme.
— Acho que não é uma má ideia. — havia pausado
o filme na cena em que a Bella dava início a uma
série de comportamentos fora do comum pela falta
do Edward, gritando debilmente enquanto dormia.
Certamente por ter sonhado com seu amado Cullen.
Isso também me fez recordar alguns dos momentos
especiais que tive com o meu pai. — Preciso dar
uma refrescada na minha mente.
Ou melhor, preciso encontrar o meu Edward.
Mas é claro que eu não disse isso a ela.
— Então tudo bem, as três e meia eu estou de volta.
— Nanda já estava quase fora do quarto quando me
dei conta.
— E… para onde você vai? — eu quis saber.
Afinal, eu ainda tinha esperanças de ter uma
companhia para o filme. Embora o meu lado egoísta
aclamava para que eu continuasse a sós.
— Minha mãe decidiu passar na loja para comprar
algumas blusas, e me pediu para acompanhá-la. E eu
já estou atrasada. — ouvi-la dizer antes dela sumir
atrás da porta.
Naquele instante eu até pensei que essas blusas
poderiam ser o meu PRESENTE de aniversário
SECRETO. Que ninguém tinha se esquecido do
meu grande dia. Que tudo estava planejado, detalhe
por detalhe, e… que Nanda estava proibida de me
revelar.
Mas, quando finalmente as horas haviam se
passado, acabei notando que as blusas eram uma
encomenda para a Dona Cecília (nossa vizinha
enjoada, que não deixa escapar nenhuma vírgula das
bombas, em relação a vida de alguém), e que, a
verdade verdadeira, era que todos realmente haviam
se esquecido que HOJE eu deixo meus 15 anos para
fazer meus 16.
• • •
Quando finalmente o ponteiro do relógio apontou
para as quatro horas, Nanda e eu saímos de casa.
Isso é, apenas quando o pedido de namoro feito por
Edward a Bella na presença de Jacob, no final do
filme, pois no mesmo instante aquilo me deu uma
vontade enorme de criar o meu próprio triângulo
amoroso. Embora para isso eu tinha quase certeza
de que seria impossível. Não que eu não goste de
namorar, mas nos últimos anos, meu único interesse
era unir casais. Ou seja, já me considerava uma
'cupida' (embora um pouco atrapalhada, eu admito).
Enfim, era um conforto caminhar por aí, vagando
sem direção. Isso me ajudava a pensar no que estava
acontecendo e, mesmo parecendo impossível de
acreditar, eu não me lembrava mais do meu
aniversário.
A tarde estava radiante, e os raios de sol pareciam
sugar todas as minhas dores, deixando um enorme
espaço para a diversão. Como se fosse possível se
divertir no meio de um bosque cercada por inúmeras
árvores.
— Ah, não! Não pode ser! Isso não é possível. Quero
dizer, é possível.
Assim que Nanda olhou para o seu relógio de pulso,
percebeu que nós duas estávamos super
ATRASADAS.
— E agora? — eu disse.
— E agora? — Nanda me encarou como se eu
estivesse falado chinês — E agora, nós temos que
correr.
E foi o que fizemos.
Corremos, com esperanças de chegarmos a tempo de
que ninguém percebesse o nosso atraso, até
conseguirmos chegar ao local marcado. Ficamos sem
fôlego depois dessa falsa maratona, e então, decidimos
parar um pouco para recuperá-lo antes de fazer a nossa
entrada TRIUNFAL.
— Preparada? — perguntou Nanda, preocupa.
— Sempre! — respondi, confiante.
Antes de adentrarmos no local marcado, demos
uma conferida básica em nossos modelitos.
Nenhuma corrida poderia estragar aquela
comemoração, e muito menos a nossa roupa.
Assim que entramos, as colegas de escola da Nanda veio
cumprimentá-la.
— Oi, Nanda! — disse a garota de vestido rosa.
— Até que enfim você apareceu… — retrucou
outra garota de vestido, só que desta vez o vestido
era vermelho — Achamos que você não vinha.
— É verdade, Luciana! Eu e a Nathalie estávamos
até planejando fazer uma aposta para ver quem de
nós duas estava certa.
Luciana olhou em direção da Nathalie esperando
que ela também confirmasse. Mas ela só abriu a
boca para dizer:
— Oi! — cumprimentou Nathálie.
Luciana revirou os olhos assim que Nathalie a desafiou.
— Oi! — eu disse, tentando ser amigável.
Pelo que notei, o ambiente amigável entre as
garotas ali estava começando a cheirar mal. Era
como se toda aquela amizade fosse só fachada (Ou
para parecerem boas cidadãs). E foi exatamente por
essa razão que eu me apresentei, mesmo sabendo que
poderia ser ignorada por todas elas.
— Nossa, desculpe meninas! — Nanda
interrompeu — Essa aqui é Ana Clara. A minha
prima, amiga, irmã, mãe em certos momentos, e a
pessoa de quem eu tanto falava pra vocês.
— Seja bem vinda, Ana Clara! — responderam
todas de um vez, em coro. E isso acabou me
surpreendendo pra valer.
Segundos depois, fomos apresentadas para todas
as pessoas que estavam ali presentes. Não tinha
tanta gente assim como o esperado. Ou pelo menos,
como eu esperava que tivesse. Certamente era
aniversário de uma das garotas ali presente. Aquilo
só me fez lembrar que eu ainda estava fazendo os
meus 16 anos de idade, e o que naquele mesmo
momento eu deveria está tendo uma festa dessa.
Comemorando mais um ano de vida.
E por isso, a comemoração se tornou super chata,
e eu mau pude esperar a hora para poder ir embora
de uma vez. Decidi que se eu ficasse ali por mais
tempo, não suportaria segurar as lágrimas que
teimavam aparecer aos poucos. E por isso havia dito
a Nanda que não estava me sentido confortável ali,
e que gostaria de voltar o mais de depressa possível
para casa. Mas a Nanda parecia não ter gostado
muito dessa ideia, pois todos ficaram perguntando
para minha prima o motivo de eu ter saído assim da
festa.
— Hei, Nanda? — perguntou a menina de cabelo ruivo
— Por que sua prima está indo embora?
Eu nem quis explicar, não seria necessário.
Mas acabei dando uma resposta simples:
— Não estou me sentindo bem! — menti.
Pelo menos era o que eu sabia fazer de melhor.
Na verdade, era a única maneira de conseguir
escapar sem deixar pistas. Não queria recordar
ninguém que eu também estava fazendo aniversário.
Até porque, eu poderia aproveitar que no dia
seguinte começaria as aulas, e que todos estavam
comentando esse assunto. Mas na verdade, eu nem
sentia mais aquela emoção de antes sabendo que eu
iria rever todas aqueles meninas de nariz empinado
durante todo esse ano letivo.
Mas algo estava roubando a minha atenção
naquela festa. E parecia está me agradando a cada
segundo. Desde que cheguei aqui, percebia aquilo.
— Ele é lindo, você não acha? — Nathalie havia
notado o 'porque' de eu ter ficado olhando tanto para
trás.
— Como assim? — respondi, meio sem jeito.
Fui pega de surpresa.
E agora?
E se a Nathalie começasse a rir de mim só porque
um garoto de aproximadamente uns 18 anos, com
cara de 16, conseguiu chamar a minha atenção,
mesmo não parecendo ter essa idade?
Sem comentar o quando ele se parecia com o Taylor
Lautner (o Jacob de Crepúsculo).
— Agora eu sei porque você não para de olhar
para trás — continuou Nathalie — Mas, não se
preocupe! Isso ficará somente entre nós, tudo bem?
Por mais que eu percebesse o tamanho da amizade
que Nathalie conseguia transmitir, eu não iria me
arriscar revelando que fui pega de surpresa
olhando para um garoto na festa ao invés de prestar
mais atenção nelas.
Até porque, a essa altura, eu já deveria está
ficando maluca com toda essa história. Gostaria
tanto de encontrar um Edward, que acabei
encontrando um Jacob da vida.
— Besteira, eu só estava pensando alto! — menti, tentando
parecer normal ao máximo possível.
A semelhança entre ele e o ator eram tão fortes que
se um dia (que Deus não permita isso, jamais)
ocorrer de o Taylor falecer, acho que esse garoto
poderia ser o seu substituto legítimo. E isso é bem
mais do que impressionante, é… surreal.
Antes que Nathalie pudesse me desmentir,
Luciana apareceu com um prato descartável na mão
esquerda, com um pedaço de bolo que parecia ser de
laranja. E isso mais uma vez me fez querer ir embora
daquele lugar.
— Vocês não estão esperando que eu traga bolo pra
cada uma, estão? — sua voz já estava começando a
me irritar.
— Que coisa feia, Luciana. — interrompeu a
garota de cabelo ruivo — Isso é jeito de tratar os
meus convidados?
— Mas essa é a verdade, Vitória! — prosseguiu
Luciana, ainda com o nariz arrebitado — A maioria
dos convidados ficam esperando que os
proprietários da festa venham colocar o pedaço do
bolo na boca… Argh! Se um dia eu der uma festa,
vou fazer questão de deletar, um a um, da minha
lista de convidados.
As outras meninas que estavam ao meu lado olharam de
cima abaixo para Luciana.
— Eu vou esperar por esse dia, Luciana. — ironizou
Nathalie — Quero ver você dando uma festa, e
ainda por cima, exigindo total comportamento dos
convidados.
Luciana mudou de expressão rapidamente. Parecia não ter
gostado muito da ideia.
— Vocês aceitam um pedaço de bolo? — sugeriu
Vitória, tentando evitar a discussão que poderia
acontecer em poucos minutos, se Nathalie e Luciana
continuassem respirando o mesmo ar.
— Não, obrigada! — eu disse, logo de uma vez — Já
estamos de saída.
Vitória olhou para Nanda, com esperanças de que
nós duas ficássemos por mais alguns minutos. Só
que desta vez, Nanda recusou:
— Realmente, Vitória… — prosseguiu ela, com
uma voz sonolenta — Prometi pra minha mãe que
não iríamos chegar muito tarde hoje.
— Mas porque? — insistiu Luciana — Toda vida sua
mãe deixou você ficar até o final, porque seria diferente
dessa vez, principalmente agora que a sua prima chegou
de…
Mas antes que Luciana encerrasse a frase, Nanda anunciou:
— Ela quer que eu vá a missa com ela.
E sem se despedir, Nanda e eu saímos logo em seguida.
Claro que na verdade não tinha missa, ou melhor,
a mãe da Nanda não havia dito coisa alguma a ela
sobre o horário de chegar em casa. Era apenas mais
uma de suas mentiras escapatórias. Chegamos em
casa minutos depois.
• • •
Antes de nos deitarmos, Nanda e eu ficamos
acordada por algumas horas. O motivo? Todo
mundo sabe como é difícil conseguir dormir
sabendo que no dia seguinte você tem que levantar
cedo. Por mais que você goste, não adianta, as coisas
não mudam só por que você ama ou não. E assim,
ficamos conversando sobre suas aventuras enquanto
eu estive fora. Até porque, é mais fácil viver mil e
umas aventuras aqui na cidade do que na fazenda
dos meus avôs.
— Gostou das minhas amigas?
— Eu… — não conseguia falar. Mas também não
poderia deixar a minha prima no vácuo — A
Nathalie é bem simpática!
— Você achou? — Nanda respondeu, surpresa
— Pensei que você gostasse mais da Luciana. Mas
a Nathalie é bem legal.
Minha prima deve ter se esquecido da cena em que
Luciana, simplesmente, demostra ser
ANTIPÁTICA. E, pessoas assim, com esse estilo de
vida, não conquistam os 37% de espaço no meu
coração, onde se encontram as minhas amizades
verdadeiras.
Ficamos em silêncio por alguns segundos, e
preferimos ficar assim o resto da noite, sem
comentar mais nada sobre a festa, ou qualquer outra
coisa que tivesse relacionamento com as suas
colegas de escola. Nem mesmo sobre o meu
aniversário. Que aliás, após me lembrar de todas
aquelas cenas – assim que um Flash-back veio a
tona – eu acabei me recordando de que estava
fazendo meus 16 anos de idade naquela noite.
Sem comentar que aquele garoto não saía da minha
cabeça (o meu Jacob). Até rezei mentalmente para
que ele aparecesse em meus sonhos, mas
infelizmente isso não aconteceu.
Não demorou muito tempo para que o sono batesse
na nossa cara como uma porta ao se fechar
fortemente. Nanda já estava bocejando antes mesmo
de dizer qualquer palavra. E eu, como sempre, não
poderia deixar escapar a chance de estar morta de
sono para, finalmente, ir DORMIR.
Só que, antes de fazer isso, agarrei o meu laptop,
que estava bem em cima da mesinha que fica
totalmente presa na cabeceira da minha cama, e
comecei a digitar.
Era impossível não contar tudo o que ocorreu para
o meu pai. Eu vinha fazendo isso desde a sua morte.
E essa, era a única forma de me manter perto dele.
Querido, papai.
Sei que já estou com 16 anos, mas como o senhor
sabe, HOJE – 01 de Agosto – é o meu aniversário
e, por ter acabado de completar essa idade, ainda
me sinto no direito de continuar chamando-o
assim. De papai.
O motivo desta carta, como todas as outras que
já lhe escrevi, é para simplesmente lhe colocar a
par dos últimos acontecimentos. Sim, estou super
feliz por estar completando mais um ano de vida,
e, não, não estou triste por essa mesma data
também me alertar que hoje faz um ano que o
senhor se foi.
Admito que isso ainda dói, e mais do que nunca,
sinto a sua falta. As vezes, tento lembrar o tom
da sua voz, mas está ficando cada vez mais difícil.
Acredita que nem de você eles conseguiram
lembrar?
Ok. Não vou continuar me desencorajando e me
sentindo uma garota desamparada, mas o
verdadeiro motivo deste bilhete é contar o
quanto estou me sentido solitária.
Não sei se devo acreditar que existe vida após a
morte, mas eu sempre irei acreditar que o senhor
estará sempre ao me lado.
E por essa razão, mesmo que todos tenham
esquecido o meu aniversário, me sinto feliz em
saber que tenho o melhor pai do mundo.
Como amor, de sua eterna garotinha: Ana
Clara!
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